Folha Harmônica - Edição 00

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HARM NICA FOLHA KARINA BUHR

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Primeira edição da revista Folha Harmônica. Entrevista exclusiva com a cantora Karina Buhr.

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HARM NICAôFOLHA

KARINABUHRimagem: Jorge Bispo

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É com muita satisfação que publicamos a pri‐meira edição da revista Folha Harmônica. Es‐ta é uma iniciativa fruto dos planos deexpansão do projeto "Folha Harmônica" em2012, ano em que a página online completaseu primeiro ano de existência. O intuto des‐ta ação é possibilitar e aprimorar a práticajornalistica dos editores envolvidos, de modoque o veículo possa servir como substratopara suas respectivas temáticas de interessee ainda contemplar o público com um "con‐teúdo inteligente", abordando diferentes as‐pectos do mundo cultural com respeito equalidade.

www.folhaharmonica.wordpress.com

Revista Folha Harmônica. Editor‐geral: Brunner Macedo. Editoria demúsica: Brunner Macedo. Editoria de cinema: Marcos Reis. Editoria Otaku:Maria Tereza Borges. Diagramação, revisão e arte: Brunner Macedo. Veículode distribuição digital. Fevereiro/2012, Uberlândia ‐ MG.

FH00CONTEÚDO INTELIGENTE

EDIÇÃO #OO ­ FEVEREIRO 2012

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“Eu gostaria de ter feito esse álbum comos Beatles” assim declarou Paul McCart‐ney sobre seu novo disco de estúdio“Kisses On The Botton”. É fácil enten‐der a declaração de Paul, todas as faixasdo novo álbum (exceto “My Valentine”e “Only Our Hearts”, compostas porele) foram inspirações para o início damais famosa banda de todos os tempos.No disco, Paul faz uma “viagem profun‐damente pessoal” pelo cancioneiro nor‐te‐americano clássico que inspirou ele eo parceiro John Lennon nas composi‐ções dos Beatles: “Quando crescemos, tí‐nhamos a era do meu pai ou, no caso deJohn, da mãe dele, que escutávamos, e aíquando fomos escrever canções de rockisso influenciou o rock”.Não é com os ouvidos acostumados àsguitarras do fab four ou da carreira solode McCartney que se deve ouvir “KissesOn The Botton”. O álbum é diferente detudo que já foi produzido pelo músico.É um disco de puro Jazz, uma viagem àera de ouro de Hollywood, onde Paulnão comanda nenhum dos instrumentosnos quase 50 minutos de canções, focan‐do‐se apenas nos vocais. As duas faixasinéditas contam com parcerias de peso:em “My Valentine”, Eric Clapton assu‐me a guitarra e Stevie Wonder colaboranos vocais de “Only Our Hearts”.

Entre os clássicos regravados no discoestão “More I Cannot Wish You”, domusical “Guys and Dolls”, “It’s Only aPaper Moon” canção de 1933 escrita porHarold Arlen, e uma lenta versão de“Bye Bye Blackbird”, escrita por RayHenderson. Ninguém espera que algu‐ma canção de “Kisses On The Botton” setorne hit do próximo verão europeu ouamericano, nem mesmo McCartney.Como ele mesmo definiu, esse “é um ál‐bum para ouvir em casa depois do tra‐balho, com uma taça de vinho ou umaxícara de chá”, combinação melhor queessa, só com um grande amor ao lado,concordam?“Kisses on the Bottom” será lançado nodia 7 de fevereiro.

Por Brunner Macedo

INDICA

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OS MELHORES GAMES DE 2011

Uncharted3: Drake's Deception“Uncharted 3: Drake’s Deception” foi lançadoexclusivamente para a plataforma Playstation 3. Afórmula simples de pular, agarrar e atirar, tãoexplorada no universo dos games, poderiasignificar uma frustração e promover umaexperiência vulgar. Mas o game soube empregá‐lamuito bem, oferecendo novos horizontes aosjogadores.

