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LEANDRA SANTOS ZENI COORD. PED. DE HISTÓRIA 2014 Página 1 FORMAÇÃO DE HISTÓRIA 2014 FORMAÇÃO DO POVO : IMIGRANTES

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PLANO DE TRABALHO DOCENTE

HISTÓRIA

Marcela Lidiane

Cristovão PERÍODO:

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO (NUMERADO) E PROPOSTA DE TRABALHO ( - )

1- Discussão coletiva : “ Por que somos de cores diferente?”

- Aqui na sala todos somos iguais? Por que?

2- Registro das hipóteses levantadas por eles.

- Vocês vão falando e a professora vai anotar em um painel.

CONTEÚDO Movimentos populacionais: Imigrantes (lugar de origem, motivos que levaram, condições de trabalho, condições na chegada ao Brasil, Paraná, Piraquara, costumes que permanecem, etc.).

OBJETIVO - Entender que está incluído na formação do povo brasileiro. - Conhecer que sua identidade é formada por outros povos. - Conhecer como foi a vinda de seus ascendentes para cá.

CRITERIO DE AVALIAÇÃO E ATIVIDADE AVALIATIVA FALTOU OS CRITÉRIOS

RECURSOS:livro “Por que somos de cores diferentes?”, tabela (4), imagens (5, 6), caixa(6), jogo cara a cara (10), cópia de texto (12,13), fontes (14, 18)

REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA: livro “Por que somos de cores diferentes?”

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3- Leitura do livro “Por que somos de cores diferentes?”

- Prestem atenção no livro que a professora irá ler.

4- Conversa dirigida sobre os aspectos abordados no livro.

a) O que acharam do livro?

b)Vocês se identificaram com algum personagem?

c)Na sua família todos são iguais?

d) Quais são as diferenças? Registre no caderno e leia para os colegas.

d) Hipótese levantada por ...

Tenka Júlio Estevão

- Compare as hipóteses levantada por você e as levantada no livro. A que conclusão chegou?

5- Apresentação e análise de imagens em grupo

- Observe as imagens:

a) O que você vê de diferença nestes povos?

b) Você se identifica com alguma das imagens?

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- Quebra cabeça coletivo

6- Apresentação de caixa com objetos e imagens para os alunos levantarem hipóteses de que

povo representa através do jogo da memória

- através do jogo da memória identifique o povo e o objeto mais utilizado.

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7- Explicação histórica do conceito da palavra “POVO”.

- Pesquise no dicionário o significado da palavra POVO e depois leia o texto.

O povo é uma das maiores invenções do século XX. Nas sociedades coloniais, este conceito

veio substituir, e muitas vezes dignificar, os traumas da escravidão. Ao mesmo tempo, a

burguesia ascendente precisava criar sua interpretação, fazendo desta coletividade uma

suposta categoria com desejos próprios, anseios, lutas. Fatos que ora se destinavam a

conquista de direitos, ora se deflagravam como margem de manobra para os governos

populistas e, por fim, para o consumo. De outro modo, sempre ouvimos falar que o povo faz

cultura, folclore, arte.

Revista de História da Biblioteca Nacional – Edição especial nº100- 2014

8- Leitura com explicação científica da formação do povo brasileiro.

- Leia o texto

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Ao falar da formação do povo brasileiro, é necessário primeiramente considerar que essa é uma história de longa duração e com muitos personagens. O povo brasileiro é marcado pela questão da diversidade. Uma diversidade de cores, fisionomias, tradições e costumes que atestam a riqueza da população que ocupa todo esse território. Sendo assim, vamos observar rapidamente alguns desses mesmos personagens.

Ao longo da Pré-História, o processo de ocupação do continente americano possibilitou a organização de várias comunidades no interior e na região litorânea. Entre essas culturas mais antigas, podemos destacar a presença da antiga civilização marajoara, ao norte do Brasil, e os chamados povos sambaquis, que se espalharam por diferentes regiões do litoral sudeste e sul. Porém, estudos recentes de Walter Neves, arqueólogo brasileiro, indicam que os primeiros povos a habitar a América do Sul teriam sido povos com características negretóides, como pode comprovar o encontrado em Minas gerais.

Uma mulher encontrada em Lagoa Santa, Minas Gerais, com 11.500 anos de idade,

segundo datação realizada em 1998 é o crânio mais velho das Américas, cognominada de Luzia, que fazia parte do grupo dos “homens de Lagoa Santa”, os quais se alimentavam de mais vegetais, através da coleta, do que da caça. A medição dos ossos de Luzia revelaram um queixo proeminente, um crânio estreito e longo e faces estreitas e curtas. Assim, sugere que, antes da chegada dos ancestrais asiáticos dos ameríndios, houve uma primeira leva de imigrantes que deixou a África há 120.000 anos.

