Fluxo de Caixa

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO - CEUMA CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ADRIANA BARROS PEREIRA AMANDA CRISTINA DIAS CHAGAS DAYANA MARIA LAUNÉ EDIANE PINHEIRO ALMEIDA RAFAEL AZEVEDO SANTOS REGIS EMANUEL TAVARES CHAVES RENATA ALESSANDA COELHO AROUCHA RENATA SORAIA BELÉM SILVA CONTABILIDADE GERENCIAL E CUSTOS FLUXO DE CAIXA

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Fluxo de caixa

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO - CEUMA

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

ADRIANA BARROS PEREIRA

AMANDA CRISTINA DIAS CHAGAS

DAYANA MARIA LAUNÉ

EDIANE PINHEIRO ALMEIDA

RAFAEL AZEVEDO SANTOS

REGIS EMANUEL TAVARES CHAVES

RENATA ALESSANDA COELHO AROUCHA

RENATA SORAIA BELÉM SILVA

CONTABILIDADE GERENCIAL E CUSTOS

FLUXO DE CAIXA

SÃO LUÍS

2015

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2

ADRIANA BARROS PEREIRA

AMANDA CRISTINA DIAS CHAGAS

DAYANA MARIA LAUNÉ

EDIANE PINHEIRO ALMEIDA

RAFAEL AZEVEDO SANTOS

REGIS EMANUEL TAVARES CHAVES

RENATA ALESSANDA COELHO AROUCHA

RENATA SORAIA BELÉM SILVA

FLUXO DE CAIXA

Trabalho apresentado à disciplina de Contabilidade Gerencial e

custos, ministrada por João Coelho Sobrinho, do curso de

Administração da Universidade Ceuma, como requisito para a

obtenção da nota parcial do segundo bimestre.

SÃO LUÍS – MA

2015

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“Quem sabe concentrar-se numa coisa e insistir nela como

único objetivo, obtém, ao fim e ao cabo, a capacidade de

fazer qualquer coisa”. (Mahatma Gandhi)

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5

2. FLUXO DE CAIXA ............................................................................................................ 6

2.1 CONCEITO E IMPORTÂNCIA ..................................................................................... 6

2.2 OBJETIVOS DO FLUXO DE CAIXA ........................................................................... 8

3. A DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA ........................................................... 10

4. ESTRUTURA .................................................................................................................... 11

4.1 ATIVIDADES OPERACIONAIS ................................................................................. 12

4.2 ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS ........................................................................ 12

4.3 ATIVIDADES DE FINANCIAMENTOS ..................................................................... 13

5. MÉTODOS DE ELABORAÇÃO DA DFC .................................................................... 14

5.1 MÉTODO DIRETO ........................................................................................................ 14

5.2 MÉTODO INDIRETO ................................................................................................... 15

5.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS ENTRE OS MÉTODOS ................................. 17

6. REGIMES DE COMPETÊNCIA E DE CAIXA ........................................................... 18

6.1 REGIME DE COMPETÊNCIA ....................................................................................18

6.1.1 RECONHECIMENTO DAS RECEITAS ................................................................. 19

6.1.2 RECONHECIMENTO DOS GASTOS ..................................................................... 19

6.2 REGIME DE CAIXA ..................................................................................................... 19

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 21

REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 22

ANEXO 1 ............................................................................................................................... 23

ANEXO 2 ............................................................................................................................... 24

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1. INTRODUÇÃO

No atual mundo competitivo e globalizado, cada vez mais se torna necessária a

utilização de ferramentas que garantam a sobrevivência das empresas no mercado. Dentro

deste contexto, as empresas passam a buscar um eficiente controle administrativo, onde o

administrador precisa utilizar-se de todas as ferramentas possíveis para a execução dos

objetivos da entidade.

Assim, surge uma ferramenta que se torna cada vez mais solicitada no meio

empresarial, o Fluxo de Caixa, que possibilita à empresa uma visão ampla de suas finanças a

fim de analisar os fatos ocorridos para a tomada de decisões, bem como proporciona à

entidade a possibilidade de projetar suas finanças para o futuro, proporcionando ao

administrador a capacidade de realizar a execução de aplicações ou captações de recursos com

a maior vantagem possível. 

O objetivo deste trabalho é apresentar conceitos, tipos, estrutura da demonstração, bem

como os métodos de elaboração do fluxo de caixa, analisando os segmentos nele

implementados, além de mostrar a importância do mesmo para as empresas.

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2. FLUXO DE CAIXA

2.1 CONCEITO E IMPORTÂNCIA

O fluxo de caixa é um instrumento que possibilita o planejamento e o controle dos

recursos financeiros de uma empresa. Gerencialmente, é indispensável em todo o processo de

tomada de decisões financeiras.