Portal 2

Para o sistema Microsoft Windows, ojogo de maior destaque foi “Portal 2”.Lançado em abril de 2011, o game trazuma experiência em primeira pessoa. Ojogo possui um mecanismo muitosimples e divertido, o que garantiu seusucesso.

Por Marcos Reis

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The Legend of Zelda

Uma das franquias de maiorsucesso da Nintendo é, semdúvida alguma, “The Legend ofZelda”. Neste ano, mais umgame protagonizado por Linkfoi lançado, exclusivo para aplataforma Nintendo Wii. Oenredo, a jogabilidade e ainteratividade com o jogadorsão os pontos altos do jogo.

Batman: Arkham CityO game foi lançado no final doano de 2011 e, ainda assim, foiconsiderado um dos melhores.“Batman: Arkham City”. Lançadopela Rocksteady Studios, ésequência de “Batman: ArkhamAsylum” e seu enredo, seusgráficos muito bem elaborados esua jogabilidade intuitiva fizeramdo jogo um dos melhores dafranquia do homem morcego.

The Elder Scrolls V:Skyrim“The Elder Scrolls V: Skyrim” é o sucessorde “Oblivion”, game de grande sucessolançado pela Bethesda Game Studio em2006. A trama é ambientada em um reinoantigo e o jogador possui muita liberdadepara realizar diversas ações, atividades emissões, criando personagensdiversificados e poderosos. A nova versãoda série foi lançada já no final de 2011 paraXbox 360, Playstation 3 e MicrosoftWindows, e mesmo assim conquistoucríticos e fãs de videogame. Muitaspublicações especializadas em gamesconsideram este o jogo do ano.

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Que Pernambuco é um estado riquíssi‐mo em sonoridades, todo mundo já sabe.De lá vem ritmos como o “mangue beat”,o frevo, o “maracatu” e o “cavalo mari‐nho”, por exemplo, mas nenhum deles de‐finiria a música de Karina Buhr. Aolongo dos dois discos da cantora é possí‐vel perceber a presença desses ritmos re‐gionais, mas também há uma inundaçãode rock, punk, pop, raggae e muito mais.Portanto, enquanto estiver ouvindo a mú‐sica de Karina, não se preocupe em ten‐tar definir o som, apenas aprecie epermita‐se viajar em um universo de so‐nhos, palavras, ações.Karina Buhr nasceu na Bahia, mas foi emRecife que foi criada e começou sua car‐reira na música. Integrou grupos de rocke maracatu da cidade, foi membro pordois anos da banda “Comadre Fulozi‐nha”, de ritmos regionais, e depois, jámorando em São Paulo, partiu para car‐reira solo.Hoje, com dois discos lançados, Karina

Buhr é uma das artistas mais completasdentre a safra de músicos que tem sedespontado no cenário nacional. Alémde compor todas as letras de seus discos,a cantora arquiteta a sonoridade de cadacanção junto a sua competente banda e oprodutor Duda Vieira.O primeiro disco solo de Karina Buhr,“Eu Menti Pra Você”, foi lançado em2010. O sucesso do álbum abriu caminhopara, “Longe de Onde”, de 2011. As can‐ções de Karina tem um discurso poético,cru e mórbido simultaneamente e cadapalavra parece ganhar um novo significa‐do para ela, como sugere a letra de “CaraPalavra”, faixa de abertura do último dis‐co. Enquanto “Eu Menti Pra Você” fler‐tava com o experimentalismo, “Longe deOnde” é mais roqueiro. Com guitarrasdistorcidas e esquizofrênicas, psicodeliae performances de palco que impressio‐nam pela suntuosidade, as canções desteúltimo disco profeciam um extenso eprimoroso horizonte que Karina tem pe‐la frente.

