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FOLCLORE ATRAVÉS DAS REGIÕES BRASILEIRAS Profª. Dóris Rejane Fernandes

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FOLCLORE

ATRAVÉS DAS REGIÕES BRASILEIRAS

Profª. Dóris Rejane Fernandes

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Para Luís da Câmara Cascudo

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FOLCLORE

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É a cultura do popular, tornada normativa pela tradição.

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Compreende técnicas e processos utilitários, além da

funcionalidade.

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Não apenas conserva, depende e mantém os padrões do

entendimento e da ação, mas remodela, refaz ou abandona elementos que se esvaziaram

de motivos ou finalidades indispensáveis a determinadas sequências ou presença grupal.

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FOLCLORE

• Lendas• Culinária• Objetos• Músicas• Danças• Crenças• Vestuário• Artes

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FOLCLORE BRASILEIRO

• DIVERSIFICADO: EXTENSÃO TERRITORIAL, VARIEDADE ÉTNICA, ATIVIDADES ECONÔMICAS VARIADAS, NATUREZA EXUBERANTE...

• INTERDISCIPLINAR

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FOLCLORE REGIONAL

• "Um, dois, feijão com arroz.Três, quatro, feijão no prato.Cinco, seis, bolo inglês. Sete, oito, comer biscoito.Nove, dez, comer pastéis" .

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"Batatinha quando nascese esparrama pelo chão.Menininha quando dormepõe a mão no coração".

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"O cravo brigou com a rosadebaixo de uma sacada

O cravo saiu feridoe a rosa despetalada".

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"Chuva e sol, casamento de espanhol.

Sol e chuva, casamento de viúva".

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Hoje é domingo Pé de cachimbo

Cachimbo é de barro Bate no jarro

O jarro é de ouro Bate no touro

O touro é valente Bate na gente

A gente é fraco Cai no buraco

O buraco é fundo Acabou-se o mundo.

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O tempo perguntou ao tempoquanto tempo o tempo tem.

O tempo respondeu ao tempoque o tempo não tem tempo,

nem tempo o tempo tem.

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O sábio soube que o sabiá sabia assobiar.

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CULINÁRIA

• A maioria das supertições brasileiras à mesa tem origem portuguesa.

• Algumas tribos indígenas evitavam apenas comer seus animais totem e os escravos tinham o costume de não deixar restos de comida no prato para que não pudessem ser utilizados por seus inimigos.

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CULINÁRIAA base das restrições envolve a mistura de

comidas e a ingestão de bebidas após certos alimentos. A salada de frutas, por exemplo, era mal vista devido a isso. Da mesma forma, a ingestão de cachaça após certos alimentos como leite, mangas, melancias, bananas e farinha, ou o leite com pinhas, banana-anã, jacas e principalmente, mangas.O leite, aliás, por ser visto como um alimento completo não necessitaria de outros e por isso a mistura faria mal à saúde.

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CULINÁRIA

Outras restrições envolvem o comer em excesso que causaria doenças, como o consumo da cana-de-açúcar e de melancias ao sol e ainda outros alimentos teriam efeitos medicinais, como a cachaça que cortava os efeitos da gripe e dos resfriados e as frutas cítricas.

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CULINÁRIA

• Algumas crenças envolviam o credo religioso católico, quando evitavam falar "nomes feios" à mesa, comer despido,ou de chapéu por acreditar que fosse uma ofensa a Jesus, ao Anjo da Guarda ou a algum Santo que estivesse presente durante as refeições.

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CULINÁRIA REGIONAL

• Os hábitos alimentares variam de região para região de acordo com a história, tanto que é normal desconhecerem-se os quitutes de outras regiões. Assim, no litoral do Nordeste há grande influência africana na culinária, com destaque para o acarajé, vatapá e molho de pimenta;

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CULINÁRIA REGIONAL

• No Norte há uma maior influência indígena, no uso da mandioca e de peixes; no Sudeste há pratos diversos como o feijão tropeiro e angu ligados aos bandeirantes , em Minas Gerais, e a pizza em São Paulo, influência dos imigrantes;

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CULINÁRIA REGIONAL

• E no Sul do país há forte influência da culinária italiana, em pratos como a polenta e também da culinária alemã com a presença da batata. O churrasco é típico do Rio Grande do Sul e do Mato Grosso.

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CULINÁRIA REGIONAL

• No Rio Grande do Sul já é tradicional o churrasco, ou seja, carne bovina ou ovina, dispostas em espetos, temperadas basicamente com sal grosso e grelhadas em churrasqueiras, a base de carvão ou lenha.

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CULINÁRIA REGIONAL

• No estado de Santa Catarina, o interior é de forte influência alemã, e no litoral a presença portuguesa, onde é grande a utilização de peixes marinhos, camarões, e ostras.

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LENDAS BRASILEIRAS

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LENDAS• Boitatá

Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".

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LENDAS

• BotoAcredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes da madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.

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LENDAS

• CurupiraO curupira é um protetor das matas e

dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a

natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior

acreditam que é obra do curupira.

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LENDAS

• LOBISOMEM Este mito aparece em várias regiões do

mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos aqueles que encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

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LENDAS

• Mãe-D'águaEncontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das água.

