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AGOSTO DE 2018 - ANO V - Nº 50 PATRIMÔNIO DA CIDADE EXEMPLAR GRÁTIS FLORIPA - SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ MULHERES TÊM MAIS VOTOS, MAS SÃO MINORIA NA POLÍTICA Páginas 22 e 23 Página 24 Páginas 3 e 4 CONVERSA DE E SQUINA COM FERNANDO D AMÁSIO J ACK O MARUJO POR NEI DUCLÓS DOMINGO NO PARQUE Em Santa Catarina, elas têm 152 mil votos a mais que homens aptos a votar. Na Assembleia, por exemplo, desde 1824 passaram 1.429 deputados. Só 17 eram mulheres. Florianópolis, com 345 anos, teve só 12 vereadoras. Por que as mulheres não votam em candidatas mulheres? Páginas 5 a 8 EMPRESA DA VIA DE CONTORNO É A MESMA QUE CONSTRUIU PONTE QUE CAIU EM GÊNOVA ONDE ESTÁ A TAPEÇARIA DE TIRELLI QUE FICAVA NO AEROPORTO Divulgação/BD Os moradores do Campeche reagiram com um abraço no Parque contra as cercas que a Base Aérea quer colocar no Pacuca. Todo domingo tem mobilização com atividades culturais, com muitas famílias e alegria. Páginas 18 e 19 Página 11

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AGOSTO DE 2018 - ANO V - Nº 50

PATRIMÔNIO DA CIDADE

EXEMPLAR G

RÁTIS

FLORIPA - SÃO JOSÉ - PALHOÇA - BIGUAÇU - SANTO AMARO DA IMPERATRIZ

MULHERES TÊM MAIS VOTOS,MAS SÃO MINORIA NA POLÍTICA

Páginas 22 e 23

Página 24

Páginas 3 e 4

CONVERSA DE ESQUINACOM FERNANDO DAMÁSIO

JACK O MARUJOPOR NEI DUCLÓS

DOMINGO NO PARQUE

Em Santa Catarina, elas têm 152 mil votos a mais que homens aptos a votar. Na Assembleia, por exemplo,desde 1824 passaram 1.429 deputados. Só 17 eram mulheres. Florianópolis, com 345 anos, teve só

12 vereadoras. Por que as mulheres não votam em candidatas mulheres? Páginas 5 a 8

EMPRESA DA VIA DE CONTORNO É A MESMAQUE CONSTRUIU PONTE QUE CAIU EM GÊNOVA

ONDE ESTÁ A TAPEÇARIA DETIRELLI QUE FICAVA NO

AEROPORTO

Divulgação/BD

Os moradores do Campeche reagiram com um abraço no Parquecontra as cercas que a Base Aérea quer colocar no Pacuca. Todo

domingo tem mobilização com atividades culturais, commuitas famílias e alegria. Páginas 18 e 19

Página 11

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2 AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

EDITORJurandir Camargo

COMERCIALFernando Damásio

DESIGN GRÁFICORonaldo Ferro

DIRETORESFernando Damásio e Jurandir Camargo

CIRCULAÇÃO: Florianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Santo Amaro da ImperatrizENDEREÇOS: Avenida Josué Di Bernardi, 185 - Sala 27 Campinas, São José, Santa Catarina - CEP 88101-200

Rua João Motta Espezim, 1.107 - Saco dos Limões Florianópolis, Santa Catarina - CEP 88045-400

Fone (48) 98477-1499www.bomdiafloripa.com.br / [email protected] / [email protected]

Tiragem: 6 mil exemplaresFUNDADO EM 11 DE OUTUBRO DE 2013

COLABORADORESCarlos Moura, Fernanda Damásio

e Nei Duclós

Os candidatos a presidente temapresentado um rol de propostasespetaculosas (zerar o SPC dopovo é uma, transformar o juizSérgio Moro em ministro é outra),mas não falam do básico, que sãoas cidades, onde as pessoas vivem.Quase todas elas estão quebradas,sem condições de resolver asmínimas demandas. No Brasiltodo, 1.872 municípios não têm

receita nem para pagar os saláriosde funcionários, prefeitos evereadores. Um de cada trêsmunicípios vive essa penúria edepende dos estados e da Uniãopara sobreviver. O levantamento éda Firjan. Mesmo com esse caosfinanceiro municipal, o Congressocolocou em votação a criação demais 400 municípios. São unsirresponsáveis.

Há anos que prefeituras daRegião Metropolitanaenxugam gelo na questão

dos lixões urbanos. Alguns sãoemblemáticos, que mostram a faltade civilidade da população e aincapacidade do Poder Público emresolver. Exemplos: uma verdadeiracachoeira de lixo escorre do Morroda Caixa para a Via Expressa, e dooutro lado, uma montanha dedetritos também polui a Av. IvoSilveira. No final da Av. Josué DiBernardi, divisa São José/

Florianópolis, é a mesma coisa: aComcap retira toneladas de lixosemanalmente mas o problema érecorrente. Ali, a crise urbanatambém é uma questão humanitáriae de saúde pública, pois usuários dedrogas e moradores de rua convivemcom lixo, esgoto e ratos.

Em São José, Biguaçu, Palhoça eFlorianópolis existem dezenas depontos de descarte e lixões, e asprefeituras são incapazes de dar umasolução. Por quê?As ruas de Floripa estão cheias de

armadilhas, criadas pelo descaso e pelafalta de conservação dos equipamentos

urbanos, ou por ignorância mesmo. Três cenasnum espaço de 100 metros, na rua da Capela,Florianópolis: 1) O que veio primeiro, o posteou a calçada estreita? Resposta: você pode cairna rua e ser atropelado; 2) Se uma criança,idoso ou qualquer pessoa cair nesta boca-de-lobo quebrada, de quem é a culpa. Resposta:do pedestre, que não olha por onde anda; 3) Odeficiente visual vai indo pela calçada, sobre opiso especial, e surge a armadilha, criada peloproprietário que não se importa com ninguém.De quem é a culpa? Resposta: o pior cego éaquele que não quer ver.

