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Formulário de Referência 2016

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  • Formulário de Referência – 2016

  • 4.3 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos e relevantes 37

    4.4 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais não sigilosos cujas partes contrárias sejam administradores, ex-administradores, controladores, ex-controladores ou investidores

    48

    4.1 - Descrição dos fatores de risco 17

    4.2 - Descrição dos principais riscos de mercado 34

    4.7 - Outras contingências relevantes 56

    4.8 - Regras do país de origem e do país em que os valores mobiliários estão custodiados 57

    4.5 - Processos sigilosos relevantes 52

    4.6 - Processos judiciais, administrativos ou arbitrais repetitivos ou conexos, não sigilosos e relevantes em conjunto

    53

    4. Fatores de risco

    3.8 - Obrigações 15

    3.9 - Outras informações relevantes 16

    3.7 - Nível de endividamento 14

    3.3 - Eventos subsequentes às últimas demonstrações financeiras 8

    3.2 - Medições não contábeis 7

    3.1 - Informações Financeiras 6

    3.6 - Declaração de dividendos à conta de lucros retidos ou reservas 13

    3.5 - Distribuição de dividendos e retenção de lucro líquido 11

    3.4 - Política de destinação dos resultados 9

    3. Informações financ. selecionadas

    2.1/2.2 - Identificação e remuneração dos Auditores 3

    2.3 - Outras informações relevantes 5

    2. Auditores independentes

    1.1 - Declaração e Identificação dos responsáveis 1

    1.3 - Declaração do Diretor Presidente/Relações com Investidores 2

    1. Responsáveis pelo formulário

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  • 8.2 - Alterações significativas na forma de condução dos negócios do emissor 99

    8.1 - Negócios extraordinários 98

    8.4 - Outras inf. Relev. - Negócios extraord. 101

    8.3 - Contratos relevantes celebrados pelo emissor e suas controladas não diretamente relacionados com suas atividades operacionais

    100

    8. Negócios extraordinários

    7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades 88

    7.6 - Receitas relevantes provenientes do exterior 94

    7.4 - Clientes responsáveis por mais de 10% da receita líquida total 87

    7.8 - Políticas socioambientais 96

    7.9 - Outras informações relevantes 97

    7.7 - Efeitos da regulação estrangeira nas atividades 95

    7.3 - Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais 78

    7.1 - Descrição das principais atividades do emissor e suas controladas 74

    7.2 - Informações sobre segmentos operacionais 75

    7. Atividades do emissor

    6.3 - Breve histórico 70

    6.1 / 6.2 / 6.4 - Constituição do emissor, prazo de duração e data de registro na CVM 69

    6.6 - Outras informações relevantes 73

    6.5 - Informações de pedido de falência fundado em valor relevante ou de recuperação judicial ou extrajudicial 72

    6. Histórico do emissor

    5.2 - Política de gerenciamento de riscos de mercado 60

    5.1 - Política de gerenciamento de riscos 58

    5.3 - Descrição dos controles internos 65

    5.5 - Outras inf. relev. - Gerenciamento de riscos e controles internos 68

    5.4 - Alterações significativas 67

    5. Gerenciamento de riscos e controles internos

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  • 12.5/6 - Composição e experiência profissional da administração e do conselho fiscal 140

    12.7/8 - Composição dos comitês 157

    12.1 - Descrição da estrutura administrativa 133

    12.2 - Regras, políticas e práticas relativas às assembleias gerais 136

    12.3 - Regras, políticas e práticas relativas ao Conselho de Administração 138

    12.4 - Descrição da cláusula compromissória para resolução de conflitos por meio de arbitragem 139

    12.9 - Existência de relação conjugal, união estável ou parentesco até o 2º grau relacionadas a administradores do emissor, controladas e controladores

    165

    12. Assembleia e administração

    11.1 - Projeções divulgadas e premissas 131

    11.2 - Acompanhamento e alterações das projeções divulgadas 132

    11. Projeções

    10.9 - Outros fatores com influência relevante 130

    10.3 - Eventos com efeitos relevantes, ocorridos e esperados, nas demonstrações financeiras 120

    10.4 - Mudanças significativas nas práticas contábeis - Ressalvas e ênfases no parecer do auditor 122

    10.1 - Condições financeiras e patrimoniais gerais 111

    10.2 - Resultado operacional e financeiro 119

    10.7 - Comentários sobre itens não evidenciados nas demonstrações financeiras 128

    10.8 - Plano de Negócios 129

    10.5 - Políticas contábeis críticas 124

    10.6 - Itens relevantes não evidenciados nas demonstrações financeiras 127

    10. Comentários dos diretores

    9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes / 9.1.a - Ativos imobilizados 105

    9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes - outros 102

    9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes / 9.1.b - Ativos intangíveis 106

    9.2 - Outras informações relevantes 110

    9.1 - Bens do ativo não-circulante relevantes / 9.1.c - Participações em sociedades 107

    9. Ativos relevantes

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  • 14.2 - Alterações relevantes - Recursos humanos 198

    14.1 - Descrição dos recursos humanos 197

    14. Recursos humanos

    13.13 - Percentual na remuneração total detido por administradores e membros do conselho fiscal que sejam partes relacionadas aos controladores

    193

    13.12 - Mecanismos de remuneração ou indenização para os administradores em caso de destituição do cargo ou de aposentadoria

    192

    13.11 - Remuneração individual máxima, mínima e média do conselho de administração, da diretoria estatutária e do conselho fiscal

    191

    13.16 - Outras informações relevantes 196

    13.15 - Remuneração de administradores e membros do conselho fiscal reconhecida no resultado de controladores, diretos ou indiretos, de sociedades sob controle comum e de controladas do emissor

    195

    13.14 - Remuneração de administradores e membros do conselho fiscal, agrupados por órgão, recebida por qualquer razão que não a função que ocupam

    194

    13.3 - Remuneração variável do conselho de administração, diretoria estatutária e conselho fiscal 182

    13.4 - Plano de remuneração baseado em ações do conselho de administração e diretoria estatutária 184

    13.5 - Remuneração baseada em ações do conselho de administração e da diretoria estatuária 185

    13.1 - Descrição da política ou prática de remuneração, inclusive da diretoria não estatutária 175

    13.2 - Remuneração total do conselho de administração, diretoria estatutária e conselho fiscal 178

    13.8 - Informações necessárias para a compreensão dos dados divulgados nos itens 13.5 a 13.7 - Método de precificação do valor das ações e das opções

    188

    13.9 - Participações em ações, cotas e outros valores mobiliários conversíveis, detidas por administradores e conselheiros fiscais - por órgão

    189

    13.10 - Informações sobre planos de previdência conferidos aos membros do conselho de administração e aos diretores estatutários

    190

    13.6 - Informações sobre as opções em aberto detidas pelo conselho de administração e pela diretoria estatuária 186

    13.7 - Opções exercidas e ações entregues relativas à remuneração baseada em ações do conselho de administração e da diretoria estatuária

    187

    13. Remuneração dos administradores

    12.11 - Acordos, inclusive apólices de seguros, para pagamento ou reembolso de despesas suportadas pelos administradores

    167

    12.10 - Relações de subordinação, prestação de serviço ou controle entre administradores e controladas, controladores e outros

    166

    12.13 - Outras informações relevantes 169

    12.12 - Práticas de Governança Corporativa 168

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  • 18.1 - Direitos das ações 271

    18.2 - Descrição de eventuais regras estatutárias que limitem o direito de voto de acionistas significativos ou que os obriguem a realizar oferta pública

    273

    18. Valores mobiliários

    17.2 - Aumentos do capital social 267

    17.1 - Informações sobre o capital social 266

    17.3 - Informações sobre desdobramentos, grupamentos e bonificações de ações 268

    17.5 - Outras informações relevantes 270

    17.4 - Informações sobre reduções do capital social 269

    17. Capital social

    16.4 - Outras informações relevantes 265

    16.1 - Descrição das regras, políticas e práticas do emissor quanto à realização de transações com partes relacionadas

    260

    16.2 - Informações sobre as transações com partes relacionadas 261

    16.3 - Identificação das medidas tomadas para tratar de conflitos de interesses e demonstração do caráter estritamente comutativo das condições pactuadas ou do pagamento compensatório adequado

    264

    16. Transações partes relacionadas

    15.4 - Organograma dos acionistas e do grupo econômico 234

    15.3 - Distribuição de capital 233

    15.1 / 15.2 - Posição acionária 202

    15.5 - Acordo de acionistas arquivado na sede do emissor ou do qual o controlador seja parte 237

    15.7 - Principais operações societárias 241

    15.8 - Outras informações relevantes 258

    15.6 - Alterações relevantes nas participações dos membros do grupo de controle e administradores do emissor 240

    15. Controle e grupo econômico

    14.3 - Descrição da política de remuneração dos empregados 199

    14.4 - Descrição das relações entre o emissor e sindicatos 200

    14.5 - Outras informações relevantes 201

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  • 21.2 - Descrição da política de divulgação de ato ou fato relevante e dos procedimentos relativos à manutenção de sigilo sobre informações relevantes não divulgadas

    297

    21.1 - Descrição das normas, regimentos ou procedimentos internos relativos à divulgação de informações 296

    21.4 - Outras informações relevantes 299

    21.3 - Administradores responsáveis pela implementação, manutenção, avaliação e fiscalização da política de divulgação de informações

    298

    21. Política de divulgação

    20.1 - Informações sobre a política de negociação de valores mobiliários 293

    20.2 - Outras informações relevantes 295

    20. Política de negociação

    19.1 - Informações sobre planos de recompra de ações do emissor 289

    19.3 - Outras inf. relev. - recompra/tesouraria 292

    19.2 - Movimentação dos valores mobiliários mantidos em tesouraria 290

    19. Planos de recompra/tesouraria

    18.6 - Mercados brasileiros em que valores mobiliários são admitidos à negociação 278

