Formação docente para o uso das tecnologias digitais ...§ão... · tecnologias digitais, por...
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Universidade Federal de Pernambuco NEHTE / Programa de Pós Graduação em Letras CCTE / Programa de Pós Graduação em Ciências da Computação
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Formação docente para o uso das tecnologias digitais: experimentações do grupo CAPTE com oficinas de webquest
e outros recursos digitais
Thais Hoffman Arnoni 1 (SENAC)
Eli Lopes da Silva 2 (SENAC)
Resumo: Este artigo apresenta as experiências de formação docente para o uso das tecnologias digitais, por meio das oficinas de webquest, realizadas pelo grupo CAPTE (Centro de Apoio às Práticas com Tecnologias na Educação). Nas oficinas são apresentadas também outras tecnologias digitais para a prática pedagógica. Como resultados apresentamos as percepções dos professores. Como conclusões argumentamos que o uso das tecnologias digitais nas práticas pedagógicas não requer tanto tempo de formação quanto muitos poderiam pensar e que é possível, com programas e portais gratuitos, produzir e usar muita coisa em sala de aula. Palavras-chave: Tecnologias digitais, práticas pedagógicas, formação docente.
Abstract: This article presents the experiences of teacher training for the use of digital technologies through workshops webquest, conducted by CAPTE (Centro de Apoio às Práticas com Tecnologias na Educação). The workshops are also presented other digital technologies for teaching practice. The results present the perceptions of teachers. In conclusion we argue that the use of digital technologies in teaching practices does not require as much training time as many might think and it is possible, with programs and free portals, produce and use a lot in the classroom. Palavras-chave: Digital technologies, teaching practices, teacher training.
Introdução
Houve um tempo no qual os professores que quisessem utilizar computador
nas suas práticas pedagógicas precisavam, antes de tudo, estudar informática. Era
necessário conhecer alguns aspectos das tecnologias que eram básicos para a
1 Thais Hoffman Arnoni, especialista, Faculdade de Tecnologia Senac Florianópolis (SENAC), [email protected]
2 Eli Lopes da Silva, doutorando em Educaçao (UFSC), Faculdade de Tecnologia Senac Florianópolis (SENAC),
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realização de qualquer atividade no computador, tais como sistemas operacionais,
linguagens de programação e, para aqueles que queriam se aventurar a ter suas
páginas pessoais, códigos em HTML, a sigla de HiperText Markup Language, uma
linguagem específica para criação de páginas de internet.
Hoje em dia não é bem assim. Qualquer professor que tenha algum
conhecimento mínimo de como acessar a internet consegue utilizar e criar recursos
que podem ser usados nas suas aulas, sem precisar frequentar longos cursos de
informática que tratariam de questões como sistemas operacionais ou mesmo
linguagens de programação.
Dezenas de recursos digitais que o professor pode se apropriar para
enriquecer suas aulas com simulações ou mesmo para criação de sua página pessoal
estão aí, na internet, muitas vezes disponibilizados gratuitamente. Entre eles
podemos destacar o portal do professor, criado pelo Ministério da Educação e
Cultura (MEC); os portais de objetos educacionais; os portais que permitem criação
de blogs; o Facebook, que além de ser uma rede social permite que o professor crie
seu grupo ou página pessoal, com a possibilidade de disponibilizar arquivos para os
alunos; os softwares para criação de mapas conceituais; o Youtube, que tem
inclusive uma ferramenta intitulada Youtube Teachers; portais de webquest, entre
tantos outros.
No presente artigo apresentamos algumas possibilidades de usos destas
ferramentas. Mostraremos também como tem sido as oficinas ofertadas pelo grupo
CAPTE (Centro de Apoio às Práticas com Tecnologias na Educação) para
professores, com uso destas ferramentas, em especial destaque para a webquest.