Contextos econômicos modernos de concorrência de mercado exigem das empresas

maior eficiência na gestão financeira de seus recursos, não cabendo indecisões sobre o que

fazer com eles. Sabidamente, uma boa gestão dos recursos financeiros reduz substancialmente

a necessidade de capital de giro, promovendo maiores lucros pela redução principalmente das

despesas financeiras e é essa a finalidade do fluxo de caixa.

O fluxo de Caixa constitui o movimento de entradas e saídas de caixa, bem como as

variações no saldo dessa conta. Podemos dizer que a ferramenta fluxo de caixa é um

instrumento utilizado com o objetivo de apurar os somatórios de ingressos e desembolsos

financeiros da empresa em determinado momento. (ZDANOWICZ, 2004).

Para Santos (2001, pg. 57) “o fluxo de caixa é um instrumento de planejamento

financeiro que tem por finalidade fornecer estimativas da situação de caixa da empresa em

determinado período de tempo à frente”. Ressalta ainda o autor que a “necessidade de

planejamento de caixa está presente tanto nas empresas com dificuldades financeiras, como

naquelas bem capitalizadas”.

Segundo Zdanowicz (2002, pg. 26) o fluxo de caixa “utiliza as seguintes contas: caixa,

banco, aplicações financeiras de resgate imediato da empresa, ou seja, consiste no fluxo do

disponível”, ainda o mesmo autor conceitua o fluxo de caixa como “um instrumento que

relaciona o futuro conjunto de ingressos e de desembolsos de recursos financeiros pela

empresa em determinado período”.

Segundo Groppelli (2009) o fluxo de caixa deve focalizar os recebimentos e

pagamentos ocorridos. Os recebimentos são determinados pelos padrões de crédito da

companhia, se esses padrões forem rigorosos, muito pouco clientes estarão qualificados ao

crédito, as vendas irão declinar e, como resultado, as contas a receber diminuirão.

Para contas a pagar os gestores tem por base não pagar nenhuma conta antes do

vencimento, a não ser que traga algum tipo de benefício para a empresa, um exemplo é o

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desconto na própria duplicata, quem faz uma compra bem feita, consegue vender por um

preço melhor e assim conquista o mercado. 

Para Groppelli (2009) contas a pagar pode ser vistas como empréstimos sem juros dos

fornecedores. 

O Fluxo de Caixa é indispensável para uma sinalização dos rumos financeiros dos

negócios. Através de sua elaboração é possível prognosticar eventuais excedentes ou escassez

de caixa, determinando-se medidas saneadoras a serem tomadas. Para se manterem em

operação, as empresas devem liquidar corretamente seus vários compromissos, devendo como

condição básica apresentar o respectivo saldo em seu caixa nos momentos dos vencimentos.

A insuficiência de caixa pode determinar cortes nos créditos, suspensão de entregas de

materiais e mercadorias, e ser causa de uma séria descontinuidade em suas operações.

A manutenção de saldos de caixa propicia folga financeira imediata à empresa,

revelando melhor capacidade de pagamento de suas obrigações. Neste posicionamento, a

administração não deve manter suas reservas de caixa em novéis elevados como forma de

maximizar a liquidez. Ao contrário, deve buscar um volume mais adequado de caixa sob pena

de incorrer em custos de oportunidades crescentes. É indispensável que a empresa avalie

criteriosamente o seu ciclo operacional de maneira a sincronizar as características de sua

atividade com o desempenho do caixa.

É importante que se avalie também que limitações de caixa não se constituem em

característica exclusiva de empresas que convivem com prejuízo. Empresas lucrativas podem

também apresentar problemas de caixa como consequência do comportamento de seu ciclo

operacional. Por outro lado, problemas de caixa costumam ocorrer, ainda, em lançamentos de

novos produtos, fases de expansão da atividade, modernização produtiva, etc.

Ao apurar o saldo líquido destes fluxos monetários, o instrumento do fluxo de caixa

permite que se estabeleçam prognósticos com relação a eventuais sobras ou faltas de recursos,

em função do nível de caixa desejado pela empresa.

O fluxo de caixa não deve ser enfocado como uma preocupação exclusiva da área

financeira. Mais efetivamente deve haver comprometimento de todos os setores empresariais

com os resultados líquidos de caixa, destacando-se:

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A área de produção, ao promover alterações nos prazos de fabricação dos produtos,

determina novas alterações nas necessidades de caixa. De forma idêntica, os custos de

produção têm importantes reflexos sobre o caixa;

As decisões de compras devem ser tomadas de maneira ajustada com a existência de

saldos disponíveis de caixa. Em outras palavras, deve haver preocupação com relação

a sincronização dos fluxos de caixa, avaliando-se os prazos concedidos para

pagamento das compras com aqueles estabelecidos para recebimento das vendas;

Políticas de cobrança mais ágeis e eficientes, ao permitirem colocar recursos

financeiros mais rapidamente à disposição da empresa, constituem-se em importante

reforço de caixa;

A área de vendas, junto com a meta de crescimento da atividade comercial, deve

manter um controle mais próximo sobre os prazos concedidos e hábitos de

pagamentos dos clientes, de maneira a não pressionar negativamente o fluxo de caixa.

