Folha Teen

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ANO I - N o 01 - JORNAL DO COLÉGIO ESTADUAL TANCREDO DE A. NEVES - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - JULHO/2013 Mostra Estudantil 2013: Centenário de Vinícius de Moraes Colégio Tancredo participa da Mostra Estudantil sobre Vinícius de Moraes conteceu durante os dias 25 e 26 de ju- nho, a Mostra Estu- dantil 2013, que homenageou o centenário do diplomata, dramaturgo, jornalista, poeta e compositor brasileiro, Viní- cius de Moraes. As homena- gens foram feitas por colégios estaduais da área metropoli- tana norte do Paraná que in- terpretaram músicas, fizeram releituras de poesias e produ- ziram curtas metragens sobre a obra do poeta, ao todo parti- ciparam da Mostra 36 escolas da região. As apresentações foram realizadas no parque da ciên- cia Newton Freire Maia, em Pi- nhais, na Região Metropolita- na de Curitiba, em parceria com a Faculdade de Artes do Paraná (FAP). O evento teve como objetivo, não só pres- tar homenagem, mas refor- çar o gosto pela leitura, além de apresentar a poe- sia aos alunos, pois para muitos foi o primeiro contato com as obras de Vinícius. O nosso colégio participou do evento com um curta sobre o poema "A Ausência", que foi produzido pelos alunos: Luiz Felipe (2ºB), Mainara (2ºB), Marlon (2ºB), Kryslaine (2ºB), Renato (2ºB), Deyvid (2ºA), Victor (2ºA) e pelo professor Marcos de filosofia. A Nesta edição A Revolta dos 0,20 centavos Professores recebem tablet Exposições de Escher no museu Oscar Niemeyer em Curitiba Diário de um Banana Página 2 The Twins Jim e Jem Jovens Criminosos O Mar de Monstros Charge Página 3 Página 4 Novas leituras: Jeferson Bandeira A Seleção voltou

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ANO I - No 01 - JORNAL DO COLÉGIO ESTADUAL TANCREDO DE A. NEVES - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - JULHO/2013

Mostra Estudantil 2013:Centenário de Vinícius de Moraes

Colégio Tancredo participa da Mostra Estudantil sobre Vinícius de Moraesconteceu durante osdias 25 e 26 de ju-nho, a Mostra Estu-

dantil 2013, que homenageouo centenário do diplomata,dramaturgo, jornalista, poetae compositor brasileiro, Viní-cius de Moraes. As homena-gens foram feitas por colégiosestaduais da área metropoli-

tana norte do Paraná que in-terpretaram músicas, fizeramreleituras de poesias e produ-ziram curtas metragens sobrea obra do poeta, ao todo parti-ciparam da Mostra 36 escolasda região.

As apresentações foramrealizadas no parque da ciên-cia Newton Freire Maia, em Pi-

nhais, na Região Metropolita-na de Curitiba, em parceriacom a Faculdade de Artes doParaná (FAP). O evento tevecomo objetivo, não só pres-tar homenagem, mas refor-çar o gosto pela le i tura,além de apresentar a poe-sia aos alunos, pois paramuitos foi o primeiro contato

com as obras de Vinícius.O nosso colégio participou

do evento com um curta sobreo poema "A Ausência", que foiproduzido pelos alunos: LuizFelipe (2ºB), Mainara (2ºB),Marlon (2ºB), Kryslaine (2ºB),Renato (2ºB), Deyvid (2ºA),Victor (2ºA) e pelo professorMarcos de filosofia.

A

Nesta edição

A Revolta dos0,20 centavos

Professoresrecebem tablet

Exposições deEscherno museuOscar Niemeyerem Curitiba

Diário de umBanana

Página 2

The Twins Jim eJem

JovensCriminosos

O Mar deMonstros

Charge

Página 3

Página 4

Novas leituras:JefersonBandeira

A Seleçãovoltou

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○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○EXPEDIENTEJornal do Colégio Estadual Tancredo Neves - Diretor do Colégio: xxxx - Endereço: xxx - Fones: xxx - E-mail: xxx - Editoração, Diagramação e Arte: Editora Exceuni - Aldemir Batista - 3657-2864