KARINA BUHRPor Brunner Macedo

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imagem: Jorge Bispo

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Meu primeiro contato com a música deKarina Buhr foi no final de 2010, quandovi o clipe “Nassira e Najaf” na MTV. De‐pois disso, aquela mulher de cabelos mo‐lhados no vídeo ganhou ainda maisnotoriedade. A Rolling Stone Brasil clas‐sificou seus discos, por dois anos segui‐dos, entre os melhores do ano. Já a FolhaHarmônica elegeu o disco “Longe de On‐de” como o melhor de 2011. E então deci‐dimos que a primeira edição da RevistaFolha Harmônica deveria trazer KarinaBuhr na capa e de quebra entrevistamosa moça.

Karina, já são quase dois anosdesde o lançamento de seu primei­ro disco solo, “Eu Menti Pra Vo­cê”, e dois discos lançados. O quemudou nesse tempo?Estou fazendo mais shows e o som temcirculado mais e de várias maneiras, oque é massa. Acho que o show do EuMenti pra Você ficou bem mais pesadoque o disco e isso, esse peso foi passadopra Longe de Onde. Como equipe a gen‐te ficou mais junto e isso foi massa prosom e pro show também. Além dosshows e tudo mais, os dois discos tive‐ram Duda Vieira na produção. Mau eBruno Buarque produziram comigo osdiscos e a banda, que além de Bruno Bu‐arque (bateria) e Mau (baixo), tem Gui‐zado (tropete), André Lima (teclado),Fernando Catatau e Edgard Scandurranas guitarras.Muitas músicas do “Eu Menti PraVocê” foram compostas bem an­tes do lançamento do disco. E ago­

ra, com o “Longe de Onde”, comofoi o processo de composição dasmúsicas?Fui fazendo, fazendo…as músicas e as le‐tras, jogando coisa fora e me apegando aoutras. Eu tinha 16 músicas que queriaarranjar com a banda e gravar, pra daídescartar 5 e ter o disco, só que quando agente levantou arranjos de 11, não quisgravar as outras, já tinha o roteiro dodisco. Sobre oa arranjos...Primeiro mos‐trei as músicas pra Mau e Bruno e a gen‐te começou a toca‐las, seguindo umcaminho que eu indicava, com as idéiasoriginais da música e a gente foi criandojuntos, na hora, o arranjo que seria a ba‐se do arranjo final, porque daí veio o te‐clado e, na sequência, o trompete e asguitarras.Você esteve no Marrocos e inclu­sive fez as fotos do novo álbum egravou o clipe de “Cara Palavra”por lá. Por que o Marrocos? Eleinfluenciou alguma faixa do dis­co?O disco já estava todo gravado quandofiz as fotos. Eu já estava em Casablanca eJorge Bispo, que já ia fazer as fotos da ca‐pa, sugeriu a gente fazer as fotos lá. Co‐mo a foto poderia ser qualquer uma, emqualquer lugar e lá tem coisas bem espe‐ciais pra isso, acabei topando e juntandotambém com idéias que eu tinha, de fa‐zer uns vídeos lá e nossas conversas (mi‐nha, de Duda Vieira e Jorge Bispo)acabaram resultando no clipe, criandotambém uma ligação mais forte com oMarrocos, por conta dos "signovosignifi‐cados" das coisas...

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imagem: Analídia Ferri

A performáticaKarina Buhr emapresentação emRibeirão Preto(janeiro/ 2012)

