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    244 Rev Bras Med Esporte _Vol. 10, N 4 Jul/Ago, 2004

    muitas vezes no coincidem no tempo para as diversas orienta-es de cargas de treinamento, ou seja, existe um heterocronis-mo destas medidas e uma sensibilidade diferenciada entre elaspara uma mesma predominncia de orientao de carga, tanto notocante cronologia, associao e relao entre as distintas medi-das, quanto, ainda, na possibilidade de predio de uma variveldependente como, por exemplo, a performancena corrida(27-30).

    A planificao no treinamento do basquetebol requer uma aten-o especial a fim de que se possa realizar uma temporada efi-caz(31). Alguns autores tm publicado suas concepes de organi-zao do treinamento(20,24,32)bem como as alteraes da aptido

    durante a temporada(19-21,26)ou ainda em algum momento especfi-co da mesma(33). No entanto, estudos que demonstram os perfismotores dos atletas de basquetebol de alto nvel so surpreenden-temente escassos, bem como os estudos sobre os diversos efei-tos de treinamento em atletas de elite tambm carecem de inves-tigao(34).

    O possvel efeito posterior duradouro de treinamento [EPDT](24,35-38), resultante da utilizao das cargas concentradas, no tem sidoalvo de publicaes e elucidaes no que concerne ao basquete-bol brasileiro, bem como ao basquetebol internacional.

    Assim sendo, este estudo buscou observar: 1) as possveis alte-raes e a dinmica das distintas manifestaes de fora medidaspor quatro diferentes tipos de saltos (salto vertical com contramo-

    vimento [SV], salto horizontal [SHP], salto horizontal triplo conse-cutivo para a perna direita [STCD] e salto horizontal triplo consecu-tivo para a perna esquerda [STCE]) em distintas etapas datemporada (oito momentos distintos) para um grupo de basquete-bolistas de alto nvel submetidos ao sistema de treinamento embloco (cargas concentradas), e 2) a possibilidade de obter pontual-mente (etapa de competio) o EPDT para estas medidas estuda-das.

    METODOLOGIA

    Caracterizao da amostra

    Doze atletas de uma equipe participante do campeonato paulis-ta da diviso principal (A1) foram inicialmente selecionados para opresente estudo. No entanto, apenas oito cumpriram integralmen-te a preparao e, portanto, foram objetos de estudo. Os oito atle-tas efetivamente estudados apresentaram idade variando entre 19e 30 anos, mdia de 23,5 anos, peso corporal entre 78 e 130kg,mdia de 98,75kg e estatura entre 172 e 210cm, mdia de 198,5cm.Todos os atletas preencheram termo de consentimento livre e es-clarecido antes da participao no estudo, o qual se constitua deum componente regular da preparao. Todos os atletas estavamfamiliarizados com os testes, procedimentos de controle e com osistema de treinamento (cargas concentradas).

    Testes Foram utilizados os seguintes exerccios de controle:

    Fora explosiva horizontal

    Salto horizontal parado (SHP): atleta em p, ps ligeiramenteafastados e paralelos, ponta dos ps atrs da linha. O atleta reali-zou um balano dos braos como movimento preparatrio, semi-flexionando os joelhos. O salto foi realizado lanando os braospara frente, estendendo o quadril, joelhos e tornozelos. O atletarealizou trs tentativas, sendo considerada a melhor delas.

    Fora explosiva vertical

    Salto vertical contramovimento no tapete de contato ErgoJump(SV):o salto foi realizado, utilizando-se da tcnica do con-tramovimento. O movimento dos braos no foi permitido. O atletafoi orientado a fixar as mos sobre o quadril, iniciando e finalizandoo exerccio com os ps apoiados no interior da rea do tapete decontato (TC). O atleta manteve os joelhos estendidos durante a

    fase area do salto, a fim de evitar erros na medio. O atleta rea-lizou trs tentativas, sendo considerada a melhor delas.

    Fora rpida de membros inferiores

    Salto horizontal triplo consecutivo lado esquerdo (STCE) e sal-

    to horizontal triplo consecutivo lado direito (STCD):atleta posi-cionado em afastamento ntero-posterior, joelhos levemente fle-xionados, atrs da linha de sada. Como preparao para o salto, oatleta realizou uma transferncia de peso para a perna de trs e,em seguida, iniciou o exerccio. O movimento dos braos foi livree auxiliou na execuo do movimento. Aps o primeiro impulso, oatleta tocou o solo pela primeira vez, sendo isso considerado oprimeiro salto; realizou ento a repulso, com uma passagem brusca

    e rpida do amortecimento para a superao. O atleta foi orientadono sentido de realizar os saltos continuamente sem paralisaesentre um e o outro. A distncia de salto foi medida a partir da pontado p da frente (posio inicial) at o calcanhar mais prximo dalinha de sada ao finalizar o terceiro salto. O atleta realizou trstentativas com cada perna, sendo considerada a melhor marca deSTCD e STCE.

