Follow Up copa do mundo

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FOLLOW-UP especial Copa do Mundo 2014 O novo Maracanã será palco do Mundial deste ano. #vaiterCopa >>> 5 Fatos políticos que marcaram o Brasil nos últimos 64 anos 1950 A primeira Copa no Brasil foi marcada pelo Maracanazzo Edição Especial - Junho/2014

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Revista especial sobre a Copa do Mundo.Não fez parte de trabalho acadêmico. Fiz apenas para treinar e desenvolver habilidades ao escrever e diagramar revistas.

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FOLLOW-UP especial Copa do Mundo

2014O novo Maracanã

será palco do Mundial deste ano.

#vaiterCopa

>>> 5 Fatos políticos que marcaram o Brasil nos últimos 64 anos

1950

A primeira Copa no Brasil foi marcada pelo Maracanazzo

Edição Especial - Junho/2014

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Follow-UP Especial Copa do MundoEDITORIAL / EXPEDIENTE

Universidade de Santo Amaro - UNISA

Follow-UP

Especial Copa do Mundo

De quatro em quatro anos o mundo para e acompanha pela TV, Internet, rádio e veí-culos impressos, a Copa do Mundo de Fu-tebol. No semestre passado, a Follow-UP despertou ainda mais uma paixão que já era antiga: por revistas. Resolvi juntar as duas. Este é o meu primeiro trabalho solo. Não está perfeito. Mas foi pensado e exe-cutado da melhor maneira possível.

Não é um trabalho de faculdade. E não me importo se 1 ou 50 pessoas irão ler. O importante, neste caso, é fazer. E montar uma revista não é fácil.

Coloquei em prática ensinamentos de seis semestres. Agradeço em es-pecial aos professores Anderson Gurgel, pela aulas de revista, e Eliza-beth Fantauzzi, pelas aulas de editoração.

O resultado é este!!! A Follow-UP Especial Copa do Mundo!

C o l o c a n d o em prática

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Idealização, textos e design

Diogo Marcondes

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Follow-UP Especial Copa do MundoÍNDICE

Comunicação Social - Jornalismo3

E MAIS:

Novo Maracanã - pág. 6

Lembra deles - pág. 7

Maracanazzo

pág. 4

5Fatos políticos que marcaram o Brasil entre 1950 e 2014

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Follow-UP Especial Copa do MundoPAÍS DO FUTEBOL

Universidade de Santo Amaro - UNISA

Do Maracanazzo, em 1950...

A Copa do Mundo voltou a ser disputada após 12 anos e a final do torneio deixou uma lição para os brasileiros e para o mun-

do: no futebol, não se ganha na vésperaDiogo Marcondes

Depois de uma interrup-ção forçada de 12 anos devido a Segunda Guer-

ra, a Copa do Mundo de futebol voltou a ser disputada em 1950. Devastada pelo conflito, a Euro-pa não tinha condições de rece-ber o torneio, que voltou para o seu continente de origem – a primeira Copa, em 1930, foi dis-putada no Uruguai. O Brasil foi escolhido o país-se-de do Mundial e trabalhou duro para que a competição fosse um sucesso. O Estádio do Mara-canã, que por muito tempo foi o maior estádio do mundo, foi construído especialmente para o mundial. No dia 24 de junho, a bola rolou oficialmente. Eram 13 seleções,

já que Escócia, Índia e Turquia haviam desistido de partici-par. Nos 22 jogos do Mundial, 88 gols foram marcados – uma média de quatro por partida, a quarta maior em todas as 19 edições já disputadas.

O Brasil na Copa

A seleção brasileira integrava o Grupo 1, ao lado de Iugoslá-via, Suíça e México. No jogo de abertura da competição, diante dos mexicanos no Maracanã, o Brasil venceu por 4 a 0 – dois de Ademir de Menezes, que seria o artilheiro do Mundial com nove gols. Na segunda partida, disputa-da no Pacaembu, em São Paulo,

um empate por 2 a 2 com a Suí-ça. No encerramento da primei-ra fase, voltando ao Maracanã, a seleção comandada por Flavio Costa passou pela Iugoslávia por 2 a 0, garantiu o primeiro lugar do grupo e avançou à fase seguinte. Naquela época não havia mata--mata como hoje. Brasil, Uru-guai, Suécia e Espanha disputa-ram um quadrangular final em que a equipe com mais pontos seria a campeã do mundo. O Brasil goleou Suécia e Espa-nha – 7 a 1 e 6 a 1, respectiva-mente. O Uruguai empatou com os espanhóis em 2 a 2 e superou os suecos por 3 a 2. Na última rodada, Brasil e Uruguai decidi-riam o título. À seleção brasilei-

