FORRAGEIRAS
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8/2/2019 FORRAGEIRAS
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Docentes: Deize Antonino
Mariana Teixeira
Thamires Manfrim
Polyane Ribeiro
Elliziane Verssimo
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Autores:
- Gleidson Giordano Pinto Carvalho: graduao emZootecnia pela Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia, mestrado e doutorado em Zootecnia pela
Universidade Federal de Viosa.
- Aureliano Jos Vieira Pires: graduao em Zootecnia pela
Universidade Federal de Viosa, mestrado e doutorado emZootecnia pela Universidade Federal de Viosa, e Ps-
doutorado pela Universidade Estadual Paulista Jlio de
Mesquita Filho, Jaboticabal.
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Gramneas
Brassica
Leguminosas
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Sistema digestivo dos ruminantes
Quem so? Exemplo: boi, carneiro, bode;
Digesto da celulose: bactrias e protozorios;
Digesto mecnica: fragmentao dos alimentos;
Primeira e segunda etapas;
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Objetivo
Discutir sobre os aspectos relacionados a organizao dostecidos de plantas forrageiras e suas implicaes para osruminantes;
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IntroduoEspcies forrageiras: formadas por lmina, bainha, colmo,
pecolo e inflorescncia;
Organizao estrutural ou anatmica dos rgos das plantas
e seus tecidos:
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Digesto limitada de tecidos:
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Epiderme: funes e caractersticas;
Paredes anticlinais aumentam a superfcie de contato
entre clulas adjacentes e dificulta o rompimento do tecido;
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Cutcula: funo de reduzir a taxa e a extenso da digesto daepiderme e dos tecidos abaixo dela;
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Parnquima clorofiliano: primeiro tecido a sofrer digesto;
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Digesto lenta em gramneas tropicais: dificulta o acesso dos
microorganismos e retarda o processo de fragmentao dotecido;
Gramneas de clima temperado e leguminosas:
Mesofilo:
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Bainha do Feixe Vascular (BFV)
Camada de clulas parenquimticas que envolve o feixe
vascular. Corresponde endoderme;
Clulas especializadas, que circunda o feixe vascular;
A digesto da BFV de gramneas C4 lenta ou incompleta,devido sua parede celular espessada;
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Forrageiras de metabolismo C4
Clulas bastante desenvolvidas;
Ricas em cloroplastos;
Envolvidas no processo de assimilao de carbono;
Presena de uma lamela suberizada;
Digesto lenta ou incompleta, devido sua parede celular
espessada;
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Forrageiras de metabolismo C3
Bainha pouco desenvolvida;
Desprovida de cloroplastos;
Facilmente digerida pelos microorganismos ruminais;
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Diferena entre folhas C3 e C4
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Tecido Vascular
Constitudo por clulas do xilema, floema e fibras associadas
A maior parte da atividade de ruminao direcionada para
a fragmentao deste tecido;
C4 apresentam maior freqncia de feixes vasculares nafolha, comparadas com gramneas C3;
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Esclernquima
Clulas longas;
Confere rigidez aos tecidos;
Parede celular espessa;
Se lignifica com a maturao;
Ocorrem acima e abaixo dos feixes vasculares;
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Sees transversais de diversos rgos vegetais,evidenciando-se as diferenas na estrutura dos
tecidos.
Figura 2: Grupo de fibras esclerenquimticas do
feixe vascular da folha de Syngonantus
caracensis (Eriocaulaceae).
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Componentes relacionados digesto daparede celular
A evoluo das plantas terrestres deve-se ao fato dodesenvolvimento de um rgida parede ao redor do
protoplasma celular.
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Diviso da parede celular
Primria: depositada enquanto a clula est crescendo;
Fonte: modificado de Raven et al., 1999.
Figura 2.18 - Esquema da formao da parede celular durante a diviso da clula. Esto representadas apenasalgumas etapas da diviso celular. A - Clula-me. B - Formao da banda da pr-prfase. C - Formao do
fragmoplasto e da placa celular na telfase. D - Placa celular j formada na citocinese. E - Clulas-filhas com aparede primria recm-formada e a lamela mediana. F - Clula-filha com a parede expandida.
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Composio
Fonte: modificado de Fosket, 1994.
Figura 2.3 - Esquema da composio da parede celular. A estrutura fundamental da
parede celular representada por microfibrilas de celulose, a qual interpenetrada poruma matriz contendo polissacardeos no-celulsicos: hemiceluloses e pectinas.
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Parede primria: espessamentos mais finos em algumaspartes, gerando os campos primrios de pontoao;
Clulas epidrmicas com campos de pontoao (setas), em
vista lateral (Fruto de tomate - Solanum lycopersicum , com
epiderme destacada)
Clulas parenquimticas com campos de pontoao (setas),
em vista frontal (Caule do cacto Cipocerus cipoensis , em
corte transversal)
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Entre as paredes primrias h a lamela mdia, fina camada
composta principalmente de substncias pctinas;
Lamela mediana (seta). (Sistema vascular do
caule de Microgramma squamulosa, em corte
transversal).
