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MATERIAL DE FORMAÇÃO - 2008 ACÓLITOS, COROINHAS E MARIANINHOS MATRIZ – NOSSA SENHORA DA PIEDADE

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MATERIAL DE FORMAÇÃO - 2008

ACÓLITOS, COROINHAS E MARIANINHOS

MATRIZ – NOSSA SENHORA DA PIEDADE

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SER COROINHA

Ser coroinha não é somente servir o padre na hora da missa, mas também dar tes-temunho de vida em sua casa, na rua, com os amigos, na escola, enfim, dar testemunho cristão é sempre importante para a sua vida de coroinha.

Se você é coroinha, é porque alguém lhe chamou, e este alguém só pode ser o nosso Grande Criador:

DEUS PAI

DEUS FILHO DEUS ESPÍRITO SANTO

Deus Filho, o nosso grande irmão, Jesus, veio para unir mais ainda a Terra aos Céus. Com a Sua cruz no alto da montanha, Ele nos fez olhar para cima e, com o Seu sangue derramado na cruz, nos libertou de todos os nossos pecados.

A Sua passagem na terra como criança, adolescente, adulto e filho da Sagrada Fa-mília é, para nós, um exemplo a seguir: a família recebe, acolhe e encaminha.

Jesus chamou você ao trabalho e o primeiro trabalho na Igreja em comunidade é o Movimento dos COROINHAS. A família ensina a responsabilidade e o amor e, assim, as crianças vão naturalmente ao Senhor.

É fácil? Não, MAS COM JESUS NO CORAÇÃO, O FARDO É LEVE.

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INVOCAÇÃO A SÃO TARCÍSIO

Doce menino, tu que viveste e morreste por Nosso Senhor Jesus Cristo, tu que

foste um fiel acólito da Santa Igreja e tu que, hoje, és para nós exemplo de amor à Santa

Eucaristia, vem interceder por nós na missão que recebemos. Ajuda-nos a sermos bons

coroinhas e acólitos, dignos cristãos e adoradores em espírito e verdade do Cristo Euca-

rístico. Temos plena confiança em ti. Queremos ser como tu e possuir a mesma coragem

que tiveste no caminho, na via Ápia. Queremos abraçar Jesus como tu abraçaste no mo-

mento de tua morte.

ORAÇÃO A SÃO TARCÍSIO

São Tarcísio, nosso amigo e companheiro, pedimos sua intercessão junto a Deus.

Queremos possuir mais fé e viver por Cristo como você. Também agradecemos por tudo

que você nos intercedeu e que sua fé continue sendo sentido para nossa vida. AMÉM.

Pai Nosso...

Ave Maria...

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sem-

pre. AMÉM.

OREMOS

Ó Deus, onipotente e misericordioso, que nos destes venerar São Tarcísio, conce-

dei-nos propício que, em todas as vicissitudes da nossa peregrinação nesta vida, sejamos

de tal modo assistidos pela contínua proteção de São Tarcísio e que mereçamos conse-

guir os prêmios da redenção eterna. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos sé-

culos. AMÉM.

São Tarcísio, rogai por nós!

São Tarcísio, rogai por nós!

São Tarcísio, rogai por nós!

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e

sempre. AMÉM.

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ENCONTRO I - HISTÓRIA DA IGREJA CATÓLICA

Na época de JesusDois mil anos atrás, a região onde Jesus viveu não era inde-

pendente. Era dominada por um povo muito forte, os romanos. Eles cobravam muitos impostos do povo de Jesus e causavam muito so-frimento. O reino dos romanos ia desde onde hoje é Portugal até onde é a Síria e desde a Inglaterra até o Egito. A área do Império Romano era equivalente a um terreno com 4.500 km por 2.500 km.

Por todo esse reino, havia muitas religiões. E quase todas elas acreditavam em mais de um deus. Cada povo dominado pelos romanos tinha uma religião e, às vezes, essas religiões se misturavam. O imperador de Roma também se fa-zia adorar, como se fosse um deus.

Só uma religião, a de Jesus, acreditava em um só Deus, que é o nosso Deus, o único verdadeiro. Era a religião do povo judeu. Mas eles ainda não conheciam Jesus e não acreditavam que Ele era o Filho de Deus.

Quando Jesus começou a ensinar, Ele foi perseguido. Nem os judeus, nem os ro-manos gostavam dEle. Mas Ele veio ao mundo para nos salvar, por isso morreu pregado na cruz e, depois de ressuscitar, voltou vivo para o céu.

Os apóstolosHoje, sempre que falamos com Ele, Ele nos ouve, pois

está em todo lugar. Mas era preciso que alguém continuasse seu trabalho aqui na Terra. Então ele nomeou 12 pessoas: os apóstolos. Eles ajudavam Jesus a falar para todo o mundo que a salvação é Jesus. Só que a Igreja começou a ficar muito gran-de; os cristãos, muito numerosos e os apóstolos envelheceram. Então eles nomearam outras pessoas para ficarem no seu lugar. Essas pessoas são os bispos.

Cada bispo foi ordenado por um outro bispo e os primeiros, pelos apóstolos, e es-tes, por Jesus. Então os bispos, com os padres e diáconos como ajudantes, continuam a missão de Jesus aqui na Terra.

Jesus também colocou um “chefe” dos bispos e apóstolos, que é o papa. São Pe-dro foi o primeiro papa. E todos os papas da história são os sucessores de São Pedro.

As perseguiçõesJesus não foi bem aceito pelos romanos, nem pelos judeus. Os

apóstolos, bispos e todos os outros cristãos, também não o foram. As pes-soas não gostavam deles, porque eram honestos, verdadeiros e só adora-vam o verdadeiro Deus, não o imperador.

Então, os judeus e os romanos passaram a matar, prender e tortu-rar de todas as maneiras os cristãos. Alguns eram apedrejados, mortos pela espada, cru-cificados, queimados, jogados aos leões e mortos de todas as mais terríveis maneiras.