    18.7 - Informação sobre classe e espécie de valor mobiliário admitida à negociação em mercados estrangeiros 279

    18.3 - Descrição de exceções e cláusulas suspensivas relativas a direitos patrimoniais ou políticos previstos no estatuto

    274

    18.4 - Volume de negociações e maiores e menores cotações dos valores mobiliários negociados 275

    18.5 - Outros valores mobiliários emitidos no Brasil 277

    18.11 - Descrição das ofertas públicas de aquisição feitas pelo emissor relativas a ações de emissão de terceiros 283

    18.12 - Outras infomações relevantes 284

    18.10 - Destinação de recursos de ofertas públicas de distribuição e eventuais desvios 282

    18.8 - Títulos emitidos no exterior 280

    18.9 - Ofertas públicas de distribuição efetuadas pelo emissor ou por terceiros, incluindo controladores e sociedades coligadas e controladas, relativas a valores mobiliários do emissor

    281

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  • Nome do responsável pelo conteúdo do formulário

    Alfredo Egydio Setubal

    Cargo do responsável Diretor Presidente/Relações com Investidores

    Os diretores acima qualificados, declaram que:

    a. reviram o formulário de referência

    b. todas as informações contidas no formulário atendem ao disposto na Instrução CVM nº 480, em especial aos arts. 14 a 19

    c. o conjunto de informações nele contido é um retrato verdadeiro, preciso e completo da situação econômico-financeira do emissor e dos riscos inerentes às suas atividades e dos valores mobiliários por ele emitidos

    1.1 - Declaração e Identificação dos responsáveis

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  • 1.3 - Declaração do Diretor Presidente/Relações com Investidores

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  • Washington Luiz Pereira Cavalcanti 26/04/2014 a 09/02/2015 023.115.418-62 Av. Francisco Matarazzo, 1400, 9-10º, 13º-17º, Água Branca, São Paulo, SP, Brasil, CEP 05001-100, Telefone (11) 36743901, Fax (11) 36742030, e-mail: [email protected]

    Paulo Sergio Miron 01/01/2010 a 25/04/2014 076.444.278-30 Av. Francisco Matarazzo, 1400, 9-10º, 13º-17º, Água Branca, São Paulo, SP, Brasil, CEP 05001-100, Telefone (11) 36743901, Fax (11) 36742030, e-mail: [email protected]

    Nome/Razão social PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes

    CPF/CNPJ 61.562.112/0001-20

    Tipo auditor Nacional

    Possui auditor? SIM

    Código CVM 287-9

    Período de prestação de serviço 01/01/2010 a 09/02/2015

    Razão apresentada pelo auditor em caso da discordância da justificativa do emissor

    Não houve.

    Nome responsável técnico Período de prestação de serviço CPF Endereço

    Justificativa da substituição Em cumprimento ao disposto no Art. 31 da Instrução CVM 308/99, que determina a rotatividade dos auditores independentes a cada 5 anos, a Itaúsa contratou a empresa BDO RCS Auditores Independentes - Sociedade Simples para a prestação de serviços de auditoria independente de suas demonstrações contábeis, a partir da revisão das informações do primeiro trimestre de 2015, em substituição à PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes (“PwC”).

    Descrição do serviço contratado Exercícios de 2015, 2014 e 2013: Contrato de prestação de serviços de: (i) auditoria independente das demonstrações contábeis e de relatórios exigidos por órgãos reguladores; e (ii) de asseguração limitada das informações contidas no relatório anual da Companhia.

    Montante total da remuneração dos auditores independentes segregado por serviço

    Em 2015, a remuneração dos auditores independentes correspondeu a R$ 561 mil, sendo: R$ 508 mil referente à prestação de serviços de auditoria independente e R$ 53 mil de serviços de asseguração limitada.

    2.1/2.2 - Identificação e remuneração dos Auditores

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  • Jairo da Rocha Soares 10/02/2015 880.740.218-15 Rua Major Quedinho, 90 - 3º Andar, Consolação, São Paulo, SP, Brasil, CEP 01050-030, Telefone (11) 38485880, Fax (11) 30457363, e-mail: [email protected]

    Justificativa da substituição Não se aplica.

    Montante total da remuneração dos auditores independentes segregado por serviço

    A remuneração dos auditores independentes das Demonstrações Contábeis relativas ao exercício social findo em 31.12.2015, correspondeu ao montante de R$ 100 mil.

    Razão apresentada pelo auditor em caso da discordância da justificativa do emissor

    Não se aplica.

    Possui auditor? SIM

    Nome responsável técnico Período de prestação de serviço CPF Endereço

    Nome/Razão social BDO RCS Auditores Independentes – Sociedade Simples

    Tipo auditor Nacional

    Código CVM 1032-4

    Descrição do serviço contratado Contrato de prestação de serviços de auditoria independente das demonstrações contábeis do exercício findo em 31.12.2015.

    Período de prestação de serviço 10/02/2015

    CPF/CNPJ 54.276.936/0001-79

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  • 2.3 - Outras informações relevantes

    a. Em conformidade com a Instrução CVM nº 381/03, a Itaúsa e suas controladas adotam como procedimento formal consultar os auditores independentes, no sentido de assegurar-se de que a realização da prestação de outros serviços não venha afetar sua independência e objetividade necessária ao desempenho dos serviços de auditoria independente;

    b. As controladas da Itaúsa possuem Comitês de Auditoria, que reportam-se diretamente ao Conselho de Administração e são responsáveis pela supervisão das atividades das empresas de auditoria independente, a saber:

    Duratex S.A.: Comitê de Auditoria e de Gerenciamento de Riscos - instituído em novembro de 2009;

    Elekeiroz S.A.: Comitê de Auditoria e de Gerenciamento de Riscos - instituído em junho de 2013;

    Itautec S.A.: Comitê de Auditoria e de Gestão de Riscos – instituído em setembro de 2010. Na reunião de 26.01.2015, em função do reposicionamento estratégico da Companhia, o Conselho de Administração da Itautec deliberou descontinuar as atividades deste Comitê, a partir de 01.02.2015;

    Itaú Unibanco Holding S.A.: Comitê de Auditoria – criado em 2004.

    c. Em cumprimento ao disposto no Artigo 31 da Instrução CVM 308/99, que determina a rotatividade dos auditores independentes a cada 5 anos, o Conselho de Administração da Itaúsa, na reunião de 09.02.2015, aprovou a contratação da empresa BDO RCS Auditores Independentes Sociedade Simples para a prestação de serviços de auditoria independente de suas demonstrações contábeis, a partir da revisão das informações trimestrais do período que encerrou em 31 de março de 2015, em substituição à PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes.

    Na mesma reunião, os Conselheiros deliberaram também em manter o contrato de prestação de serviços de auditoria independente com a PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes, por ser a Itaúsa essencialmente uma holding (92% dos seus ativos estão representados por investimentos no capital de outras sociedades) e ter a maioria de seus investimentos concentrados em companhias abertas, das quais destaca-se sobremaneira a participação no Itaú Unibanco Holding S.A., que representa 94% dos investimentos em subsidiárias e controladas em conjunto da Itaúsa e tem as suas demonstrações financeiras auditadas pela PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes.

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  • Resultado Diluído por Ação 1,31 1,18 0,87

    Resultado Básico por Ação 1,310000 1,180000 0,870000

    Valor Patrimonial da Ação (Reais Unidade)

    7,090000 6,920000 6,580000

    Número de Ações, Ex-Tesouraria (Unidades)

    6.754.643.296 6.100.095.786 5.470.667.261

    Resultado Líquido 8.994.000.000,00 8.161.000.000,00 6.011.000.000,00

    Resultado Bruto 10.211.000.000,00 9.162.000.000,00 7.428.000.000,00

    Rec. Liq./Rec. Intermed. Fin./Prem. Seg. Ganhos

    13.942.000.000,00 12.929.000.000,00 11.157.000.000,00

    Ativo Total 54.830.000.000,00 48.594.000.000,00 41.929.000.000,00

    Patrimônio Líquido 47.871.000.000,00 42.239.000.000,00 35.974.000.000,00

    3.1 - Informações Financeiras - Consolidado

    (Reais) Exercício social (31/12/2015) Exercício social (31/12/2014) Exercício social (31/12/2013)

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  • 3.2 - Medições não contábeis

    a) Informar o valor das medições não contábeis

    A companhia não divulgou medições não contábeis no decorrer do último exercício social. b) Fazer as conciliações entre os valores divulgados e os valores das demonstrações financeiras auditadas

    Não há. c) Explicar o motivo pelo qual entende que tal medição é mais apropriada para a correta compreensão da sua condição financeira e do resultado de suas operações

    Não há.

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  • 3.3 - Eventos subsequentes às últimas demonstrações financeiras

    Não há.

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  • 3.4 - Política de destinação dos resultados

    Juntamente com as demonstrações contábeis, o Conselho de Administração apresenta à assembleia geral ordinária proposta sobre a destinação do lucro líquido do exercício, sendo que as principais destinações são: (i) 5% para a Reserva Legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social; (ii) distribuição de dividendos aos acionistas (veja itens “b” e “c” abaixo); e (iii) constituição das seguintes reservas estatutárias:

    Reserva para Equalização de Dividendos: tem por finalidade garantir recursos para pagamento de dividendos, inclusive na forma de juros sobre o capital próprio, ou suas antecipações, visando a manter o fluxo de remuneração aos acionistas. Ela é limitada a 40% do valor do capital social e é formada com recursos: (a) equivalentes a até 50% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76; (b) equivalentes a até 100% da parcela realizada de Reservas de Reavaliação, lançada a lucros acumulados; (c) equivalentes a até 100% do montante de ajustes de exercícios anteriores, lançado a lucros acumulados; e (d) decorrentes do crédito correspondente às antecipações de dividendos.