As oficinas
Desde a criação do grupo Capte, foram realizadas seis oficinas de webquest e
tecnologias digitais aplicadas a educação, contemplando um contingente de 140
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professores. Foram duas oficinas na Faculdade Senac Florianópolis, nas quais
participaram professores da educação superior e outros professores convidados de
outras instituições de educação superior; uma oficina no Senac Rio do Sul, para
professores dos cursos técnicos e livres; uma oficina na Faculdade Senac Tubarão,
para professores dos níveis técnico e educação superior; na Faculdade Infórium em
Belo Horizonte/MG, onde participaram professores e coordenadores de curso de
nível superior e outra na Escola Básica Municipal Professor Augusto Althoff,
localizada em Santo Amaro da Imperatriz/SC, para professores da educação infantil
e ensino fundamental.
Todas elas tinham como principal objetivo apresentar possibilidades de
tecnologias aplicadas à educação, principalmente àquelas de uso gratuito e que
não demandassem muitos conhecimentos técnicos em informática. A seguir
listamos algumas destas tecnologias.
Portal do professor
O portal do professor é um site do Ministério da Educação e Cultura (MEC),
disponível no endereço eletrônico http://portaldoprofessor.mec.gov.br. Ele tem o
propósito de oferecer ao professor um espaço para criação e compartilhamento de
aulas.
Este portal é um espaço para você professor acessar sugestões de planos de aula, baixar mídias de apoio, ter notícias sobre educação e iniciativas do MEC ou até mesmo compartilhar um plano de aula, participar de uma discussão ou fazer um curso. (BRASIL, 2013).
O portal permite que o professor crie suas aulas e as disponibilize para os
alunos, bem como dá ao docente a possibilidade de buscar aulas prontas, sejam
elas em formato de vídeos, simulações, arquivos em formato “.PDF”, entre outros
tantos formatos. O cadastro é gratuito, assim como o acesso aos recursos
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existentes no portal. A figura 1 mostra uma das principais funções do site que é o
espaço de aula.
Figura 1 – Acesso às aulas no Portal do Professor
Fonte: Brasil (2013)
Portais de objetos de aprendizagem
Existem vários portais de objetos de aprendizagem com acesso gratuito. Entre
eles estão o Laboratório Virtual da USP, no endereço eletrônico
http://www.labvirt.fe.usp.br/indice.asp e o Banco Internacional de Objetos
Educacionais, disponível em http://objetoseducacionais2.mec.gov.br. Este último
apresenta uma tela de abertura, apresenta na figura 2, na qual é possível fazer a
pesquisa ou busca de objetos por nível de ensino: infantil, fundamental, médio,
profissional e superior.
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Figura 2 – Tela inicial do Banco Internacional de Objetos Educacionais
Fonte: Ministério da Educação e Cultura (2013)
No acesso ao portal em 10 de novembro de 2013 a página inicial forneceu
informações que havia, naquela data, 19.695 objetos cadastrados no portal. Entre
os tipos de mídia disponíveis estão simulações criadas com programas de animação,
aulas gravadas (arquivos de áudio), imagens, mapas, experimentos, entre tantos
outros.
Portais de criação de blogs
Muitos são também os portais que permitem ao usuário a criação e
manutenção de seus blogs, de forma gratuita. Um dos mais populares é o Blogger,
no endereço eletrônico: www.blogger.com. Ele é mantido pela Google e, para o
usuário ter acesso, basta que ele possua conta de email na Google como, por
exemplo, um cadastro no Gmail.
Após acessar o site com o login e senha criados no Gmail, o passo a passo para
criação do blog é bastante simples, pois basta escolher um título para o blog, um
endereço, que vai ter a terminação “.blogspot.com” e o template (modelo)
fornecido pelo próprio site. Exemplo de um blog criado neste site é aquele de Silva
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(2013), na qual o autor trata de assuntos da educação, armazenado no endereço
eletrônico: http://www.professorelilopes.blogspot.com.br.
