Formas básicas de Construção

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Formas básicas de construção 1 FORMAS BÁSICAS DE CONSTRUÇÃO 1 Introdução Neste capítulo vamos tratar das formas básicas de construção das subestações de alta tensão externas. Daremos uma ênfase especial nas plantas e cortes das subestações bem como a disposição dos diversos equipamentos e a forma de conexão das seccionadoras ao barramento principal. A seguir faremos uma análise das disposições clássicas, a partir das quais outras formas poderão ser desenvolvidas, afim de atender soluções específicas. As dimensões mostradas são valores típicos devendo, para cada caso, ser feito um estudo específico das dimensões necessárias. A elaboração dos cortes e plantas da subestação deve ser feitos após a elaboração e discussão do diagrama unifilar da subestação. Os princípios básicos para se estabelecer o lay out de uma subestação podem ser agrupados em: a) Separação Espacial; b) Zoneamento para manutenção; c) Disposição das fases do barramento; d) Separação elétrica; e) Dedução de um lay-out básico; f) Segurança da zona do barramento; g) Economia da área; h) Economia em equipamento. a) Separação Espacial Quatro distâncias governam o espaçamento entre componentes e fases (condutores). a1) Distância para terra: - Entre partes vivas aterradas, paredes, telas e terra. a2) Distância entre fases: - Entre partes vivas de diferentes fases ou de mesma fase que se cruzam.

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Formas básicas de construção 1

FORMAS BÁSICAS DE CONSTRUÇÃO

1 Introdução

Neste capítulo vamos tratar das formas básicas de construção das subestações de

alta tensão externas. Daremos uma ênfase especial nas plantas e cortes das

subestações bem como a disposição dos diversos equipamentos e a forma de

conexão das seccionadoras ao barramento principal.

A seguir faremos uma análise das disposições clássicas, a partir das quais outras

formas poderão ser desenvolvidas, afim de atender soluções específicas.

As dimensões mostradas são valores típicos devendo, para cada caso, ser feito um

estudo específico das dimensões necessárias.

A elaboração dos cortes e plantas da subestação deve ser feitos após a elaboração

e discussão do diagrama unifilar da subestação.

Os princípios básicos para se estabelecer o lay out de uma subestação podem ser

agrupados em:

a) Separação Espacial;

b) Zoneamento para manutenção;

c) Disposição das fases do barramento;

d) Separação elétrica;

e) Dedução de um lay-out básico;

f) Segurança da zona do barramento;

g) Economia da área;

h) Economia em equipamento.

a) Separação Espacial

Quatro distâncias governam o espaçamento entre componentes e fases

(condutores).

a1) Distância para terra:

- Entre partes vivas aterradas, paredes, telas e terra.

a2) Distância entre fases:

- Entre partes vivas de diferentes fases ou de mesma fase que se cruzam.

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a3) Distância de Isolamento:

- Entre terminais de um seccionador ou conexão a isto, também entre conexões

para os terminais de disjuntor.

a4) Distância de Separação:

- Entre partes vivas e o limite da zona de manutenção (secção de trabalho). Os

limites da zona de manutenção podem ser a terra, ou uma plataforma a partir da

qual os homens trabalham

Para que os homens possam andar livremente sob os equipamentos energizados,

é necessário proporcionar uma distância suficiente entre o ponto mais baixo de

cada isolador (onde este encontra a parte metálica) e a terra, para assegurar que

o homem não possa invadir a região de solicitação dielétrica.

Esta distância denominada “separação para terra” está baseada no alcance de

um homem com os braços levantados sendo considerado como um valor de 2,44

(m) (8 ft) ( valor baseado em normas Inglesas BS - 162).

Com exceção da “separação para terra”, os demais valores de “distância” são

determinados baseados na sobre tensão máxima a que o sistema pode ser

submetido, e pelo contorno das diversas partes.

A isolação de um sistema, que inclui “AIR-GAPS”, nos quais o ar (atmosfera

normal) é o dielétrico, está sujeito a esforços dielétricos devido a sobre tensões

contínuas de freqüência nominal e a impulso transitórios causados por descargas

atmosféricas e surtos de manobra.

O valor para o qual um determinado isolamento entra em colapso depende da

forma de onda do impulso, a qual é definida em função do tempo para atingir ao

valor de pico (frente de onda) e o tempo para atingir metade do valor de pico.

A polaridade do impulso pode também ser significante; se o campo elétrico é

uniforme, os valores “flashover” serão os mesmos para uma onda de polaridade

negativa ou positiva, mas se o campo não for uniforme, como ocorre usualmente,

o flashover com a onda positiva é menor.

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Formas básicas de construção 3

As sobre tensões causadas por descargas atmosféricas são usualmente fatores

determinantes para subestações externas associadas a linha aéreas de

transmissão.

Estes valores estão relacionados ao “NÍVEL BÁSICO DE ISOLAMENTO”(NBI ou

BASIC INSULATION LEVEL - BIL).

Os valores do NBI foram determinados baseados em ondas de impulso que

correspondem aos impulsos de descargas atmosféricas, estas ondas são definidas

como ondas de 1,2/ 50 μseg.

