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concepção, implantação e gestão de projetos

pedagógicos das licenciaturas

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Sumário

Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Parte I Concepções Orientadoras da Elaboração e Gestão dos Projetos Pedagógicos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

1 O professor a ser formado pela UFSCar: Uma proposta para a construção de seu perfil profissional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17Maria da Graça Nicoletti Mizukami Aline Maria de Medeiros Rodrigues Reali

2 A prática curricular crítica na formação inicial do docente em Ciências Biológicas – UFSCar/Sorocaba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37Antonio Fernando Gouvêa da Silva Maria Virginia Urso-Guimarães

3 A formação do educador e do professor: Esboço histórico . . . . . . . . 59Paolo Nosella

4 Educação para saber ouvir: Sinais de mudança no horizonte . . . . . . 89Flávio Caetano da Silva

5 Extensão universitáriacomo um dos sentidos necessáriospara a articulação da indissociabilidadena construção do currículo . . . . 107Jorge Hamilton Sampaio

6 Ensino com pesquisa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 127Sérgio Castanho

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Parte II Programa PRODOCENCIA e a Avaliação das Licenciaturas . . . 141

7 Avaliação dos cursos de licenciatura da UFSCar, realizada no âmbito do Projeto Prodocência – MEC/SESu/DEPEM: Objetivos, procedimento e alguns resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 143Alice Helena Campos Pierson Maria Helena Antunes de Oliveira e Souza

8 Expectativas dos licenciandosda UFSCar – Campus São Carlos – em relaçãoa seus cursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 173Maria Helena Antunes de Oliveira e Souza Alice Helena Campos Pierson

9 O Projeto Prodocência como prática formativa para os alunos do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas – Campus Sorocaba . . 197 Antonio Fernando Gouvêa da Silva Maria Virgínia Urso-Guimarães Aline Maria Martins Geraldo Sacconni Filho

Parte III Experiências e Projetos de Formação Docente . . . . . . . . . . . . 207

10 Estágios supervisionados nas licenciaturas de Física e Matemática na UFSCar: Articulando a formação de professores com a realidade escolar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 209Marcos Pires Leodoro Maria do Carmo de Sousa Cármen Lúcia Brancaglion Passos

11 Experimentação no ensino superior: A abordagem investigativa na formação inicial de professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227Dácio Rodney Hartwig Luiz Henrique Ferreira

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12 A formação ambiental no curso deLicenciatura em Ciências Biológicas: O que revelam as práticas curriculares . . . . . . . . . . . . . . 241Alini Roberta Alves Flavia Renata Bonse Maniero Maria das Graças Monte Denise de Freitas

13 Portal dos professores da UFSCar: Um espaço virtual de desenvolvimento profissional da docência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 253Aline Maria de Medeiros Rodrigues Reali Regina Maria Simões Puccinelli Tancredi

14 Formação de professorado em perspectiva dialógica/comunicativa: Articulação entre ensino-pesquisa-extensão . . . . . 281Roseli Rodrigues de Mello Paulo Eduardo Gomes Bento Celso Luiz Aparecido Conti Amadeu José Montagnini Logarezzi Maria Cecília Luiz Claudia R. Reyes

15 Formação de professores e o projeto“São Paulo: Educando pela diferença para a igualdade” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 295Anete Abramowicz Lucia Maria Barbosa Assunção Valter Roberto Silvério

Autores(as) dos artigos do livro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308

Vínculo institucional e endereço eletrônico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 308

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Apresentação

Ao longo de toda a sua história, uma das diretrizes básicas da ação da Univer-

sidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi a de formar professores para a educação

fundamental, média e superior, de início, na área das ciências básicas e, com o passar

do tempo, nas mais diversas áreas.

Numa perspectiva de aperfeiçoamento da atuação nesse sentido, na última

década, foi possível intensificar e coordenar institucionalmente um processo de

discussão e reformulação dos projetos pedagógicos dos vários cursos de licenciatura.

Nesse contexto, em 2007, quando terminavam sua formação inicial os primeiros

estudantes submetidos a currículos construídos à luz das novas diretrizes curriculares

para a formação de professores, foi elaborado um projeto institucional de avaliação

de todos os cursos de licenciatura existentes à época, nos campi de São Carlos e Soro-

caba. O projeto com o título “Gestão e implantação dos projetos pedagógicos: ênfase

em processos avaliativos compartilhados entre professores e estudantes” vinculou-se

ao Programa Prodocência 2007 – MEC/SESu/DEPEM, que se estendeu pelo segundo

semestre de 2007 e todo o ano de 2008.