Em outras palavras, é recomendado que toda decisão envolvendo vendas deve ser

tomada somente após uma prévia avaliação de suas implicações sobre os resultados de

caixa (exemplos: prazo de cobrança, despesas com publicidade e propaganda, etc);

A área financeira deve avaliar criteriosamente o perfil de seu endividamento, de forma

que os desembolsos necessários ocorram concomitantemente à geração de caixa da

empresa.

2.2 OBJETIVOS DO FLUXO DE CAIXA

Uma adequada administração dos fluxos de caixa pressupõe a obtenção de resultados

positivos para a empresa, devendo ser focalizada como um segmento lucrativo para seus

negócios. A melhor capacidade de geração de recursos de caixa promove, entre outros

benefícios à empresa, menor necessidade de financiamento dos investimentos em giro,

reduzindo seus custos financeiros. Dessa forma, o objetivo fundamental para o

gerenciamento dos fluxos de caixa é atribuir maior rapidez às entradas de caixa em relação

aos desembolsos ou, da mesma forma, otimizar a compatibilizarão entre aposição financeira

da empresa e suas obrigações correntes.

O fluxo de caixa tem por objetivo “informar a capacidade que a empresa tem para

liquidar seus compromissos financeiros a curto prazo e longo prazo”. SANTOS (2001 pg. 57).

De acordo com Zdanowicz (2002, pg. 41) o principal objetivo do fluxo de caixa é “dar

uma visão das atividades desenvolvidas, bem como as operações financeiras que são

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realizadas diariamente, no grupo do ativo circulante, dentro das disponibilidades, e que

representam o grau de liquidez da empresa”. Dentro dos objetivos, o mesmo autor relaciona

alguns objetivos básicos do fluxo de caixa:

Permitir o planejamento dos desembolsos de acordo com as disponibilidades de Caixa,

evitando-se o acúmulo de compromissos vultosos em época de pouco encaixe;

Analisar a viabilidade de serem comprometidos os recursos pela empresa;

Participar e integrar todas as atividades da empresa, facilitando assim os controles

financeiros;

Desenvolver o uso eficiente e racional do disponível;

Verificar a possibilidade de aplicar possíveis excedentes de caixa; e

Programar os ingressos e os desembolsos de caixa, de forma criteriosa, permitindo

determinar o período em que deverá ocorrer carência de recursos e o montante,

havendo tempo suficiente para as medidas necessárias.

O fluxo de caixa é um instrumento indispensável para a gestão da empresa, os recursos

financeiros têm que ser bem gerenciados para a tomada de decisão. Deve-se salientar que os

principais fatores que determinam o fluxo de caixa são: o prazo de cobertura, sua utilização e

a disponibilidade de recursos humanos e materiais a serem alocados a sua implantação e

operação. (SANTOS, 2001).

O prazo de cobertura é o saldo de caixa projetado para um determinado tempo. E pode

ser classificado de curto, médio e longo prazo. O foco principal deste trabalho é o prazo de

cobertura de longo prazo, o qual tem prazo superior a um ano. (SANTOS, 2001, pg. 59).

Para manter sua eficácia, é importante que o relatório de fluxo de caixa tenha

periodicidade, por isso ele deve ser diário, semanal, quinzenal ou mensal. Esta varia conforme

as necessidades do seu negócio, mas os especialistas afirmam que a projeção do fluxo de

caixa deve acontecer por um período mínimo de três meses. Este tempo é suficiente para você

planejar quando pode dar um aumento para seus funcionários, contratar mais um colaborador

para equipe, realizar promoções para queimar o estoque ou até mesmo investir em novos

produtos.

3 . A DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA

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A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) passou a ser um relatório obrigatório pela

contabilidade para todas as sociedades de capital aberto ou com patrimônio líquido superior a

R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais).

Esta obrigatoriedade vigora desde 1-1-2008, por força da Lei 11.638/2007 e desta

forma transformou-se em um importante relatório para a tomada de decisões gerenciais.

A Deliberação 547 CVM/2008 aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 03, que trata

da Demonstração do Fluxo de Caixa e o Conselho Federal de Contabilidade através da

Resolução 1.125 CFC /2008 aprovou a NBC T 3.8 - Demonstração dos Fluxos de Caixa.

A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) é parte integrante das demonstrações

financeiras e vem substituir a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR).