Esses que morreram por Jesus são chamados mártires. E as pessoas, vendo que os cristãos morriam sem deixarem de ser cristãos, pensavam no porquê deles fazerem is-to. E muitos que não acreditavam em Jesus, passaram a acreditar, vendo que os cristãos se achavam vencedores, mesmo quando morriam, pois eles sabiam que iriam ressuscitar, assim como Jesus ressuscitou. Todos nós vamos ressuscitar se não abandonarmos Je-sus. Então, muitos também queriam ser cristãos. Um homem chamado Tertuliano disse: “o sangue dos mártires é semente de cristãos.”

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O crescimento da IgrejaDesde sua fundação, quando Jesus instituiu São Pedro como papa, a Igreja, cor-

po de Cristo, vem ganhando cada vez mais seguidores. Antes eram muito poucos, mas a cada dia, no princípio da história da Igreja, o número de fiéis crescia mais. Depois do Pen-tecostes, ou depois de cada milagre ou pregação que se fazia, o número de fiéis crescia mais. Isso começou em Jerusalém, cidade onde Jesus morreu, mas, por causa das boas estradas do reino dos romanos e das perseguições, que espalhavam os cristãos, a Igreja cresceu muito. Chegou a muitas cidades importantes, como Antioquia e Roma, e também na Grécia, no Egito, na Espanha, e em todos os lugares do mundo, mesmo que os impe-radores romanos não gostassem disso.

São TarcísioNa época das perseguições, no ano 258, no dia anterior ao da morte dos mártires,

a Igreja, secretamente, lhes entregava a Eucaristia, o Corpo de Jesus Cristo, como ali-mento de suas almas, para que pudessem suportar até a morte por amor a Cristo.

Numa certa ocasião, depois de uma missa, que era feita nas catacumbas, não havia quem levasse a Eucaristia aos prisi-oneiros, que seriam entregues ao martírio. Então, Tarcísio, uma criança de 12 anos, se ofereceu para levar a Eucaristia. O cele-brante perguntou se sabia o que estava fazendo, pois era extre-mamente perigoso levar o Corpo de Cristo, pois se descobris-sem que Tarcísio era cristão, certamente seria morto.

Tarcísio concordou em levar a Eucaristia, mesmo sa-bendo que seria muito perigoso. Colocou o Corpo de Cristo por debaixo de suas roupas e o segurava fortemente contra o peito.

No caminho, na Via Ápia, lhe perguntaram o que ele levava. Ele sa-bia que não podia mostrar, pois eles certamente não teriam respeito com o Corpo de Cristo. E, sendo o que era, não podia ser profanado, ser desres-peitado.

Então, Tarcísio se recusou a mostrar-lhes o que levava. Insistindo ainda, passaram a agredi-lo, até a sua morte. Depois de terem matado Tar-císio, quando foram ver o que ele levava, nada encontraram.

Um soldado, que era cristão às escondidas, o levou para sepultá-lo. Tarcísio, hoje, é São Tarcísio, padroeiro dos coroinhas e vive junto com Je-sus, o qual ele recusou entregar para aqueles que O queriam desrespeitar.

São Tarcísio passou para junto de Deus no dia 15 de agosto.

Fim das perseguiçõesCom a graça de Deus, no ano 313, os imperadores de Roma, que agora tinha

mais de um imperador, se encontraram e fizeram um acordo, conhecido como Edito de Milão.

Eles eram Constantino e Licínio.A partir desta data, a Igreja pôde fazer suas celebrações publicamente, sem o

medo de ser perseguida e os cristãos viveram sem o medo de serem mortos.

EM CASA1) Com sua família, medite e tente responder às seguintes questões, não sendo

necessário escrever:a) No começo, a Igreja era muito perseguida. Hoje, que tipo de perseguições os

verdadeiros praticantes da nossa religião sofrem?b) O que podemos aprender com as atitudes dos primeiros cristãos, que sofriam,

mas não abandonavam Jesus Cristo?c) No que nós, crianças e adolescentes de nossa época, podemos imitar São Tar-

císio?

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ENCONTRO II – COROINHA NA IGREJA MEDIEVAL, NO CONCÍLIO VATICANO II E NA ATUALIDADE

O coroinha na história da Igreja após o fim das perseguiçõesCom o fim das perseguições à Igreja Católica, iniciou-se

a construção de pequenas e grandes igrejas com a ajuda das pessoas ricas do Império. Um grande número de pessoas come-çou a participar das celebrações e cada vez mais essas pessoas deveriam estar preparadas para as diversas funções a serem desempenhas, entre elas, a do coroinha.

Mas no tempo de Tarcísio já não existiam coroinhas? Ele viveu antes desse tempo e não era coroinha?

Tarcísio já havia sido morto quando a igreja deixou de ser perseguida. Em seu tempo não existiam coroinhas, havia somente bispos, padres e diáconos. O título de pa-droeiro dos coroinhas foi a ele atribuído por seu exemplo de amor pela Eucaristia e pela vida, sendo por muitos considerado o primeiro coroinha da Igreja.

No final do século IV, o centro da vida cristã era a participação no culto, na litur-gia, na celebração eucarística dos domingos e dos dias de festas.

O coroinha até o Concílio Vaticano IIA palavra coroinha tem sua origem em uma parte da igre-

ja, o “coro”, que era um balcão onde ficam os cantores. Antiga-mente, ali ficavam também os acólitos e sacristãos, os únicos que conseguiam responder às celebrações, pois sabiam o latim. Eram pessoas treinadas para dizer em latim aquilo que era desti-nado à comunidade. Decoravam as frases e respondiam em nome do povo. Esta é a origem do coroinha: “o menino do coro”. No momento das orações, subiam até o coro para recitar as ora-ções e ajudar o padre. Além disso, aprendiam a ler e cantar com ele, pois naquele tempo era mínimo o número de escolas.

Foi assim que os coroinhas começaram a ganhar espaço nas celebrações e esta foi a função desempenhada por eles até a década de 1960, quando ocorreu o Concílio Vaticano II.

