FoCA - 13ª edição

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Distribuição Gratuita NOVAS HISTÓRIAS, VELHOS PERSONAGENS Págs. 10 e 11 Ano 4 - 13ª Edição - Junho DEVORADORES DE CHOCOLATE Págs. 4 e 5 NA PONTA DA LÍNGUA Pág. 9 SEU BICHINHO PODE DOAR... MAIS DO QUE AMOR Págs. 6 e 7

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Jornal laboratório produzido por alunos da Faculdade de Comunicação, Artes e Design do Ceunsp.

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NOVAS HISTÓRIAS, VELHOS PERSONAGENS Págs. 10 e 11

Ano 4 - 13ª Edição - Junho

DEVORADORES DE CHOCOLATE Págs. 4 e 5

NA PONTA DA LÍNGUA Pág. 9

SEU BICHINHO PODE DOAR...

MAIS DO QUE AMORPágs. 6 e 7

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EDIÇÃO N° 19SALTO, 24 DE MAIO DE 2013

Amanda Roventini

Os animais de estimação do-mésticos são selecionados para o convívio com os se-

res humanos pela questão de com-panheirismo e divertimento. O mas-cote pode trazer muitas alegrias ao seu dono, além de inúmeros benefí-cios a saúde.Um estudo realizado pelo Departa-

mento de Psicologia da USP mostrou que o convívio com animais fortale-ce o sistema imunológico, diminui os níveis de estresse e incidência de doenças comuns, como resfriados. O bom humor também é visível em quem possui um bichinho de estima-ção: “Sempre fui alegre, mas quan-do adotei meu gato Byn, meus dias ficaram melhores”, diz Beatriz Gar-

cia, 3º semestre de Cinema.Eles também promovem benefí-

cios se tiverem convívio diário com crianças, pois elas aprendem a con-trolar impulsos de agressividade, além de ajudar a lidar com fatos da vida, como: nascimento, reprodução e morte, além de reforçar a auto-es-tima. No caso das pessoas tímidas, os animais servem como um treino para se comunicar melhor. “Os ani-mais nos ensinam a cuidar do pró-ximo, ter responsabilidade, mostram o que é o amor incondicional. Com os bichos podemos aprender a nos relacionar melhor e colocar isso em prática com outras pessoas”, afirma a psicóloga Cecília Zylberstajn.Muitos donos consideram os ani-

mais como filhos, o cuidado é imen-so. Casos como o de Larissa Fer-reira, estudante do 5° semestre de Jornalismo, que tem duas gatas e uma cadelinha: “As gatas tem uma rotina igual a minha dentro de casa e a cadelinha tem 60 dias, ou seja, co-mida de 3 em 3 horas. Ainda acordo de madrugada com choro para dar comida e carinho”.São esses gestos de amor aos ani-

mais que fazem com que eles sin-tam essa sintonia tão forte com seus donos, como diz Bruna de Almeida, estudante do 5º semestre de Publi-cidade e Propaganda: “Não consigo viver sem a minha cadelinha Beli-nha, ela é tudo em minha vida”.

Lenita Lerri

Amor Incondicional! FOTO

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Melhor amigo do homem, da mulher, das crianças, da família toda! Não só os cachorros, mas todos os bichinhos que podem ser domesticados. Nessa edição o tema é sobre Bichos de Estimação e esse companheirismo e lealda-de entre homem e animal. Você sabia que essa relação pode trazer benefícios a nossa saúde? Além disso, confira algumas fotos de mascotes do pessoal da FCAD.

EDIÇÃO N° 18

SALTO, 17 DE MAIO DE 2013

Amanda Roventini

FOTO: Luana Andrade

M odificação corporal é sempre um tema bas-tante polêmico. Pre-

sente na vida da maioria dos jovens,

essa forma corporal de expressão já

se tornou normal na população. De

acordo com pesquisas realizadas

pelo site artenocorpo.com, 84% dos

tatuados entrevistados não se arre-

penderam do que fizeram. Já os que se dizem arre-pendidos, culpam o en-tusiasmo da pouca idade quando riscaram o corpo.

Stephanie Wang, aluna do 1º se-

mestre de Jornalismo, diz que não

se arrepende de nenhuma das qua-

tro tatuagens que tem pelo corpo e

que ainda pretende fazer mais: “Me

interesso desde a infância por tatu-

agens, eu sempre as vi como uma

visão de mundo expressa na pele.

As escolhas do desenho, das cores e

do tatuador, em suma, revelam a per-

sonalidade de cada um”. Segundo a

jovem de 21 anos, a tatuagem não

deve ser feita apenas em locais es-

condidos e sim aonde cada um achar

que fica melhor: “Eu tatuo conforme

minha vontade. Cada um deve saber

o que fazer com o seu corpo. Todos

nós temos esse direito de escolha”.

Para muitos, a tatuagem é um tipo

de arte: “Fiz minhas tatoos porque

gosto muito de arte e acho a tatua-

gem uma arte. Se um pintor pode utili-

zar um quadro para fazer suas obras,

por que não usar o corpo? Eu vejo

beleza, faço porque gosto mesmo!”,

contou Fernanda Sannavio, estu-

dante do 3º semestre de Fotografia.