Seu objetivo é o de fornecer informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em

dinheiro, de uma empresa, ocorridos em um determinado período de tempo.

O objetivo da DFC é evidenciar as variações ocorridas no disponível das empresas

entre um determinado período de tempo. Apesar do nome “fluxos de caixa”, farão parte dessa

demonstração todas as contas do grupo do disponível, isto é, caixa, bancos e aplicações de

liquidez imediata (como a caderneta de poupança, por exemplo).

Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras -

FIPECAFI (2010, p.565) “o objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é

prover informações relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma em-

presa, ocorridos durante um determinado período”.

As informações históricas do fluxo de caixa são extremamente importantes para o

planejamento futuro de qualquer empresa onde através de projeções, é possível construir

cenários e se antecipar na execução das ações.

Os resultados da DFC também são importantes para auditar as informações contábeis

na busca por erros e possíveis fraudes contábeis, conforme comentado por Lamas e Gregório

(2009, p.101) e Marion (2009, p.446).

Para o cumprimento de sua finalidade, o modelo de DFC sugerido pela FIPECAFI

deve:

Evidenciar o efeito periódico das transações de caixa segregadas por atividades

operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento, nesta ordem;

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Evidenciar, separadamente, em Notas Explicativas que façam referência à DFC, as

transações de investimento e financiamento que afetam a posição patrimonial da

empresa, mas não impactam diretamente os fluxos de caixa do período;

Reconciliar o resultado líquido com o caixa gerado ou consumido nas atividades

operacionais.

Serão alvos da DFC todos os recebimentos, ou entradas, e pagamentos, ou saídas, de

caixa (ou disponível). Quando uma operação representar uma entrada de caixa, deverá ser

somada na demonstração e, quando representar uma saída, deverá ser subtraída na

demonstração.

Caixa compreende em Numerário em poder da empresa, e depósitos bancários

disponíveis.

Equivalentes de caixa são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que

são mantidas com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo e não para

investimento ou outros fins. Para reconhecer um investimento como um equivalente de caixa

é necessário atender comulativamente três requisitos: ser de curto prazo (até 90 dias), ser de

alta liquidez e apresentar insignificante risco de mudança de valor.

4. ESTRUTURA

A elaboração de um fluxo de caixa pode ser feita de várias maneiras, pois cada pessoa

ou empresa poderia realizar o controle dos recebimentos e pagamentos de caixa conforme

seus próprios entendimentos.

Porém, segundo Lamas e Gregório (2009), ao se elaborar uma DFC estruturada em

normas, é possível comparar o desempenho operacional entre diferentes empresas, uma vez

que elimina os efeitos desiguais dos possíveis tratamentos contábeis.

Em razão dessa necessidade de uniformização das demonstrações contábeis, torna-se

necessário que algumas regras sejam respeitadas na elaboração da DFC.

O saldo inicial é o valor constante no caixa no início do período considerado pela

elaboração do fluxo. As entradas de caixa correspondem às vendas, bem como outros

recebimentos, tais como duplicatas, etc. As saídas de caixa correspondem aos pagamentos de

fornecedores, alugueis, impostos, etc. O saldo final de caixa representa o valor obtido da

diferença entre o total das entradas e as saídas de caixa.

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A norma contábil responsável por esta normatização no Brasil é o Pronunciamento

Técnico CPC 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa. Esse pronunciamento determina a

estruturação da DFC em três atividades: operacionais, de investimentos e de financiamentos.

4.1 ATIVIDADES OPERACIONAIS

As atividades operacionais se referem ao montante dos recursos que a empresa gerou

através de sua atividade-fim. Farão parte dessas atividades os elementos relacionados com a

DRE (Demonstração do Resultado do Exercício). As contas pertencentes ao Balanço

Patrimonial, mas que foram originadas de transações ligadas às receitas, custos e despesas,

também deverão ser consideradas, por exemplo: as contas a receber (relacionadas com as

vendas a prazo), os estoques (relacionados com os custos), os fornecedores (relacionados com

as compras a prazo) e as contas a pagar (relacionadas com as despesas).

Segundo a FIPECAFI (2010, p.567), as atividades operacionais “envolvem todas as

atividades relacionadas com a produção e entrega de bens e serviços e os eventos que não

sejam definidos como atividades de investimento e financiamento”.

Como exemplos de atividades operacionais, poderão ser classificadas como entradas

as vendas à vista, o recebimento de clientes e o recebimento de juros, e como saídas, o

pagamento de fornecedores, o pagamento de impostos e o pagamento de despesas diversas.

4.2 ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS

As atividades de investimento se referem às transações onde a empresa utilizou as

sobras de caixa e aplicou, investiu recursos visando um benefício futuro.