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A Revolta dos0,20 centavos

Tarifa de ônibus a R$ 2,70 entrou em vigor depois damobilização popular. Mas, esses manifestos foram real-mente pelos vinte centavos? Nas manifestações o que seviu, tanto em cartazes quanto em declarações de mani-festantes, que isso não era a verdade, o aumento dastarifas do transporte público, só foi o que desencadeoutudo isso. Essas revoltas são por todos os acontecimen-tos que o povo brasileiro aceitou calado, sem fazer nada,todas as vezes que foram explorados por esse governocorrupto que esta há tanto tempo no poder. As pessoasmostraram, pela primeira vez em anos, que se importammais com a política do seu país do que com o futebol,indo para as ruas em vez de ir ver um jogo da copa dasconfederações, que é um dos motivos da manifestação:os gastos abusivos nos estádios e obras com licitaçõessuspeitas.

Durante todo esse movimento popular vem o repudiodo governo com os policiais que nos últimos protestostem se mostrado violentos, não só com os participantes,mas com os profissionais das mídias, em quase todos osprotestos há uma grande quantidade de presos e feridos,muitos dizem que os policiais estão exagerando nasações, já os oficiais dizem que este ato é por causa deatos de vandalismo que partem dos participantes dos pro-testos, os policiais utilizam com frequência bombas deefeito moral e balas de borracha.

Os atos que estão acontecendo, no Brasil, não estãosendo retratados pela mídia como deveria, pois o quevemos é que tudo isso são vandalismos sem motivo oupor motivo pequeno, mas a imprensa internacional di-vulgou ao mundo o que realmente acontece e tratam es-tes protestos como uma verdadeira REVOLUÇÃO, e é oque realmente é, uma revolução no modo das pessoaspensarem e agirem.

Os estudantes estão nas ruas para tentar mudar o que,por muito tempo, era visto como impossível de se mudar.Finalmente mostraram que, o povo, mesmo com todadiversificação cultural, pode se unir para o bem maior,para o bem da sua nação, a população tem orgulho de serbrasileira, e mostra esse orgulho indo para rua protestar.

E é o que está movendo isso tudo: o “vem pra rua” quevemos em cartazes, na mão de pessoas que querem mu-dar o país, e que provavelmente mudarão. Isto pode ser ocomeço de algo muito maior e acho que todos com o mí-nimo de senso de justiça devem participar, deixo aquimeu: #vamoprarua!

Victor

OPINIÃO COTIDIANO

Professores recebem tablet

Os professores do en-sino médio recebe-ram os tablets para

trabalhar em sala de aula. Aentrega simbólica foi na quin-ta-feira (06/06).

Na sexta-feira (21/06) a en-trega foi feita para os profes-sores do Tancredo. De acordocom o diretor de Tecnologia

Educacional da Secretaria daEducação, Rogério BufremRiva, essa entrega representaum grande avanço em relaçãoao uso das novas tecnologiasnas escolas do Estado.

Ainda de acordo com Bu-frem, os tablets vão organizaro trabalho do professor, alémdisso é uma ótima ferramenta

para pesquisas, completa. Oprograma “Sala de aula co-nectada” do qual os tabletsfazem parte, pretende levarinternet sem fio para den-tro de todas as salas de auladas escolas estaduais . Oprojeto também conta coma instalação de 3.700 lousasdigitais.

ARTE E LITERATURA

Exposições de Escher no museuOscar Niemeyer em Curitiba

O museu Oscar Niemayerestá com a exposição interati-va “a magia de Escher. A mos-tra conta com várias obras doartista e vai até 11 de agosto.A exposição permite que oespectador passe por experi-ências incríveis, como “a salaimpossível”, em que se olhapor uma janela de uma casa eestá tudo em ordem, em se-guida, por outra janela, vêtudo flutuando. Além dissoainda pode assistir a um filmeem 3D que faz um passeioextraordinário pelas obras doartista.

Mauritus Cornelis Escher

nasceu em Leeuwarden, naHolanda em 1898, faleceu em1970 e dedicou toda a sua vidaàs artes gráficas. Formado naEscola de Belas Artes de Haar-lem, estudou arquitetura, masficou famoso por suas obrasque apresentam construçõesimpossíveis, mostrar o infini-to, padrões geométricos quese transformam, como se fos-se magia, em formas comple-tamente diferentes, com en-caixes perfeitos. São imagensimpressionantes, ilusões deótica, que deixam o especta-dor fascinado.