Armadilha urbana

Cidades quebradas

SEM SOLUÇÃO

PMF/Divulgação/BD

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3AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Uma tapeçaria multicoloridade 36 m2 do artista AlmirTirelli, dividida em três

painéis, que durante anos ficouexposta na parede do saguão doAeroporto Internacional HercílioLuz (hoje Floripa Airport)desapareceram. Os painéis abordamflagrantes da vida catarinense easpectos da história deFlorianópolis. O palácio Cruz eSousa, os rituais religiosos, ospescadores, a ponte Hercílio Luz, asbrincadeiras. Tirelli conseguiu tecercom delicadeza e precisão registroshistóricos, lendas e o folclore daIlha de Santa Catarina de forma tãoequilibrada que o painel pode sercomparado a um grande livroaberto. A tapeçaria de Tirelli é umaobra valiosa. No site MercadoLivre, uma tapeçaria do artista comtamanho bem menor (1,30 x 0,75),que retrata casarões da Praça XV, éofertada por R$ 15 mil.

A obra de arte que estava noaeroporto é uma verdadeira relíquiado artista maranhense, que viveu naLagoa da Conceição. É consideradauma das maiores tapeçarias jáconfeccionadas artesanalmente,com seus três painéis feitos à mão.Verdadeiro patrimônio cultural deFlorianópolis, os painéisrepresentam, também, uma épocaem que o mecenato eracomportamento usual entre osgrandes empresários catarinenses,que estimulavam a produçãocultural com o financiamento deartistas e de suas obras.

Todas os três painéis da tapeçariade Tirelli foram doados à cidadepara ficarem expostos em sua portade entrada mais sofisticada, o halldo aeroporto, na área dedesembarque, para que os visitantespudessem apreciar a arte, oscostumes, a arquitetura da épocacolonial da Florianópolis.

Abaixo de cada tapeçaria umaplaca de bronze indicava o mecenas,como forma de reconhecimento àdoação. Um dos painéis foifinanciado pelo empresárioDiomício Freitas, o outro pelaTransbrasil e um terceiro pelogrupo Emedaux.

Não é a primeira vez que atapeçaria de Tirelli (um painel com

36 m2 colocado na parede dosaguão acima da entrada dosbanheiros e em frente as locadorasde veículos) é retirado dali. Emjulho de 2009, a tapeçaria tambémdesapareceu e foi recolocada 10meses depois.

Ao longo desse tempo, as peçasficaram sob os cuidados do mestretapeceiro iraniano Soheil Manshadi,que usou todos os recursos – doolhar apurado ao microscópio –para decifrar as cores de Tirelli.

Os painéis estavam colocados nosaguão há mais de 30 anos, estavamúmidos, sujos e desbotados.

A restauração da tapeçaria foidemorada. A parte de trás da obrateve que ser lavada a seco e cominjeção de gás carbônico, nó por nó.Mas o maior desafio não foi esse.Com a tapeçaria limpa, orestaurador teve que preparar a tintana mesma tonalidade da obraoriginal. No caso dos painéis doaeroporto, Tirelli usou muitastonalidades do azul para retratar omar. A lã também teve que serrecardada (o técnico vai à raiz da lã,para desenredar), segundo relato àépoca do Allehgorie, site dos alunosdo curso superior de Tecnologia emConservação e Restauro de BensCulturais do centro universitárioUnieuro.

Usando fotografias como guias,o restaurador, em determinadasáreas da peça, avaliou cada nó commicroscópio para ter a informação

precisa da tonalidade para arepigmentação. No caso do painelde Tirelli, foram quase seis meses detrabalho do tapeceiro.

Almir Tirelli viveu muitos anosna Lagoa da Conceição e deixou umlegado de obras de arte em váriosprédios públicos da cidade. Seuateliê tinha muitas pinturas a óleode grandes dimensões, quereproduziam paisagens urbanas deFlorianópolis na época colonial.

O artista tem obras espalhadasem vários países e ganhou inúmerosprêmios e condecorações.

Em 1994 ele migrou para SãoPaulo e, em 2008, foi morar noEspírito Santo, aos 82 anos deidade. De vez em quando visitava aIlha. Nem os amigos maranhensesde Tirelli, onde ele nasceu em 1926,em São Luís, entendiam seuafastamento voluntário deFlorianópolis, terra onde ele “sesentia acolhido como filho”.

Os mecenasCada um dos painéis da tapeçaria

de Almir Tirelli no aeroporto tinhaum mecenas. Um deles foi oempresário Diomício Freitas, donode minas de carvão no Sul doEstado. Os negócios da famíliaFreitas estendem-se para o setor deporcelanato, com a Cecrisa;telefonia, com a Intelbras; e, maisrecentemente, no ramo vinícola,

com a Villa Francioni.Outro mecenas foi Omar

Fontana, da TransBrasil. Filho dofundador da Sadia, Atílio Fontana,Omar era formado em direito mastirou brevê de piloto e, em 1953,começou a transportar produtos daSadia de Concórdia para aschurrascarias de São Paulo, numvoo semanal com um avião DC-3arrendado.

Em 1955 criou a SadiaTransportes Aéreos, com doisaviões DC-3 e um C-47. Em 1961comprou a Transportes Aéreos deSalvador e a empresa catarinenseganhou mais 15 aviões e estendeuos voos para mais 53 cidades. Em1972 virou a TransBrasil, que foiuma das grandes empresas aéreasbrasileiras até sua falência em 2002.

O terceiro mecenas da tapeçariade Tirelli colocada na década de 70no saguão do Aeroporto HercílioLuz (Floripa Airport) foi aEmedaux, que até o início dos anos80 era uma das maioresconstrutoras de Florianópolis. Oempresário Luiz Elias Daux, seucomandante, começou a mudar acara e Florianópolis nos anos 70.Foi Luiz Daux quem construiu oprimeiro hotel cinco estrelas dacidade, o Floph (FlorianópolisPalace Hotel), criou o Jardim daPaz, cemitério como o conceitoparque, na SC-401, e foi um dospropulsores da verticalização daCapital.

