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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE CARLA PATRÍCIA DE SOUSA SILVA FATORES SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS ASSOCIADOS À PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM CRIANÇAS DE REDENÇÃO, ESTADO DO PARÁ REDENÇÃO PA 2015

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

CARLA PATRÍCIA DE SOUSA SILVA

FATORES SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS ASSOCIADOS À

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM CRIANÇAS DE REDENÇÃO, ESTADO DO

PARÁ

REDENÇÃO – PA

2015

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

CARLA PATRÍCIA DE SOUSA SILVA

FATORES SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS ASSOCIADOS À

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM CRIANÇAS DE REDENÇÃO, ESTADO DO

PARÁ

Dissertação apresentada ao Programa de Pós

Graduação em Ciências e Meio Ambiente da

Universidade Federal do Pará, como requisito

para obtenção do título de Mestre em Ciências

Meio Ambiente.

Orientador: Prof. Marcelo Oliveira Lima.

Co-orientadora: Prof. Valdinéia Patrícia Din.

Área de Concentração: Ciências Ambientais.

REDENÇÃO – PA

2015

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Silva, Carla Patricia, 1974- Fatores sócio-econômicos e ambientais associados prevalência de parasitoses em crianças de Redenção,estado do Pará. / Carla Patricia Silva. - 2015.

Orientador: Marcelo Oliveira Lima; Coorientadora: Valdinia Patricia Dim. Dissertação (Mestrado) - UniversidadeFederal do Pará, Instituto de Ciências Exatas eNaturais, Programa de Pós-Graduação em Ciênciase Meio Ambiente, Belém, 2015.

1. Intestino-Parasito-Crianças-Redenção(PA). 2. Intestino-Parasito-Fatores de risco. 3.Avaliação de riscos ambientais-Condiçõeseconômicas-Condições sociais. 4. Sistemaimunológico-Crianças. 5. Saúdepública-Saneamento. I. Título.

CDD 22. ed. 362.19696098115

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)Sistema de Bibliotecas da UFPA

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RESUMO

A prevalência de parasitas intestinais apresenta uma íntima relação entre fatores de

risco socioeconômico e ambientais, sendo um grave problema de saúde pública

principalmente em indivíduos de baixa renda. Sua ocorrência esta associada à imaturidade do

sistema imunológico em crianças com idade entre 0 a 5 anos, que tem no ambiente escolar

locais propícios a sua proliferação. O presente estudo, objetivou-se em associar a prevalência

de parasitoses intestinais em crianças de 0 a 5 anos atendidas em uma creche escolar no

município de Redenção no Sudeste do Estado do Pará, com os fatores socioeconômicos e

ambientais da população estudada. A análise de dados foi realizada através de um estudo

quantitativo dos resultados dos exames laboratoriais e qualitativo das variáveis obtidas através

dos questionários aplicados as 136 familias participantes e aos 32 funcionários que aderiram

ao projeto. As amostras de fezes das criancas e dos funcionários, foram analisadas através dos

métodos de Hoffmann, Pons & Janer ou Sedimentação Espontânea e Centrifugo- flutuação em

sulfato de zinco a 33% descrito por Faust e Cols. Os dados foram tabulados em planilhas

eletrônicas e a análise percentual foi realizada através do programa Microsoft Excel 2008.

Foram detectados protozooses em 76,5% das crianças e 75% dos funcionários, com destaque

para Giardia lamblia, Entamoeba histolytica e Entamoeba coli. Quanto á distribuição geral do

perfil enteroparasitológico, observou-se 70,0% de monoparasitismo e 30,0 % de biparasitismo

entre as crianças. Tais aspectos, aliados as condições socieconomicos e ambientais

insatisfatórios como, falta de saneamento básico, renda familiar insuficiente (37,5% das

famílias sobrevivem com menos de 1 salário), baixo grau de escolaridade (28,7% dos pais

possuem ensino médio incompleto), presença de fossa séptica em 45% das casas,

abastecimento através através de poço ou cistena em 38,9% das residências e maus hábitos

higiênicos em 25% das crianças, demonstraram que há uma relação direta entre a prevalência

de enteroparasitoses e os fatores de risco socioeconomicos e ambientais a qual a população

estudada esta exposta.

Palavras-chave: Crianças, Creches, Fatores de risco, Parasitose, Prevalência.

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ABSTRACT

The prevalence of intestinal parasites presents an intimate relationship between

socioeconomic and environmental risk factors, being a serious public health problem

especially in low-income individuals. Its occurrence is associated to the immaturity of the

immune system in children aged 0-5 years who have in the local school environment

conducive to their proliferation. This study aimed to associate in the prevalence of intestinal

parasites in children 0-5 years of age treated in a nursery school in the Redenção in the State

of Pará Southeast, with socioeconomic and environmental factors of the population studied.

Data analysis was performed using a quantitative study of the results of laboratory tests and

qualitative variables obtained from the questionnaires the 136 participating families and 32

employees who joined the project. Stool samples of children and staff, were analyzed by the

methods Hoffmann, Pons & Janer or sedimentation spontaneous and Centrifugo- flotation in

zinc sulphate 33% described by Faust and Cols. Data were tabulated in spreadsheets and

percentage analysis was performed using Microsoft Excel 2008 program protozoa were

detected in 76.5% of children and 75% of employees, especially Giardia lamblia, Entamoeba

histolytica and Entamoeba coli. As for the general distribution of parasitological profile, there

was 70.0% and 30.0% of monoparasitism of biparasitismo among children. These features,

combined with the socieconomicos and unsatisfactory environmental conditions such as lack

of sanitation, insufficient family income (37.5% of households live on less than one salary),

low educational level (28.7% of parents have not completed high school) , presence of septic

tanks in 45% of homes, supply through through well or cysteine in 38.9% of households and

poor hygiene in 25% of children showed that there is a direct relationship between the

prevalence of intestinal parasites and factors of socioeconomic and environmental risk which

the study population is exposed.