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Uma curiosidade minha: Por quetemas relacionados à morte e auma espécie de “anti­amor” sãotão frequentes na sua música?Não sei (risos). Qualquer resposta queeu tente vai estragar tudo.Atualmente uma nova cena da mú­sica pernambucana está alcançan­do reconhecimento fora dasfronteiras do estado, temos comoexemplo você, China, Tibério Azul,além de outros. Trata­se, realmen­te, de uma “nova” cena?Não é uma nova cena, são novos discos eshows de pessoas que fazem música háum bom tempo. Existe uma continuida‐de bem interessante no trabalho de vári‐as bandas/artistas de lá. Por coincidênciaum monte de gente lançou discos ao mes‐mo tempo e isso deu uma repercutida, co‐mo sendo algum tipo de "volta a cena".Mas na verdade isso sempre existiu lá. Éque os focos de atenção das pessoas mu‐dam, isso é natural, aí depois de um tem‐po as ondas mudam de novo.Para você, como está essa regio­nalização da música brasileira ho­je? Em São Paulo, por exemplo,existe uma geração de músicos sedestacando, como a Tulipa Ruiz, oJeneci, a Tiê, e um participa da mú­sica do outro, fale um pouco so­bre isso.Em todo lugar que muita gente faz músi‐ca, de um jeito ou de outro vão se ligar. Is‐so acontece também em Recife, porexemplo, mas acho que é normal de todolugar. O principal que acho é que todo

mundo mantém uma identidade própriae não vira tudo uma coisa só. Um enten‐de o som do outro e faz algo que conver‐se bem com esse som. É um exercício,um trabalho e uma diversão, ao mesmotempo.

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Você já tocou em Minas Gerais. Oque achou do público do estado?Toquei duaz vezes em BH e foi maravi‐lhoso nas duas. Tomara que tenha maisum monte de show aí.Há algum artista mineiro que vocêcostuma ouvir e destacaria?O primeiro disco que comprei na vida foide Milton Nascimento. "Artista mineiroque costumo ouvir e destacaria", é AndréLima, um músico incrível, que toca tecla‐do comigo.Uberlândia é a segunda maior ci­dade de Minas e muitos artistas“independentes” tem tocado na ci­dade. Há alguma possibilidade devocê se apresentar por aqui em2012?Tenho vontade, então ja é o começo dapossibilidade. Você, produtor de showsde Uberlândia que está lendo essa maté‐ria, me convida pra tocar aí! Obrigada!!"

imagem: Analídia Ferri

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OS SAIAJEANSEles usam saias e tocam música de ani‐me. Essa é a definição da banda Os Saia‐Jeans, formada em 21 de outubro de2009 e que toca músicas das animaçõesjaponesas em eventos voltados ao públi‐co fã desse gênero. Influenciados poranimes clássicos, como Dragon Ball e Ca‐valeiros do Zodíaco os jovens Diogo Vic‐tal, Bruno Teixeira, Pablo Avendaño,Lucca Dias, Ícaro Couto e Vinicius Oli‐veira decidiram se unir e tocar esse esti‐lo por ser o único gosto em comumentre todos. “A gente queria só reuniramigos e tocar algo que a gente gostava.Como cada um tinha um estilo muito di‐ferente, era o ponto onde encontrava”,conta o tecladista Pablo.O nome da banda é inspirado no dese‐nho Dragon Ball, no qual os persona‐gens pertencem a uma raça chamadaSayajin. O guitarrista Bruno Teixeiraconta que a escolha surgiu de muita dis‐cussão, até ele e o baixista Ícaro conse‐guirem ligar o trocadilho da palavra àideia de usar saias jeans ao tocar. “A gen‐te pensou: Tem que chamar SaiaJeansmas a gente tem que tocar de saia. Umasemana depois a gente reuniu, cortouumas calças jeans e virou isso aqui”, con‐ta, apontando para a saia.Em dois anos, o grupo fez cinco apresen‐tações em eventos da região, duas delasna CATSU (Convenção de Animes e To‐kusatsus de Uberlândia), onde teve achance de se tornar conhecido pelo pú‐

blico da cidade. Dentre os otakus, comosão conhecidos os fãs que frequentam aconvenção, está Bruno Calil, doutoran‐do em Engenharia Biomédica da UFU,que elogia a banda, afirmando que elesexcedem em presença de palco e afina‐ção. “Nós vemos que o pessoal do Saia‐Jeans realmente senta pra avaliar quaismusicas apresentarão e, uma das coisasmais importantes, nós vemos que elesrealmente fazendo treino das músicas”,