Dessa forma, quando há recurso disponível que possa ser investido pela empresa, ela

pode emprestá-lo para terceiros ou investi-lo na compra de ativos fixos classificados como

investimentos, imobilizado ou intangíveis no Balanço Patrimonial. Quando a empresa adquire

um determinado ativo fixo, isso representará uma saída de caixa e, quando vende algum

desses ativos, representará uma entrada de caixa.

Na IAS 7, a importância da divulgação separada de fluxos de caixa de atividades de

investimentos é destacada, onde diz ser “importante porque os fluxos de caixa representam a

extensão dos gastos efetuados com recursos destinados a gerar receita e fluxos de caixa

futuros” (IASCF, 2008, p.862).

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Farão parte das atividades de investimentos todas as transações relacionadas com o

ativo não circulante do Balanço Patrimonial. Como exemplos de entradas têm-se as vendas de

investimentos, as vendas de imobilizado e o recebimento de empréstimos, e como exemplos

de saídas, têm-se as aquisições de investimentos, de imobilizado e de ativos intangíveis.

4.3 ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

As atividades de financiamento, ao contrário das atividades de investimento, referem-

se às transações onde a empresa toma recursos emprestados, geralmente, quando há uma

escassez de caixa.

Os recursos podem ser captados tanto de terceiros, quanto dos próprios proprietários

ou sócios das empresas.

Farão parte das atividades de financiamento todos os elementos relacionados com o

exigível a longo prazo, o patrimônio líquido e os financiamentos e empréstimos de curto

prazo, localizados no passivo circulante, todos localizados no Balanço Patrimonial.

Para as atividades de financiamento, podem-se citar como exemplos de entradas de

recursos, os aumentos de capital, as emissões de novas ações e os empréstimos e

financiamentos tomados, e como exemplos de saídas, os pagamentos de dividendos, as

recompras de ações da empresa e os pagamentos de empréstimos e financiamentos.

Algumas transações podem não ser percebidas somente pelas informações do Balanço

Patrimonial e da DRE, necessitando da utilização de uma outra demonstração contábil, como

a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

O resultado final da DFC será a soma algébrica dos resultados líquidos de cada uma

das atividades, que deverá ser conciliada com a diferença entre os saldos respectivos das

disponibilidades, isto é, entre o início e o fim do período considerado (FIPECAFI, 2010,

p.573).

Lustosa e Santos (2004) dizem que essa classificação em três atividades é muito útil

em termos informativos, mas também existem alguns aspectos polêmicos que devem ser

melhor estudados para algumas transações financeiras, por exemplo, as reservas de capital.

Algumas situações podem apresentar transações onde os fluxos de caixa serão

classificados em mais de uma atividade, por exemplo, quando há um desembolso de caixa

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para pagamento de empréstimo, onde os juros podem ser classificados como atividade

operacional e o valor do atividade de financiamento (BRASIL2, 2008).

Existem ainda algumas operações que não deverão fazer parte da DFC, pelo fato de

não afetarem o caixa, por exemplo, as depreciações, as provisões, os ganhos e perdas de

equivalência patrimonial, entre outros.

Também podem acontecer transações de investimento e financiamento sem efeito no

caixa, como por exemplo, as dívidas convertidas em aumento de capital, mas essas, devem ser

evidenciadas em notas explicativas (FIPECAFI, 2010, p.569).

5. MÉTODOS DE ELABORAÇÃO DA DFC

A DFC pode ser elaborada segundo dois métodos: o direto e o indireto.

5.1 MÉTODO DIRETO

No método direto as atividades operacionais são elaboradas utilizando os reais

recebimentos de clientes, pagamentos de fornecedores e pagamentos de despesas.

Segundo a FIPECAFI (2010, p.573), “o método direto explicita as entradas e saídas

brutas de dinheiro dos principais componentes das atividades operacionais, como os

recebimentos pelas vendas de produtos e serviços e os pagamentos a fornecedores e

empregados”.

O saldo final das operações expressa o volume líquido de caixa obtido ou aplicado

pelas operações durante um período.

Ao utilizar o método direto, as empresas devem detalhar no mínimo as seguintes

classes (conforme FIPECAFI):

Recebimentos de clientes, incluindo os recebimentos de arrendatários, concessionários

e similares;

Recebimentos de juros e dividendos;

Outros recebimentos das operações, se houver;

Pagamentos a empregados e a fornecedores de produtos e serviços, aí incluídos

segurança, propaganda, publicidade e similares;

Juros pagos;

Impostos;

Page 15: Fluxo de Caixa

15

Outros pagamentos das operações, se houver.

Este modelo parte dos componentes da Demonstração de Resultado e os ajusta pelas

variações nas contas circulantes do Balanço vinculadas às operações.