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Comunicação Social - Jornalismo

ra, um empate era suficiente. No dia anterior à, o jornal “O Mundo” estampou uma foto dos jogadores da seleção com a frase “Estes são os campeões do mun-do”. Esqueceram de avisar ao Uruguai, que entrou em campo naquela tarde de 16 de julho de 1950 para entrar na história do futebol mundial. Juan Schiaffino e Alcides Ghig-gia calaram as 200 mil vozes que faziam a festa no Maracanã, es-pecialmente após o gol de Fria-ça, aos dois minutos do segundo tempo. Era o fim do sonho bra-sileiro. Era o início do pesadelo chamado Maracanazzo.

As seis sedes

Seis cidades receberam jogos da Copa do Mundo de 1950: Rio de Janeiro (Maracanã), São Pau-lo (Pacaembu), Belo Horizonte (Independência), Curitiba (Vila Capanema), Porto Alegre (Es-tádio dos Eucaliptos) e Recife (Ilha do Retiro). O Maracanã foi o palco prefe-rido da seleção brasileira. Foram cinco dos seis jogos no local – o outro foi disputado em São Pau-lo. No Independência, em Belo Horizonte, aconteceu o que para muitos é uma das maiores zebras da história das Copas – maior até do que a derrota do Brasil para o Uruguai na final. No dia 29 de junho, os Estados Unidos, do Soccer, venceram a Inglaterra, inventora do futebol, por 1 a 0.

Dezesseis seleções par-ticipariam da Copa do Mundo de 1950, mas

três delas desistiram de viajar ao Brasil. Vieram para cá: Itália, Suécia, Suíça, Espanha, Iugoslá-via e Inglaterra (Europa); Uru-guai, Chile, Bolívia e Paraguai (América do Sul); e Estados Unidos e México (América do Norte). A Turquia decidiu não jogar. A Escócia, que perdera uma parti-da para a Inglaterra, mas garan-tira vaga na segunda posição, também não quis vir. O motivo de desistência alegado pela Ín-dia é o mais bizarro: a Fifa não deixaria seus atletas jogarem descalços. A ausência de três seleções causou situações curiosas: os Grupos 1 e 2 eram compostos por quatro equipes. No grupo 3, o número caía para três. Já no grupo 4, onde estariam Escócia e Turquia, restaram apenas Uru-guai e Bolívia. Os uruguaios venceram os bo-livianos por 8 a 0 e avançaram ao quadrangular final jogando apenas uma partida. O restante da história você já leu no texto anterior.

Vamos todos ao

BrasilTrês seleções desis-tiram de disputar a Copa no Brasil em

1950

......

As 16 seleções

Brasil

Itália

Uruguai

Índia (desistiu)

Inglaterra

Iugoslávia

Estados Unidos

Escócia (desistiu)

Suécia

Chile

México

Torquia (desistiu)

Bolívia

Paraguai

Suíça

Espanha

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Universidade de Santo Amaro - UNISA6

A história da segunda Copa do Mundo no Brasil começou a ser es-

crita no dia no dia 30 de outubro de 2007. Naquela terça-feira, o Comitê Executivo da Fifa reu-nido na sede da entidade em Zurique, na Suíça, confirmou o Brasil como sede do Mundial de 2014. O país não tinha concor-rentes já que a Colômbia, outra pretendente a receber a compe-tição, havia desistido de sua can-didatura. "O país que produziu os me-lhores jogadores do planeta, que tem cinco títulos mundiais, terá o direito, mas também a res-ponsabilidade, de sediar a Copa em 2014", disse Joseph Blatter. A frase do presidente da Fifa é marcante. Quem achava que se-diar uma Copa seria algo fácil, se enganou. Mas talvez ninguém tenha er-rado tanto quanto o então téc-nico da seleção Dunga. "Vamos

fazer todos os esforços e cum-prir todas as metas estabelecidas pela Fifa para que o Brasil possa, como sempre fez em campo, dar espetáculo também em termos de organização". Como se sabe, fora de campo o espetáculo não foi dos melhores. As obras de infraestrutura pro-metidas não saíram do papel. O trem-bala que ligaria São Paulo ao Rio de Janeiro, prometido pela presidenda Dilma Roussef quando era ministra da Casa Ci-vil em 2009, ficará pronto ape-nas em 2020. O monotrilho em São Paulo, o Metrô de Salvador, a mobilidade urbana em Manaus - incluindo a reforma do porto da cidade - e em Natal e o aeroporto de Recife são exemplos de obras que não estarão prontas para a Copa do Mundo.