O coroinha após o Concílio Vaticano II (1962-1965) e na atualidadeA partir da década de 60, as missas passaram a ser rezadas na

língua de cada país e os fiéis começaram a rezar, cantar e orar juntos. Então os coroinhas perderam sua função na igreja? Ao contrário. Hoje, os coroinhas são muito importantes nas celebrações de nossa comuni-dade, auxiliando o padre nas celebrações da missa, em batizados, pri-meiras eucaristias, além de todo o serviço feito na comunidade. E este é o serviço que todos conhecem, é aquele serviço que todos realizam to-das as semanas.

EM CASA1) Sem a participação dos coroinhas, como seriam nossas celebrações?2) Pergunte para alguém de mais idade como era o Movimento dos Coroinhas no

tempo deles, principalmente para aqueles que participaram das missas quando ainda era em latim.

3) Leia com sua família At 2, 42-47 e rezem, de mãos dadas, a oração do Pai Nosso.

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ENCONTRO III - POSTURA E TESTEMUNHO

O exemplo de São Tarcísio para todos, principalmente aos coroinhas

É muito importante o exemplo de São Tarcísio, que deu a vida por Cristo, tendo sido um bom cristão, auxiliando no serviço da Igreja com fidelidade, carinho, dedicação e amor a Cristo.

Ele tinha a esperança de um dia servir a Igreja com mais intensi-dade, tornando-se sacerdote. Porém, ele acabou dando testemunho de Cristo como mártir, entregando sua vida em defesa da Eucaristia. Ele é exemplo para que todas as pessoas se dediquem à prática do amor, do serviço a Deus, da caridade e da doação total a Jesus.

A Importância e o trabalho dos CoroinhasA presença dos coroinhas nas celebrações é extremamente importante, pois eles ajudam não só o sacerdote, mas também a comunida-de a entender o que a Liturgia propõe. O trabalho do coroinha não fica restrito às missas. Ele é importante também nos batizados, casamentos, cultos, manifestações externas de fé e piedade, como procissões, encenações e outras. Além disso, o coroinha tem o papel importante de, com o seu testemunho alegre de vida, motivar outros jovens e crianças a seguirem o caminho de Jesus. Afinal, o jovem e a criança, por se-

rem coroinhas, têm muito mais motivos para serem felizes, não é?

A semelhança de nossa vida com a de São TarcísioSão Tarcísio morreu martirizado. O martírio é resultado de uma força especial que

Deus concede, pois ninguém, em sã consciência, quer morrer. Porém, o exemplo principal que ele deixou para os coroinhas é o amor incondicional a Jesus Eucarístico. É nisso que devemos ser semelhantes a São Tarcísio: no amor à Eucaristia e no testemunho desse amor à comunidade.

A Eucaristia é presença viva de JesusDeus deu ao mundo Seu filho amado, para nos redimir

de nossos pecados. Jesus veio ao mundo para cumprir a vonta-de do Pai; disse a seus amados que morreria, mas voltaria. Não deixou ninguém desamparado; sua querida mãe, Ele confiou a seu discípulo amado; para nós, Ele deixou seu Corpo e Sangue, para que sejam sustento para nosso espírito. E tudo isso sem pedir nada em troca!! O mínimo que podemos fazer é retribuir o infinito amor de Jesus com nossa dedicação ao serviço de Sua Igreja, não é mesmo?

E, se amarmos a Eucaristia, é ao próprio Deus que estamos amando! Quando co-mungamos, temos um encontro íntimo com Deus, no qual recebemos a graça da perseve-rança, da paz, do amor de Deus.

Tudo isso realizamos com Boa vontade, respeito e zeloQuando assumimos qualquer responsabilidade, temos que lembrar de nossas

obrigações e de cumprir todas as exigências propostas.As obrigações mínimas dos coroinhas e acólitos são as seguintes:

Não faltar aos compromissos agendados; Ser pontual; Demonstrar respeito para com os demais coroinhas e acólitos e também com as

pessoas que prestam serviços à Igreja em outros movimentos e pastorais;

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Ter um comportamento adequado quando está no presbitério, seguindo as reco-mendações recebidas nos encontros de formação.

Não devemos esquecer que, mesmo não estando dentro da igreja ou fazendo al-gum trabalho pastoral, não deixamos de ser coroinhas. Portanto, é importante que nos comportemos sempre com dignidade e respeito.

EM CASA1) Quais os exemplos deixados por São Tarcísio que devem ser seguidos pelos

coroinhas e acólitos?2) Qual a importância do trabalho do coroinha para a comunidade?3) Quais as principais responsabilidades dos coroinhas e acólitos quando assu-

mem algum compromisso?

ENCONTRO IV – MISSA – MEMORIAL DA NOSSA SALVAÇÃO

A denominação “Santa Missa” é dada porque a liturgia na qual se realizou o mistério da salvação termina com o envio dos fiéis (missio), para que cumpram a vontade de Deus na sua vida cotidiana. (CIC 1332)

Na missa busca-se o alimento do espírito e do corpo através da Palavra do Senhor e da comunhão do Corpo e San-gue de Jesus Cristo, para que possamos na nossa vida viver os ensinamentos d’ Ele.

A liturgia da Santa Missa proporciona que nós não apenas relembremos, mas vivamos toda a história da Salvação. Na Liturgia da Palavra, exceto no tempo Pascal, as missas de domingo nos apresentam uma leitura do Antigo Testamento (Primeira Leitura), uma leitura do Novo Testamento (2ª Leitura) e um trecho do Evange-lho. O ciclo se fecha a cada três anos e, no decorrer desse tempo, todos os momentos mais importantes do Antigo Testamento (início da História da Salvação), do Novo Testamento (início da História da Igreja – Nova Aliança) e dos Evangelhos (que narram toda a vida e a pregação de Jesus) são meditados diariamente, no ofício da Missa.

