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FORMAR E INOVAR Atuando nas áreas de educação e capacitação, SESI e SENAI têm auxiliado o Brasil e a Bahia a se tornarem mais competitivos ISSN 1679-2645 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA SISTEMA FIEB ANO XXIV Nº 250 2017

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Formar e inovarAtuando nas áreas de educaçãoe capacitação, SESI e SENAI têmauxiliado o Brasil e a Bahia a setornarem mais competitivos

ISSN 1679-2645Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SiStema FieB

aNo XXIv Nº 250 2017

Quando, há sete décadas, empresários de visão, como Euvaldo Lodi e Roberto Simon-

sen, decidiram idealizar a estrutura capaz de dar suporte às necessidades do jovem

parque industrial brasileiro, definiram as linhas mestras para a criação e a atuação

do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Indus-

trial (SENAI).

Ao SESI coube o papel de prover educa-

ção de qualidade para o industriário e seus

dependentes; ao SENAI, coube a tarefa de

fornecer mão de obra qualificada para a

indústria, atenuando um grande fator limi-

tante da época. Desde então, em razão das

deficiências do Estado, ambas as institui-

ções assumiram um papel protagonista no

apoio à indústria brasileira. Com recursos

bancados pela iniciativa privada, as duas

entidades agregaram novas competências

e vêm somando conquistas nas respectivas

áreas de atuação.

Sejam pequenos, médios ou grandes em-

preendimentos industriais, neles está pre-

sente o apoio do SESI e do SENAI. O primei-

ro, com a prestação de serviços de educação

e também de saúde e segurança no traba-

lho; o segundo, no esforço para qualificar

o trabalhador e no apoio às empresas com

serviços de tecnologia e inovação. Com a experiência adquirida ao longo dos anos, as

duas entidades desenvolveram uma metodologia que lhes permite antecipar tendên-

cias do mercado, para oferecer serviços adequados e, em muitos casos, customizados

às indústrias.

Na Bahia, os números das duas instituições falam por si. Em 2014/16, o SENAI re-

alizou quase 326 mil matrículas em educação profissional, das quais, quase 78 mil

gratuitas, evidenciando aí o papel social que exerce. Além disso, atendeu a 2.108 em-

presas, em 138 municípios. Em Salvador, funciona a mais avançada unidade do SENAI

no país, o Cimatec, que alia um robusto centro tecnológico e um centro universitário de

destaque. Este último, foi classificado pelo MEC como a melhor instituição de ensino

superior em Engenharia, do Norte/Nordeste.

O SESI realizou na Bahia mais de 176 mil matrículas gratuitas em Educação e seus

alunos obtém bons resultados na Prova Brasil do MEC. Segundo o Insper, alunos da

entidade alcançam médias superiores aos das redes pública e privada, nos testes de

língua portuguesa e de matemática.

O SESI e o SENAI são organizações inovadoras, que primam pela qualidade dos

serviços que prestam. É fato que, sem elas, a indústria nacional seria muito menos

competitiva e, certamente, não conseguiria a musculatura necessária para atravessar

momentos de dificuldades como os atuais.

SESI e SENAI: apoioconsistente à indústria

Professor

orienta alunos

em laboratório

da escola SeSi

adonias Filho,

em ilhéus

editorial

aluna do SeNaiem galpão pararealização deatividadespráticas decapacitação emfoto de Betto Junior

nº 250 set/out 2017

4 Bahia Indústria

SindicatoS filiadoS à fiEB

Sindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e

tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria

do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS Vege-

taiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e

de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de

madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo,

milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de

mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eSta-

do da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS in-

dúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS

d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de

mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS

induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, gra-

nitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS,

concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado

da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sin-

dicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e

tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS in-

dúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado

da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS

hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução

e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do

nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da conStrução e reParação naVal e oFFShore (Sina-

Val) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria do eStado da Bahia, [email protected]

Filiada à

fiEBPReSiDeNte Antonio Ricardo Alvarez Alban. 1° ViCe-

-PReSiDeNte Carlos Henrique Jorge Gantois. ViCe-

-PReSiDeNteS Josair Santos Bastos; Eduardo Catha-

rino Gordilho; Edison Virginio Nogueira Correia;

Alexi Pelagio Gonçalves Portela Junior. DiRetOReS

titULaReS Alberto Cánovas Ruiz;Eduardo Meirelles

Valente; Renata Lomanto Carneiro Müller; Fernando

Luiz Fernandes; Juan José Rosario Lorenzo; Theofilo

de Menezes Neto; José Carlos Telles Soares; Angelo

Calmon de Sa Junior; Jefferson Noya Costa Lima;

Luiz Fernando Kunrath; João Schaun Schnitman;

Antonio Geraldo Moraes Pires; Mauricio Toledo de

Freitas; Waldomiro Vidal de Araújo Filho. DiRetOReS

SUPLeNteS Guilherme Moura Costa e Costa; Glads-

ton José Dantas Campêlo; Cléber Guimarães Bastos;

Jorge Catharino Gordilho; Marcelo Passos de Araú-

jo; Roberto Mário Dantas de Farias

conSElhoSmiCRO e PeqUeNa emPReSa iNDUStRiaL Carlos Henri-

que Jorge Gantois; aSSUNtOS FiSCaiS e tRiBUtáRiOS

Sérgio Pedreira de Oliveira Souza; COméRCiO exte-

RiOR Angelo Calmon de Sá Junior; eCONOmia e De-

SeNVOLVimeNtO iNDUStRiaL Antonio Sergio Alipio;

iNFRaeStRUtURa Marcos Galindo Pereira Lopes;

iNOVaçãO e teCNOLOgia José Luis Gonçalves de Al-

meida; meiO amBieNte Jorge Emanuel Reis Cajazei-

ra; ReLaçõeS tRaBaLhiStaS Homero Ruben Rocha

Arandas; ReSPONSaBiLiDaDe SOCiaL emPReSaRiaL

Marconi Andraos Oliveira; JOVeNS LiDeRaNçaS iN-

DUStRiaiS Nayana Carvalho Pedreira; PetRóLeO,

gáS e NaVaL Humberto Campos Rangel; PORtOS

Sérgio Fraga Santos Faria

ciEBPReSiDeNte Reginaldo Rossi. 1º ViCe-PReSiDeNte Jor-

ge Emanuel R. Cajazeira. 2º ViCe-PReSiDeNte Carlos

Antonio B. Cohim da Silva. 3º ViCe-PReSiDeNte Ro-

berto Fiamenghi. DiRetOReS titULaReS Arlene A. Vil-

pert; Benedito A. Carneiro Filho; Cleber G. Bastos;

Luiz da Costa Neto; Luis Fernando Galvão de Almei-

da; Marcelo Passos de Araújo; Mauricio Lassmann;

Paula Cristina Cánovas Amorim; Hilton Moraes

Lima; Thomas Campagna Kunrath; Walter José Papi;

Wesley K. F. Carvalho. DiRetOReS SUPLeNteS Antonio

Fernando S. Almeida; Carlos Antônio Unterberger

Cerentini; Décio Alves Barreto Junior; Jorge R. de O.

Chiachio; Fernando Elias Salamoni Cassis; José Luiz

Poças Leitão Filho; Mauricio Carvalho Campos; Su-

dário M. da Costa; CONSeLhO FiSCaL - eFetiVOS Luiz

Augusto Gantois de Carvalho; Rafael C. Valente; Ro-

berto Ibrahim Uehbe. CONSeLhO FiSCaL – SUPLeNteS

Felipe Pôrto dos Anjos; Rodolpho Caribé de Araújo

Pinho Neto; Thiago Motta da Costa

SESiPReSiDeNte DO CONSeLhO e DiRetOR RegiONaL

Antonio Ricardo Alvarez Alban.

SUPeRiNteNDeNte Armando da Costa Neto

SEnaiPReSiDeNte DO CONSeLhO Antonio Ricardo A. Alban.

DiRetOR RegiONaL Luís Alberto Breda

DiRetOR De teC. e iNOVaçãO Leone Peter Andrade

iElPReSiDeNte DO CONSeLhO e DiRetOR RegiONaL

Antonio Ricardo Alvarez Alban.

SUPeRiNteNDeNte Evandro Mazo

DiRetOR exeCUtiVO Da FieB

Vladson Menezes

SUPeRiNteNDeNte exeCUtiVO De SeRViçOS

CORPORatiVOS Cid Vianna

Informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

UNiDaDeS DO SiStema FieB

sistema fieb nas mídias sociais

CONSeLhO eDitORiaL Mônica Mello, Cleber Borges e Patrícia Moreira. COORDeNaçãO eDitORiaL Cleber Borges. eDitORa Patrícia Moreira. RePORtagem Patrícia Moreira, Ca-rolina Mendonça, Marta Erhardt, Iverton Bispo (estagiário), Luciane Vivas (colaboração). PROJetO gRá-

FiCO e DiagRamaçãO Ana Clélia Re-bouças. FOtOgRaFia Coperphoto. iLUStRaçãO e iNFOgRaFia Bamboo Editora. imPReSSãO Gráfica Trio.

FeDeRaçãO DaS iNDÚStRiaS

DO eStaDO Da Bahia

Rua Edístio Pondé, 342 – Stiep, CEP.: 41770-395 / Fone:

71 3343-1280 www.f ieb.org.br/bahia_ indus-

tria_online

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessaria-

mente o pensamento da FIEB.

FieB – Federação das indústrias do estado da Bahiasede: (71) 3343-1200

sesi – serviço social da indústriasede: (71) 3343-1543@Barreiras: (77) 3611-8212@Camaçari: (71) 3627-3489@Candeias: (71) 3418-4700@Eunápolis: (73) 3281-6670@Feira de Santana: (75) 3602-9705@Ilhéus: (73) 3222-7072@Itapagipe: (71) 3254-9900@Jequié: (73) 3526-5518@Juazeiro: (74) 2102-7132@Lucaia: (71) 3879-5390@Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-2080@Piatã: (71) 3503-7400@Retiro: (71) 3234-8217@Rio Vermelho: (71) 3616-7064@Simões Filho: (71) 3296-9301@Valença: (75) 3641-3040@Vitória da Conquista: (77) 3201-5708

senai – serviço nacional de aprendizagem industrialsede: 71 3534-8090@Alagoinhas: (75) 3182-3350/3356@Barreiras: (77) 3612-2188@Camaçari: (71) 3493-7070@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9112@Ilhéus: (73) 3222-7070@Juazeiro: (74) 3614-0823@Lauro de Freitas: (71) 3534-8090@Luis Eduardo Magalhães: (77) 3628-6349@Vitória da Conquista: (77) 3086-8300

iel – instituto euvaldo lodi sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista (77) 3201-5720@Guanambi (77) 3451-6070@Jequié (73) 3527-2331

cieB - centro das indústrias do estado da Bahia sede: (71) 3343-1214

Bahia

indústriaEditada pela Gerência

de Comunicação Institucional do Sistema Fieb

sumário

SESI e SENAI apóiam o

desenvolvimento da

Bahia provendo soluções

para as empresas

14 O antes e depOis da Lei trabaLhista

Segmento de sorvetes e

picolés reúne 167

indústrias, a

maioria de

micro ou

pequeno

porte, que

empregam

1.148

trabalhadores.

Este número pode

ser ampliado com a

perspectiva de aumento do

consumo diante da elevação da temperatura

com a chegada do verão

Saiba quais são as

principais mudanças nas

relações de trabalho que

entram em vigor no

Brasil, a partir de

novembro, quando passa

a valer a Reforma

Trabalhista

24 indústria de sOrvetes prOjeta crescimentO de 50% cOm O verãO

sumário

VALTER PONTES/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

SESI investe na preparação dos estudantes de

ensino médio, estimulando a realização de

projetos que ganham destaque em eventos e

competições científicas pelo país

12 iniciaçãO científica na rede sesi cOmeça nO ensinO médiO

LúCIO TáVORA/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

JOãO ALVAREz/ARqUIVO/SISTEMA FIEB

SHUTTERSTOCK

16EvoluINdo com A INdúStrIA

Distúrbio mental caracterizado por

depressão persistente ou perda de

interesse em atividades, que prejudi-

ca significativamente o desempenho

das atividades do dia a dia. Assim é definido

o transtorno da depressão. Tema sensível, até

recentemente era pouco abordado no ambien-

te corporativo. Mas isso vem mudando.

Identificada como uma das maiores cau-

sas de afastamento do trabalho no mundo,

a depressão passou a fazer parte dos progra-

mas de qualidade de vida das empresas. Não

por acaso, este ano foi eleito pela Organiza-

ção Mundial de Saúde (OMS) como tema do

Dia Mundial da Saúde, sendo motivo de uma

forte campanha de conscientização e preven-

ção do transtorno.

