Formas e Processos de Superfície Terminologia de Risco: Definições/Conceitos.

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Formas e Processos de Superfície Terminologia de Risco: Definições/Conceitos

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Formas e Processos de Superfície

Terminologia de Risco: Definições/Conceitos

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• Base: Definições da UNISDR (2009) – United Nations Office for Disaster Risk Reduction (http://www.unisdr.org/)

• Material com definições complementares• Gouldby and Samuels (2004): Language

of risk• Helm (1996)• Klijn (2004)

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Risco = Probabilidade da Ameaça (Hazard) x Consequência

(Helm 1996)

Risco: Possui duas conotações distintas.

Popular: Conceito de possibilidade (ex. há o risco de acidente)

Técnico: Refere-se às consequências (perdas potenciais), para uma causa específica, local e período.

Portugal: Usa-se indistintamente (na forma comum) para Risco e Ameaça. Ex. A tempestade é vista como um Risco, quando é efectivamente uma Ameaça. O Risco é a consequência da tempestade (ex. destruição associada)

Um Risco possui sempre uma probabilidade (%) associada. Ex. 1/10 anos; 1/100 anos

O Risco integra, assim, uma probabilidade de ocorrência de um evento multiplicada pela consequência do mesmo.

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Risco = Probabilidade da Ameaça (Hazard) x Consequência

(Helm 1996)

Conhecimento do risco:exemplos de diferentes fontesde incerteza

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Risco = Probabilidade da Ameaça (Hazard) x Consequência

(Helm 1996)

Alternativa:

Risco = Ameaça x Vulnerabilidade (Vulnerability)

Muito utilizada e aparece em muitas aplicações.

Na definição que aqui se dá a vulnerabilidade vai estar integrada na Consequência

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Risco = Probabilidade da Ameaça (Hazard) x Consequência

(Helm 1996)

Ameaça/Hazard: processo ou fenómeno que pode causar perda de vidas, ferimentos, impactos para a saúde, danos em propriedades, perda de meios de subsistência ou serviços, ruptura social ou económica ou danos ambientais.

A Ameaça não produz necessariamente um efeito negativo (exemplos acima mencionados). Se um temporal não afectar nenhuma população, as suas actividades ou o ambiente, não constituirá um Risco.

As Ameaças são tecnicamente descritas quantitativamente através da sua frequência de ocorrência e intensidades, para diferentes áreas, tendo por base dados históricos e científicos. Ex. Temporal com altura X (m) tem período de retorno Y (anos).

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Risco = Probabilidade da Ameaça (Hazard) x Consequência

(Helm 1996)

Ameaça/Hazard: processo ou fenómeno que pode causar perda de vidas, ferimentos, impactos para a saúde, danos em propriedades, perda de meios de subsistência ou serviços, ruptura social ou económica ou danos ambientais.

A Ameaça descreve a sequência do event/source (Evento/Fonte), pathway (Percurso) e Receptor. (Gouldby and Samuels 2004, Language of risk)

Evento/Fonte: Tempestade; CheiaPercurso: Caminho que a Ameaça percorre para atingir o Receptor

(ex. Destruição dunar; galgamento; queda de arribas). Receptor: Entidade que pode ser afectada (pessoas, propriedades,

habitat, etc.)

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Risco = Probabilidade da Ameaça (Hazard) x Consequência

(Helm 1996)

Ameaça/Hazard: processo ou fenómeno que pode causar perda de vidas, ferimentos, impactos para a saúde, danos em propriedades, perda de meios de subsistência ou serviços, ruptura social ou económica ou danos ambientais.

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Risco = Probabilidade da Ameaça (Hazard) x Consequência

(Helm 1996)

Ameaça/Hazard: processo ou fenómeno que pode causar perda de vidas, ferimentos, impactos para a saúde, danos em propriedades, perda de meios de subsistência ou serviços, ruptura social ou económica ou danos ambientais.

A Ameaça é caracterizada por

1. Probabilidade (ex. Período de retorno

2. Intensidade (ex. Nível do rio ou Altura da Onda)

Probabilidade

Inte

nsid

ade

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Risco = Probabilidade da Ameaça (Hazard) x Consequência

(Helm 1996)

Consequência: Efeito negativo de um fenómeno (ex. perda de vidas, ferimentos, impactos para a saúde, danos em propriedades, perda de meios de subsistência ou serviços, ruptura social ou económica ou danos ambientais) e que podem ser quantificadas (economicamente, numericamente, área afectada, etc.)