A coordenação de isolamentos é normalmente conseguida através de pára-raios e

gaps que mantém ou limitam as sobre-tensões impostas ao equipamento a um valor

da ordem de 80% do “nível básico de isolamento”(NBI):

É uma prática normal o teste do NBI dos principais equipamentos em um laboratório

de teste (escala 1:1) de tal forma que a influência de seus contornos sejam tomados

em consideração.

Não é pratica normal, nem economicamente justificável, testar todas as

possibilidades de arranjo dos condutores e suportes para o caso de uma

subestação, mas é desejável se estabelecer algumas distâncias, relacionadas aos

testes de impulso, que possam ser usadas no lay out (no arranjo) da subestação.

Nas tabelas 1 e 2, listamos algumas distâncias recomendadas para a terra e entre

fases obtidas a partir de um grande número de testes; a tabela 3 fornece os valores

correspondentes de distância de segurança (seccionamento devido zoneamento de

manutenção).

Acima de 300 kV, o fator determinante passa a ser a sobre tensão causada por

manobras, (switching surge) sua forma de onda e magnitude variam

consideravelmente em relação àquelas dos impulsos de descarga atmosférica.

Os testes mostram que os contornos e a proximidade de planos aterrados têm

grande influência, e as descargas nem sempre ocorrem através do mesmo gap.

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Tabela 1: Separação para instalações externas do tipo abertas de 22 kV a 88 kV de

tensão nominal e para sistema não efetivamente aterrados de 110 kV e acima.

Teste de Impulsos (Bil) Valores de Pico

(kV)

Tensão Nominal

(kV)

Separação Mínima para Terra

Separação mínima entre fases no ar, ou entre conexões de uma

mesma fase separada eletricamente uma da outra

(mm) (in) (mm) (in)

150 22 279 11 330 13

200 33 381 15 432 17

250 44 482 19 558 22

350 66 685 17 786 31

450 88 863 34 989 39

550 110 1.068 42 1.219 48

650 132 1.270 50 1.473 58

750 165 1.473 58 1.702 67

1.050 220 2.082 82 2.388 94

* B.S./62 - Table 7

Tabela 2: Separação para instalações externas do tipo abertas para uso em sistema não efetivamente aterrados de 110 kV e superior.

Teste de Impulsos (Bil) Valores de Pico

(kV)

Tensão Nominal

(kV)

Separação Mínima para Terra

Separação mínima entre fases no ar, ou entre conexões de uma

mesma fase separada eletricamente uma da outra

(mm) (in) (mm) (in)

450 110 863 34 989 39

550 132 1.086 42 1.219 48

650 165 1.270 50 1.473 58

900 220 1.779 70 2.057 81

1.050 275 2.082 82 2.388 94

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Formas básicas de construção 5

Tabela 3: Separação de segurança para permitir que operação, inspeção, limpeza,

reparos, pinturas e manutenção normal sejam executadas.

Tensão Nominal (kV) Para o condutor mais próximo (sem tela) no ar (section clearance)

Para a parte mais próxima, não ao potencial da terra, de um isolador

suportando um condutor vivo (Ground Clearance)

(m) (ft) (in) (m) (ft) (in)

Até 11 2.59 8 6

15 2.79 9 0

22

23 2.79 9 0

44 2.89 9 6

66 3.05 10 0 2.44 8 0

88 3.20 10 6

110 3.35 11 0

132 3.50 11 6

165 3.81 12 6

220 4.27 14 0

275 4.57 15 0

(Tabela 10 da BS 162)

É assim difícil de estabelecer tabelas de separação, muito embora algumas tentativas

tenham sido feitas.

É importante notar que subestações interiores conectadas por sistemas de

cabos são naturalmente protegidas contra sobre tensões de descargas

atmosféricas, e o nível de isolação para todas as tensões é determinado por

surto de manobra.

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Formas básicas de construção 6

Abaixo do 300 kV as solicitações provenientes dos surtos de manobra são

menores que aquelas devido aos surtos de descargas atmosféricas, em

conseqüência, menores níveis de isolamento, e menores separações podem

ser adotadas.

Alguns adotam separações correspondentes ao nível de tensão standard

imediatamente inferior.

As distâncias entre fase e as distância de isolação são usualmente

especificadas de 10% a 15% maior que a separação para terra, o que pode

ser justificado pelo fato de que falta entre fases e falta entre terminais tem a

tendência de serem mais severos, muito embora não se faça qualquer

distinção no “NÍVEL BÁSICO DE ISOLAMENTO”.

A coincidência de uma sobre tensão em uma fase, com uma sobre tensão,

ou com um pico de tensão do sistema de polaridade oposta, em fase

adjacente pode produzir um aumento da tensão entre fases, o que na prática

não excede de 15%.

É evidente que a complexidade do problema torna difícil o estabelecimento

de normas internacionais de separação. Existem, no entanto algumas

normas principalmente da IEC, sobre o assunto. As tabelas anteriormente

mostradas estão baseadas nas normas “INGLESAS”.