Keywords: Children, Kindergartens, Risk Factors, parasitosis, Prevalence.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1- Trofozoito de Giardia sp. microscopia eletrônica...............................................16

FIGURA 2 - Ciclo biológico da giardíase..............................................................................17

FIGURA 3– Larva feminina adulta de Ascaris lumbricoides................................................18

FIGURA 4 – Ovo fértil de Ascaris lumbricoides....................................................................18

FIGURA 5 – Ciclo biológico da Ascaridíase..........................................................................19

FIGURA 6 - Trofozoito de Entamoeba histolytica................................................................20

FIGURA 7 - Trofozoito de Endolimax nana..................................................... ...................21

FIGURA 8 - Cisto de Entamoeba histolytica........................................................................21

FIGURA 9 - Ciclo biológico da Amebíase............................................................................22

FIGURA 10– Vermes adultos – Schistosoma mansoni (Macho e Fêmea)............................23

FIGURA 11 - Ovos do Schistosoma mansoni.........................................................................24

FIGURA 12 - Caramujo do gênero Biomphalaria (hospedeiro intermediário)......................24

FIGURA 13 - Ciclo Biológico - Schistosoma mansoni.........................................................25

FIGURA 14 - Taenia sp. - ovo em fezes...............................................................................26

FIGURA 15 - Taenia solium e Taenia saginata - escólex.....................................................27

FIGURA 16 – Larvas de Cisticerco na carne de porco e boi..................................................27

FIGURA 17 - Ciclo Biológico – Taenia solium.....................................................................28

FIGURA 18 - Trichuris trichiura - verme adulto macho.......................................................29

FIGURA 19- Ovos de Trichuris trichiura............................................................................30

FIGURA 20- Ciclo Biológico - Trichuris trichiura................................................................30

FIGURA 21- A. duodenale - larvas rabditóide e filarióide....................................................31

FIGURA 22- A. duodenale – ovo embrionado......................................................................32

FIGURA 23- Ciclo Biológico - Ancylostoma duodenale.....................................................32

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FIGURA 24 - S. stercoralis - larva adulta (vida livre).........................................................33

FIGURA 25 - S. stercoralis - larva adulta (vida livre).........................................................33

FIGURA 26 - S. stercoralis - larva radbitóide e filarióide...................................................35

FIGURA 27 - H. nana – três vermes adultos.........................................................................36

FIGURA 28 - Ovo H. nana e Ovo H. diminuta................................................................36

FIGURA 29 - Ciclo Biológico - H. nana - ovo.....................................................................37

FIGURA 30 - Cryptosporidium spp. Oocystos.....................................................................38

FIGURA 31 - Ciclo Biológico - Cryptosporidium spp..........................................................39

FIGURA 32 - Localização do Município de Redenção-PA....................................................47

FIGURA 33 - Vista lateral e frontal da Creche Randal Junior................................................48

FIGURA 34 - Cantina e Cozinha.............................................................................................49

FIGURA 35 - Salas de aula......................................................................................................49

FIGURA 36 - Ocorrência de enteroparasitismo em crianças e funcionários da Creche

Municipal Randal Junior...........................................................................................................56

FIGURA 37 - Prevalência de protozooses entre as crianças e funcionários da Creche Randal

Junior.........................................................................................................................................57

FIGURA 38 - Distribuião geral do perfil das enteroparasitoses nas crianças estudadas.........59

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1- Distribuição das turmas por nível de escolaridade, faixa etária e sexo...............50

TABELA 2- Distribuição dos funcionários da Creche Randal Junior....................................50

TABELA 3 - Distribuição dos parasitas por espécie em função da idade, em exames de fezes

em 104 crianças de 1 a 5 anos e 24 funcionários que apresentaram positividade....................58

TABELA 4- Distribuição da frequência de enteroparasitas e o sexo das crianças (n=136)...59

TABELA 5- Descrição das características socioeconomicas das famílias atendidas no estudo

conforme, moradia, renda familiar e grau de escolaridade.......................................................60

TABELA 6- Descrição dos fatores higiêncos e culturais das familiares atendidas no estudo.61

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 12

2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 14

2.1 Parasitismo e Parasitoses Intestinais ................................................................ 14

2.1.2 Giardíase .............................................................................................................. 15

2.1.3 Ascaridíase ........................................................................................................... 17

2.1.4 Amebíase .............................................................................................................. 20

2.1.5 Esquistossomíase ................................................................................................. 23

2.1.6 Teníase ................................................................................................................. 26

2.1.7 Tricuríase.............................................................................................................. 29

2.1.8 Ancilostomíase ..................................................................................................... 31

2.1.9 Estrongioidíase ..................................................................................................... 33

2.1.10 Himenolepíase ...................................................................................................... 35

2.2 Parasitas Emergentes ......................................................................................... 38

2.2.1 Cryptosporidiose .................................................................................................. 38

2.2.2 Microsporidíose ................................................................................................... 40

2.3 Saúde, Meio Ambiente e Saneamento Básico .................................................. 41

2.4 Epidemiologia e Fatores de Risco ..................................................................... 42

2.5 Prevalência de Enteroparasitoses ..................................................................... 43

3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 45

4 OBJETIVOS ....................................................................................................... 45

4.1 Objetivos Gerais ................................................................................................. 45

4.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 46

5 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................... 46

5.1 Área de Estudo ................................................................................................... 46

5.2 População Estudada ........................................................................................... 48

5.3 Critérios de Inclusão .......................................................................................... 51

5.4 Critérios de Exclusão ......................................................................................... 51

5.5 Questionário Epidemiológico ............................................................................ 51

5.6 Delineamento do Estudo .................................................................................... 52

5.7 Coleta das Amostras e Análises Laboratoriais ................................................ 52

5.8 Métodos Laboratoriais ...................................................................................... 53

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5.8.1 Método de Hoffman, Pon &Janer ou Sedimentação Espontânea ......................... 54

5.8.2 Método de Centrífugo-Flutuação em Sulfato de Zinco a 33% ............................. 54

5.9 Análise de Dados ................................................................................................ 55

5.10 Considerações Éticas........... ............................................................................... 55

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................... 55

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO .............................................. 63

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 64

APÊNDICES ...................................................................................................... 72

APÊNDICE A - Autorização do Secretário Municipal de Educação ....................... 73

APÊNDICE B - Autorização da Diretora da Creche Municipal Randhal

Junior ............................................................................................................................. 74

APÊNDICE C – Termo de Concordância do Secretário Municipal de Saúde ........ 75

APÊNDICE D - Autorização da Faculdade da Amazônia Reunida-FESAR .......... 76

APÊNDICE E - Autorização da Faculdade da Amazônia Reunida-FESAR .......... 77

Materiais de Uso Permanente ...................................................................................... 77

APÊNDICE F – Questionário sobre Condições Individuais e Familiares dos

Participantes .................................................................................................................. 78

APÊNDICE G– Questionário Sobre Condições de Saneamento e Higiene-

Creche............................................................................................................................. 83

APÊNDICE H - Instruções Básicas: Coleta do Material Biológico .......................... 87

ANEXO .............................................................................................................. 89

ANEXO I - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ......................... 90

ANEXO II - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ....................... 95

ANEXO III - Laudo Técnico para Exame Parasitológico de Fezes........................ 100