O momento mais importante da Missa é a Liturgia Eucarísti-ca, em que celebramos a morte e ressurreição de Jesus e vivemos

novamente o supremo sacrifício d’ Ele, para que fôssemos resgatados do pecado.

Portanto, a missa é um memorial da nossa salvação, ou seja, através da participação continuada das missas, podemos conhecer toda a história de nossa salvação, desde a criação do mundo até o cumpri-mento das promessas de Deus, com a vinda de Jesus Cristo à Terra.

Jesus instituiu a Eucaristia durante a Páscoa dos Judeus. Nela, comemorada como a maior festa de Israel, se celebra a memória da saí-

da do povo hebreu da escravidão do Egito. Jesus quis neste momento estabelecer com o seu povo uma nova aliança, utilizando a celebração da Páscoa e dando-lhe um novo sen-tido, uma nova memória, a de Cristo Ressuscitado que venceu a morte para nos libertar do pecado.

A Santa Missa é Ceia e Sacrifício. Como Ceia, é Sacramento que renova a Ceia Pascal. Como Sacrifício, renova o ato redentor de Jesus Cristo na cruz. Em Mateus 26,27-29, após tomar o cálice, dar graças, Jesus deu-o aos seus discípulos dizendo: “Be-bei dele todos, porque isto é meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado por mui-

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tos em remissão dos pecados.” Nota-se que não houve exclusão de pessoas, favorecen-do apenas este ou aquele grupo, mas Jesus foi bem claro em dizer que se entregava por todos, “em remissão dos pecados”. Ele estava assumindo um sacrifício pelos nossos pe-cados.

Antigamente a Missa era celebrada em latim e o povo apenas acompanhava o que acontecia, sem, muitas vezes, entender o rito. Após o Concílio Vaticano II, cada país celebra a Missa em sua própria língua, o que possibilita a compreensão e participação de todos.

EM CASA1) Nossa participação nas missas é por obrigação ou por amor? 2) Qual a diferença entre a Páscoa no Antigo e do Novo Testamento? 3) Reflita: devemos assistir a missa ou participar da missa?

ENCONTRO V - PARTES DA MISSA

A Santa Missa é dividida em quatro partes, também chamadas ritos:

1. Ritos iniciaisOs ritos iniciais compreendem a introdução ou comentário inicial, o canto de en-

trada, a acolhida que o Padre faz ao povo de Deus com o Sinal da Cruz, o Ato Penitenci-al, o Hino de Louvor e a Oração que reúne as intenções da Igreja presente.

Durante os ritos iniciais deve permanecer-se de pé, em sinal de prontidão para caminhar ao encontro do Pai.

2. Liturgia da PalavraSentados, ouvimos a 1ª leitura, o Salmo e a 2ª leitura.

Em seguida ficamos de pé para a aclamação e a recepção da Palavra de Deus, no anúncio do Evangelho.

Depois do anúncio do Evangelho, ficamos sentados no-vamente para ouvir a Homilia: explicação do Evangelho e das leituras, geralmente feita pelo celebrante (padre). Após a Homi-lia, ficamos de pé para rezar a nossa Profissão de Fé (o Creio) e

em seguida, os pedidos de toda a assembléia são feitos, através da Oração da Comuni-dade.

Podem ocorrer missas onde é feita apenas a 1ª leitura (como no caso das missas dos dias de semana) e outras onde são feitas mais de 2 leituras, como na Celebração da Vigília Pascal.

Também pode ocorrer que durante uma missa, sejam introduzidas outras cerimô-nias, como a Celebração dos Sacramentos do Crisma, do Batismo e outros.

3. Liturgia Eucarística ou SacramentalIniciamos a Liturgia Eucarística apresentando a Deus o pão e o

vinho e as nossas ofertas, geralmente acompanhados pelo canto do ofertório.

O padre reza a seguir a oração sobre as oferendas e o prefácio que é um Hino de Ação de Graças a Deus.

Nós respondemos rezando ou cantando o “Santo”. A Oração Eu-carística iniciada com o prefácio é a narração da Paixão, Morte, Ressur-reição e Glorificação de Jesus Cristo: seu Mistério Pascal. Neste mo-mento ocorre a Consagração, quando o padre invoca o Dom do Espírito Santo sobre as oferendas e, posteriormente, oferecendo a Deus o Corpo e o Sangue de

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Cristo.Após a consagração, o padre intercede por nós, pela Igreja, pelo papa, bispos e

por todos os sacerdotes e, também, pelos nossos irmãos vivos e já falecidos.Rezamos o Pai Nosso, a Oração pela paz e em seguida somos convidados a par-

ticipar da Comunhão, onde o Cristo nos é dado como alimento.Após a Comunhão agradecemos cantando, rezando ou simplesmente ficando em

silêncio por alguns instantes. Em seguida, ouvimos a Oração Final, que é um compromis-so com o Cristo que recebemos.

4. Ritos FinaisAtravés da bênção recebida somos fortalecidos e enviados para o nosso dia-a-dia

de verdadeiros cristãos.

EM CASA1) É importante participar da missa? Justifique sua resposta.2) O que representa a Consagração dentro da Santa Missa?3) Após a bênção somos convidados a sermos missionários da palavra de Cristo.

Fazemos isso dando o exemplo como bons coroinhas/acólitos em nossa co-munidade? Reflita.

ENCONTRO VI - HIERARQUIA DA SANTA IGREJA CATÓLICA

A Igreja Católica tem uma estrutura organizada, de modo a garantir a melhor forma de anúncio do Evangelho, de maneira correta e sem erro.

Papa: O Papa é o líder da Igreja Católica e também é responsável pelo Pastoreio de todos os cristãos. Essa missão foi designada por Nosso Senhor Jesus Cristo. Existiu uma con-tinuidade apostólica na escolha dos papas, desde São Pedro, e a sede do papado fica no Vaticano, pequeno estado que fica dentro da cidade de Roma.