TAPEÇARIA DE TIRELLI DESAPARECEU DOSAGUÃO DO AEROPORTOCom 36 m2, o conjunto de três painéis vale mais de R$ 200 mil.É patrimônio de Floripa e considerada a maior tapeçaria já feita à mão

Divulgação/BD

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4 AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Almir Tirelli era filho de umengenheiro mecânicoitaliano que imigrou para o

Brasil no século passado. Quandoo navio fez escala em São Luís, foiconvidado a assumir a manutençãodos equipamentos fabris do parqueindustrial local que começava a sedesenvolver. Aceitou,desembarcou e ficou. Ali o italianoTirelli constituiu família, e foi ondeAlmir Tirelli nasceu.

Almir Tirelli residiu em váriosestados, mas ficou durante umlongo período em Florianópolis,na Lagoa da Conceição, com suaesposa Estela. Desenvolveu umaprofícua produção artística,pintando telas com temas da antigaDesterro e tecendo belíssimastapeçarias em ponto Smirna.

Com Tirelli, a tapeçaria assumiuum lugar de expressão artística noEstado. Sua pintura e sua tapeçariase identificaram tanto com SantaCatarina que, aqui, poucos sabiamde sua verdadeira naturalidade. Eraidentificado como filho da terra.Em 1987, a Câmara Municipal deFlorianópolis concedeu-lhe o títulode Cidadão Honorário.

No seu livro de registros dostrabalhos que criou, até 1993constavam 1.419 pinturas e astapeçarias alcançavam a expressivamarca de 1.050, segundo relato deEliézer Moreira Filho, do Portal“Arte no Maranhão”, que naqueleano visitou Tirelli emFlorianópolis.

Eliézer, que tem um grandeacervo de obras de artistasmaranhenses, foi secretário deEstado por 10 vezes, diretor doBanco do Estado do Maranhão,

técnico de Planejamento ePesquisa do IPEA (Instituto dePesquisas Econômicas Aplicadas),entre outras funções. Nesseperíodo, adquiriu um grandeacervo de artistas maranheses.

É ele que conta em seu portalque, embora distante há muitosanos do Maranhão, Almir Tirellimanteve nos jardinsda sua casa na Lagoada Conceição trêsmastros de bandeira,um deles vazio,destinado a umabandeira do

Maranhão que, “apesarde seus pedidos a amigosmaranhenses, nuncarecebeu, omissão quereparei logo ao retornar,ao enviar-lhe a bandeiraoficial do Estado”, relataEliézer.

O ESPAÇO PARA A BANDEIRA

TAPEÇARIA DE TIRELLI (mede 1,30 x 0,75),bem menor que os painéis do aeroporto,está sendo vendida no site Mercado Livrepor R$ 15 mil

TELA SOBRE ÓLEO (33 cm x28 cm), de 1993, retrata a

antiga Alfândega de Desterro,no século XIX. Acervo de

Eliézer Moreira Filho

Divulgação/BD

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5AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

As mulheres representam51,5% dos eleitores deSanta Catarina, o que

significa que, por gênero, elas são omaior contingente eleitoral(2.611.159 pessoas) apto a votarnas eleições de 2018. De umuniverso de 5.070.212 eleitores emSC, os homens aptos a votarsomam 48,5%, ou seja, são2.459.053. A diferença é de152.106 votos femininos. Com essa força eleitoral, sevotassem em candidatos domesmo gênero as mulherescatarinenses, teoricamente,poderiam ocupar 21 das 40 vagasde deputado estadual naAssembleia Legislativa; 9 das 16vagas de deputado federal; e aindaelegeriam, por ser maioria, os doissenadores e o futuro governador.Mas nada disso vai acontecer,porque as mulheres ainda não sabea força do seu voto.

Desde 1824, quando a atualAssembleia Legislativa ainda era oConselho Geral da Província deSanta Catarina e teve apenas trêslegislaturas, passando pelas 23 comdeputados provinciais; as 12legislaturas da República Velha, ascinco legislaturas da era Vargas(Getúlio) e até o atual período, queestá na 18ª Legislatura, um total de1.429 deputados passaram pelo doPalácio Barriga Verde. Dessenúmero, apenas 17 mulheresfizeram parte do parlamento. Issosignifica que, na história, opercentual de participação dasmulheres no Legislativo catarinensefoi de insignificantes 1,18%.

Antonieta de Barros,professora, foi a primeira a venceras barreiras do preconceito.Mulher e negra, era suplente dedeputada pelo antigo PSD,assumiu o mandato e atuou naAssembleia Constituinte de1935/38 como relatora doscapítulos sobre Educação, Culturae Funcionalismo Público. Em1937, ocupou a 1ª Secretaria daMesa Diretora da Alesc. Em 1947,na 1ª Legislatura do períodoVargas, novamente suplente, foiconvocada para assumir e ficou

como deputada até 1951. A Assembleia Legislativa só

veria novamente uma mulher emplenário oito anos depois, com aeleição da deputada IngeborgColin Barbosa Lima, em 1958, peloPTB. Ela atuou na 4ª Legislatura(1959-1963). Depois dela, SantaCatarina teve que esperar por 24anos para que mais uma mulherfosse eleita deputada. Na 11ªLegislatura, Luci Choinacki, umaagricultora militante do PT e ligadaaos movimentos dos Sem-Terra,das Mulheres Agricultoras e daPastoral, assumiu uma cadeira naAssembleia. Em 1995, outrapetista, Ideli Salvatti, professora efundadora do Sinte, o Sindicatodos Trabalhadores na Educação deSC, foi eleita deputada estadual. NaLegislatura seguinte, a 14ª, Ideli foireeleita e, junto com ela, tambémassumiu a deputada Odete deJesus, professora e pastora. Odetefoi reeleita em 2002 e, na 15ªLegislatura (2003-2007) teve comocolegas de plenário a petista eenfermeira Ana Paula Lima, e aprofessora Simone Schramm,suplente pelo PMDB que assumiumandato. Ainda naquelaLegislatura, Alba TerezinhaSchlichting, do PFL, foi deputadapor um mês. Na 16ª Legislatura(2007-2010), o parlamentocatarinense teve quatro mulheres.Foram reeleitas Odete de Jesus eAna Paula Lima, eleita Ada deLucca, pelo PMDB, e tambémassumiu, por três períodos, asuplente pelo PCdoB AngelaAlbino. Na 17ª Legislatura,novamente cinco mulheresestiveram no parlamento: Ada deLuca, Ana Paula Lima, AngelaAlbino e Luciane Carminatti, alémda suplente Dirce Heiderscheidt,do PMDB, que assumiu no lugarde Ada de Lucca.