A redução da densidade do ar, devido à altitude faz com que a tensão de

“FLASHOVER” seja reduzida, sendo em conseqüência necessário um

aumento de 3% nas separações, para cada 305(m) (1000 ft) acima de 1006

(m) (3300 ft), acima do nível do mar.

b) Zoneamento para manutenção

Um dos mais importantes aspectos do lay out de uma subestação é o

zoneamento do equipamento para manutenção.

É necessário ter uma idéia clara de como os vários equipamentos deverão

ser agrupados, como eles deverão ser isolados e fisicamente separados dos

equipamentos vizinhos, energizados, e como um acesso para os mesmos

pode ser encontrado.

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Formas básicas de construção 7

Vejamos alguns aspectos que devem ser considerados no zoneamento para

manutenção.

b1) Distância de Separação:

O estabelecimento da distância de separação a partir do alcance de um

homem mais a separação entre fase e terra, é bastante lógica quando

aplicada a uma distância vertical, no entanto, difícil de justificar no caso de

uma separação horizontal, o conceito de um homem assumindo a posição

horizontal e totalmente estendido, com braços estendidos, mesmo durante

uma queda é difícil de ser aceito.

No entanto devido às diversas correntes existentes sobre o assunto, o mais

indicado é aplicar o mesmo valor de separação não importando qual o plano

de aplicação.

b2) Separação das Zonas de Manutenção:

Dois métodos são disponíveis para a separação do equipamento, em uma

zona de manutenção que tenha sido isolada e desconectada dos

equipamentos energizados; particularmente, a previsão de uma “distância de

separação” ou o uso de uma barreira (tela) aterrada.

A escolha entre estes métodos é influenciada pela tensão, e se distâncias

horizontais e verticais estão envolvidas.

As Figuras 1 e 2 ilustram como a tensão afeta a escolha da separação

horizontal.

Uma vez que a “distância de separação” é composta pelo alcance de um

homem, tomado com 2,44 (m) mais a “distância para terra” é evidente que,

para a tensão em que a “distância para terra” é igual a 2.44 (m), o espaço

requerido será o mesmo se uma “Distância de Separação” ou uma barreira

aterrada for adotada. Isto ocorre em torno da tensão de 300 kV. Abaixo

desta tensão uma economia de espaço pode ser conseguida pelo uso de

barreiras aterradas, para separar as zonas de manutenção. Para separação

vertical, a posição não é simples. É necessário tomar em consideração o

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Formas básicas de construção 8

espaço ocupado pelo equipamento e a necessidade de uma plataforma de

acesso para as tensões mais elevadas.

Normalmente a plataforma de trabalho é colocada à uma altura de 1.37 (m)

abaixo do ponto de trabalho mais alto (com isto o ponto de trabalho fica ao

nível de olho de um homem de altura média).

Estas características são mostradas nas Figuras 1 e 2, os quais mostram

que o ponto no qual o espaço requerido é o mesmo, se determinado pela

“Distância de Separação” ou barreira aterrada, ocorre em torno de 100 kV.

Abaixo desta tensão a vantagem esta com uma barreira aterrada.

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Formas básicas de construção 9

Figura 1 - Separação das Zonas de Manutenção

a - Horizontal b - Vertical

(i) 33 kV (ii) 66 kV (iii)132 kV (iV) 275 kV

a) Separação por barreira aterrada = distância para terra + 50 mm para

barreira + distância para terra.

b) Separação por distância de seccionamento = 2,44 m + distância para

terra.

Figura 2 Gráfico mostrando a relação entre a distância de separação e

tensão

A - Horizontal B - Vertical

Separação por barreira aterrada

3366

110132 165

220

275300

DISTÂNCIA DE SEPARAÇÃO EM (m) ( A )

1 2 3 4

T E N S Ã O E M K V

100

3366

110132 165

220

275300

DISTÂNCIA DE SEPARAÇÃO EM (m) ( B )

1 2 3 4

T E N S Ã O E M K V

5 6

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Formas básicas de construção 10

Separação por distância de seccionamento

Muito embora apareça que, nas tensões mais baixas, espaço possa ser

economizado pelo uso de barreiras aterradas, a posição desconfortável de

um homem, no caso de uma instalação de 33 kV, mostra a necessidade de

tomar em consideração o espaço para trabalho.

O espaço de trabalho proporcionado por uma distância para terra com 66 kV

685 (mm), aproximadamente, é o mínimo para um conforto razoável.

Para concluir, espaço pode ser economizado pelo uso de barreira aterrada

abaixo de 300 kV, onde distâncias horizontais de manutenção estão

envolvidas e abaixo de 100 kV onde distâncias verticais de manutenção

estão envolvidas.

Os componentes de uma subestação são separados por distância entre

fases, distância de isolação, distância para terra e espaços de acesso, assim

como separação para manutenção, de tal forma que a economia geral em

espaço pode ser obtida pelo uso de barreiras aterradas em qualquer lay out

é função também, da relação entre o número de separações para

manutenção e o número das outras distâncias.

b3) Estabelecimento das Zonas de Manutenção

Algumas zonas de manutenção são facilmente definidas e a necessidade

delas é evidente. Talvez a mais óbvia seja aquela para um disjuntor, o qual

normalmente requer mais manutenção do que qualquer outro equipamento.