Éder Marques é body piercer há

9 anos e é apaixonado pelo que faz:

”O ser humano já é modificado há

milhares de anos, seja por um brinco

na orelha ou qualquer outra modifica-ção. Nós, artistas de nos-so próprio corpo, somos mais felizes por mudarmos o que quisermos na nossa vida. Tendo coragem de

enfrentar a sociedade, sendo mais

verdadeiros com nossa real vonta-

de de ser, conhecendo melhor nos-

so corpo, entendendo melhor nosso

mundo, desenvolvendo muito me-

lhor nossa humanidade, que é o que

precisamos ter para sermos felizes”.Fábio Bogajo

um estilo de vida

“Se um pintor pode utilizar um

quadro para fazer suas obras, por que

não usar o corpo?”

Modificação corporal:

As modificações corporais fazem parte do mundo dos jovens. Eles usam o corpo para se

expressar e fazer arte! Na edição dessa semana, falaremos um pouco sobre esse assunto

que ainda gera bastante polêmica e como os jovens enfrentam os problemas que tais modifi-

cações podem trazer. Confira!

EDITORIAL

Professora Orientadora: Ms. Roberta Steganha - [email protected] Editora chefe: Juliana Sandres - [email protected]

Repórteres: Carolina Namura, Hugo Antoneli Junior, Joana Maria Silva e Fábio Duran Repórter iniciante: Marcos Vinicius Rodrigues Fotógrafa: Marina Nishikava

Diagramação: Juliana Sandres Arte: Tais Fantoni

EXPEDIENTE FoCA - 2013

www.facebook.com/FocaCeunsp

FoCA

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MURAL FCAD

O Jornal Mural Paredão é um projeto da Agência Experimental de Comunicação e Artes (AECA), liderado pela aluna do 5° semestre de jornalismo Amanda Roventini.

O Paredão é lançado semanalmente, em duas páginas, e fica disponível para leitura nos murais da Faculdade de Comunicação, Artes e Design (FCAD).

Segundo a editora Amanda, trata-se de um jornal descolado, de leitura fácil e que aborda assuntos de interesse dos jovens universitários.

SAIBA MAIS SOBRE O JORNAL MURAL PAREDÃO

Caros leitores,

Esta é a 13ª edição do FoCA e nossa terceira edição do ano, com a equipe renovada. O semestre está chegando ao fim e espero termos acertado no novo direcionamento visual das publicações.

Nesta edição nosso especial fala sobre a doação de sangue entre animais. Você sabia que isso é possível e que pode salvar as vidas de nossos amiguinhos?

Falamos também sobre pessoas com compulsividade em comer chocolates, os famosos chocólatras. Além disso, tratamos nesta edição de assuntos como compras on line, diferenças regionais e preconceitos com sotaques.

Confira também sobre as tendências de moda para as próximas estações e veja o que a galera da FCAD acha sobre isso.

Tenham todos uma ótima leitura!

Juliana Sandres

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FoCACULTURA

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O Angry Birds foi desenvolvido como um jogo qualquer para celular e só depois de ser adaptado para o Iphone que virou “febre”. Em 2009 o designer Jaakko Lisalo montou um jogo com pássaros redondos, sem membros e asas. Foi usada a imagem dos porcos como inimigos, pois na época se falava muito da gripe suína. O jogo possui várias versões especiais. A mais famosa é a versão do filme Rio.

Um jogo estratégico e com temas diferentes que desperta o vício em seu público. Na fila do banco, em casa, na hora do almoço, para conseguir passar as fases não importa hora nem o lugar. Os jogadores utilizam um estilingue

para lançar um pássaro nos porcos verdes, na tentativa de recuperar seus ovos. Algumas

fases são muito estratégicas, Angelo Micai Simões, 22 anos, estudante de

Publicidade e Propaganda comenta: “Perdi o vício, pois empaquei em uma fase e acabei desinstalando o jogo do celular”.

Hoje em dia Angry Birds se tornou tão popular que patrocina o piloto de Fórmula 1 Heikki Kovalainen. Algumas pessoas colecionam objetos, como a estudante de Fotografia, Jéssica de Paula, 23 anos: “Eu tenho o jogo no meu celular, a versão normal e a versão do Star Wars. Tenho um chinelo e um caderno do Angry Birds”.

Alguns jogam apenas por ser parecido com outros jogos de

VAI VIRAR FILME

Por Caroline Riveri

www.facebook.com/casa.tia

estratégia, como no caso do estudante de Cinema, Murilo Fernandes, 19 anos: “Eu jogo angry birds porque me trás um pouco da nostalgia de Worms”

Muitos estúdios de cinema brigaram nas últimas semanas pelo direito de produção do filme que estréia no dia 1º de julho de 2016. Até hoje já foram baixados mais de 1,7 bilhão de vezes em diversas plataformas e versões. Viciada no game, aluna de Rádio e TV, Ana Caroline, 20 anos, explica: “É um jogo meio bobinho se a gente for ver, mas é viciante por algum motivo que eu desconheço. Antes eu jogava uma vez ou outra, mas agora fico uma ou duas horas jogando”. Agora só aguardar mais novidades e o trailer.