Na atual Legislatura, a 18ª, 4mulheres na Alesc: as deputadasAda de Luca e Dirce Heiderscheidt(MDB), e Luciane Carminatti eAna Paula Lima (PT). Para se teruma ideia de como a mulher nãovota em mulher, os 36 deputadoseleitos em outubro de 2014

somaram 1.605.585 votos e asdeputadas eleitas apenas 165.951.As mulheres fizeram 10,33% dosvotos dos eleitos.

Maioria silenciosa - SantaCatarina é um estado onde opotencial de voto feminino temsido maioria ao logo dos anos, nãobaixando de 51% do total doseleitores aptos a votar. Na eleiçãode 2018, 51,5% dos eleitores aptosa votar serão mulheres (2.611.159),enquanto que os homens somam2.459.052 (48,5%), num universo

de 5.070.212 de eleitores. Adiferença é de 152.106 votosfemininos.

Segundo estatísticas do TribunalSuperior Eleitoral (TSE), naeleição de 2012 dos 4.739.345eleitores aptos a votar em SC2.423.989 eram mulheres (51,15%)e 2.315.351 homens (48,85%), umadiferença de 108.638 votos. Essetambém foi o perfil nas eleições de2008, quando o eleitoradofeminino superou o masculino,totalizando 50,86%, e em 2010,com 51%.

MULHERES SÃO MAIORIA.MAS NÃO VOTAM EM MULHERDesde 1824, 1.429 deputados passaram pela Assembleia e apenas 17 mulheresfizeram parte deste grupo, uma participação de 1,18%

Partidos não seguem cotaDe cada 10 candidatos nas eleições 2018, apenas 3 são mulheres,

segundo dados do TSE. A proporção (30,7%) não evoluiu desde asúltimas eleições, em 2014 – quando 31,1% dos candidatos erammulheres – e continua abaixo da média da população brasileira. Nopaís, a cada 10 pessoas, 5 são do sexo feminino.

Desde 1997 a lei eleitoral brasileira exige que os partidos e ascoligações respeitem a cota mínima de 30% de mulheres na lista decandidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, asAssembleias Legislativas e as Câmaras municipais. Em 2018, opercentual precisa ser respeitado para as coligações de deputadosestaduais, federais e distritais. O problema é que, mesmo com a lei,coligações e partidos têm registrado chapas com menos mulheres.

A legislação prevê um prazo até 7 de setembro para opreenchimento das vagas remanescentes. Se a cota de 30% demulheres não for preenchida, a justiça pode indeferir o registro decandidatos ou coligação.

Nesta eleição há mais uma explicação para a pouca presença demulheres: os partidos têm que destinar 30% do fundo de R$ 1,7bilhão para as candidatas. O patamar de 30% também vale para otempo de propaganda no rádio e na televisão.

ELEIÇÕES 2018

Karina Ferreira / Agência AL/Divulgação/BD

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6 AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Com 345 anos, Florianópolisteve apenas uma prefeita e12 vereadoras. É muito

pouco para uma Capital que tem183.549 mulheres aptas a votar,53,41% do eleitorado (os eleitoreshomens são 160.096, ou 46,59%).O total de eleitores é 343.645,segundo dados do TSE, de julhodeste ano. Nos 125 anos daRepública 153 homens já ocuparama cadeira de prefeito da Capital e,em 18 Legislaturas na Câmaramunicipal, desde o Estado Novo,390 homens exerceram (e exercem)cargo de vereador.

A presença da mulher na políticabrasileira é tão pequena que oTribunal Superior Eleitoral (TSE) jáfez campanhas com o objetivo deaumentar a participação feminina,estimulando que mais mulheressejam candidatas nas eleições.Pesquisa do TSE mostra que apesarda mulher ser maioria na populaçãoe ter maior nível de escolaridade,sua presença no parlamento é demenos de 10%. Foram estudados188 países e o Brasil ocupa a 156ªposição no ranking mundial emtermos de participação feminina noLegislativo. Em Florianópolis, aparticipação da mulher nas esferasde poder ao longo da história éainda menor.

Nesses 125 anos de períodorepublicano (1889 a 2014), desdeque Eliseu Guilherme da Silva foinomeado em 15 de novembro de1889 o primeiro prefeito da Capital,até Gean Loureiro, que assumiu emjaneiro de 2016, Florianópolis teve153 prefeitos (intendentes,superintendentes e vices que

assumiram) e apenas uma mulhersentou na cadeira mais importantedo município. Foi Angela Amin,que administrou a cidade de 1997 a2001 e, reeleita, de 2001 a 2004. Emtermos percentuais, significa que aparticipação da mulher no comandodo município representa menos que1% (0,65%) em 125 anos. É umnúmero inexpressivo.

Na Câmara Municipal, desde a 1ªLegislatura em 1936, quando15vereadores foram eleitos mastiveram o mandato cassado poucosmeses depois, com a decretação doEstado Novo (1937 – 1945), naditadura de Getúlio Vargas, atéhoje, na 18ª Legislatura, passarampelo Legislativo 400 vereadores(entre eleitos e suplentes queassumiram o mandato) e somente12 mulheres figuram entre eles. Issosignifica que, em 78 anos, arepresentação feminina na Câmarada Capital foi de apenas 3%.