ANEXO IV – Termo de Consentimento da Instituição ........................................... 101

ANEXO V – Termo de Aceite do Orientador ........................................................... 102

ANEXO VI - Termo de Aceite do Co-orientador ..................................................... 103

ANEXO VII - Termo de Compromisso do Pesquisador ......................................... 104

ANEXO VIII- Carta de Encaminhamento ............................................................... 105

ANEXO IX – Oficio de Aprovação do Desenvolvimento da Pesquisa pelo

CEP ICS/UFPA. .......................................................................................................... 106

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1 INTRODUÇÃO

As parasitoses intestinais provocadas por protozoários e helmintos representam um

grave problema de saúde pública, sendo um dos principais fatores de morbidade e a

mortalidade infantil (MENEZES, 2013). Essa debilidade populacional interfere diretamente

na qualidade de vida de seus portadores e esta associada a problemas socioeconômicos e

ambientais tais como, condições de vida desfavoráveis, má alimentação, qualidade da água

consumida e condições de higiene (FALEIROS, et al.,2004; QUADROS, et al.,2004). Esses

fatores levam ao comprometimento físico, intelectual e nutricional, principalmente nas faixas

etárias mais jovens da população, uma vez que quanto menor a idade do indivíduo maior sua

vulnerabilidade a fatores ambientais (SILVA, 2011; BARBOSA, et al., 2003; CIMERMAN,

2008;). Tal fato se deve à imaturidade imunológica para a eliminação dos parasitos, além do

contato direto com as formas infectantes principalmente através da via oral-fecal, quando há

ingestão de ovos, cistos ou oocistos (MARTINICHEN–HERRERO, J.C.; LENARTOVICZ,

V.; 2013).

Enteroparasitoses como: A. duodenale, E. histolytica, T. trichiura, A. lumbricoides e

G. lamblia podem causar diversos danos como: obstrução intestinal, desnutrição, anemia

ferropriva, quadros de diarreia e má absorção intestinal (OLIVERA, et al., 2010). Segundo

OMS (2006), citado por BERNE (2007) uma população estimada em 3,5 bilhões de pessoas

esta infectada por alguma espécie de enteroparasita. A prevalência de desnutrição crônica em

crianças na fase escolar chega a 12,6% na América Latina, 34,4% na Ásia, 35,2% na África e

32,5% em todos os 16 países em desenvolvimento (CARVALHO-COSTA, et al., 2007).

Protozoários como Cryptosporidium spp. e Giardia lambia merecem uma atenção

especial, pois são agentes etiológicos da diarreia infecciosa que podem levar a doenças

gastrointestinais graves (MELO, et al., 2004). Esses parasitos considerados oportunistas

acometem indivíduos imunodeprimidos e principalmente crianças abaixo dos 5 anos, tendo

como rota de transmissão ambiental a água, solo e alimentos contaminados (NETO, et al.,

2008). Infecções causadas pelo Cryptosporidium parvun, espécie que mais acomete o homem,

vem sendo relatada em paises como a Índia (13%) e Thailandia (7,3%). No entanto em países

temperados a prevalência em crianças varia entre 1,1% e 2,1% em países como Espanha e

Franca, respectivamente (NORHAYATI, et al., 2003).

Devido ao aumento populacional e a crescente inserção da mulher no mercado de

trabalho, ambientes coletivos como creches e escolas passaram a ser mais frequentadas pelas

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crianças, aumentando o risco de contaminação, devido o contato interpessoal (GURGEL, et

al., 2005). Embora haja muitas discussões sobre a importância do assunto, pouca atenção é

dispensada a programas de formação de educadores. Regiões carentes deveriam sofrer

maiores intervenções quanto à educação higiênico-sanitária, principalmente em ambientes

escolares. Tais medidas deveriam ser estendidas aos pais e responsáveis, como forma

disseminar bons hábitos higiênicos, diminuindo os elevados índices parasitários (MELO, et

al., 2010, FERREIRA, 2000).

UCHÔA, et al (2001) em estudo desenvolvido em Niterói no estado do Rio de Janeiro,

analisou 218 escolares e 43 funcionários distribuídos em cinco creches que atendiam crianças

de 0 a 11 anos, residentes em comunidades carentes e em condições socioeconômicas

desfavoráveis . Após análise parasitológica dos participantes, foi constatada uma positividade

de 55% de parasitoses intestinais, com destaque para protozooses. Índice semelhante foi

observada por LOPES, et al., (2013), em avaliação coproparasitológica realizada em uma

Creche Municipal de Cariacica- ES, onde foram analisadas 44 amostras de alunos de ambos

os sexos na faixa etária de 3 a 7 anos. A positividade foi de 50%, sendo que desse total, 43%

apresentaram quadro de uniparasitoses e 7% de multiparasitas.

A persistência dos altos índices de enteroparasitoses aponta para a introdução de

medidas públicas corretivas. Em 2005, na tentativa de minimizar o problema de saúde pública

em que se encontrava o país, o Ministério da Saúde (MS) através da Secretaria de Vigilância

em Saúde (SVS), desenvolveu um Plano Nacional de Vigilância e Controle das

Enteroparasitoses, com o intuito de definir estratégias de prevenção, controle de fatores de

risco, desenvolver atividades socioeducativas e ter um maior controle sobre a prevalência,

morbidade e mortalidade relacionada a tais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).

Em setembro de 2000 a ONU realizou a Assembleia Geral das Nações Unidas, onde

chefes de estado e governo de 191 países assinaram a Declaração do Milênio, se

responsabilizando em manter a dignidade e a igualdade entre os povos, além de diminuir a

taxa de mortalidade de crianças menores de 5 anos (ONU, 2000). Apesar da existência de

órgãos públicos que realizam serviços voltados à saúde, observa-se um aumento significativo

na mortalidade causada por doenças diarreicas no Brasil, principalmente na região norte e

nordeste do país, considerando as famílias de baixa renda e crianças menores de cinco anos

(FONTBONNE et al., 2001; RADAR SOCIAL, 2006).

Em um estudo epidemiológico realizado em 2012, constatou-se que há uma íntima

relação entre fatores de risco bióticos, abióticos e a prevalência de infecções por parasitos

intestinais. Dentre esses fatores de risco, os mais relevantes são os socioeconômicos e

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ambientais como instalações sanitárias inadequadas, poluição fecal da água e de alimentos

consumidos, contato com animais, idade do hospedeiro, do tipo de parasito infectante, renda

familiar, saneamento básico e grau de instrução (BELO, et al., 2012, VASCONCELOS, et al.,

2011).