    Todos os testes de saltos utilizados no presente estudo apre-sentam confiabilidade e reprodutibilidade relativamente altas(1). Ostestes foram selecionados a partir de baterias de testes ampla-mente conhecidas(39,40)e utilizadas nos mais diversos estudos rela-cionados s medidas de fora de salto(41,42).

    A coleta dos dados foi realizada pelo mesmo avaliador em todosos testes e para todos os momentos (oito) de coleta do presente

    estudo. Os testes foram aplicados sempre no horrio habitual detreino da equipe estudada e com aquecimento padronizado. A se-qncia de aplicao dos exerccios de controle foi a seguinte: SV,SHP, STCD, STCE.

    Controle das medidas de fora (testes de saltos)

    Este estudo investigou o comportamento das medidas de foranos seguintes momentos:

    1omacrociclo com durao de 23 semanas

    Incio do bloco de cargas concentradas de fora (T0) Final do bloco de cargas concentradas de fora (T1) Final da competio I (T2)

    2omacrociclo com durao de 19 semanas Incio do bloco de cargas concentradas de fora (T0) Final do bloco de cargas concentradas de fora (T1) Incio da competio II (T2) Final do primeiro turno da competio II (T3) Final do segundo turno da competio II (T4)

    Desenho experimental

    Na estruturao do modelo, os macrociclos de treinamento fo-ram divididos em ETAPA BSICA (cargas concentradas de fora),ETAPA ESPECIAL (cresce o volume de utilizao dos exerccios develocidade e maior intensidade metablica) e ETAPA DE COMPE-TIO.

    A etapa bsica (bloco de cargas concentradas de fora) foi ca-racterizada pela preparao morfofuncional do organismo para umregime especfico de velocidade. Dada tarefa foi cumprida predo-minantemente pelos meios de preparao de fora especial (PFE),objetivando possveis reestruturaes morfolgicas do organismo.Nesta etapa (bsica) as cargas concentradas de fora, segundo osconceitos do sistema(23,24,35-38), devem ser desenvolvidas no inciodo macrociclo e consolidadas por meio de cargas especficas ex-tensivas em etapas subseqentes.

    No tocante etapa especial, frisa-se o papel fundamental de elode ligao entre a etapa bsica e de competio.

    As cargas de treinamento, na etapa especial, possuem um car-ter de interconexo voltado adaptao do organismo para umregime de incremento gradual de realizao dos exerccios em alta

    velocidade, preparando-o, assim, para o estado de alta forma com-petitiva que deve ser alcanado na etapa de competio.

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    A etapa de competiofoi planejada para efetivamente se tor-nar o meio principal de estimulao do aumento da capacidade detrabalho especial atravs do aumento da velocidade de realizaodo exerccio desportivo fundamental (especfico).

    O ciclo anual constituiu-se de dois macrociclos de treinamento(estruturao bicclica) com durao de 43 semanas, assim distri-budas: 23 semanas no 1omacrociclo da preparao, uma semanade restabelecimento/transio e 19 semanas destinadas ao 2o

    macrociclo. A PFE foi norteada pelo sistema de seqncia conju-gada(24,43), respeitando-se os objetivos relacionados preparaoprvia do sistema locomotor a um trabalho intenso ulterior e, tam-

    bm, a aquisio de uma tcnica correta de execuo para os exer-ccios de carter reativo, utilizados na programao.

    O 1o macrociclo teve a seguinte organizao temporal: etapabsica = 8 semanas, etapa especial = 2 semanas, etapa de com-petio = 13 semanas; o 2omacrociclo: etapa bsica = 3 semanas,etapa especial = 3 semanas e etapa de competio = 13 semanas.A organizao dos meios de PFE e a concentrao caractersticado sistema de treinamento em bloco so demonstradas nos qua-dros 1 e 2.

    TABELA 1Mediana, semi-amplitude interquartlica, valores mnimos e

    mximos da alterao da fora rpida (STCD) 1omacrociclo

    T0 T1 T2

    STCD (m) 7,50 0,51 7,88 0,205 7,77 0,32(6,45~8,05) (7,66~8,75) (7,65~8,55)

    T0 * *

    T1 *

    T2 *

    * significante (p < 0,05)

    Anlise estatstica

    Para a anlise descritiva dos dados, foram empregados os valo-res mnimos, mximos, bem como a mediana e semi-amplitudeinterquart lica e os percentis 25 e 75. Utilizou-se o teste de ordena-o sinalizada de pares combinados de Wilcoxon a fim de determi-nar o nvel de significncia das diferenas entre os escores dos

    atletas nos diferentes momentos de avaliao. O grau de signifi-cncia empregado foi de p < 0,05.