Apenas na 11ª Legislatura (1989– 1992), as mulheres tiveramparticipação mais expressiva naCâmara da Capital. Elas ocuparam13,63% das cadeiras: de 22vereadores eleitos, três erammulheres.

As primeiras – Clair CastilhosCoelho foi a primeira mulher eleitavereadora em Florianópolis, em1983. Mas a primeira mulher aassumir uma cadeira na CâmaraMunicipal foi Olga Brasil da Luz.Tinha 36 anos e era suplente peloantigo PSD (Partido SocialDemocrático). Foi em1960, na 4ªLegislatura (1959- 1963). Olga eraprofessora, conhecida por dirigir a

Escola Alferes Tiradentes. Até aeleição de Clair Castilhos comotitular do mandato, a Capital ficou23 anos sem uma mulher naCâmara. Clair também quebrou umtabu: foi a primeira mulher eleita em283 anos de história do município.Castilhos tinha 38 anos quando foieleita pelo PMDB, na 10ªLegislatura (1983-1988). Em 1989,foi reeleita, na 11ª Legislatura (1989–1992), agora como vereadora doPSDB (Partido da SocialDemocracia Brasileira). Por umaproposição sua, foi criado em 1989o Conselho Municipal da CondiçãoFeminina. Pioneira na política emFlorianópolis, Clair Castilhosenfrentou questões surreais emachistas como a inexistência, noprédio da Câmara, de banheiroexclusivo para mulheres. Mas elamarcou seus dois mandatos peloforte ativismo. A 11ª Legislatura,aliás, foi fértil para as mulheres deFlorianópolis. Além de Clair,também foram eleitas comotitulares as vereadores AngelaAmin, pelo antigo PDS, e Jalila ElAchkar, pelo PV. Angela, com 35anos, foi recordista com a maiorvotação à Câmara já registrada nomunicípio: 7.771 votos. Jalilaassumiu o mandato com 28 anos.Foi presidente do PV estadual eintegrou a executiva nacional dopartido. Depois de eleger trêsvereadoras na 11ª Legislatura, aparticipação da mulher na Câmarade Florianópolis diminuiunovamente. Na 12ª Legislatura(1993-1996), apenas Zuleika MussiLenzi foi eleita, pelo PMDB, aos 54anos. Na eleição seguinte, em 1996,

foi eleita a primeira vereadoracomunista de Florianópolis, anutricionista Liacarmen Klein .Com 34 anos, filiada ao PCdoB(Partido Comunista do Brasil),Liacarmen exerceu mandato na 13ªLegislatura (1997-2000). É dela aautoria da lei que criou a MedalhaAntonieta de Barros parahomenagear mulheres que sededicam a causas coletivas nomunicípio. Na 14ª legislatura (2001-2004), mais uma comunista foieleita vereadora. Angela Albino,também do PCdoB. Tinha 36 anose abriu espaço na Câmara para osmovimentos de mulheres, negros,sindicais e de livre orientaçãosexual. Depois de Angela Albino, asmulheres só voltaram a ocuparespaço na Câmara após sete anos,novamente com uma comunista,com a posse da suplente JaneteTeixeira, do PCdoB, que exerceu 61dias de mandato no lugar dovereador Ricardo Vieira, do mesmopartido. Na 17 ª Legislatura oseleitores de Florianópolis nãoelegeram nenhuma vereadoratitular. Mas duas suplentesassumiram mandato: a bancáriaBeatriz Kauduinski Cardoso,também do Partido Comunista doBrasil, que substituiu o vereadorlicenciado Ricardo Vieira, e ganhouuma companheira de plenário 20dias depois, com a posse dasuplente Roseli Pereira, professoraeleita pela Coligação PDT-PPS-PVe que ocupou a cadeira do vereadorTiago Silva. Na 18ª Legislatura,entre 23 vereadores eleitos, apenasuma mulher: a vereadora Maria daGraça Dutra (MDB).

EM 345 ANOS, FLORIPA TEVE SÓ UMAPREFEITA E 12 VEREADORAS

ELEIÇÕES/HISTÓRIA

CMF/D

ivulgação/BD

CÂMARA DA CAPITAL: um plenário dominado pelos homens

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7AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

ELEIÇÕES/HISTÓRIA

Albertina Krummel Maciel,nascida em São José emfevereiro de 1911, foi a

primeira mulher eleita presidentede uma Câmara de Vereadores emSanta Catarina (1963-1964).Albertina foi vereadora naLegislatura 1963-1967 e, candidataà reeleição, morreu dias antes davotação, de isquemia cerebral,enquanto visitava a casa de umeleitor. Mesmo assim, seu nome foisufragado maciçamente nas urnas.

Hoje, na Câmara de São José,21% dos parlamentares sãomulheres. Elas são quatro entre 19legisladores, mas são maioria naMesa Diretora: a vice-presidente éSandra Martins (PSDB), a 1ªsecretária Méri Hang (PSD); eCristina de Souza (PRB), 2ªsecretária. A outra mulhervereadora é Alini da Silva Castro(MDB). No mês de julho, SandraMartins assumiu a presidência

porque o vereador Orvino deÁvila, presidente, assumiu o cargode prefeito interinamente.

É fácil de perceber aparticipação das mulheres napolítica de São José: a prefeita éAdeliana Dal Pont (reeleita), e aCâmara criou em agosto a GaleriaFeminina para homenagear as 17

mulheres que ocuparam cadeirasno Legislativo.

A prefeita, que já foi vereadora,reforça o papel da galeria. “É umregistro importante que valoriza ahistória e a representatividadefeminina de São José na política.”,disse.

O presidente da Câmara,

vereador Orvino Coelho de Ávilalegislou com todas, exceto comAlbertina Krummel Maciel, que foia pioneira. “Posso falar de cadauma, e todas contribuíram muitocom a história da cidade”.  