Figura 3 – Exemplo de blog criado no Blogger.com
Fonte: Silva (2013)
Portais de webquest criado pelo grupo CAPTE
O grupo CAPTE criou um portal para publicação de webquest a partir do
software de criação de portais Joomla e disponibilizou o portal no endereço
eletrônico www.elilopes.pro.br/capte (Figura 4).
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Figura 4 – Portal de webquest do grupo CAPTE
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
Segundo Almeida(2010), o Joomla é um Sistema de gestão de Conteúdo - SGC
que permite a criação de web sites, portais e intranets que integra ferramentas
necessárias para criar, gerir (editar e inserir) conteúdos em tempo real sem a
necessidade de programação de código. Este programa objetiva estruturar e
facilitar a criação, administração, publicação e disponibilidade da informação.
O Joomla permite personalizar a aparência de portais eletrônicos através da
utilização de templates e modelos que podem ser facilmente substituídos, além
disso permite que o conteúdo do portal webquest possa ser inserido e modificado
de forma rápida e segura de qualquer computador conectado à internet sem que
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para isso o professor necessite ter conhecimento técnico para realizar suas
publicações. Instalar o programa e construir a ferramenta foi relativamente simples
e exigiu apenas conhecimento básico em internet.
Foram criadas as permissões para os docentes para que estes pudessem criar
webquest e publicá-las. A partir daí o grupo começou a ofertar oficinas gratuitas
para os professores utilizarem o portal.
A webquest é uma atividade de pesquisa orientada, na qual algumas ou a
totalidade das informações utilizadas pelos alunos são provenientes da internet
(DODGE, 1997). Ela é útil, sobretudo, quando o professor se propõe a solicitar aos
alunos que façam uma atividade extraclasse. As sete partes constitutivas, ou
componentes, são estas que descrevemos a seguir.
1) Introdução: é geralmente um texto pequeno, no qual professor faz a
apresentação do assunto da tarefa que será proposta aos alunos. Faz também, se
necessário, algumas aproximações conceituais, caso o assunto seja muito novo para
o aluno. Em uma situação prática, suponhamos que um professor peça ao aluno
para elaborar um texto dissertativo sobre a segunda grande guerra. O que deve ser
inserido na introdução seria a resposta a uma possível pergunta do aluno: “o que
foi a segunda grande guerra?”. Portanto, como sugestão, podemos pensar na
introdução como sendo um texto que diz o que foi a segunda grande guerra, em
linhas gerais quais foram as causas e consequências, os países participantes e
outros aspectos que o professor julgar relevante para aproximar o aluno do tema.
Nesta perspectiva, o professor deve ter conhecimento suficiente daquilo que vai
solicitar aos alunos para que tenha condições de escrever uma boa introdução.
2) Tarefa: o professor expõe o que deve ser feito, pois a tarefa é o “produto”,
propriamente dito. Como sugestão, o que o professor deve pensar ao escrever a
tarefa, seria uma resposta à pergunta do aluno: “O que devo fazer?”.
3) Processo: são apresentados os passos que devem ser seguidos para a
realização da tarefa. No processo, o professor pode dizer se a tarefa é individual ou
em grupo, quais os passos que o aluno poderia seguir para a execução da tarefa,
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entre outros aspectos que poderiam responder à pergunta do aluno: “como devo
fazer?”.
4) Fontes de informação: o professor apresenta referências bibliográficas,
links na internet e outras fontes que achar importantes para a elaboração da
tarefa. A ideia central é que as fontes de informação apresentem ao aluno o
“caminho das pedras”, como diz o dito popular, ou seja, uma apresentação dos
locais onde ele deve inicialmente buscar informações. É importante ficar claro para
o aluno que a pesquisa não deve se esgotar nestas fontes e sim buscar, a partir
delas, outras que possam ser usadas para a realização da tarefa.
