FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

21
0. Introdução O presente trabalho insere-se no âmbito do sistema de avaliação da disciplina de Fontes de Informação do Curso de Especialização em Ciências Documentais – opção de Biblioteca e Documentação, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, ministrada pela docente Dra. Elisa Cerveira. O impacto do alargamento e crescimento exponencial da chamada sociedade da informação e do conhecimento e, nomeadamente, do uso e aplicação da Internet tem vindo a obrigar os profissionais das ciências da informação a dedicar cada vez maior atenção a este fenómeno. Neste sentido, as fontes de informação disponíveis e tratadas pelos bibliotecários são afectadas por uma mudança de paradigma, passando de um modelo tradicional a uma existência e tratamento virtual. Ao bibliotecário caberá não somente a selecção das fontes de informação no ciberespaço mas, para além disso, a missão mais alta de seleccionar e filtrar a informação a disponibilizar aos leitores, estejam estes presencialmente ou virtualmente na biblioteca. Dado que estes exigem a informação permanentemente disponível e actualizada, as tarefas e trabalhos que ao bibliotecário são reclamados serão bastante laboriosos, mas não menos estimuladores e fascinantes como desafio. 0.1. Tema O trabalho subordina-se e é dedicado ao tema Arquivos de Etnomusicologia e revestirá a forma de um Guia, elaborado nos moldes e segundo metodologia que adiante serão apresentados.

description

Trabalho académico para o Curso de Especialização em Ciências Documentais - Opção Biblioteca e Documentação - da Faculdade de Letras da Universidade do Porto - Portugal

Transcript of FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

Page 1: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

0. Introdução

O presente trabalho insere-se no âmbito do sistema de avaliação da disciplina de Fontes de Informação do Curso de Especialização em Ciências Documentais – opção de Biblioteca e Documentação, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, ministrada pela docente Dra. Elisa Cerveira.

O impacto do alargamento e crescimento exponencial da chamada sociedade da informação e do conhecimento e, nomeadamente, do uso e aplicação da Internet tem vindo a obrigar os profissionais das ciências da informação a dedicar cada vez maior atenção a este fenómeno.

Neste sentido, as fontes de informação disponíveis e tratadas pelos bibliotecários são afectadas por uma mudança de paradigma, passando de um modelo tradicional a uma existência e tratamento virtual.

Ao bibliotecário caberá não somente a selecção das fontes de informação no ciberespaço mas, para além disso, a missão mais alta de seleccionar e filtrar a informação a disponibilizar aos leitores, estejam estes presencialmente ou virtualmente na biblioteca.

Dado que estes exigem a informação permanentemente disponível e actualizada, as tarefas e trabalhos que ao bibliotecário são reclamados serão bastante laboriosos, mas não menos estimuladores e fascinantes como desafio.

0.1. Tema

O trabalho subordina-se e é dedicado ao tema Arquivos de Etnomusicologia e revestirá a forma de um Guia, elaborado nos moldes e segundo metodologia que adiante serão apresentados.

A escolha do tema resulta de um interesse pessoal pela música popular indígena, dita música étnica, que não é toda a que nos últimos anos tem sido vendida segundo o rótulo de comercial "world music".

Simultaneamente, por ser a nossa formação de base a Antropologia e perante a impossibilidade de ingressar num curso de mestrado em Etnomusicologia em Portugal, por carência de formação musical de base, servirá este trabalho como exercício de aproximação à Etnomusicologia.

Page 2: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

1. Objectivos

O trabalho consistirá na pesquisa e recolha e selecção, na Internet, de fontes de informação em Etnomusicologia, constituídas por Arquivos Sonoros, ficando o âmbito especificamente restrito aos arquivos existentes nos países da comunidade europeia.

1.1. Objectivo geral

O presente trabalho tem como objectivo geral disponibilizar informações úteis para estudantes, músicos, investigadores ou outros interessados que pretendam consultar materiais sonoros de Etnomusicologia em Arquivos da especialidade.

1.2. Objectivos específicos

a) Facilitar a tarefa de pesquisa de fontes de informação em Etnomusicologia, reduzindo o investimento em tempo e energia necessário;

b) Fornecer ferramentas úteis de estudo e consulta em Etnomusicologia;c) Divulgar as instituições ou pessoas que possuem arquivos de

Etnomusicologia, promovendo assim esta disciplina;d) Descrever e avaliar as fontes de informação existentes na Internet sobre

Arquivos Sonoros de Etnomusicologia.