Quem são – As mulheres quefizeram e fazem história noLegislativo de São José são:Albertina Krummel Maciel, Alinida Silva Castro, Adeliana Dal Pont,Clara Inês Girardi Bernardes,Cristina de Sousa, Elenita GerlachKoerich, Gilmara Vieira Bastos,Maria das Graças Pereira, MariaIracema Martins deAndrade,Marilene Maura VieiraDamian, Marli Terezinha Marçal,Méri Terezinha de Melo Hang,Nora Ney Terezinha Vieira deSouza, Rose Maria de Jesus Pauli,Sandra Pereira Alves Martins,Tereza Duarte Theodósio, Zulmada Rosa Thomás.

SÃO JOSÉ, UM BOM EXEMPLO

MULHERES sempre tiveram espaço na política de São José.

CMSJ/Divulgação/BD

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8 AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Na eleição de 2014 apenas51 mulheres foram eleitasdeputada federal, o que

significa que ocuparam só 9,9%das 513 vagas existentes na Câmarados Deputados. No Senado não é diferente. Dos 27senadores eleitos em 2014, 5 erammulheres, o que corresponde a18,5% do total. O percentual,embora ainda pequeno, é superiorao registrado nas eleições para oSenado em 2010, quando estavamem disputa 54 cargos e forameleitas 7 senadoras, o equivalente a13% das vagas.

A bancada feminina emfevereiro de 2015, quando iniciou anova legislatura, era de 13senadoras. As cinco eleitas ereeleitas nas eleições de 2014 sejuntaram às senadoras que têmmandato até 2018. São elas: AnaAmélia (PP-RS), Ângela Portela(PT-RR), Gleisi Hoffman (PT-PR),

Lídice da Mata (PSB-BA), LúciaVânia (PSDB-GO) e VanessaGrazziotin (PCdoB). Outra quetem mandato até 2018 é MartaSuplicy (PT-SP). Eleitogovernador, o senador WellingtonDias (PT-PI) deixou a vaga parasua primeira-suplente Maria ReginaSousa (PT-PI).Quebra de tabu - A primeirarepresentante do sexo femininoque chegou ao Senado foi EuniceMichilles, do Amazonas, em 1979.Ela era suplente de João Bosco deLima, morto dois meses após seeleger senador. No Império, aprincesa Isabel havia ocupado ocargo por direito dinástico.Somente em 1990 é que seriameleitas as primeiras mulheres que secandidataram diretamente aoSenado: Júnia Marise, por MinasGerais, e Marluce Pinto, porRoraima.

Nas Câmarasdo Brasil, 57.814homens e 7.803mulheres Nas câmaras de vereadores doBrasil as mulheres também seguemsendo minoria. No universo de57.814 vereadores eleitos em todoo país no primeiro turno daseleições municipais de 2016, no dia2 de outubro, só 7.803 sãomulheres. Um percentualbaixíssimo, de pouco mais de13,49%Depois de 82 anos da conquista dodireito ao voto feminino (1932), aparticipação das mulheres nasCâmaras Municipais ainda éinsignificante. O percentual decerca 13% das cadeiras ocupadaspor mulheres é quase o mesmoque o conquistado após a vigência

da primeira versão da lei de cotasno Brasil, em 1995, válida para aseleições de 1996 e quando forameleitas 11,1% de vereadoras nopaís. As causas são várias. Muitospartidos continuam indicandomulheres apenas para cumprir alegislação eleitoral de cotas, elastêm pouco apoio financeiro e daestrutura partidária, e muitascontinuam dividindo o tempoentre a disputa eleitoral e oscompromissos familiares.

ELEIÇÕES/HISTÓRIA

NO CONGRESSO, MULHERES SÃO MINORIA

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9AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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11AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

DONA DA AUTOPISTA É RESPONSÁVELPELA PONTE QUE CAIU EM GÊNOVA

Ogrupo italiano Atlantia,que desde de maio é umdos novos controladores

da Autopista Litoral Sul, queexecuta as obras da Via deContorno da Grande Florianópolis,é a concessionária responsável pelaponte Morandi, em Gênova, quedesabou parcialmente no dia 14 deagosto, com a morte de 43 pessoas.

A Autopista trocou de mãos emmaio, com uma oferta pública deações da Atlantia em conjunto comseus sócios germano-espanholHochtief-ACS para ter o controleda Abertis, um mega-grupoespanhol com 8.600 quilômetrosde rodovias com pedágio em 15países, 1.500 só no Brasil, inclusiveas pontes e os 52 km da ViaExpressa Biguaçu/SãoJosé/Palhoça, a Via de Contorno,cuja concessão era daArteris/Autopista (Abertis) atépouco mais de três meses.

O negócio entre os grupos foifechado no dia 14 de maio por 18,2bilhões de euros (R$ 86,632 bilhõesao câmbio do dia 27/8). AAtlantia/ACS/Hochtief ficou com50% mais uma ação da companhiacomum que controlará o grupoAbertis.

Família - A Atlantia foifundada em 2002 por AlessandroBenetton, da tradicional família deindustriais italianos. Os Benettonatuam através da Sintonia, veículode investimento da família e que é omaior acionista da Atlantia, com38% das ações. A Atlantia atuaglobalmente em vários interessesno setor de infraestruturarodoviária e aeroportuária, mas seuprincipal ativo é a Autostrade perl’Itália, maior concessionária darede italiana de autoestradas, queincluía a bela ponte em arcos quecaiu em Gênova.

Preocupação – Como as obrasda Via de Contorno têm tradiçãoem atrasar, o baque sofrido pelaAtlantia no acidente de Gênovadeve ser um motivo depreocupação, porque a empresaitaliana pode ter que fazerreadequação de investimentos pelomundo, pois o grupo está tendograndes dispêndios com o acidenteda ponte.

A concessionária italianaAutostrade per l’Italia, filial dogrupo Atlantia, informou no dia25/8 que já forneceu ajudaeconômica no valor de 714 mileuros (quase R$ 3,4 bilhões) a 74famílias afetadas pelo desabamentoda ponte Morandi. E que deveaumentar esta soma até 1,5 milhãode euros (R$ 7,14 bilhões) nospróximos dias.