    RESULTADOS

    A alterao positiva e estatisticamente significante de T0 paraT1 (aps as cargas concentradas de fora) e T0 para T2 (do inciodo macrociclo para o final de competio) demonstrada na tabela1 para STCD, representado a dinmica da fora rpida no 1omacro-ciclo de treinamento. No entanto, no foram observadas altera-es significantes dos resultados de STCD entre T1 e T2. Nota-seainda a diminuio do valor da mediana de T1 para T2.

    No grfico 1 observa-se tendncia de queda de T1 para T2 no 1omacrociclo; no 2omacrociclo de treinamento pode-se perceber umatendncia de queda em T4II em relao a T3II, ou seja, do final doprimeiro turno da competio (T3II) para o final do segundo turno(T4II). Mesmo com esta tendncia de queda, verificam-se no grfi-co 1 melhorias por volta de 20%, com valor de tendncia centraldo grupo (mediana) na faixa de 6% para o primeiro macrociclo eem torno de 10-15% para o maior valor e mediana por volta de 8%no segundo macrociclo.

    A alterao positiva e estatisticamente significante de T0 paraT1 (aps as cargas concentradas de fora) e T0 para T3 (final doprimeiro turno da competio) e T0 para T4 (do incio para o final dosegundo turno da competio) demonstrada na tabela 2 paraSTCD, representando a dinmica da fora rpida no 2omacrociclo.

    Tambm se observa alterao significante de T2 (final da etapaespecial cargas concentradas de velocidade) para T3 e T4 (finaldo primeiro e segundo turnos respectivamente).

    A alterao positiva e estatisticamente significante de T0 paraT1 (aps as cargas concentradas de fora) e T0 para T2 (do inciodo macrociclo para o final da competio) demonstrada na tabela

    3 para STCE, representado a dinmica da fora rpida no 1o

    macro-ciclo. Diferentemente de STCD, no 1omacrociclo (tabela 1) verifi-

    QUADRO 1Concentrao das cargas de treinamento de diferente orientao funcional meios da PFE e percentual do volume global de saltos (VGS) 1 omacrociclo

    AGCB = agachamentos com barra, SCB = saltos com barra, SBI = saltos de baixa intensidade,VGS = volume global de saltos.

    Concentrao das cargas de treinamento de diferente orientaofuncional no macrociclo de preparao

    0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% 120,00%

    VGS

    SBI

    SCB

    AGCB

    Bsica Especial Competio

    QUADRO 2Concentrao das cargas de treinamento de diferente

    orientao funcional meios da PFE e percentual do volumeglobal de saltos (VGS) 2omacrociclo de preparao

    SCAC = saltos com acelerao, AGCB = agachamentos com barra, SPs = saltos profundos, SCB= saltos com barra, SBI = saltos de baixa intensidade, VGS = volume global de saltos.

    0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00% 120,00%

    VGS

    SBI

    SCB

    SPs

    AGCB

    SCAC

    bsica especial competio

    Concentrao das cargas de treinamento de diferente orientao funcional

    no macrociclo de preparao

    -5,00

    0,00

    5,00

    10,00

    15,00

    20,00

    25,00

    T0 T1 T2 T0II T1II T2 II T3 II T4 II

    Controle

    Mnimo

    Percentil

    25

    Mediana

    Percentil

    75

    Mximo

    Grfico 1 Dinmica de alterao da fora rpida (STCD) ao longo do ciclo

    anual (primeiro e segundo macrociclos; T0II, corresponde ao incio do se-

    gundo macrociclo): menor valor, percentil 25, mediana, percentil 75 e maior

    valor.

    Dinmica de alterao do salto triplo (STCD)

    Diferenapercentual

    Controle

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    ca-se diferena estatisticamente significante de T1 (aps as car-gas concentradas de fora) para T2 (final de competio primeiromacrociclo).

    TABELA 4Mediana, semi-amplitude interquartlica, valores mnimos emximos da alterao da fora rpida (STCE) 2omacrociclo

    T0 T1 T2 T3 T4

    STCE (m) 7,82 0,375 8,22 0,544 7,87 0,490 8,55 0,525 8,70 0,689(5,81~8,58) (5,75~8,74) (5,64~8,81) (6,12~9,32) (6,14~9,10)

    T0 * *

    T1 *

    T2 * *

    T3 * * *

    T4 * *

    * significante (p < 0,05)

    TABELA 5Mediana, semi-amplitude interquartlica, valores mnimos e mximos

    da alterao da fora explosiva vertical (SV) 1omacrociclo

    T0 T1 T2

    SV (cm) 44,10 1,5 47,30 4,0 40,75 5,0(35,4 ~ 45,3) (34,0~50,8) (25,5~50,0)