Mostra “A Magia de Escher”reúne as mais importantes

obras do artista

Ao todo Jeff Kinney, autorde “diário de um banana”,criou 8 livros incluindo o “façavocê mesmo”, que é um livroque ensina você a fazer o pró-prio diário. Diário de um ba-nana é a história de um garotoque sofria bulling na escola etinha apenas um amigo, Row-ley. Esses dois sempre tinhamideias malucas para ser al-guém no futuro. Além disso,Greg, o personagem principal,não se dá bem com seu irmãomais velho, Rodrick, e o irmãomais novo, Manny sempreapronta mas nunca leva a cul-pa.

Diário de um Banana O autor criou diversos li-

vros contando várias aventu-ras diferentes de Greg, poréma pior parte de criar foram osdesenhos que demorou 4 anospara fazer. A história foi maisfácil, pois conta a vida de Jeff,que demorou 10 anos para lan-çar o seu primeiro livro.

Boa parte das pessoas achaque o livro é somente para cri-anças, no entanto não é bemassim, já que é direcionadopara públicos de todas as ida-des, pois contém muito hu-mor e fatos que podem teracontecido com muitas pesso-as.

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PONTO DE VISTA

JovenscriminososDesde 1940, quando a

legislação brasileira esti-pulou a maioridade penal,qualquer jovem com idadeinferior a 18 anos é consi-derado “incapaz”. Em ou-tras palavras, o Estado en-tende que ele não temcondições de fazer as suaspróprias escolhas, nem deassumir as consequênciasde seus próprios atos.

Mas será que um ra-paz de 16 anos ainda nãosabe o que faz? Será queele ainda precisa dos paispara saber o que é certo eo que é errado? Um ado-lescente nesta idade já re-cebeu tantos direitos de“gente grande”, como vo-tar e trabalhar, então por-que ainda é tratado comouma criança, quando co-mete um crime bárbaro eprecisa ser punido?

São situações comoesta que deixam a popu-lação indignada. Cerca de93% da população brasilei-ra é a favor da redução damaioridade penal para 16anos, diz pesquisa de Datafolha(2013). Acho que éhora de atender o apelo dasociedade brasileira, quejá está cansada de sair decasa com medo, já quecorremos o risco ou de serassaltados, ou de levar umtiro de um moleque. Va-mos parar de coloca-los sóno “cantinho da obediên-cia”, temos que leva-los àjustiça para serem puni-dos à altura de seus cri-mes.

Patrick

ARTE E LITERATURA

The Twins Jim e Jemistória de dois ir-mãos humildes,Jimmy Kelvin e

Jeimmys Kaique, que foramdescobrindo seus talentos.Eles são ex-alunos do ColégioEstadual Tancredo de AlmeidaNeves, onde eles desenvolve-ram seus primeiros passos efizeram sua primeira apresen-tação, no “Festival de talen-tos”, no ano de 2011, quandotiveram a ideia seguir a vidasó com a dança.

Então, resolveram seguir osonho de serem dançarinos. Apartir disso, começaram gravarvídeos e postar na internet e

os, finalmente apareceu aoportunidade de apresentarno programa “Astros” do SBT,mas, infelizmente não conse-guiram passar para a próximafase e tiveram que voltar paracasa.

O dançarino Jimmy deu umconselho para os que têm umsonho: “Se você tem um so-nho, nunca desista, pois nósdançamos nos corredores des-sa escola, dançamos na qua-dra, em tudo quanto é lugar enunca desistimos, já levamosvários nãos, mas nunca abai-xamos a cabeça, [...] entãonunca desista de seu sonho.”

H

O MAR DE MONSTROS

O mar de monstros (Rick Ri-ordan) é o segundo livro da sé-rie Percy Jackson e os Olimpia-nos. Esta segunda parte da sériese aprofunda mais na trama, queno primeiro livro (o ladrão deraios), foi colocada um pouco delado, para dar uma introduçãodesse universo. Um destaquemaior para as descobertas dePercy: de como os deuses gregosainda existiam, que ele é um se-mideus (filho de um deus comuma mortal) e que por seu paiser Poseidon, deus dos mares eterremotos, ele é o principal sus-peito de roubar o raio de Zeus,mas isso é no primeiro livro. Va-mos dar ênfase ao segundo.

