Fluxograma Do Processo Kraft Ou Da Polpa de Sulfato
-
Upload
rafaelnascimento -
Category
Documents
-
view
133 -
download
64
description
Transcript of Fluxograma Do Processo Kraft Ou Da Polpa de Sulfato
Fluxograma do processo Kraft ou da polpa de Sulfato
As toras de madeira, ainda com casca são cortadas em tamanho
uniforme. Depois são descascadas, (devido à presença de corantes
indesejáveis ao processo) por atrito dentro de tambores descortificadas
rotativos (1), em seguida as cortadeiras (2) providas de quatro ou mais facas
compridas e pesadas, reduzem a madeira a pequenos cavacos, estes então
são armazenadas no depósito de cavacos.
Os reatores, chamados digestores (3) são carregados com os cavacos;
adiciona-se o licor branco de cozimento que contêm essencialmente sulfeto de
sódio e soda cáustica e liga-se ao vapor de água. O licor branco cozinha em
temperatura de 170-177°C e pressão de 6,8-9,2 atm numa solução a 12,5% de
NaOH, Na2S . Esse licor causa a hidrólise da lignina a alcoóis e ácidos, a
lignina é um polímero amorfo que confere firmeza e rigidez ao conjunto de
fibras da madeira. O período de cozimento leva de 2-5 horas e tem por objetivo
transformar os cavacos em polpas.
Depois da digestão há a separação da polpa de celulose obtida e do licor
de cozimento. No final deste tempo, a pressão é baixada e a carga, a massa
parda, é lançada num tanque de esgotamento, para que o vapor normalmente
desperdiçado no tanque seja usado; com isto se tem também uma lavagem
mais apurada. A polpa depois da separação do licor de cozimento é lavada (4).
A lavagem tem a finalidade de separar as fibras de celulose para um lado
e seus contaminantes (lignina e produtos químicos) para outro. Com isto,
atendem-se dois objetivos: 1.Permitir que a celulose prosseguisse "limpa" para
o processo de Branqueamento. 2. Permitir que os produtos químicos
“contaminantes” e material orgânico sejam encaminhados à outra área da
fabrica, com fim de recuperar os produtos químicos e gerar energia. A
vantagem da lavagem é que ela reduz o consumo de alvejante utilizado no
branqueamento.
Linha da polpa de celulose
A polpa lavada passa para a sala das peneiras, onde atravessa grades,
calhas de sedimentação e peneiras, que separam quaisquer lascas de madeira
não cozida, após o que entra nos filtros e espessadores. Em seguida a polpa é
introduzida na batedeira Jordan o qual consiste num tanque em madeira ou
metal, com extremidades arredondadas e uma divisão parcial no meio,
formando um canal, por onde a polpa circula continuamente. Num dos lados
está um cilindro equipado com facas, ou barras; diretamente abaixo deste
cilindro está uma chapa de apoio, a que se fixam barras estacionárias. Quando
em operação, a polpa circulante é forçada por entre as barras do cilindro
giratório e as barras estacionárias do encosto. O cilindro pode ser levantado ou
abaixado, de modo a se ter os resultados desejados. O batimento das fibras faz
o papel mais forte, mais uniforme, mais denso, mais opaco e menos poroso.
Após a batedeira, a polpa segue para a máquina fourdrinier.
Na maquina fourdrinier a massa, procedente das operações
preliminares, com aproximadamente 0,5% de fibra, passa inicialmente por uma
peneira na caixa distribuidora, de onde flui, através de uma comporta, para
uma tela móvel sem fim, em fio de bronze. As fibras da polpa ficam na tela,
enquanto uma grande parte da água passa através dela. A medida que a tela
avança, efetua também um movimento vibratório, que serve para orientar parte
das fibras e feltrar com maior uniformidade a folha, atribuindo-lhe maior
resistência. Enquanto ainda sobre a tela, o papel passa sobre caixas de
sucção, para remoção da água, e sob um cilindro filigranador, que alisa a face
superior da folha. Ao longo dos lados da tela, movimentam-se correias de
borracha, com a mesma velocidade da tela, que servem para formar as bordas
da folha. A operação de uma Fourdrinier é um procedimento complicado. Um
dos problemas principais é ajustar as velocidades dos diversos cilindros à
retração do papel, à medida que ele vai sendo seco. As velocidades
operacionais das máquinas variam de 60,9 m/min, para os papéis de grão mais
fino, até 762 m/min, para o papel de jornal.
As máquinas de cilindro são empregadas para a fabricação de papel
grosso, de papelão e de papel não uniforme. A massa de papel é depositada
sobre a tela girante, enquanto a água no interior do cilindro é removida. A
medida que o cilindro continua a girar, a massa de papel atinge o seu topo,
onde a camada úmida entra em contato com um feltro, nele aderindo.
O feltro móvel, carregando a folha úmida na sua face inferior, passa por
um cilindro de assentamento, com o que é expelida uma parte da água. O feltro
e o papel entram então em contato com o topo do cilindro seguinte, onde
recebem nova camada de papel molhado. Assim vai sendo formada uma folha
ou prancha de papel molhado, que passa finalmente pelos rolos de prensagem
e pelos cilindros de secagem e alisamento. Em seguida o papel já formado é
secado em rolos aquecidos, recebendo o acabamento em cilindros de
calandragem.
Linha do licor de cozimento
O filtrado obtido na lavagem, chamado de licor preto, contem matéria
orgânica e produtos químicos à base de sódio. Normalmente é levado para um
sistema de evaporação e caldeira de recuperação com a finalidade de
recuperar os produtos químicos, gerar vapor de água e evitar a poluição. A
recuperação dos produtos químicos e energia do licor preto residual e
reconstituição dos produtos químicos recuperados para formar licor branco são
integrais na operação de uma fábrica Kraft.
O licor preto fraco‖ (cerca de 15% de sólidos) dos lavadores do estoque
marrom é processado de acordo com as seguintes etapas:
• 1- Concentração através de uma série de evaporadores (5,6) e adição
de produtos químicos em licor preto pesado‖ com 70-75% de sólidos.
• 2- Incineração do licor negro (8) pesado na caldeira de recuperação para
formar o Smelt‖ inorgânico.
• 3- Dissolvimento do Smelt‖ (9) em água para formar o licor verde.
• 4- Caustificação do licor verde com cal queimada (10) para formar licor
branco para o próximo ciclo.