    T0

    T1 *

    T2 *

    * significante (p < 0,05)

    TABELA 6Mediana, semi-amplitude interquartlica, valores mnimos e mximos

    da alterao da fora explosiva vertical (SV) 2omacrociclo

    T0 T1 T2 T3 T4

    SV (cm) 40,75 5,02 43,10 3,92 42,25 5,75 47,70 6,40 47,70 4,75(25,6~50,0) (29,2~52,9) (30,7~54,7) (32,0~55,5 ) (31,9~58,5)

    T0 * * * *

    T1 * * *

    T2 * *

    T3 * * *

    T4 * *

    * significante (p < 0,05)

    TABELA 2Mediana, semi-amplitude interquartlica, valores mnimos e

    mximos de alterao da fora rpida (STCD) 2omacrociclo

    T0 T1 T2 T3 T4

    STCD (m) 7,65 0,23 8,03 0,15 7,71 0,38 8,63 0,5 8,11 0,61(5,59~8,50) (5,71~8,47) (5,79~8,50) (6,00~8,78) (5,95~9,00)

    T0 * * *

    T1 * *

    T2 * *

    T3 * * *

    T4 * *

    * significante (p < 0,05)

    TABELA 3Mediana, semi-amplitude interquartlica, valores mnimos emximos da alterao da fora rpida (STCE) 1omacrociclo

    T0 T1 T2

    STCE (m) 7,65 0,375 7,90 0,29 7,96 0,45(7,25~8,28) (7,75~8,85) (7,40~8,75)

    T0 * *

    T1 * *

    T2 * *

    * significante (p < 0,05)

    Diferentemente do primeiro macrociclo (tabela 3) observa-se,na tabela 4, que a alterao significante de STCE no segundo ma-crociclo somente foi verificada entre T0 e T3; T0 e T4, ou seja,mesmo havendo incremento dos valores de STCE de T0 para T1, aanlise estatstica no considerou a alterao significante.

    No grfico 2 observa-se tendncia de queda de T1 para T2 no 1o

    macrociclo; no 2omacrociclo, no entanto, pode-se perceber umatendncia de incremento em T4II em relao a T3II, ou seja, dofinal do primeiro turno da competio (T3II) para o final do segundoturno (T4II). Verifica-se no grfico 2 uma mudana da curva, comtendncia a queda, aps a etapa especial (T2II), e, por outro lado,

    verificam-se os maiores valores de STCE durante a etapa de com-petio (T3 e T4).

    A tabela 5 demonstra a ausncia de incrementos significativospara SV no 1omacrociclo e, ainda, aponta para uma queda signifi-cante de T1 para T2.

    Diferentemente da tabela 5 (primeiro macrociclo) observa-se natabela 6 alterao significante de T0 para T1, para T2, T3 e T4.Notam-se, ainda, diferenas significantes de T1 para T4, e T2 paraT3.

    O grfico 3 demonstra tendncia de queda de SV ao final do 1 o

    macrociclo, assim como aps as cargas concentradas de velocida-de (T2II) no 2omacrociclo. notrio o incremento significativo deSV ao final da etapa de competio.

    A tabela 7 demonstra incrementos significativos de SHP apsas cargas concentradas de fora no 1o macrociclo (T0 para T1),porm, revela queda significante de SHP em T2.

    A tabela 8 demonstra alterao significante de SHP aps as car-

    gas concentradas de fora no primeiro macrociclo (T0 para T1),assim como de T0 para T3 e para T4.

    -10,00

    0,00

    10,00

    20,00

    T0 T1 T2 T0II T1II T2 II T3 II T4 II

    Controle

    Mnimo

    Percentil 25

    Mediana

    Percentil 75

    Mximo

    Grfico 2 Dinmica de alterao da fora rpida (STCE) ao longo do ciclo

    anual (primeiro e segundo macrociclos; T0II corresponde ao incio do se-

    gundo macrociclo): menor valor, percentil 25, mediana, percentil 75 e maior

    valor.

    Dinmica de alterao do salto triplo (STCE)

    Controle

    Diferena

    percentual

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    TABELA 7Mediana, semi-amplitude interquartlica, valores mnimos e mximos

    da alterao da fora explosiva horizontal (SHP) 1omacrociclo

    T0 T1 T2

    SHP (m) 2,57 0,085 2,68 0,09 2,60 0,13(2,45~2,85) (2,60~2,85) (2,43~2,84)

    T0 *

    T1 * *

    T2 *

    * significante (p < 0,05)

    TABELA 8Mediana, semi-amplitude interquartlica, valores mnimos e mximos

    da alterao da fora explosiva horizontal (SHP) 2omacrociclo

    T0 T1 T2 T3 T4

    SHP(m) 2,53 0,11 2,51 0,23 2,52 0,14 2,58 0,16 2,55 0,22(1,90~2,85) (2,01~3,06) (2,03~3,00) (2,01~3,08) (1,96~3,10)

    T0 * * *

    T1 * *

    T2 * * *

    T3 * *

    T4 * *

    * significante (p < 0,05)

    O grfico 4 demonstra a mesma tendncia das demais medidasde fora no tocante ao final do 1omacrociclo; no entanto, observa-se tendncia a queda de T3II para T4II, atingindo os maiores valo-res ao final do primeiro turno da competio do 2omacrociclo.