A Sony Pictures Entertainment vai produzir uma comédia em 3D baseada no game.

Divulgação

Divulgação

O Plano Sequência é um projeto realizado por alunos da Faculdade de Comunicação Artes e Design (FCAD), como parte integrante da Agência de Comunicação e Artes (AECA).

Para saber mais sobre o mundo cinematográfico, acesse:http://planosequencia.com/http://facebook.com/planosequencia.75

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FoCADEBATE

A instrutora de informática, Thaís Regina, 21, ama chocolate e logo no começo da entrevista alertou “Sou uma chocólatra que está proibida de comer chocolate”. Thaís teve um filho recentemente e o pediatra a proibiu de consumir tanto chocolate, pelo menos no período da amamentação. “Se ele pegar alergia, ele nunca mais vai poder comer chocolate”, conta a mãe. “Bem, por enquanto sobrevivo sem, pelo baby dá pra aguentar”, conclui.

Sua preferência é por chocolates branco e meio amargo, que são devorados em companhia do marido e colegas de trabalho. “Costumo guardar pra mim (risos), mas quando meu marido compra, devoramos juntos”, revela. “No trabalho costumo deixar meus colegas comerem comigo porque sempre vou com eles comprar”, finaliza.

Bruna Rocha da Silva, 24, assistente administrativa, assume: “Considero-me viciada, pois todo dia preciso comer pelo menos um, ou acabo ficando extremamente irritada”. O chocolate é a sua sobremesa diária após o almoço. Vício que não puxou da mãe Eva Aparecida Rocha, 43, autônoma, que nunca gostou de chocolate e prefere doces com frutas, pudins e doce de leite ao doce feito de cacau.

Luana Costa, 22, estudante de marketing, não se considera viciada no doce, mas diz que na TPM isso muda e sente uma vontade desesperadora por chocolate. “Nos dias normais eu como no mínimo duas vezes por semana, normalmente uma barra, mas quando eu estou de TPM são umas cinco vezes ao dia”. Ela ainda descreve “Quando eu como o bendito do chocolate, pareço que ouço anjos tocando música, eu me sinto mais calma e mais feliz.”

A nutricionista Juliana Perez confirma que o chocolate pode aliviar os sintomas da TPM. “Está relacionado com a melhora dos sintomas por conter triptofano, que estimula a produção de serotonina, um neurotransmissor que regula o humor, diminuindo o estresse causado pelas mudanças hormonais no período de TPM”, afirma. Porém, o exagerado pode piorar a TPM.

DEVORADORES DE CHOCOLATE

Por Fábio Duran

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É difícil resistir ao alimento dos deuses, e tem quem resista, mas tem gente que simplesmente não vive sem! Conheça chocólatras

assumidos e os benefícios e malefícios do chocolate.

“Há um pico dessas substâncias após a ingestão, seguido de uma queda livre. E vem a vontade de acabar com a caixa de bombons. Daí, a gordura e a cafeína que eles contêm pioram os sintomas”, assegura a nutricionista clínica Regina Miguel.

CHOCOLATE PODE TRAZER

BENEFÍCIOS

O cacau, matéria prima do chocolate, era considerado pelos maias e astecas o alimento dos deuses, e não é por pouco. Há evidências científicas de que o chocolate amargo, que tem um sabor mais acentuado justamente por ter maior teor de cacau na sua composição, promove uma série de benefícios para a nossa saúde. “Os resultados de uma das pesquisas mais recentes sobre esse chocolate confirmam que ele protege o coração, derrubaram a pressão que o sangue exerce sobre os vasos, diminui bastante o risco de morrer de AVC ou do coração”, certifica Regina Miguel.

Existe uma diversidade de tipos de chocolate disponíveis para consumo, mas se deve fugir dos falsos chocolates e consumir aqueles que possuem maior teor de cacau, como os amargos. “O cacau possui flavonóides, que são substâncias benéficas ao coração, além do mais, o consumo moderado combate os radicais livres, portanto é antioxidante, por este motivo devemos buscar os chocolates com maior teor de cacau possível e fugir dos que fingem ser chocolates, como é o caso do “chocolate” branco, que só possui manteiga de cacau, um alto teor de açúcar e gordura e está associado à obesidade, diabetes e outras doenças crônicas”, recomenda Juliana Peres.

A ingestão de pequenas quantidades ao longo dos dias é o ideal para não haver alteração no apetite. Pois tanto as crianças quanto adultos precisam de outros alimentos e não devem deixar de fazer as principais refeições.

A universitária Katelyn Vieira, 23, não se

“Quando eu como o bendito do chocolate, pareço que ouço anjos tocando música, eu me sinto mais

calma e mais feliz.” A universitária Katelyn Vieira, 23, não se considera chocólatra, mas compulsiva.

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“Está relacionado com a melhora dos sintomas por conter triptofano, que

estimula a produção de serotonina, um neurotransmissor que regula o humor, diminuindo o estresse causado pelas mudanças hormonais no período de

TPM”

considera chocólatra, mas compulsiva: “Se eu começo a comer eu não paro enquanto ele não acaba”. Ela conta que a compulsividade já fez a sensação de bem estar ser revertida. “Já passei mal algumas vezes, de ficar enjoada e com mal estar, não conseguir comer mais nada. Mas nunca tive a coragem de passar no médico e dizer que estava mal por causa do excesso de chocolates. Acabo tomando leite ou água pra ver se melhoro”, revela.