Um saiajen da ficção

Por Maria Tereza Borges

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No repertório da banda, estão músicasclássicas, dos anos 80 e 90, além de mú‐sicas atuais. Os membros contam quepassaram por dificuldade com a escolhamusical, pois queriam tocar o que gosta‐vam e as pessoas não reconheciam asmúsicas. “A gente queria tocar só o queera clássico, o que a gente gostava, masai a gente acabou pegando alguns ani‐mes mais novos e achando legal tam‐bém”, conta Bruno Teixeira. Outradificuldade encontrada pelos SaiaJeansé ter espaço para tocar aqui em Uberlân‐dia, por se apresentarem para um públi‐co específico, que são as pessoas quegostam e frequentam eventos otakus.No que diz respei‐to aos fãs, os músi‐cos afirmam querecebem feedback pe‐la internet, nas comu‐nidades dos eventose que são lembradospelas pessoas porcausa da saia. “Essenegócio da saia é praentrar na cabeça daspessoas, fazer elaslembrarem da bandamesmo, isso eu achoa mais genial de to‐das as ideias da ban‐da”, conta Bruno. “Éuma piada entrar nopalco até porque pe‐ga esse trocadilho,ninguém pensa embanda de macho ca‐beludo usando umasaia jeans”, se diverteo guitarrista Lucca.Os SaiaJeans afir

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mam que o objetivo principal da bandaé gravar seu trabalho e enviar paraeventos de maior porte como o AnimeFriends em São Paulo. Enquanto issonão acontece, analisam convites que re‐ceberam para tocar no mês de novem‐bro, ainda sem confirmação. Elescontam que, em geral, são os eventosque convidam a banda para apresenta‐ção e destacam que o que mais gostam éde tocar e interagir com o público. “Oque mais anima é ver o pessoal gostan‐do do que você tá fazendo lá.”

imagem: Maria Tereza Borges

Integrantes dabanda Saiajeans deUberlândia

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Em relação aos eventos de anime, Felipe Franco,organizador geral da CATSU, acredita que o espa‐ço oferecido pela cidade é escasso. “A gente temque brigar muito, tem que correr muito atrás dessetipo de coisa porque a cidade em si não dá apoio.”Os músicos da banda Os SaiaJeans contam que jáchegaram a pagar para tocar em um evento, pelafalta de incentivo ao estilo. Diogo, vocalista do gru‐po, diz que as pessoas de Uberlândia tendem a va‐lorizar mais o que vem de fora. “Não é nem culpadas pessoas daqui, isso é uma coisa da região mes‐mo, de pensar que o que vem de fora é melhor. En‐tão acaba que a gente aqui tem uma estruturamuito boa, mas não recebe o valor que devia rece‐ber.”

E se alguém perguntar se você, leitor, ou‐ve música japonesa, o que você responde‐ria? Creio que a maioria das respostas aessa pergunta seria não, a menos que vo‐cê seja um viciado em cultura pop japo‐nesa, paixão que cresce cada vez maisno mundo. Se você for um otaku e nãogostar de J‐music, você não está na tribocerta.As pessoas alheias ao mundo dos ani‐mes costumam estranhar quando se falaem música japonesa e não entendem ogosto por essa cultura, visto que ela vemde tão longe e é tão diferente da brasilei‐ra. Algumas vezes, criticam a opção mu‐sical e o jeito de viver dos otakus, semao menos saber do que se trata a cançãoou a própria cultura. Fato lamentável,pois como uma amiga me disse uma vezque não se deve julgar algo como bom