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento é o conjunto de ações

sócio-econômicas que tem como objetivo manter o bem estar físico, mental e social da

população. Através da salubridade ambiental, ou seja, manutenção do estado de saúde normal,

o indivíduo é capaz de inibir ou prevenir doenças veiculadas pelo meio ambiente

(GUIMARÃES, CARVALHO e SILVA, 2007). A oferta de saneamento, esta associada a

fatores como infraestrutura física, educacional, legal e institucional, que abrange serviços

básicos como abastecimento de água, coleta, tratamento e disposição adequada de resíduos

domésticos e esgoto (BRASIL, 2009).

Em 2008, o Instituto de Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, demonstrou que

34,8 milhões de brasileiros estavam suscetíveis a contrair doenças pela inexistência de rede

coletora de esgoto (IBGE 2008). Estados da região nordeste como Bahia, Maranhão e Piauí se

destacaram com um total de 15,3 milhões de habitantes, com escassez do serviço. A Região

Norte do País ficou em segundo lugar, com cerca de 8,8 milhões de pessoas sem rede de

coleta de esgoto, das quais 60% estão concentradas no Estado do Pará (IBGE, 2012).

Diante disso, o presente estudo torna-se relevante, partindo do princípio de que

Redenção localizada no Sudeste do Pará, não possui infraestrutura para coleta e tratamento de

esgoto, além de fornecer água tratada para apenas 10% da população (IBGE, 2008).

Face ao exposto, objetiva-se diagnosticar a prevalência de enteroparasitoses em

crianças e avaliar sua associação com os fatores de risco socioeconômicos e ambientais

existentes na região.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Parasitismo e Parasitoses Intestinais

Considerando as principais relações interespecíficas, e nos limitando àquelas onde

envolvem animais diferentes, podem-se destacar as diversas formas do animal adquirir seu

alimento, proteção e abrigo à custa do outro (MARKELL, 2003).

Há diversas formas de relações entre as espécies animais com base na vantagem para

um ou ambos os parceiros. O Comensalismo, do latim, que significa “comer na mesma mesa”,

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é uma associação onde um ser é beneficiado sem causar danos ao parceiro. Outro tipo

especializado de comensalismo é o Mutualismo, onde os envolvidos são beneficiados

mutuamente (DE MORAES, 2008).

O Parasitismo ao contrário disso, é uma relação onde o hospedeiro é o indivíduo

prejudicado pelas atividades desenvolvidas pelo parasito. O parasitismo denota uma

associação íntima e prolongada entre duas espécies, que pode ocorrer de maneira obrigatória,

quando o indivíduo não pode viver de outra forma - parasito obrigatório, de forma

facultativa, quando o organismo pode ter vida livre, ser comensal ou dependendo da

oportunidade se tornar-se parasitário - parasito facultativo e de forma temporária, quando o

organismo procura o hospedeiro somente para se alimentar - parasito temporário (NEVES,

2011).

Muitos organismos considerados parasitos na verdade desempenham papel comensal,

é o caso da Entamoeba coli, que vive no lúmen do intestino e se alimenta da flora bacteriana

sem causar qualquer dano ou vantagem ao hospedeiro (MARKELL, 2003.; DE MORAES,

2008).

Algumas variações inter e intra-regionais como condições sanitárias, uso e

contaminação do solo, água e alimentos, podem determinar a capacidade evolutiva das

diversas espécies de larvas, ovos, cistos e oocistos (BOIA, et al.,1999). Tais condições são

resultantes de milhões de anos de processo evolutivo, em que os parasitas desenvolveram

adaptações ao hospedeiro de modo a não prejudica-lo intimamente causando sua morte

precoce, visto que isso comprometeria sua própria existência (MASCARINI, 2003).

2.1.2 Giardíase

Giardíase é uma infecção do trato gastrointestinal causada pela Giardia lamblia (G.

duodenalis ou G. intestinalis), protozoário flagelado descrito pela primeira vez no século

XVII pelo microscopista Antonie Van Leeuwenhoek, e desde então, esta associada a

frequente causa de surtos diarreicos em todo mundo (NEVES, 2005).

As principais complicações da giardíase crônica são: má absorção de gordura e

nutrientes, como as vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), lactose, xylose, vitamina B12 e

ferro, fatores que podem comprometer o desenvolvimento da criança (PAGOTTI, 2013).

A transmissão do parasita ocorre através de cistos maduros liberados nas fezes do

indivíduo infectado, através de diversos mecanismos como: ingestão de água sem tratamento

ou tratada de maneira inadequada; alimentos contaminados (via água ou vetores como moscas

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e baratas), pessoa a pessoa (por meio de mãos contaminadas e práticas sexuais que incluem

contato anal-oral) e por contato com animais domésticos contaminados com giárdia de

espécie similar à humana (NEVES, 2005).

Ao serem ingeridos, os cistos entram em contato com a mucosa gastrointestinal

contendo ácido clorídrico, liberando de um a dois trofozoitos (Figura 1). Estes infectam o

duodeno e em seguida sofrem outro encistamento, sendo eliminados nas fezes (NEVES, 2005;

MEDEIROS, 2010).

Figura 1- Trofozoito de Giardia sp. microscopia eletrônica.

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

Creches e ambientes escolares apresentam condições favoráveis à transmissão da

giardíase, pois o contato pessoa a pessoa é frequente entre as crianças e as medidas de higiene

são difíceis de serem implantadas. O predomínio desse tipo de parasitose se deve à resistência

dos cistos ao tratamento da água (somente com cloro) e ao hábito de não filtrar ou ferver a

água (COURA, 2005; GUIMARÃES, et al 1995).

Na maioria dos casos a giardíase é assintomática. Porém formas crônicas são descritas

e suas diversas manifestações clínicas, ocorrem de uma a três semanas após a ingestão dos

cistos (Figura 2). Sintomas como: diarreia, flatulência, perda de peso, cólicas abdominais,

náuseas, má absorção, esteatorréia, fadiga e calafrio, podem acometer o paciente afetado

(MEDEIROS, 2010; PAGOTTI, 2013).

O tratamento de indivíduos infectados por giárdia em áreas altamente endêmicas é

desanimador, visto que a taxa de reinfecção pode chegar a 90%. Os nitroimidazóicos como;

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metronidazol, tinidazol, ornidazol e o secnidazol são altamente eficazes no combate às

infecções por protozoários, (MEDEIROS, 2010).