Em “Mar de monstros” o lei-tor encontrará a história dosoutros personagens da série, olivro pode ser considerado a ex-plicação de tudo que aconteceue que vai acontecer, mas mesmoassim deixa muitos enigmas aserem descobertos com os ou-tros volumes.

A obra foi inspirada na ODIS-SÉIA de Homero, o que pode serpercebido pelo título. Percy vaiao mar para salvar tanto seuamigo Grover, um sátiro queaparece no primeiro volume,quanto o acampamento meio-sangue, lugar seguro para semi-deuses. Este segundo volume dasérie terá sua versão para o ci-nema, numa continuação do fil-me: Percy Jackson e o ladrão deraios , dirigido por Chris Colum-bus, produzido pela FOX, não foimuito apreciado pelos que leramo livro. Percy Jackson e o mar demonstros (Thor Freudenthal),será lançado em 16 de agostodeste ano. Criou expectativaspara os leitores que assistiramao trailer e viram Freudenthaltentando arrumar o que Colum-bus esmagou, não se pode for-mar uma opinião de um filmepor um único trailer, o jeito éesperar e ver se Thor Freuden-thal pode operar um milagre.

Para finalizar esta matériagostaria de dizer que o livro Marde Monstros é muito recomen-dável para quem gostou e paraquem não gostou de “O ladrãode raios”, pois consegue fazercom que o leitor queira ler opróximo livro.

também começaram a dar au-las em uma escola municipal.

Após 2 anos postando víde-

CHARGE

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professor e escritorJeferson Bandeira,nos presenteou com

uma linda palestra. O curitiba-no nos apresentou suas obrase nos deu uma boa aula sobreliteratura, grande parte desuas obras podem ser encon-tradas na internet. Jeferson éum autor independente, quese arriscou e bancou todassuas obras, o livro “agoniasilustradas” é um dos mais re-centes.

Nesta entrevista, Jefersonfalou um pouco sobre suasobras, sobre suas criações esua profissão.

Recentemente você lançouum livro chamado Est’gmas,disponível no site da ‘’Liga dosAutores Free’’. E agora, vocêestá trabalhando em novosprojetos?

Então, a gente nem bembatiza um novo “filho” e já vaipreparando outro. O desejo deescrever parece que não seesgota. É como uma febre raraque carrega em si o veneno eo antídoto em dose equipara-da, e só precisamos saber con-trolar e equilibrar ambas astaxas, que sempre se alteram,muitas vezes sem que a gentesaiba. O bom é que podemosengavetar o livro, não é umproduto perecível, não preci-samos temer que se estrague.Basta que o deixemos germi-nando, madurando, envelhe-cendo como o vinho, até quejulguemos achá-lo arrematado

para ser sorvido. Lógico que umlivro nunca está/estará pron-to, é feito a própria vida, sem-pre se encerra, chega ao pon-to final em pleno processo,sem nunca se concretizar porcompleto. Estou em processode finalização de um novo li-vro de micronarrativas, nova-mente uma aposta no suporteliterário. Não sei se estará“pronto” para o ano que vem,tudo depende de muitos fato-res. Além disso, comecei a se-lecionar alguns poemas paratentar trazer à luz a ideia deum novo livro em versos. Esteprojeto será mais demorado ecomplexo que o outro, vistoque preciso retomar em mima veia poética, exercício quenão é nada fácil. Meu últimolivro foi de poemas, mas o ha-via rascunhado em 2006, nãoprecisei escrever mais ne-nhum texto, apenas reformu-lar os já escritos.

Ser escritor no Brasil não éfácil, pois há alguns escritoresconsagrados, e não se abrepara novos escritores. Você,sendo um autor independen-te, sente falta de apoio porparte das editoras?

Há prós e contras na produ-ção independente. Enviei ma-terial para análise de uma edi-tora apenas uma vez. Muitosdizem que a produção inde-pendente não é boa, como sedesmerecesse a imagem doescritor. Quanto a isso prefironão opinar, o feitiço pode se

virar contra o feiticeiro. Sem-pre penso em buscar uma edi-tora, mas toda vez acabo ban-cando a produção de um novolivro, vai saber o que me pas-sa na cabeça. Um dia quemsabe eu saiba, e possa respon-der com maior precisão a essapergunta. E para ilustrar, es-crevi um, digamos que, “bre-ve desabafo”: “não me pren-do a luz e holofotes. Prefiro obanho da lua; e das estrelas,os motes”. Algo que muitasvezes uma editora consegueou pode lhe tirar.