A conciliação entre o lucro líquido e o fluxo de caixa líquido das atividades

operacionais deve ser fornecida obrigatoriamente caso a entidade use o método direto para

apurar o fluxo líquido das atividades operacionais. A conciliação deve apresentar,

separadamente, por categoria, os principais itens a serem reconciliados. Essa reconciliação

demonstra que, partindo-se do lucro/prejuízo líquido ajustado pelas transações que não afetam

o caixa, chega-se ao mesmo valor do caixa líquido apurado com base nos recebimentos e

pagamentos lançados individualmente. Outra forma de entender esta reconciliação, é

considerá-la como sendo a transformação do lucro/prejuízo apurado pelo regime de

competência para o lucro/prejuízo apurado pelo regime de caixa. O seu objetivo é provar que

os valores de recebimentos e pagamentos lançados no caixa das atividades operacionais,

individualmente, estão corretos.

5.2 MÉTODO INDIRETO

Para se elaborar a DFC pelo método indireto, a diferença está nas atividades

operacionais. Ao invés de apresentarem os reais recebimentos de clientes e pagamentos de

fornecedores e despesas, serão elaboradas ajustando-se o lucro líquido e considerando as

variações das contas patrimoniais relacionadas com a DRE. As atividades de investimento e

de financiamento serão idênticas às do método direto.

Para tanto, é necessário ajustar o lucro ou prejuízo considerando os efeitos:

a) das transações que não envolvam caixa (provisões, depreciação, impostos diferidos,

variações cambiais não realizadas, resultado de equivalência patrimonial em investimentos e

participação de minoritários);

b) de quaisquer diferimentos ou outras apropriações por competência sobre recebimentos ou

pagamentos operacionais passados ou futuros; e

c) de itens de receita ou despesa associados com fluxos de caixa das atividades de

investimento (ganho ou perda na venda de imobilizado) ou de financiamento (ganho e perda

na baixa de empréstimos).

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A lógica do método indireto é muito simples, assumindo que todo o lucro afetou

diretamente o caixa. Como isso não é verdade, então fazemos os ajustes. Partimos do lucro

líquido extraído da DRE e fazemos as adições e subtrações a este dos itens que afetam o lucro

mas não afetam o caixa, e dos que afetam o caixa mas não afetam o lucro. Como o que

estamos apurando é o fluxo de caixa das atividades operacionais, se eventualmente constarem

da DRE eventos referentes a outras atividades estes também deverão ser adicionados ou

subtraídos do lucro líquido, pois serão reportados em seus grupos específicos; como no caso

de um ganho (ou perda) na venda de um imobilizado, que normalmente é uma atividade de

investimento.

A grande vantagem do método indireto é a sua capacidade de deixar claro que algumas

variações no caixa geradas pelas operações se dão por alterações nos prazos de recebimentos

e de pagamentos, ou por incrementos, como nos estoques. Logo, num exercício pode haver

aumento no caixa das operações porque se reduziu o prazo de recebimento dos clientes ou

porque se aumentou o prazo de pagamento dos fornecedores. Este fato pode ocorrer só num

período e não tender a se repetir no futuro. Por isso é relevante a sua evidencia ção, que não

ocorre de forma clara no método direto.

Quando o método indireto é utilizado, é exigido em Notas Explicativas a evidenciação

dos juros pagos (líquido dos valores capitalizados) e dos valores do imposto de renda e da

contribuição social e sobre o lucro líquido pagos durante o período.

Segundo Hendriksen e Breda,2 muitas empresas preferem divulgar a DFC elaborada

através do método indireto que parte do Lucro Líquido ajustando-o até chegar ao fluxo de

caixa operacional. Para os autores, esse método mais oculta do que revela informações

relevantes.

5.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS ENTRE OS MÉTODOS

Na comparação entre os dois métodos, é importante irmos além dos aspectos técnicos

e consideramos a realidade em que vivemos, principalmente a realidade brasileira.

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Método Indireto – Vantagens 

1. Representa baixo custo. Basta utilizar dois balanços patrimoniais (o do início e o do final

do período), a demonstração de resultados e algumas informações adicionais obtidas na

contabilidade.

2. Concilia lucro contábil com fluxo de caixa operacional líquido, mostrando como se compõe

a diferença.

Método Indireto – Desvantagens

1. O tempo necessário para gerar as informações pelo regime de competência e só depois

convertê-las para regime de caixa. Se isso for feito uma vez por ano, por exemplo, podemos

ter surpresas desagradáveis e tardiamente.

2. Se há interferência da legislação fiscal na contabilidade oficial, e geralmente há, o método

indireto irá eliminar somente parte dessas distorções.

Método Direto – Vantagens

1. Cria condições favoráveis para que a classificação dos recebimentos e pagamentos siga

critérios técnicos e não fiscais.