É uma prática universal proporcionar meios para isolação de cada lado do

disjuntor, para separa-lo das partes adjacentes energizadas.

Outras zonas de manutenção, contendo seccionadoras, barramentos e

conexões não são tão claramente definidas e métodos de zoneamento

devem ser desenvolvidos.

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Formas básicas de construção 11

b4) Zoneamento de uma Subestação de Barramento Singelo

Em um circuito alimentador partindo de um barramento singelo, como

mostrado na Figura 3, são requeridas três zonas de manutenção.

Dentre estas podemos apontar:

a) zona do disjuntor;

b) zona do barramento, incluindo a seccionadora de barramento;

c) zona de alimentador compreendendo a seccionadora de linha e o

equipamento do lado do alimentador.

Uma vez que a manutenção da seccionadora de barramento implica, no

desligamento do barramento, não existe obviamente necessidade de se

prever uma barreira aterrada ou uma separação entre a seccionadora e o

barramento.

Da mesma forma, a manutenção dos isoladores suportes do barramento

determina a perda de todos os circuitos conectados ao barramento, assim

sendo não é necessário uma separação entre os isoladores de suporte do

barramento e as seccionadoras do barramento. Estes fatos parecem muito

óbvios, ainda que existam subestações, nas quais espaços tenham sido

desperdiçados devido a separação desnecessária destes itens.

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Formas básicas de construção 12

Figura 3 Zona de manutenção em uma subestação de

barramento singelo com circuitos idênticos em oposição (Back - To -

Back)

Arco da Distância de Separação

Se algum meio pode ser adotado para suportar o barramento, a partir dos

isoladores das seccionadoras, um arranjo integrado, como o mostrado na

Figura 4, se torna possível (Não havendo necessidade de separação entre

as seccionadoras “back - to - back” e elas podem ser convenientemente

combinadas).

Uma comparação com o arranjo convencional da Figura 3, mostra que a

alternativa da Figura 4 economiza isoladores e suportes e resulta também

em alguma redução de espaço.

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Formas básicas de construção 13

Figura 4 Zona de Manutenção integrada em uma subestação de

barramento singelo.

Arco da Distância de Separação

a)

11,9 (m )

6,40 (m)

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Formas básicas de construção 14

b)

A Figura 5 mostra um exemplo de aplicação do lay out mostrado na

Figura 4.

Figura 5 - a) Subestação compacta, barramento singelo, com um bay de

5,8 m (largura) para 66 kV;

b) Subestação tradicional de 66 kV, barramento singelo com

bay de 5,8 (m).

O arranjo (a) explora o uso de transformadores de corrente de tipo bucha,

combinado com isoladores duplos e barramento auto suportado.

Estas características combinadas com distância de separação vertical

resultam em um arranjo com as seguintes vantagens comparadas com o

arranjo convencional, mostrado na Figura 5b.

i) a área é praticamente a metade com um pequeno aumento na altura total;

ii) não são usados isoladores independentes bem como seus suportes;

iii) apenas um acesso é requerido.

A junção em T de dois secccionadores e o barramento para formar uma zona de

manutenção é um bloco de construção comum no arranjo de uma subestação,

24,4 (m)

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Formas básicas de construção 15

isto ocorre também nos T de saída das subestações em anel e com 1 ½

disjuntor.

C) Disposição das Fases de Barramento

Os condutores do barramento ou barramentos podem obviamente ser

dispostos relativamente um ao outro de várias maneiras.

Consideremos para estabelecer uma linha de raciocínio o uso de um

barramento duplo, na Figura 6, mostramos as formas possíveis para

disposição dos condutores das fases.

Figura 6 Disposição das Fases do Barramento

Em subestações externas, o arranjo D é preferido em relação aos arranjos

A, B, e C pelas seguintes razões:

a) Colapso em um barramento ou fase não coloca em perigo o outro

barramento ou fase.

b) Nos arranjos A e C é difícil separar as duas zonas de manutenção dos

barramentos e proporcionar um acesso independente para os dois

barramentos.

A proteção do barramento em subestações internas, devido aos agentes

atmosféricos e outros perigos, e, nos casos de algumas subestações

celulares, com segregação física, toma os arranjos A, B e C mais

convenientes.

A B C D

Page 16: Formas básicas de Construção

Formas básicas de construção 16

Combinações de disposições verticais, horizontais, em delta e outros

arranjos das fases, pode também encontrar aplicação em subestações

internas.

d) Separação Elétrica

Juntamente como o zoneamento para manutenção, a separação, por

distâncias de isolamento e a separação entre fases dos componentes de

uma subestação e dos condutores que os interconectam constituem a base

para a elaboração do arranjo da subestação.

Fundamentalmente, pelo menos três separações são necessárias por fases:

a) entre os terminais da seccionadoras do barramento ou suas conexões;

b) entre os terminais dos disjuntores ou suas conexões;

c) entre os terminais da seccionadora do alimentador.