Figura 2 - Ciclo biológico da giardíase

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

2.1.3 Ascaridíase

É apontada como uma das mais importantes parasitoses intestinais, pela sua frequência

e complicaçoes (NEVES, 2005). O Ascaris lumbricoides tem distribuição mundial, sua

prevalência ocorre em populações de países pobres ou em desenvolvimento (25% a 30%),

devido à escassez no tratamento de água e dejetos humanos. No Brasil, a incidência de

ascaridíase é bastante irregular, variando de uma área para outra dentro de uma mesma região,

dependendo do acesso ao saneamento básico (SANGUENIS, 2010).

A maior parte das infecções é assintomática, porém em crianças pequenas e com carga

parasitária elevada podem causar os sintomas relevantes devido à presença de vermes ou

larvas (COELHO, et al 2001; COTRAN, COLLINS, KUMAR, 2000). Em infecções maciças,

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podem causar sintomas como náusea, vômito, falta de apetite, palidez, perda de peso,

alterações cutâneas e apendicite (AUTO, 2002.; SILVA, et al, 2006.; SANGUENIS, 2010).

Figura 3– Larva feminina adulta de Ascaris lumbricoides

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

O verme adulto (Figura 3), não possui a capacidade de adentrar na mucosa intestinal,

mas pode migrar para outros órgãos do trato gastrointestinal ou fora dele, causando

obstruções intestinais agudas ou subagudas com ruptura (peritonite), obstrução biliar,

pancreatite, lesões hepáticas e pulmonares podendo levar o indivíduo a óbito (COTRAN,

COLLINS, KUMAR, 2000).

A transmissão pode ocorrer através da ingestão ovos, através de água e alimentos

contaminados (NEVES, 2005). Seus ovos (Figura 4) são extremamente resistentes, suportam

variações de temperatura e umidade, podendo permanecer no ambiente por até seis meses

(AUTO, 2002). Uma vez no solo ou nos alimentos dificilmente serão eliminados, por

apresentar forte aderência às superfícies. Sendo necessário o uso de detergente ou desinfetante

doméstico para controle da transmissão (COELHO, et al 2001).

Figura 4 – Ovo fértil de Ascaris lumbricoides

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

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A Figura 5 mostra o Ciclo Biológico do parasita, em que crianças em idade escolar e

pré-escolar são as mais acometidas pela doença, pois estão frequentemente em contato com o

solo e apresentam hábitos higiênicos precários (SANGUENIS, 2010).

Adultos com baixa carga parasitária possuem difícil diagnóstico, devido a falta de

manifestações clínicas (MARKELL, 2003). Em crianças com parasitismo intenso, ocorre

anemia, distensão abdominal, desnutrição, retardo do crescimento e hábito de ranger os dentes

durante a noite. Em alguns casos, vermes adultos podem ser eliminados pela boca ou ânus.

Além disso, manifestações pulmonares como: tosse, febre baixa e crise asmática também são

comuns (AUTO, 2002; SANGUENIS, 2010).

A principal droga a ser administrada no tratamento da ascaridíase é o Levamisol, por

possuir efeitos adversos pouco expressivos e não ter contra- indicação formal, podendo ser

utilizada durante a gravidez (SANGUENIS, 2010).

Outras drogas como Mebendazol, Albendazol são bem conhecidas. A primeira por ser

bastante eficaz em pacientes poliparasitados, enquanto a segundo tem ação rápida se

administrado em dose única (MARKELL, 2003).

Figura 5 – Ciclo biológico da Ascaridíase

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

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2.1.4 Amebíase

É uma infecção parasitária causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, do filo

Sarcomastigota, classe Sarcodina, ordem Amoebia, gênero Entamoeba, com ou sem

manifestações clínicas (AQUINO, 2013.; PILLAI, et al 1999).

Esses parasitas apresentam forma trofozoita e cística. A primeira caracteriza-se por

possuir mobilidade e incorporar os alimentos através da emissão de pseudópodes (Figura 6).

Já a forma cística (Figura 8), é infectante, mais resistente ao meio externo e a progressiva

desidratação (MEDEIROS, SACONATO, 2010).

Figura 6 - Trofozoito de Entamoeba histolytica

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

Distinguem-se também em relação às cepas, a Entamoeba histolytica pode ser

patogênica (“magna”) ou não patogênica (“minuta”). A forma magna possui maior porte, é

invasiva e causa lesão tecidual, por isso a denominação histolitica.

Já outras espécies como: Entamoeba coli, Entamoeba hartmanni, Endolimax nana,

Iodamoeba butschlii e Entamoeba díspar, denominadas não patogênicas ou minuta, são

menores e não lesam tecidos (SILVA, GOMES, 2005; PILLAI, et al 1999). A E. nana tem

uma distribuição em todo o mundo e é a menor ameba que vive no homem (Figura 7).

Dentre todas as espécies somente a E. coli possui até oito núcleos , os demais cistos,

tanto na forma magna quanto na forma minuta são tetranucelados (AUTO, 2002; SILVA et al,

2006).

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Figura 7 - Trofozoito de Endolimax nana

Fonte: Atlas de Parasitologia – Telmeds.org

A Entamoeba histolytica, é conhecida como amebíase intestinal e pode apresenta-se

como doença aguda (disenteria amebiana). É uma doença de distribuição geográfica mundial,

com predominância em regiões tropicais e subdesenvolvidas, onde as condições de higiene e

socioeconômicas são precárias (AQUINO, 2013, NEVES, 2005).

Figura 8 - Cisto de Entamoeba histolytica

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

Os cistos (forma infectante) são veiculados através a água, alimentos ou mãos

contaminadas por fezes. Estes são resistentes à cloração, podendo sobrevier por semanas em

reservatórios de água e por até 48 horas em alimentos (MEDEIROS, SACONATO, 2010).

Vetores como moscas e baratas, também devem ser considerados como agentes

disseminadores (AUTO, 2002). A falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminação de

cistos, principalmente através de pacientes assintomáticos (FERREIRA, ANDRADE, 2005)

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Após sua ingestão, os cistos ultrapassam a barreira gástrica, alcançam a luz intestinal e

transforma-se em trofozoíta, que se multiplicam ao longo do intestino grosso (Figura 9).

Caso o paciente tenha diarreia ou disenteria, os trofozoitos são eliminados nas fezes.

Normalmente os trofozoitos evoluem para cistos e após eliminação nas fezes reiniciam o ciclo

infeccioso (MARKELL, 2003; PILLAI, et al 1999).

As manifestações clínicas da amebíase dependem da patogenicidade da cepa

envolvida, da flora bacteriana do indivíduo, do grau de infestação e dos órgãos acometidos

(FERREIRA, ANDRADE, 2005.; SILVA, GOMES, 2005).