De modo geral, depressão, síndrome de pâ-

nico e distúrbios de ansiedade atingem 5% da

população mundial e, no Brasil, este percen-

tual pode chegar a 7%. A Associação Brasi-

leira de Psiquiatria estima, por exemplo, que

quase um terço da população no país sofre de

algum tipo de transtorno mental. Os números

oficiais são ainda mais reveladores. De acor-

do com levantamento da Previdência Social,

os transtornos mentais são a terceira causa de

afastamento do trabalho no Brasil.

um tema que merece mais atenção

Dados da Previdência revelam que os transtornos mentais são a terceira causa de afastamento do trabalho

Por patrícia moreira

De acordo com o 1º Boletim Quadrimestral

sobre Benefícios por Incapacidade de 2017 -

Adoecimento Mental e Trabalho, a concessão

de benefícios por incapacidade relacionados

a transtornos mentais e comportamentais, en-

tre 2012 e 2016 foi de mais de 668 mil casos,

cerca de 9% do total de auxílios-doença e apo-

sentadorias por invalidez.

No mesmo período, os episódios depressi-

vos representaram 30,67% dos auxílios doen-

ças e quando se somam os episódios depres-

sivos, outros transtornos ansiosos e o trans-

torno depressivo recorrente este percentual

sobre para quase 60%.

depressão no traBalho

6 Bahia Indústria

em Prevenção da Incapacidade, que abordou

os aspectos psicossociais da prevenção da in-

capacidade para o trabalho.

O superintendente do SESI Bahia, Arman-

do Neto, lembrou que o SESI tem como com-

promisso levar promoção da saúde e da segu-

rança na indústria, levantar esta discussão e

fazer com que ela seja levada cada vez mais

para o ambiente da empresa. “Fazemos parte

de uma rede de regionais que estão se espe-

cializando nesta questão e nosso desafio é fa-

zer com que as pessoas e as empresas estejam

preparadas para encontrar soluções para lidar

da melhor forma com os fatores psicossociais

no ambiente de trabalho”, ressaltou.

O psiquiatra André Gordilho observa que

apesar da prevalência elevada, os transtor-

nos mentais ainda são sub diagnosticados e

não recebem o devido tratamento. “Isso traz

várias consequências para a pessoa e para a

empresa. A pessoa deixa de trabalhar, não

produz de forma adequada, falta ao trabalho e

todos perdem”, destaca Gordilho, chamando

a atenção para a necessidade de todos encara-

rem o problema de frente.

Já André Luna aponta que a forma como

o trabalho se organiza tanto pode contribuir

para favorecer a saúde ou para o adoecimen-

to. “No SESI, estamos em um momento de

esforço para identificar fatores no trabalho

que podem promover a saúde e nossa ideia é

mostrar como a atividade laboral, o papel da

liderança, o entendimento de como o trabalho

está organizado podem favorecer a saúde”,

destacou André Luna.

Outra frente de atuação que o SESI vem

trabalhando para sensibilizar as empresas

são os Diálogos de RH, iniciativa voltada para

gestores de recursos humanos das empresas.

Uma de suas abordagens contemplam os Fato-

res Psicossociais. Nestes encontros, são discu-

tidas formas de lidar com as doenças mentais

no ambiente de trabalho.

apoio Às empresasDiante desta realidade, o

Serviço Social da Indústria

(SESI) tem procurado auxi-

liar as empresas desenvol-

vendo soluções, mas tam-

bém levantando o debate

sobre o tema. Uma destas

iniciativas foi a realização

do seminário A Depressão

no Ambiente de Trabalho,

ocorrido em setembro, e

que trouxe para a discus-

são o ponto de vista de dois

especialistas, o psiquiatra

André Gordilho, profes-

sor adjunto e coordenador

da Unidade Disciplinar de

Saúde Mental da Faculda-

de de Medicina da Unifacs

e membro da Associação

Americana de Psiquiatria

e o psicólogo André Luna,

consultor especialista do

Centro de Inovação SESI

SHUTT

ERSTO

CK

Bahia Indústria 7

8 Bahia Indústria

Bahia Indústria 9

circuito pOr cLeber bOrges

PiB deve crescer 0,7%Após dois trimestres sucessi-

vos de crescimento, com a eco-

nomia impulsionada pela

alta no consumo e a queda

na inflação, o PIB do país

deverá encerrar 2017 com

alta de 0,7%. Essa é a avalia-

ção do setor industrial brasilei-

ro que, por sua vez, estima que

crescerá 0,8% no Brasil (e 0,7%

na Bahia), o que significará o pri-

meiro resultado positivo desde

2013. A forte queda na taxa de in-

flação amplia a renda disponível

e ajuda a amenizar os efeitos da

crise, com a recuperação do con-

sumo, efeito que já é sentido no

comércio. Na indústria, a gradual

recuperação do emprego e, por

consequência, do consumo das

famílias criará condições para o

aumento da produção de forma

mais consistente e disseminada.

avanços nas reformas

As estimativas do setor indus-

trial foram revisadas para cima,

diante do conjunto mais robusto

de dados positivos na economia e

dos avanços na agenda das refor-

mas estruturantes, como a atuali-

zação das leis do trabalho, a apro-

vação do projeto de terceirização

e o anúncio de uma nova rodada

de privatizações e concessões. No

entanto, a expansão da atividade

econômica ainda não será sentida

por toda a indústria nos próximos

meses. A alta de 0,8% no PIB in-

dustrial prevista para este ano

será liderada pelo crescimento de

7,2% na indústria extrativa e de

1,4% na indústria de transforma-

ção. A indústria de construção,

por sua vez, deverá cair 2,3% em

2017, movimento que também de-

ve acontecer na Bahia.

inflação deve ficar em 3,1%

A queda na taxa de inflação

tem surpreendido os analistas,

por sua intensidade. O Índice

Nacional de Preço ao Consumi-

dor Amplo (IPCA) deve fechar

2017 em 3,1%, o que representa

1,4 ponto percentual abaixo do

centro da meta, de 4,5%, esta-

belecido pelo Banco Central. O

processo de deflação se deve,

principalmente, ao comporta-

mento dos preços de alimentos,

que caíram muito abaixo do usu-

al, devido à safra recorde. Outro

indicador em queda é a taxa bá-

sica de juros, que deve fechar em

7% ao ano.

medo de perder o emprego

Mesmo com a leve recupera-

ção da economia, tanto na produ-

ção quanto no mercado de traba-

lho, o medo de perder o emprego

aumentou entre os brasileiros,

conforme pesquisa realizada pe-

la Confederação Nacional da In-

dústria (CNI). Enquanto a média

histórica é de 49 pontos, o indica-

dor divulgado pela CNI, no início

de outubro, registra 67,7 pontos,

o segundo mais elevado já regis-

trado desde 1996. Se uma pessoa

teme que ela ou alguém próximo

perca o emprego, isso reflete na

alta do indicador.

“A nova comunicação, cada vez mais aparelhada pela tecnologia, estatística e pressão de retorno, nunca pode perder seu sentido humano.”

Luiz Serafim, head de Marketing da 3M do Brasil

10 Bahia Indústria

sindicatos

A importância do design para o seg-

mento de uniformes foi discutida na pa-

lestra Tendências para o segmento de far-

damento, ministrada pela designer Alice Barreto, para empresários e representantes

de indústrias, dia 14.09, na FIEB.

As ações de capacitação do sindicato, em parceria com o Sebrae, in-

cluíram o curso Marketing para moda e negócios, realizado nos dias 19 e

20.09. A especialista em gestão de negócios e inovação, Liana Almeida,

falou sobre estratégias de marketing e comunicação aplicadas à indús-

tria da moda para impulsionar negócios.

SiNDVeSt UNe NegóCiO e mODa em CaPaCitaçõeS

Representantes

de entidades

na abertura do

congresso

LúCIO TáVORA/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

ANGEL

O P

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S/C

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TO/S

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IEB

» Missão empresarialO Simagran-BA, em parceria com o Sebrae, realizou missão técnica à Cachoeiro Stone Fair 2017, uma das maiores feiras do setor no país, realizada em agosto, em Cachoeiro do Itapemirim (ES)

Lideranças participam de intercâmbios

Presidentes de sindica-

tos empresariais da Bahia

têm participado dos In-

tercâmbios Setoriais pro-

movidos pela CNI, com o

objetivo de discutir temas

como o fortalecimento da

atuação conjunta, mobili-

zações para defesa de in-

teresses e oportunidades

para os segmentos indus-

triais. O encontro mais re-

cente reuniu presidentes de

sindicatos da indústria da

reparação, dia 18.10. No se-

gundo semestre deste ano,

foram realizados encontros

dos segmentos de Metalme-

cânica (21 e 22.09), Têxtil

(31.08 e 01.09), Química e

Farmacêutica (24 e 25.08),

Bebidas (10.08), Couro e

Calçados (27 e 28.07) e Ce-

râmica (dias 13 e 14.07). Os

intercâmbios integram as

ações do Programa de De-

senvolvimento Associativo.

Sigeb discute perspectivas para o setor gráfico

Os desafios e perspec-

tivas para o setor gráfico

no Brasil foram abordados

em evento promovido pelo

Sindicato das Indústrias

Gráficas (Sigeb), dia 02.08,

na unidade do SESI, em

Feira de Santana. A pales-

tra foi ministrada pelo con-

sultor da ONU na América

Latina para a Indústria

Gráfica, Sylvio Netto.

eVeNtO ReÚNe PeSqUiSaDOReS em teCNOLOgia e iNOVaçãO

Promover o conhecimento da Prospecção Tecnológica e da Negocia-

ção de Propriedade Intelectual (PI), visando estimular o empreendedo-

rismo e a inovação. Com este objetivo, foi realizado na FIEB, entre os

dias 15 e 18.08, o VII ProspeCT&I 2017 – Congresso Brasileiro de Pros-

pecção e I Congresso Internacional do Profnit 2017. O evento, que contou

com o apoio do Sindifibras, reuniu cerca de 300 participantes nacionais

e internacionais, além de palestrantes de seis países.

Sindicatos compartilham boas práticasPráticas bem-sucedidas em defesa de interesses, comunicação

e relacionamento foram compartilhadas por sindicatos da Bahia

e de outros estados em duas edições do Bate-papo Sindical, uma

iniciativa do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA). No

dia 19.10, foram apresentadas as experiências do Sindisabões-BA

e Sindiquímica-CE. Já no dia 12.09, Simmefs-BA e Sindiplast-ES

compartilharam suas boas práticas.

Bahia Indústria 11

empresários conhecem serviços do Sistema FieB

Empresários e representantes de empresas

associadas ao Sindratar-BA conheceram os

serviços oferecidos pelo Sistema FIEB duran-

te o Café Articulado, realizado no dia 05.10.

Na oportunidade, o diretor do sindicato,

Maurício de Faria, falou sobre a atuação do

Comitê Nacional de Climatização e Refrigera-

ção. O encontro integrou as ações do Modelo

de Atuação Articulada entre as Áreas Sindi-

cal e de Mercado do Sistema Indústria.

encontro debate perspectivas para o setor lácteo

A importância da cadeia produtiva do leite

e a necessidade de aumentar a competitivida-

de dos produtores foram alguns dos temas do

8º Encontro Baiano dos Laticinistas. Promo-

vido pelo Sindileite, entre 22 e 24.09, o evento

teve como objetivo estreitar o relacionamento

entre as indústrias de laticínios e fornecedo-

res, além discutir perspectivas do setor.

Sinprocim leva informações aos empresários

Para levar informações e atualizar ges-

tores e técnicos de empresas de produtos de

cimento, argamassa e gesso, o Sinprocim tem

promovido ações de capacitação para o setor.

Em setembro, o sindicato realizou o curso

de Tecnologia do Concreto e Argamassa, em

Ilhéus, voltado para profissionais que atuam

na produção e em laboratório de ensaio dos

produtos. Já em agosto, foi promovido o II Ci-

clo de Palestras, que tem como foco a melho-

ria de processos e produtos.

Dia Nacional da Construção Social

Funcionários da construção civil e seus

familiares participaram do Dia Nacional da

Construção Social, promovido pelo Sindus-

con, dia 19.08, no SESI de Itapagipe. Aferição

de pressão ocular, aplicação de flúor, orienta-

ção nutricional e massoterapia foram alguns

dos serviços oferecidos no evento, que con-

tou, ainda, com atividades de esporte e lazer.