    Reserva para Reforço do Capital de Giro: tem por finalidade garantir meios financeiros para a operação da Emissora, sendo limitada a 30% do valor do capital social, sendo formada com recursos equivalentes a até 20% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76.

    Reserva para Aumento de Capital de Empresas Participadas: tem por finalidade garantir o exercício do direito preferencial de subscrição em aumentos de capital das empresas participadas, sendo limitada a 30% do valor do capital social, sendo formada com recursos equivalentes a até 50% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76.

    Por proposta do Conselho de Administração serão periodicamente capitalizadas parcelas dessas reservas para que o respectivo montante não exceda o limite de 95% (noventa e cinco por cento) do capital social. O saldo dessas reservas, somado ao saldo da Reserva Legal, não poderá ultrapassar o valor do capital social. a) Regras sobre retenção de lucros

    Não houve alterações em nossas regras sobre retenção de lucros nos últimos três exercícios sociais. Nos termos da Lei 6.404/76, e alterações posteriores, os acionistas podem deliberar, em assembleia geral e por proposta da Administração, reter parte do lucro líquido do exercício que estiver em orçamento de capital previamente aprovado. Ademais, o dividendo mínimo obrigatório pode deixar de ser pago no exercício social em que os órgãos da administração informarem à assembleia geral ordinária ser ele incompatível com a situação financeira da Emissora.

    Nos últimos 3 exercícios sociais, não houve retenção de lucros, tendo sido pago valor de dividendo igual

    ou superior ao dividendo mínimo obrigatório (vide o item 3.5). b) Regras sobre distribuição de dividendos

    Não houve alterações em nossas regras sobre distribuição de dividendos nos últimos três exercícios sociais. Os acionistas têm direito a receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, importância equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido apurado no mesmo exercício, ajustado pela diminuição ou acréscimo dos valores especificados nas letras "a" e "b" do inciso I do artigo 202 da Lei nº 6.404/76 e observados os incisos II e III do mesmo dispositivo legal.

    Por deliberação do Conselho de Administração podem ser pagos juros sobre o capital próprio, imputando-se o valor dos juros pagos ou creditados ao valor do dividendo obrigatório, com base no artigo 9º, § 7º, da Lei nº 9.249/95.

    Além disso, nossa administração pode deliberar a distribuição de lucros adicionais sempre que o entender conveniente para a Emissora e/ou seus acionistas. Tais distribuições não garantem que, no futuro, haverá distribuições de lucros adicionais ao dividendo mínimo obrigatório.

    Para maiores detalhes sobre os percentuais de lucros distribuídos nos últimos 3 exercícios, veja o item 3.5 a seguir. c) Periodicidade das distribuições de dividendos

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  • 3.4 - Política de destinação dos resultados

    Com relação aos 3 últimos exercícios sociais, o dividendo obrigatório é distribuído trimestralmente ou com intervalos menores no decorrer do próprio exercício e até a Assembleia Geral Ordinária que aprovar as respectivas demonstrações contábeis.

    O pagamento do dividendo obrigatório é efetuado com base na posição acionária do último dia útil do mês anterior e com pagamento no primeiro dia útil do mês subsequente. Podem, ainda, ser declarados dividendos intermediários, sob qualquer das modalidades facultadas pelo artigo 204 da Lei nº 6.404/76.

    A parte do dividendo obrigatório que tiver sido paga antecipadamente mediante dividendos intermediários à conta da “Reserva para Equalização de Dividendos” será creditada à mesma reserva. d) Eventuais restrições à distribuição de dividendos impostas por legislação ou regulamentação especial aplicável ao emissor, assim como contratos, decisões judiciais, administrativas ou arbitrais

    Não houve.

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  • Preferencial 10.403.128,57 01/10/2015

    Preferencial 10.403.128,57 01/07/2015 9.388.475,69 01/07/2014 8.198.218,03 01/07/2013

    Dividendo Prioritário Mínimo

    Preferencial 42.055.506,97 01/04/2014

    Ordinária 31.593.400,55 01/04/2014

    Preferencial 42.055.506,97 02/01/2014

    Ordinária 31.593.400,55 02/01/2014

    Preferencial 42.055.506,97 01/10/2013

    Ordinária 31.593.400,55 01/10/2013

    Preferencial 186.642.896,86 31/03/2015

    Ordinária 116.531.863,70 31/03/2015

    Preferencial 157.350.852,69 26/02/2015

    Ordinária 98.243.160,74 26/02/2015

    Preferencial 46.942.378,49 01/04/2015

    Ordinária 35.170.582,61 01/04/2015

    Preferencial 46.942.378,49 02/01/2015

    Ordinária 35.215.788,11 02/01/2015

    Preferencial 46.942.378,49 01/10/2014

    Ordinária 35.222.736,11 01/10/2014

    Preferencial 51.990.642,85 04/01/2016

    Ordinária 38.930.878,02 04/01/2016

    Preferencial 52.015.642,85 01/10/2015

    Ordinária 38.941.582,02 01/10/2015

    Preferencial 52.015.642,85 01/07/2015

    Ordinária 38.956.166,52 01/07/2015

    Preferencial 314.023.482,81 29/02/2016

    Ordinária 195.952.086,03 29/02/2016

    Preferencial 51.990.642,85 01/04/2016 46.942.378,49 01/07/2014 40.991.090,15 01/07/2013

    Ordinária 38.930.878,02 01/04/2016 35.261.479,61 01/07/2014 30.793.777,64 01/07/2013

    Dividendo Obrigatório

    Dividendo distribuído em relação ao lucro líquido ajustado 32,250000 32,440000 34,680000

    Taxa de retorno em relação ao patrimônio líquido do emissor 21,200000 22,100000 18,200000

    Lucro líquido ajustado 8.424.313.038,32 7.515.898.697,41 5.412.543.425,47

    3.5 - Distribuição de dividendos e retenção de lucro líquido(Reais) Exercício social 31/12/2015 Exercício social 31/12/2014 Exercício social 31/12/2013

    Lucro líquido retido Montante Pagamento dividendo Montante Pagamento dividendo Montante Pagamento dividendo

    Data da aprovação da retenção 29/04/2016 30/04/2015 28/04/2014

    Dividendo distribuído total 3.034.593.418,14 2.704.755.558,11 2.151.177.488,60

    Lucro líquido retido 5.833.104.516,93 5.206.716.754,95 3.546.236.643,47

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  • Preferencial 383.546.223,61 07/04/2014

    Ordinária 240.109.844,14 07/04/2014

    Preferencial 210.613.978,92 28/02/2014

    Ordinária 131.849.791,61 28/02/2014

    Preferencial 289.341.824,65 28/02/2014

    Ordinária 181.135.456,81 28/02/2014

    Preferencial 653.882.752,71 26/02/2015

    Ordinária 408.251.572,38 26/02/2015

    Preferencial 133.691.813,51 26/02/2015

    Ordinária 83.471.465,84 26/02/2015

    Preferencial 442.128.426,80 29/02/2016

    Ordinária 275.890.155,57 29/02/2016

    Preferencial 502.853.404,86 29/02/2016

    Ordinária 313.857.656,03 29/02/2016

    Preferencial 359.948.160,39 25/08/2015 307.941.938,69 25/08/2014 238.875.206,30 21/08/2013

    Ordinária 224.565.455,39 25/08/2015 192.553.237,83 25/08/2014 149.542.049,98 21/08/2013

    Juros Sobre Capital Próprio

    Preferencial 8.411.101,40 01/04/2014

    Preferencial 8.411.101,40 02/01/2014

    Preferencial 8.411.101,40 01/10/2013

    Preferencial 9.388.475,69 01/04/2015

    Preferencial 9.388.475,69 02/01/2015

    Preferencial 9.388.475,69 01/10/2014

    Preferencial 10.398.128,57 01/04/2016

    Preferencial 10.398.128,57 04/01/2016

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  • 3.6 - Declaração de dividendos à conta de lucros retidos ou reservas

    Nos três últimos exercícios não foram declarados dividendos à conta de lucros retidos ou reservas constituídas em exercícios sociais anteriores.

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  • 31/12/2015 2.164.580.307,57 Índice de Endividamento 4,80000000

    3.7 - Nível de endividamento

    Exercício Social Soma do Passivo Circulante e Não

    Circulante

    Tipo de índice Índice de endividamento

    Descrição e motivo da utilização de outro índice

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  • Financiamento Quirografárias 1.568.983.916,93 0,00 0,00 595.596.390,64 2.164.580.307,57

    Total 1.568.983.916,93 0,00 0,00 595.596.390,64 2.164.580.307,57

    Observação

    1) Em 31.12.2015, os compromissos assumidos pela Itaúsa eram, basicamente, para pagamento de dividendos e juros sobre o capital próprio a pagar, obrigações fiscais e outras provisões.

    2) As informações prestadas neste Item referem-se às demonstrações contábeis individuais.

    3.8 - ObrigaçõesExercício social (31/12/2015)

    Tipo de Obrigação Tipo de Garantia Outras garantias ou privilégios

    Inferior a um ano Um a três anos Três a cinco anos Superior a cinco anos Total

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  • 3.9 - Outras informações relevantes

    a) Complemento da Informação do Item 3.5 A Itaúsa estabeleceu em 10.11.2008, uma sistemática de distribuição de proventos trimestrais aos seus acionistas que prevê o pagamento nos seguintes períodos: primeiro dia útil dos meses de julho e outubro de cada ano e de janeiro e abril do ano seguinte, a título de antecipação trimestral do dividendo obrigatório do exercício. Além desta antecipação trimestral, por ocasião da aprovação dos balanços semestrais e dos balanços anuais são definidos dividendos/JCP (juros sobre capital próprio) complementares cuja data de pagamento é determinada na Reunião do Conselho de Administração que aprovar esta distribuição. b) Complemento da Informação do Item 3.7

    Os dados do montante da dívida foram obtidos do balanço individual da Emissora (Total do Passivo dividido pelo Patrimônio Líquido).