A disponibilização destas fontes de informação terá um alcance alargado porquanto as gravações sonoras dos etnomusicólogos em investigações e trabalhos de campo não andam, naturalmente, desgarradas da informação científica por eles produzida que, eventualmente, é publicada ou disponibilizada sob a forma de manuscritos, em variados suportes, nos arquivos. Portanto, não se dirigindo o trabalho à informação científica impressa, mas aos registos sonoros disponíveis nos arquivos, aquela será de igual modo mais facilmente acedida.

A escolha do tema resulta de um interesse pessoal pela música popular índigena, dita música étnica, que não é toda a que nos últimos anos tem sido vendida segundo o rótulo de comercial "world music".

Simultaneamente, por ser a nossa formação de base a Antropologia e perante a impossibilidade de ingressar num curso de mestrado em Etnomusicologia em Portugal, por carência de formação musical de base, servirá este trabalho como exercício de aproximação à Etnomusicologia, à guiza de catarse.

Page 3: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

2. Etnomusicologia

"Music is a means of understanding peoples and as such is a valuable tool in the analysis of culture and society"

Alan P. Merriam

"I am convinced that an anthropological approach to the study of all musical systems makes more sense of them than analysis of the patterns of sounds as things in themselves"

John Blacking

O termo etnomusicologia (ethno-musicology) surge em 1950 quando Jaap Kunst o usa para substituir o conceito de musicologia comparada. Desde então, tem sido objecto de várias tentativas de definição e, segundo Alan Merriam, nenhuma com sucesso.

A etnomusicologia estuda os comportamentos musicais e, resultante da interdisciplinaridade dos métodos de pesquisa que utiliza, tornou-se uma disciplina de mérito próprio pela produção literária científica que produziu desde o século XIX, quando ainda se chamava musicologia comparada.

Nas palavras de Merriam a "Etnomusicologia é abordável de duas direcções, a antropológica e a musicológica."1 Será natural que cada um dos especialistas destas áreas tente privilegiar os aspectos da sua própria disciplina, pelo que o objectivo ideal será a fusão das duas, difícil, contudo, de alcançar. Assim, a etnomusicologia começou por se concentrar sobre o som e a estrutura da música, enfatizando a componente musicológica e ignorando em grande parte a vertente antropológica dos fenómenos musicais.

A antropologia da música, sendo competência de musicólogos e antropólogos, proporciona, aos primeiros, a matriz pela qual os sons e os processos musicais são entendidos e, aos segundos, um melhor conhecimento dos produtos e dos processos de vida do homem, entendida a música como um outro elemento da complexidade comportamental do ser humano.

A etnomusicologia será, a esta luz, "o estudo da música na cultura."2 Esta definição implica, segundo Merriam, que a etnomusicologia será constituída pelos dois aspectos, musicológico e antropológico, e que a música (musical sound) é o resultado de processos do comportamento humano, o qual é construído e constituído pelos valores, atitudes e crenças do povo que pertence a determinada cultura.

Por forma a compreender porque é que uma estrutura musical existe como tal, torna-se necessário entender as razões do comportamento que a produzem, os conceitos que sujazem a esse comportamento e a forma como estão ordenados para produzirem uma forma particularmente desejada de sons organizados.

1 MERRIAM, Alan P. - The anthropology of music. [S. l.]: Northwestern University Press, 1964. P. VIII2 Idem - Ibidem. P. 6.

Page 4: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

Sendo a música também comportamento social, a etnomusicologia une e partilha com as ciências sociais e humanas os aspectos metodológicos e técnicos que estudam os factos e os processos, completando-os e conduzindo a um mais completo entendimento do comportamento humano.

As influências da etnomusicologia nas suas várias fases de desenvolvimento e nos seus métodos e técnicas vieram, não somente da musicologia e antropologia, mas igualmente dos folcloristas, linguistas, filólogos, sociólogos, psicólogos, historiadores, e dos estudos da cultura em geral.

A antropologia foi diminuindo a sua influência, "given the global scope of music technology and the fact that a great deal of musical communication is no longer face to face, but disembodied and transcultural."3

Ainda que seja antiga a ideia de uma etnomusicologia realmente ampla nas suas concepções, que incluísse aproximações sociológicas, e cujo estudo fosse toda a música do mundo, de qualquer época, só a partir dos anos 1980 é que começou a realizar-se.

A relativização das influências da semiótica e da antropologia e a sua contextualização no conjunto de outras aproximações que promoveram igualmente o seu desenvolvimento foi determinante para tal realização. Outros fenómenos actuais contribuíram para a afirmação da etnomusicologia, nomeadamente as migrações em grande escala, a comercialização e interesse pela world music e os cruzamentos culturais dos grandes centros urbanos.