O chocolate é um alimento benéfico à saúde. O alimento contém cálcio, ferro, potássio, cobre, manganês, magnésio, vitaminas E, B1, B2, B3, B6, B12, cafeína, feniletiamina e teobromina, que agiliza e estimula o raciocínio. O chocolate tem ainda a capacidade de elevar os níveis de serotonina e endorfina, causando sensação de bem estar, além de promover a disposição, evitar o mau humor e a depressão. Porém deve-se ficar atento ao consumo, pois além destes benefícios o chocolate também contém gorduras, carboidratos e muitas calorias, 100 gramas equivalem, em média, a 530 calorias.

O recomendado é 40 gramas ao dia e os melhores períodos para consumo são de manhã e o final da tarde. “É quando ocorrem os picos de secreção de cortisol, o hormônio do estresse”, detalha Regina Miguel. “Para se livrar dele, nada melhor que um pouco de chocolate amargo”, sugere. Assim como todo alimento consumido em excesso é prejudicial à saúde, o chocolate não foge as regras, o que vale é ser feliz, degustar e devorar sem descuidar da saúde.

Segundo o IBOPE Mídia, 71% das mulheres entrevistadas consumiram chocolate nos

últimos setes dias, contra 61% dos homens.

A pesquisa ouviu 18.884 pessoas entre agosto de 2009

e julho de 2010

MULHERES SÃO OS MAIORES

CONSUMIDORES DE CHOCOLATE NO BRASIL

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A universitária Katelyn Vieira, 23, não se considera chocólatra, mas compulsiva.

Os curitibanos, seguidos dos paulistas da capital e do interior e recifenses são os maiores consumidores de

chocolate no País.

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“O cacau possui flavonóides, que são substâncias

benéficas ao coração"

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VIDA ANIMAL

“A transfusão sanguínea ajuda a salvar muitas vidas, inclusive a dos animais”, comenta o médico veterinário Sérgio Bicalho, da Clínica Veterinária Arca de Noé localizada em Itu/SP. Além disso, a transfusão não causa nenhum malefício ao animal. “Até hoje, apenas benefícios foram observados, pois há uma estimulação dos órgãos hematopoiéticos (responsáveis pela produção de sangue) e do sistema imunológico” comenta.

Assim como nós, o número de cães e gatos que necessitam de transfusão é superior aos estoques de bolsas de sangue disponíveis. Kátia Garcia, médica veterinária do laboratório e centro de hemoterapia veterinária (Hemovet) localizado em São Paulo, explica que os bancos de sangue surgiram para amenizar esse problema e facilitar o atendimento do veterinário diante de casos emergenciais. “A limitação ainda está no número de doadores que é muito reduzido.”

A transfusão sanguínea ou hemoterapia como também é chamada, aumenta a esperança de sobrevivência e pode salvar a vida de muitos animais que estão correndo risco de morte. O objetivo da transfusão é aumentar a capacidade do sangue de transportar oxigênio. Tanto em cães como em gatos, este procedimento é indicado em casos de anemias, trombocitopenias (redução do número de plaquetas no sangue), coagulopatias (distúrbios da coagulação sanguínea), cirurgias prolongadas e doenças renais.

A comerciante Sueli Magatti Marx já teve que levar seu cão para receber a doação. “Ele teve anemia profunda. Não me recordo muito bem, mas acho que fiquei cerca de três horas aguardando o procedimento ser finalizado”, conta.

Como transformar seu pet em um doador?

Quando questionada se o seu gato de estimação já havia passado por alguma transfusão sanguínea ou se já havia doado sangue a algum outro animal, a estudante Vitória Andrade ficou surpresa. “Transfusão de sangue em animais? É isso mesmo?”, perguntou confusa. “Pensei que essas coisas só existiam para nós!”, conclui. O mesmo sentimento despertou em Maria Lúcia Carvalho que não imaginava que os animais passavam por transfusões. “Fiquei surpresa e curiosa para saber mais sobre esse assunto”, completa.

Assim como as entrevistadas não sabiam desse procedimento, muita gente também não sabe. Então, fique ligado nas dicas que a veterinária Kátia Garcia deu para você que pretende tornar seu bichinho um doador.

O perfil adequado para os cães que irão doar, primeiramente é ter o temperamento dócil, pois como não são sedados, precisam ficar quietos durante a coleta. Além disso, precisam estar com a vacinação e vermifugação atualizadas e possuir controle contra ectoparasitas (pulgas e carrapatos). O cãozinho precisa ter idade entre 1 a 8 anos e peso mínimo de 27 kg.

Para os gatos os requisitos de idade, vacinação, vermifugação, controle contra ectoparasitas e temperamento, são os mesmos que para os cães. Já o peso, o mínimo aceito é de 4kg.

SEU BICHINHO PODE DOAR...