Ao planejar a forma de publicação dos resultados desse projeto surgiu a proposta

de contextualizá-lo no processo que vem se desenvolvendo na última década na

Instituição, seja trazendo algumas idéias e concepções que têm balizado o pensar a

formação de professores na UFSCar, assim como apresentando relatos de experiências

desenvolvidas e projetos significativos para a formação inicial e continuada.

Os seis primeiros artigos que compõem a primeira parte do livro foram e/

ou são referências para a elaboração, implantação e avaliação dos projetos pedagó-

gicos dos cursos de licenciatura da UFSCar. Produzidos em diferentes momentos e

por autores pertencentes ou não à Instituição nos colocam aspectos que entendemos

devem fazer parte obrigatória da preocupação de formadores de professor. A segunda

parte é composta por três artigos que se relacionam a processos avaliativos, objeto

do projeto supramencionado, trazendo tanto seus objetivos e procedimentos como

alguns de seus resultados e discussão. Os demais artigos, presentes na terceira parte,

exemplificam como as preocupações elencadas ao longo deste livro podem, assu-

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mindo diferentes formatos e ocupando diferentes espaços, concretizar-se em ações

da Instituição.

O primeiro capítulo da primeira parte traz o trabalho de duas docentes, que

foi assumido como proposta do Departamento de Metodologia de Ensino para a

adequação dos projetos pedagógicos de todas as licenciaturas da Instituição às novas

diretrizes nacionais para a formação de professores. Propõe um esboço de como o

processo formativo pode se configurar no contexto do que a pesquisa tem indicado a

respeito da formação inicial, de alguns conceitos sobre a aprendizagem profissional da

docência e de uma análise sintética da forma atual de apresentação das licenciaturas.

O segundo capítulo focaliza o esforço para a construção de um “currículo

significativo, contextualizado e crítico”, na implantação do projeto pedagógico da

Licenciatura em Ciências Biológicas do campus de Sorocaba, no qual todas as atividades

acadêmicas são orientadas pela temática da sustentabilidade. Encarando os conflitos

e contradições emergentes, o conjunto de docentes, a partir de reflexões coletivas

contínuas, se dispõe a desenvolver práticas educativas para a transformação, em

contraposição àquelas para a adaptação, muito estimuladas pelas políticas educacionais

brasileiras. O texto aborda temáticas de interesse das várias licenciaturas.

O terceiro capítulo, à época em sua versão preliminar, também foi utilizado como

subsídio às discussões ocorridas durante a adequação dos projetos pedagógicos às

novas diretrizes curriculares, na busca de melhor entendimento dos termos professor

e educador e do processo de sua formação. O autor percorre a trajetória etimoló-

gica desses termos e do termo formador, buscando seu pleno significado; estabelece

a relação entre eles e trata da formação do professor e do educador no decorrer dos

vários períodos da história do Brasil.

O quarto capítulo chama a atenção para o papel do ouvir nos processos de

ensino e aprendizagem, já que se aprende por esse meio e pelo fazer. Se durante

milênios aprender significou “aprender a ouvir”, com o passar do tempo, “vozes se

misturaram num mosaico de sentidos difíceis de decifrar”, determinando mudança

nesse significado; aprender passa a exigir saber lidar com redes de sentidos, o que

certamente tem múltiplas implicações. Se há indicações de como agir nesse contexto,

como as de preocupar-se com o sentido do que se fala; optar por relações dialógicas,

não desqualificando o aprendiz, ajudando-o a pensar no que ouve e nas possibili-

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dades de mudanças a partir daí, encaminhando-o para o desconhecido, há também

a constatação de que “ouvir como aprendizagem impõe mudanças que só podem

ser divisadas fragilmente num horizonte longínquo, deixando-nos ainda perplexos”.

O quinto e sexto capítulos tratam de outras questões importantes na implan-

tação de projetos pedagógicos em que se busca associar qualidade de formação e

relevância social.

