Folder cineclube mocamba

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O CineClube MOCaMba FICHA TÉCNICA Criado em 2008 o Cineclube Mocamba faz parte do Programa de Cultura e Arte Educação da OCA (Centro de Agroecologia e Educação da Mata Atlântica). A idéia é fortalecer as manifestações populares culturais comunitárias, apoiar a articulação de grupos artístico-culturais e trabalhar a arte enquanto instrumento de transformação social. A proposta do cineclube foi construída pela OCA em conjunto com algumas organizações comunitárias e ao longo de sua existência já foram feitas apresentações de audiovisuais em Coordenador geral e produtor executivo: Cláudio Henrique da Silva Lyrio Designer Gráfico/fotógrafo: Luiz Carlos Jr. Oficinas de formação em audiovisual e cineclubismo no Brasil: Jackson Santos de Souza Assessoria de imprensa: Ady Regina M. Florêncio Assistente de Produção: Elaine Cristina Martins Janaína Nunes Nágila Patrícia da Silva Coordenação Pedagógica Professores das escolas parceiras do projeto diversas cidades do interior baiano como, Itabuna, Ilhéus, Uruçuca – Serra Grande, Porto Seguro – Arraial D’ajuda, Trancoso e Caraíva, Santa Cruz Cabrália, - Coroa Vermelha Mascote, Itabela, Nova Viçosa. O público alvo são estudantes e camponeses das comunidades rurais. O Cineclube Mocamba parte da necessidade urgente de desenvolver ações de caráter sensibilizador frente às questões que envolvam a transversalidade da cultura nas cidades do interior da Bahia. Coordenadora da OCA – Centro de Agroecologia e Educação da Mata Atlântica. ElainE Cristina Martins

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O CineClube MOCaMba Ficha Técnica

Criado em 2008 o Cineclube Mocamba faz parte do Programa de Cultura e Arte Educação da OCA (Centro de Agroecologia e Educação da Mata Atlântica). A idéia é fortalecer as manifestações populares culturais comunitárias, apoiar a articulação de grupos artístico-culturais e trabalhar a arte enquanto instrumento de transformação social.

A proposta do cineclube foi construída pela OCA em conjunto com algumas organizações comunitárias e ao longo de sua existência já foram feitas apresentações de audiovisuais em

Coordenador geral e produtor executivo:Cláudio Henrique da Silva Lyrio

Designer Gráfico/fotógrafo:Luiz Carlos Jr.

Oficinas de formação em audiovisual e cineclubismo no Brasil:Jackson Santos de Souza

Assessoria de imprensa:Ady Regina M. Florêncio

Assistente de Produção:Elaine Cristina Martins Janaína NunesNágila Patrícia da Silva

Coordenação PedagógicaProfessores das escolas parceiras do projeto

diversas cidades do interior baiano como, Itabuna, Ilhéus, Uruçuca – Serra Grande, Porto Seguro – Arraial D’ajuda, Trancoso e Caraíva, Santa Cruz Cabrália, - Coroa Vermelha Mascote, Itabela, Nova Viçosa. O público alvo são estudantes e camponeses das comunidades rurais. O Cineclube Mocamba parte da necessidade urgente de desenvolver ações de caráter sensibilizador frente às questões que envolvam a transversalidade da cultura nas cidades do interior da Bahia.

Coordenadora da OCA – Centro de Agroecologia eEducação da Mata Atlântica.

ElainE Cristina Martins

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luz, CâMera, açãO! apageM as luzes, a sessãO vai COMeçar!

Democratizar o cinema e levá-lo para espaços públicos e populares é o que propõe a Mostra Audiovisual – Cine Mocamba, que estará acontecendo na cidade de Itabuna durante os meses de maio e junho de 2011.

A região do Litoral Sul tem suas caracte-rísticas culturais e econômicas influen-ciadas pela historia da colonização do Brasil, o cultivo do cacau e a exploração de seus recursos e belezas naturais. As comunidades tradicionais indígenas e quilombolas tem atraído turistas e

O que é uM CineClube?

O cineclubismo surgiu nos anos 20 do século XX na França. No Brasil ele surge em 1929 com o Cineclube ChaplinClub no Rio de Janeiro.

O dicionário define cineclube como uma “associação que reúne apreciadores de cinema para fins de estudo e debates e para exibição de filmes selecionados”, mas a imprensa e o senso comum confundem esse sentido e tratam o cineclubismo como uma atividade de mero lazer cultural, fomentada talvez por algum tipo de fanático amante do cinema.

