folheto dor Mai11

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A dor é o sintoma mais temido da doença. Não obstante esta realidade pouca atenção tem merecido da investigação médica, até um passado recente. Por outro lado, a dor é um fenómeno eminentemente pessoal, com determinantes multifactoriais. A complexidade da fenomenologia da dor com cambiantes fisiológicos, psicológicos, sociais e afectivos tão significativos e mutantes, faz com que os seus horizontes ultrapassem as fronteiras das disciplinas tradicionais. Nas duas últimas décadas assiste-se a tentativas dos vários sectores profissionais no sentido de protagonizarem liderança na condução de estudo científico da dor. Anestesistas, neurologistas, investigadores das áreas de biologia celular e de farmacologia, psicólogos, cirurgiões e tantos outros, lideram projectos de investigação e organizam núcleos de intervenção face à dor. Na perseguição destes desideratos, a própria evolução dos conceitos das diferentes disciplinas tem influenciado, determinantemente, a intervenção clínica face à dor. Antes de 1960, quase não se medicavam bebés em função da dor, nomeadamente nos pós-operatórios. Assim, foi a descoberta das competências infantis e a procura de uma nova semiologia que fez alertar os pediatras para a fenomenologia da dor sobretudo quando é suposto acontecer dor no bebé pequeno. Tal como passou a ser um desafio para os pediatras, a dor é, também, um desafio sempre novo para todos os outros profissionais da saúde e das ciências aplicadas à saúde. (…) O desafio é-o, também, para a pessoa que doente ou não, experimenta dor no seu quotidiano tanto de uma forma esporádica como de um modo contínuo e até progressivo. (…) A expressão da dor é, porventura, o exemplo mais exuberante das diferenças individuais. Os estudos antropológicos mostram-nos como se evidenciam essas diferenças face à dor num contexto tanto de macro como de microculturas. A percepção da dor não poderá, assim, ser entendida nomeadamente em função do estímulo ou de um sistema de estímulos, mas antes, do conjunto de factores que em função da pessoa e da sua circunstância, determinam a sua individualidade e portanto a sua diferença. GOMES-PEDRO, João No prefácio à obra: Dor : do neurónio à pessoa / editores Toscano Rico, António Barbosa. - Lisboa : Permanyer Portugal, 1995 , pp. 3-4 Lidar com a dor mostra bibliográfica Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa Tel.: 21 794 36 00 E-mail: [email protected] Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA Concepção gráfica GAIPE Imagem Microsoft Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa Tel.: 21 794 36 00 E-mail: [email protected] Mostra bibliográfica sobre Lidar com a dor Uma iniciativa da Divisão de Documentação Maio de 2011

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UNIVERSIDADE DE LISBOA “ A dor é o sintoma mais temido da doença. Não obstante esta GOMES-PEDRO, João Dor : do neurónio à pessoa / editores Toscano Rico, António Barbosa. - Lisboa : Permanyer Portugal, 1995 , pp. 3-4 Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa Tel.: 21 794 36 00 E-mail: [email protected] Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa Tel.: 21 794 36 00 E-mail: [email protected] No prefácio à obra: Imagem GAIPE Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação Microsoft

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“A dor é o sintoma mais temido da doença. Não obstante esta

realidade pouca atenção tem merecido da investigação

médica, até um passado recente. Por outro lado, a dor é um

fenómeno eminentemente pessoal, com determinantes

multifactoriais. A complexidade da fenomenologia da dor com

cambiantes fisiológicos, psicológicos, sociais e afectivos tão

significativos e mutantes, faz com que os seus horizontes

ultrapassem as fronteiras das disciplinas tradicionais. Nas

duas últimas décadas assiste-se a tentativas dos vários

sectores profissionais no sentido de protagonizarem liderança

na condução de estudo científico da dor. Anestesistas,

neurologistas, investigadores das áreas de biologia celular e

de farmacologia, psicólogos, cirurgiões e tantos outros,

lideram projectos de investigação e organizam núcleos de

intervenção face à dor. Na perseguição destes desideratos, a

própria evolução dos conceitos das diferentes disciplinas tem

influenciado, determinantemente, a intervenção clínica face à

dor. Antes de 1960, quase não se medicavam bebés em função

da dor, nomeadamente nos pós-operatórios. Assim, foi a

descoberta das competências infantis e a procura de uma

nova semiologia que fez alertar os pediatras para a

fenomenologia da dor sobretudo quando é suposto acontecer

dor no bebé pequeno. Tal como passou a ser um desafio para

os pediatras, a dor é, também, um desafio sempre novo para

todos os outros profissionais da saúde e das ciências aplicadas

à saúde. (…) O desafio é-o, também, para a pessoa que doente

ou não, experimenta dor no seu quotidiano tanto de uma

forma esporádica como de um modo contínuo e até

progressivo. (…) A expressão da dor é, porventura, o exemplo

mais exuberante das diferenças individuais. Os estudos

antropológicos mostram-nos como se evidenciam essas

diferenças face à dor num contexto tanto de macro como de

microculturas. A percepção da dor não poderá, assim, ser

entendida nomeadamente em função do estímulo ou de um

sistema de estímulos, mas antes, do conjunto de factores que

em função da pessoa e da sua circunstância, determinam a

sua individualidade e portanto a sua diferença.

GOMES-PEDRO, João

No prefácio à obra:

Dor : do neurónio à pessoa / editores Toscano Rico, António

Barbosa. - Lisboa : Permanyer Portugal, 1995 , pp. 3-4

Lidar com a dor

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Mostra bibliográfica sobre

Lidar com a dor

Uma iniciativa da

Divisão de Documentação

Maio de 2011

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