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LENDAS

• Corpo-secoÉ uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.

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LENDAS

• PisadeiraÉ uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.

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LENDAS

• Mula-sem-cabeçaSurgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.

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LENDAS

• Mãe-de-ouroRepresentada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.

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LENDAS

Saci-PererêO saci-pererê é representado por um

menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.

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O UIRAPURU

Certa vez um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do

grande cacique, mas não podia aproximar-se dela. Então pediu

a Tupã que o transformasse num pássaro.

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O UIRAPURU

Tupã fez dele um pássaro de cor vermelho-telha. Toda noite ia

cantar para sua amada. Mas foi o cacique que notou seu canto. Tão lindo e fascinante era o seu canto,

que o cacique perseguiu a ave para prendê-la, só para ele.

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http://kcastro.bloguedoido.com/12359/A-Lenda-do-Uirapuru/

http://www.fernandodannemann.reca

ntodasletras.com.br/visualizar.php?idt=341520

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O UIRAPURU

• O Uirapuru voou para bem distante da floresta e o cacique que o perseguia, perdeu-se dentro das matas e igarapés e nunca mais voltou. O lindo pássaro volta sempre canta para a sua amada e vai embora, esperando que um dia ela descubra o seu canto e seu encanto.

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VITÓRIA-RÉGIA

Contam que certa vez uma linda índia, apaixonada, quis transformar-se em estrela. Na esperança de ver seu sonho realizado, a linda jovem lançou-se às águas misteriosas do rio, desaparecendo em seguida.

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VITÓRIA RÉGIAIaci, a lua que presenciou tudo, num instante de reflexão, apiedou-se dela por ser tão linda e encantadora. Deu-lhe como prêmio a imortalização aqui na terra. Por não ser possível levá-la para o reino astral, transformou-a em vitória-régia (estrela das águas), doou-lhe um adorável perfume e espalmou-lhe as folhas para melhor refletir sua luz, nas noites de lua cheia.

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BUMBA MEU BOI OU BOI BUMBÁ

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BUMBA MEU BOI • O Bumba Meu Boi é tido como uma das mais

ricas representações do folclore brasileiro. Segundo os historiadores, essa manifestação popular surgiu através da união de elementos das culturas européia, africana e indígena, com maior ou menor influência de cada uma dessas culturas, nas diversas variações regionais do Bumba Meu Boi. Existem festas similares em Portugal (Boi de Canastra) e no Daomé (Burrinha). 

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A festa do Bumba Meu Boi constitui uma espécie de ópera popular.

Basicamente, a história se desenvolve em torno de um rico fazendeiro que

tem um boi muito bonito. Esse boi, que inclusive sabe dançar, é roubado por Pai Chico, trabalhador da fazenda,

para satisfazer a sua mulher Catarina, que está grávida e sente desejo de

comer a língua do boi.

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O fazendeiro manda os vaqueiros e os índios procurarem o boi. Quando o

encontram, ele está doente, e os pajés são chamados para curá-lo. Depois de

muitas tentativas, o boi finalmente é curado, e o fazendeiro, ao saber do motivo do roubo, perdoa Pai Chico e

Catarina, encerrando a representação com uma grande festa. 

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O boi é a principal figura da representação. Ele é feito de uma estrutura de madeira em

forma de touro, coberta por um tecido bordado ou pintado. Nessa estrutura,

prende-se uma saia colorida, para esconder a pessoa que fica dentro, que é chamada de

"miolo do boi". Às vezes, há também as burrinhas, feitas de maneira semelhante ao

boi, porém menores, e que ficam penduradas por tiras, como suspensórios,

nos ombros dos brincantes. 

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Todos os personagens são representados de maneira

alegórica, com roupas muito coloridas e coreografias. 

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As brincadeiras de Bumba Meu Boi acontecem defronte à casa de quem convidou o grupo, e

que patrocinará a festa. Embora surjam variações de uma região

para outra, normalmente as apresentações seguem uma

ordem.

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Primeiro, canta-se uma toada inicial, que serve para juntar e organizar o grupo, antes de ir para a casa. Em seguida, entoa-se o Lá Vai, uma

canção para avisar ao dono da casa e a todos que o boi deu a partida. Depois disso, vem a Licença, em que o boi e o

grupo se apresentam, entoando louvores a santos, a personalidades e

a vários outros temas (natureza, personagens folclóricos, etc). 

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Começa, então, a história propriamente dita, e ao final da

apresentação, o grupo e a platéia cantam juntos O Urro do Boi e a Toada de Despedida. 

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Em algumas regiões do Norte, o boi é morto simbolicamente . O

vinho representa o seu sangue, e sua "carne" (o manto que envolve a

armação de madeira) é repartida entre os espectadores e

participantes da festa. Para a próxima festa, outro manto será

feito. 

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A música é um elemento fundamental no Bumba Meu Boi. O

canto normalmente é coletivo, acompanhado de matracas,

pandeiros, tambores e zabumbas, embora se encontrem, em raros

casos, instrumentos mais sofisticados, como trombones,

clarinetas, etc. 