Mais do que amor

Por Carolina Namura

Você acha que a transfusão de sangue é feita apenas em seres humanos? Confira a reportagem e

descubra que os bichinhos de estimação também estão sujeitos a este procedimento.

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Gatos precisam de sedação para poderem doar, mas os veterinários dizem que o processo é seguro.

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Os cachorros doadores devem ser testados e negativos para brucelose (doença crônica causada pelas bactérias do gênero Brucella), leishmaniose (doença infectocontagiosa causada por um protozoário transmitido pela picada do mosquito Flebótomo infectado), erlichiose e babesiose (doenças graves transmitidas pelo carrapato) e dirofilariose (doença parasitária provocada por vermes cardíacos no cão). Já os donos de gatos, precisam se atentar com as retroviroses, e micoplasmose (anemia infecciosa felina).

O veterinário Sérgio Bicalho explicou para o FoCA que a coleta do sangue deve ser realizada sempre de forma asséptica. “Em cães não é necessário a sedação, já em gatos normalmente faz-se necessário, devido a natureza menos cooperativa. Além disso, é feito também a

venopunção da veia jugular”, conta.

O tempo da coleta varia entre 5 a 10 minutos dependendo da veia de acesso.

Segurança e sucesso caminham juntos

“No caso do meu cachorro houve uma reação que aparentemente era uma rejeição, pois o sangue recebido por ele voltava em grande quantidade através dos tubos”, comenta Sueli.

A hemoterapia é um procedimento seguro para cães e gatos desde que seja feito uma seleção criteriosa do doador, excluindo doenças infeccionais como já foi dito. É importante também realizar o teste de compatibilidade sanguínea antes de iniciar o procedimento.

Bicalho informou que tanto para os caninos como para os felinos, os riscos existentes na transfusão são os mesmos. “O que difere uma transfusão da outra, é o porte dos animais. Os gatos são menores e não colaboram muito”, explica.

Se respeitados os critérios citados anteriormente, os resultados pós transfusionais são positivos. “O único problema, é que o sucesso depende da doença de base do paciente. Porém, normalmente os animais são salvos”, comenta Kátia.

O cão da comerciante recebeu indicação de muito repouso e foi preciso suprimir a alimentação e a água durante aquele dia devido a suposta rejeição sanguínea. Todavia, segundo a veterinária Kátia, após o retorno do animal para casa, não é necessário ter nenhum cuidado específico depois da transfusão. “É indicado apenas o acompanhamento veterinário.”

Por fim, vale lembrar que para ter um receptor é preciso um doador. É muito importante a colaboração do seu pet para salvar a vida dos outros bichinhos!

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“A limitação ainda está no número

de doadores que é muito reduzido.”

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“Em cães não é necessário a sedação, já em

gatos normalmente faz-se necessário,

devido a natureza menos cooperativa."

Gatos precisam de sedação para poderem doar, mas os veterinários dizem que o processo é seguro.

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VIDA ON LINE

A correria da vida moderna, as filas intermináveis, o ‘bate perna’ e a confusão dos centros comerciais fazem com que muitos consumidores adiram às famosas compras online. Em frente à tela do computador no aconchego do lar, no trabalho ou mesmo no celular a qualquer hora e em qualquer lugar. Para os internautas de plantão as lojas não fecham nunca.

O comércio virtual pode ser útil não só para comprar, serve também como ferramenta de pesquisa. Comparar os preços entre uma loja e outra, as melhores ofertas do dia e sair de casa já com a certeza de estar fazendo o melhor ‘negócio’. Sem gastar gasolina, sola de sapato e nem o mais precioso, o ‘tempo’. Grécia Baffa, redatora na Sigma Six Comunicação, diz que comprar off-line é bom porque já sai da loja com o produto nas mãos, “comprar online é mais barato, mesmo com o frete, mas é angustiante esperar”, relata.

Katelyn C. S. Vieira, cursa o 1º semestre de jornalismo e prefere fazer suas pesquisas online. “Além de ser mais cômodo posso estar em duas lojas ao mesmo tempo”, afirma. Apesar de fazer quase todas suas compras via internet, quando precisa de um produto com urgência prefere recorrer a uma loja física.

As compras virtuais podem ser pagas através de boleto bancário, débito em conta, cartão de crédito e existem também os sites de pagamentos online. O pagamento é enviado a uma conta

virtual que faz o intermédio entre o consumidor e o lojista. Com um cadastro prévio o cliente não precisa passar seus dados pessoais ao vendedor. Juliane Sousa costuma pagar com cartão de crédito, mas recorre também ao Pagseguro “só utilizo em sites que não conheço a loja física” frisa a consumidora.

Durante uma navegação abrem-se diversos convites ao consumo em forma de ‘pop-ups’. Ofertas que induzem e seduzem espectadores transformando-os em consumidores natos. Juliane Sousa, 7º semestre de Publicidade, conta que apesar de sempre comprar o que precisa, acaba se deixando levar pelas janelas que se abrem “tenho o costume de entrar no site só para ver e acabo comprando”, confessa.