    DISCUSSO

    Grupos adicionais (grupo controle ou outro grupo com organiza-o de cargas diferenciada daquela utilizada no presente estudo)no foram utilizados com o objetivo de contrastar com o sistemade cargas concentradas, visto que o objetivo deste estudo no foicomparar resultados com outros sistemas de organizao de car-gas, mas, sim, mediante uma razovel e importante validade ex-terna, observar a possibilidade de utilizao de uma metodologiade organizao de cargas (concentradas) pouco discutida e eluci-dada no que tange ao conhecimento cientfico, principalmente para

    os jogos desportivos.Assim, considerando os resultados apresentados e analisando atabela 1, parece razovel assumir a tendncia de aumento das pos-sibilidades de manifestao da fora rpida no basquetebol apsas cargas concentradas de fora, diferentemente dos estudos apre-sentados por Siff e Verkhoshansky(43), Tschiene(38)e Verkhoshans-ky(35-37), nos quais so demonstradas alteraes prolongadas e pro-fundas e, em conseqncia, uma diminuio dos ndices funcionaispor causa da aplicao de cargas de notvel volume concentrado.

    Alteraes significantes de T1 para T2 no foram observadas,podendo-se supor que as cargas de competio, realizadas nesteprimeiro macrociclo do ciclo anual, no contriburam para o aper-feioamento e sustentabilidade da fora rpida no que diz respeitoao STCD. Mesmo assim observam-se para T2 alteraes positivassignificantes em relao a T0.

    No grfico 1 observa-se essa tendncia de queda de T1 para T2no 1omacrociclo; no 2omacrociclo pode-se perceber uma tendn-cia de queda em T4II em relao a T3II, ou seja, do final do 1oturnoda competio (T3II) para o final do 2oturno (T4II).

    Esses achados demonstram claramente que, aps uma altera-o percentual importante em T3II, comprometeram-se as proba-bilidades de incremento da fora rpida, em razo, possivelmente,da concentrao volumosa de cargas de competio e de veloci-dade ou, ainda, de uma ineficaz organizao das cargas de foranessa etapa. As cargas de fora neste instante (T4II) tm por obje-tivo principal, em conjunto com as cargas de elevada intensidademetablica, atuar no sentido de manter os ndices alcanados atra-

    vs da denominada tonificao neuromuscular.Aps o bloco de fora, no primeiro macrociclo, observaram-semelhorias acima de 20%. Para o segundo bloco de fora do cicloanual, o valor mximo alcanado foi prximo de 6%, indicando aexplorao da reserva atual de adaptao (RAA) e corroborando oprprio conceito, que sugere um incremento funcional cada vezmenor, na medida em que se aumenta a capacidade especial detrabalho(35,43).

    Assumindo-se que o sistema de treinamento em bloco implica acriao de um efeito residual em funo das alteraes morfofun-cionais advindas das cargas anteriores, maximizando as cargassubseqentes, pode-se admitir que a queda de STCD, durante ofinal da etapa de competio, no necessariamente seja uma dimi-nuio da capacidade especial de trabalho, mas, sim, um ajuste scargas predominantes nesse exato momento; cargas estas, quepossuem, ento, outro objetivo bem definido, que a realizaodo exerccio competitivo fundamental com velocidade mxima econseqentemente aproximao do xito desportivo.

    A significncia estatstica no tocante alterao entre T1 e T2,apresentada para STCE no primeiro macrociclo (tabela 3), no revelada para STCD durante o mesmo perodo. Apesar de apre-sentarem alteraes positivas com significncia estatstica entreT0 e T1, o STCE e STCD, diferem em relao comparao dobloco de fora com a primeira etapa de competio do ciclo anual.

    Essas alteraes indicam uma adaptao compensatria distin-ta para a denominada perna de apoio, pois todos os desportistasavaliados neste estudo eram destros, portanto, cabendo perna

    esquerda a maior solicitao, principalmente durante as etapas deconcentrao de exerccios especiais e especficos (etapa espe-

    -10,00

    0,00

    10,00

    20,00

    30,00

    T0 T1 T2 T0II T1II T2

    II

    T3

    II

    T4

    II

    Mnimo

    Percentil 25

    Mediana

    Percentil 75

    Mximo

    Grfico 3 Dinmica de alterao da fora explosiva (SV) ao longo do cicloanual (primeiro e segundo macrociclos; T0II corresponde ao incio do se-

    gundo macrociclo): menor valor, percentil 25, mediana, percentil 75 e maior

    valor.