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No Norte e no Nordeste do Brasil ainda se encontram grupos

organizados de Bumba Meu Boi, muitos deles formados por famílias

que se esmeram em manter a tradição. As representações não têm época fixa para acontecer, e podem ser feitas para comemorar qualquer acontecimento marcante

do lugar. 

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DANÇAS

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QUADRILHA

É uma dança típica da época de festa junina. Há um animador que vai anunciando frases e marcando os momentos da dança. Os dançarinos (casais), vestidos com roupas típicas da cultura caipira (camisas e vestidos xadrezes, chapéu de palha) vão fazendo uma coreografia especial. A dança é bem animada com muitos movimentos e coreografias. As músicas de festa junina mais conhecidas são: Capelinha de Melão, Pula Fogueira e Cai,Cai balão.

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FREVO

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FREVO

Este estilo pernambucano de carnaval é uma espécie de marchinha muito acelerada, que, ao contrário de outras músicas de carnaval, não possui letra, sendo simplesmente tocada por uma banda que segue os blocos carnavalescos enquanto os dançarinos se divertem dançando. Os dançarinos de frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva colorido como elemento coreográfico.

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FREVO

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• Da junção da capoeira com o ritmo do frevo nasceu o passo, a dança do frevo.

• Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas que remetem diretamente a luta, resistência e camuflagem, herdada da capoeira e dos capoeiristas, que faziam uso de porretes ou cabos de velhos guarda-chuvas como arma contra grupos rivais. Foi da necessidade de imposição e do nacionalismo exacerbado no período das revoluções Pernambucanas que foi dada a representação da vontade de independência e da luta na dança do frevo.

• A dança do frevo pode ser de duas formas: quando a multidão dança, ou quando passistas realizam os passos mais difíceis, de forma acrobática. O frevo possui mais de 120 passos catalogados.

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FESTAS JUNINAS: SANTO ANTÔNIO, SÃO PEDRO, SÃO

PAULO

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RIO GRANDE DO SUL

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JOÃO DE BARRO

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Contam os índios que foi assim que nasceu o pássaro joão-de-

barro.

Há muito tempo, numa tribo do sul do Brasil, um jovem se apaixonou por uma moça de grande beleza.

Jaebé, o moço, foi pedi-la em casamento.

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O pai dela então perguntou: - Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da tribo? - As provas do meu amor! - respondeu o jovem Jaebé.

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O velho gostou da resposta, mas achou o jovem atrevido, então

disse: - O último pretendente de minha

fila falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu no quarto dia.

- Pois eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei.

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Toda a tribo se admirou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à prova. Então, enrolaram o rapaz

num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para

que ele não saísse nem fosse alimentado.

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A jovem apaixonada chorava e implorava à deusa Lua que o

mantivesse vivo. O tempo foi passando e certa manhã, a filha pediu ao pai: - Já se passaram cinco dias. Não o

deixe morrer. E o velho respondeu:

- Ele é arrogante, falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece.

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Esperou então até a última hora do novo dia, então ordenou:

- Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.

Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seus olhos

brilharam, seu sorriso tinha uma luz mágica. Sua pele estava limpa e

tinha cheiro de perfume de amêndoas.

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Todos se admiraram e ficaram mais admirados ainda quando o

jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro

enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num

corpo de pássaro!

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E foi naquele exato  momento que os raios do luar tocaram a jovem apaixonada, que também se viu transformada em um pássaro. E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a

floresta onde desapareceram para sempre.

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Conta a lenda que um fazendeiro ou estancieiro mandou um menino negro

pastorear uma tropa de cavalos recém-comprados. Durante a noite, o menino adormeceu e um dos cavalos fugiu. O

estancieiro castigou o menino com uma violenta surra de chicote e

mandou-o à procura do cavalo perdido.

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O menino chegou a encontrá-lo, mas a corda com que o laçou partiu-se e ele

não conseguiu capturá-lo. Dessa vez, o estancieiro além de surrar o menino, amarrou-o num troco, ao pé de um

formigueiro, onde as formigas vieram se alimentar nas feridas do negrinho,

devorando-o vivo.

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No dia seguinte, porém, em vez de encontrar o cadáver do escravo, o fazendeiro encontrou o Negrinho solto, ao lado da Virgem Maria.

Assustado, o estancieiro ajoelhou-se e pediu perdão ao escravo.

Este, porém, montou num cavalo a pelo e fugiu dali, levando consigo

todos os cavalos da fazenda.

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http://letras.terra.com.br/barbosa-lessa/212848/

http://www.youtube.com/watch?v=7KDTDrF7a74

http://www.youtube.com/watch?v=-YAVhcgLpH8

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DANÇAS

• http://www.youtube.com/watch?v=Jj_9jWqPvoA• http://www.youtube.com/watch?v=5PKidAFI69o• http://www.youtube.com/watch?v=gn1mI30tOBk• http://www.youtube.com/watch?v=J-3F8rBYK78• http://www.youtube.com/watch?v=QufRJs3ljJE&f

eature=related• http://www.youtube.com/watch?v=riFkApt5L3c&f

eature=related

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CERÂMICAS

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Baiana

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CARNAVAL

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