Os termos “folk” ou “popular” tornaram-se obsoletos para designar os idiomas musicais locais, sendo agora propostos outros, como “vernacular” ou “cultura vernácula”, em sua substituição. Os estudos sobre música “culta” ocidental começam também a aparecer na disciplina, sendo ampliadas as conotações sociais e a dimensão de experiência de performance, tal como trabalhos sobre percepção e cognição, ao lado de aplicações informáticas. Assim se cerra a época em que se falava da musicologia histórica, da musicologia sistemática e da etnomusicologia com disciplinas separadas.

Por outro lado, os etnomusicólogos não somente se ocupam já da descrição e estudo de determinadas linguagens musicais – locais, regionais ou nacionais – como aprofundam cada vez mais as aproximações interculturais e os estudos comparativos. O campo de estudo foi ampliado para incluir temas como a ideologia, o género, as políticas culturais, e a sua relação com o fenómeno musical.

As diferenças internas da disciplina, com uma etnomusicologia americana e outra europeia, associadas a um modelo interpretativo e a um paradigma científico, têm vindo a ser atenuadas por intercâmbios entre as duas desde os anos 60 do século XX e são fracamente sustentadas, pela convergência verificada nos últimos anos. O hiato entre análise musical e social não é, consequentemente, tão vincado como no início, como resultado da percepção de necessariamente lidar com ambos os aspectos da música.

3PORTER, James - New perspectives in Ethnomusicology: a critical survey. http://www2.uji.es/trans/trans1/porter.html. p. 1.

Page 5: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

A expansão de multinacionais capitalistas da indústria de edição musical que exploram a world music coloca, por seu turno, novos desafios. A descontextualização da música a uma escala mundial é talvez o tema mais candente da actual etnomusicologia.

A investigação interpretativa tem agora que incluir o estúdio musical e o largo da aldeia, o músico individual e o grupo. “Hovering perpetually above these contexts is the ideological framework of music-making, and, no less, the political awareness and ethnical position of the researcher.”4

4 Idem – Ibidem. P. 5.

Page 6: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

3. Fontes de Informação

"Too much information is driving me insane"

Sting, grupo musical "The Police"

"Existem duas formas de saber: ou temos informação directa sobre um assunto ou sabemos onde procurá-la"

Bacon

O tipo de sociedade em que actualmente vivemos tem sido designada por sociedade pós-industrial ou sociedade da informação, por se achar esta em permanente estado de (r)evolução.

A chamada era ou sociedade da informação é caracterizada pelos seguintes factores5:

- crescimento contínuo do volume da informação de todos os tipos;- convergência das tecnologias associadas à criação, comunicação e

disseminação da informação;- consciencialização crescente da necessidade de uma gestão eficaz da

informação;- atribuição de maior importância à informação como recurso organizacional

fundamental.

A característica fundamental da sociedade da informação reside na substituição da força física e da energia pela informação, a grande força motriz da economia e do desenvolvimento.6

A explosão da informação em todos os sectores de actividade e na sociedade em geral tornam assim crucial a gestão da informação e a disponibilização de fontes de informação. São inúmeros os recursos de informação existentes no rápido e evolutivo mundo global da Internet.

Certos futuristas avançam mesmo a ideia de que, na Internet, com o desenvolvimento de ferramentas, as dificuldades dos utilizadores no processo de pesquisa de informação serão totalmente vencidas e, consequentemente, ultrapassada a necessidade dos bibliotecários.

Os especialistas de inteligência artificial, linguistas e cientistas da informação têm tentado continuamente "ensinar" os computadores a entender e executar as questões dos utilizadores, sem que se tenham realizado grandes progressos. Entretanto, os recursos e os fluxos de informação crescem a um ritmo alucinante e os utilizadores vêem-se desorientados com a sua incapacidade ou dificuldade em encontrar a informação útil que necessitam.5 CORREIA, Ana Maria Ramalho; CURTO, Maria João Marcelo - Fontes de informação em ciência e tecnologia: Química e Tecnologia Química. Lisboa: Centro para o Desenvolvimento e Inovação Tecnológica, 1986. P. 2.6 PORAT, N. U.; STONIER, T. Cit. por Idem - Ibidem.