Luís França, da

Kordsa Brasil,

apresentou

case da

empresa

mais de 250

pessoas

participaram

do evento

LúCIO TáVORA/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

BETTO JR./COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

exPOteCh aPROxima PRODUtOReS e FORNeCeDOReS

Com o objetivo de aproximar produtores e fornecedores de produ-

tos de higiene e beleza, fomentando novos negócios e o networking,

foi realizada, em julho, a primeira edição da ExpoTech Saneantes &

Cosméticos, promovida pelo Sindisabões e Sindcosmetic. Empresas

do segmento de cosméticos e perfumaria e do segmento de sabões,

velas, detergentes, produtos de limpeza e aditivo industrial da Bahia

e de Sergipe participaram do evento, conhecendo novas tecnologias,

tendências de mercado e lançamentos.

emPReSaS COmPaRtiLham BOaS PRátiCaS

Empresas do setor têxtil compartilharam boas práticas

em inovação e recursos humanos no Diálogo Empresarial,

promovido pelo Sindifite, como parte do Modelo de Atuação

Articulada. “Com a concorrência dos produtos asiáticos, a

inovação foi o caminho que encontramos para diferencia-

ção”, destacou o gerente da BMD Têxtil, João Paulo Cardo-

so. Já o diretor da Kordsa Brasil, Luís França, apresentou o

case de sucesso da empresa, que figura nos rankings das

melhores do país para se trabalhar.

12 Bahia Indústria

ciên

cia

Programa estimula gostoPela Pesquisa na reDe sesi Programa de iniciação científica júnior oferece diferentes linhas de pesquisa para quem quer ir além da sala de aula. pOr patrícia moreira

LúCIO TáVORA/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

turma da linha

de pesquisa

em tecnologias

verdes da

escola SeSi

Djalma Pessoa

observar, experimentar e inventar. É desta

forma que Gustavo, Luíza, Deivid, Tarley,

João e Marcos, para citar alguns nomes, gos-

tam de vivenciar os estudos. Eles integram

o time de estudantes das escolas de ensino médio da

Rede SESI de Educação que desenvolvem projetos de

iniciação científica júnior. Além de irem muito além

no processo de aprendizagem, estes jovens cientistas

estão descobrindo que o mundo da pesquisa pode re-

velar novas possibilidades.

Utilizar a fermentação de microalgas para reduzir

concentração de CO2 na atmosfera e ainda produzir in-

sumos para a indústria de higiene pessoal e de mate-

riais de limpeza; desenvolver uma ração com um repe-

lente natural para formigas; ou ainda criar um tornado

de fogo a partir de uma reação envolvendo átomos e

eletricidade. Com estas experiências, os estudantes da

Rede SESI têm conquistado o passaporte para premia-

ções nacionais e feiras científicas na Bahia e em outros

estados em diversas áreas do conhecimento.

Sobre a importância de estimular o gosto pela ci-

ência na escola, o professor Fernando Moutinho, co-

ordenador do núcleo de Iniciação Científica Júnior em

Tecnologias Verdes, na Escola SESI Djalma Pessoa é

enfático: “O estudante ganha autonomia e protago-

nismo em sua construção de conhecimento, aliando

teoria e prática a partir do desenvolvimento de proje-

tos de pesquisa na área com a qual tem maior afini-

dade”, sintetiza.

Fernando Moutinho é orientador de alguns pro-

jetos de destaque da escola, a exemplo do case pre-

miado Desafio Redução CO2, que levou João Oliveira,

Marcos Felipe Pereira e Tarley Costa a vencerem este

ano a competição do Instituto Akatu, em parceria

com a Dow. Eles se destacaram entre 34 projetos com

a pesquisa que utiliza a fermentação de microalgas

para reduzir concentração de CO2 na atmosfera.

amBiente vivoUm dos premiados, Marcos Pereira, que ingressou na

iniciação científica ainda no 2º ano do ensino médio

e agora é aluno do curso técnico no SENAI, acredita

que a experiência ajudou a direcioná-lo para a sua

carreira futura. Para ele, o maior ganho até agora

tem sido a experiência prática. “Consegui desenvol-

ver outras capacidades, principalmente o senso de

responsabilidade, pois como os projetos de pesqui-

sa são atividades extracurriculares, a gente precisa

organizar nosso cotidiano para conciliar”, explica o

estudante. Já Tarley Costa viu no reconhecimento do

projeto no Desafio CO2 um incentivo para ir além.

Em setembro, outros três projetos da Escola SESI

Djalma Pessoa, de Salvador, desembarcaram em Re-

cife para a Feira Nordestina de Ciência e Tecnologia

(Fenecit), que reuniu estudantes da América Latina.

Eles levaram trabalhos da linha de pesquisa Ambien-

te Vivo e conquistaram uma Menção Honrosa e duas

credenciais para a Mostratec, que este ano acontece

no Rio Grande do Sul, no final de outubro. Outros três

projetos, um da linha de pesquisa Invenções Tecno-

lógicas com Arduíno (Matemática) e dois da linha de

pesquisa Tecnologias Verdes também vão represen-

tar o SESI na Mostratec.

Os projetos levados para a Fenecit foram desen-

volvidos no ambiente da horta mantida na escola.

Marcela Talita das Mercês e Mariana Maia, do 3º ano,

estudaram o reaproveitamento do chorume como fer-

tilizante e pesticida natural. Yasmim Ferreira, tam-

bém do 3º ano, propôs o uso da horta escolar como

ferramenta didática para as aulas de Biologia. E Ma-

theus de Aguiar, do 3º ano, e Thiago Barreto, do 2º,

estudaram qual o melhor recipiente e substrato para

hortas caseiras.

A professora Loraine Dias, coordenadora do pro-

grama Ambiente Vivo, também fala da importância

de se trabalhar com pesquisa científica já no ensino

médio. “Coloca os estudantes como coparticipantes

das decisões sociais locais, além de torná-los autôno-

mos para o estudo”, revela.

Bolsas do cnpQOs estudantes das escolas SESI do interior também se

destacaram este ano em eventos científicos. As equi-

pes da Escola Ignez Pitta de Almeida, de Barreiras,

e da Escola João Ubaldo Ribeiro, de Luís Eduardo

Magalhães, conquistaram os três primeiros lugares

na classificação geral na Mostra Científica de Quí-

mica da Universidade Federal do Oeste da Bahia. Os

dois primeiros lugares ganharam bolsas de iniciação

científica júnior, do Conselho Nacional de Desenvol-

vimento Científico e Tecnológico (CNPq) por um ano.

Deivid Araújo, de Barreiras, foi premiado com

o “Tornado de Fogo”, que explica a relação entre a

emissão de luz visível (cores) e as transições eletrôni-

cas dos átomos. Já Gustavo Manoel e Luiza Moura, de

Luis Eduardo Magalhães, criaram um repelente natu-

ral que tem a função de afastar formigas da ração dos

animais domésticos.

Bahia Indústria 13

14 Bahia Indústria

JORNADA DE TRABALHOAntes – Jornada diária de 8 horas, semanal de 44Com a reforma – No limite constitucional da jornada, permite flexibilização, como o regime de 12h x 36h de descanso, inclusive mediante acordo individual

BANCO DE HORASAntes – Somente por negociação coletiva e as horas deveriam ser compensadas em até 1 anoCom a reforma – Pode ser negociado individualmente, com a compensação de horas extras limitada a seis meses

HORAS EM TRÂNSITOAntes – Ida e volta ao trabalho em transporte do empregador significava hora trabalhadaCom a reforma – Esse tempo não será computado na jornada de trabalho

TRABALHO INTERMITENTEAntes – Não era regulamentadoCom a reforma – Quando a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo em períodos alternados. Trabalhador faz jus, em termos proporcionais, a direitos trabalhistas

TERCEIRIZAÇÃOAntes – Não admitia terceirização nas atividades-fim da empresaCom a reforma – Torna explícita a possibilidade de terceirização na atividade-fim

NEGOCIAÇÃOAntes – A Justiça do Trabalho interferia na definição do que podia ser negociadoCom a reforma – Negociação coletiva prevalece sobre a lei nos temas “lícitos”

NEGOCIAÇÃO INDIVIDUALAntes – Legislação não distinguia trabalhador por nível salarialCom a reforma – Trabalhador de nível superior e com salário igual ou superior a duas vezes o teto do INSS (R$ 11.062,62) podem negociar livremente relações contratuais.

REMUNERAÇÃOAntes – Salário incluía remuneração fixa, mais comissões, gratificações, abonos e diárias, estas quando excedessem 50% do salárioCom a reforma – Salário inclui apenas a remuneração fixa, mais gorjetas, gratificações legais e comissões pagas pelo empregador, excluindo diárias

FÉRIASAntes – Concedidas em até dois períodos, um dos quais não inferior a dez dias. Menores de 18 anos e maiores de 50 não podiam dividir.Com a reforma – Menores de 18 e maiores de 50 também podem dividir férias, que podem ser usufruídas em até três períodos.

CONTRIBUIÇÃO SINDICALAntes – Obrigatória para empregados e empregadoresCom a reforma – Somente será devida mediante prévia adesão do empregado ou do empregador

RESCISÃO DE CONTRATOAntes – Homologação era feita com intermediação de sindicato laboralCom a reforma – Rescisões não mais precisam ser homologadas

REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS Antes – Dispositivo previsto na Constituição, para empresas com mais de 200 empregados, não era regulamentadoCom a reforma – Estabelece comissão, de 3 a 7 membros, com mandato de um ano e estabilidade até um ano após

PREPOSTO DA EMPRESAAntes – Teria que ter vínculo empregatício com a empresaCom a reforma – Preposto não precisa ser empregado da parte reclamada

homero arandas

apresentou as principais

mudanças na legislação

a nova realidade das leis trabalhistas exige equi-

líbrio e determinação das partes envolvidas. Es-

se é o entendimento do coordenador do Conse-

lho de Relações Trabalhistas da FIEB, Homero

Arandas, ao comentar o novo status das relações entre

trabalhadores e empresários, no qual as negociações as-

sumem protagonismo.

Entretanto, mesmo com as recentes mudanças apro-

vadas em julho pelo Congresso Nacional, o Brasil ainda

possui uma legislação com arcabouço jurídico amplo e

complexo. São mais de 900 artigos na Consolidação das

Leis Trabalhistas (CLT), 200 leis esparsas, 900 enuncia-

dos de jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho,

95 convenções da Organização Internacional do Traba-

lho ratificadas, além de portarias, instruções normati-

vas, normas regulamentadoras e notas técnicas.

Com essa profusão de normas, não causa estranheza

que, no Brasil, 50% dos trabalhadores estejam na infor-

malidade, que existam 13 milhões de desempregados e

muitos conflitos trabalhistas. Só em 2016 surgiram 4,2

milhões de novos processos na Justiça do Trabalho, on-

de tramitam, atualmente, 9,2 milhões de processos, um

para cada cinco trabalhadores com carteira assinada.

Com a nova legislação, o setor industrial aposta na di-

minuição de conflitos, redução do Custo Brasil, atração

de investimentos e no estímulo ao emprego.

“A reforma não retirou direitos do trabalhador”, ob-

serva Homero Arandas, para quem ela valoriza a nego-

ciação coletiva de trabalho, incentiva o entendimento

direto entre empregado e empregador, com o poder de

reduzir conflitos, e reduz a burocracia. Ao todo, foram

alterados 106 dos 922 artigos da CLT, mais cinco pontos

da Lei 6.019/74, além de outros ajustes na legislação

esparsa.

A gerente-executiva de Relações do Trabalho da Con-

federação Nacional da Indústria, Sylvia Lorena, acredita

que é preciso aplicar a lei com responsabilidade. “A pri-

meira coisa é conhecer a lei e a sua realidade empresarial

para que seja aplicada corretamente, com cautela e com

a melhor interpretação, ou seja, com uma interpretação

que guarde o equilíbrio entre a proteção do trabalhador

e as necessidades da empresa”, afirma.

reforma moDerniza leis trabalhistasProposta aprovada em julho valoriza a negociação coletiva e tem o poder de reduzir conflitos e a burocracia

pOr cleber borges

LúCI

O T

áVO

RA/C

OPER

PHO

TO/S

ISTE

MA F

IEB

Bahia Indústria 15

JORNADA DE TRABALHOAntes – Jornada diária de 8 horas, semanal de 44Com a reforma – No limite constitucional da jornada, permite flexibilização, como o regime de 12h x 36h de descanso, inclusive mediante acordo individual

BANCO DE HORASAntes – Somente por negociação coletiva e as horas deveriam ser compensadas em até 1 anoCom a reforma – Pode ser negociado individualmente, com a compensação de horas extras limitada a seis meses

HORAS EM TRÂNSITOAntes – Ida e volta ao trabalho em transporte do empregador significava hora trabalhadaCom a reforma – Esse tempo não será computado na jornada de trabalho

TRABALHO INTERMITENTEAntes – Não era regulamentadoCom a reforma – Quando a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo em períodos alternados. Trabalhador faz jus, em termos proporcionais, a direitos trabalhistas

TERCEIRIZAÇÃOAntes – Não admitia terceirização nas atividades-fim da empresaCom a reforma – Torna explícita a possibilidade de terceirização na atividade-fim

NEGOCIAÇÃOAntes – A Justiça do Trabalho interferia na definição do que podia ser negociadoCom a reforma – Negociação coletiva prevalece sobre a lei nos temas “lícitos”

NEGOCIAÇÃO INDIVIDUALAntes – Legislação não distinguia trabalhador por nível salarialCom a reforma – Trabalhador de nível superior e com salário igual ou superior a duas vezes o teto do INSS (R$ 11.062,62) podem negociar livremente relações contratuais.

