folheto patrimonio digital

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Sugestão de Leitura de Educação Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa Tel.: 21 794 36 00 E-mail: [email protected] Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA Concepção gráfica GAIPE Imagem Microsoft Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa Tel.: 21 794 36 00 Sugestão de Leitura— Educação Uma iniciativa da Divisão de Documentação Março de 2011 Carreras Monfort, Cèsar; Munilla Cabrillana, Glòria (2005) Patrimonio digital : un nuevo medio al servicio de las instituciones cultu- rales . Con la colaboración de Cristina Barragán Yebra y Núria Ferran Ferrer. Barcelona: Editorial UOC.

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UNIVERSIDADE DE LISBOA Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa Tel.: 21 794 36 00 Alameda da Universidade 1649-013 Lisboa Tel.: 21 794 36 00 E-mail: [email protected] Imagem GAIPE Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação Microsoft UNIVERSIDADE DE LISBOA UNIVERSIDADE DE LISBOA Concepção gráfica Recensão de Edma Satar, Bibliotecária Faculdade de Psicologia Instituto de Educação UNIVERSIDADE DE LISBOA

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Page 1: folheto patrimonio digital

Sugestão de Leitura de Educação

Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação

UNIVERSIDADE DE LISBOA

Alameda da Universidade

1649-013 Lisboa

Tel.: 21 794 36 00

E-mail: [email protected]

Faculdade de Psicologia | Instituto da Educação

UNIVERSIDADE DE LISBOA

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Faculdade de Psicologia | Instituto de Educação

UNIVERSIDADE DE LISBOA

Alameda da Universidade

1649-013 Lisboa

Tel.: 21 794 36 00

Sugestão de Leitura— Educação

Uma iniciativa da

Divisão de Documentação

Março de 2011

Carreras Monfort, Cèsar; Munilla Cabrillana, Glòria (2005)

– Patrimonio digital : un nuevo medio al servicio de las instituciones cultu-

rales . Con la colaboración de Cristina Barragán Yebra y Núria Ferran

Ferrer. Barcelona: Editorial UOC.

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Sugestão de Leitura

A mudança do paradigma tecnológico dos audiovisuais para o ambiente cibernético originou novos mo-dos de produção e distribuição do conhecimento, aumentando novas indústrias culturais. Segundo a Unesco, as indústrias culturais são uma das maiores fontes de riqueza e de postos de trabalho. Como os autores realçam na introdução, as indústrias culturais transmitem “valores que contribuyen a reforzar la cohesión social” [“valores que contribuem para reforçar a coesão social”](2005: 13). Para além das várias aplicações no sector tecnológico e aplicações digitais, aumentam a diversidade de serviços que os profis-sionais das tecnologias de informação e comunicação prestam ao público. Este desenvolvimento tecno-lógico deve ser analisado no contexto próprio, o da utilização das TIC e o do acesso à internet. Os utili-zadores usam a internet para vários fins, desde o correio electrónico ao e-comércio, passando pelo cam-po da educação e da formação. Mas, é no campo da documentação que mais se observa. Actualmente, verifica-se maior adesão no mundo da administração empresarial.

As primeiras aplicações informáticas nas instituições culturais verificaram-se nos museus e arquivos, principalmente na catalogação e no inventário das colecções. As primeiras bases de dados registaram a informação em texto ou números, seguindo-se o formato multimédia, tais como o audiovisual, o vídeo e a imagem e, presentemente, outras formas de linguagem. Algumas das aplicações de bases de dados foram padronizadas e permitiram o intercâmbio entre instituições, partilhando as tarefas de gestão das colecções, vulgarizado com o uso dos computadores. As técnicas de pesquisa faziam-se em SQL para consultar a documentação relativa à colecção do centro e aceder a outros recursos via Internet. A utili-zação do CD-ROM e sua substituição pelo DVD e desta para HTML diminuíram os custos no investi-mento das aplicações das tecnologias de informação e comunicação. Hoje em dia tanto os museus como outros centros de consulta bibliográfica organizam conferências nas quais se pode participar online. Os autores citam André Malraux que, numa atitude visionária propôs, em 1947, que o museu devia tornar-se numa instituição aberta à sociedade ultrapassando o espaço físico do edifício, preconizando o acesso virtual às colecções dos museus, porque uma das finalidades da revolução tecnológica é de facilitar o acesso aos bens culturais a baixo custo. A difusão das colecções destes centros deve ter também uma finalidade educativa, num tipo de aprendizagem não formal, combinando o didáctico com o entreteni-mento. A maior parte dos centros de património cultural são de pequenas dimensões, com poucos re-cursos económicos e estão dependentes das administrações locais e regionais. A internet veio dar vida a estes centros com muitos projectos a serem viabilizados. Outra área de interesse é a criação de roteiros culturais promovida pelo European Institute of Cultural Routes para ajudar a administração de novos itinerários temáticos.