    Dinmica de alteraodo salto vertical (SV)

    Diferena

    percentual

    Controle

    -5,00

    0,00

    5,00

    10,00

    T0 T1 T2 T0II T1II T2 II T3 II T4 II

    Mnimo

    Percentil 25

    Mediana

    Percentil 75

    Mximo

    Grfico 4 Dinmica de alterao da fora explosiva (SHP) ao longo do

    ciclo anual (primeiro e segundo macrociclos; T0II corresponde ao incio do

    segundo macrociclo): menor valor, percentil 25, mediana, percentil 75 emaior valor.

    Dinmica de alteraodo SHP

    Diferena

    percentual

    Controle

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    cial e etapa de competio), nas quais houve um considervel au-mento de realizao de aes motoras de jogo, ou muito seme-lhantes, que por sua vez estimularam essa maior solicitao noque tange prpria utilizao predominante de um membro emrelao ao outro.

    Embora sejam observados incrementos significantes entre T0 eT1 (1o macrociclo), ainda assim faz-se necessrio ressaltar tam-bm uma tendncia de queda do STCE, quando comparados osvalores de T1 e T2. Portanto, razovel especular que as cargasde competio no representaram o estmulo necessrio para oaumento da capacidade de manifestar a fora rpida, em seu maior

    nvel de possibilidade, durante a etapa de competio no 1omacro-ciclo ou, ainda, que os exerccios de preparao de fora especial(PFE), utilizados durante a etapa de competio, no cumpriram oseu papel, juntamente com as cargas competitivas de sustenta-o do nvel adquirido decorrente do bloco de cargas concentradasde fora.

    Diferentemente, as respostas de adaptao no 2omacrocicloparecem evidenciar alteraes mais importantes e pontuais no to-cante STCE.

    Observa-se no grfico 2 um incremento da mediana no 2 oma-crociclo (T0II-T1II), porm aumentos no to relevantes para osdiferentes pontos analisados e, ainda, ao observar-se atentamentea tabela, fica claro que neste momento a tendncia passa a se

    aproximar da reportada pela literatura especializada(35-38,43)

    , pois nose verifica alterao estatisticamente significante de T0 para T1(2o macrociclo). No grfico 2, ressaltam-se alteraes negativaspara o menor valor e percentil 25 e alteraes positivas discretaspara a mediana (prxima de 2%) e para um maior valor por volta de3% no 2omacrociclo.

    Por outro lado, evidencia-se ao final do macrociclo (T4II) a ob-teno do EPDT coincidindo com o momento mais importante daprogramao. A tabela 4 sustenta essas afirmaes, pois demons-tra alterao estatisticamente significante entre T0 e T3, T0 e T4 e,ainda, entre T2 e T3 e T2 e T4, evidenciando a expresso pontualdo EPDT para STCE.

    A utilizao, neste 2 macrociclo, de meios e mtodos de maiorpotencial de carga parece ter possibilitado modificaes morfol-

    gicas mais importantes, que resultaram em aprimoramento e sus-tentao da fora rpida em um nvel superior ao do 1omacrociclo.Esta introduo de meios com maior potencial de treinamento podese exemplificar analisando o quadro 2 quando da utilizao dossaltos profundos no 2omacro, o que no ocorreu no 1omacrociclo(quadro 1). Tal fato evidencia o cumprimento efetivo do princpioda sucesso e interconexo, e somente pde acontecer mediantea possibilidade de realizar um 2omacrociclo no ciclo anual.

    As alteraes percentuais acima de 10% (T0II/T4II) e levementesuperiores faixa de 6% para a mediana no 2omacrociclo permi-tem afirmar com segurana a eficcia do treinamento para STCE,pois, levando-se em considerao as diferenas percentuais acimade 6% e por volta de 3% para o menor valor, no 1omacro (grfico2), evidente a relevncia da magnitude de alterao para o 2o

    macrociclo.Outra considerao que se faz necessria nesse momento a

    estratgia utilizada durante a etapa de competio, que a partirdos resultados obtidos vem expressar a necessidade de utilizar-sedos exerccios especiais da fora durante a etapa de competio,como um estmulo tonificao neuromuscular e a conseqentemanuteno dos nveis de fora adquiridos anteriormente. Obser-va-se no quadro 2 a introduo dos saltos com acelerao (SCAC)na etapa de competio, bem como de outros meios de PFE, como,por exemplo, os saltos profundos (SPs).