REMUNERAÇÃOAntes – Salário incluía remuneração fixa, mais comissões, gratificações, abonos e diárias, estas quando excedessem 50% do salárioCom a reforma – Salário inclui apenas a remuneração fixa, mais gorjetas, gratificações legais e comissões pagas pelo empregador, excluindo diárias

FÉRIASAntes – Concedidas em até dois períodos, um dos quais não inferior a dez dias. Menores de 18 anos e maiores de 50 não podiam dividir.Com a reforma – Menores de 18 e maiores de 50 também podem dividir férias, que podem ser usufruídas em até três períodos.

CONTRIBUIÇÃO SINDICALAntes – Obrigatória para empregados e empregadoresCom a reforma – Somente será devida mediante prévia adesão do empregado ou do empregador

RESCISÃO DE CONTRATOAntes – Homologação era feita com intermediação de sindicato laboralCom a reforma – Rescisões não mais precisam ser homologadas

REPRESENTAÇÃO DOS EMPREGADOS Antes – Dispositivo previsto na Constituição, para empresas com mais de 200 empregados, não era regulamentadoCom a reforma – Estabelece comissão, de 3 a 7 membros, com mandato de um ano e estabilidade até um ano após

PREPOSTO DA EMPRESAAntes – Teria que ter vínculo empregatício com a empresaCom a reforma – Preposto não precisa ser empregado da parte reclamada

PRiNCiPaiS aLteRaçõeS

16 Bahia Indústria

Instituições que integram o Sistema FIEB dão suporte para garantir o desenvolvimento sustentável da indústria baiana

eNtiDaDeS CONtRiBUem PaRa Uma iNDÚStRia maiS COmPetitiVa e iNOVaDORa

pOr cleber borges, patrícia moreira e carolina mendonça

ma indústria inovadora precisa de

profissionais qualificados, de apoio

aos seus projetos de inovação e nos

investimentos em saúde e segurança

no ambiente de trabalho. Estas são,

justamente, as linhas de atuação do

Serviço Social da Indústria (SESI)

e do Serviço Nacional de Aprendi-

zagem Industrial (SENAI) que, ao longo das últimas

décadas, têm sido decisivos no apoio à construção do

parque industrial brasileiro.

Sejam pequenos, médios ou grandes empreen-

dimentos, neles está o DNA das duas instituições,

com a prestação de serviços no apoio à segurança

e saúde no trabalho, no atendimento às demandas

em tecnologia e inovação, no esforço para o aumen-

to da escolaridade do trabalhador e na qualificação

profissional.

Com o País mergulhado em uma crise sem prece-

dentes, milhares de empresas em situação de insol-

vência e elevado desemprego, fica ressaltada a impor-

tância estratégica do SESI e do SENAI para a produti-

vidade da indústria e a competitividade da economia.

“As duas entidades desenvolveram metodologias

que antecipam tendências do mercado, para oferecer

Formar e

capacitar

pessoas são

os principais

objetivos

das duas

instituições

às indústrias e a seus trabalhadores serviços de qua-

lificação profissional, de inovação e de segurança e

saúde no ambiente de trabalho, sempre conectados

às suas necessidades”, afirma o presidente da Fede-

ração das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ri-

cardo Alban.

O diretor de Educação Profissional e diretor Regio-

nal do SENAI-BA, Luis Alberto Breda Mascarenhas,

lembra a importância do SENAI em um país em que

menos de 17% dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos

conseguem chegar ao ensino superior, segundo da-

dos do PNAD/IBGE, e que a Educação Profissional

ainda é escolha de pouco mais de 11% dos brasileiros,

conforme aponta o Censo da Educação Básica, 2015 /

Cedefop, 2013.

“Temos na formação técnica e profissionalizan-

te uma importante alternativa para o país, com um

modelo educacional que favorece de fato o desenvol-

vimento econômico e social. A base da pirâmide do

setor produtivo demanda a qualificação profissional

especializada e a formação de técnicos que promo-

vam o aumento das oportunidades para a população

mais jovem”, frisa o representante do SENAI Bahia.

Outro fator importante é que há uma escassez de

mão de obra de nível técnico e o SENAI tem um papel

#Sempre SESI/SENAI

Bahia Indústria 17

#Sempre SESI/SENAI RAFAEL MARTINS/ARqUIVO/SISTEMA FIEBJOãO ALVAREz/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

muito relevante na formação des-

tes profissionais. Prova disso é a

elevada empregabilidade de quem

tem formação técnica. Levanta-

mentos do SENAI Bahia apontam

que 95% das empresas indicam a

preferência por egressos de cursos

técnicos da instituição.

A pró-reitora Administrativa do

Centro Universitário SENAI Cima-

tec, Tatiana Ferraz, complementa

destacando que os desafios para

a formação do engenheiro, num

mundo cada vez mais tecnológico e

digital, requer novos conhecimen-

tos, habilidades e atitudes dos pro-

fissionais e as instituições de ensi-

no precisam se adaptar a esta nova

realidade. E é este papel que o SE-

NAI Cimatec tem cumprido. “Ouvir

o mercado, estar atento às evolu-

ções, são fundamentais neste pro-

cesso. Internet das coisas, robótica,

inteligência artificial, mudarão o

modo com que os engenheiros con-

cebem, projetam, implementam e

operam produtos e processos. E é

esta abordagem, próxima das de-

mandas industriais, que o SENAI

Cimatec já aplica em seus cursos, e

tende a reforçar de forma mais am-

pla no futuro”, ressalta.

númerosNa Bahia, os números das duas

instituições falam por si. No perío-

do 2014/16, o SENAI realizou qua-

se 326 mil matrículas em educa-

ção profissional, das quais, quase

78 mil gratuitas; e atendeu 2.108

empresas, de 30 segmentos indus-

triais, em 138 municípios baianos.

Em Salvador, a mais avançada unidade do SENAI

no país – o Cimatec – reúne em um único campus um

robusto centro tecnológico, centro universitário de re-

ferência e escola técnica, que operam de forma inte-

grada. Não por acaso, nas cinco últimas avaliações do

Índice Geral de Cursos, do MEC, a unidade foi classifi-

cada como a melhor instituição de ensino superior em

Engenharia do Norte/Nordeste.

O SESI cumpre a missão de levar educação básica,

segurança na indústria e saúde aos trabalhadores. A

qualidade do ensino oferecido pela instituição, que

no período 2014/16 realizou na Bahia mais de 176 mil

matrículas gratuitas em Educação, é atestada pelos

bons resultados alcançados por seus alunos na Prova

Brasil, do MEC. Estudo do Insper revelou que alunos

do SESI têm, em média, resultados superiores aos das

redes municipais, estaduais e privadas, em língua

portuguesa e matemática.

Prova disso é o desempenho de seus alunos no in-

gresso em importantes instituições de ensino do país.

O estudante Rafael Mendes teve o apoio do SESI para

realizar o sonho de entrar para o Instituto Tecnológi-

co de Aeronáutica, em São Paulo. Assim como Rafael,

outros egressos das escolas SESI e do SENAI contam

como as duas instituições contribuíram para o seu

desenvolvimento profissional. É o caso de Uilson

Barbosa Jr., 28 anos, executivo de vendas técnicas da

Placo Saint-Gobain (ver depoimentos).

O superintendente do SESI Bahia, Armando Neto,

explica que nas suas duas áreas de atuação – edu-

cação e segurança e saúde no trabalho (SST) – o

SESI tem como objetivo contribuir para o aumento

da competitividade da indústria. “Seja por meio do

processo educativo, contribuindo para a formação de

um trabalhador mais capacitado, logo, mais produti-

vo e, nas áreas de SST, promovendo um ambiente de

trabalho mais saudável e seguro, sendo parceiro das

empresas no atendimento das normas reguladoras,

eSocial e na gestão do Fator Acidentário de Preven-

ção (FAP)”, explica.

Para Armando Neto, o grande desafio para o SESI

é ser uma organização inovadora que oferta serviços

10 mil indústrias foram atendidas pelo sesi nos últimos dois anos

“Minha história profissional

foi toda construída no SENAI

Cimatec. Ex-aluno do Ebep no

SESI Retiro, entrei aqui como

estagiário e fiz curso técnico

em Mecatrônica. Acabei sendo

contratado como professor

de cursos de qualificação

profissional. Cursei a

graduação em Mecatrônica,

tive a oportunidade de crescer

e comecei a desenvolver a

carreira como coordenador de

curso. Participei de projetos

fora do estado e no exterior,

como o Cinfotec, em Angola.

Hoje, estou finalizando o

MBA em Gestão de Projetos

e lidero uma equipe de

120 professores. Foram os

caminhos que o Cimatec foi me

dando...”.

Carlos Henrique Leal, líder

dos cursos técnicos do cimatec

BETTO JR./COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

18 Bahia Indústria

aderentes às necessidades atuais e

futuras das indústrias. “Estamos

sempre dedicados a identificar no-

vas possibilidades para que pos-

samos nos antecipar às demandas

futuras da indústria, a partir do di-

álogo com empresários e especia-

listas, e também às mudanças no

ambiente regulatório com impacto

sobre as empresas, como é o caso

“Estudei na rede SESI de ensino e fiz o curso

técnico de Edificações do SENAI. Agradeço

a possibilidade de contribuir de forma

diferenciada para a área da construção

civil, pois tive uma formação de muita

qualidade. Acredito que outros jovens

devem ter a mesma oportunidade e obter

sucesso em sua vida profissional, assim

como eu tive e tenho.”

Uilson Barbosa Jr., 28 anos, executivo de

vendas técnicas da Placo Saint-Gobain.

» #SEMPRE SESI/SENAI -sempresesisenai.com.br

“O ensino médio do SESI me proporcionou

educação de qualidade, com laboratórios

que me permitiram o contato da teoria com a

prática nas matérias que eram importantes

para quem, como eu, queria seguir um curso de

engenharia em Aeronáutica. Tive o privilégio

de ter bons professores, que me ajudaram a

construir este caminho.”

Rafael Mendes, ex-aluno da Escola SESI djalma

Pessoa, hoje estudante do ItA, em São Paulo

do eSocial, por exemplo, que entra

em vigor em 2018”, arremata.

Como suporte a esta prospecção

e desenho de perspectivas futuras,

o SESI vem investindo em centros

de inovação em todo o país. A

Bahia, por exemplo, coordena na-

cionalmente o Centro de Inovação

em Prevenção da Incapacidade e

Reabiltação ao Trabalho, que bus-

ca desenvolver soluções e também

promove a capacitação de técnicos

dos departamentos regionais de to-

do o país.

A entidade também é referên-

cia na oferta de serviços em SST,

com quase 10 mil atendimentos

empresariais e 329 mil trabalha-

dores e dependentes beneficiados

na Bahia em 2014/16.

O presidente do Sindicato da

Indústria de Mármores e Granitos

(Simagran), Marcos Régis, reco-

nhece a importância das duas ins-

tituições que para ele são parte da

estratégia de negócio do segmen-

to. “Com o apoio do SESI conse-

guimos lastrear as ações de saúde

e segurança do colaborador nas

nossas indústrias a um custo bem

menor e com uma qualidade supe-

rior”, destaca. “Utilizamos muito

também um produto bem interes-

sante do SENAI que se chama The-

oprax [metodologia alemã que alia

teoria e prática], como forma de

melhorar nossos processos.”

recursosTodos estes serviços ofertados pe-

lo SESI e SENAI são financiados,

em sua maior parte, por contribui-

ções compulsórias arrecadadas

das empresas do setor. Os recursos

e sua gestão são de natureza priva-

da. Tal modelo de financiamento é

também adotado com sucesso em

países de primeiro mundo como

Alemanha, França e Dinamarca.