2. Permite que a cultura de administrar pelo caixa seja introduzida mais rapidamente nas

empresas.

3. As informações de caixa podem estar disponíveis diariamente.

Método Direto – Desvantagens

1. O custo adicional para classificar os recebimentos e pagamentos.

2. A falta de experiência dos profissionais da área financeira em usar as partidas dobradas

para classificar os recebimentos e pagamentos.

Quando falamos em informações para administrar os negócios, pelo menos duas condições

devem estar presentes:

– Essas informações devem representar 100% das atividades da empresa; e

– As informações devem ser geradas por critérios técnicos e não por critérios fiscais, que

visam pagar menos tributos.

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18

Para a realidade da maioria das empresas brasileiras, o método direto traz mais

benefícios, principalmente para a redução dos custos financeiros.

A escolha por um dos dois métodos deve ser analisada considerando a realidade de

cada empresa. Há segmentos, o da construção civil, por exemplo, em que as vantagens do

método direto são ainda maiores, porque os números de competência têm pouco significado

para essa atividade.

6. REGIMES DE COMPETÊNCIA E DE CAIXA

O reconhecimento das receitas e gastos é um dos aspectos básicos da contabilidade

que devem ser conhecidos para poder avaliar adequadamente as informações financeiras. São

dividos em Regime de Caixa e em Regime de Competência.

6.1 REGIME DE COMPETÊNCIA

O regime de competência é um princípio contábil, que deve ser, na prática, estendido a

qualquer alteração patrimonial, independentemente de sua natureza e origem.

Sob o método de competência, os efeitos financeiros das transações e eventos são

reconhecidos nos períodos nos quais ocorrem, independentemente de terem sido recebidos ou

pagos.

Isto permite que as transações sejam registradas nos livros contábeis e sejam

apresentadas nas demonstrações financeiras do período no qual os bens (ou serviços) foram

entregues ou executados (ou recebidos). É apresentada assim uma associação entre as receitas

e os gastos necessários para gerá-las.

As demonstrações financeiras preparadas sob o método de competência informam

aos usuários não somente a respeito das transações passadas, que envolvem pagamentos e

recebimentos de dinheiro, mas também das obrigações a serem pagas no futuro e dos recursos

que representam dinheiro a ser recebido no futuro.

Portanto, proporcionam o tipo de informações sobre transações passadas e outros

eventos, que são de grande relevância aos usuários na tomada de decisões econômicas.

As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em

que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de

recebimento ou pagamento.

Page 19: Fluxo de Caixa

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O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é

consequência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.

  Para todos os efeitos, as Normas Brasileiras de Contabilidade elegem o regime de

competência como único parâmetro válido, portanto, de utilização compulsória no meio

empresarial.

6.1.1 RECONHECIMENTOS DAS RECEITAS

As receitas consideram-se realizadas:

1. nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem

compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente

pertencentes à Entidade, quer pela fruição de serviços por esta prestados;

2 – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o

desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

3 - pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros;

4 – no recebimento efetivo de doações e subvenções.

6.1.2 RECONHECIMENTOS DOS GASTOS

Consideram-se incorridas os gastos:

1 – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua

propriedade para terceiro;

2 – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo;

3 – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

6.2 REGIME DE CAIXA

Sob o regime de caixa, os recebimentos e os pagamentos são reconhecidos

unicamente quando se recebe ou se paga mediante dinheiro ou equivalente.

Este método é frequentemente usado para a preparação de demonstrações financeiras

de entidades públicas. Isto é devido ao fato de que o objetivo principal da contabilidade

governamental é identificar os propósitos e fins para os quais se tenham recebido e utilizados

os recursos, e para manter o controle orçamentário da citada atividade.

Page 20: Fluxo de Caixa

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Alguns aspectos da legislação fiscal permitem a utilização do regime de caixa, para

fins tributários. Porém, de modo algum o regime de competência pode ser substituído pelo

regime de caixa numa entidade empresarial, pois se estaria violando um princípio contábil.

Se a legislação fiscal permite que determinadas operações sejam tributadas pelo

regime de caixa, isto não significa que a contabilidade deva, obrigatoriamente, seguir seus

ditames. Existem livros fiscais (como o Livro de Apuração do Lucro Real – LALUR), que

permitem os ajustes necessários e controles de tal tributação, à margem da contabilidade.

O que não se pode nem se deve é submeter a contabilidade a uma distorção, apenas

para cumprir a necessidade de informação de um único organismo, como é o caso do fisco.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 21: Fluxo de Caixa

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O controle do fluxo de caixa sempre foi e ainda é amplamente utilizado por qualquer

tipo de pessoa ou negócio, pois o gerenciamento das entradas e saídas de caixa é a base para

todo planejamento e posterior tomada de decisão.