Você lançou o livro “Agoni-as Ilustradas” com as páginasno modelo de cartas de bara-lho, como surgiu esta ideia?

Resolvi fazer uma aposta nosuporte literário. A partir deentão, comecei a testar possí-veis formas para o livro. Entreelas, a maioria era inviável fi-nanceiramente, ou sem mui-ta expressão. Foi então queme veio a possibilidade de cri-

ar um livro-baralho, a qualrompia com os dois impassesapresentados acima. A formade caixinha de baralho não égratuita, sem significação. Olivro foi pensado como umtodo, cada parte se interligapara completar a ideia final:título, formato, cartas, bara-lhos. O fato de ser um suporteliterário aproxima-o do lúdi-co, pois pode ser levado paraum churrasco, um encontro, equem sabe presenteado a al-gum aficionado por jogo decartas, como acredito que játenha acontecido. A propostado suporte literário é justa-mente essa: aproximar o livrode novos leitores.

Sem apoio e sem patrocí-nio, foi muito difícil publicarum livro?

Imatura e impulsivamentefalando, não. Bastou separaruns poemas, juntar um di-nheiro para poder bancar aprodução independente deum livro artesanal e buscar al-guém para confeccioná-lo. Foiassim que cheguei até o escri-tor Geraldo Magela, que pro-duzia uma pequena tiragem,cerca de 100 exemplares, paraescritores iniciantes. Com ele,produzi também o segundo eterceiro livros. Do quarto emdiante, apostei em tiragensum pouco mais ousadas, porisso recorri a gráficas.

Muitos jovens têm o sonhode ser escritor, que conselho

ENTREVISTA

Novas leituras: Jeferson Bandeiravocê daria a esses sonhadores?

Que não desista, acreditee confie, mas sempre “com acabeça nas nuvens e os pés nochão” (Humberto Gessinger).Quem almeja se tornar um es-critor deve, antes de tudo, setornar um grande leitor. Nin-guém trabalha sem se alimen-tar, nem mesmo o relógio: tirea pilha dele e veja o que acon-tece. Todo o ato de escritadeve estar amparado por cons-tantes atos de leitura. A inspi-ração não trabalha de graça,não caia nessa falácia. Escrevebem quem antes aprendeu aler bem. Além disso, cada bomtexto que lemos nos coloca naobrigação de dar uma respos-ta a ele, que nada mais é doque um estilo de produção li-terária. Estou há dez anos nes-se processo de produção inde-pendente, sou o escritor, o di-vulgador e o vendedor do queproduzo, e posso dizer quedurante esse tempo venhocolhendo prejuízos e compen-sações, mas o lucrar ainda nãodespontou em meu horizon-te. Contudo, confesso quedevo me orgulhar no f imdas contas, pois conheço amuitos que ainda nem che-garam ao posto das com-pensações e seguem cei-fando prejuízos, às vezescada vez maiores. Para fina-lizar, deixo outra dica, quejulgo não poder faltar: “Navida não preciso de diaman-tes: a escrita me ensinou a la-pidar”.

Jeferson bandeira:Estigmas e outras leituras

O

ESPORTES

Brasil, contagiadopela torcida, ven-ceu a copa das con-

federações, derrotou por 3 a0 a seleção da Espanha e con-quistou novamente o apoioda torcida, que andava desa-creditada.

A Seleção voltouAntes do início do jogo, a

onda de protestos continuavae teve a participação de maisde 5 mil pessoas.

Porém, nada disso apagouo brilho da seleção brasileira,com dois gols de Fred e um docraque Neymar, a Espanha foi

massacrada e a seleção brasi-leira consagrou-se tetracam-peã da Copa das Confedera-ções,

Dessa forma, Scolar iconsegue, mais uma vez, aestima da torcida brasileira.

Foi uma noite inesquecí-

vel, Carlos Alberto Parreira fa-lou sobre o histórico de vitóri-as da seleção, o Hino Nacionalfoi tocado à capela, pela torci-da que lotava o Maracanã, eainda teve o gol que David Luizsalvou no final do primeirotempo. Logo depois, Neymar

marcou o segundo e Fred fezo terceiro.

Portanto, o Brasil sai daCopa das Confederaçõescom o título, mas até acopa de 2014 ainda se temum longo caminho pelafrente.

O