ou ruim sem conhecer. É claro, todo rit‐mo musical tem suas péssimas composi‐ções que ainda ficam famosas. Mas, háaquelas que marcam as pessoas com al‐guma história e isso não é diferente comas trilhas dos animes. É impossível es‐quecer a abertura do primeiro animeque assistimos, ou aquela da melhortemporada de Naruto ou Bleach. É umaquestão de momento, inclusive na vidadas pessoas.No mundo cheio de mudanças em quevivemos, todo mundo se sente curioso etentando a ouvir tudo que surge de no‐vo no sertanejo, no rock nacional, inter‐nacional e até a nova sensação chamadatecnobrega. É inegável que, mesmo cri‐ticando, todo mundo já ouviu os singlesdo Justin Bieber e do Restart. Se é agra‐dável ou não, não cabe a mim julgar,

imagem: Maria Tereza Borges Por Maria Tereza Borges

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mas é necessário respeitar os gostos decada um e buscar pelo menos entender oque leva as pessoas a ouvirem determina‐do som, por mais que pareça não ter sen‐tido algum gostar deste ou daqueleartista.Contudo, não estou aqui para dis‐cutir qual o melhor ritmo musical, masapresentar pra vocês, de forma positiva,o universo musical dos otakus. Além dis‐so, cabe destacar e indicar algumas ban‐das japonesas e músicas, para quemtiver se interessado.Para que não fiquem assustados com amelodia, é recomendável começar poraquelas com ritmo suave e pop, como dacantora Yui. Ela é jovem e famosa no cír‐culo das trilhas de animes, com ótimasopenings como Again do anime Fullme‐tal Alchemist Brotherhood e RollingStar. Uma banda bastante tocada éFlow, principalmente no anime Naruto,ganhando o status de melhores ope‐nings, como GO! (4ª temporada NarutoClássico) e Sign (6ª temporada NarutoShippueden). Flow tem o som um pou‐co mais pesado que Yui, porém são mú‐sicas animadas e com letras belíssimas.Outra banda com melodia forte e letrasbelas é a Rookiez is Punk’D, admiradapor ser a canção de uma das melhoresaberturas de um anime recente, que éDurarara!. Suas canções são pedidas nasrádios otakus do mundo virtual.Inicialmente, são as melhores emais leves indicações de artistas famo‐sos. A maioria de meus temas preferidossão de bandas menos destacadas em tri‐lhas sonoras, como a banda Chemistry,

formada por Dochin Yoshikuni e Kawa‐bata Kaname, que canta o single Perioddo anime Fullmetal Brotherhood. Oscantores foram os vencedores doAsayan, similar do American Idol no Ja‐pão. Os singles dos animes não são asúnicas j‐musics famosas no Brasil. Háoutras bandas , como X‐Japan que temmuitos fãs e já se apresentou no país etambém músicas das bandas que estãonos animes que se tornam famosas entreos otakus. Além dos artistas japoneses,bandas otakus brasileiras fazem suasapresentações com trilhas de animes emjaponês ou em português, trazendo umpouco da música pop do outro lado domundo para os eventos de todo o Brasil.Uma boa oportunidade para conheceras músicas que embalam as vidas dos vi‐ciados em cultura j‐pop é acessar as rá‐dio webs feitas pelos próprios otakus,além de, claro, comparecer aos eventos eprestigiar o trabalho de grupos musicaisque se inspiram nessa cultura.

Banda Rookiez is Punk'd é sucesso nomundo dos otakus.

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SEÇÃOvisualPERNAMBUCOFOTOS: BRUNNER MACEDO

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REGIÃO PORTUÁRIA DORECIFE

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O MAR EM BOA VIAGEM ­RECIFE

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TRAVESSIA DE BARCO NOCENTRO DO RECIFE

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AS FAMOSAS PONTES DACAPITAL PERNAMBUCANA

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A URBANIZADA PRAIA DEBOA VIAGEM ­ RECIFE

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PONTE SOBRE O RIOCAPIBARIBE ­ RECIFE

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PEQUENA PRAIA EM OLINDA

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LOJA DE ARTIGOSTRADICIONAIS EM OLINDA

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IGREJA NOSSA SENHORA DOCARMO EM OLINDA

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SEÇÃOLITERÁRIA

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imagem: Maria Tereza Borges

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imagem: Brunner Macedo