Separações adicionais podem ser necessárias para obter separação entre

fases ou pontos onde condutores de diferentes fases se cruzam.

e) Determinação das Formas Básicas de Arranjo

O ponto lógico para partida no desenvolvimento do arranjo de uma

subestação é um unifilar.

Se este é desenhado como um diagrama trifilar, as separações elétricas

básicas e as distâncias entre fases, devidos aos cruzamentos de

condutores, se tornam aparente.

Além do que é possível explorar diferentes formas para conseguir a

separação, desenhando diferentes arranjos.

Por exemplo, se um arranjo de um sistema do barramento duplo é

desenhado como mostrado na figura (7a) fica claro que todas as separações

podem ser conseguidas em um único plano horizontal.

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Formas básicas de construção 17

Assim a subestação pode ser construída de tal forma que todas as partes

vivas estariam a um mesmo nível e não teríamos cruzamento de condutores.

Em uma subestação externa, os componentes estão normalmente montados

sobre estruturas.

Por exemplo, uma subestação de 132 kV aparece com todos os

componentes em um mesmo nível, isto é, tendo a base dos seus isoladores

a uma altura de 2.44 (m) acima da terra e sendo conectado por condutores a

uma altura de aproximadamente 3.66 (m) acima da terra. Do acima exposto,

a subestação apareceria como mostrada na Figura 7b.

Claramente um arranjo como o anteriormente descrito seria viável se todos

os circuitos na subestação fossem conectados por cabos; dois circuitos são

mostrados na Figura 7a para mostrar estes dois pontos.

Se uma entrada para uma linha aérea é requerida, é necessário introduzir

um plano adicional para conseguir a separação entre fases, como mostrado

na Figura 7b (uma elevação mostra o 2º plano de separação).

Os diferentes pontos nos quais as separações devem ser obedecidas,

podem ser descobertos, desenhando-se um arranjo trifásico, com elevações

em diferentes formas.

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Formas básicas de construção 18

(a) (b)

Figura 7 - Determinação das Separações Elétricas Básicas

a) 1 - Plano b) 2 - Planos

Algumas destas possibilidades estão ilustradas, para uma subestação de

barramento duplo, nas figuras 9 e 10. Para ajudar a identificação, está

também mostrado o correspondente diagrama unifilar.

A conexão transversal foi mostrada por baixo do barramento. Na prática eles

podem passar sobre o barramento, esta alternativa, foi mostrada em alguns

diagramas para ilustrar algumas características.

Para as mesmas condições, a conexão transversal sob o barramento é

preferível uma vez que, muito embora o resultado do colapso, do barramento

ou da conexão transversal seja praticamente o mesmo, no caso de um

defeito no barramento é provável que o reparo do barramento seja mais

rápido do que se, por um problema nas conexões transversais as mesmas

caírem sobre o barramento principal.

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Formas básicas de construção 19

As linhas tracejadas nos diagramas mostram como um by pass pode ser

adicionado nas instalações, e como disposições back-to-back dos circuitos

podem ser conseguidas.

Esta última disposição é bastante útil quando os circuitos de entrada são

requeridos em ambos os lados da subestação e normalmente resultam em

economia de espaço e material.

Dois Planos de Separação

As seguintes conclusões podem ser obtidas a partir do estudo da figura 9.

• Devido ao fato de uma seccionadora de barramento estar oculta atrás

da outra na Figura 9a, as duas seccionadoras devem estar situadas

lado a lado, como mostrado na vista em planta e isto requer um bay

amplo, no desenvolvimento físico da subestação.

Em contraste, todas as seis fases das duas seccionadoras de

barramento são visíveis no corte da Figura 9b, mostrando que nestes

casos, as seccionadoras podem ser acomodadas em um bay de

menores dimensões em planta.

As três fases do disjuntor, e as conexões do circuito, estão ocultas

uma atrás da outra no corte, e devem estar desta forma, colocados

lado a lado em planta, e eles determinaram a largura do bay.

Devido as conexões dos circuitos estarem em plano diferente de

barramento e das seccionadoras do barramento, eles podem passar

sob ou sobre o barramento como mostrado nos cortes e não precisam

ser dispostos ao longo do barramento como mostrado em planta.

• Não é possível, em qualquer dos arranjos, conectar a seccionadora

de bypass diretamente em uma barra (sem a introdução de um

terceiro plano).

• Somente a figura 9a permite um arranjo back-to-back dos circuitos.

Três Planos de Separação

Page 20: Formas básicas de Construção

Formas básicas de construção 20

Enquanto dois planos de separação é o mínimo necessário para entrada de

linhas aéreas, separação em mais do que dois planos extende as

possibilidades de vários arranjos.

Poderíamos esperar um decréscimo na área ocupada, com um aumento do

número de planos há, no entanto, uma pequena objeção em adotar mais do

que o mínimo de planos exceto para se conseguir tal redução.

A figura 10 mostra o desenvolvimento de dois diagramas básicos com 3

planos de separação nos quais as seguintes observações podem ser feitas.

• Estudando a primeira vista em elevação da figura 10a

Na figura 10a, fica aparente que algum espaço pode ser economizado

pelo deslocamento do disjuntor e da seccionadora do alimentador

para uma posição sob a seccionadora do barramento e o próprio,

como mostrado na segunda vista em elevação.