Comprar por impulso pode ser um dos efeitos colaterais de tanta facilidade. Muitas vezes o consumidor se vê com um produto nas mãos que não sabe como, onde e pra que vai usar. Caio Felipe Fré, aluno do 3º semestre de jornalismo diz que já se arrependeu de compras feitas, não pela mercadoria ser ruim, mas depois de parar e analisar, “não era necessário gastar tanto em um CD ou DVD”, lamenta.

Apesar de tanta comodidade, sedução e facilidades, existem os riscos. Sites falsos e maliciosos que podem infectar o computador, clonando dados pessoais, bancários e senhas. Sites falsos que ficam com o pagamento e não entregam as mercadorias. Produtos com defeitos

ou diferentes da mercadoria encomendada. Dificuldade de contatar o vendedor para futuras reclamações, entre outros. Luana Moreira, 3º semestre de jornalismo, pagou R$ 300 num MP5 que nunca recebeu, “reclamei, mas não foi resolvido”, completou.

Para proteger os consumidores virtuais, foi sancionado no dia 14 de maio de 2013 o decreto que regulariza o comércio eletrônico. A partir de agora o site deve exibir CNPJ ou CPF do vendedor, endereço físico e eletrônico, contato direto com o consumidor. Os sites de compras coletivas agora possuem um artigo próprio, terão que mostrar a quantidade mínima de vendas necessárias para a efetivação do contrato, prazo de utilização da oferta e os dados do fornecedor, além de um canal de relacionamento eficiente.

Novas regras sobre compras on line

Segundo o site do PROCON, se o consumidor adquirir um produto com defeito pode optar pela troca, conserto ou cancelamento com devolução imediata do que pagou. Nos casos do não recebimento ou mercadoria divergente pagas com cartão de crédito o consumidor que não obtiver resposta com o site, pode solicitar o cancelamento direto com a operadora do cartão. O vendedor tem o prazo máximo de 30 dias para solucionar o problema. No caso de não ser atendido o consumidor deve procurar o PROCON de sua cidade.

COMÉRCIO ELETRÔNICO: O CONSUMO QUE NÃO TEM HORA

Por Joana Maria Silva

O Comércio eletrônico ou e-commerce vem seduzindo cada vez mais adeptos.

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As diferenças regionais vão desde a comida, roupas, costumes do dia a dia até a fala. Modismos, gírias e vícios de linguagem, ao contrário da migração de famílias e trabalhadores, muitas vezes, não ultrapassando os limites entre os estados e regiões.

Segundo Marlene Chiepe, formada Jornalismo e Letras, não existe um português correto quando se trata de lingüística: “No Brasil existem mais de 500 variações de idioma, incluindo as línguas de origem indígena e os regionalismos, que têm a ver com a questão da escolaridade, questão regional, cultural e racial”, diz. “O sotaque é a variação cultural dessa rica diversidade da linguagem e deve ser respeitado”, completa.

A estudante Diana Locatelli (5º Jornalismo), 28, é do Rio Grande do Sul: ”As pessoas logo percebem que você não é do local”, comenta. É o caso de Bárbara Lavorenti (Publicidade e Propaganda), 19 anos, de Tietê: “Na faculdade todos percebem que não sou de Salto, Itu ou Indaiatuba pelo sotaque”, conta.

Bárbara Campos (3º Publicidade e Propaganda), 22 anos, natural de Capivari, não tem vergonha do modo de falar: “Não penso em mudar, eu nasci assim, as pessoas vão me conhecer assim”, diz Bárbara, que puxa o ‘r’ na pronúncia: “Não me incomoda que as pessoas brinquem e nem vou mudar por isso”, completa.

Para Diego Francisco de Matos, 26 anos, estudante do último ano de psicologia, o sotaque está ligado a maneira de um povo compreender

a realidade: “Dentro de um sistema econômico como o capitalismo, onde há exploração do homem pelo homem, infelizmente o sotaque acaba sendo um ponto de exploração, preconceito e valores determinados por classes”, diz. “Na maior parte das vezes temos comportamentos estereotipados, acríticos, que carecem de esclarecimento”, completa.

Diana acredita que, para a profissão, talvez seja necessário algum tratamento com um especialista: “Geralmente a TV exige uma linguagem mais neutra”, diz. “A única apresentadora que tem sotaque na televisão aberta nacional é a Renata Fan, da Band”, completa. Os repórteres de grandes redes de televisão passam por fonoaudiólogos para diminuir ao máximo o sotaque durante as reportagens.

Diego afirma que é importante haver o respeito nas relações interpessoais: “Tanto forma como conteúdo são importantíssimos nessas relações. Deve-se sempre buscar um equilíbrio entre ambos a forma precisa de coerência, e a coerência precisa de forma andam juntos”, completa.

Xenofobia

Brincadeiras e até apelidos pelo sotaque são comuns, mas o preconceito pode aparecer. Na Europa, por exemplo, por conta da crise econômica, muitas pessoas fizeram voz ao movimento xenofobista, o preconceito contra estrangeiros. O campeão mundial de kichboxing, Márcio Navarro, é de Campinas e mora em Wishita, Kansas, nos Estados Unidos, revela que

NA PONTA DA LÍNGUA

Tais Fantoni

COMPORTAMENTO Por Hugo Antoneli Junior

não sofreu esse preconceito porque mora mais no interior do país, mas nas grandes capitais isso é comum: “Ainda puxo o ‘r’ em algumas palavras e as vezes, em entrevistas para a TV, por exemplo, é difícil a pronúncia de algumas palavras, mas o importante é que as pessoas entendam o que eu falo”, explica.