O quinto artigo destaca que a construção de um currículo para um curso superior

é composta de muitas variáveis, nem sempre fáceis de articulação. Uma delas, bastante

importante, é considerar, no contexto da indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão,

o “sentido” do que se faz. É nesta perspectiva que a extensão universitária ocupa um

lugar privilegiado ao perguntar pelo sentido da universidade em sua dimensão ética,

estética, de direitos humanos e de ternura. Refletir sobre esses sentidos é a contri-

buição do trabalho.

O sexto capítulo defende a essencialidade da pesquisa para uma formação de

qualidade e discorre sobre o significado do “ensino com pesquisa” e questões corre-

latas. Entre outros temas, trata dos conceitos de ensino e pesquisa; diferencia pesquisa

como produção institucionalizada, que aparece na legislação superior, de pesquisa

como princípio metodológico; faz distinção entre ensino vindo da pesquisa e ensino

com pesquisa; questiona o processo de formação do professor para a educação supe-

rior. Termina apresentando sugestões para que a integração ensino-pesquisa, de fato,

ocorra, entendendo ser isto condição para o aperfeiçoamento dos cursos de graduação.

A segunda parte do livro apresenta três artigos relacionados ao desenvolvi-

mento dos processos de avaliação dos cursos de licenciatura no Programa Prodocência.

O primeiro desses artigos traz os objetivos do projeto desenvolvido, descreve os

procedimentos utilizados e traz alguns resultados da fase de efetivação da avaliação.

Tais resultados são apresentados numa comparação entre os vários cursos, na forma

de indicadores e freqüências relativas, quanto a aspectos tais que: desenvolvimento de

competências, formação geral, aprendizado da docência, adequação da grade curricular,

integração das atividades no curso, participação em programas e atividades especiais,

fatores intervenientes no desempenho dos alunos, condições de funcionamento.

O segundo se refere à fase inicial de sensibilização dos estudantes para a partici-

pação no processo de avaliação que seria desencadeado na etapa seguinte do Projeto

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Prodocência/UFSCar. Oferece para exame as expectativas dos estudantes dos cursos

de licenciatura do campus de São Carlos, classificando-as em expectativas de caráter

amplo, relacionadas à aquisição de conhecimentos, relativas aos processos formativos

e aos atores nela envolvidos e focadas no direcionamento profissional. Em cada uma

das categorias, analisa as que foram atendidas/ mantidas, as que foram mudadas/

ampliadas e as que não foram atendidas. A discussão é feita no sentido de comparar

as explicitações realizadas pelos estudantes com aquelas constantes dos documentos

oficiais da Instituição e presentes em número considerável de discussões internas a

respeito da formação inicial.

O terceiro artigo evidencia as especificidades no desenvolvimento do projeto

no campus de Sorocaba, envolvendo a Licenciatura em Ciências Biológicas, utilizando

tanto a pesquisa quantitativa como a qualitativa, com a técnica de grupo focal, e dando

especial atenção, na análise dos resultados, às falas significativas e problemáticas.

Da terceira parte do livro constam seis artigos relacionados a ações de ensino

que se vinculam à formação inicial e continuada de professores na UFSCar.

No primeiro artigo são apresentadas ações de ensino desenvolvidas nas licen-

ciaturas de Física e de Matemática da UFSCar visando promover a articulação

Escola-Universidade em prol da formação contextualizada na realidade escolar dos

futuros professores:. O trabalho colaborativo, a partir da elaboração e desenvolvimento

de atividades e projetos de ensino de Matemática, para as várias faixas etárias, consi-

derando-se a diversidade de propostas que estão sendo elaboradas pelas escolas de

São Carlos; a promoção do practicum e a valorização do continuum experiencial nas ativi-

dades formativas; o diálogo entre a educação escolar e outras modalidades educativas

não formais. Desse modo, os estágios supervisionados, de Física e de Matemática, se

transformam em espaços de criação e de formação tanto para estagiários quanto para

professores da Educação Básica que os acolhem em suas salas de aula.

O segundo artigo trata das abordagens na experimentação no ensino de Química,

contrapondo as que colocam os alunos como “meros executores de instruções” às

investigativas, que os fazem relacionar, decidir, planejar, propor, discutir, relatar etc.,

diferenciando os resultados como adestramento ou aquisição de autonomia intelec-

tual. Os autores dão destaque ao importante papel que as atividades investigativas

desempenham na formação de sujeitos capazes de construir procedimentos que lhes