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  • 4.1 - Descrição dos fatores de risco

    A Itaúsa – Investimentos Itaú S.A. (“Itaúsa” ou “Companhia”) é uma sociedade de participações, holding pura, e seus resultados dependem diretamente das operações, atividades e resultados de suas controladas e investidas, em especial das seguintes companhias abertas (“Controladas Itaúsa”):

    Duratex S.A. (“Duratex”), Elekeiroz S.A. (“Elekeiroz”) e Itautec S.A. – Grupo Itautec (“Itautec”), com atuação na área industrial; e

    Itaú Unibanco Holding S.A. (“Itaú Unibanco”), controlada em conjunto pela Itaúsa (família Egydio de Souza Aranha) e pela família Moreira Salles, com atuação na área de serviços financeiros.

    Dessa forma, os riscos que podem influenciar a decisão de investimento nos valores mobiliários da Itaúsa são essencialmente aqueles decorrentes dos riscos a que as Controladas Itaúsa estão sujeitas.

    A Itaúsa apresenta nas alíneas deste item 4.1 os principais riscos que considera relevantes para os

    negócios das Controladas Itaúsa. Trata-se de lista não exaustiva, que compila apenas os riscos que, no julgamento da Companhia, são atualmente os mais relevantes. Contudo, os resultados da Itaúsa, bem como o valor dos valores mobiliários de sua emissão, podem ser, ainda, afetados negativamente por outros riscos que, na visão da Companhia, possuem menor relevância ou mesmo por riscos desconhecidos, e que, portanto, não estão descritos neste item 4.1 do Formulário de Referência.

    A materialização de qualquer dos riscos abaixo listados pode afetar negativamente a situação financeira

    e os negócios das Controladas Itaúsa e, consequentemente, os resultados da Itaúsa e o valor dos valores mobiliários de sua emissão. Dessa forma, é importante que os investidores avaliem cuidadosamente os fatores de risco descritos neste item 4.1 e as demais informações contidas neste Formulário de Referência. Para maiores informações a respeito dos riscos das Controladas Itaúsa, os investidores devem consultar o item 4.1 dos Formulários de Referência das Controladas Itaúsa. 4.1. Descrever fatores de risco que possam influenciar a decisão de investimento, em especial, aqueles relacionados a) Ao emissor A Itaúsa é uma companhia cujos resultados dependem dos resultados das suas controladas.

    Os resultados da Itaúsa dependem diretamente das operações, atividades e resultados das Controladas Itaúsa. Dificuldades decorrentes de aumento na concorrência, custos para aquisição de matéria prima e/ou captação, flutuações de preços de mercadorias e serviços, altas variações cambiais, mudanças na produção decorrentes de caso fortuito ou de força natural, e implementação dos planos estratégicos de expansão das Controladas Itaúsa podem afetar os resultados dessas empresas e, por consequência, os da Itaúsa.

    A capacidade de a Itaúsa cumprir suas obrigações financeiras e de pagar dividendos aos seus acionistas,

    inclusive sob a forma de juros sobre capital próprio, depende dos resultados e distribuição dos lucros e/ou dividendos pelas Controladas Itaúsa. Não há garantia de que haverá distribuição de lucros e/ou dividendos à Itaúsa ou, em caso de haver, que serão suficientes para o cumprimento das obrigações financeiras da Itaúsa e pagamento de dividendos aos seus acionistas. Os acionistas podem não receber dividendos ou juros sobre capital próprio

    De acordo com o estatuto social da Itaúsa, os acionistas têm direito de receber, como dividendo obrigatório, importância equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido apurado em cada exercício e, por deliberação do Conselho de Administração, poderão ser pagos juros sobre capital próprio, imputando-se o valor dos juros pagos ou creditados ao valor do dividendo obrigatório. Para tanto, o Conselho de Administração apresentará à Assembleia Geral Ordinária, juntamente com as demonstrações contábeis, proposta sobre a destinação do lucro líquido do exercício, observados os preceitos da Lei das Sociedades por Ações. Antes de qualquer destinação do lucro líquido, serão aplicados 5% (cinco por cento) na constituição da reserva legal, que não excederá 20% (vinte por cento) do capital social.

    Ainda nos termos do estatuto social da Itaúsa, cada ação preferencial terá direito ao dividendo prioritário

    mínimo anual de R$ 0,01 (um centavo de real). A importância do dividendo obrigatório que remanescer após o dividendo prioritário mínimo anual das ações preferenciais será aplicada, em primeiro lugar, no pagamento às ações ordinárias de dividendo igual ao prioritário das ações preferenciais, ou seja de R$ 0,01 (um centavo de

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  • 4.1 - Descrição dos fatores de risco

    real) por ação. Depois de assegurado às ações ordinárias dividendo igual ao mínimo das ações preferenciais, as ações de ambas as espécies participarão dos lucros distribuídos em igualdade de condições.

    A Itaúsa apura lucro por ganhos de equivalência patrimonial decorrentes de seus investimentos em Controladas. Caso a Itaúsa não receba dividendos ou juros sobre capital próprio, lucros contábeis não realizados em moeda poderão ser destinados à reserva de lucros a realizar. A capacidade de a Itaúsa cumprir suas obrigações financeiras e de pagar dividendos aos seus acionistas, inclusive sob a forma de juros sobre capital próprio, depende dos resultados e distribuição dos lucros e/ou dividendos ou juros sobre capital próprio pelas Controladas Itaúsa. Não há garantia de que haverá distribuição de lucros e/ou dividendos ou juros sobre capital próprio à Itaúsa ou, em caso de haver, que serão suficientes para o cumprimento das obrigações financeiras da Itaúsa, principalmente em relação ao pagamento de dividendos ou juros sobre capital próprio aos seus acionistas.

    Ademais, a legislação societária brasileira permite a suspensão da distribuição obrigatória de dividendos em qualquer exercício específico, ou exercícios, caso o Conselho de Administração informe em Assembleia Geral de Acionistas que a distribuição seria incompatível com a situação financeira do emissor. Os lucros que deixarem de ser distribuídos nessa hipótese serão registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser pagos como dividendos assim que a situação financeira da Companhia o permitir.

    Por fim, o estatuto social da Itaúsa prevê que a parcela do lucro líquido que exceder o montante

    correspondente ao dividendo obrigatório poderá, por proposta do Conselho de Administração, ser destinada para a formação da Reserva para Equalização de Dividendos; da Reserva para Reforço do Capital de Giro; e/ou da Reserva para Aumento de Capital de Empresas Participadas, observados os limites estipulados na legislação societária e no estatuto social. Caso necessite de recursos adicionais no futuro, a Companhia poderá optar por obtê-los por meio da emissão de novos valores mobiliários, o que poderá resultar na diluição da participação de investidores em seu capital social

    A Itaúsa poderá precisar captar recursos no futuro e, no caso de indisponibilidade de financiamento público ou privado, ou por decisão de seus acionistas, poderá captar tais recursos por meio da emissão pública ou privada de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações ou permutáveis por elas, incluindo a emissão de debêntures. Qualquer captação de recursos por meio da distribuição de ações ou valores mobiliários conversíveis em ações, ou permutáveis por elas, entre outras alternativas, pode resultar em alteração no preço das ações da Itaúsa e na diluição da participação dos investidores no capital social da Companhia. A Itaúsa pode vir a celebrar instrumentos financeiros que podem acarretar em aumento de sua alavancagem e exigência de cumprimento de determinadas obrigações específicas

    A Itaúsa pode vir a se tornar parte em contratos de financiamento ou celebrar outros instrumentos financeiros que podem aumentar sua alavancagem, inclusive por meio da emissão de títulos e valores mobiliários no Brasil ou no exterior. O eventual endividamento da Companhia pode, como por exemplo: (i) dificultar o cumprimento de suas obrigações; (ii) limitar sua capacidade de obter financiamento adicional; (iii) aumentar a vulnerabilidade da Companhia às taxas de juros, podendo resultar em maiores custos financeiros relacionados à dívida pós fixada; (iv) aumentar a vulnerabilidade da Companhia a condições econômicas e setoriais adversas; e (v) afetar o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio.

    Além disso, esses instrumentos financeiros podem vir a impor o cumprimento de obrigações específicas, bem como cláusulas restritivas de alavancagem e liquidez (covenants financeiros). Nestes instrumentos, são comuns, ainda, disposições no sentido de que eventuais inadimplementos que não sejam sanados tempestivamente ou em relação aos quais os credores não renunciem seu direito de declarar antecipadamente vencidas as dívidas, possam acarretar decisão desses credores de declarar o vencimento antecipado dessas dívidas representadas por referidos instrumentos, bem como podem resultar no vencimento antecipado de outros instrumentos financeiros de que a Itaúsa é parte. Assim, qualquer inadimplência gerada a partir da violação desses eventuais instrumentos pode ter efeitos materiais adversos sobre as condições financeiras da Itaúsa, podendo afetar, inclusive, o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio. A Itaúsa poderá vir a realizar operações com derivativos a título de proteção da carteira (hedge)

    A Itaúsa, em seu processo de diversificação de portfólio, poderá vir a ser exposta a riscos de mercado decorrentes, direta ou indiretamente, das taxas de câmbio, flutuações nas moedas e das taxas de juros, por exemplo. Com o objetivo de mitigar esses riscos a Itaúsa poderá, quando necessário, realizar operações com

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  • 4.1 - Descrição dos fatores de risco

    instrumentos financeiros derivativos, no Brasil ou no exterior.