Por outro lado, Márcio conta que o assédio por estrangeiros é grande: "Quando eu era solteiro era bom. A mulherada ficava louca", completa.

O sotaque é como o DNA do povo. São palavras, expressões e modismos que unem o passado ao futuro através da comunicação nas relações interpessoais. Assim como o gênero, a crença e a cor, o modo de falar também é visto com preconceito por muitos e isso é coisa de quem não tem noção da imensidão que a cultura brasileira tem. Mais que palavras, o jeito cantado do gaúcho, o 'r' do interior, a calma mineira, o chiado carioca e o tom paulista revelam a relação das pessoas com os lugares e objetos, além de exemplificar que a cultura está em pleno desenvolvimento e formação e assim será enquanto houver alguém que fale, e pense.

O Brasil é um país continental que abriga culturas diferentes e que variam muito, dependendo da

colonização e grau de desenvolvimento. “No Brasil existem mais de 500

variações de idioma, incluindo as línguas de origem indígena e os

regionalismos, que têm a ver com a questão da escolaridade, questão

regional, cultural e racial”

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FoCAEDUCAÇÃO

Antigamente era proibido ler esse tipo de material em salas de aula. Era resultado de bronca e até de “diretoria”, lembram? Atualmente existem professoes que utilizam o gibi como forma de ensino para crianças e adolescentoes. “Eu acredito que a criança que começa a ler os quadrinhos na sala de aula, aprende coisas novas, além de praticar o hábito da leitura. Não acho que funciona indicar uma literatura, que para os jovens é rotulado de ‘chato’, como meio

de estímulo a ler”, comenta Jorge Brito, 39, professor de português.

Hoje, os aparelhos tecnológicos é que ameaçam a aplicação do ensino tradicional. Quando os tablets foram lançados, muitos veículos da mídia impressa se sentiram ameaçados com o aparelho que “prometeu” revolucionar se comparado aos os livros e outras publicações. Toda e qualquer leitura seria digitalizada. E você descobrirá a

seguir que com os gibis não foi diferente.

“Papel” disponível pra download

Os chamados Scans são histórias em quadrinhos digitalizadas e com conteúdos disponíveis para download na internet. A ideia de incluir os gibis no mundo virtual tem a mesma finalidade que as músicas, filmes e seriados que vão parar na internet. “Mas fã que é fã, nunca deixa de comprar sua revistinha”, declara Claudio Hirahara, 24, colecionador de gibis de heróis. “Afinal, não há nada melhor do que folhear as páginas com a imaginação aguçada e a curiosidade de saber o que vem na próxima folha.”

Mesmo com o surgimento dos Scans, as pessoas

ainda continuam comprando suas revistinhas favoritas nas bancas de jornal. E isso só reforça que os HQ’s fizeram e ainda fazem parte do cotidiano de muitas crianças, jovens, adultos e até idosos. Como por exemplo, a aposentada Norma de Almeida, 78, que contou que cresceu lendo esse material. “Na minha época eram apenas sátiras impressas nos jornais. Depois foi tomando forma, surgindo personagens, ganhando favoritismo e, hoje continuo minha leitura religiosamente toda noite antes de dormir!” conta. “As minhas histórias preferidas são as do Tio Patinhas e da Magali. Tenho gibis aqui em casa que foram comprados com Cruzeiros”, acrescenta a aposentada.

Há quem diga que os quadrinhos são histórias apenas para crianças. Mas os adultos que apreciam esse tipo de leitura, não se importam

Novas histórias, velhos personagens

Quem é que não se lembra das histórias em quadrinhos -sejam elas da Turma da Mônica, do Menino Maluquinho- entre várias outras que

marcaram a infância de cada um de nós?

com esse rótulo. “O melhor a fazer é quebrar esse “preconceito” relembrando a infância e ir correndo pegar aquele gibi antiguinho que está guardado na gaveta há algum tempo e passar algumas horas com os antigos personagens que preenchiam a nossa tarde depois de fazer a lição da escola”, aconselha Raphael Leite, 23, estudante.

“Eu acredito que a criança que começa a ler os

quadrinhos na sala de aula, aprende coisas novas, além

de praticar o hábito da leitura."

Por Carolina Namura

As histórias em quadrinhos sugiram no Brasil inicialmente no

século XIX.

Coleção de revistas em quadrinhos de Claudio Hirahara

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Marina Nishikava

As histórias em quadrinhos se renovam a todo tempo. Os velhos personagens da Turma da Mônica, o Mickey e seus amigos, os heróis da Marvel entre outros, ganham mensalmente novas histórias. Além disso, novas criações também surgem nesse meio. No dia 30 de abril deste ano, o cartunista Maurício de Souza, lançou um gibi cujo personagem é o jogador de futebol Neymar. A revista terá o nome de Neymar Jr.