Avançando no tempo, destacamos a formação das várias comunidades indígenas que

se espalharam em pontos distintos do território brasileiro. Não sendo povos homogêneos, mas marcados pela pluralidade, os indígenas se diferem em várias línguas e práticas que, portanto, já faziam parte da população do nosso território. Até o século XVI, eles foram os principais ocupantes desse vasto conjunto de terras e paisagens.

Tudo isso viria a se transformar no ano de 1500, com a chegada dos europeus por aqui. Os portugueses ocuparam o Brasil com a intenção de realizar a colonização das terras e, consequentemente, explorar as riquezas existentes. Sob o signo da dominação e da adaptação, os lusitanos trouxeram para cá as particularidades de sua cultura de origem e da Europa Cristã.

Ao longo das idades moderna e contemporânea, notamos a chegada de outros povos de origem europeia. Espanhóis, franceses, alemães e holandeses apareceram por aqui buscando disputar as terras que estavam sendo dominadas pelos portugueses. No século XIX, a expansão da economia cafeeira no Brasil e as crises políticas na Europa incentivaram a chegada de vários camponeses e trabalhadores dispostos a ocupar postos de trabalho tanto no campo, quanto nos centros urbanos da época. Em tempos mais recentes, temos de modo semelhante a chegada dos asiáticos.

Depois trazidos pelos portugueses, desde o século XVI, vários povos africanos vieram para o Brasil a fim de trabalhar como escravos. Vitimados pela exploração de sua força de trabalho, sofreram com um processo de dominação que também afetou as populações indígenas do território. Ainda assim, deixaram evidentes marcas de sua presença na identidade histórica e cultural do povo brasileiro.

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Entre todas essas chegadas, conflitos, desigualdades, acordos e contatos é que enxergamos a complexidade do povo brasileiro. Em um território tão extenso, vemos que a unidade de nossa população não passa de um desejo impossível. Contudo, isso fez com que o povo brasileiro fosse admirado por possuir uma variedade encontrada em poucos lugares desse mundo. Hoje, nosso maior desafio é mediar todas essas diferenças tendo o respeito e a tolerância como norteadores de uma vida de maior justiça e felicidade.

http://www.escolakids.com/o-povo-brasileiro.htm

*** Professor você pode apresentar capítulos do vídeo “O povo brasileiro” – Darcy Ribeiro

para aprofundar o assunto.

9- Definição do conceito de indígena, africano e imigrante

Indígena

1-que é original de determinado país, região ou lugar. Nativo. Aborígene. 2-referente aos índios, ou o que deles é próprio. 3-aquele que habitava a América, antes da colonização européia, ou o descendente de um desses povos

Africano 1- relativo a África: o continente africano. 2- pessoa natural de África

Imigrante

1. pessoa que vai viver para um país diferente do seu: os imigrantes portugueses em França

2. que vai viver para um país diferente do seu: um trabalhador imigrante

10- Levantamento com os alunos sobre a descendência deles.

- Você sabe de que povo você descende? Pesquise com seus familiares.

11- Jogo sobre a descendência

- vamos jogar “cara a cara”

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Adaptação Cara a Cara: compõe-se fichas soltas de 12 “caras” de pessoas diferentes de

diferentes etnias e dois tabuleiros que possuem as mesmas 12 “caras” encaixadas em

suportes plásticos que podem ficar de pé e serem baixados quando necessário. Duas

pessoas iniciam o jogo, pegando do monte uma carinha cada um sem deixar que o outro veja

qual é. A partida se inicia tentando se descobrir a carta do adversário, com perguntas.

Esse jogo possibilita a observação de vários detalhes e, por isso mesmo, critérios de

classificação de maior ou menor extensão, que abrangem maior ou menor quantidade de

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caras, por exemplo, existem aquelas que possuem cabelos pretos e castanhos e se eu

perguntar : “Tem cabelo escuro ?” Consigo com uma pergunta baixar um número de fichas

bem maior do que se eu apenas perguntar: “Tem cabelo preto ? “ O objetivo é perceber

características étnicas.

Para aquele que faz a pergunta, é preciso fazer a adequação da ação, isto é, se o adversário

responde que não tem cabelos escuros, quem fez a pergunta precisa baixar todos os que têm

cabelos escuros, sobrando apenas aqueles que têm cabelos claros, etc.