Isto é na realidade uma exploração do arranjo com 3 planos.

Se as conexões transversais tivessem sido feitas sobre o barramento,

como mostrado na terceira vista em elevação, isto não teria sido

possível (a menos que se possa imaginar o disjuntor ocupando a

posição mais elevada).

3ª ELEVAÇÃO

2ª ELEVAÇÃO

1ª ELEVAÇÃO

Figura 9b

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Formas básicas de construção 21

Figura 9 b - 1ª elevação

Figura 9a

Figura 9 Determinação das separações com a utilização de 2 planos

Page 22: Formas básicas de Construção

Formas básicas de construção 22

Sistema de bay-pass com 4 ou 5 seccionadoras pode ser adicionado a este

sistema.

Uma outra forma de by-pass pode ser adicionada a primeira vista em

elevação (by-pass com 4 seccionadora deveria ser o escolhido). Na segunda

vista em elevação, apenas um by-pass com quatro seccionadora é possível,

e no caso da terceira vista em elevação, somente um by-pass com 5

seccionadoras é possível.

Page 23: Formas básicas de Construção

Formas básicas de construção 23

2ª ELEVAÇÃO

1ª ELEVAÇÃO

Figura 10 b

Page 24: Formas básicas de Construção

Formas básicas de construção 24

Figura 10 a

3ª ELEVAÇÃO

2ª ELEVAÇÃO

1ª ELEVAÇÃO

Page 25: Formas básicas de Construção

Formas básicas de construção 25

Figura 10 - Determinação das Separações Elétricas com 3 Planos

As Figuras 11 e 12 mostram arranjos em uso, o qual correspondem as vistas

em elevação 2 e 3 da Figura 10 respectivamente.

O arranjo da Figura 11 tem as seguintes vantagens:

i) a área ocupada é da ordem de metade;

ii) apenas quatro seccionadoras são necessárias para fazer o by-pass do

disjuntor;

iii) não existe qualquer conexão viva acima do disjuntor quando este é

isolado para manutenção, mesmo quando usando o by-pass;

v) todos os disjuntores tem uma mesma linha de centro, mesmo quando os

circuitos entram na subestação de ambos os lados.

Isto permite uma economia nas estradas de acesso, cablagem secundária e

canaletas.

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Formas básicas de construção 26

Figura 11 - Subestação Externa - Barramento Duplo - 132 kV

i) altura

ii) não tem boa imagem

iii) manutenção da seccionadora de by-pass resulta no desligamento total de

um barramento.

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Formas básicas de construção 27

Figura 12- Subestação Externa - Barramento Duplo - 132 kV

O arranjo mostrado na Figura 12 tem as seguintes características:

i) manutenção das seccionadoras de by-pass possível com ambos os

barramentos energizados

ii) manutenção dos isolamentos do barramento sem desligamento de

circuitos.

Desvantagens:

i) área necessária a implantação da subestação;

ii) não tem uma boa imagem;

iii) Excessivo número de isoladores (barramento);

iv) necessidade cinco seccionadoras para fazer o by-pass

v) condutores e junções excessivas;

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Formas básicas de construção 28

vi) segurança do barramento é pequena

(número excessivo de isoladores e conexões transversais sobre o

barramento).

vii) conexões vivas sobre o disjuntor quando da utilização do by-pass.

Nas figuras 11 e 12 os bays tem uma largura de 10.4m.

b) Nenhuma das vistas em elevação da Figura 10a permite a disposição

“back-to-back”dos circuitos.

c) A primeira elevação da Figura 10b, com uma conexão transversal

arranjados idealmente por sob o barramento, não permite um

desenvolvimento back-to-back.

Se algumas das conexões são levadas a efeito sobre o barramento,

como mostrado na segunda elevação, isto torna-se possível.

Desenvolvimento do Esquemático para o Arranjo Final (Lay-Out Final)

Tendo selecionado o diagrama e a elevação que se apresenta mais

promissoras, o estágio seguinte é a substituição pela imagem em uma

escala apropriada dos símbolos dos componentes, e o desenvolvimento do

arranjo final (Lay-ouy Final).

Isto pode ser feito em papel quadriculado, e isto é conveniente se a imagem

dos componentes é feita por recortes ou transparências auto-adesivas, que

podem ser movimentadas, em um processo de tentativa para ajuste da

localização ideal como um exemplo, a Figura 13 ilustra o procedimento para

desenvolvimento de um lay-out baseado na Figura 9b, segunda elevação.

(Foi escolhido uma disposição do tipo tandem para as seccionadoras).

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Formas básicas de construção 29

Figura 13A: Esquemático como mostrado na Figura 9b; 2ª Elevação

Figura 13B: Desenho em escala de cada um dos componentes,

mostrando o nível da plataforma para manutenção

Figura 13C: Colocação dos componentes, em escala no arranjo

Figura 13D Arranjo dos componentes e suas conexões para a escala

pc = distância entre fase s.c. = distância de separação

Figura 13E Condutores para comporem juntos cada par de

seccionadoras selecionadas

A distância entre as seccionadoras de cada fase é governada pela distância

entre fases as partes vivas mais próximas. A distância de separação a partir

da fase R do barramento X para a seccionadora conectada na fase R do

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Formas básicas de construção 30

barramento Y, para permitir que esta seccionadora seja mantida com o

barramento X energizado.