Não fosse esse modelo de finan-

ciamento, o déficit de mão de obra

bem preparada e os problemas de

saúde e segurança na indústria se-

riam muito maiores.

VALT

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S/C

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PHO

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ISTE

MA F

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326 mil matrículas de educação profissional realizadas pelo senai entre 2014-2016

ROOSEVELTE CáSSIO/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

Bahia Indústria 19

20 Bahia Indústria

BOaS PRátiCaS De eStágiO eNtRam Na DiSPUta NaCiONaLBahia tem quatro finalistas em premiação promovida pelo Instituto Euvaldo Lodi

as empresas Tecon Salvador,

Kordsa Brasil e Lacerta Con-

sultoria Projetos e Assesso-

ria Ambiental Ltda, além da ins-

tituição de ensino SETE Serviços

Empresariais Trabalho e Educa-

ção representam a Bahia na etapa

nacional do Prêmio IEL de Estágio

2017. A premiação vai destacar

todos os atores envolvidos no pro-

cesso de estágio, nas categorias:

pequena empresa, média empre-

sa, grande empresa, instituição

de ensino, estagiário e Sistema

Indústria. Os vencedores serão co-

nhecidos em solenidade no dia 30

de outubro, em Curitiba.

Neste ano, concorreram 16 esta-

giários, 34 empresas e 23 institui-

ções de ensino de 15 estados. Os fi-

nalistas passaram por uma banca

de avaliação composta por repre-

sentantes do Sebrae, MEC, UNB,

MTE, UNIceub, Anprotec e CNPq.

Os representantes da Bahia na

premiação nacional venceram,

em agosto, a etapa regional, rea-

lizada pelo Instituto Euvaldo Lo-

di (IEL-BA), em Salvador. “Ver a

Bahia entre os finalistas da etapa

nacional mostra que empresas,

instituições de ensino e estudan-

tes acreditam no estágio como

uma ferramenta indispensável

na formação de profissionais de

sucesso”, ressalta a gerente de

Desenvolvimento de Carreiras do

IEL, Edneide Lima.

Além das empresas Tecon Salva-

dor, Kordsa Brasil, Lacerta Consul-

toria Projetos e Assessoria Ambien-

tal e da instituição de ensino Sete

Serviços Empresariais Trabalho e

Educação (nível técnico), a premia-

ção estadual destacou a Unijorge,

na categoria instituição de ensino

nível superior e a estudante de Ci-

ências Biológicas da UCSAL, Ana

Tereza Caldas, na categoria esta-

giário destaque. "Na faculdade co-

VALTER PONTES/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

empresas,

estagiários e

instituições

de ensino na

etapa Bahia

da premiação

nheci a teoria. No estágio comple-

mentei meu conhecimento com a

atividade prática. Além disso, pas-

sei a assumir responsabilidades, o

que levou ao meu crescimento co-

mo pessoa", destacou.

WorKshopA etapa estadual do Prêmio de

Estágio foi realizada no Dia do

Estagiário (18.08), como parte da

programação do Workshop de Car-

reiras. No evento, o superinten-

dente do IEL-BA, Evandro Mazo,

destacou a importância do estágio

para a construção de carreiras bem

sucedidas. “Agradecemos a todas

as empresas, prefeituras e insti-

tuições de ensino que contribuem

para o processo de formação dos

estagiários”, disse, acrescentando

a importância desta parceria, “que

viabiliza a oportunidade do primei-

ro estágio, do primeiro emprego e

o começo desta trilha profissional

para os estudantes baianos”.

Mazo lembrou que o IEL insere

cerca de 11 mil estagiários no mer-

cado por ano. “Temos aprendido

muitas coisas com as empresas e

com os estagiários. Uma delas é

uma habilidade muito importante

que o mercado demanda que é o

desenvolvimento das habilidades

comportamentais, como saber

trabalhar com a diversidade, a

importância de planejar seu dia e

sua carreira. Para isso, temos tra-

balhado com algumas soluções

com foco na carreira e orientação

profissional”, frisou.

Estudantes, empresas e especia-

listas participaram do workshop,

que contou com a palestra do pro-

fessor Victoriano Garrido sobre

planejamento de carreira e com um

talk show com o administrador e

especialista em coach e gestão de

carreiras, Fábio Rocha.

» Confira a lista com todos os vencedores da etapa estadual do Prêmio IEL de Estágio e do Inova Talentos no portal do Sistema FIEB www.fieb.org.br

Bahia Indústria 21

SemiNáRiO SOBRe RegULaRizaçãO tRiBUtáRia

Superintendente do Sebrae participa de reunião na FieB

Eleito novo superintendente do Sebrae Bahia, Jor-

ge Khoury participou de reunião do Conselho da Mi-

cro e Pequena Empresa Industrial realizada em agos-

to. Ele lamentou a redução do repasse de recursos do

Sebrae Nacional às regionais para 2018 e sugeriu a

promoção de um encontro de natureza técnica, que

conte com a participação de lideranças empresariais

setoriais, por meio do qual se conheça a agenda de

cada segmento industrial, visando planejar soluções

aplicáveis. “Na condição de agente articulador, o Se-

brae deve estar próximo e sensível a essas demandas,

estabelecendo uma agenda positiva que fortaleça a

complementariedade e evite o sombreamento de es-

forços e ações”, afirmou Khoury.

O Conselho de Assuntos

Fiscais e Tributários da FIEB

(Caft) realizou, em agosto, o

Seminário Entenda o Progra-

ma Especial de Regularização

Tributária (PERT), o segundo

sobre o tema, desta vez, com

a participação de represen-

tantes da Procuradoria Geral

da Fazenda Nacional (PGFN).

O procurador Victor Garcia elencou os débitos que podem

ser incluídos no PERT, expli-

cou os tipos de parcelamento

possíveis e ainda respondeu

às questões do público. "Para

nós, estas oportunidades são

muito importantes", disse. Na

visão do coordenador do Caft,

Sérgio Pedreira, o objetivo do

Conselho se cumpriu com a

realização destes encontros

presenciais.

conselhos

apoio à regularização sanitária A FIEB, por meio da gerência de Meio Ambiente e Responsabili-

dade Social e do Conselho de Meio Ambiente, firmou acordo de co-

operação técnica com o Sebrae Bahia e a Diretoria de Vigilância Sa-

nitária e Ambiental (Divisa) da Secretaria de Saúde do Estado, com

o objetivo de assessorar as micro e pequenas empresas no processo

de licenciamento sanitário (implantação, regulação e expansão de

micro e pequenas empresas e indústrias). O acordo, que prevê apoio

na análise de requisitos; elaboração do projeto arquitetônico; ela-

boração de relatório técnico e ajuste de documentação, beneficiará

diretamente as empresas associadas ao Sindisabões-BA, Sindicos-

metic-BA, Sinditrigo-BA, Sindileite-BA, Sincafé, Sindsucos, Sincar-

-BA, Sindicerbe, Sipaceb, Sindióleos e Sindiaçúcar. Mais informa-

ções podem ser obtidas pelo telefone: (71) 3343-1500.

VALTER PONTES/ COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

22 Bahia Indústria

em seminário realizado na FIEB, por inicia-

tiva do Sindicato das Indústrias Extrativas

de Minerais Metálicos, Metais Nobres e

Preciosos, Pedras Preciosas e Semiprecio-

sas e Magnesita no Estado Da Bahia (Sindimiba),

o Serviço Social da Indústria (SESI) lançou, em

outubro, a série de vídeos 100% Seguro Mine-

ração. O projeto apresenta os procedimentos de

trabalho do segmento e do ramo de mineração

com total segurança, contribuindo para a saúde

e a qualidade de vida do trabalhador.

Cada série do 100% Seguro tem cinquenta ca-

pítulos com orientações de Saúde e Segurança do

Trabalho (SST), além da opinião de especialistas

da área. Com linguagem simples, direta e de fácil

entendimento, pode ser utilizado por trabalhado-

res, gestores, supervisores, técnicos e engenhei-

ros de segurança do trabalho. “Nossa expectativa

é que as empresas utilizem os vídeos nos seus

diálogos diários sobre segurança, que levem es-

tas informações para os trabalhadores, mostrem

os vídeos, explicitem de que forma que os traba-

lhadores possam ter uma atuação mais segura,

usando os procedimentos e equipamentos neces-

sários”, afirma o gerente de Saúde e Segurança na

Indústria do SESI Bahia, Amélio Miranda.

O conteúdo contempla todas as etapas de

produção e diversos aspectos, desde ergonomia

gestão de

SSt diminui

custos e

afastamentos,

além de

aumentar a

produtividade

SESI lança vídeos sobre Segurança e Saúde com o objetivo de reduzir número de acidentes e doenças de trabalho

pOr carolina mendonça

e pausas, até equipamentos de proteção e manipula-

ção de instrumentos. Os objetivos dos episódios são:

contribuir para a redução do número de acidentes e

doenças de trabalho; colaborar para a melhoria da

qualidade de vida, segurança e saúde dentro da in-

dústria; disseminar ações de SST e aumentar a com-

petitividade da indústria brasileira.

O superintendente do SESI Bahia, Armando Costa

Neto, pontua que a gestão na área de SST é essencial

para qualquer ramo de negócio, especialmente a área

de Mineração, que pode apresentar uma série de ris-

cos de acidentes, caso não se faça um trabalho de pre-

venção. “Os riscos podem representar também custos

elevados para as empresas, em função do marco re-

gulatório nesta área”, afirma.

Para o auditor fiscal do Trabalho, Flávio Nunes, é

preciso “substituir a improvisação pela ciência, por

min

eraç

ão

segu

ra

FOTOS DIVULGAçãO

meio do planejamento de trabalho”. Ele enfatizou

que, em 2018, a Superintendência Regional do Tra-

balho e Emprego irá reforçar a fiscalização entre as

mineradoras, mas que o papel do órgão não é funda-

mentalmente o de punir, e sim contribuir para que

todos os trabalhadores possam usufruir de um am-

biente de trabalho adequado.

casesNo evento, representantes da Ferbasa, Magnesita e Va-

nádio de Maracás apresentaram projetos de gestão em

SST que reduziram o número de acidentes de trabalha-

dores com afastamento e trouxeram mais segurança

na realização de atividades dentro das empresas.

O engenheiro de Segurança da Ferbasa, Igor Andra-

de, contou que a empresa tem apostado na observação

das atividades desempenhadas por cada colaborador.

Após este olhar atento e sistemático são realizadas

conversas de orientação. “Dar um feedback, somente,

não adianta. É preciso promover a reflexão, ‘ganhar’

o trabalhador”, explicou. O investimento tem dado re-

sultados. De 2011 – quando implantado o programa –

até este ano, o número de acidentes com afastamento

caiu 89% na Ferbasa, de acordo com Andrade.

Um projeto semelhante está em curso na unidade

de Brumado da Magnesita. O coordenador de produ-

ção da empresa, Farley Morais, conta que a aposta no

reforço dos comportamentos seguros vem aumentan-

do a produção e diminuindo os acidentes. “Realiza-

mos formações de turmas de observadores e temos

como missão transformar a segurança em um valor

de todos na empresa”, enfatiza.

Já o coordenador de Segurança e Saúde Ocupacio-

nal, Fernando Rodrigues, e o coordenador de Produ-

ção da Vanádio de Maracás, Kléber Macedo, falaram

sobre a criação de uma cultura de segurança, ainda

fase inicial da produção industrial, por meio de ino-

vações sugeridas pela própria força de trabalho. Eles

citaram sugestões de colaboradores que, transforma-

das em melhorias, representaram redução de riscos

em suas atividades.

inovaçãoArmando Costa Neto ressalta que o SESI tem uma

equipe capacitada para apoiar as indústrias no cum-

primento da legislação e na gestão de SST, além de

que a Bahia já conta com os serviços de um dos Cen-

tro de Inovação SESI em Prevenção da Incapacidade.

No portfólio de serviços de SST do SESI para o setor

da Mineração estão inclusos cursos e treinamentos,

realização de diagnósticos, laudos de insalubridade,

entre outros serviços. “Nossas ações estão voltadas

ainda para o atendimento à NR 22, custos do Fator

Acidentário de Prevenção – FAP, reduções de afasta-

mentos e melhores indicadores de SST”, acrescentou

Amélio Miranda.

De acordo com o consultor do SESI, André Luna, há

uma necessidade crescente das empresas avaliarem o

impacto e a efetividade do investimento em SST, dada

a mudança no perfil epidemiológico nas indústrias e

a interação permanente com as tecnologias de comu-

nicação. “Neste novo cenário, um trabalho de inter-

venção precoce diminui incidência de afastamentos,

custos com ações regressivas e ações judiciais, além

de representar aumento da produtividade e ganhos

em imagem e responsabilidade social”, apontou.