12- Leitura do texto em grupos

- Vamos ler os textos.

Etnias

O Paraná é um dos estados com a maior diversidade étnica do Brasil. São alemães, poloneses, ucranianos, italianos, japoneses, povos que ajudaram a construir o Paraná de hoje.

As 28 etnias que colonizaram o Estado trouxeram na bagagem sua cultura, costumes e tradições. Os imigrantes chegaram com a promessa de encontrar a paz numa 'terra desconhecida, mas que prometia trabalho, terra, produção e tranquilidade. A colonização maciça só começou depois da proibição do tráfico de escravos, o que aumentou a procura de mão-de-obra para trabalhar nas fazendas de café, principalmente no Norte do Estado.

Essa mão-de-obra assalariada passou a ser a melhor alternativa para o desenvolvimento da pecuária, até então era a principal cultura do Paraná, e das lavouras de café.

Foi a partir de 1850, quando o Paraná deixou de ser província de São Paulo, que o Governo local iniciou uma campanha para atrair novos imigrantes. Entre 1853 e 1886 o Estado recebeu cerca de 20 mil imigrantes. Cada um dos povos que colonizaram o Paraná formaram colônias nas regiões do Estado. Alemães - Os alemães foram os primeiros a chegar ao Paraná, em 1829, fixando-se em Rio Negro. Mas, o maior número de imigrantes vindos da Alemanha chegou ao Estado no período entre as guerras mundiais, fugindo dos horrores dos conflitos. Esse povo trouxe ao Paraná todas as atividades a que se dedicavam, entre elas a olaria, agricultura, marcenaria, carpintaria, etc. E, à medida que as cidades prosperavam, os imigrantes passaram a exercer também atividades comerciais e industriais. Hoje, a maior colônia de alemães está no município de Marechal Cândido Rondon, que guarda na fachada das casas, na culinária e no rosto de seus habitantes a marca da colonização. Os alemães estão concentrados também em Rolândia, Cambé e Rio Negro. A maioria deles chegou ao Paraná vindo de Santa Catarina. Árabes - O primeiro lugar onde os árabes se instalaram no Paraná foi Paranaguá. Mais tarde eles foram para Curitiba, Araucária, Lapa, Ponta Grossa, Guarapuava, Serro Azul, Londrina, Maringá e Foz do Iguaçu, que hoje tem a maior colônia árabe do Estado. Em Curitiba apareceram em maior número após a Segunda Guerra Mundial, quando chegaram a constituir cerca de 10% da população.

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Uma das maiores influências dos árabes no Estado está na gastronomia, onde os temperos e condimentos passaram a ser incorporados a culinária de modo geral, além dos kibes e sfihas que até hoje estão presente na mesa dos paranaenses. Os imigrantes árabes se dedicaram principalmente à produção literária, arquitetura, música e dança. Espanhóis - Os primeiros imigrantes espanhóis que chegaram ao Paraná formaram Colônias nos municípios de Jacarezinho, Santo Antônio da Platina e Wensceslau Brás. Entre 1942 e 1952 a imigração espanhola tornou-se mais intensa. Novos municípios, principalmente na região de Londrina, foram formados por esses imigrantes. Eles desenvolveram atividades comerciais, artesanais e relacionadas à indústria moveleira. Holandeses - Os primeiros holandeses chegaram no Paraná em 1909, instalaram-se em uma comunidade próxima a Irati. Algumas famílias acabaram voltando para a Holanda, outras foram para a região dos Campos Gerais onde fundaram a Cooperativa Holandesa de Laticínios, em 1925. A Cooperativa trouxe a consolidação da colônia de Carambeí. A Castrolanda é a povoação mais recente de holandeses na região. Indígenas - Na época do descobrimento, em 1500, o Brasil era habitado por tribos indígenas, que viviam espalhadas por todo o território nacional. No Paraná, o habitantes também eram os indígenas que formavam grandes grupos ou tribos, os Jê ou Tapuia e a grande família dos Tupis-Guarani. Os Carijó e Tupiniquim habitavam o litoral; os Tingüi, a região onde hoje é Curitiba; os Camé, a região onde hoje é o município de Palmas; os Caigangue e Botocudo habitavam o interior do Paraná. Os primeiros caminhos do Paraná foram feitos pelos índios e usados pelos bandeirantes para penetrar no território: Caminho de Peaberu, Caminho da Graciosa, Caminho de Itupava e Estrada da Mata. Italianos - No Paraná eles contribuíram muito trabalhando nas lavouras de café e, mais tarde, em outras culturas. A principal concentração desses imigrantes no Estado está na capital, Curitiba, em Morretes, no litoral, e nas cidades de Palmeira e Lapa, onde existiu a colônia anarquista de Santa Cecília. Os italianos contribuíram também na indústria e na formação de associações trabalhistas e culturais. Japoneses - Os imigrantes japoneses se fixaram no Norte Pioneiro, trazendo a tradição da lavoura. Como, porém, desconheciam técnicas agrícolas relativas às culturas tropicais, se dedicaram a piscicultura, horticultura e fruticultura na economia regional. Alguns dos produtos introduzidos no Estado pelos japoneses foram o caqui e o bicho da seda. Maringá e Londrina são as cidades paranaenses que concentram o maior número de japoneses. Os municípios de Uraí e Assaí originaram-se a partir de colônias japonesas. Negros -A população do Paraná tradicional, isto é, do Paraná da mineração, da pecuária, das indústrias extrativas do mate e da madeira, e da lavoura de subsistência , era heterogênea e nela estavam presentes os mesmos elementos que compunham a população das outras regiões brasileiras: o indígena , o europeu, o negro e seus mestiços. Portanto, uma sociedade também marcada pela escravidão e na qual foi significativa a participação econômica e social dos escravizados negros. Na primeira metade do século XIX o número relativo de representantes da raça negra chegou a 40% do total da população da Província. Em Curitiba, o escravizado estava presente no trabalho doméstico, mas também tinha lugar importante no cenário econômico e cultural da cidade. Poloneses - Os poloneses chegaram ao Paraná por volta de 1871, e fixaram-se em São Mateus do Sul, Rio Claro, Mallet, Cruz Machado, Ivaí, Reserva e Irati. Em Curitiba, fundaram