Vale saber que:As histórias em quadrinhos sugiram no Brasil inicialmente no século XIX em formato de sátiras conhecidas como cartuns, charges ou caricaturas transformando-se logo depois em tiras. Em 1837, circulou o primeiro desenho em formato de charge e foi vendido em papel avulso. A publicação de revistas com HQ’s começou no início do século XX. O Brasil tinha grandes autores e ilustradores nessa área, mas a influência estrangeira sempre foi grande. Os brasileiros eram fãs das publicações de quadrinhos americanos, europeus e japoneses.

Para visitar:Se você ficou com vontade de desfrutar da companhia dos gibis, tenho uma dica! Quando eu era criança e morava em São Paulo, minha mae sempre me levava à Gibiteca Henfil do Centro Cultural São Paulo. O local possui uma coleção de mais de 8 mil títulos. Segundo o site da prefeitura, “é ponto de convivência para fãs e profissionais da área, que lá se reúnem, durante os finais de semana, para desenhar, trocar experiências ou confeccionar fanzines”. O legal de visitar o local é que o acervo está disponível para consulta e parte dele pode ser emprestado caso você faça um cadastro.

Quer conhecer? A gibiteca fica localizada na Rua Vergueiro, nº 100, Paraíso. O horário de funcionamento é de 3ª a 6ª feira das 10h às 20h com entrada permitida até as 19h30 e sábados, domingos e feriados o local funciona das 10h às 18h com entrada permitida até as 17h30.

Caso tenha alguma dúvida você pode entrar em contato também através do telefone: (11) 3383-3490

É uma experiência inenarrável para quem gosta de se aventurar em novas histórias e também de relembrar aquelas que já passaram por nós há tanto tempo.

*Fonte: Prefeitura Municipal de São Paulo

“As minhas histórias preferidas são as do Tio Patinhas e da Magali.

Tenho gibis aqui em casa que foram comprados

com Cruzeiros”

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Militarismo, cropped, listras, essas são apenas algumas das tendências do inverno 2013, mas o que realmente importa é: você leitora segue essas dicas ou não?

Celina Favero - coordenadora do curso de moda da faculdade Ceunsp -, explica que as tendências de moda surgem depois de muitas pesquisas que envolvem o comportamento das pessoas. “São identificadas por meio de estudos que envolvem profissionais de diversas áreas que detectam as necessidades das pessoas e as "traduzem" em formas, cores e texturas dando origem a bens de consumo, dentre eles, os produtos de moda”, explica Celina.

Natalia Scurciatto, 21, estudante de moda revela ser uma seguidora de tendências, porém faz um filtro. “Não sigo qualquer tendência, tenho que gostar e me identificar com o que estou vestindo.” Diferente do que as pessoas imaginam, as tendências não surgem nas passarelas. “Atualmente, as tendências surgem, em maioria,

nas ruas. Tornou-se comum (e isso começa ainda nos anos 60) criadores e grandes marcas observarem o que as pessoas usam e incluírem estas referências em suas coleções”, revela Celina. Quem já percebeu isto é a estudante de arquitetura Fernanda Stella, 24, “Pesquiso o que as pessoas estão usando em revistas, blogs, ultimamente estou vendo muito o Instagram e se gosto mesmo do estilo de alguma modelo por exemplo, curto a página dela no Facebook.”

MODA

TENDÊNCIAS DE MODA 2013Elas já chegaram, e você

encontrou a sua?

No Brasil o caminho para disseminar uma nova tendência é um pouco diferente, comenta Celina. “Aqui, as novelas ainda são os maiores veículos de disseminação de tendências. Antes mesmo de seus lançamentos, quando seus personagens ainda estão sendo apresentados em rápidos comerciais, já é possível encontrar roupas e acessórios que por eles serão utilizados expostos em grandes magazines e lojas populares.” Mas isso nem sempre é algo bom. “Geralmente, estas tendências são voláteis e se desgastam antes mesmo da novela terminar.” Completa a coordenadora.

Esse comportamento de seguir a moda divide

opiniões, a estudante de jornalismo Débora Andrades declara que não segue o mundo fashion. “Não, definitivamente não claro que, uma peça ou outra, todo mundo usa duvido que exista uma menina lendo isso que nunca usou calça boca-de-sino então uma peça ou outra, eu sempre acabo incorporando, né? Senão a gente se sente um peixe fora d'água mas no geral, não.” Débora não é a única a sentir esta sensação de desorientação, e Celina explica isso. “Quando os produtos de moda estão na fase de popularização, por exemplo, tomam as vitrines e acabam influenciando a todos fazendo com que as pessoas acreditem que, se não usarem aquela determinada peça, naquela cor, estarão "fora de moda"; serão tachadas de antiquadas e, por consequência, serão excluídas de seus grupos sociais.” A professora alerta. “A vontade (e a necessidade) de seguir todas as tendências de moda faz com que algumas pessoas consumam tudo o que é lançado sem mensurar se aquilo é, de fato, adequado.”

Para finalizar Celia Favero deixa sua dica. “Moda é comunicação e a roupa diz muito sobre seu usuário.”

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Débora Andrades, aluna de jornalismo.

Natalia Scurciatto, estudante de moda.

Fernanda Stella, estudante de arquitetura.