Figura 9 - Ciclo biológico da Amebíase

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

As amebas podem causar disenteria, colites não disentéricas, amebomas, peritonite,

apendicite amebiana, complicações como perfuração intestinal, hemorragia, amebíase

cutânea, colites pós-disentéricas e estenoses. Podem ocorrer casos mais graves como

amebíase pulmonar, cerebral e renal (NEVES, 2005.; PAGOTTI, 2013).

Cerca de 90% dos indivíduos são assintomáticos e constituem verdadeiros

reservatórios do parasita. No entanto, alguns desses indivíduos podem vir a se tornar

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sintomáticos, desde que o parasita adquira virulência e venha a invadir a mucosa intestinal

(AQUINO, 2013.; SACONATO, 2010).

Existem várias drogas eficientes no tratamento da amebíase, dentre elas os derivados

de haloacetamida, imidazólicos e alguns antibióticos que podem ser usados de maneira

isolada ou combinados com outros medicamentos (AUTO, 2002.; NEVES, 2005).

O tratamento da amebíase depende da forma clínica que se apresenta, se aguda ou

crônica, sintomática ou não. Para as formas invasivas, os mais eficazes são o Tinidazol,

Secnidazol e Metronidazol (MEDEIROS, SACONATO, 2010).

2.1.5 Esquistossomíase

A infecção por Schistosoma mansoni, é uma das principais endemias parasitárias no

país. Dados publicados pelo Ministério da Saúde revelam a notificação de 113.712 novos

casos entre os anos de 1995 a 2007, envolvendo diversas regiões (SACONATO, 2010).

A esquistossomose mansônica é uma doença sistêmica, causada pelo Schistosoma

mansoni, helminto pertencente ao filo Platyhelminthes, classe Digenea e família

Schistosomatidae (PEDROSA, 2002). O verme é considerado um trematódeo digenético, por

infectar tanto o homem como outras espécies de vertebrados.

Figura. 10– Vermes adultos – Schistosoma mansoni (Macho e Fêmea).

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

No Brasil encontram-se 11 espécies de Biomphalaria, contudo apenas três são

responsáveis pela transmissão da esquistossomose: B. glabrata, B. tenagophila e B. straminea

(OLIVEIRA, CHIEFFI, SHIMIZU, 2013).

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No hospedeiro definitivo (homem), o verme adulto sofre dimorfismo sexual, o macho

é de cor esbranquiçada e mede cerca de 1 cm, enquanto a fêmea mede cerca de 1,5 cm e tem

cor mais escura (Figura 10). Ambos habitam o interior dos vasos sanguíneos (sistema porta-

hepático) alimentando-se de nutrientes do hospedeiro vertebrado e liberando na circulação,

excretas metabólicas e substâncias antigênicas (PEDROSA, 2002).

Figura. 11 - Ovos do Schistosoma mansoni

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

A transmissão ocorre, quando o homem infectado elimina suas fezes contendo ovos do

verme em água limpa e parada (Figura 11). Os ovos eclodem e liberam os miracídios, que

nadam e encontram o caramujo do gênero Biomphalaria, hospedeiro intermediário que vive

em água doce de rios e lagos (Figura 12). Ao miracídios já dentro do caramujo se transforma

em esporocistos e em seguida cercária (forma nadante) (MARKELL, 2003; NEVES, 2005).

Figura 12 - Caramujo do gênero Biomphalaria (hospedeiro intermediário)

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

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A cercária é a forma infectante, que penetra ativamente pela pele do hospedeiro

definitivo (homem), em seguida perde a cauda e atingi a circulação sistêmica, chegando ao

coração, pulmões e fígado. Nessa fase, ocorre o desenvolvimento para fase larval, o macho e a

fêmea se acasalam e após a postura dos ovos estes, podem seguir três caminhos: atravessar a

mucosa intestinal e serem eliminados nas fezes; se degenerar ou ainda migrar para o sistema

porta hepático, causando sérios danos ao indivíduo (PEDROSA, 2002).

No homem, o ciclo é sexuado e o período decorrido entre a penetração das cercárias e

a liberação de ovos nas fezes é em torno de 40 dias (Figura 13). No molusco, o ciclo tem a

mesma duração, no entanto ocorre de maneira assexuada (MILAN, SUASSUNA, 2010.;

AMARAL, PORTO, 1994).

A esquistossomíase mansônica apresenta diversas manifestações clínicas, desde a

ocorrência de quadros benignos, até quadros graves. As manifestações cutâneas causadas pela

penetração das cercárias são de intensidade variável. Consiste em prurido, erupção

urticariforme que podem durar de um a dez dias (FERREIRA, ANDRADE, 2005).

Figura 13 - Ciclo Biológico - Schistosoma mansoni

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

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Dentre as medidas profiláticas para se evitar a contaminação pelo parasita é o uso

freqquente de calçados ao entrar eem contato com água de lagos e rios, o tratamento do

doente e a erradicação do caramujo interrompendo o ciclo (NEVES, 2005; MARKELL,

2003).

2.1.6 Teníase

As tênias são vermes achatados, com o corpo formado por uma cadeia de

segmentados chamados de proglotes ou anéis, possuem forma de fita, que podem chegar a

grandes dimensões (3 a 6m). Em sua fase adulta são constituídas de um pedúnculo chamado

escólex, cuja função é fixar o verme na mucosa intestinal do homem, onde se alimentam, se

desenvolvem e através de reprodução assexuada produzem dezenas de ovos, armazenados nos

proglotes e posteriormente eliminados nas fezes (SANTOS, 2002; SOLI, 2010). Um verme

adulto pode eliminar diariamente de cinco a seis proglotes, contendo cada um cerca de 50.000

ovos (MARKELL, 2003; NEVES, 2005) (Figura 14).

Figura 14 - Taenia sp. - ovo em fezes.

Fonte: Atlas Eletrônico de Parasitologia – UFRGS.

São caracterizadas pelo parasitismo do intestino delgado humano através do porco e

do boi, que são respectivamente, hospedeiros intermediários da Taenia solium e Taenia

saginata (Figura 15). Ambos se infectam, ingerindo proglotes liberados nas fezes do homem

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contaminado (hospedeiro definitivo). A denominação “solitária” se dá pelo fato de apenas um

parasita (hermafrodita) habitar o organismo humano (NEVES, 2005).

Figura 15 - Taenia solium e Taenia saginata - escólex.

Fonte: Atlas Eletrônico de Parasitologia – UFRGS.