5) Avaliação: neste tópico o professor expõe como a tarefa será avaliada, quer
dizer, de que forma será composto o conceito final do trabalho. Caso a avaliação
seja por nota, é importante que o professor deixe claro para o aluno quais as
condições necessárias ou quais indicadores devem ser atingidos para que o aluno
obtenha uma nota 10. Caso a avaliação seja por conceitos, por exemplo – ótimo,
bom, satisfatório, insatisfatório – este tópico deve dizer quais aspectos serão
analisados para que se obtenha cada um destes conceitos.
6) Conclusão: considerações finais sobre os assuntos explorados. Em geral a
conclusão se remete à introdução, mostrando ao o que ele obterá ao final da
atividade.
7) Créditos: pode-se fazer agradecimentos e colocar o nome do autor. Alguns
usuários da ferramenta inserem nesta seção as referências bibliográficas usadas.
Cada componente pode ser disponibilizado em formato de uma página
eletrônica na internet. Uma webquest será mais apropriada pelo aluno quanto mais
desafiadora e interessante for a tarefa proposta e quanto mais os outros
componentes da deixarem o aluno mais confiante no que pode ou não fazer na
tarefa proposta.
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A pesquisa realizada pelo CAPTE com os docentes
Foi realizada uma pesquisa com os professores participantes das oficinas,
através de questionário aberto, para a qual utilizamos a ferramenta no Google
docs. Os questionários foram encaminhados para o e-mail cadastrado no portal do
grupo (www.elilopes.pro.br/capte), em função da criação do usuário para
publicação de webquest.
O questionário foi composto por cinco campos. Destes, três continham
perguntas e os outros dois campos eram para nome e e-mail, cujo preenchimento
era opcional. As perguntas eram: 1) Escreva o que você mais gostou na oficina e
palestra de webquest e tecnologias digitais e o motivo; 2) Escreva o que você
menos gostou na oficina e quais os motivos; 3) Você chegou a usar alguma das
tecnologias apresentadas na oficina? Em caso afirmativo, descreva a experiência.
Na pergunta 1, que tinha como objetivo perceber que aspectos da oficina de
webquest tinha sido mais significativos, destacam-se a metodologia e a experiência
de elaboração de uma webquest, como podemos ver nas repostas apresentadas no
quadro 1.
Quadro 1 – Respostas à pergunta 1 da pesquisa
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
A oficina teve uma parte teoria pequena, mas teve uma boa parte prática que nos permitiu desenvolver um webquest completo.
Gostei mais do caráter prático dos eventos. Como docente que utilizou a webquest para uma atividade didática, foi muito importante que a oficina nos tenha dado a oportunidade de experimentar a elaboração da atividade real.
Gostei da metodologia utilizada na palestra e oficina. Achei a simplicidade na elaboração de webquest um fator primordial para convencer aos docentes em utilizá-lo. Não há nada complicado e as ferramentas do cotidiano do professor (Word por exemplo) podem ser utilizadas. Estar em contato com as novas tecnologias é muito bom. Gostei principalmente pela oportunidade de ser acompanhada e esclarecida no uso das ferramentas disponibilizadas.
A “forma” de construir uma webquest, sem dúvida foi o que mais me chamou atenção.
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Com relação à pergunta 2, que tinha como objetivo perceber os aspectos a
melhorar da oficina de webquest, destaca-se a questão do tempo – como é possível
verificar nas respostas apresentadas no quadro 2. A oficina de webquest tem
duração de 4 horas, nas quais os primeiros momentos são dedicados a apresentar
algumas tecnologias aplicadas à educação e, na sequencia, é apresentada a
estrutura da webquest, alguns exemplos são explorados e então acontece a parte
prática, quando cada participante desenvolve sua webquest, de preferência com
materiais e temas que usualmente já utiliza em suas aulas, para que esta ela não
seja um mero teste, mas possa ser aplicada nas práticas pedagógicas.
Quadro 2 – Respostas à pergunta 2 da pesquisa
Fonte: Dados da pesquisa (2013)
Ainda que alguns professores tenham sinalizado a utilização da ferramenta nas
suas práticas em sala, o que podemos perceber é que a maioria dos professores
cadastrados publicou somente uma webquest. Em pesquisa feita no nosso portal de
Tempo curto.