    Estas operações de proteção (hedge) poderão ser firmadas para resguardar a Itaúsa contra a variação desses índices. Contudo, eventualmente e por questões técnicas relativas ao instrumento utilizado, o derivativo contratado pode não oferecer uma proteção perfeita da operação, causando descasamento de preços entre a exposição protegida e seu derivativo, o que poderá afetar negativamente os resultados da Itaúsa. Essas operações de hedge também poderão expor a Itaúsa a riscos de perdas financeiras em situações em que a outra parte do contrato de hedge não cumpra suas obrigações contratuais. Além disso, para a contratação de operações de hedge pode ser exigida da Itaúsa a realização e manutenção de depósitos de margem. A diversificação nos investimentos da Itaúsa poderá ter um efeito adverso no resultado da Companhia e resultar em riscos adicionais

    A Itaúsa tem como objeto participar do capital de outras empresas, que podem atuar nos mais diversos segmentos. Eventual diversificação no portfólio dos investimentos da Itaúsa pode resultar na exposição a novos riscos, associados, por exemplo, às atividades desempenhadas pelas novas investidas, suas condições particulares e/ou suas respectivas áreas de atuação. Aquisições poderão envolver uma série de riscos e desafios que poderão causar efeitos prejudiciais relevantes sobre os negócios da Itaúsa, como por exemplo:

    riscos de novos investimentos não gerarem os retornos esperados ou de sinergias identificadas com os novos investimentos não se concretizarem, bem como de exigirem aportes financeiros adicionais, impactando, assim, a capacidade da Itaúsa de distribuir proventos;

    riscos em razão de atividades desempenhadas pelas Controladas e investidas da Itaúsa, considerando que futuras aquisições poderão estar sujeitas à aprovação do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência e podem sofrer restrições, não ser aprovadas, ou podem ser aprovadas com restrições;

    riscos associados ao passivo contingente relativo a, entre outras, questões cíveis, tributárias, trabalhistas, previdenciárias, ambientais e questões de propriedade intelectual, bem como outras questões regulatórias;

    riscos de eventuais custos adicionais não programados relacionados à operação dos novos negócios; e

    riscos reputacionais decorrentes dos efeitos prejudiciais acima apontados.

    A Itaúsa é uma holding controlada por um bloco de controle que sempre atua no sentido de criar valor para todos os seus acionistas no longo prazo. Este bloco controlador pode vir a tomar decisões com relação à política da Itaúsa referente a incorporações, aquisições, parcerias estratégicas, alienações de participações societárias, ou outras transações similares.

    Ademais, a tomada de decisão em relação a eventual diversificação no portfólio dos investimentos da

    Itaúsa que envolva fusões ou aquisições é baseada em estudos, análises e projeções de resultado de longo prazo, os quais podem conter premissas macroeconômicas que podem não se concretizar e premissas de negócios sujeitas a alterações por razões que independem da atuação da Companhia. Além disso, para a elaboração de tais materiais utilizados na avaliação de novos investimentos, a Itaúsa depende do acesso a informações diversas sobre as potenciais empresas investidas que podem não estar disponíveis por completo, principalmente quando os investimentos ocorrerem em empresas de capital fechado. Adicionalmente, a Itaúsa, quando da análise de novos investimentos, apoia-se na capacidade de sua equipe de fusões e aquisições, assessores e consultores externos, para avaliar os potenciais riscos e retornos de tais investimentos, havendo riscos de existência de análises imprecisas ou incompletas. Não obstante os melhores esforços da Itaúsa para conduzir de forma diligente os processos de fusões e aquisições, efeitos adversos podem acontecer e gerar novos fatos e, consequentemente, perdas dos recursos investidos.

    Além disso, a Itaúsa também poderá adquirir participações que não lhe assegurem o controle das empresas investidas, seja por meio de uma joint venture ou por meio de participação minoritária. Tais aquisições estarão sujeitas a riscos que a Itaúsa não pode controlar, tendo em vista que, de modo geral, a companhia não terá preponderância nas decisões tomadas nessas investidas.

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  • 4.1 - Descrição dos fatores de risco

    O valor dos títulos, valores mobiliários e derivativos do Itaú Unibanco está sujeito às flutuações de mercado, devido às mudanças nas condições econômicas brasileiras ou internacionais, podendo sujeitar o Itaú Unibanco e, consequentemente a Itaúsa, a prejuízos relevantes.

    Os valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos da carteira do Itaú Unibanco podem levá-lo a registrar ganhos e perdas, quando vendidos ou ajustados a valor de mercado (no caso de títulos negociáveis), e com flutuação considerável de um período para o outro, em função das condições econômicas nacionais ou internacionais. Se, por exemplo, o Itaú Unibanco realizar operações com derivativos para proteção contra uma diminuição do valor do real e das taxas de juros e o valor do real e das taxas de juros aumentarem, tal aumento poderá trazer perdas financeiras, as quais podem afetar de forma adversa e material o Itaú Unibanco e, consequentemente, a Itaúsa.

    Adicionalmente, tais valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos podem gerar perdas resultantes da flutuação dos valores de mercado das posições de riscos em operações sujeitas à variação das taxas de câmbio e/ou de juros, dos preços de ações, dos índices de preços e dos preços de mercadorias (commodities), bem como de outros índices incidentes sobre estas posições. Estas perdas podem ter um efeito adverso e relevante no Itaú Unibanco, e consequentemente, na Itaúsa.

    O Itaú Unibanco não tem como estimar o montante de ganhos ou perdas realizados ou não realizados, para qualquer período futuro. Ganhos e perdas na carteira de investimentos do Itaú Unibanco podem deixar de contribuir em níveis coerentes com os períodos mais recentes. Da mesma forma, o Itaú Unibanco pode não ser bem sucedido ao realizar as valorizações ou desvalorizações atualmente existentes em sua carteira de investimentos consolidada ou em qualquer dos ativos de sua carteira. Quaisquer dos fatores acima podem afetar os resultados futuros do Itaú Unibanco e, consequentemente, da Itaúsa. Falhas, defeitos, ou inadequação dos sistemas, processos e controles das Controladas Itaúsa, inclusive decorrentes de má-conduta ou erros humanos podem afetar as Controladas Itaúsa de forma adversa e, consequentemente, a Itaúsa.

    As Controladas Itaúsa possuem sistemas, processos, políticas e outros mecanismos de controles internos adaptados às suas atividades e aos seus estágios de desenvolvimento, os quais são, em suas avaliações, suficientes para mitigar os principais riscos associados às suas respectivas atividades. Contudo, os sistemas operacionais das Controladas Itaúsa podem parar de funcionar adequadamente por um período limitado – ou ficar temporariamente indisponíveis –, ou, ainda, seus controles e medidas de prevenção podem não ser suficientes para evitar eventuais acidentes, falhas e deficiências (inclusive decorrentes de erro humano) inerentes a seus respectivos negócios, devido a uma série de fatores. Esses fatores incluem eventos que estão, total ou parcialmente, fora do controle das Controladas Itaúsa, como a falta de energia, a interrupção dos serviços de telecomunicações, falhas generalizadas nos sistemas, eventos internos e externos que podem afetar terceiros com os quais as Controladas Itaúsa fazem negócios ou essenciais para suas atividades, eventos resultantes de questões de natureza política ou social mais abrangentes (como ataques cibernéticos e a divulgação não autorizada de informações pessoais em poder das Controladas Itaúsa), acidentes e prejuízos relativos a incêndios, explosões, vazamentos de insumos, produtos, utilidades, e mesmo a catástrofes naturais, conforme o caso.

    Falhas, deficiências, inadequação ou acidentes envolvendo os sistemas, processos e controles das Controladas Itaúsa, inclusive aqueles resultantes de erros humanos e fraudes, não apenas aumentam os custos dos negócios das Controladas Itaúsa, causando prejuízos, como também geram conflitos com seus clientes, fornecedores, contrapartes e reguladores, dentre outros, processos judiciais, multas regulatórias, sanções, intervenções, reembolsos e indenizações. Esses fatores podem ter um efeito material adverso sobre as Controladas Itaúsa e seus negócios e, consequentemente, sobre os resultados da Itaúsa. Ataques cibernéticos poderiam causar perda de receita e danos à reputação do Itaú Unibanco e, consequentemente, da Itaúsa, em função de violações de segurança de dados que poderiam prejudicar as operações do Itaú Unibanco ou resultar na divulgação de informações confidenciais ou exclusivas.

    O Itaú Unibanco gerencia e armazena diversas informações exclusivas e dados confidenciais ou sensíveis referentes às suas operações e pode estar sujeito a violações dos sistemas de Tecnologia da Informação utilizados para esses fins. O Itaú Unibanco depende consideravelmente da tecnologia para operação destes sistemas, o que o torna vulnerável a vírus e outros softwares mal intencionados, ou seja, a incidentes cibernéticos, que podem interferir inesperadamente na operação de seus sistemas ou resultar na divulgação de

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  • 4.1 - Descrição dos fatores de risco

    informações confidenciais ou exclusivas. O Itaú Unibanco depende, também, de determinados gestores externos de dados, cujas limitações de capacidade, eventuais problemas de segurança e vulnerabilidade também podem interferir inesperadamente na operação de seus sistemas e/ou resultar na divulgação de informações confidenciais ou exclusivas.

    Os custos para eliminar ou tratar os problemas mencionados e as vulnerabilidades de segurança antes

    ou depois de um incidente cibernético podem ser significativos e a falta de solução poderá resultar em interrupções e atrasos, afetando clientes e parceiros.

    Estes fatores podem afetar as operações e resultados do Itaú Unibanco e, consequentemente, os resultados da Itaúsa. A exposição à dívida do Governo Federal brasileiro pode afetar negativamente o Itaú Unibanco e, consequentemente, a Itaúsa.

    Assim como muitas outras sociedades brasileiras, o Itaú Unibanco investe em títulos de dívida emitidos pelo governo brasileiro. Em 31 de dezembro de 2015, aproximadamente 13,9% de todos os ativos do Itaú Unibanco e 60,5% de sua carteira de títulos eram compostos por esses títulos de dívida. Assim, qualquer descumprimento do governo brasileiro em relação ao pagamento pontual desses títulos, ou a redução significativa em seus valores de mercado, poderá ter um efeito adverso relevante sobre o resultado das operações do Itaú Unibanco e, consequentemente, sobre os resultados da Itaúsa. A inadequação de metodologias de precificação de produtos de seguros, previdência e capitalização podem afetar adversamente o Itaú Unibanco e, consequentemente, a Itaúsa.