Estes são os primeirosdesembolsos da Autostrade(Atlantia), que já anunciou que

mobilizará um fundo de 500milhões de euros (R$ 23,80bilhões) para reconstruir a ponteMorandi, de Gênova, em oitomeses.

A capitalização do grupo, cujaação chegou a cair até mais de 10%na Bolsa de Milão após odesabamento da ponte Morandi, sesituava nos 20,5 bilhões de euros(R$ 97,58 bilhões), no dia doacidente.

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12 AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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13AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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14 AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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15AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

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18 AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Acomunidade do Campeche reagiucom mobilização contra a açãoarbitrária da Base Aérea de

Florianópolis, que tenta ocupar e cercar aárea de 320 mil m2 do antigo Campo deAviação que, há mais de 40 anos, é dedireito e de fato espaço de lazer. Já é oParque Cultural do Campeche (Pacuca).

Centenas de moradores do bairro epessoas de vários pontos da cidade queapoiam a luta do Pacuca, viveram um dia(11/8) de alegria com muitas atrações eatividades para crianças e adultos. E, nofinal do dia, deram um abraço no parque.

O fim de semana no parque já fazparte da vida Campeche. Dia 19/8 teve oMaracatu da Ilha, Capoeira, palhaços, oBoi de Mamão da Escola BrigadeiroEduardo Gomes e o 1º Encontro deCiclistas; dia 25/8, um relaxamentoatravés da Lian Gong, prática corporal daMedicina Tradicional Chinesa queestimula a autonomia e o autocuidado. Osexercícios tiveram orientação daprofessora Liz Tessmer.

A Amocam (Associação dosMoradores do Campeche), que puxa aluta pelo parque está fortalecida e trabalhafirme outras ações. Uma delas é a Estaçãode Educação Ambiental da LagoaPequena, construída a muitas mãos. ALagoa Pequena é mais um palco históricodo Campeche e o projeto tem o apoio daFloram.

Outra ação é a proposta da Unidade deConservação do Morro do Lampião. Aprimeira reunião será no dia 4 desetembro na EBM Brigadeiro EduardoGomes. Serão apresentados os limites e aimportância desta unidade deconservação.

Bairro que mais cresce na Ilha e bolada vez para os especuladores imobiliários,o Campeche reage à falta de planejamentoe ao crescimento desordenado lutandopara preservar sua cultura, sua natureza eseus espaços públicos.

UM ABRAÇO CONTRA AS CERCAS NO PACUCA

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19AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

UM ABRAÇO CONTRA AS CERCAS NO PACUCAHermes Daniel/Divulgação/BD

Fotos: Jurandir Camargo/BDDivulgação/BD

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20 AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

[email protected]

DESTAQUEFernanda

ShowEmpresário Felipe

Marin, de férias emLondres, aproveitou

o tempo livre paraver de perto o show

da pop star TaylorSwift, no Estádio de

Wembley. 

CoraçõesA turma 72 do

Colégio Coraçãode Jesus reuniu-separa relembrar os

velhos tempos eassistiu o novofilme Mamma

Mia.

VelinhasA pequena Marina Pastro assoprou velinhasdia 22/08.  O papai Rogério e a mamãeDaniele homenageiam e parabenizam apequena pelo 2° aninho de vida.

FamíliaA Fotógrafa Rebecca Pezzatto registrou osmelhores momentos da festa de 1º aninhoda princesinha Zaila, ao lado dos paisMadson e Evelize.

BookEnsaio gestante para as lentes da fotógrafa

Paula Marcili. Confira mais sobre este e outrostrabalhos em www.paulamarcili.com.br

AliançasJu Lacerda, proprietária do salão J&G

Coiffeur e Gilvan Freitas trocaram aliançasem cerimônia reservada a amigos efamiliares, em Balneário Camboriú. Acoluna parabeniza o casal.

DelíciasAna Claudia, proprietária da empresa Mimo

bolos, completou 30 anos dia 08/08, sempreexibindo seus maravilhosos trabalhos.

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22 AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Fernando Damásio

e-mail: [email protected](48) 98477-1499

Música emfamília

A família Fleming,do boa praçaReinaldo Fleming, sereúne todos os finaisde semana para umaagradável rodada deboleros, valsas,pagode, chorinho etodo estilo de música.Parabéns. Família quetoca junto nemsempre dança.

Veterana, mas felizNorma Dias, conhecida como Dona Lola,

nos seus 82 anos não para um minuto. Chega deuma viagem internacional e já pensa em outra.Ela diz que não tem tempo a perder. Está muitocerta.

Amigas para sempreLauda Berreta, Arlete Damasio e Vanilda Peres em encontro para

colocar o papo em dia e relembrar o tempo em que estudavam noColégio Coração de Jesus. Uma prova de que saudade não tem idade.

Grandeamigo

Dr. BelmiroPereira Junior

(advogado) estáfazendo grande

sucesso nas redessociais, pela

semelhança como apresentador

Cid Moreira, daGlobo, nos seus

bons tempos.

DestaqueVereadora

Cristina de Souzavem se destacandona Câmara de SãoJosé pelos projetosem favor daspessoas comdeficiência na fala evisual, buscandocriar condições paraa sua inclusãosocial.

Só ferasClaudecer,

Dorival Junior eRafael, da J.A.Urbanismo, emum congressona capital.

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23AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

Túnel do tempoUma foto achada no fundo do baú

trás a saudade dos amigos. É o timedo Ipiranga, do Ribeirão da Ilha,onde ainda se jogava descalço. Osjogadores que estão em pé são:Arnoldo Feliciano (Dedinha), otécnico, Joel Ferreira, SidneiHeidenreich (falecido), Nilson Fraga,Pedrinho, Carlos Heidenreich(Carlito) e Carlos Falcão; agachados:João José Cavalheiro (Diga), ClaudioAgenor (Claudinho, que jogou noGrêmio e no Coritiba), MauroDamásio (falecido), Dezinho e estecolunista, Fernando Damásio. Tudoera amizade pura e o prazer de estarjuntos. Saudades.