Page 7: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

"It is becoming painfully obvious that librairian's skills in identification, evaluation, selection, organization and mediation of information resources are now more valuable than ever."7

A forma como os bibliotecários podem contribuir para o ambiente de informação on-line é a elaboração de guias de recursos da Internet por assuntos. O bibliotecário pode organizar os recursos de acordo com otema e providenciar informação avaliativa e descritiva, bem como instruções para o acesso a esses recursos.

A elaboração de fontes de informação, e a sua utilidade, pode ser exponencialmente optimizada pelo uso do conhecimento relacionado com as questões dos utilizadores, como modelo para a sua construção.

Os recursos informacionais da Internet não ocupam espaço físico em infraestruturas, são acessíveis simultaneamente por múltiplos utilizadores e, na maior parte, não tem custos. Por outro lado, certos recursos são dinâmicos e variam qualitativamente no tempo, alguns são de difícil acesso em determinados períodos do dia e outros requerem hardware e software específicos para serem acedidos.

Estas idiossincrasias devem, então, estar presentes no momento de desenvolver e implementar políticas de criação de colecções on-line.

7 MORVILLE, Peter S.; WICKHORST; Susan J. - Building subject-specific guides to Internet resources. Internet Research: Electronic Networking Application and Policy. 6, 4 (1996). P. 27.

Page 8: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

4. Metodologia

Por exigência académica, foram pesquisadas fontes de informação na Internet. Porém, reconhecemos a necessidade de, previamente, a elaboração de um Guia ter de partir da definição de um perfil com critérios de rigorosidade e de se considerar o formato a pesquisar, equacionando a possibilidade de poder estar a informação sobre determinado tema melhor disponibilizada em fontes publicadas.

Para a elaboração deste Guia, para servir como fonte de informação, seguimos a seguinte metodologia:

- Foi inicialmente seleccionado um tema que, como dissémos, é a pesquisa de Arquivos de Etnomusicologia na Internet.

- Dirigimos a pesquisa a um público-alvo formado por determinados tipos de utilizador: estudantes, músicos, etnomusicólogos, investigadores e estudiosos da cultura ou interessados em Etnomusicologia.

- Pesquisámos recursos disponibilizados por bibliotecas virtuais, directórios e motores de busca.

A grande vantagem das bibliotecas virtuais reside no facto de a informação disponibilizada estar identificada, seleccionada, avaliada e organizada e, por vezes, estarem os temas desenvolvidos em profundidade.

Nos directórios, a vantagem assenta na amplitude de abordagem de temas, tendo como inconveniente o facto de a informação disponibilizada nem sempre ser sujeita a tratamento, avaliação e organização e cobertura dos temas ser mais ampla que profunda.

Alguns motores de busca permitem dirigir e refinar as pesquisas à informação pretendida, por exemplo, pesquisar recursos em países especificados. No caso vertente, foi de importância capital esta ferramenta, dado o âmbito geográfico do trabalho.

- À medida que os sites foram visitados e os recursos encontrados e consultados, tomámos nota dos dados necessários à descrição, evitando assim perdas de informação e situações de dificuldade em voltar a um site anteriormente visitado.

- Após as estratégias de pesquisa, os sites disponíveis foram examinados e analisados, para determinar se cumpriam os critérios estabelecidos no âmbito do Guia, eliminando as informações duplicadas e indesejadas.

- Elaborámos uma grelha de análise dos recursos, a partir da qual foram colocadas questões ao recurso encontrado. Com esta ferramenta pretendemos fazer o levantamento de dados conducentes à descrição e avaliação dos recursos. (Conferir ANEXO A).

Page 9: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

- Seguidamente procedemos à descrição do recurso a partir de uma ficha de descrição, indicando o seu conteúdo, mencionando por exemplo, se é só textual ou incorpora imagens, se tem ficheiros audio ou vídeo, etc.

- Simultaneamente, fizémos uma avaliação do recurso, expressando a percepção da qualidade do mesmo.

Page 10: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

5. Guia de recursos

Page 11: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

Nome EndereçoURLContactoDescrição e recursosHard/software necessárioAvaliação

Nome EndereçoURLContactoDescrição e recursosHard/software necessárioAvaliação

Page 12: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

6. Conclusão

O trabalho que ora apresentamos serviu e funciona, essencialmente, como exercício académico prático que busca objectivos pedagógicos de sensibilização para os novos contornos da informação na sociedade e do papel permanente do bibliotecário. Como tal, não se esgotou pela exaustividade, sendo antes o resultado de uma inicial abordagem que poderá e deverá ser prosseguida em contexto profissional real.