Clulas com paredes em incio de lignificao, a
qual ocorre a partir da lamela mediana (LM)
(Escapo floral de lrio-amarelo - Hemerocallis
flava , em corte transversal).
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Parede celular secundria
Depositada internamente aps a parede primria ter cessado
o seu crescimento;
Esquema da estrutura da parede celular. As paredes primria e secundria so constitudas por
macrofibrilas (observadas ao microscpio de luz), que por sua vez so formadas por microfibrilas
(observadas ao microscpio eletrnico). As microfibrilas so compostas de molculas de celulose, que
em determinados pontos mostram um arranjo organizado (estrutura micelar), o que lhes confere
propriedade cristalina.
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Paredes secundrias: importantes em clulas especializadas,
que tm como funo aumentar a resistncia;
A celulose mais abundante nas paredes secundrias do que
na parede primria, j as pectinas podem ser ausentes.
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A parede secundria compreende trs camadas. No h
diferenciao da digesto destas camadas.
Esquema do arranjo das
microfibrilas na parede celular. A -Parede primria. B - Paredesprimria e secundria. Na parede
primria, as microfibrilas decelulose mostram um arranjo
entrelaado; na parede
secundria, o arranjo das
microfibrilas ordenado. As
camadas da parede secundria
so designadas respectivamente
por S 1 , S 2 e S 3 , levando-se emconsiderao a orientao da
deposio das microfibrilas, que
varia nas diferentes camadas.
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Podem ser compostas de polissacardeos, protenas,compostos fenlicos, gua e minerais;
Polissacardeos isolados: apresentam relativa facilidade dedegradao pelos microorganismos do rmen ou por
enzimas isoladas;
Lignina: componente da parede
celular que limita a digesto dos
polissacardeos pelos ruminantes;
Composio da parede
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Tipos de clulas da parede secundria, por se lignificarem
diferentemente, afetam a digestibilidade;
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Em geral, a lignina possui trs lcoois aromticos:
- lcool coniferil: espcies arbreas;
- lcool sinapil: gramneas e leguminosas;- lcool p-coumaril: gramneas e leguminosas
Os termos CORE e NON-CORE tm sido usados para
diferenciar tipos de lignina em forrageiras;
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Embora as gramneas apresentem mais baixos teores de
lignina que as leguminosas, as correlaes negativas com adigestibilidade so mais fortes em gramneas;
O cido p-cumrico o que apresenta maior efeito negativosobre a digestibilidade de forrageiras do que os cidos
fenlicos;
Segundo Jung e Deetz (1993), a lignificao da parede celular
pode limitar a digesto dos polissacardeos por meio de trs
possveis mecanismos:
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1) Efeito txico de componentes da lignina aosmicroorganismos do rmen;
2) Impedimento fsico causado pela ligao lignina-
polissacardeo, que limita o acesso das enzimas fibrolticas aocentro de reao de um carboidrato especfico;
3) Limitao da ao de enzimas hidroflicas causadas pela
hidrofobicidade criada pelos polmeros de lignina;
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O acesso fsico limitado das enzimas hidrolticas ao centro dereao do carboidrato parece ser a maior limitao
degradao da parede celular das forrageiras, em
decorrncia da lignificao.
Limitam a digesto da parede celular secundria:
- Espessura da parede celular;
- Arranjo das clulas nos tecidos;
- Composio qumica da parede.
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A digesto no se completa durante o tempo de residnciadas partculas no rmen;
Quanto maior a espessura da parede secundria, maior ser otempo necessrio para sua completa digesto;
As restries fsicas exercem importante papel no processo
de digesto da parede celular.
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Tecidos vegetais x digestibilidade
Digestibilidade de uma forrageira: relao com sua
composio bromatolgica e histolgica;
Brito et. al. (1997): relao tambm com as porcentagens dos
diferentes tipos de tecido e a idade da planta;
Epiderme: barreira para a entrada de microorganismos;
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Colmo: parnquima jovem e floema so mais facilmente
digeridos, enquanto esclernquima, epiderme e xilema no(praticamente indigerveis);
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A Xilema
B - Floema
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A degradao dos tecidos presentes nas diferentes estruturasdiminui com a idade da planta, com exceo da bainha foliar.
Estrutura do pasto: quando a forragem pouco densa, oanimal tem dificuldade de ingesto em quantidade;
Fatores prprios da anatomia e fisiologia do ruminante
tambm afetam a sua digesto, independente da estrutura da
planta.
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Concluses
Principais fatores que afetam a qualidade da forragem: Idade,
ambiente, organizao estrutural e anatomia dos orgos e
tecidos (compacto arranjo de clulas e espessura da paredecelular).
Principais fatores que afetam a digestibilidade: a natureza das
partculas produzida e sua taxa de passagem pelo rmen.
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Referncias
CUTTER, E. Anatomia Vegetal. Livraria Roca, So Paulo, SP, 1986GLRIA, B. et al. Anatomia Vegetal, Editora UFV, Viosa MG,2006.RAVEN, P. Biologia Vegetal. Editora Guanabara, Rio De Janeiro,
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