Também chamam de cineclube às

pesquisadores de outras regiões e países, mas são poucos valorizados e conheci-dos da maioria da população local.

As diversas formas de manifestações culturais desenvolvidas por grupos e pessoas, tanto no meio urbano quanto rural, sobrevivem com poucos recursos e resistem à falta de incentivos.

Voltada para alunos de escolas públicas, de diversas faixas etárias. Cinema Negro In Foco é o tema dessa edição. Inicial-mente serão 04 escolas que estarão re-cebendo a mostra nessa primeira fase do projeto. Curtas, médias e longas metra-gens, documentários e animações, farão parte da programação, visando fomentar o debate sobre as questões raciais no Brasil, no mundo e a importância da cul-

tura negra na formação da identidade de vários povos. Seu objetivo principal é a reafirmação, fortalecimento e divulgação da cultura afro na região cacaueira. Além das apresentações de audiovisuais es-tarão acontecendo oficinas de formação em audiovisual e cineclubismo no Brasil.

A comunidade itabunense e toda região cacaueira estão convidadas a presti-giarem esse grande evento que coloca Itabuna no cenário do cinema nacional.

A entrada é franca. Boa sessão para todas e todos.

inumeras iniciativas de organizações culturais, educacionais, patronais e paternais voltadas ao atendimento de variadas comunidades. É claro que todas essas atividades têm seu lugar, sua necessidade, seu público dentro da sociedade. Nada contra. Mas cineclube é outra coisa.

Os cineclubes surgiram em resposta a necessidades que o cinema comercial não atendia, num momento histórico preciso. Assumiram diferentes práticas conforme o desenvolvimento das sociedades em que se instalaram. Mas assumiram uma forma de organização institucional única que os distingue de qualquer outra.

O cineclube não tem fins lucrativos.

O cineclube tem uma estrutura democrática. O cineclube tem um compromisso cultural ou ético.

Os cineclubes foram responsáveis pela formação cinematográfica de grandes cineastas, entre os quais se podem destacar Glauber Rocha, Cacá Diegues, Jean-Luc Godard e Wim Wenders

No Brasil o Movimento Cineclubista experimenta um processo de intensa rearticulação resultando na reorganização do CNC - Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros, entidade cultural sem fins lucrativos, filiada à FICC - Federação Internacional de Cineclubes.

Coordenador Geral e Produtor ExecutivoCineclube Mocamba

Cláudio lyrio

MOviMenTO CineClubisTa e a uniãO De CineClubes Da baHia

O primeiro Cineclube na Bahia nasce na década de 60 na onda de criação de Clubes de Cinema em várias capitais do país. Aqui teve como principal atuante, Walter da Silveira. Por este Cineclube passaram grandes nomes e foi uma escola de cinema para muitos, inclusive citado por Glauber Rocha, em vários de seus pro-nunciamentos. Foi um cineclube defensor do cinema como arte, em contraposição a hegemonia cinema americano, que já se formava. Foi também uma época da busca de um cinema brasileiro, artístico e independente.

Na década de 80 é criada a Federação Baiana de Cineclubes, que chegou a ter só em Salvador, 80 cineclubes. Tudo isto com projetor e filme de película de 16mm.

Com o fim da Embrafilme, o advento do VHS, o fim da Dinafilme (Distribuidora Cineclubista dos filmes de 16mm) há uma decaída do movimento cineclubista na Bahia. Novas iniciativas de periferia e de cineclu-bes no interior aparecem, buscando esta organização e este acesso a informação e a cultura audiovisual, sobretudo na busca por identidade, com a mesma vocação dos cineclubes dos anos 60, estes novos pu-deram agora ser articulados, pelo CNC aos remanescentes da década de 80, principal-mente impulsionados pela ação do CINE

MAIS CULTURA. Desta forma surgem mais de 100 novos cineclubes.

Ao final do ano de 2010, mais de 40 cineclubes se reúnem para reorganizar uma entidade estadual, agora com a nova ambiência das mídias digitais que se co-locam num relacionamento mais dinâmico e mais horizontal. É criada então a UCC-BA, a União de Cineclubes da Bahia, uma rede de cineclubes que coletivamente se auto gestionam, na busca de sua sustentabili-dade, de um resgate das culturas indíge-nas e africanas, na busca de um Cinema Popular e de um encontro real e profundo do cinema brasileiro com seu público.

Coordenadora da UCC – BA (União dos Cineclubes da Bahia)

GlECiara raMos