Cardeal: Um cardeal é um alto dignitário da Igreja Católica, que ajuda o Papa em diversas ocasiões. Os cardeais também são chamados de purpurados, pela cor verme-lho-carmesim da suas vestes e também são considerados como "príncipes da Igreja".

Títulos:Cardeal Bispo: Um cardeal-bispo ou cardeal da Ordem dos Bispos é um dos mais

importantes títulos da Igreja Católica. Cardeal Presbítero: É um cardeal da ordem dos presbíteros. Formam a mais nu-

merosa ordem dentro do Colégio de Cardeais.

Patriarca: É um título utilizado em algumas igrejas cristãs para designar algumas autoridades eclesiásticas que têm ascendência jurídica ou honorífica em relação a um território, rito ou igreja. Este título é utiliza-do na Igreja Católica no rito latino e nos ritos orientais.

Núncio apostólico: Representante do Vaticano em um determi-nado país (No Brasil, temos um representante em Aparecida, um em Salvador e outro em Brasília).

Arcebispo: O arcebispo é um bispo católico que, normalmente,

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coordena uma arquidiocese (importante diocese). Foi uma criação administrativa da Cúria Romana para atender as necessidades das populações e dioceses mais afastadas de Ro-ma.

Bispos: Os bispos são os sucessores dos apóstolos, recebem com a ordenação episcopal a missão de santificar, ensinar e governar, a eles confiada no âmbito de uma circunscrição definida (podendo ser uma diocese e/ou arquidiocese.

Monsenhor: Monsenhor é um título eclesiástico honorífico conferido aos sacerdo-tes da Igreja Católica Apostólica Romana pelo Papa, em reconhecimento a algum impor-tante serviço prestado à Igreja.

Cônego: É o sacerdote que vive sob uma regra, que o obriga a realizar as fun-ções litúrgicas mais solenes na igreja catedral ou colegiada. O conjunto dos cônegos for-ma o Cabido.

Padre ou presbítero: Na Igreja Católica, o presbítero (vulgarmente vertido por padre ou sacerdote) é aquele que recebe o Sacramento da Ordem em seu segundo grau (sendo o primeiro grau, o de diácono, e o terceiro grau, o de bispo), sendo, portanto, um estágio intermediário na hierarquia do clero católico.

Diácono: Na Igreja Católica, é um ministro religioso que está no último dos sete anos de estudos - em média - os que levam à carreira clerical. Há os diáconos em grau permanente que podem ser homens solteiros, casados ou viúvos.

ÓRGÃOS

Santa Sé: Órgão principal da igreja católica apostólica romana.

Colégio cardinalístico: Formado pelos cardeais, responsável pela eleição do papa no conclave.

Colégio episcopal: conjunto de todos os bispos do mun-do, presidido pelo papa.

Celam: Conferência episcopal latino-americana.

CNBB: Conferência nacional dos bispos do Brasil.

Regionais: Conjunto de dioceses do Brasil.

Diocese: Divisão geográfica em que reside um bispo (conjunto de paróquias presididas por um bispo).

Paróquia: Conjunto de comunidades coordenadas por um padre (pároco).

EM CASA

1) Com sua família pense sobre as seguintes questões:a) O que aconteceria caso a Igreja Católica não fosse organizada e estruturada

dessa maneira?b) Qual a importância da organização?c) Nós, como coroinhas, podemos ajudar de que maneira na organização da

Igreja?

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OBJETOS LITÚRGICOS

Alfaias: São todos os objetos utilizados no culto, como por exemplo, os para-mentos litúrgicos, as toalhas, os orna-mentos etc.

Almotaque: Pequena almofada que é colocada sobre o tapete, para o cele-brante apoiar a cabeça por ocasião da cerimônia da Paixão ou no momento da ladainha de todos os santos, por oca-sião de ordenação diaconal, sacerdotal ou votos que os religiosos fazem; pe-quena almofada que é colocada sobre o altar, para apoiar o missal.

Amito: Pano quadrangular, com um laço em cada ponta, simboliza o jugo do padre.

Anel Episcopal: Pequena tira circular, geralmente de metal, simples ou com engaste de pedras preciosas, esmalte ou com Cristo Crucificado, que os bis-pos, arcebispos, cardeais e cardeais-ar-cebispos usam no dedo.

Anel Papal: Pequena tira circular geral-mente de prata ou ouro e com o Cristo Crucificado que o Papa usa no dedo.

Anel Presbiteral: Pequena tira circular geralmente de metal, que o presbítero (padre) usa no dedo.

Apoio do Santíssimo: Geralmente de madeira com revestimento de pano e renda, serve de apoio ao Santíssimo, na hora da exposição no santo altar.

Aspersão ou Asperges: Rito pelo qual o sacerdote joga água benta sobre os fiéis. Este rito pode substituir o Ato Pe-nitencial da Missa. É um gesto que acontece numa bênção. As pessoas devem receber de pé.

Aspersório: Recipiente de metal na forma de um pequeno bastão, para as-pergir água benta sobre o povo. É mer-gulhado na caldeirinha para pegar a água, ou esta é depositada dentro dele, se o mesmo possuir pequenos furos para sair a água ao ser agitado sobre os fiéis.

Aspersório-fixo: Pequeno pote que fica no fundo das igrejas, para os fiéis se benzerem com água benta.

Assembléia: Grupo de pessoas que se reúne para rezar, meditar e celebrar.

Átrio: O espaço da Igreja onde ficam os fiéis em geral.

Avental: Tipo de pano que é colocado na barriga do Padre. Hoje ele é usado na cerimônia do Lava-pés.

Bacia: Usada junto com o jarro nas pu-rificações litúrgicas (por exemplo, para lavar as mãos na missa).

Báculo: É um bastão na forma de caja-do, simbolizando que o Bispo é o pas-tor, representante de Jesus Cristo, o

Bom Pastor.

Baculífero: Acólito que é encarre-gado de “zelar” pelo báculo duran-te as Missas onde o Bispo se faz presente.