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várias colônias que hoje são os bairros Santa Cândida e Abranches. Esse povo ajudou a difundir o uso do arado e da carroça de cabeçalho móvel, puxado a cavalo. Dedicados à agricultura, ajudaram a aumentar a produção do Estado. Portugueses - No Paraná, a partir de meados do século XIX, destacam-se as grandes levas de portugueses atraídos pela explosão cafeeira do Norte Novo do Paraná, no eixo compreendido entre Londrina, Maringá, Campo Mourão até Umuarama. Grande maioria veio das Beiras (Alta e Baixa), Minho, Trás-os-Montes. A cidade de Paranaguá foi, e continua sendo até hoje, a cidade do Paraná que tem mais traços da cultura e herança lusitana. Foi a porta de entrada dos portugueses e manteve alguns traços característicos desse legado. Ucranianos - Os ucranianos chegaram ao Paraná entre 1895 e 1897. Mais de 20 mil Imigrantes chegaram ao Estado e formaram suas principais colônias em Prudentópolis e Mallet. Estão presentes também nos municípios de União da Vitória, Roncador e Pato Branco. Hoje o Paraná abriga a grande maioria de ucranianos que vivem no Brasil: 350 mil dos 400 mil imigrantes e descendentes.

Fonte: Secretaria de Estado do Turismo – SETU

14- Demonstração de alguns documentos sobre os indígenas, negros e imigrantes em outros

tempos.

- Observem as imagens dos imigrantes da época como chegaram ao Brasil e uma imagem

atual percebendo as permanências e mudanças

INDÍGENAS

Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura de

milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Esta agricultura era

praticada de forma bem rudimentar, pois utilizavam a técnica da coivara (derrubada de mata e

queimada para limpar o solo para o plantio).

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Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e

capivara. Não conheciam o cavalo, o boi e a galinha. Na Carta de Caminha é relatado que os

índios se espantaram ao entrar em contato pela primeira vez com uma galinha.

http://www.suapesquisa.com/indios/

ESCRAVIZADOS

No desenvolvimento do regime escravocrata no Brasil, observamos que os negros trazidos para o espaço colonial sofriam um grande número de abusos. A dura rotina de trabalho era geralmente marcada por longas jornadas e a realização de tarefas que exigiam um grande esforço físico. Dessa forma, principalmente nas grandes propriedades, observava-se que o tempo de vida de um escravo não ultrapassava o prazo de uma década.

Quando não se submetiam às tarefas impostas, os escravos eram severamente punidos pelos feitores, que organizavam o trabalho e evitavam a realização de fugas. Quando pegos infringindo alguma norma, os escravos eram amarrados no tronco e açoitados com um chicote que abria feridas na pele.