A transmissão do gado e do porco para o homem se dá através dos cisticercos da tênia,

durante o consumo da carne do animal crua ou mal cozida (Figura 16). Em caso de

congelamento da carne de boi em temperaturas abaixo de 15ºC, todos os cisticercos morrerão

ao final de seis dias (Figura 17). No entanto, a ocorrência de contaminação por carne de

porco é mundial sendo muito comum por dois fatores: ausência de inspeção pela vigilância

sanitária e por se tratar de um animal coprófago (se alimenta de fezes). Quando há ingestão de

ovos do parasita via fecal-oral, o hospedeiro irá desesnvolver outra doença, cisticercose

(SOLI, 2010).

Figura 16 – Larvas de Cisticerco na carne de porco e boi.

Fonte: Atlas Eletrônico de Parasitologia – UFRGS.

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Na maioria dos casos, a teníase é assintomática. Porém em crianças, pode causar

perturbações digestivas como perda de peso, mal estar, diarréia, alterações no apetite, além de

perturbações nervosas como irritabilidade, insônia e inquietação (SANTOS, 2002; SOLI,

2010; NEVES, 2015).

O tratamento deve ser feito com vermífugos específicos (tenicidas), drogas que

destroem totalmente o parasito ou pelo menos impede a fixação pelo escólex, permitindo a

eliminação do verme. O controle de cura deve ser acompanhado por três a quarto meses, para

que seja monitorada a eliminação ou não de anéis ou ovos nas fezes (SANTOS, 2002;

MARKELL, 2003; NEVES, 2005).

Figura 17 - Ciclo Biológico – Taenia solium

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

O tratamento deve ser feito com vermífugos específicos (tenicidas), drogas que

destroem totalmente o parasite ou pelo menos impede a fixação pelo escólex, permitindo a

eliminação do verme. O controle de cura deve ser acompanhado por três a quarto meses, para

que seja monitorada a eliminação ou não de anéis ou ovos nas fezes (SANTOS, 2002;

MARKELL, 2003; NEVES, 2005).

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2.1.7 Tricuríase

A tricuríase é causada pelo verme Trichuris trichiura, helminto com cerca de 3 a 5 cm

de comprimento, possui corpo com a parte anterior afilada lembrando um chicote (Figura

18). É uma parasitose muito comum em humanos, sendo frequentemente associada com a

ascaridíase em indivíduos poliparasitados (MARKEL, 2003).

Figura.18 - Trichuris trichiura - verme adulto macho.

Fonte: Atlas de Parasitologia – Telmeds.org

Atualmente estima-se que há uma prevalência mundial de cerca de 800 milhões de

casos infecciosos. No Brasil as regiões Norte e Nordeste são as mais acometidas, visto que

essa parasitose esta diretamente ligada a baixos índices de desenvolvimento socioeconômico e

precárias condições de saneamento (MOTTA, 2002). O que torna a erradicação mais

complexa, pois depende de grandes investimentos em saneamento básico, saúde e educação

(SANGENIS, 2010).

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Figura 19- Ovos de Trichuris trichiura

Fonte: Atlas de Parasitologia – Telmeds.org.

A transmissão ocorre através da ingestão de água ou alimentos contaminados com

ovos do parasita (Figura 19). Após a contaminação os ovos eclodem, liberando larvas que

posteriormente dirigem-se ao intestino grosso onde iniciam a ovoposição (Figura 20). Cada

fêmea chega a depositar até 7.000 ovos por dia (MARKELL, 2003; NEVES, 2005).

Os sintomas clínicos estão ligados ao grau de infecção, sendo normalmente

assintomáticos. Em infecções graves, os sintomas são irritação, ulceração e hemorragia na

mucosa intestinal, insônia, diarréia e dores abdominais, podendo chegar a anemia intensa e

obstrução retal em crianças maciçamente parasitadas (SANGENIS, 2010.; NEVES, 2005).

Figura 20- Ciclo Biológico - Trichuris trichiura

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

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A prevenção, controle e tratamento dessa parasitose, seguem as mesmas características

da ascaridíase. A oferta de água potável, tratamento da rede de esgoto e educação em saúde

são as principais formas de erradicação da doença. O esquema de tratamento com

antiparasitários como albendazol e mebendazol, podem alcalçar índices de 60% a 80% de

cura.

2.1.8 Ancilostomíase

Ancilostomíase é uma doença causada por dois vermes nematóides da família

Ancylostomidae: Ancylostoma duodenale e Necator americanus, são parasitas da espécie

humana que infectam cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo. É popularmente conhecida

como amarelão ou opilação, devido a característica hematófaga do verme, que mede cerca de

1 cm e tem longevidade de até 5 anos (NEVES, 2005; MARKEL, 2003) (Figura 21).

Figura 21- A. duodenale - larvas rabditóide e filarióide

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

O Ancylostoma duodenale é encontrado na região tropical e subtropical, visto que

condições de calor e umidade favorecem seu desenvolvimento (AUTO, 2002). Sendo

predominante em áreas rurais ou em localidades com precárias condições de saneamento e

falta de instalações sanitárias (SOLI, 2010; AUTO, 2002). Os moradores dessas regiões são

mais expostos à reinfecções, devido ao mal hábito de andar descalço, uma vez que o modo de

infecção é a penetração ativa da larva filarióide através da pele, principalmente os pés. Após

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entrar na corrente sanguinea, a larva atinge diversos órgãos e se instalam no intestino onde

iniciam a postura dos ovos à serem eliminados nas fezes (Figura 22). Ao chegar no solo os

ovos passam por fazes de desenvolvimento larval (larva rabditóide I e II) até se transformar

em larvas filarióides (infectantes) (MARKEL, 2003, SOUZA, et al.;1991) (Figura 23).

Figura. 22- A. duodenale – ovo embrionado

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

O diagnóstico clínico da ancilostomose se divide em fase aguda e crônica, ambas

habitualmente assitomáticas em indivíduos bem nutridos. O aparecimento das mainfestações

clínicas dependem da carga parasitária, reinfecções sucessivas, idade e grau nutricional do

doente (AUTO, 2002; SOUZA, et al.;1991).

Figura 23- Ciclo Biológico - Ancylostoma duodenale

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

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Nas infecções maciças ocorre prurido intenso no local da penetração das larvas, queixa

de astenia, tosse produtiva e febre (passagem da larva pelos pulmões), além de dores

abdominais, náuseas, tendência por ingetão de terra e principalmente a anemia por deficiência

de ferro. Esse ultimo e central aspecto clínico da doença, ocorre pela perda de sangue

provocada pelo verme associada a denutrição protéica, podendo acarretar sintomas

circulatórios como: taquicardia, edema nos membros inferiores e insuficiência cardíaca

(SOLI, 2010; NEVES, 2005; MARKEL, 2003).

