Folha da Criança PDF 4

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PDF nº4 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - Download em www.edicoesgil.com.br Folha da Criança :-) Ao imprimir, utilize os dois lados do papel :-) Adaptação do conto de Charles Perrault, por Rita Foelker A menina apareceu em casa e foi uma enorme surpresa para a mãe. Quando ela falava, de sua boca saía uma belíssima flor ou uma pedra preciosa. - O que é isso, minha filha? De onde você está vindo? Como aconteceu? - perguntou a mãe, ainda espantada. - Eu fui até o poço encher esse balde. Sentada lá perto, tinha uma velhinha, que perguntou se eu podia servir-lhe um pouco de água. Eu fiz isso e, em agradecimento, ela disse que me daria um presente: sempre que eu falasse, dali em diante, sairiam joias e flores da minha boca. E realmente, ao falar, uma safira, uma esmeralda, uma orquídea ou uma pérola iam saindo de sua boca, atiçando a cobiça da mãe, que logo pensou na outra filha, a sua preferida. Achou um grande desperdício, um fenômeno tão bonito quanto aquele acontecer justo com a filha mais sonsa, que nem ia saber se aproveitar dele . Chamou então a irmã e falou: - Olha, tem uma velhinha lá no poço que deve ser uma fada. A sua irmã deu água pra ela e recebeu o dom de cuspir joias e flores, quando fala. Vá até lá, você também, e faça o mesmo - disse a mãe. - Aposto que, se você conseguir um dom igual, vai ser fácil arrumar um princípe encantado que deseje se casar com você. - Ah, mãe! Isso não é serviço pra mim... agora, estou com preguiça. - reclamou a filha predileta. - Não discuta com sua mãe! Faça isso já, depois vai ver que valeu a pena. A menina, contrariada, pegou um jarro e foi, de má vontade, pra perto do poço, pensando que, se visse a velhinha logo, poderia voltar e descansar. Mas, diferente do que ela esperava, quem estava lá era uma mulher jovem, altiva e bem vestida, que se aproximou e lhe pediu água. - A senhora deve estar maluca! Imagine! Se quer água, pegue a senhora mesma! Pensa que sou uma empregada? - desafiou a jovem. Acontece que a mulher jovem era a mesma fada que, antes, tinha se disfarçado como uma velhinha. Ela então, dirigindo-se à menina arrogante, determinou: - De agora em diante, todas as vezes que você falar, vermes, cobras e lagartos sairão da sua boca. - Ahn!? Como!? - e ao dizer isso, um bicho nojento saiu de sua boca. A menina desesperou-se e chorou muito. Quando chegou em casa, ainda chorando, e explicou à mãe o que tinha ocorrido, a mãe ficou horrorizada e mandou a filha embora para sempre. A irmã dela foi quem acabou se casando com um príncipe. Mas também se mudou pra longe e nunca mais foi vista naquelas terras.

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Quarta edição da Folha da Criança em PDF. São, ao todo, 14 edições preparadas por Rita Foelker, dirigidas ao público infantojuvenil, que tratam de espiritualidade e consciência planetária.

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PDF nº4

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - Download em www.edicoesgil.com.br

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ada Criança

:-) Ao imprimir, utilize os dois lados do papel :-)

Adaptação do conto de Charles Perrault, por Rita Foelker

A menina apareceu em casa e foi uma enorme surpresa para a mãe. Quando ela falava, de sua boca saía uma belíssima flor ou uma pedra preciosa.

- O que é isso, minha filha? De onde você está vindo? Como aconteceu? - perguntou a mãe, ainda espantada.

- Eu fui até o poço encher esse balde. Sentada lá perto, tinha uma velhinha, que perguntou se eu podia servir-lhe um pouco de água. Eu fiz isso e, em agradecimento, ela disse que me daria um presente: sempre que eu falasse, dali em diante, sairiam joias e flores da minha boca.

E realmente, ao falar, uma safira, uma esmeralda, uma orquídea ou uma pérola iam saindo de sua boca, atiçando a cobiça da mãe, que logo pensou na outra filha, a sua preferida.

Achou um grande desperdício, um fenômeno tão bonito quanto aquele acontecer justo com a filha mais sonsa, que nem ia saber se aproveitar dele . Chamou então a irmã e falou:

- Olha, tem uma velhinha lá no poço que deve ser uma fada. A sua irmã deu água pra ela e recebeu o dom de cuspir joias e flores, quando fala. Vá até lá, você também, e faça o mesmo - disse a mãe. - Aposto que, se você conseguir um dom igual, vai ser fácil arrumar um princípe encantado que deseje se casar com você.

- Ah, mãe! Isso não é serviço pra mim...

agora, estou com preguiça. - reclamou a filha predileta.

- Não discuta com sua mãe! Faça isso já, depois vai ver que valeu a pena.

A menina, contrariada, pegou um jarro e foi, de má vontade, pra perto do poço, pensando que, se visse a velhinha logo, poderia voltar e descansar. Mas, diferente do que ela esperava, quem estava lá era uma mulher jovem, altiva e bem vestida, que se aproximou e lhe pediu água.

- A senhora deve estar maluca! Imagine! Se quer água, pegue a senhora mesma! Pensa que sou uma empregada? - desafiou a jovem.

Acontece que a mulher jovem era a mesma fada que, antes, tinha se disfarçado como uma velhinha. Ela então, dirigindo-se à menina arrogante, determinou:

- De agora em diante, todas as vezes que você falar, vermes, cobras e lagartos sairão da sua boca.

- Ahn!? Como!? - e ao dizer isso, um bicho nojento saiu de sua boca.

A menina desesperou-se e chorou muito. Quando chegou em casa, ainda chorando, e explicou à mãe o que tinha ocorrido, a mãe ficou horrorizada e mandou a filha embora para sempre. A irmã dela foi quem acabou se casando com um príncipe. Mas também se mudou pra longe e nunca mais foi vista naquelas terras.

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Folha da Criança - PDF nº4 - Créditos das imagens- Página 1- Página 2: Retrato de Perrault, de autor desconhecido; gravuras de Gustave Doré (1832-1883)- As demais imagens desta edição da Folha da Criança pertencem ao domínio público.

: As Fadas, ilustração de Rita Foelker

PASSATEMP

Charles Perrault (1628-1703) escreveu vários contos-de fadas, que são histórias originárias da tradição oral dos povos da Europa. Dois deles estão representados pelas cenas abaixo. Você sabe quais são eles?

Diz O Evangelho segundo o Espiritismo que a verdadeira caridade é desinteressada, ou seja, nada pede para si e nem espera receber algo em troca. Procure numa revista a imagem de um gesto de bondade ou carinho e cole no espaço abaixo.

Depois, crie uma história onde esse gesto seja de caridade verdadeira.

Charles Perrault

Caridade desinteressada

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SOLUÇÃO DO PASSATEMPO: 1. Chapeuzinho Vermelho; 2. Cinderela ou A Gata Borralheira

ContinueNo texto abaixo, o espírito André Luiz, pela mediunidade de Chico Xavier, dá exemplos de como usar a bondade perante as pessoas. Você consegue pensar em outras maneiras de fazer isso? Então, escreva a sua própria continuação para a mensagem.

Allan Kardec

O EVANGELHO

SEGUNDO

O ESPIRITISMO

Não se irrite. SORRIA. Não critique. AUXILIE. Não grite. CONVERSE. Não acuse. AMPARE.

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