Entretanto, não podemos deixar de salientar que a população negra também gerava formas de resistência que iam contra o sistema escravista. Não raro, alguns escravos organizavam episódios de sabotagem que prejudicavam a produção de alguma fazenda. Em outros casos, tomados pelo chamado “banzo”, os escravos adentravam um profundo estado de inapetência que poderia levá-los à morte.

Não suportando a dureza do trabalho ou a perda dos laços afetivos e culturais de sua terra natal, muitos negros preferiam atentar contra a própria vida. Nesse mesmo tipo de ação de resistência, algumas escravas grávidas buscavam o preparo de ervas com propriedades abortivas. Além disso, podemos salientar que o planejamento de emboscadas para assassinar os feitores e senhores de engenho também integrava esse corolário de ações contra a escravidão.

Segundo a perspectiva de alguns estudiosos, as manifestações culturais dos negros também indicavam outra prática de resistência. A associação dos orixás com santos católicos, a comida, as lutas (principalmente a capoeira) e as atividades musicais eram outras formas de se preservar alguns dos vínculos e costumes de origem africana. Com o passar do tempo, vários itens da cultura negra se consolidaram na formação cultural do povo brasileiro. Do ponto de vista histórico, os quilombos foram a estratégia de resistência que melhor representou a luta contra a ordem escravocrata. Ao organizarem suas fugas, os negros formaram comunidades no interior das matas conhecidas como quilombos. Nesses espaços, organizavam uma produção agrícola autônoma e formas de organização sociopolítica peculiares. Ao longo de quatro séculos, os quilombos representaram um significativo foco de luta contra a lógica escravocrata.

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Por Rainer Sousa

Graduado em História http://www.brasilescola.com/historiab/a-resistencia-dos-escravos.htm

“Fugiu no dia 29 de junho passado uma preta de nação mina, ladina, bem falante, com os

sinais seguintes: alta, magra, proporcionada, bonita, bem feita, e com bons dentes, levou

camisa de algodão americano, vestido de riscadinho escuro, um lenço no pescoço e outro

amarrado na cabeça, à maneira das pretas da Bahia, e um pano de riscado a costa com que

se costuma embrulhar; ela anda pela cidade porque foi encontrada na rua do Ouvidor e no

largo do Capim em companhia de uma outra preta mina que vende galinhas no largo do

Capim e tem casa no Valongo, onde mora.”

(Diário do Rio de Janeiro, 16/07/1836.)

Muitos fugitivos iam para a cidade, onde eram empregados por outros senhores em serviços

esporádicos, como se fossem escravos forros. O pequeno comércio ambulante era uma

atividade que empregava esses escravos fugidos. Outros escravos fugidos eram capturados

ou convencidos por outros negros para viverem em quilombos.

Anuncio da Fuga do escravo Fortunato. Rio de Janeiro, 18 de outubro de 1854.

Erguidos nas matas ou em áreas de difícil acesso que oferecessem segurança e meios

naturais de sobrevivência, os quilombos eram o grande refúgio dos escravos que conseguiam

escapar da opressão. Os quilombos também abrigavam negros forros, índios, mulatos e

caboclos.

O PROCESSO IMIGRATÓRIO

Para compreender melhor a colonização e a imigração temos que analisar o momento histórico vivido, por exemplo, na Itália e no Brasil.

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Em 1870, após 50 anos de luta, a Itália se unifica e as formas feudais são substituídas pelo capitalismo industrial. Em 1855 o governo institui altos impostos, endividando os pobres que perderam as terras para o governo ou para os proprietários maiores, também chamados „senhores‟. Além disso, a substituição do artesanato pela produção industrial gerava desemprego. O excesso de população aliado à doenças endêmicas e ao horror à guerra e ao serviço militar, deixaram o povo italiano sem perspectivas de melhorar sua própria qualidade de vida. A solução encontrada na época para uma vida mais digna era emigrar. A propaganda que o governo brasileiro fez para atrair a mão-de-obra europeia afirmava que aqui os imigrantes teriam melhores condições de vida e maior acesso aos bens materiais. Para vir ao Brasil, não precisariam pagar suas passagens e poderiam ainda, mediante o pagamento a longo prazo, possuir o seu próprio lote de terra. Mas o discurso que impregna a propaganda da atração esconde inúmeros casos de descontentamento, dificuldades encontradas e desistências:

15- Análise de documentos referente a imigração. - Atentar para a proporção do tamanho do estado de São Paulo em relação ao restante do Brasil:

O IMIGRANTE, São Paulo, n. 1, ano 1, jan. 1908, capa. Apesp.