Só barulhoO gerador eólico que fica atrás da Câmara dos Vereadores de

São José, que deveria gerar energia para justificar o altoinvestimento, não serve pra nada. Além do dinheiro jogado fora,ninguém cobra o autor da ideia. Muito esperto.

Bem viverO empresário

Carlos Alberto esua esposa Sudesfrutando dosol no final detarde emGovernadorCelso Ramos

Novo velhoA obra do elevado do Rio Tavares está tão demorada que a prefeitura de

Florianópolis resolveu inovar na placa indicativa da construção: o viadutoagora é chamado de “Novo elevado do Rio Tavares”. É um novo velho,pois a obra foi começada há mais de 6 anos. O correto seria classificarcomo “O velho elevado do Rio Tavares”; ou “Meio elevado”.

Café amigoEste colunista foi

recebido para um café epara falar das coisas davida. Seu Antonio, daAM Construções, comoé conhecido, sempremuito gentil comaqueles que visitam suaempresa. O homemtem uma grande visãodos negócios.

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24 AGOSTO DE 2018Florianópolis - São José - Palhoça - Biguaçu - Sto Amaro da Imperatriz

JACK O MARUJO

NEI DUCLÓS

Qual é o lado do capitão? Oda frase solta e livre. É oque Jack o Maujo mostra

nesta nova seleta de suas tiradasantológicas, ao responder demaneira direta todas as perguntas.

- O Sr. tem médico a bordo?perguntou o fiscal.

- Tenho, disse Jack o Marujo.Mas ele bebe.

- Deixei o governo, agora vouser um sujeito ético, disse ooportunista. - Impossível, disse Jack o Marujo.Você não cabe mais nopersonagem.

- Do que o sr. tem medo,capitão?

- Das palavras de tocaia dossilenciosos, disse Jack o Marujo.

- Suas frases são precisas,capitão. Gostaria que o sr. desseuma palestra sobre seus truques.

- Não sou truculento, disse Jacko Marujo. A não ser com vigaristas.Quer uma demonstração?

- O sr. vai votar, capitão? - Vou voltar sim. Depois das

eleições, disse Jack o Marujo.

- Mas muito me admira osenhor...

- Pode parar.Nada que venhadepois distopresta, disseJack oMarujo.

- Certo, o sr. já me explicou pelaterceira vez, mas continuo sementender.

- É que te apaixonaste pela tuadúvida, disse Jack o Marujo.

- O sr fala sozinho?- Só quando alguém conversa

comigo, disse Jack o Marujo.

- O que o sr. acha disso tudo,capitão?- Procuro não achar, disse Jack oMarujo.

- Tenho dito! anunciou osabido.

- Não estou interessado, disseJack o Marujo.

- Não sei o que dizer, capitão. - Seja sincera, não fale nada,

disse Jack o Marujo.

- O sr. procura o caminho dafelicidade? perguntou a sonhadora.

- Não, disse Jack o Marujo, hámuito engarrafamento

- O sr. me leva para o outrolado do mar? perguntou a viajante.

- Não precisa, disse Jack oMarujo. O outro lado do mar éeste

- O sr. costuma sustentar seuspontos de vista? perguntou apesquisadora.

-Nunca, disse Jack o Marujo.Eles que aprendam a se virarsozinhos

- O sr. vai navegar nesta épocaterrível do ano,

capitão?

- O mar é sempre agosto. Quemquiser a primavera que fique emterra, disse Jack o Marujo.

- Quer saber? perguntou oinvasivo.

- Já quis muito,disse Jack o Marujo.Agora só meinteressa quando vãofechar a boca.

- Qual a frase que o sr sentemais orgulho em ouvir?

- Jogaste pesado, capitão, disseJack o Marujo

- O mundo acabou, capitão.- Estava previsto. Mas tem

sessão dupla, disse Jack o Marujo.

- O que o senhor faz namadrugada? perguntou o guarda-noturno.

- Velo pelo mar, disse Jack oMarujo. Alguém precisa ficaracordado quando Netuno dorme.

- Eu mereço, capitão. - Merece nada. A vida é uma

dívida que só é paga quando adevolvemos, disse Jack o Marujo.

- Perguntar não ofende, capitão. - Mas responder, sim, disse Jack

o Marujo.

- No que o sr. está pensando,capitão?

- Num curso que ensine aspessoas a fazer perguntas, disseJack o Marujo.

- Teremos eleições, capitão?- O que não falta é candidato

que não faz falta, disse Jack oMarujo.

ROMÂNTICOÀ REVELIA

- O que tens com a Lua se ela étão inconstante? perguntou aSereia.

- Quem navega em alto marprecisa dela para marcar a rota queperdi contigo, disse Jack o Marujo.

- Ninguém sabe que ésromântico, disse a Sereia.

- Não sou,disse Jack o Marujo. O amor mecaptura sem meu consentimento.

- Fale uma coisa bonita, disse aSereia.

- Achaste o amor que eu tinhaperdido e só me devolves se tepeço abrigo, disse Jack o Marujo.

- Sou muito exagerada, disse avisitante. Não gosto disso.

- Não feches o que tens de mar,disse Jack o Marujo.

- Uma infinidade de peixes nosseguem por toda a parte, disse aSereia.

- São os sentimentos, molhadosde espanto, fiéis em qualquer rota,disse Jack o Marujo.

PARA OSMOÇOS

- Qual é o limite do mar?perguntou o garoto. A África, ou ohorizonte?

- O nosso olhar, disse Jack oMarujo.

- Capitão, o que é o mar?perguntou o garoto.

- É o que temos, disse Jack oMarujo.

- O que o sr. achou dos meusversos, capitão? disse o Grumete.

- Você é ruim mas é autêntico,disse Jack o Marujo. Não copia.Pode um dia surpreender.

- O que devo fazer?- Não entendo de nenhuma

arte. Mas acho que devias escutar omar. Não o que ele diz, mas o queele toca.

JACK BATE FIRME E DE FRENTE