    As subsidiárias do Itaú Unibanco com atividades no segmento de seguros e previdência definem os preços e estabelecem os cálculos para seus produtos com base em estimativas atuariais ou estatísticas. A precificação desses produtos de seguros e previdência é baseada em modelos que incluem premissas e projeções que podem se provar incorretas, já que envolvem uma série de juízos de valor, inclusive quanto ao nível ou tempo de recebimento ou pagamento de prêmios, contribuições, provisões, benefícios, reivindicações, despesas, juros, resultados de investimentos, aposentadoria, mortalidade, morbidade e persistência. Estas subsidiárias e, consequentemente, o Itaú Unibanco, podem incorrer em perdas decorrentes de eventos que são contrários às suas expectativas direta ou indiretamente associadas às premissas biométricas e econômicas. O mesmo também pode ocorrer com as bases atuariais utilizadas para cálculo de contribuições e provisões.

    Embora os preços dos produtos de seguros e previdência das sociedades com atividades neste segmento e a adequação de suas respectivas reservas sejam revisados anualmente, não se pode determinar com precisão se os ativos que suportam suas responsabilidades, somados aos prêmios e contribuições futuros, serão suficientes para o pagamento dos benefícios, sinistros e despesas. Dessa forma, a ocorrência de desvios significativos nas premissas utilizadas para precificação pode ter um efeito adverso na rentabilidade dos produtos de seguros e previdência. Adicionalmente, se for concluído que as reservas e prêmios futuros são insuficientes para cobrir os futuros benefícios sob as apólices e sinistros, as subsidiárias do Itaú Unibanco terão que elevar suas reservas e registrar tais efeitos em suas demonstrações contábeis, o que pode ter um efeito material adverso em seus resultados, no resultado do Itaú Unibanco e no da Itaúsa. Políticas, procedimentos e modelos relacionados ao controle de riscos das Controladas Itaúsa podem se mostrar ineficazes e seu resultado pode ser afetado de maneira adversa por perdas não esperadas, afetando, consequentemente, o resultado da Itaúsa.

    Os métodos, procedimentos e políticas de gestão de riscos, inclusive as ferramentas e modelos estatísticos para mensuração, e os modelos que estimam as probabilidades de inadimplência das Controladas Itaúsa podem não ser totalmente eficazes na mensuração da exposição ao risco de tais entidades, em todos os ambientes econômicos, e contra todos os tipos de riscos, inclusive aqueles que as Controladas Itaúsa não conseguem identificar ou prever. Alguns dos instrumentos e medições qualitativos para o gerenciamento de risco são baseados em observações sobre o comportamento histórico do mercado.

    Especialmente com relação ao Itaú Unibanco, a avaliação do risco de crédito dos clientes se baseia, principalmente, nas informações disponíveis nos bancos de dados do banco, determinadas informações públicas sobre crédito ao consumidor e outras fontes, devido à limitação existente no Brasil quanto à disponibilidade de

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  • 4.1 - Descrição dos fatores de risco

    informações do cliente para a avaliação do seu risco de crédito. O Itaú Unibanco aplica ferramentas estatísticas e outras medições sobre os dados disponíveis para quantificar a exposição ao risco. Essas ferramentas e medições podem não prever todos os tipos de exposição futura a que o Itaú Unibanco estará sujeito, e os riscos identificados podem não ser avaliados corretamente nos modelos estatísticos adotados. Esse cenário limita a capacidade de gerenciar riscos e, portanto, perdas podem ser significativamente maiores do que as indicadas pela análise histórica. Ademais, os modelos de análise quantitativa do risco podem não levar em consideração todos os riscos a que o Itaú Unibanco e as demais Controladas Itaúsa estão expostas e podem revelar-se insuficientes, expondo as Controladas Itaúsa e, consequentemente, a Itaúsa, a perdas inesperadas relevantes.

    Os resultados operacionais e a posição financeira do Itaú Unibanco dependem de sua capacidade de

    avaliar as perdas associadas aos riscos aos quais está exposto e de incluir esses riscos nos métodos de precificação por ele adotados. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é reconhecida com o objetivo de garantir um nível de provisão compatível com a perda esperada, de acordo com os modelos internos do Itaú Unibanco para mensuração do risco de crédito e com os critérios estabelecidos na regulamentação em vigor. Esse cálculo considera, ainda, significativamente o julgamento dos administradores do Itaú Unibanco, que pode se provar incorreto ou ser modificado no futuro, dependendo das informações que forem disponibilizadas. Estes fatores podem afetar negativamente o Itaú Unibanco e, consequentemente, a Itaúsa. Danos à reputação das Controladas Itaúsa podem prejudicar os seus negócios e perspectivas e, consequentemente, a Itaúsa.

    As Controladas Itaúsa são altamente dependentes da sua boa imagem e credibilidade no mercado para gerar negócios. Diversos fatores podem causar danos à reputação de referidas sociedades e gerar uma percepção negativa por parte de clientes, contrapartes, fornecedores, acionistas, investidores, supervisores, parceiros comerciais e outros públicos, como o não cumprimento de obrigações legais, vendas irregulares para clientes, envolvimento com fornecedores externos com postura ética questionável, vazamento de informações de clientes, má conduta de colaboradores e falhas na gestão de riscos, o não cumprimento de responsabilidades sociais e ambientais e de obrigações legais e regulatórias impostas a suas atividades, entre outros. Além disso, algumas ações significativas, tomadas por terceiros, como concorrentes ou outros participantes do mercado, podem, indiretamente, abalar a reputação das Controladas Itaúsa perante clientes, investidores e o mercado em geral. Danos à reputação podem afetar negativamente as Controladas Itaúsa e, consequentemente, a Itaúsa. A integração dos negócios adquiridos ou incorporados pelas Controladas Itaúsa e dificuldades na implementação do plano estratégico podem ter um efeito relevante adverso nas Controladas Itaúsa e, consequentemente, na Itaúsa.

    Como parte da estratégia de crescimento, certas Controladas Itaúsa realizaram uma série de fusões, aquisições e parcerias com outras entidades no passado e podem realizar novas operações no futuro. No entanto, essas operações envolvem riscos, como, por exemplo, a possibilidade de se incorrer em custos não esperados decorrentes das dificuldades de integração das plataformas, sistemas, finanças, contabilidade e pessoas, bem como aqueles decorrentes de falhas na diligência ou da ocorrência de contingências não previstas. Ademais, as sinergias operacionais e financeiras esperadas e outros benefícios decorrentes dessas operações podem não ser alcançados ou serem inferiores aos níveis originalmente estimados.

    Existe ainda o risco de as autoridades regulatórias e de defesa da concorrência determinarem restrições

    ou limitações às operações ou aos negócios decorrentes de certas operações. Na hipótese de as Controladas Itaúsa não conseguirem aproveitar as oportunidades de crescimento dos negócios, de redução de custos, e outros benefícios que foram previstos a partir de operações de fusões e aquisições, ou de incorrerem em maiores custos de integração do que o estimado, elas podem ser afetadas adversamente o que, consequentemente, afetaria adversamente a Itaúsa.

    As Controladas Itaúsa podem, ainda, encontrar dificuldades na implementação de seus planos estratégicos, incluindo em função de fatores macroeconômicos e de mercado no país e/ou no exterior, interferência de reguladores e autoridades de defesa da concorrência, e outros fatores internos. As dificuldades para implementação dos planos estratégicos das Controladas Itaúsa podem gerar efeitos adversos nos seus resultados e, consequentemente, nos resultados da Itaúsa. Acidentes e outros fatores relacionados às instalações físicas de Controladas Itaúsa podem ter efeito substancialmente adverso sobre os seus resultados, com reflexos, em menor grau, na Itaúsa.

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  • 4.1 - Descrição dos fatores de risco

    As controladas Duratex e Elekeiroz estão expostas a riscos relacionados às suas instalações físicas.

    Essas instalações físicas estão expostas a riscos diversos, tais como acidentes, incêndios e enchentes, que podem comprometer o resultado e o andamento da produção dessas Controladas Itaúsa, impactando seus resultados e, consequentemente, o resultado da Itaúsa.

    A ocorrência de pragas exóticas, eventos climáticos extremos (como períodos de clima seco e poucas chuvas), incêndios ou alterações de marco regulatório podem alterar de forma adversa a produtividade e os resultados de Duratex e Elekeiroz e, consequentemente, os resultados da Itaúsa.

    A Duratex mantém apólices de seguros na modalidade de Responsabilidade Civil Geral contra danos patrimoniais decorrentes, dentre outros, a incêndio, com exceção das áreas florestais, e desastres naturais. Entretanto, não é possível garantir que as coberturas contratadas são ou serão suficientes ou estarão disponíveis para fazer frente a eventuais sinistros nem a perda de rentabilidade decorrente de tais sinistros. Além do mais, a Duratex não pode garantir a certeza de renovação de tais apólices, por ocasião de seu vencimento, nem em que condições. Escassez de financiamentos e falta de liquidez poderão afetar a capacidade das Controladas Itaúsa de honrar seus compromissos financeiros, de desenvolver seus negócios e até de obter recursos para investimentos, o que poderá demandar aporte de recursos pela Itaúsa em suas Controladas, a assunção de certas obrigações ou auxílio da Itaúsa na gestão das operações de suas Controladas

    As Controladas Itaúsa poderão necessitar de novos recursos para honrar seus compromissos financeiros em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos e pagamentos previstos, bem como para a consecução de seus planos de investimento. Em decorrência, por exemplo, essas empresas poderão experimentar dificuldades na renovação de financiamentos, extensão dos prazos de pagamento ou acesso a novas linhas em razão de uma eventual mudança no mercado ou de evento que prejudique sua classificação de crédito. Não é possível assegurar que essas empresas terão acesso a novos recursos no futuro, tampouco que os custos dos recursos disponíveis a essas companhias continuarão sendo compatíveis com o retorno esperado dos seus respectivos negócios.