Acho que o tempo foi pequeno para tanta informação.
De um modo geral, não houve um fato gerador de insatisfação. Talvez, para pontuar um ponto negativo, poderia citar que a oficina foi realizada uma única vez. Se fosse realizada mais vezes poderíamos ter outras oportunidades de aprendizado e de ampliação da utilização da ferramenta.
Quando questionados sobre o uso da webquest em suas práticas pedagógicas, a maioria das respostas indica que o uso ainda é bastante restrito, como podemos perceber pelas respostas dos respondentes.
Sim. Durante minhas aulas.
Sim. Na disciplina algoritmos e programa de um curso de Engenharia. A experiência foi bastante rica e nos deu alternativas ao método tradicional de apresentar a matéria e fazer exercícios.
Sim. Utilizei o mesmo trabalho elaborado durante a oficina. Após a oficina, atualizei a atividade inserida na plataforma e informei aos alunos para que acessassem. Houve um pequeno acesso dos alunos à webquest, penso que eles poderiam ter utilizado melhor a ferramenta disponibilizada.
Utilizei a ferramenta somente durante a oficina.
Infelizmente não.
Sim. Passei a utilizar nas disciplinas que ministro nas faculdades em que leciono.
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publicações, dos 59 autores, dois deles tem 2 webquests publicadas e apenas um
tem 12 publicações. Esses dados levantam outros questionamentos: o que leva um
professor a utilizar uma ferramenta, ou qual o aspecto determinante para o uso
desta ou daquela? Ou melhor, se a ferramenta apresentada é útil e o docente não
tem dificuldades na utilização nem na publicação, por que os professores não a
utilizam? A escolha das ferramentas tecnológicas são contempladas no
planejamento? Esses questionamentos implicam que podemos pensar pesquisas
futuras a partir deles.
Conclusão
Nossas experiências com a formação de professores têm mostrado que uma
oficina de 4 horas para preparação de webquest tem sido suficiente, pois a partir
desta formação já é possível que o professor tenha webquests criadas. Alguns
professores questionam o tempo curto da formação, mas entendemos que embora a
publicação da webquest no portal seja um processo bastante simples, o que
realmente demanda maior esforço é o planejamento, ou seja, a elaboração da
tarefa que tem uma estrutura mais detalhada do que a forma habitual de propor
atividades.
Acreditamos que qualquer prática pedagógica diferenciada, com ou sem o
uso das tecnologias dá trabalho. Não seria diferente no caso da webquest.
O portal de publicações da webquest não elimina o trabalho de
planejamento da tarefa, mas facilita o trabalho docente no que diz respeito ao uso
da tecnologia para publicação na web.
Em nossas oficinas, buscamos desmistificar o entendimento de alguns que
para utilizar tecnologias nas praticas pedagógicas são necessários grandes
conhecimentos técnicos em informática.
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Um discurso comum entre os professores que participaram da oficina é que a
webquest é uma forma rica e alternativa ao método tradicional de propor
atividades aos alunos, que requer mais tempo e cuidado na proposição de tarefa.
Referências ALMEIDA, Rafael Soares. Joomla para iniciantes. Rio de janeiro: Ciência Moderna, 2010. BRASIL. Ministério da Educação (MEC). Portal do professor. [2013]. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br>. Data do acesso: 10 nov. 2013. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Banco Internacional de Objetos Educacionais. [2013]. Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br>. Data do acesso: 10 nov. 2013. SILVA, Eli Lopes da. Blog do professor Eli Lopes. [2013]. Disponível em: <http://www.professorelilopes.blogspot.com>. Data do acesso: 10 nov. 2013. CENTRO DE APOIO ÀS PRATICAS COM TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO (CAPTE). Portal de webquest.[2013]. Disponivel em: <http://www.elilopes.pro.br/capte>. Data do acesso: 25 nov. 2013.