Baldaquino: Espécie de dossel sustentado por colunas, que serve de cúpula ou coroa de um altar, trono, sólido ou leito; cobertura por cima do altar.

Barrete: Cobertura quadrangular para cabeça de clérigo.

Caldeirinha: Vasilha onde se co-loca a água benta para aspersão das pessoas e objetos.

Castiçais: Suporte para velas.

Círio Pascal: Vela grande que é usada na Vigília Pascal, durante o tempo pascal e nas cerimônias de batismo durante o ano. Simboliza Cristo ressuscitado, luz do mundo. É preparado com antecedência, pois nele tem que estar visivel-mente colocado o seguinte: o de-senho da cruz, as letras A e Z, pri-meira e última letra do alfabeto, significando Jesus, princípio e fim, e os números referentes ao ano, lembrando o tempo decorrido des-de a vinda de Cristo e a história da salvação. Durante a cerimônia da Vigília Pascal são fixados cinco cravos, feitos de pregos cobertos de cera misturada com incenso, cada um simbolizando uma das chagas de Cristo.

Colherinha: Há uma usada para colocar uma gota de água no vi-nho, durante o ofertório da Missa (pouco utilizada, hoje), e outra que se usa para colocar incenso no tu-ríbulo.

Conopeu: Cortina colocada na frente do sacrário.

Credência: Mesinha ao lado do al-tar para colocar os objetos usados na Missa e outras celebrações.

Cruciferário: Pessoa encarregada de levar a cruz numa procissão em qualquer celebração.

Cruz Procissional: A cruz que é carregada nas procissões que tem um cabo maior.Incenso:É utilizado em missas solenes re-presentando a proteção e purifica-ção daquilo que está sendo usado na celebração.

Batina: Hábito eclesiástico do pa-dre.

Batistério: Lugar da Igreja apro-priado para a celebração do Batis-mo, onde se encontra a pia batis-

mal. Documento que a Igreja fornece que comprova que o cristão foi batiza-do.

Braseiro: Pequeno pote de latão que serve para acender o carvão para ser colocado no turíbulo.

Capa de asperges: Capa usada pelo padre para aspergir os fiéis com a água benta.

Capa de baculífero: É a capa que o acólito usa para segurar o báculo do bispo.

Capa de mitrífero: Capa usada pelo acólito que é responsável pela mitra e pelo solidéu do bispo.

Capífero: Acólito encarregado de “ze-lar” e colocar a capa-magna ou véu de ombros nos ombros do padre, na hora da bênção do Santíssimo.

Catecúmeno: Aquele que se prepara e se instrui para receber o Batismo.

Cátedra: Cadeira pontifícia.

Cerimoniário: O clérigo que dirige as cerimônias litúrgicas.

Chave-sacra: Chave que abre o Sacrá-rio.

Coletador: Cestinho para coletar di-nheiro das ofertas.

Coussim: Tipo de almofada que é colo-cada sobre o altar para colocar o Mis-sal, varia a cor com o tempo litúrgico.

Estante de mesa: Usada para colocar o Missal.

Evangeliário: Livro que contém os Evangelhos que pode ser conduzido em procissão na entrada da missa e antes da Proclamação do Evangelho.

Genuflexório: Banco ou local próprio para ajoelhar-se.Lavabo:Pequeno pratinho que o padre lava as mãos. Simboliza a purificação da comu-nidade, especialmente a do celebrante.

Librífero: Acólito encarregado de con-duzir e apresentar os livros sagrados, usados durante as cerimônias litúrgi-cas.

Matraca: Objeto de latão ou madeira usado nas procissões de Sexta-feira Santa.

Matraqueiro: Acólito incumbido de to-car a matraca.

Mitra: Insígnia que os bispos, arcebis-pos e cardeais arcebispos colocam na cabeça.

Mitreiro: Bandeja que o mitrífero segu-ra para colocar a Mitra do Solidéu

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Mitrífero: Acólito que “zela” pela mitra.

Óleo Santo: Óleo abençoado pelo Bis-po na Quinta-feira Santa, usado para ungir os fiéis em diversas cerimônias.

Oratório: Pequena caixa de vidro ou madeira que serve para pôr a imagem de santo.

Santoleiro: Pequena caixinha circular onde é guardado o Santo-óleo.

Túnica ou alva: A túnica é aquele manto longo que cobre todo o corpo do sacerdote, lembrando a túnica de Je-sus, sem costura de alto a baixo, sobre a qual os soldados lançaram a sorte para ver a quem caberia. A túnica em geral é branca, mas pode também ser de outras cores.

Cíngulo: Cordão utilizado na cintura sobre a alva.

Sobrepeliz: Veste branca usada sobre a batina para substituir a alva. Utilizada em procissões e na celebração de al-guns sacramentos.

Estola: A estola é um paramento usado pelo sacerdote e é uma faixa vertical, separada da túnica, a qual desce do pescoço do celebrante, com duas pon-tas. A estola acompanha a cor litúrgica, que pode variar conforme o tempo ou a circunstância. Existem quatro cores: branca, verde, vermelha e roxa. Antiga-mente, havia também a cor preta, usa-da nas missas dos defuntos e na Sexta-feira Santa. As estolas costumam ser bordadas com símbolos cristãos e re-presentam o poder sacerdotal.

Casula: Veste sacerdotal igual a uma pequena capa que é usada sobre a tú-nica durante as missas. A cor varia de acordo com o tempo ou circunstância li-túrgica: branca, verde, vermelha ou ro-xa.

Dalmática: Roupa usada pelo Diácono sobre a alva e a estola durante as cele-brações.

Espórtula: Dinheiro que é oferecido para manter as necessidades do culto. Não é um pagamento pela celebração, pois jamais dinheiro nenhum ou qual-quer outra coisa pode pagar o valor da Eucaristia, pois este é inestimável e infi-nito. Nem tampouco é substituto do dí-zimo.

Capa, Capa Pluvial ou Capa Magna:Capa longa usada pelo sacerdote sobre os ombros durante as procissões e bênção do Santíssimo Sacramento e ao aspergir a assembléia.