Bahia Indústria 23

24 Bahia Indústria

Verão sauDáVelSindicato projeta incremento de até 50% nas vendas de sorvetes e picolés em relação ao inverno

pOr marta erhardt

o aumento da temperatura

com a chegada das esta-

ções mais quentes traz

boas perspectivas para o

segmento de sorvetes e picolés. De

outubro a fevereiro de 2018, o con-

sumo destes produtos na Bahia

deve aumentar em até 50%, em

relação ao período do inverno, se-

gundo estimativa do Sindicato da

Indústria Alimentar de Congela-

dos, Sorvetes, Sucos Concentrados

e Liofilizados do Estado da Bahia

(Sindsucos-BA).

Na Bahia, o segmento de sorve-

tes e picolés reúne 167 indústrias,

a maioria de micro ou pequeno

porte. No total, elas empregam

1.148 trabalhadores. E este núme-

ro pode ser ampliado com o au-

mento do consumo, de acordo com

o diretor do Sindsucos, Igor Freire.

“Com a retomada da economia, as

empresas já estão investindo em

equipamentos e também em con-

tratação de mão de obra”, ressalta.

Ele é proprietário da empresa

Arita, instalada em Itapuã. Lá, o

quadro de funcionários será am-

pliado. Além disso, de olho na

demanda, o empresário já elevou

o estoque de matéria prima e ad-

quiriu uma produtora contínua de

sorvete.

produtos saudáveisEntre as tendências de mercado

para os próximos meses, estão

os produtos de maior valor agre-

estudantes

do SeSi

conheceram

o processo

produtivo e

degustaram

sorvetes e

picolés

com banana, cupuaçu e morango.

Agora, já percebe um incremento

de 10% das vendas, puxadas por

esta novidade. “Quando chega o

inverno as pessoas evitam tomar

sorvete e picolé. Já com o açaí, não

tem tanta restrição”, comenta.

consumoNo Brasil, o consumo per capita

de sorvetes e picolés alcança 4,86

litros/ano, de acordo com dados

da Associação Brasileira das In-

dústrias e do Setor de Sorvetes

(ABIS), que também aponta que a

região Nordeste responde por 19%

do consumo total do país, atrás

somente da região Sudeste (52%).

De acordo com o Sindsucos-BA,

a Bahia possui um mercado dife-

gado, como sorvetes premium e

gourmet; bem como os saudáveis,

feitos de frutas da estação, com

menos calorias e mais refrescan-

tes. De olho neste mercado, mui-

tas empresas estão investindo em

novos produtos para atender os

consumidores. Para este verão as

apostas são o sorbet, que é sorvete

feito sem leite, com menos açúcar

e gorduras; e o gelato, com maté-

rias-primas mais nobres e produ-

ção mais artesanal.

Quem investiu na diversifica-

ção de produtos foi o empresário

Natanael Couto, proprietário da

Sorvetes Real, situada em São

Cristóvão, há 23 anos no mercado.

Há oito meses ele investiu na pro-

dução de açaí no pote, em receitas

Bahia Indústria 25

renciado. Enquanto no restante

do país predomina o consumo de

picolés e sorvetes cremosos, fei-

tos a partir do leite (mais de 70%

do total), na Bahia os produtos

de frutas dividem o mercado, res-

pondendo por 70% das vendas de

picolés e por 30% das de sorvetes.

A nutricionista Núbia Lima

ressalta que os picolés e sorvetes

são considerados alimentos de al-

to valor nutritivo, ricos em cálcio

(especialmente aqueles prepara-

dos à base de leite), proteínas, vi-

taminas e gorduras. “Os sorvetes

e picolés de fruta conservam as

propriedades da matéria-prima,

como vitaminas e minerais”,

explica, ressaltando que, como

qualquer alimento, o consumo

passo para a produção de sorvetes e picolés, desde a

higienização, sanitização e despolpamento (separa-

ção das sementes da polpa) das frutas utilizadas, até

o congelamento dos produtos.

“O equilíbrio dos ingredientes é fundamental

para se obter um produto de qualidade”, explicou o

engenheiro de alimentos e coordenador da área de

Alimentos e Bebidas do SENAI Dendezeiros, Leandro

Matioli. Esse equilíbrio deve acontecer durante a pre-

paração da calda, que, no caso dos sorvetes, além da

polpa da fruta, inclui ingredientes como leite em pó,

açúcar, gordura vegetal, composto lácteo e os aditi-

vos emulsificante e estabilizante.

Atenta às explicações, a pequena Beatriz Souza, de

8 anos, contou o que mais gostou na oficina. “A hora

que coloca a calda na sorveteira”, disse. A mãe dela, a

auxiliar financeira Dulcineide Silva Souza, aprovou a

iniciativa. “É lazer e também traz conhecimento técni-

co sobre a produção de sorvetes e picolés e apresenta

para as crianças uma área profissional”, comentou.

FOTOS VALTER PONTES/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

deve ser equilibrado, dentro de

uma dieta balanceada.

comemoraçãoUma oficina sobre o processo de fa-

bricação de sorvetes e picolés mar-

cou a comemoração do Dia Nacio-

nal do Sorvete, celebrado em 23 de

setembro. “O intuito foi aproximar

as crianças do processo de produ-

ção dos sorvetes e picolés, divul-

gando de forma lúdica como eles

são feitos”, ressaltou o presidente

do Sindsucos-BA, Luiz Hermida.

Sob os olhares curiosos de estu-

dantes do SESI Itapagipe, com ida-

des entre 8 e 10 anos, os técnicos

em alimentos do SENAI Dende-

zeiros, Ronivaldo Oliveira e Carla

Dantas demonstraram o passo a

26 Bahia Indústria

“O empresário, mesmo o de pequeno porte, sabe que as questões ambientais passam pelo cumprimento das leis, mas também pela sustentabilidade”Geane Almeida Coordenadora do projeto Indústria Baiana Sustentável

com o objetivo de ajudar as indústrias, espe-

cialmente as de pequeno e médio portes,

a obter as licenças ambientais, a FIEB, por

meio da sua Gerência de Meio Ambiente e

Responsabilidade Social (GMARS), iniciou, em 2013,

o Projeto Indústria Baiana Sustentável. Ao longo de

quatro anos outros serviços foram incluídos e o pro-

jeto foi ampliado, oferecendo atualmente cursos e

palestras, publicações e a uma assessoria ambiental

online, acessada pelo site

do Sistema FIEB. Para as

empresas associadas aos

sindicatos filiados à Fede-

ração, o portfólio é gratuito.

“A FIEB, por meio des-

se projeto, tem apoiado as

empresas na manutenção

de sua regularidade am-

biental, principalmente

com relação às diretrizes e

critérios do licenciamento

ambiental, contribuindo

para evitar multas e penali-

dades que ameaçam a com-

petitividade e perenidade

dos negócios”, explica a gerente de Meio Ambiente e

Responsabilidade Social, Arlinda Coelho.

A porta de entrada para o atendimento é a As-

sessoria online. É preciso fazer um cadastro e en-

caminhar as primeiras demandas. Foi assim que o

engenheiro Pedro Mendonça da Vertical Engenha-

ria (associada ao Sinduscon), acessou o projeto. Ele

precisava de apoio para atender a uma questão es-

pecífica do processo de Licenciamento no Instituto

do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e,

após o contato, foi marcada uma reunião presen-

cial. “A equipe, sempre muito solícita, se mostrou

emPresas sustentáVeisProjeto que apoia as indústrias no cumprimento das exigências legais ambientais completa quatro anos com mais de 300 empresas capacitadas

pOr carolina mendonça

bastante preparada. Obtivemos as informações que

precisávamos”, elogia.

O engenheiro conta ainda que, com o apoio do

projeto, rapidamente conseguiu dar entrada na do-

cumentação junto ao órgão estadual. “A interlocução

que a FIEB tem com as instituições envolvidas neste

processo fez toda a diferença”, disse Mendonça.

A coordenadora do Indústria Baiana Sustentável,

Geane Almeida, acredita que o contato pela internet

ampliou as possibilidades do serviço “O sistema de

atendimento online foi pensado para facilitar o aces-

so, principalmente das empresas situadas no interior

do estado, ao serviço de Assessoria para Licencia-

mento Ambiental oferecido”.

Geane relata que a procura por informações e pe-

las capacitações oferecidas pelo projeto têm aumen-

tado, o que mostra que o grau de conscientização

do empresariado também. “O empresário, mesmo

de pequeno porte, sabe que as questões ambientais

passam pelo cumprimento das leis, mas também pela

sustentabilidade e está investindo em soluções para

reduzir custos e impacto no meio ambiente”, afirma.

inFormações Uma das ações do projeto é a disponibilização de co-

nhecimento na área ambiental. Para isso, a GMARS

alimenta o portal do Sistema FIEB com informações,

notícias e publicações úteis para o setor produtivo. Lá

os interessados encontram e podem baixar manuais,

como o de Licenciamento Ambiental e a cartilha so-

bre eficiência energética e hídrica.

Para os empresários que desejam conhecer bons

exemplos nesta área, está disponível no site o Ban-

co de Práticas Sustentáveis da Indústria Baiana, que

traz cases nos âmbitos das tecnologias limpas, pro-

gramas socioambientais, práticas extensivas às ca-

deias de valor e micro e pequenas empresas.

Bahia Indústria 27

Quando se trata do setor indus-

trial e do Sistema FIEB, um dos

temas de maior peso é a questão

ambiental. A gestão de aspectos

ambientais é traduzida por meio

dos indicadores monitorados pe-

la organização, os quais demons-

tram os avanços obtidos com foco

na utilização racional dos recur-

sos naturais.

As práticas de gestão do Sis-

tema FIEB estão disponíveis no

mais recente Relatório de Susten-

tabilidade (referente ao exercício

2015-2016), lançado oficialmente

Relatório de Sustentabilidade 2015-2016em setembro, durante reunião de

diretoria da casa. O documento,

que reúne informações quantitati-

vas e qualitativas, está disponível

na Banca FIEB, no site da institui-

ção (www.fieb.org.br).

“O cenário atual impõe ao setor

industrial desafios de uma agen-

da que assegure a competitivida-

de. O relatório configura-se num

importante instrumento, que dá

visibilidade às melhores práticas

adotadas na construção de um

ambiente de melhoria contínua

da gestão na nossa organização”,

pontua o presidente da FIEB, Ricardo Alban, na men-

sagem publicada no documento.

“É um instrumento que contribui para a melhoria

contínua da gestão da sustentabilidade da nossa or-

ganização, a partir de um processo de autoavaliação

contínuo e participativo, o qual dá novo significado

à nossas práticas, à luz dos indicadores GRI – Glo-

bal Reporting Initiative e Ethos”, explica a gerente de

Meio Ambiente e Responsabilidade Social da FIEB,

Arlinda Coelho.

Arlinda acrescenta ainda que relatório fortalece o

papel do Sistema FIEB como agente indutor da sus-

tentabilidade, trazendo exemplos de mudanças im-

plantadas no âmbito socioambiental e os destaques

de uma atuação sustentável.

Pedro mendonça recorreu ao serviço de assessoria e aprovou

Melhoria do desempenho ambiental

Redução de passivos ambientais/trabalhistas

Redução de custos com multas/penalidades

Atendimento a requisitos mercadológicos

Acesso a financiamentos

211empresas

assessoradas

77 municípios abarcados

330empresas

passaram por capacitação

28Sindicatos Industriais

participantes

iNDÚStRia BaiaNa SUSteNtáVeL em NÚmeROS

BeNeFíCiOS PaRa aS emPReSaS ateNDiDaS

VALT

ER P

ONTE

S/C

OPER

PHO

TO/S

ISTE

MA F

IEB

28 Bahia Indústria

NúmEroS dA INdúStrIA

qUeDa Na iNDÚStRia é meNORDe janeiro a agosto de 2017, a produção física da indústria de transformação baiana apresentou retração de 3,9%

a produção física da indús-

tria de transformação da

Bahia apresentou queda

de 4,7% no acumulado

de 12 meses até agosto de 2017

(uma evolução, comparando-

-se com o resultado negativo de

5,9% do mês anterior), dividindo

a última posição com o Estado do

Pará no ranking dos 14 estados

que participam da Pesquisa In-

dustrial Mensal – Produção Físi-

ca. Além da Bahia, os seguintes

estados registraram resultados

negativos: Pará (-4,7%), Mato

Grosso (-3,0%), Goiás (-1,8%), Mi-

nas Gerais (-0,9%), Ceará (-0,4%)

e Pernambuco (-0,2%). Os esta-

dos que apresentaram crescimento foram: Paraná

(3,0%), Santa Catarina (2,3%), Espírito Santo (1,7%),

Rio Grande do Sul (0,4%), São Paulo (0,4%) e Ama-

zonas (0,4%). O estado do Rio de Janeiro apresentou

estabilidade no comparativo (0,0%).