A distância entre fase deve ser adicionada onde os condutores passam

sobre o barramento. A largura do bay é reduzida pelo posicionamento do

conjunto das 3 fases dos condutores aéreos acima das seccionadoras e não

ao longo delas como mostrado na Figura 13C.

É necessária uma distância de separação da fase azul do barramento Y para

a seccionadora do disjuntor para permitir a manutenção da seccionadora do

disjuntor com o barramento energizado.

Uma distância de separação é necessária a seccionadora do disjuntor,

seccionadora do alimentador e condutores aéreos para o disjuntor para

permitir manutenção do disjuntor durante uso do by-pass.

Uma separação entre fases (pc=phase clearance) é necessária a partir dos

condutores aéreos para o topo da bucha, ou do equipamento de

manutenção na sua posição mais elevada. Isto implica em elevar a altura

dos condutores aéreos do nível mostrado na Figura 13E.

Figura 13F Adição do nível do terreno, 2,44 (m) abaixo da parte

inferior do isolador do mais baixo dos componentes.

sc = distância de separação e.c. = distância para terra

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Formas básicas de construção 31

A posição para a seccionadora de by-pass é acima da seccionadora de linha

em uma estrutura comum.

A altura é governada por uma distância para a terra a partir da seccionadora

do alimentador e a parte inferior da estrutura onde a seccionadora de by-

pass deve ser colocada e uma distância de separação entre o terminal da

seccionadora de by-pass e o disjuntor.

Decidido sobre a utilização de estrutura do tipo “Goal”ou do tipo PI, vide

figura 13H, a posição das pernas das estruturas são determinadas por uma

distância para terra.

Figura 13 G - Inclusão da seccionadora de passagem (By-pass)

sc = distância de separação e.c. = distância para terra

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Formas básicas de construção 32

Figura 13 H Influência da forma da estrutura na distância dos centros dos bays.

Influência da forma da estrutura na distância dos centros dos bays.

PARÂMETRO

Distância X

entre centros

de bay

Tensão

(kV)

Dist. P/

terra (m)

Dist. Entre

polos

Distância

viva

Dist.

Separação

Largura da

Estrutura

Distância Y

entre centro

de bays

(m) (m) (m) (m) (m) (m) (m)) (m)

5,9 33 0,46 0.50 0.23 2.8 0.30 4.58

7,47 66 0,76 0.86 0.23 3.12 0.30 5.54

10,57 132 1.35 1.55 0.23 3.85 0.40 7.37

16,33 275 2.16 2.46 0.61 4.65 0.61 11.68

23,85 400 3.43 4.04 0.91 5.50 0.91 12.50

E = Distância para terra

P = Distância entre fase

S = Distância de Separação

V = Distância viva

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Formas básicas de construção 33

L = Largura da estrutura

X = Distância entre centro de bays usando uma estrutura

Y = Distância entre bays (centros) usando estrutura do tipo goal

X = E4 + 3W + S + 2L; Y = Zp + 3w + S (se S> 2E + L)

y = 2P +3w + L (se S< 2E + L)

Uma tolerância de 7mm é adiciona para cada distância para tomar em

consideração, discrepâncias nas estruturas.

Na prática é aconselhável permitir menos nas tensões mais baixas ou com

estruturas de aço e mais nas tensões elevadas ou com estruturas de

concreto.

As dimensões da largura das estruturas, bem como das partes vivas

aumentam com o aumento da tensão nominal da instalação.

Figura 13I Isoladores de ancoragem e estrutura foram adicionados

para suportar os condutores aéreos

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Formas básicas de construção 34

Para conseguir a altura dos condutores aéreos acima das seccinadoras,

somente tensionando os mesmos, para tal temos que adicionar as estruturas

suportes, como mostradas na figura 13I.

A distância entre fases deve ser aumentada para manter a distância entre

fases durante as oscilações máximas. A estrutura suporte da seccionadora

do alimentador e do by-pass (com uma altura conveniente) pode ser usada

como um suporte.

A posição da outra estrutura é governada por uma distância de separação

desde a fase azul do barramento X para permitir acesso para manutenção

dos isoladores de ancoragem e as partes das estruturas enquanto o

barramento está energizado.

Condutores para fazer a junção de seccionadora de by-pass e a

seccionadora do alimentador para a linha aérea, preservando uma distância

para a terra a base da seccioandora de by-pass.

Um arranjo com barramento duplo foi escolhido como exemplo para ilustrar a

metodologia de estabelecimento do arranjo (lay-out) da subestação.

Obviamente este método pode ser aplicado a outras formas de barramento,

obviamente um sistema de barramento singelo não oferece muitas

condições para modificações da forma de construção, razão pela qual não

existem muitas formas de construção de uma subestação de barramento

singelo.

A terceira estrutura reduz a flecha e permite o uso de estruturas mais baixas.