    A dificuldade dessas companhias na obtenção de recursos necessários às suas operações poderá adiar ou restringir o crescimento e desenvolvimento das suas atividades, assim como prejudicar seus resultados operacionais e de desempenho financeiro, ou impedir que completem seus programas de investimentos e outros projetos, o que poderá ter um efeito adverso em suas operações e no desenvolvimento de seus negócios e, consequentemente, afetar os resultados da Itaúsa.

    Além disso, em decorrência de eventuais reestruturações das operações das Controladas Itaúsa ou até

    de suas condições financeiras, a Itaúsa poderá ter de aportar recursos próprios ou oriundos de terceiros em suas Controladas, auxiliar na gestão das operações dessas companhias e até assumir desembolsos para honrar avais, fianças e outras garantias prestadas pela Itaúsa, o que pode ter um efeito material adverso sobre os seus resultados. A Itaúsa e as Controladas Itaúsa basearam-se em estimativas e premissas na preparação de suas demonstrações contábeis e quaisquer mudanças nessas estimativas e premissas podem ter efeito material adverso sobre os resultados das Controladas Itaúsa e da própria Itaúsa.

    Na preparação das demonstrações contábeis das Controladas Itaúsa, bem como das demonstrações consolidadas da Itaúsa, foram utilizadas estimativas e premissas baseadas no histórico de experiências de cada sociedade e outros fatores. Tais estimativas e premissas estão sujeitas a incertezas significativas. Caso qualquer dessas estimativas e premissas sofra mudanças ou se mostre incorreta, os resultados da respectiva sociedade podem ser afetados de maneira adversa. Como resultado de limitações inerentes a controles contábeis e de divulgação das Controladas Itaúsa e da própria Itaúsa, erros de classificação devido a erros ou fraudes podem ocorrer e não ser detectados.

    Os controles e procedimentos de divulgação das Controladas Itaúsa e da Itaúsa são elaborados para proporcionar confiança razoável de que as informações que devem ser divulgadas nos relatórios exigidos pela legislação e regulamentação locais serão reunidas e comunicadas à administração, além de serem registradas, processadas, resumidas e reportadas dentro dos prazos especificados nas respectivas regras. As Controladas Itaúsa e a própria Itaúsa acreditam que quaisquer controles e procedimentos de divulgação, ou controles e

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  • 4.1 - Descrição dos fatores de risco

    procedimentos internos, inclusive os respectivos controles contábeis, forneçam somente segurança razoável, e não absoluta, de que os objetivos de tais sistema de controle estão sendo atingidos. Essas limitações inerentes a quaisquer controles e procedimentos incluem a realidade de que os julgamentos no processo de tomada de decisões podem ser falhos e gerar consequências negativas devido a erros ou a equívocos simples. Além disso, controles e procedimentos podem ser burlados por atos individuais, pela atuação em conluio de duas ou mais pessoas ou por inobservância não autorizada dos controles. Qualquer falha da Itaúsa e/ou de qualquer das Controladas Itaúsa na manutenção de controles internos efetivos sobre a divulgação das informações financeiras pode afetar adversamente a confiança dos investidores na Itaúsa e, como resultado, o valor dos investimentos em seus títulos e valores mobiliários.

    Qualquer falha de manutenção de controles internos eficazes sobre as demonstrações contábeis das Controladas Itaúsa e da própria Itaúsa pode afetar de forma adversa a capacidade da Itaúsa e das Controladas Itaúsa de divulgar adequadamente suas condições financeiras ou os seus respectivos resultados. Se os controles internos relacionados às demonstrações contábeis consolidadas não são efetivos, ou se os auditores independentes determinarem que a Itaúsa ou qualquer das Controladas Itaúsa possuem algum ponto fraco material ou alguma deficiência significativa em seus controles internos referentes às suas respectivas demonstrações contábeis, tais companhias poderiam perder a confiança dos investidores na exatidão e integridade de tais relatórios financeiros, e os valores de mercado das ações da Itaúsa e das Controladas Itaúsa poderiam cair ou estar sujeitos a sanções ou investigações da autoridade regulatória. A falha da Itaúsa ou de qualquer das Controladas Itaúsa em corrigir qualquer ponto fraco material em seus controles internos relacionados às demonstrações contábeis ou em implementar ou manter outros sistemas de controles efetivos requeridos das empresas de capital aberto também poderia restringir o futuro acesso dessas companhias aos mercados de capitais. Decisões adversas em ações judiciais e administrativas podem afetar negativamente os resultados, o fluxo de caixa e a situação financeira.

    As Controladas Itaúsa e a própria Itaúsa são parte ativa ou passiva, conforme o caso, em ações judiciais nas esferas cível, tributária e trabalhista e em processos administrativos em procedimentos administrativos (perante autoridades ambientais, concorrenciais e tributárias, dentre outras), decorrente do curso normal de seus negócios. A Companhia não pode garantir que os resultados destas ações judiciais e procedimentos administrativos sejam favoráveis a seus interesses.

    Os valores relativos aos processos são provisionados e contabilizados considerando a avaliação dos consultores jurídicos das Controladas Itaúsa e da própria Itaúsa, conforme o caso, quanto ao esperado desfecho das discussões, a natureza dos assuntos discutidos e o histórico em processos semelhantes. As administrações das Controladas Itaúsa e da própria Itaúsa, conforme o caso, com base na opinião de seus respectivos assessores jurídicos, acreditam que as provisões para contingências constituídas são suficientes para cobrir perdas com processos judiciais. Caso as perdas relacionadas aos processos sejam significativamente superiores aos valores provisionados, as Controladas Itaúsa e a própria Itaúsa poderão incorrer em despesas que poderão afetar negativamente seus resultados, fluxo de caixa, situação financeira e liquidez. b) A seu controlador, direto ou indireto, ou grupo de controle Os interesses do acionista controlador poderão ser conflitantes com os interesses dos demais acionistas.

    Em 31 de dezembro de 2015, o acionista controlador da Itaúsa (família Egydio de Souza Aranha) detinha, de maneira direta, 61,44% do capital votante e 34,03% do capital total da Itaúsa.

    Dessa forma, o acionista controlador tem o poder de exercer o controle da Itaúsa, sendo titular de direitos de voto que lhe permitem, por exemplo, eleger a maioria dos membros do conselho de administração da Companhia, e determinar o resultado de qualquer ato que exija aprovação dos acionistas, incluindo reorganizações societárias e pagamentos de dividendos.

    O acionista controlador poderá, ainda, ter interesse em realizar aquisições, alienações, parcerias, buscar financiamentos ou operações similares que possam ser conflitantes com os interesses dos demais acionistas, e, mesmo em tais casos, o interesse do Acionista Controlador poderá prevalecer.

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  • 4.1 - Descrição dos fatores de risco

    c) A seus acionistas A relativa volatilidade e falta de liquidez dos mercados de capitais brasileiros poderá limitar substancialmente a capacidade dos detentores das ações da Itaúsa de venderem referidas ações pelo preço e no momento em que desejarem.

    Investir em títulos e valores mobiliários negociados em mercados emergentes, como o Brasil, envolve,

    com frequência, riscos maiores, em comparação a mercados internacionais mais desenvolvidos e estáveis. Referidos investimentos em mercados emergentes são considerados especulativos por natureza.

    O mercado brasileiro de títulos e valores mobiliários é substancialmente menor, tem menos liquidez, maior concentração e pode ser mais volátil do que os principais mercados de valores mobiliários dos Estados Unidos ou de outros países. Investimentos em títulos e valores mobiliários no Brasil estão sujeitos a determinados riscos econômicos e políticos, tais como, entre outros:

    i. eventuais mudanças nos cenários regulatório, fiscal, econômico e político que podem afetar a

    capacidade de recebimento de pagamentos, no todo ou em parte, pelos investidores, relativos aos seus investimentos; e

    ii. eventuais restrições a investimento estrangeiro e a repatriamento do capital investido.

    Os fatores acima podem limitar substancialmente a capacidade dos investidores de vender seus títulos e valores mobiliários pelo preço e no momento em que desejarem fazê-lo. d) A suas controladas e coligadas

    Considerando que a Itaúsa é uma sociedade de participações (holding pura), os fatores de risco que podem influenciar a decisão de investimento em seus valores mobiliários são essencialmente decorrentes dos riscos a que estão expostas as suas controladas, conforme descritos neste item 4.1. e) A seus fornecedores

    A Itaúsa não está exposta diretamente a riscos relacionados com fornecedores que possam influenciar a decisão de investimento em seus valores mobiliários, dado que suas atividades estão restritas a participações em outras sociedades (holding pura).

    No entanto, problemas de fornecimento de insumos, dentre outros, podem afetar a produção e resultados

    das Controladas Itaúsa e, por consequência e em menor grau, causar um efeito adverso nos resultados da Itaúsa. A produção das Controladas Itaúsa que atuam no segmento industrial depende de insumos específicos (básico ou não) que as expõem a riscos de aumento de preços ou escassez de matéria prima.

    A produção das Controladas Itaúsa que atuam no segmento industrial depende da aquisição no mercado local e internacionais de insumos e matérias primas específicas, básicas ou não, incluindo, dentre outros: propeno, ortoxileno, enxofre, benzeno, energia elétrica, resinas, madeira, metais não ferrosos, papéis, celulose, dióxido de titânio, bem como matrizes enérgicas da indústria petroquímica, de gases industriais e gás natural.

    Grande parcela de tais insumos e matérias primas está concentrada em poucos fornecedores com alto

    grau de especialização e dependência do preço internacional de commodities. A Duratex depende do fornecimento de ureia para a fabricação de determinados produtos, que atualmente é fornecida principalmente pela Petrobrás S.A., e o metanol, que é 100% importado. Os preços dessas matérias são derivados da cotação internacional dessas commodities e estão expostos à variação do dólar.