1) Por que São Paulo aparece “destacada” do restante do país? 2) De onde vinham os imigrantes? Segundo a imagem, qual era o destino deles? 3) Qual é o papel da propaganda nesse período? Ela necessariamente traduz aos imigrantes a imagem da realidade? Justifique.

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“Na América – Terras no Brasil para os italianos. Navios em partida todas as semanas do Porto de Gênova.

Venham construir os seus sonhos com a família. Um país de oportunidade. Clima tropical e abundância.

Riquezas minerais. No Brasil vocês poderão ter o seu castelo. O governo dá terras e utensílios a todos”.

Cartaz da propaganda, prometendo terra e abundância no Brasil, entre 1880 à 1930. Acervo Memorial do Imigrante. Problematizando:

1. Descreva o que observa na imagem 2. Quais as informações trazidas nos cartazes que faziam os imigrantes se interessarem

em vir para o Brasil? 3. Considerando ser outra época, até onde as informações referidas nos cartazes e

ilustrações sobre o Brasil, podem ser consideradas verdadeiras.

Passaporte familiar italiano (1923) Acervo Memorial do Imigrante.

Na foto do passaporte de uma família italiana é interessante notar que se trata de um único

passaporte para toda a família. Muitas famílias de imigrantes eram numerosas, como a da

foto, mas também havia casais com um ou dois filhos e homens casados sem a família.

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Imagem interna de um navio. Fonte: Servizio Redazionale Corriere della Sera.

Depoimento de um imigrante que veio para o Brasil em 1893:

“Como estávamos amontoados naquele navio, meu Deus, quando embarcaram outros passageiros.

Naquele bendito vapor éramos mais de duas mil e quinhentas pessoas ocupando a terceira classe,

apertados como sardinha em lata. Não compreendia patavina (…) não conseguia compreender como

havia tido coragem de lançar-me no meio de tantos desconhecidos (…)”.

Citado em Fernando A. Novais (Org). História da vida privada no Brasil, v. 3. São Paulo: Companhia das letras, 1998. p. 240.

Problematizando:

1. Em que condição esse imigrante fez a viagem? 2. Na sua opinião, por que ele fez a viagem? 3. A partir desse depoimento, imagine como foi essa longa viagem. 4. Depois, elabore uma historia em quadrinhos mostrando a viagem desses imigrantes.

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19-Conversa dirigida a respeito da vinda dos nossos ascendentes para o Brasil, inclusive para

Piraquara e apresentação de aspectos desses povos que permanecem em nosso município.

- Conheça alguns elementos destes povos aqui em Piraquara.

Colônia Trentina de Piraquara, no Paraná está em Festa: e têm ótimas razões para comemorar.

O Almoço da colônia de descendentes trentinos Santa Maria Do Novo Tirol em Piraquara do próximo domingo 24 de maio será em comemoração dos 131 anos da imigração trentina naquela localidade, a única colônia de trentinos do Paraná, sendo a grande maioria deles provenientes da região de Fiera di Primiero, em Trento/Itália, hoje, um vale rico em produção agrícola, criação de animais e produção madeireira.

A programação da festa segue abaixo, iniciando com a missa em ação de graças aos desbravadores trentinos, na igreja local, seguindo com a procissão da igreja até o local da festa.

A importância do encontro não está somente na festa, mas também pela assinatura de Acordos de Cooperação Técnica de Fraternidade, chamado de gemellaggio, em italiano, entre o Município de Piraquara e os Municípios do Valle del Primiero (Fiera di Primiero, Canal San Bovo, Imer, Mezzano, Siror, Tonadico, Transacqua e Sagron), com o essencial apoio e intervenção das associações “Trentini Nel Mondo”, de Trento, Itália e o Circolo Trentino di Curitiba. A festa segue com boa música tradicional italiana, danças típicas trentinas e também folclore brasileiro, sendo que durante toda a tarde haverá lazer e venda de produtos agroartesanais, produzidos pela própria comunidade trentina. Os convites do almoço - estão sendo vendidos antecipadamente no Circolo Trentino, situado à rua Desembargador Westphalen, 15 – 2 andar – centro. Adulto: R$ 15,00 e crianças de 6 a 12 anos: R$ 10,00. Outras informações na secretaria do turismo de Piraquara, nos telefones: 41 3673-0186 ou 41 3673-4442. Estão todos convidados. Traga a sua família e venha conhecer um pouco da história dos trentinos do Paraná, suas tradições, cultura e prestigiar o excelente cardápio de comidas típicas. Segue a programação abaixo, em língua portuguesa e italiana. Contamos com a presença de todos os nossos associados.