Segundo ideia de Peter Drucker, o recurso económico básico, ou o meio de produção, para usar linguagem económica, é, já não o capital, nem os recursos naturais ou o trabalho. É e será o conhecimento, sendo este definido como informação efectiva em acção, informação dirigida a resultados.

O Guia resultante, esperamos, fornecerá respostas e informações úteis. Contudo, o que desejamos, para além dessa meta, é que constitua um meio para agitar a curiosidade que irá gerar novas questões. Então surgirá mais uma vez a utilidade do papel do bibliotecário que permanentemente terá a seu cargo a actualização e desenvolvimento de guias de informação. Por outro lado, sendo a Internet um fenómeno definido por variadíssimas características, principalmente pela sua dinâmica, a animação recíproca é que promoverá e provocará o desenvolvimento e optimização dos recursos.

Os bibliotecários podem prestar um serviço valioso às instituições e à comunidade global da Internet deslocando, ou melhor, alterando, as suas qualificações e funções da informação tradicional para o novo paradigma da informação. Assim, os bibliotecários assumirão a liderança, demonstrando o valor das suas qualificações na era da recuperação da informação on line.

Não está a cessar a era do bibliotecário mas, mais uma vez na história, a ser revolucionada a sua função.Ele não é agora o guardião dos recursos informativos num espaço físico determinado porque já é um disponibilizador de informação sobre a localização desses recursos.

Page 13: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALAS, Janet L. How to visit the libraries of the world without leaving home. Computers in libraries. Vol. 20, n.º 10 (Nov./Dec. 2000). ISSN 1041-7915. P. 58-60.

BLACKING, John - How musical is man? Seattle; London: University of Washington Press, 1973.

CORREIA, Ana Maria Ramalho; CURTO, Maria João Marcelo - Fontes de informação em ciência e tecnologia: Química e Tecnologia Química. Lisboa: Centro para o Desenvolvimento e Inovação Tecnológica, 1986.

HOFFMAN, David – Virtual libraries: the practical and the philosophical. Computers in libraries. Vol. 18, nº 10 (Feb. 1998). ISSN 1041-7915. P. 6.

MERRIAM, Alan P. - The anthropology of music. [S. l.]: Northwestern University Press, 1964.

MORVILLE, Peter S.; WICKHORST; Susan J. - Building subject-specific guides to Internet resources. Internet Research: Electronic Networking Application and Policy. 6, 4 (1996). ISSN 1066-2243. P. 27-32.

NOBLE, Cherrie – The end-user revolution. Computers in libraries. Vol. 18, nº 10 (Feb. 1998). ISSN 1041-7915. P. 51-54.

PORTER, James - New perspectives in Ethnomusicology: a critical survey. http://www2.uji.es/trans/trans1/porter.html. Acedido a 2001-07-02.

TERLAGA, Amy – Using the Internet to conduct library research. In FERRO, Frank; LUSHINGTON, Nolan – How to use the library: a reference and assignment guide for students. Westport, Connecticut; London: Greenwood Press, 1998. ISBN 0-313-30107-7. P. 51-61.

TSENG, Gwyneth; POULTER, Alan; HIOM, Debra – The library and information professional’s guide to the Internet. 2ª ed. London: Library Association Publishing, 1997. ISBN 1-85604-221-9.

Page 14: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

ANEXO A – GRELHA DE ANÁLISE DE RECURSOS

Os recursos disponibilizados pelas estratégias de pesquisa foram abordados e analisados a partir da colocação do seguinte conjunto de questões:

1. É um Arquivo constituído por uma pessoa ou instituição?

2. Dispõe de informação sobre Etnomusicologia?

3. A informação sobre Etnomusicologia é constituída por registos sonoros?

4. Os registos sonoros podem ser acedidos? Localmente ou on line?

5. A pesquisa e acesso à informação é gratuita ou paga? Em que modalidades?

6. O acesso à informação obriga o utilizador a ter software ou hardware específico?

7. Qual a actualidade da informação disponibilizada pelo site e com que frequência é actualizada?

Page 15: FONTES DE INFORMAÇÃO DE ETNOMUSICOLOGIA NA INTERNET

0. Introdução............................................................................................................................10.1. Tema..........................................................................................................................................1

1. Objectivos...........................................................................................................................21.1. Objectivo geral................................................................................................................................21.2. Objectivos específicos....................................................................................................................2

2. Etnomusicologia.................................................................................................................3

3. Fontes de Informação........................................................................................................5

4. Metodologia........................................................................................................................7

5. Conclusão...........................................................................................................................9

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................10

ANEXO A – GRELHA DE ANÁLISE DE RECURSOS....................................................11