Nos sete anos que separaram a esco-lha do Brasil como sede da Copa de

2014 e a realização do evento muita

coisa mudou

...Ao novo Maracanã, em 2014

Maracanã foi praticamente reconstruído para o mundial

Erica Ramalho/Portal da C

opa / Creative C

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Comunicação Social - Jornalismo7

Mudar ou não mudar

A comitiva brasileira que este-ve em Zurique, na Suíça, quan-do o Brasil foi escolhido sede da Copa-2014 era composta, entre outros, pelo ex-jogador Romá-rio. O Baixinho é hoje um crí-tico ferrenho da realização do Mundial no Brasil. Ronaldo Fenômeno não esteve em Zurique, mas tornou-se um dos principais nomes da Copa ao ingressar no Comitê Organi-zador Local. Em maio, o maior artilheiro do Mundial se decla-rou, em sabatina ao jornal Folha de S. Paulo, envergonhado com as situações que cercam a rea-lização do torneio e criticou o Governo Federal da presidenta Dilma Roussef (PT). Dias antes Ronaldo declarou apoio ao pre-sidenciável Aécio Neves (PSDB)

Erica Ramalho/Portal da C

opa / Creative C

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ons

Os estádios

O Estádio do Morumbi, em São Paulo, seria o palco paulista na Copa do Mundo. Houve até festa e anúncio oficial no local, com a direito a torcedores ves-tidos com camisetas amarelas comemorativas. A ideia não vingou por problemas políti-cos e o estádio de São Paulo na Copa será a Arena de São Paulo, do Corinthians, inaugurada em maio deste ano. Na Bahia, a Arena Bahia seria construída e a previsão era de que fose entregue em 2011. O estádio não saiu do papel, a Fon-te Nova foi implodida em 2010 e em seu lugar foi erguida a Are-na Fonte Nova, inaugurada em abril de 2013. Em Natal, a Arena das Dunas foi inaugurada em janeiro deste

ano, mas a previsão inicial, em 2007, era a de que fosse constru-ído um estádio chamado Estrela dos Reis Magos, com previsão de inauguração em 2011 e ca-pacidade para 65.100 torcedores - muito superios aos 42.086 da Arena das Dunas. A Arena Recife-Olinda seria construída até 2011, mas não saiu do papel. O estádio de Per-nambuco na Copa será a Arena Pernambuco, localizada em São Lourenço da Mata, cidade da Grande Recife. O estádio com capacidade para 44.248 torcedo-res foi inaugurado em maio de 2013. ...

Efeitos sobre fotos. Foto 1: Sidney Lins Jr. , Foto 2: Agência Brasil / LicenciadasCreative Commons

Ministro do Esporte em 2007, Orlando Silva (PC do B) deixou o cargo em outubro de 2011. O motivo: o ministro foi denunciado como participante de um esquema que desviada dinheiro do pro-jeto Segundo Tempo, destinado a crianças carentes. Em seu lugar entrou Aldo Rebelo (PC do B). Em junho de 2012, o ex-ministro foi inocentado por falta de provas.

Em 2011, BBC leva ao ar denúncias contra Ricardo Teixeira. Segun-do a emissora britânica, Teixeira teria recebido dinheiro de forma irregular da empresa de marketing já falida ISL. Essas denúncias culminaram com a saída do ex-presidente da CBF, após 23 anos no cargo.

Lembra deles?