A posição desta estrutura intermediária é determinada por distâncias de

separação a partir das fases vermelhas dos barramentos.

Isto torna evidente que a seccionadora de by-pass poderia ser acomodada

em uma posição invertida, a distância limite sendo uma distância de

isolação, entre a seccionadora de by-pass e a do alimentador, e uma

distância de separação entre a seccionadora de by-pass e o disjuntor.

O atendimento, destas separações, pode ou não aumentar a altura das

estruturas. A inversão da seccionadora de by-pass resulta em uma melhoria

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Formas básicas de construção 35

no arranjo dos condutores e uma redução na altura geral das estruturas, as

custas de uma diminuição da acessibilidade.

Figura 13J Uma terceira estrutura foi introduzida ara dividir o

vão e aumentar a segurança do barramento.

s.c = distância de separação id = distância de isolação

Devemos considerar a acomodação do mecanismo de movimentação da

seccionadora e a melhor posição do mecanismo de operação.

Adicionar cercadas e telas onde for necessário e rever todas as distâncias.

Finalmente ao verificar que as zonas de manutenção estão claramente

estabelecidas e que acessos satisfatórios estão disponíveis para todos os

componentes.

Todas as medidas podem agora ser determinadas.

f) Segurança da Região do Barramento

As estatísticas das faltas mostram que as faltas nos barramentos são

bastantes raras.

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Formas básicas de construção 36

Suas conseqüências são tão sérias que todas as precauções possíveis

deveriam ser tomadas para evita-las.

Os efeitos das faltas nos barramentos são menos sérios nas subestações

com barramento em anel e com um e meio disjuntores, as precauções são

mais necessárias nas subestações com barramentos singelo; de

transferência e no caso dos barramentos duplos.

A região do barramento em uma subestação inclue os seguintes itens:

a) condutores do barramento

b) isoladores suportes do barramento.

c) conexões entre o barramento e seccionador do barramento.

d) seccionador do barramento.

e) conexões entre as seccionadoras de barramento e os disjuntores.

f) disjuntores, incluindo seccionamento do barramento ou disjuntor de

acoplamento barras, se o sistema é operado com estes fechados.

G) componentes tais como transformadores de potencial, para, reatores,

algumas vezes conectados ao barramento.

A segurança do barramento pode ser aumentada com as seguintes

providências:

i) barramento ou fases do barramento sendo colocados umas acima das

outras, particularmente em subestações externas.

ii) as conexões dos circuitos não devem cruzar sobre o barramento

principal, principalmente no caso de subestações exteriores.

iii) usando o mínimo número de isoladores.

iv) tendo o mínimo número de funções nos condutores.

v) procedimentos claros de manutenção

vi) boa facilidade para inspeção de todos os equipamentos

vii) exclusão da região do barramento, o máximo possível, de itens tais

como transformadores de potencial, pára-raios e chave de aterramento.

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Formas básicas de construção 37

g Economia de Área

Onde o terreno é barato, não é necessário uma preocupação permanente

em economia de área, mas não é somente o custo o problema mas também

o custo do seu tratamento.

A preparação do terreno (terraplanagem) é normalmente uma parte bastante

dispendiosa.

A economia na área ocupada reflete também nos acessos, cercas e cabos

de comando.

É fácil imaginar que uma pequena área seja uma desvantagem, tomando em

consideração que isto não seja obtido as custas de alturas intoleráveis das

estruturas as quais são incompatíveis em termos de estética e economia, ou

de um congestionamento tal que o lay out se torna confuso, o que os

acessos para manutenção e operação não sejam seguros.

Em todo mundo, a falta de grandes áreas de terreno nas áreas urbanas,

agravadas com a crescente necessidade de trazer extra-alta tensão para as

mesmas, esta fazendo com que os responsáveis pelo planejamento, tomem

consciência da necessidade de compactar as subestações.

A necessidade tem sempre sido no interesse da economia.

Em alguns casos a resposta a todas estas indicações pode ser subestação

blindada a SF6.

h Economia em Equipamento

O número de componentes básicos tais como disjuntores, seccionadoras,

transformadores de corrente e potencial é fixado para um tipo particular do

barramento.

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Formas básicas de construção 38

A economia neste caso recai principalmente no arranjo destes

equipamentos, e no número e tipo de isoladores suportes para o barramento

e nas estruturas.

Em um lay out ideal, todas as conexões entre componentes seriam

suportados pelos próprios equipamentos, o número de isoladores adicionais

e estruturas usadas é uma medida de afastamento de um determinado lay

out do seu ideal.

A extensão para qual os componentes podem ser usados como suporte

depende de quatro fatores:

a) a distância entre os equipamentos

b) suas solicitações

c) as solicitações das conexões

d) das indicações de carga

Um fato que não deve ser esquecido é que o custo de uma estrutura de

suporte e fundação para um isolador pode ser maior que o custo do isolador.

Cada isolador requer também meio de acesso para manutenção, esta

provisào pode aumentar a complexidade do lay-out e o espaço requerido.

Cada isolador de pedestal eliminado significa um de aumento na segurança

e redução em manutenção.