A rápida expansão das tecnologias da informação e comunicação, para além de armazenar e difundir a

informação recorre à digitalização dos recursos com vista à conservação do património cultural, porque

não só proporciona melhor acesso ao património, como também intensifica a educação e o turismo, e o

desenvolvimento das indústrias de conteúdo electrónico. Os produtos digitais precisam de ser organiza-

dos segundo uma estrutura lógica. Existe legislação sobre direitos de autor para as obras que necessitem

autorização para serem digitalizadas. As obras digitalizadas poderão ser armazenadas num CD-ROM,

descritas e formato textual XML, codificadas em EAD (Encoded Archival Description), em EAC

(Encoded Archival Context) ou em MARC. A existência de várias linguagens XML levou a uma iniciativa

para facilitar a interoperabilidade, transferência e transporte da informação na recuperação da informação

por motores de busca, na catalogação e descrição dos conteúdos. O CIDOC CRM (Conceptual Referen-

ce Model) proporciona a descrição dos conceitos e relações explícitas e implícitas usadas na documenta-

ção do património cultural. O CRM consiste de sessenta e duas classes, com os seus próprios atributos.

As classes formam uma hierarquia e as subclasses permitem a especialização das superclases a que perten-

cem, embora tal dificulte a navegação virtual. Para que se tire toda a vantagem da visita virtual, a ciber-

museologia tenta desenvolver uma metodologia para avaliar os recursos, saber como se utilizam os espa-

ços virtuais. Os autores sugerem critérios gerais para desenhar informação nas webs, segundo quatro

perspectivas: de conteúdo, formal-técnico, navegação e cibermuseografia. Os recursos virtuais devem

poder ser acedidos nos diferentes espaços, para que se possam fazer as pesquisas em qualquer página Web

ou portal de diferentes programas. É possível recolher a opinião do público através de questionários m

linha, a fim de se poder obter um perfil sociológico do público que acede aos diferentes espaços virtuais.

Foram analisados vários projetos do Grupo Òliba no que respeita à realização de exposições, ao desenho

dos espaços, à difusão, à divulgação museológica, e à avaliação e estudo do público. A escolha do softwa-

re para a análise dos dados foi a primeira questão a ser avaliada através da compilação da informação e

recolha dos dados. Foram redefinidos critérios de análise estatística e novas perspectivas de programas a

levar a cabo. Cada exposição foi analisada de acordo com a história do caso apresentado, do desenho do

espaço virtual, da estrutura do património artístico, natural e etnográfico, roteiro e mapa turístico. As

exposições terminam com o modelo “Imágenes de piedra: mosaicos romanos de Túnez”, no qual se des-

creve o mosaico de estilo romano, a finalidade da exposição virtual, como se estrutura a Web (sendo que

um recurso Web está sempre em construção) e como se avaliaram os dados, terminando com uma inter-

pretação global. Destaca-se nesta obra a intenção de acelerar a introdução das tecnologias de informação

e comunicação em instituições culturais e compreender como funcionam os recursos digitais em ambien-

tes virtuais de museus. As reflexões finais permitem verificar como existe uma confluência entre o co-

nhecimento da cultura e as TIC, a interpretação do património, a museologia, a museografia, a didáctica

ou educação não formal.

Recensão de Edma Satar, Bibliotecária

Faculdade de Psicologia

Instituto de Educação

UNIVERSIDADE DE LISBOA