Na média, a indústria de transformação nacional

apresentou queda de 0,7% no período em análise.

Em relação à indústria baiana, cinco dos 11 segmen-

tos analisados apresentaram crescimento em termos

anualizados: Veículos Automotores (21,8%); Couro e

Calçados (13,2%); Celulose e Papel (3,0%); Alimen-

tos (2,3%); Borracha e Plástico (2,2%). Por outro la-

do, os seis segmentos restantes sofreram redução da

produção: Equipamentos de Informática (-47,3%);

Metalurgia (-30,9%, em virtude de uma parada para

manutenção da Paranapanema iniciada no fim de

março); Refino de Petróleo e Biocombustíveis, setor

que representa 29,0% do VTI da indústria de trans-

indicadores

formação local (-13,4%, devido a

uma parada programada nos me-

ses de janeiro e fevereiro, nas uni-

dades U-09 e U-18 da RLAM, além

do crescimento da concorrência

dos combustíveis importados); Be-

bidas (-5,5%); Minerais não Metá-

licos (-5,0%); e Produtos Químicos

(-0,7%).

Queda no anoNo acumulado de janeiro a agosto

de 2017, a produção física da in-

dústria de transformação baiana

apresentou retração de 3,9% (ante

-5,1% no mês passado), enquanto

a indústria nacional contabili-

zou crescimento de 0,8%. Cinco

Bahia Indústria 29

Indústria de Transformação 4,1 -3,9 -4,7

Refino de petróleo e biocombustíveis 2,6 -9,0 -13,4

Produtos químicos 5,0 -0,6 -0,7

Veículos automotores 18,2 17,5 21,8

Alimentos -0,1 1,3 2,3

Celulose e papel 0,4 1,3 3,0

Borracha e plástico 11,9 5,5 2,2

Metalurgia -2,1 -34,7 -30,9

Couro e Calçados -5,5 11,4 13,2

Minerais não metálicos -1,0 0,1 -5,0

Equipamentos de Informática -50,0 -67,2 -47,3

Bebidas 10,5 -4,3 -5,5

Extrativa Mineral 14,0 -4,2 -13,0

VARIAçãO (%)

SetOReS agO17/agO16 JaN-agO17/ Set16-agO17/ JaN-agO16 Set15-agO16

FoNte: IBGe; elaboração FIeB/SdI

bahia: pim-pf de agosto 2017

FoNte: IBGe; elaboração FIeB/SdI. Nota: exclusive a Indústria extrativa Mineral; BaSe = 100 (Média 2012)

segmentos industriais da Bahia

apresentaram queda: Equipamen-

tos de Informática (-67,2%); Meta-

lurgia (-34,7%, menor fabricação

de barras, perfis e vergalhões de

cobre e de ligas de cobre); Refi-

no de Petróleo e Biocombustíveis

(-9,0%, redução na produção de

óleo diesel, naftas para petroquí-

mica e óleos combustíveis); Bebi-

das (-4,3%) e Produtos Químicos

(-0,6%). Por outro lado, seis seg-

mentos apresentaram crescimen-

to: Veículos Automotores (17,5%,

aumento na produção de automó-

veis); Couro e Calçados (11,4 %);

Borracha e Plástico (5,5%); Celulo-

se e Papel (1,3%); Alimentos (1,3%)

bahia: produção física da indústria de transformação (2015-2017)

Produtos Químicos (5,0%, ex-

plicado pela maior produção de

misturas de alquilbenzenos ou

de alquilnaftalenos, polietileno

linear e soda cáustica); Refino de

petróleo e biocombustíveis (2,6%,

maior produção de gasolina auto-

motiva e óleo diesel) e Celulose e

Papel (0,4%).

Em sentido contrário, cinco

segmentos registraram queda:

Equipamentos de Informática

(-50,0%, menor produção de gra-

vador ou reprodutor de sinais de

áudio e vídeo (DVDs)), Couro e

Calçados (-5,5%, menor produção

de calçados de material sintético

e de couro femininos), Metalurgia

(-2,1%), Minerais não metálicos

(-1,0%) e Alimentos (-0,1%).

Após dois meses consecutivos

de alta na produção, a indústria

baiana registra sinais de recupe-

ração, apesar de ainda permane-

cer, junto com o Pará, na última

posição do ranking nacional em

uma avaliação anualizada (12 me-

ses). O agregado da indústria so-

fre especialmente com os resulta-

dos negativos do setor de Refino e

Metalurgia, que representa 33,3%

do VTI da indústria de transfor-

mação local.

Mesmo com sinais visíveis de

retomada da economia, do ponto

de vista político, o governo federal

enfrenta grandes dificuldades em

perseguir a agenda de competiti-

vidade e as reformas estruturais

aguardadas pelo setor produtivo.

De acordo com informações do

Banco Central (relatório Focus, 06

de outubro), as perspectivas pa-

ra 2017 são: (i) inflação (IPCA) de

2,98%; (ii) crescimento de 1,18%

na produção industrial; (iii) queda

da taxa Selic para 7,00% no final

do ano; e (iv) crescimento de 0,7%

no PIB brasileiro.

e Minerais não metálicos (0,1%).

Na comparação de agosto de

2017 com igual mês do ano an-

terior, a produção física da in-

dústria de transformação baiana

apresentou crescimento de 4,1%,

enquanto a indústria nacional

registrou alta de 4,2%. Seis seg-

mentos apresentaram incremen-

to: Veículos Automotores (18,2%,

maior produção de automóveis

e painéis para instrumentos dos

veículos automotores); Borracha

e Plástico (11,9%, crescimento da

produção pneus novos usados em

automóveis, ônibus e caminhões

e filmes de material plástico pa-

ra embalagem); Bebidas (10,5%);

FONTE: IBGE; ELABORAÇÃO FIEB/SDI. NOTA: EXCLUSIVE A INDÚSTRIA EXTRATIVA MINERAL; BASE = 100 (MÉDIA 2012)

JAN

JUL

FEV

MA

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SET

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DEZ

115

110

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75

70

2016

2015

2017

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2015-2017)

30 Bahia Indústria

RiCaRDO aLBaN é eLeitO à PReSiDêNCia Da FieB

O empresário Ricardo Alban foi eleito, em chapa única, para a presi-

dência da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no pe-

ríodo 2018-2022. Ele foi conduzido pelo Conselho de Representantes da

entidade, com 40 dos 42 votos registrados. Alban ocupa a presidência

da casa desde novembro de 2014, após a morte do então presidente Car-

los Gilberto Farias. Além de Ricardo Alban, foram eleitos os vice-presi-

dentes Alexi Pelágio, Angelo Calmon de Sá Jr., Carlos Henrique Passos,

Eduardo Catharino Gordilho, João Baptista Ferreira, Josair Bastos, Juan

Lorenzo e Sergio Pedreira de Oliveira, bem como os diretores titulares e

suplentes, membros do Conselho Fiscal e delegados junto ao Conselho

de Representantes da Confederação Nacional da Indústria.

VALTER PONTES/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

Presidente

da FieB,

Ricardo alban,

participa da

votação

exposição

reuniu

produtos de

indústrias

baianas

Beratibusam

eum inctur,

omnis

magnimusant

que essi

NOViDaDeS em COSmétiCOSAs tendências e novidades dos cosméticos produzidos na

Bahia para o Verão 2018 foram apresentadas na Mostra Bahia

Cosmética, dia 19.09, na FIEB. Entre as novidades, o sachê para

escova progressiva para ser aplicado em casa. Promovida pelo

Sindcosmetic-BA, a primeira edição da mostra contou com espa-

ços destinados à exposição e

também à experimentação de

produtos, além do Workshop

Atualidade Cosmética, que

reuniu especialistas para

debater os desafios e pers-

pectivas para a indústria do

segmento. Na mesma data foi

realizada a cerimônia de posse

da diretoria do Sindcosmetic,

para a gestão até 2020.

Cimatec: excelência no meC e na CaPeS

Os cursos de graduação nas

Engenharias Civil e de Materiais

do Centro Universitário SENAI

Cimatec foram avaliados com

conceito 5 pelo Ministério da Edu-

cação (MEC), sendo os únicos na

Bahia com pontuação máxima pe-

lo órgão do governo federal entre

faculdades, centros universitários

e universidades públicas e priva-

das. A qualidade do programa de

pós-graduação stricto sensu Mo-

delagem Computacional e Tecno-

logia Industrial, que oferece um

curso de mestrado e um de dou-

torado, também foi avaliada com

o conceito mais alto da Coordena-

ção de Aperfeiçoamento de Pes-

soal de Nível Superior (Capes). As

inscrições para o processo seleti-

vo dos cursos de mestrado e dou-

torado do SENAI Cimatec estão

abertas até o dia 11 de novembro.

Inscreva-se em www.senaicima-tec.com.br/stricto.

Boa prática da FieB é premiada em Brasília

Uma ação simples e que pode

render bons frutos para os sin-

dicatos associados à FIEB, a ini-

ciativa Potencial Associado, da

Gerência de Relações Sindicais, fi-

cou em 1º lugar em boas- práticas

da Rede Desenvolvimento Asso-

ciativo, na categoria Inteligência

Sindical. O prêmio foi entregue na

CNI. A ação, que vai compor o Ca-

tálogo Online de Boas Práticas da

RDA, consiste em analisar o perfil

dos participantes dos eventos pro-

movidos pela gerência para iden-

tificar as empresas não associa-

das. Os contatos são sinalizados

para que os sindicatos possam

prospectar novos associados.

LúCIO TáVORA/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

painel

Bahia Indústria 31

ANGEL

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S/C

OPER

PHO

TO/S

ISTE

MA F

IEB

hOmeNagem a ViCtOR VeNtiNO empresário Victor Ollero Ventin foi condecora-

do com a Cruz de Oficial da Ordem do Mérito Civil, con-

cedida pelo rei da Espanha, Felipe VI. A comenda foi

entregue em solenidade no Farol da Barra, em 16.10,

dia da Festa Nacional da Espanha, na presença de

empresários e autoridades. Instituída, em 1926, a co-

menda reconhece as virtudes cívicas de funcionários

a serviço do Estado, assim como os serviços prestados

por cidadãos espanhóis e estrangeiros à Espanha.

Destaque no Parlamento Jovem 2017Cinco dos seis projetos que representaram a Bahia

entre 24 e 29 de setembro, no Parlamento Jovem Bra-

sileiro, em Brasília, foram de estudantes da Escola

SESI Djalma Pessoa, de Salvador. Os estudantes

Pedro Lima, Caio Adorno, Gabriel Santos, Beatriz

Santos e Victória Couto tiveram a oportunidade de

vivenciar, durante uma semana, a rotina de um par-

lamentar na capital federal. Todos os projetos do SE-

SI foram aprovados nas Comissões Temáticas.

tURma Da ROBótiCa gRaVa NaS eSCOLaS DO SeSi

Os estudantes que praticam robótica educacional

nas escolas da Rede SESI de Salvador tiveram uma

experiência diferente, nos dias 21 e 22 de setembro.

As equipes campeãs das escolas SESI Djalma Pessoa

e Reitor Miguel Calmon gravaram para o programa

Turma da Robótica, do Canal Futura. Foi registrado o

dia a dia dos alunos para um documentário que será

exibido em fevereiro. A gravação, que está sendo re-

alizada em vários estados, será exibida pouco antes

da realização da grande final nacional do First Lego

League (FLL), o torneio oficial de robótica educacio-

nal realizado pelo SESI e que definirá os campeões do

Brasil para a etapa internacional.

PReCURSOR DO COaChiNg FaLa SOBRe LiDeRaNça

Considerado o criador do coaching moderno, o

norte-americano Tim Gallwey encerrou, em Salvador,

a turnê que percorreu seis cidades brasileiras com o

talk show The Inner Game - A essência da liderança

e do aprendizado por experiência. No evento, reali-

zado em setembro na FIEB, com apoio do Sindvest

Salvador, ele falou sobre a ferramenta, que já foi

usada por grandes corporações. Para Tim Gallwey, a

essência de tudo está em se divertir com o que se faz

na vida profissional. “Está no nosso DNA: todos nós

queremos nos sentir bem”, dis-

se, acrescentando que cada

ser humano é líder por

natureza. Gallwey des-

tacou que vida pessoal e

trabalho precisam estar

em equilíbrio para que o

sucesso possa acontecer.