    Nota-se ainda que a etapa bsica do 2o macrociclo teve umadurao de apenas trs semanas e que a etapa de competiodurou 13 semanas; sendo assim, quando se apresentam os valo-

    res percentuais absolutos, deve-se levar em considerao que doponto de vista relativo coube etapa bsica a concentrao dos

    meios de PFE, conforme regem os conceitos do sistema. Vale ain-da ressaltar a dinmica de queda das possibilidades funcionais aofinal da etapa especial para posteriormente expressar de formapontual o EPDT.

    Analisando a tabela 5, evidencia-se uma tendncia diferenciadadas apresentadas anteriormente, o que parece indicar a necessi-dade de assumir a existncia de distintos tipos de manifestaoda fora-velocidade. As diferenas entre esforos isolados e repe-titivos, do ponto de vista neurorregulador e, possivelmente, dife-renas metablicas e outras relacionadas aos tipos de contraomuscular sugerem a adoo de mtodos distintos para a maximi-

    zao de uma ou outra manifestao de fora e, em conseqncia,de exerccios diferentes para a avaliao de suas possibilidades.

    Quer dizer, muito possivelmente, para SV a concentrao decargas de fora durante a etapa bsica no tenha sido suficientepara permitir reestruturaes morfolgicas importantes que pudes-sem possibilitar melhorias funcionais por parte dos desportistasnas etapas subseqentes. A outra hiptese a de que talvez, as-sim como para STCE, tenham-se, sim, obtido reestruturaes du-rante o bloco de fora e, por isso, no se encontraram melhoriasda capacidade funcional nesse momento; porm, a diferena esta-ria na intensidade de carga da competio.

    Supondo-se que a etapa de competio no resultou de estmu-los suficientemente fortes para produzir melhorias da fora explo-

    siva vertical, no se estabeleceu o conceito fundamental de intera-o entre o sistema de treinamento e de competio, ou seja,cargas que preparam o organismo e cargas que possibilitam a ex-plorao mxima das possibilidades fisiolgicas no momento maisimportante do macrociclo(24,35-38,43).

    Ainda pode-se levantar outra questo, j anteriormente aborda-da, que infere sobre a necessidade de um estmulo mais potentede tonificao neuromuscular durante a etapa de competio, afim de auxiliar no aperfeioamento da fora (rpida ou explosiva) eainda sustentar ou, at, criar condies necessrias para a revela-o do EPDT.

    Melhorias, estatisticamente significantes, so apresentadas natabela 6 (SV no 2omacrociclo), tanto de T0 para T1, quanto de T1para T3 e T4 e, ainda, de T1 (bloco de fora) para T3 e T4, expres-

    sando, assim, o EPDT no momento mais importante do ciclo anual.Verificam-se, a partir do grfico 3, as adaptaes compensatriasamplamente positivas durante o 2o macrociclo, corroborando asconsideraes anteriores, no tocante s hipteses levantadas paraa no obteno de incrementos no 1omacrociclo, que foram corri-gidas em parte pelo programa e tambm pela prpria intensidadeda etapa de competio. Vale ressaltar o substancial incrementodo SV no 2omacrociclo, verificado no grfico 3. Alteraes percen-tuais que alcanaram valor mximo prximo de 25% e mnimo nafaixa de 5%, com a linha da mediana ultrapassando os 15%, sodificilmente reportadas na literatura(20), principalmente com des-portistas de alta qualificao.

    No que tange ao SHP, tambm se verificou a mesma dinmicaapresentada por SV para T2, ou seja, tendncia diminuio daspossibilidades de executar esforos explosivos. A justificativa, damesma forma como reportado para SV, recai sobre a questo dabaixa intensidade das cargas de competio ou, ainda, da utiliza-o no otimizada dos meios de PFE. Por outro lado, mesmo coma correo do programa, no foram constatadas alteraes signifi-cativas do final do 1oturno para o final do 2oturno no 2omacrociclo(tabela 8). Esses achados podem estar indicando a influncia doincremento no volume de aes motoras de elevada intensidademetablica, e, sobretudo, de carter especializado, desenvolvidodurante a etapa de competio, que levaria a uma adaptao sexigncias impostas de dinmica distinta entre fora explosivavertical e horizontal.

    Para SHP evidencia-se a mesma dinmica de alterao de SV

    em T2 (negativa) decorrente das cargas concentradas de velocida-de; contudo, enquanto SV parece ser influenciado positivamente

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    pela durao das cargas de competio, o nvel de SHP tende adecrescer. Especula-se, ento, que nesse momento somente oscomponentes que determinam decisivamente a efetividade do xitodesportivo que refletem tendncia a incremento substancial, aopasso que os componentes, que em etapas anteriores permitiramo desenvolvimento da forma do desportista, nesse instante pare-cem sofrer estagnao ou, ainda, ligeiras quedas.