Venha e participe desta Festa Tradicional do povo trentino do Paraná !

PROGRAMAÇÃO DA FESTA (português)

10h30min – Missa de ação de graças alusiva aos 131 anos da imigração.

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Local: igreja nossa senhora da assunção – parque trentino. 11h30min – Procissão da ate a festa. 12h00min – Abertura Oficial da Festa Trentina – Assinatura de Acordos de Cooperação Técnica de Fraternidade (“Gemellagio”), entre o Município de Piraquara e os Municípios do Valle del Primiero (Fiera di Primiero, Canal San Bovo, Imer, Mezzano, Siror, Tonadico, Transacqua, Sagon) Associazione Trentini Nel Mondo de Piraquara Autônoma de Trento. 12h30min – Almoço – Comida trentina – Risoto de frango caipira, Polenta, Frango frito ao molho, Macarrão, Saladas verdes, Crauti, Fatias de queijo fresco frito.

Sobremesa: sagu com creme. (Não deixe de saborear o Vinho Trentino da Comunidade, alem de bebidas, refrigerante, cerveja e água).

12h30min – Musica Italiana com muita alegria. 14h00min – Dança trentina e Folclore Brasileiro. 15h00min – Bingo típico. 15h30min – Café colonial trentino, bolo, pastel e doces. Obs; durante toda a tarde, haverá lazer e venda de produtos agroartesanais

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PROGAMMAZIONE DELLA FESTA (italiano)

10h30min – Santa Messa di ringraziamento per la commemorazione dei 131 anni della imigrazione. Locale: Chiesa Nossa Senhora da Assunção – Parco Trentino.

11h30min – Processione della Chiesa fino alla Festa. 12h00min – Inizio ufficiale della Festa Trentina – Iniziando con la raccolta delle firme del “Gemellaggio” tra il Comune di Piraquara ed i Comuni della Valle del Primiero, (Fiera di Primiero, Canal San Bovo, Imer, Mezzano, Siror, Tonadico, Transacqua, Sagron) e l‟Associazione Trentini Nel Mondo della Provincia Autonoma di Trento. 12h30min – Pranzo – Cibo Tipico Trentino – Risotto di Pollo (contadino/caipira), Pollo fritto al

sugo di pomodoro, Pasta, Insalata Verde, Crauti, Fette di formaggio fresco fritto. Dessert: Dolce di vino – Sagu – con la crema alla vaniglia (abbiamo il Vino

Trentino fatto dalla comunità, anche altre bibite:Birra , acqua, refrigerante. 12h30min – Musica Italiana com molta allegria. 14h00min – Ballo/Danza trentina e folclore Brasiliano. 15h00mi – La Tombola. 15h30min – Caffè coloniale Trentino, torte, dolci, ecc.

12ª FESTA TRENTINA CELEBRA TRADIÇÃO DOS ITALIANOS EM PIRAQUARA

Seg, 20 de Maio de 2013 12:53 | Escrito por AsCom - PMPiraquara |

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Neste domingo (19), centenas de pessoas celebraram em Piraquara a tradição dos imigrantes italianos que colonizaram boa parte da cidade. A 12ª Festa Trentina, que aconteceu no Parque Trentino, localizado na Colônia Santa Maria do Novo Tirol, homenageou essas pessoas que chegaram em 1878 na região. A comemoração teve início com uma missa na Igreja Nossa Senhora da Assunção, que foi construída pelos imigrantes. Com a Igreja cheia, os descendentes italianos celebraram a sua fé. A imagem de Nossa Senhora da Assunção que esta na Igreja foi trazida com os imigrantes. Em 2009 ela foi levada para a Itália para ser restaurada, voltado à Igreja em 2011. Na saída da missa, os visitantes tiveram a oportunidade de rever a tradição da desmontegada. Em Trento, o gado passava o verão na montanha, e para voltar à cidade, era enfeitado e guiado pelos pastores, e eram recebidos com festa, exatamente como foi reproduzido na Colônia. No almoço, o cardápio típico trentino: fatias de queijo frescal e linguiça assada na pedra, polenta, repolho azedo. E a mistura com o prato brasileiro: risoto de frango caipira, frango frito ao molho e saladas verdes. De sobremesa, sagu de vinho com creme de baunilha. Para receber com fartura todos os visitantes, foram preparados 150 kg de queijo frescal e 150 kg de linguiça, foram utilizados 40 kg de farinha para a polenta e 250 kg de frango feito ao molho. Toda a comida foi produzida pela Associação Trentina de Piraquara, Trento Transforma, que prepara tudo conforme a tradição italiana, especialmente o queijo, a linguiça e a polenta. O grupo de folclore trentino de Rio do Sul, Santa Catarina, fez uma apresentação da dança típica, mostrando como os imigrantes italianos comemoravam em suas festas. Os visitantes puderam adquirir os produtos típicos como queijos, vinho, grappa e geleias, também produzidos pela Associação Trento Transforma. Outra atração foi uma exposição com fotos antigas, mostrando eventos na colônia como festas e casamentos, além de casas e famílias. A Festa contou com a presença da população e autoridades locais, mas também de visitantes de municípios vizinhos e de mais longe, como Santa Catarina. Aproveitando o dia, alguns fizeram um passeio diferente e foram de bicicleta até o local. Um grupo de ciclistas de São José dos Pinhais também prestigiou o evento.