Sinos: Os sinos são utilizados no mo-mento da consagração para chamar a atenção da assembléia a olhar o Corpo e Sangue de Jesus ali consagrados.

Toalhas: O altar está sempre coberto com toalhas. Em geral, são brancas, compridas, com as pontas tocando o chão nos dois lados. O altar para a Mis-sa deve ser bem preparado, com todo o

respeito e reverência, mais do que quando preparamos as nossas mesas para as refeições. As toa-lhas lembram a dignidade e o res-peito que se devem ao altar.

Flores: As flores são ornamenta-ção. Estão presentes em vários momentos da vida. Inspiram ternu-ra, bondade, amor, gratuidade, ca-rinho, afeto, amizade. Na celebra-ção devem expressar exatamente o que está em nosso íntimo.

Altar: O altar representa a mesa do Senhor, que Jesus e seus dis-cípulos usaram para celebrar a Ceia na Quinta-Feira Santa, no Cenáculo, em Jerusalém. Esta mesa ou altar lembra-nos também a Cruz de Cristo, onde Jesus con-sumou o seu sacrifício. O altar, como a própria palavra diz, deve ficar num lugar alto, para ser visto por toda a assembléia. Em geral, é uma mesa retangular, que nas grandes igrejas chega a ter um metro de largura por dois ou três de comprimento.

Bíblia: É o conjunto dos Livros Sa-grados e é dividido em 2 partes: Antigo Testamento (que contém 46 livros e narra a história sagrada antes da vinda de Cristo) e o Novo Testamento (que contém 27 livros e narra a história a partir de Cristo).A liturgia da Palavra é uma das partes da Santa Missa e deve ser realizada do “Ambão” ou “púlpito”. Os textos bíblicos são previamente selecionados de acordo com o tema da celebração. Para facilitar, esses textos são recolhidos num li-vro apropriado chamado “Lecioná-rio”, ou nos folhetos, como aconte-ce nas celebrações dominicais.

Crucifixo: Significa para nós o so-frimento de Cristo quando estava crucificado. Está presente no pres-bitério.

Velas: São colocadas na tocha (castiçal) e simbolizam a fé e a luz de Cristo.

Ambão: Estante de ferro usada para proclamar a Palavra de Deus (na nossa igreja esta estante é de madeira).

Púlpito: Tipo de mesa da Palavra, com uma pequena escada para subir até ela e com uma pequena cerca ao seu redor, usada para proclamar a Palavra de Deus.

Lecionário dominical: Livro que contém as leituras das missas de Domingo.

Lecionário semanal: Livro que contém as leituras das missas ce-lebradas durante a semana.

Corporal: É uma espécie de toa-lhinha quadrada branca, de linho, que vai no centro do altar. É do-brada em três partes, nos dois

sentidos. Chama-se corporal porque sobre ela coloca-se a hóstia consagra-da, que é o Corpo do Senhor, e o cálice com Seu Sangue nas espécies de pão e vinho.

Pala: É uma peça quadrada, como um cartão de papel revestido de linho bran-co e, portanto, é uma peça dura. Serve para cobrir o cálice com vinho, desde o ofertório até a comunhão. Mesmo antes e depois da missa a pala está sempre sobre o cálice.

Manustérgio: Pequena toalha de linho usada pelo celebrante e ministros da Eucaristia para enxugar as mãos.Patena:É como um pratinho que vai sobre o cá-lice, acompanhando o seu estilo, do qual é um complemento. A patena traz em cima de si a hóstia grande do cele-brante. É menor do que aquela usada na comunhão dos fiéis.

Sangüíneo: É uma toalhinha comprida, semelhante a um lenço branco dobrado em um único sentido. Coloca-se sobre o cálice, ficando suas pontas caídas para os dois lados. Serve para purificar o cálice onde estava o sangue do Se-nhor (por isto o nome de sangüíneo), o cibório e outros objetos litúrgicos usa-dos nas celebrações. Serve, também, para enxugar os lábios do celebrante.

Âmbula, Cibório ou Píxide: É a vasi-lha que contém as partículas (hóstias). É semelhante ao cálice, mas fechada com uma tampa justa. Após a missa a âmbula com hóstias consagradas fica no sacrário.

Cálice: É um dos objetos mais impor-tantes usados na celebração. Nele se deposita o vinho que vai ser consagra-do. Portanto, contém o Sangue do Se-nhor. O cálice é uma espécie de taça, em geral feito de metal dourado ou pra-teado.

Galhetas: São parecidas com duas jar-rinhas, em geral de vidro. Numa está o vinho utilizado para a consagração e na outra está a água que serve para mistu-rar com o vinho antes da consagração e o restante para purificar o cálice e as âmbulas, após a comunhão.

Ostensório ou Custódia: Objeto utili-zado para expor ( ostentar) o Santíssi-mo Sacramento nas adorações, procis-sões, e bênçãos do Santíssimo.

Hóstia: É o pão usado na Eucaristia. Trata-se de uma partícula de pão ázimo ( sem fermento), que será consagrado na Missa. A palavra significa “vítima que será sacrificada”. A hóstia usada pelo celebrante é maior, para que todos possam vê-la na hora da elevação, após a consagração. Em alguns acon-tecimentos públicos, quando há fiéis muito distantes do altar, ela pode ser ainda bem maior, pelo mesmo motivo.

Incenso: É uma resina de aroma suave extraída de várias espécies de árvores, na forma de pequenos grãos, que se queima na brasa que está no turíbulo durante algumas celebrações. A fuma-

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ça que surge e que sobe simboliza as orações de todos subindo a Deus. É uma tradição antiga da Igreja, simboli-zando também proteção e purificação. Em algumas Missas solenes são incen-sados o altar, o Santíssimo, o Evange-lho, o Celebrante, o Presbitério e a as-sembléia.

Naveta: Pequeno recipiente com tampa em que é colocado o incenso a ser usa-do nas celebrações. Tem o formato de um pequeno navio.