    No caso da Elekeiroz, os sites em Camaçari estão ligados por dutos à central petroquímica local

    (Braskem) e aos fornecedores de gases industriais e gás natural. A Empresa tem contratos que garantem o

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  • 4.1 - Descrição dos fatores de risco

    fornecimento de matérias-primas e utilidades, mas eventuais falhas nas unidades dos fornecedores ou interrupções por qualquer outro motivo podem resultar na falta desses insumos e comprometer a produção. Além disso, a Elekeiroz obtém parte dos seus insumos no mercado internacional e a eventual interrupção no suprimento de algum insumo importante pode afetar a produção de determinados produtos, resultando em perdas nos seus resultados operacionais. Eventuais barreiras tarifárias ou não tarifárias, bem como outras políticas implantadas pelos países exportadores de insumos à Elekeiroz, podem refletir no custo desses insumos e resultar em redução das suas receitas de vendas e resultados.

    f) A seus clientes

    A Itaúsa não está exposta diretamente a riscos relacionados com clientes, dado que suas atividades

    estão restritas a participações em outras sociedades (holding pura).

    No entanto, as Controladas Itaúsa atuam em diversos setores e estão expostas a riscos relacionados a seus respectivos clientes que podem, em menor grau, causar um efeito adverso nos resultados da Itaúsa. Alterações no perfil dos negócios do Itaú Unibanco podem afetar negativamente sua carteira de crédito, e consequentemente, os resultados da Itaúsa.

    A experiência histórica do Itaú Unibanco pode não ser indicativa de perdas de crédito futuras. Embora a qualidade da carteira de crédito do Itaú Unibanco esteja ligada ao risco de inadimplência dos setores em que atua, podem ocorrer mudanças no perfil dos seus negócios em função de crescimento orgânico, de fusões e aquisições, alterações nas condições econômicas nacionais e, em menor grau, no ambiente internacional, e de alterações nos regimes fiscais aplicáveis aos setores nos quais atuam, entre outros fatores. Quaisquer alterações que afetem um dos setores a que o Itaú Unibanco tenha exposição de crédito significativa, podem afetar negativamente sua carteira de crédito e, consequentemente, seus resultados e, em menor grau, aqueles da Itaúsa.

    Por exemplo, nos últimos anos, os bancos brasileiros experimentaram um aumento nas operações de

    crédito aos consumidores, principalmente no setor automotivo. No entanto, o aumento da demanda por financiamento de veículos foi acompanhado, posteriormente, pela elevação do nível de endividamento das famílias brasileiras, levando o setor automotivo a incorrer em elevados índices de inadimplência. Como resultado, muitas instituições financeiras registraram maiores perdas com créditos decorrentes do aumento do volume de provisões e da redução da concessão de empréstimos para aquisição de veículos. As Controladas Itaúsa poderão incorrer em perdas em razão da perda de clientes, de sua inadimplência, ou inadimplência por contrapartes.

    As Controladas Itaúsa estão sujeitas a riscos relacionados à perda e à inadimplência de seus clientes. Além disso, as Controladas Itaúsa podem incorrer em prejuízos no caso de qualquer de suas contrapartes deixar de honrar suas obrigações contratuais em virtude de falência, falta de liquidez, falha operacional ou outros motivos. As Controladas Itaúsa podem, ainda, ter seus resultados negativamente afetados em razão da perda de clientes. A perda de clientes e ou o aumento no nível de inadimplência podem impactar negativamente os resultados e a cotação dos valores mobiliários emitidos pelas Controladas Itaúsa e, consequentemente, os resultados e a cotação dos valores mobiliários emitidos pela Itaúsa. g) Aos setores da economia nos quais o emissor atue

    A Itaúsa é uma sociedade de participações (holding pura) e, como tal, não atua diretamente em um setor da economia. No entanto, as principais Controladas Itaúsa atuam nos segmentos industrial e de serviços financeiros, de forma que a Itaúsa pode ser impactada pelos riscos que atrelados aos setores em que as Controladas Itaúsa atuam. Crises e volatilidade podem afetar o mercado financeiro global e a economia brasileira e, consequentemente, os negócios das Controladas Itaúsa.

    As condições econômicas e de mercado de outros países, inclusive dos EUA, países da União Europeia e mercados emergentes, podem afetar a disponibilidade de crédito e o montante de investimentos estrangeiros no Brasil em vários graus. Crises nesses países podem diminuir o interesse dos investidores por ativos

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  • 4.1 - Descrição dos fatores de risco

    brasileiros, o que poderia afetar, de forma adversa e material, o preço de mercado dos títulos das Controladas Itaúsa e da própria Itaúsa, dificultando o acesso das Controladas Itaúsa e da Itaúsa ao mercado de capitais e, consequentemente, o financiamento de suas operações no futuro.

    Bancos que operam em países considerados mercados emergentes, inclusive aqueles controlados pelo Itaú Unibanco, podem estar particularmente suscetíveis às turbulências e às reduções na disponibilidade de crédito ou aos aumentos nos custos de financiamentos, os quais poderiam gerar um impacto material adverso sobre suas operações. Em particular, a disponibilidade de crédito para as instituições financeiras que operam nos mercados emergentes é significativamente influenciada por movimentos de aversão ao risco global. Adicionalmente, qualquer fator que impacte a confiança dos investidores, como uma diminuição na classificação do risco de crédito ou a intervenção do governo ou da autoridade monetária em um desses mercados, pode impactar o preço ou a disponibilidade de recursos para instituições financeiras inseridas em qualquer um desses mercados, afetando os negócios da área de serviços financeiros e causando, consequentemente, um efeito adverso no Itaú Unibanco e, consequentemente, na própria Itaúsa.

    A turbulência e a volatilidade do mercado financeiro global também podem ter consequências significativas nos outros países onde operam as Controladas Itaúsa, tais como a volatilidade no valor dos títulos patrimoniais, das taxas de juros e de câmbio. O aumento da incerteza e da volatilidade poderá resultar em arrefecimento no mercado de crédito, o que, por sua vez, poderia causar elevação na taxa de desemprego e redução do poder aquisitivo dos consumidores. Além disso, esses eventos podem prejudicar de forma significativa a capacidade dos seus clientes de cumprir com suas obrigações e, assim, gerar aumento nas operações de crédito em atraso ou em inadimplência nas relações comerciais, bem como um aumento do risco associado à atividade de crédito. Assim, a crise financeira global, além do ambiente macroeconômico brasileiro, também pode afetar de forma material e adversa o preço de mercado dos títulos e valores mobiliários de emissores brasileiros ou causar outros efeitos negativos no Brasil e nos países em que as Controladas Itaúsa operam, tendo efeito material adverso sobre as Controladas Itaúsa e, consequentemente, sobre a Itaúsa. Investigações sobre corrupção, com ampla repercussão, que estão em andamento no Brasil, poderão afetar a percepção das perspectivas de crescimento interno e do Brasil.

    Certas empresas brasileiras dos setores de energia e infraestrutura estão sendo investigadas pela CVM, a Polícia Federal e outros órgãos públicos brasileiros responsáveis por investigações sobre formação de cartel e corrupção, relacionadas a alegações de corrupção, bem como pelo Departamento de Justiça (DOJ) dos Estados Unidos. Dependendo do resultado dessas investigações e do tempo necessário para concluí-las, tais companhias podem enfrentar rebaixamentos das agências de classificação de crédito, restrições de acesso a financiamento e redução nas receitas, entre outros efeitos negativos. As empresas envolvidas nos casos de corrupção em curso, várias das quais são clientes do Itaú Unibanco e fornecedores de insumos a certas Controladas Itaúsa do segmento industrial, também podem ser processadas pelos investidores, sob a alegação de terem sido enganados por informações divulgadas por elas, inclusive as respectivas demonstrações contábeis. Além disso, as investigações de corrupção em andamento contribuíram para reduzir o valor dos títulos e valores mobiliários de várias empresas. Os bancos de investimento (inclusive o Itaú BBA Securities) que atuaram como subscritores de distribuições públicas dessas empresas investigadas, também são partes em alguns desses processos judiciais nos EUA e podem ser partes em outros processos que ainda venham a ser instaurados. A Itaúsa e as Controladas Itaúsa não podem prever a duração das investigações sobre corrupção ou a intensidade dos efeitos que essas investigações poderão ter sobre a economia brasileira e o setor financeiro, que poderão ser investigadas em virtude do relacionamento comercial que possam ter com as empresas envolvidas em investigações. Não obstante, devido ao tamanho e à amplitude das operações, bem como o relacionamento comercial da controlada, da área de serviços financeiros, com empresas e pessoas investigadas, essa controlada pode se tornar foco dessas investigações, o que pode vir a resultar em danos reputacionais e/ou responsabilização civil para ela e, consequentemente, para a Itaúsa. Os efeitos negativos sobre várias empresas também podem impactar o nível de investimentos em infraestrutura no Brasil, resultando em menor crescimento econômico. Alterações nas condições econômicas podem afetar negativamente as Controladas Itaúsa e, consequentemente, a Itaúsa.

    As operações das Controladas Itaúsa dependem do desempenho da economia brasileira, e, em grau menor, das economias de outros países nos quais realizam negócios. A demanda por crédito e serviços financeiros, assim como a capacidade de pagamento, por parte dos clientes do Itaú Unibanco, controlada em conjunto, são impactadas diretamente por variáveis macroeconômicas, tais como o crescimento econômico,

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    Formulário de Referência - 2016 - ITAÚSA - INVESTIMENTOS ITAÚ S.A. Versão : 7

  • 4.1 - Descrição dos fatores de risco

    renda, desemprego, inflação, flutuações nas taxas de juros e de câmbio. Assim, qualq