    O grfico 4 ilustra as consideraes anteriores no que se refere tendncia de alterao de SHP ao longo do ciclo anual. bastan-te interessante o fato de que, mesmo no refletindo em magnitu-de as alteraes observadas em SV, tem-se no somente incre-

    mentos da fora explosiva horizontal (SHP) aps as cargasconcentradas de fora, tanto no 1oquanto no 2omacrociclo, mas,fundamentalmente, deve ser destacado que melhorias importan-tes foram verificadas no 2omacrociclo, quando alteraes so sem-pre mais difceis de ser alcanadas.

    importante salientar nesta discusso que o presente estudo,no obstante o seu ineditismo e importncia dos achados aqui dis-cutidos, tanto no que diz respeito natureza (longitudinal) quanto validade externa, possui relativa limitao no tocante generaliza-o dos resultados e deve ser analisado to-somente dentro docontexto do basquetebol e, ainda, na realidade de uma equipe adultade alto rendimento.

    Essa problemtica est relacionada aos estudos longitudinais de

    treinamento desportivo, que se por um lado so extremamentenecessrios para um maior entendimento dos fatores relaciona-dos estruturao do processo de treinamento, por outro lado,perdem em validade interna quando comparados com os estudosfragmentados e transversais que, muitas vezes, parecem no elu-cidar as questes essenciais da preparao dos desportistas.

    Apesar do N reduzido, verifica-se uma importante homogenei-dade (basquetebolistas de alto nvel) da amostra para a populaoem questo e, portanto, com uma qualidade dos dados bastanterelevante. Os estudos de campo com atletas de alto nvel terosempre a dificuldade com o tamanho da amostra, principalmen-te os de natureza longitudinal, pois uma equipe de basqueteboladulta, por exemplo, dificilmente possui um grupo com mais doque 12-15 atletas e, ainda, adiciona-se o fato de que se pode depa-

    rar com ameaas importantes para o estudo, decorrentes de pro-blemas de leses, faltas, atrasos, mudanas no calendrio, sadade atletas, chegada de novos, etc.

    Stone et al.(44)observam que a maioria dos estudos na Cinciado Desporto, diferentemente da Cincia do Exerccio, so longitu-dinais e envolvem mltiplas sesses de testes e relativamente umnmero reduzido de sujeitos; no entanto, na opinio dos autores,so os mais valiosos para o desenvolvimento e manipulao dotreinamento, dada a inerente anlise de uma populao especificae pela carncia de publicaes neste sentido.

    Assim sendo, plausvel admitir a relevncia do presente estu-do, pois, as possveis ameaas apresentadas acima no foram ve-rificadas no mesmo; o que permitiu a realizao de forma integrale fidedigna do desenho experimental proposto, bem como do con-trole nos oito diferentes momentos do ciclo anual, possibilitando aapresentao e a anlise da dinmica de importantes indicadoresno mbito do basquetebol.

    CONCLUSO

    O alcance pontual do EPDT verificado a partir dos indicadoresutilizados no presente estudo permite afirmar a eficcia do siste-ma de treinamento em bloco no basquetebol.

    Observou-se que as cargas concentradas de competio exer-ceram diferentes efeitos para as medidas de fora explosiva verti-cal (SV) e horizontal (SHP) e, ainda, ressalta-se a necessidade deavaliar a fora rpida atravs dos exerccios de saltos consecutivos

    para as duas pernas de forma diferenciada, em vista das ocorrn-cias diversas verificadas para STCD e STCE.

    Estes achados demonstram que o resultado de testes utilizadoscomumente para a avaliao da potncia muscular de membrosinferiores (fora explosiva e fora rpida) deve ser cuidadosamen-te avaliado e interpretado, pois, parece representar distintas quali-dades neuromusculares e, por conseqncia, diferentes respos-tas de adaptao ao longo de uma temporada.

    Para as cargas concentradas de velocidade, verificou-se que ten-dem a diminuir temporariamente as possibilidades funcionais dosbasquetebolistas, superando o nvel inicial no decorrer da etapa decompetio, o que demonstra a necessidade de um correto plane-jamento (do ponto de vista temporal [distribuio das cargas ao

    longo do ciclo de preparao]), no qual, dado efeito de treinamentono interfira negativamente no rendimento do basquetebolista e,ainda, que o EPDT seja alcanado pontualmente no momento dasintervenes mais importantes.

    Destaca-se, tambm, que a utilizao de uma estrutura bicclicapossibilitou a correo na direo da programao durante o cicloanual e o incremento do potencial das cargas de treinamento, indi-cando a importncia desta estratgia de organizao do ciclo anualno mbito da realidade do calendrio do basquetebol brasileiro.

    Todos os autores declararam no haver qualquer potencial conflito

    de interesses referente a este artigo.

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