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Curiosidade

Em 2009 Piraquara teve projeção internacional ao firmar o tratado de Gemellaggio ou Acordo de Cooperação Técnica de Fraternidade, com os Municípios do Valle del Primiero (Trento - Itália). O tratado de cidades-irmãs tem como base o princípio de cooperação mútua entre as cidades, contando essencialmente com o apoio e intervenção das associações "Trentini Nel Mondo", de Trento, Itália e o Circolo Trentino di Curitiba. Os municípios do Valle del Primiero que fazem parte do gemellaggio são Fiera di Primiero, Canal San Bovo, Imer, Mezzano, Siror, Tonadico, Transacqua e Sagron.

BAILE DO PATO

Qual é a origem do internacionalmente famoso Baile do pato? Os colonos alemães amavam uma boa festa. Em todas as festas havia dança, boa

comida e alegria constante. Muitos bailes foram realizados num paiol grande que existe até hoje no bairro

Guarituba. Neste paiol tornou-se tradição assarem patos e recheá-los para alimentar o povo que lá se reunia para dançar.

Com o tempo e a mudança de costumes o paiol tornou-se salão de dança e hoje é conhecido como "Baile do pato.”

“Causos, Contos e Flagrantes do Cotidiano piraquarense”.

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Uma das últimas e mais preciosas imagens que temos do nosso querido Souza, ele

apreciando sua cerveja com toda calma e tranqüilidade, em seu traje típico de dias de baile o

terno sempre muito alinhado e sua inesquecível boina vermelha.

O fundador Heinrich de Souza, nasceu em Benedito Novo – SC, no dia 30 de junho de 1923.

Filho de Joaquim e Ida de Souza veio a Curitiba trabalhar como Alfaiate, mais

especificamente na Vila Guaíra. Em 1953 mudou-se para o bairro Guarituba no Município de

Piraquara, sendo um dos pioneiros do bairro.

A pele fina das mãos de um alfaiate estranharam o cabo da enxada e as úberes das vacas,

porém, a vontade de vencer o encorajava a prosseguir com seu novo trabalho.

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Em 1958, a saudade dos tradicionais bailes catarinenses o motivou a fundar o Clube Colonial.

Tudo começou numa salinha, onde só tinha uma mesa, algumas cadeiras, um banco, um pato

e o baile era animado por um sanfoneiro.

O tempo foi passando, o número de pessoas crescendo, o salão aumentando, já havia um

conjunto contratado - Conjunto Havaí, transformando-se no “Tradicional Baile do Pato”.

Os freqüentadores vinham de Curitiba, Região Metropolitana e outras cidades do estado.

Logo, foram contratadas Bandas de Santa Catarina para completar a tradição alemã. E

realizava-se o sonho do “Seo Souza”. Como era conhecido.

Heinrich tornou-se um mito. Com sua boina vermelha, subia no palco para cantar sua canção

preferida “Isabela” (valsa alemã). Ainda no palco, agradecia a presença de todos e dizia: -

Quem gostou, gostou, quem não gostou, volta até gostar!

Com quase 80 anos dançava a noite inteira, era respeitado e querido por todos.

Ele faleceu, em 09 de fevereiro de 2002, deixando muitas saudades, porém, o Baile do Pato

continua até hoje, com a mesma tradição, sendo conhecido e falado em muitos estados

brasileiros.