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5 Fatos políticos que marcaram o Brasil entre

1950 e 2014

Operários trabalham na construção do Palácio da Alvorada, em Brasília

Desde que o Brasil recebeu a Copa do Mundo pela primeira vez, em 1950, se

passaram 64 anos. Neste 2014, o país do futebol recebe novamente a principal competição esportiva do esporte número 1 do planeta. Neste hiato de pouco mais de seis décadas, a seleção brasilei-ra conquistou cinco Copas den-tro de campo (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002). Fora das quatro li-

nhas muita coisa também mudou: mudamos a capital, entramos na ditadura, vivenciamos eleições indiretas e diretas – esta segunda seguida de um impeachment – e, no ano do pentacampeonato, um operário chegou ao poder. Vale a penar ler esta edição espe-cial de Follow-UP sobre o Mun-dial e relembrar estes cinco fatos políticos – tal qual o penta na Copa – que marcaram o Brasil.

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1Reprodução / Arquivo Público / C

reative Com

mons

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1Capital da Esperança - 1960

A lei 2.874, de 19 de setembro de 1956, assinada pelo presidente recém-empossado Juscelino Ku-

bitschek, determinava que a nova Capital Federal seria construída “na região do Pla-nalto Central”. Quase quatro anos depois, em 21 de abril de 1960, a nova capital do país foi inaugurada. Duas pessoas foram importantes para a criação de Brasília: o urbanista Lucio Costa e o arquiteto Oscar Niemeyer. Eles projetaram a cidade que so-nhava se transformar em cidade do futuro.

2 Popularmente conhecido como Jango, João Goulart (foto) assumiu a presi-

dência do Brasil em 1961, após renúncia de Jânio Quadros. No

período em que governou o país, apresentou ao congresso as chamadas Reformas de Base, que incluíam, entre outras coisas, um debate acerca da Reforma Agrária – fantasma que até hoje amedronta governantes. Acusado de dialogar com o comunismo, Jango foi de-posto pelos militares em março de 1964. Iniciava-se um dos períodos mais conturbados e controversos da história brasileira, a ditadura militar, finalizada apenas em 1985.

Ditadura Militar - 1964-1985 Embora tenha havido movimento para que as eleições para presidente

da República fossem diretas, a primeira eleição pós-ditadura foi indireta. No colegiado do Congresso Nacional, Tancre-do Neves (foto) foi eleito pre-sidente ao derrotar Paulo Ma-luf por 480 votos contra 180, no dia 15 de janeiro de 1985. Tancredo não chegou a assu-mir o poder. Em 14 de mar-ço, dia anterior à posse como presidente, ele foi internado em estado grave. José Sarney, figura conhecida da política brasileira, então vice-presi-dente, assumiu o poder. No dia 21 de abril, Tancredo Neves faleceu em São Paulo.

Eleições - 1985

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Universidade de Santo Amaro - UNISA

4Eleições diretas - 1989

A eleição presidencial de 1989 foi a primeira em que o presidente se-

ria eleito por voto direto desde 1960. Vinte e dois candidatos concorreram ao posto político mais alto da nação. Fernando Collor de Mello (PRN) e Luiz Inácio Lula da Sil-va (PT) foram os mais votados no primeiro turno, em votação realizada no dia 15 de novem-bro de 1989. No segundo turno, realizado no dia 17 de dezem-bro, Collor (foto) venceu com 53,06% dos votos válidos contra 46,94% de Lula. O ex-governador de Alagoas assumiu a presidência no dia 15 de março de 1990. As medidas econômicas drásticas do chama-do Plano Collor e as denúncias

de corrupção fizeram a popula-ridade do então presidente cair acentuadamente. Em 29 de setembro de 1992, o Congresso Nacional decidiu pela aprovação do impeachment de Fernando Collor. Três me-ses depois, em 30 de dezembro, Collor renunciou ao cargo. Seu vice, Itamar Franco, assumiu a presidência.

Luiz Inácio Lula da Silva se destacou durante a di-tadura militar como um

grande líder sindical. Após o fim do tenebroso período militar, Lula candidatou-se à presidência da República em 1989, 1994 e 1998 sem sucesso.

5 Nas três eleições, o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) perdeu para Fernandos. Em 1989 para Fernando Collor e nas duas seguintes para Fernando Henrique Cardoso. As eleições de 2002 mar-caram o fim das derrotas nas dis-putas presidenciais. Tendo como oponente José Ser-ra (PSDB), Lula obteve 61,27% dos votos válidos contra 38,72% de Serra no segundo turno. “Se havia alguém no Brasil que duvidasse que um torneiro mecânico, saído de uma fábrica, chegasse à presi-dência da República, 2002 provou exatamente o contrário”, disse Lula ao ser diplomado em cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Lula Presidente - 2002

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