Consequência = Exposição * Vulnerabilidade

(Klijn 2004)

Sinónimo de Impacto

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Exposure

Exposição: Quantificação dos receptores que podem ser influenciados pela ameaça (exemplo: nº de pessoas, propriedades, tipo de casa, etc., potencialmente afectados por uma inundação com um dado período de retorno)

(Gouldby and Samuels 2004, Language of risk)

Intensidade de cheia I

Intensidadede cheia II

Não há cheia

Ruptura

Intensidade E

xpos

ição

Área afectada pela ruptura de umdique

Consequence = Exposição * Vulnerabilidade

(Klijn 2004)

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Vulnerabilidade

Vulnerabilidade = Sensibilidade x Valor

Klijn (2004)

Sensibilidade: Refere-se a: (i) resiliência (antónimo) de um receptor a uma dada ameaça; ou (ii) às alterações num resultado ou conclusão resultante de uma perturbação específica. Sensibilidade pode ser sinónimo de Susceptibilidade, que descreve a tendência de um Receptor para sofrer danos.

Valor: Pode ser expresso quantitativamente (ex. Valor monetário), por categoria (ex. Alto, Médio, Baixo, Nulo) or de forma descritiva.

(Gouldby and Samuels 2004, Language of risk)

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Sensibilidade como função da intensidade

HW

Intensidade (e.g. Nível Mar/Rio)S

ensi

bilid

ade

Exemplo de Redução de Sensibilidade/Susceptibilidade(construção de edifiícios em palafitas)

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Síntese de parâmetros

Risco = Probabilidade da Ameaça (Hazard) x Consequência

Evento/Fonte + Percurso + ReceptorExposição * Vulnerabilidade

Sensibilidade x Valor

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Relações entre parâmetros

Probablidadeda Ameaça In

tens

idad

e da

Am

eaça

Intensidade E

xpos

ição

Intensidade

Con

sequ

enci

a /

Impa

cto

Intensidade

Sen

sibi

lidad

e

Intensidade

Vul

nera

bilid

ade

Valor = const.

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Risk Management/Gestão do Risco

Corresponde à aproximação sistémica e às práticas de gestão que podem contribuir para minimizar danos e perdas potenciais, usando: directivas, organizações, e capacidades operacionais para implementar estratégias e políticas para diminuir o impacto das ameaças e a possibilidade de desastre.

Inclui: Avaliação e análise do Risco + Implementação de estratégias e de acções de controle, redução e transferência de risco.

Inclui, assim, as acções/medidas de prevenção, preparação e proteção, bem como de mitigação

(UNISDR, 2009)

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Prevenção

Prevenção (i.e. de desastre/risco) corresponde ao conceito e intenção de evitar por completo impactos adversos através de medidas tomadas antecipadamente.

A prevenção completa de perdas não é, frequentemente, viável e torna-se necessário proceder a Mitigação. Muitas vezes os dois termos são usados de forma indistinta no uso corrente/casual.

(UNISDR, 2009)

Exemplos de prevenção

Barragens, diques, paredões (também referidos como protecção) que eliminam os riscos de inundação, e também planeamento espacial (retirada), definição de linhas de não-edificicação, ordenamento do território, relocalização, zonamento (restrições de construção), etc.

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MitigaçãoDiminuição ou limitação dos impactos adversos das ameaças e dos

desastres relacionados.Os impactos podem não ser completamente prevenidos mas podem ser

diminuídos. (UNISDR, 2009)

Prevenção ≠ Mitigação

Evitar por completo perdas e danos

Redução de perdas e danos

Exemplos As medidas de mitigação englobam

técnicas de engenharia, construções mais resistentes, melhoria de políticas ambientais e de consciencialização do público.

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Preparação

Capacidade de assegurar uma resposta efectiva aos impactos das Ameaças, incluindo a emissão atempada e efectiva de alertas e a evacuação temporária de pessoas e bens de um local ameaçado

(Gouldby and Samuels 2004)

Tem por base o conhecimento e as capacidades desenvolvidas pelos governos, organizações de resposta e resgate (ex. Protecção Civil), comunidades e indivíduos para efectivamente antecipar, responder e recuperar de um impacto associado a uma ameaça.

Exemplos Sistemas de Alerta, Planos de Evacuação,

Planos de comunicação em caso de risco, Educação/Formação pública, Treino e Simulação

Têm de ter suporte institucional, legal e orçamental

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Resiliência

Capacidade de um sistema, comunidade ou sociedade para resistir, absorver, acomodar e recuperar dos efeitos de uma ameaça numa forma eficiente, incluindo a preservação e recuperação das suas estruturas e funções básicas.

(UNISDR 2012)

Inverso à Sensibilidade

Resiliência

Sen

sibi

lidad

e