SeSi levou mistura de música e literatura para a Flica

Na Festa Literária Internacional de Cachoeira - FLI-

CA 2017, realizada no início de outubro, no Recônca-

vo Baiano, o SESI Bahia incrementou a programação

com a participação da Varanda do SESI, que ocupou

o espaço do Instituto Hansen Bahia com apresenta-

ções de artistas diversos em espetáculos educativos.

A ideia foi, seguindo a filosofia do evento, casar lite-

ratura com música. Assim, Ary Barroso, o chorinho e

a Jovem Guarda ganharam exposição, apresentações

musicais e de vídeos. No palco, artistas como Juliana

Ribeiro e Fernando Marinho, além da Banda Limou-

sine, participaram da programação.

LúCI

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áVO

RA/C

OPER

PHO

TO/S

ISTE

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IEB

integrantes

da equipe

Dynasty se

posicionam

para as

gravações

VALTER PONTES/COPERPHOTO/SISTEMA FIEB

32 Bahia Indústria

Lei Complementar trata da validação de incentivos fiscaisFoi publicada, em 08.08.17,

a LC nº 160, que dispõe so-

bre convênio que permite

aos Estados e ao Distrito

Federal deliberar sobre a

remissão dos créditos tri-

butários, constituídos ou

não, decorrentes das isen-

ções, dos incentivos e dos

benefícios fiscais ou finan-

ceiro-fiscais instituídos em

desacordo com o disposto

na alínea “g”, inciso XII,

do § 2o, do art. 155 da CF,

bem como a reinstituição

das respectivas isenções,

incentivos e benefícios fis-

cais ou financeiro-fiscais.

O convênio poderá ser

aprovado e ratificado com

o voto favorável de, no

mínimo 2/3 das unidades

federadas; e 1/3 das unida-

des federadas integrantes

de cada uma das cinco re-

giões do País.

Prefeitura altera o código tributárioA Lei Municipal nº 9.279,

publicada em 29.9.17, alte-

rou e acrescentou disposi-

tivos ao Código Tributário

do Município. Dentre as

alterações, destacam-se:

a apuração do valor venal

dos imóveis; as hipóteses

de extinção, do crédito

tributário referente ao IP-

TU e a TRSD; as regras de

competência e retenção na

fonte para recolhimento

do ISS; os novos serviços

tributados pelo ISS e res-

pectivas alíquotas; a base

de cálculo da Cosip.

tácio Chehab integra a Gerência Jurídica da FIEB

A reforma trabalhista e suas incertezas

Como sabemos, no dia 13 de ju-

lho de 2017, foi publicada a Lei nº

13.467, que introduziu uma série

de alterações na Consolidação das

Leis Trabalhistas (CLT) – Decreto

Lei nº 5.452/43, trazendo à tona a

tão esperada Reforma Trabalhista,

que, dentre outros objetivos, visa

à modernização das relações labo-

rais, conferindo maior autonomia

a seus agentes, ou seja, emprega-

do e empregador, isso sem esque-

cermos das entidades sindicais.

Assim, tal como ocorre com to-

das as inovações legislativas, mui-

tos são os desafios que estão por

vir, especialmente quando esta-

mos falando de uma norma criada

na década de 1940 e que teve a sua

interpretação e aplicação consoli-

dadas, seja na doutrina ou na ju-

risprudência, ao longo do tempo.

Não obstante, é preciso com-

preender também que, boa parte

da CLT já perdeu o seu sentido,

pois, atualmente, vivemos condi-

ções de trabalho, tecnologia e de

produção totalmente diferentes

das experimentadas quando da

sua criação. A CLT tornou-se, des-

te modo, anacrônica.

Alguns dos dispositivos intro-

duzidos na CLT dão nova inter-

pretação à relação laboral, forçan-

do, por isso, a quebra de alguns

paradigmas, o que pode levar a

interpretações distintas sobre a

constitucionalidade ou legalidade

destas normas.

Neste sentido, a segurança ju-

rídica que se busca com a nova

legislação, em que pese digna de

pOr tácio chehab aplausos, não ocorrerá com a sim-

ples entrada em vigor da Lei nº

13.467/17, pois será necessário um

tempo de maturação para os seus

novos institutos jurídicos.

Por isso, não obstante o alvoro-

ço social, notadamente por conta

das incertezas que permeiam a

Reforma – as quais, diga-se, aco-

metem não só empregadores, em-

pregados e sindicatos, mas tam-

bém todos os operadores do direi-

to, e apenas serão consolidadas

ao longo do tempo –, é certo que

estas inovações imprimem maior

dinamicidade às relações traba-

lhistas, privilegiando a autonomia

das vontades, criando, ainda, um

ambiente mais propício ao desen-

volvimento econômico e social.

Apesar das diversas novida-

des, ponto que merece destaque

é o fato de que os empregados,

vistos em tempos anteriores como

hipossuficientes, com a nova re-

dação da CLT, passam a ter a sua

autonomia reconhecida, nos ter-

mos, principalmente, do art. 611-

A. O negociado passa a prevalecer

sobre o legislado, sendo vedadas,

contudo, negociações quanto aos

direitos sociais previstos no Artigo

7º da Constituição Federal.

Em que pese a lei tenha por obje-

tivo a uniformização de tratamen-

to, não há dúvida de que ninguém

melhor do que o próprio trabalha-

dor para saber o que é melhor para

si. Portanto, apesar das incertezas,

temos certo que a Reforma alcança-

rá o seu objetivo principal que é a

modernização das relações, tendo

como base a realidade jurídica e

social vigentes.

jurídico

Bahia Indústria 33

pOr marcio miranda

Acompanhar o dia a dia de uma

empresa é suficiente para perce-

ber o quanto é complicado pagar

impostos. As questões tributárias

são um dos principais temas de

insatisfação do empresariado bra-

sileiro, e o principal anseio a essa

temática constituiu-se na forma-

ção da agenda da reforma tributá-

ria desde os anos 1990.

Diante dessa realidade, pes-

quisa realizada pela Confede-

ração Nacional de Dirigentes

Lojistas (CNDL) e SPC Brasil, em

fevereiro de 2017, demonstrou

que “65% dos empresários têm

uma avaliação negativa do atu-

al sistema e acreditam que (seus

efeitos) impactam o crescimento

econômico e a criação de novas

empresas” no país.

Na mesma pesquisa supracita-

da, dois tópicos são salientados

de forma reiterada pelos empresá-

rios: a insatisfação sobre a grande

quantidade de impostos (52,2%) e

a cobrança sobre o pagamento do

imposto sobre imposto (53,6%),

o denominado o “efeito cascata”.

Diante dessa realidade, as dificul-

dades impostas ao contribuinte

impactam o desempenho econô-

mico do Brasil.

Logo, a estrutura tributária

nacional necessita realmente de

mudanças. Para exemplificar, de

acordo com o estudo feito pela

Fundação Instituto de Pesquisas

Econômicas (Fipe), uma família

que tem sua renda entre dois a três

“A RefORmA TRibuTáRiA exige umA mAiOR pARTicipAçãO dA sOciedAde e cOnsensO AmplO nO que se RefeRe à pec-233, e TRAnsfORmAçãO nOs seTORes pOlíTicOs, TRAbAlhisTA, pRevidenciáRiO, pARA que nãO sejA ineficAz”

marcio miranda é advogado

Um olhar sobre a reforma tributária com enfoque no empresário

salários mínimos tem 45,8% de sua renda corroída pelos impostos.

Diante desta linha de raciocínio, a coordenação da Fipe afirma que “a

solução seria migrar a incidência da carga tributária mais para a renda

e menos para o consumo”.

Nesse contexto, a reforma no Brasil é cobiçada por 83% do empre-

sários, e estes afirmam que, além de todos os benefícios, a tributação

sobre a renda é mais justa e mais eficaz do que a tributação sobre o

consumo. Tal mudança transformará a mentalidade e desenvolverá

mudança de paradigmas.

Assim, a proposta prevê a extinção de impostos como o IPI, IOF,

PIS, PASEP, Confins, Salário Educação, Cide, ICMS e ISS. Porém,

diante de tais “perdas” ao siste-

mas tributário, serão criados dois

impostos, quais sejam: sobre o

valor agregado (IVA), sem a tri-

butação de bens e alimentos; e o

imposto seletivo, cobrados sobre

alguns produtos, como petróleo

e seus derivados, serviços de te-

lecomunicação, cigarro, energia

elétrica, dentre outros. Logo, com

a reforma, o sistema tributário,

será mais justo.

Vale salientar que a reforma

fiscal reduzirá os encargos sobre a folha de pagamentos, o que é um

dos principais motivos de falência de inúmeras empresas nos últimos

anos. Além disso, na pesquisa apresentada no início do presente arti-

go, afirma-se que a ampla maioria do empresários defende a tributa-

ção proporcional à capacidade econômica do contribuinte/empresá-

rio. Mesmo com a criação do Simples Nacional, a proporcionalidade

para a contribuição fiscal deve ser proporcional, ou seja, deve ser

verificada a capacidade contributiva da empresa.

Diante dessa realidade, o atual cenário político, social e econômico

do Brasil demanda grandes modificações nos diversos setores, porém,

no que concerne à realidade fiscal, a evolução econômica nacional de-

pende, e muito, do setor empresarial, e este precisa de um maior incen-

tivo à sua expansão.

Portanto, a reforma exige uma maior participação da sociedade e

consenso amplo no que se refere à PEC-233, e transformação nos seto-

res políticos, trabalhista, previdenciário, para que a reforma tributária

não seja ineficaz e que a mesma consiga realizar diferenças de médio

e longo prazo.

ideias

leitura&entretenimento

livros música

música

mestre dos negócios Abilio Diniz, um dos maiores em-

presários do Brasil, compartilha o

que aprendeu em sua jornada profis-

sional no Grupo Pão de Açúcar. Crise,

sequestro e superação são temas tra-

zidos pelo autor. Novos caminhos, no-

vas escolhas, é um livro inspirador e

permite conhecer mais uma faceta de

um dos maiores líderes empresariais

do país, eleito uma das pessoas mais

influentes do Brasil, além de membro

dos Conselhos de Administração do

Grupo Carrefour.

O novo gerente minuto O mundo mudou nas últimas três

décadas. Hoje, as organizações pre-

cisam atuar com maior rapidez e me-

nos recursos para acompanhar as

constantes mutações na tecnologia e

globalização. O Gerente-Minuto, lan-

çado em 1981, atualizou o conceito de

liderança, que passou a ser associado

à agilidade, mas sem perder de vista

a dimensão humana no processo de

gestão. Nessa atualização, os segre-

dos práticos já consagrados – Objeti-

vos-Minuto e Elogios-Minuto – ganha-

ram um terceiro talento atualizado:

Redirecionamentos-Minuto.

Novos caminhos, novas escolhasAbílio dinizEditora objetiva 216 p.R$ 34,90

O Novo Gerente-MinutoKen Blanchard e Spencer JohnsonEditora Best Business128 p.R$ 24,90

34 Bahia Indústria

Revivendo mayza

Sob a direção artística de Elísio

Lopes Jr. e musical de Jelber Oliveira,

a cantora Tainah interpreta grandes

sucessos da cantora Maysa Mattara-

zzo. Com novos arranjos, a artista

revela sua versatilidade, diversida-

de e irreverência com interpretações

amparadas em uma concepção mu-

sical contemporânea. O show faz

um convite ao universo de Maysa,

a partir da perspectiva de Tainah,

que se apresenta acompanhada de

piano, baixo e bateria e recompõe,

com leveza, toda a dramaticidade

da artista, eternizada em suas

letras consagradas. No repertó-

rio, sucessos imortalizados na

voz de Maysa, como Besame

mucho, Ne me quitte pas.

FOTOS DIVULGAçãO

Dramaturgia premiadaCoisas Belas, peça vencedora do Prêmio Nacional de Literatura da Fundação Cul-

tural da Bahia, conta a história de três personagens que trabalham em um bar de

uma grande cidade. A montagem se desenrola de uma forma dramática, mostrando

a difícil realidade das grandes cidades brasileiras. Entre os personagens, uma can-

tora, um encanador e um pianista, avaliam suas vidas em meio à opressão da invisi-

bilidade cotidiana e, ainda assim, cultivam a esperança para continuar existindo e

tocando suas vidas. Esta é a primeira montagem deste texto em Salvador.

Não perca Teatro SESI Rio Vermelho, sáb. e dom., às 20h, R$ 40 e R$ 20 (meia). Rua Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho. Informações: (71) 3616-7064

Não perca Teatro SESI Rio Vermelho, sextas, 03 e 10.11, às 20h, R$ 40 e R$ 20 (meia). Rua Borges dos Reis, 9, Rio Vermelho

livros teatro