Para que seja possível a comparação entre a posição financeira dos recursos de caixa

das empresas, foi criada a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), que no Brasil, passou a

ser exigida como demonstração contábil obrigatória com a criação da Lei 11.638/2007,

embora já fosse evidenciada como informação complementar pelas instruções do IBRACON.

A segregação da DFC em atividades operacionais, de investimento e de financiamento

torna possível uma melhor análise da composição da variação de caixa.

Para se elaborar a DFC é preciso seguir algumas técnicas que utilizam as informações

de outras demonstrações contábeis, como o Balanço Patrimonial, a Demonstração do

Resultado do Exercício e a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.

Esse tipo de estudo torna-se importante não só para os profissionais relacionados com

a Contabilidade das empresas, mas para todas as pessoas que estejam relacionadas com o

ambiente de negócios no qual a empresa esteja inserida.

REFERÊNCIAS

Page 22: Fluxo de Caixa

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Disponível em: http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/regcompetencia.htm. Acesso

em:

Disponível em: http://coad.jusbrasil.com.br/noticias/2122266/consideracoes-sobre-a-

demonstracao-de-fluxos-de-caixa. Acesso em:

MARION, J. C. Contabilidade Empresarial. 14. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração de capital de

giro. São Paulo: Atlas, 1997.

IASCF INTERNATIONAL ACCOUNTING STANDARDS COMMITTEE FOUNDATION.

Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRSs). Incluindo Normas Internacionais de

Contabilidade (IASs) e Interpretações , aprovadas em 1º de Janeiro de 2008. Volume 1.

IASCF – International Accounting Standards Committee Foundation e IBRACON – Instituto

dos Auditores Independentes do Brasil, 2008

BRASIL2. Pronunciamento Técnico CPC 03. Demonstração dos Fluxos de Caixa. Ata CPC,

Brasília, DF, 13 jun.2008.

FIPECAFI. Manual de Contabilidade Societária. São Paulo: Atlas, 2010.

ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle

financeiro. 9° Ed. Porto Alegre: Ed. Sagra Luzzatto, 2002.

LUSTOSA, P. R. B.; SANTOS, A. Como Classificar as Reservas de Capital na Demonstração

dos Fluxos de Caixa? In: XXVIII EnANPAD. Curitiba-PR, 2004.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia

científica - 5. ed. - São Paulo : Atlas 2003.

ANEXO 1

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MODELO DA DFC PELO MÉTODO DIRETO

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DA EMPRESA GAMA

MÉTODO DIRETO

ATIVIDADES OPERACIONAIS

Recebimentos de clientes R$ 9.500,00

Pagamento de fornecedor R$ (5.000,00)

Pagamento de despesas R$ (1.380,00

Caixa líquido atividades operacionais R$ 3.120,00

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Aquisições de ações (part. Outras cias) R$ (2.140,00)

Aquisição de móveis e utensílios R$ (300,00)

Aquisição de terrenos R$ (1.000,00)

Caixa líquido atividades de investimento R$ (3.440,00)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Aquisição empréstimos curto prazo R$ 470,00

Aumento de capital R$ 1.500,00

Pagamento de dividendos R$ (850,00)

Caixa líquido atividades de financiamento R$ 1.120,00

Variação de Caixa e equivalentes R$ 800,00

Saldo Inicial de caixa e equivalentes R$ 1.500,00

Saldo Final de caixa e equivalentes R$ 2.300,00

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ANEXO 2

MODELO DA DFC PELO MÉTODO INDIRETO

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DA EMPRESA GAMA

MÉTODO INDIRETO

ATIVIDADES OPERACIONAIS

Lucro líquido R$ 1.950,00

(+/-) Ajustes

Depreciação R$ 120,00

Variações nos ativos e passivos

Variação em duplicatas a receber R$ (500,00)

Variação em estoques R$ (500,00)

Variação em fornecedores R$ 1000,00

Variação em imposto de renda a recolher R$ 1.150,00

Caixa líquido atividades operacionais R$ 3.120,00

ATIVIDADES DE INVESTIMENTO

Aquisições de ações (part. Outras cias) R$ (2.140,00)

Aquisição de móveis e utensílios R$ (300,00)

Aquisição de terrenos R$ (1.000,00)

Caixa líquido atividades de investimento R$ (3.440,00)

ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Aquisição empréstimos curto prazo R$ 470,00

Aumento de capital R$ 1.500,00

Pagamento de dividendos R$ (850,00)

Caixa líquido atividades de financiamento R$ 1.120,00

Variação de Caixa e equivalentes R$ 800,00

Saldo Inicial de caixa e equivalentes R$ 1.500,00

Saldo Final de caixa e equivalentes R$ 2.300,00