Turíbulo: Vaso de metal que fica pen-durado em correntes, que serve para colocar brasa para queimar incenso nas celebrações.

Tapiz: Tapete vermelho usado em ca-samentos.

Lecionário: Livro que contém a leitura das Missas (a primeira, o Salmo, a se-gunda e o Evangelho, nesta seqüência). Há Lecionários próprios para as Missas dominicais.(Lecionário dominical), para outros dias da semana (Lecionário semanal ou feri-al) e para comemoração das festas dos Santos (Lecionário santoral). No Lecio-nário santoral estão incluídas também as leituras para as celebrações na ad-ministração dos sacramentos e para di-versas circunstâncias. Visando uma va-riada e abrangente leitura da Sagrada

Escritura, a Igreja propõe um ciclo de três anos para os domingos e festas. O ano A, em que são feitas leituras do Evangelho de São Ma-teus, o ano B, do Evangelho de São Marcos e mais o capítulo sex-to de São João e o ano C, do Evangelho de São Lucas. As leitu-ras baseadas no Evangelho de São João ficam distribuídas nos tempos especiais (advento, qua-resma, páscoa) e nas grandes fes-tas.

Luneta: Objeto em forma de meia-lua usado para fixar a Hóstia gran-de dentro do ostensório.

Missal: Livro usado pelo celebran-te na missa, que contém todas as orações necessárias para cada dia, conforme as variações própri-as dos tempos litúrgicos e do moti-vo da celebração.

Sacrário ou Tabernáculo: Peque-no cofre sagrado. “Tabernáculo é uma palavra de origem latina que quer dizer ‘tenda da campanha’. Trata-se de uma pequena tenda solidamente fechada, que se situa ao centro ou ao lado do altar. O seu interior deve ser dourado ou forrado de seda branda e o exteri-or, geralmente, é decorado com

símbolos eucarísticos: espigas, uvas, cálices, cordeiro etc. Encontra-se den-tro dele o cibório com as Hóstias, co-berto com um véu, para indicar que Je-sus está ali escondido sob as espécies de pão. Muitas vezes também há uma píxide, pequeno vaso, para guardar a Hóstia grande para as exposições do Santíssimo Sacramento no ostensório ou custódia.” ( Rocha, 2001, p20). O sacrário é o lugar de maior respeito na Igreja. Diante dele deve-se fazer uma genuflexão. Uma luz acesa próximo a ele identifica que há Hóstias consagra-das no seu interior.

Santa Reserva: Eucaristia guardada no sacrário.

Teca: Pequena caixa redonda com tampa, geralmente de metal para levar a comunhão aos doentes.

Véu do Cálice: Pano utilizado para co-brir o cálice.

Véu do Cibório: Capinha de renda branda que cobre a âmbula. É um sinal de respeito para com a Eucaristia.

Véu de ombros ou véu umeral: Usado pelo sacerdote ou diácono na bênção do Santíssimo e nas procissões para le-var o ostensório

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MEUS PRIMEIROS PASSOS COMO COROINHA

1.Chegar à missa 20 min antes;2.O primeiro coroinha que chegar à missa (de preferência o coordenador) deve ir até a sa-cristia e buscar a chave. Os demais devem dirigir-se para a sala dos coroinhas;3.Nunca usar roupas e sapatos chamativos;4.Colocar a túnica que melhor lhe caiba e aguardar na sala dos coroinhas em silêncio (co-roinhas usam a sobrepeliz sem as rendas, acólitos usam sobrepeliz com as rendas); 5.10 min antes da missa, um coroinha vai até o altar acender as velas, colocar as pastas com folhetos nas cadeiras e pegar a cruz;6.O coordenador da missa deve dar todas as orientações aos outros coroinhas e distribuir todas as funções que cada um exercerá no decorrer da missa;7.5 min antes da missa, o coordenador deve fazer a Invocação a São Tarcísio e a oração do Vinde Espírito Santo.

DURANTE A MISSA... (algumas observações)

1. Devemos participar da missa, cantando, orando e respondendo. O coroinha não deve ficar conversando durante a missa e sempre ter uma postura exemplar;

2. Não sair do altar sem autorização do coordenador;3. Usar as pastas para colocar os folhetos sem perder atenção na missa;4. Durante o ofertório, devemos ser ágeis: quando o Padre estiver finalizando a oração

após as preces da comunidade, devemos nos dirigir até a sacristia, sempre lembrando que um coroinha deve ficar responsável por retirar o missal e colocá-lo no altar;

5. Na hora do canto ou oração do “Santo”, devemos descer para tocar os sinos (obs.: isso vale também para as missas de dias de semana);

6. Não fazemos reverência quando os ministros abrem o sacrário para retirar a Eucaris-tia, mas devemos ficar atentos no altar, pois lá Cristo já está presente na hóstia consa-grada;

7. Durante o “abraço da paz”, devemos nos dirigir à assembléia desejando a paz de Cris-to a todos, pois já cumprimentamos o Padre e os ministros no início da missa;

8. A distribuição das patenas deve ser ágil e discreta. O lugar onde cada coroinha deverá ficar deve ser visto antes da missa e não no momento anterior à comunhão;

9. Fazer genuflexão (com o joelho até o chão) cuidadosamente e olhando para o Sacrá-rio, toda vez que passar em frente dele;

10.Não é necessário desligar os ventiladores durante a comunhão;11. Ao retornarmos da comunhão, devemos ficar atentos com a organização do altar e

colocar novamente o missal no ambão do Padre;12. Ao terminar a missa, as caixas de intenções devem ser colocadas novamente no lu-

gar;13. Deixar as túnicas sempre organizadas no guarda-roupa, porque elas são de todos.

Caso elas estejam sujas avisar a coordenação;

Estas são algumas observações que devem ser seguidas pelos coroinhas para que as missas ocorram de forma ordenada e todos possam sair satisfeitos com o trabalho realizado.

A paz de Cristo a todos!

A coordenação