O tratamento do doente com anti-helmínticos e o uso de sulfato ferroso (em pacientes

anêmicos), pode alcançar índices de cura em até 90% dos casos. A prevenção através de

educação sanitária, uso de calçados, saneamento e instalações de sanitários adequados, são

extremamente importantes na diminuição dos altos índices de infestação da doença (SOLI,

2010).

2.1.9 Estrongioidíase

O Strongyloides stercoralis é um helminto nematódeo, em geral o verme adulto possui

corpo cilindriforme medindo de 5 - 11 mm, de cor róseo-avermelhada quando vivo, e

esbranquiçada após ser fixado (Figura 24). Sua ocorrência é relativamente frequênte em

paises de clima tropical e subtropical, onde as condições de calor e umidade são ideias ao seu

ciclo de vida livre (geo-helmintíase) e ao ciclo parasitário (NEVES, 2005; MARKEL, 2003).

Ao contrário dos outros parasitas o agente causador da doença, pode completar seu ciclo

inteiramente no organismo humano podendo ocasionalmente parasitar cães e gatos (AUTO,

2002.; PENNA, 1999).

Figura 24 - S. stercoralis - larva adulta (vida livre)

Fonte: Atlas de Parasitologia – Telmeds.org

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Os estrogilóides possuem o ciclo de vida mais completo dentre todos os helmintos,

com alternativa de vida livre ou parasitária (parasita facultativo) (AUTO, 2002).

Figura 25 - S. stercoralis - larva adulta (vida livre)

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

No ciclo parasitário as larvas filarióides infectantes presentes no solo, penetram

ativamente a pele caem na circulação e migram para coração, pulmão e por fim intestino,

onde apenas a fêmea produz ovos por paternogênese (ovos monozigóticos), que daram origem

a larvas rabditóides não infectantes (LAMBERTUCCI, 2010). No ciclo de vida livre, as larvas

rabditóides são eliminadas nas fezes onde se diferenciam em macho e fêmea, e realizam a

reprodução sexuada, originando as larvas filarióides infectantes (AUTO, 2002.; PENNA,

1999) (Figura 25).

Em alguns casos, a larva rabditóide pode amadurecer e evoluir em filarióide no trato

gastrointestinal do próprio hospedeiro, causando uma auto –endoinfecção (Figura 26). Outro

caso não menos grave é a auto-exoinfecção, onde as larvas do próprio paciente penetram ao

nível da pele perianal favorecendo a hiperinfecção e a disseminação da doença (PENNA,

1999). Esses mecanismos de auto- infecção, explicam a manutenção da doença por longos

períodos em determinados pacientes (LAMBERTUCCI, SILVA, 2010).

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Figura 26 - S. stercoralis - larva radbitóide e filarióide

Fonte: Atlas de Parasitologia – Telmeds.org

As manifestações clínicas assintomáticos são mais frequentes, em alguns casos pode

haver aparecimento de prurido ou inflamação cutânea local (PENNA, 1999). Outros sintomas

como tosse, febre, manifestações epigástricas, astenia e irrtabilidade, são comuns durante as

fases pulmonar e digestiva do ciclo. As hiperinfecções podem levar a quadros graves de

desnutrição por má absorção, queda de imunidade que podem levar a morte por doenças

intercorrentes (LAMBERTUCCI, SILVA, 2010.; PENNA, 1999).

Medidas de prevenção como higiêne pessoal, uso de calçados, instalações sanitárias

adequadas e correta remoção dos dejetos no meio rural e construção de fossas, são fatores

preponderantes no combate a essa verminose (NEVES, 2005). Em pacientes imunideprimidos

ou com doença disseminada, o tratamento deve ser longo e repetido, com uso de

imunossupressores ou corticosteróides, além da administração de anti- hemínticos específicos

(AUTO, 2002.; PENNA, 1999).

2.1.10 Himenolepíase

É um verme de ocorrência mundia que parasita o intestino delgado humano, com

características morfologicas semelhantes à tênia. Existem duas espécies que parasitam o

homem: H. nana (tênia anã), muito comum em seres humanos e H. diminuta (tênia do rato)

NEVES, 2005; MARKEL, 2003).

O H. nana é um verme hermafrodita, mede de 25 a 45 mm, possui corpo achatado

com 100 a 200 proglotes ou anéis (Figura 27). O escólex apresenta quatro ventosas e um

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rosto retrátil armado de ganchos. É a única espécie de tênia que possui apenas hospedeiro

definitivo (NEVES, 2005).

Figura 27 - H. nana – três vermes adultos

Fonte: Atlas de Parasitologia – Telmeds.org

O H. diminuta é o parasita do rato, raramente acomete a espécie humana e não tem

ação patogênica. Quando contaminado, o homem não precisa de tratamento, pois elimina o

verme espontaneamente (NEVES, 2005).

Figura 28 - Ovo H. nana e Ovo H. diminuta

Fonte: Atlas de Parasitologia – Telmeds.org

A transmissão do H. nana ocorre quando os ovos (infectados) eliminados nas fezes são

ingeridos por crianças e adultos através de água ou alimentos contaminados (SOLI, 2010)

(Figura 28). A ingestão dos ovos pode ser através de três mecanismos: contato direto

(pessoa-pessoa), sobretudo em creches, escolas e asilos, através da auto-infecção externa

(onde o indivíduo ingere os ovos eliminados nas fezes) e a auto-infecção interna (eliminação

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do ovo embrionado e fixação da larva nas microvilosidades intestinais do próprio hospedeiro)

(SOLI, 2010.; CAMPOS, 1984).

O indivíduo infectado pode hospedar centenas e milhares de vermes que se fixan nas

paredes do intestino através dos escólex (SOLI, 2010.; NEVES, 2005) (Figura 29).

Figura 29 - Ciclo Biológico - H. nana - ovo

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

Os sintomas normalmente não são aparentes. Manifestações clínicas como: agitação,

insônia, irritabilidade, diarréia, dor abdominal, ocorrem mais frequentemene em crianças e

adolescentes. Em casos de parasitismo intenso, pode ocorrer eliminação de 15.000 ovos por

grama de fezes e consequentemente sintomas nervosos mais graves como: ataques epiléticos

e convulsões (CHIEFFI, 2000.; SOLI, 2010).

A administração de vermicidas e o uso de medidas profiláticas como as utilizadas na

teníase, são muito importantes para evitar a contaminação. Porém, devido a forma de

transmissão pessoa-pessoa, deve-se atentar para o tratamento de indivíduos que convivem em

comunidades fechadas ou semifechadas como creches, escolas de período integral e asilos,

como forma de se evitar a disseminação da doença (CHIEFFI, 2000.; CAMPOS, 1984).

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2.2 Parasitas Emergentes

2.2.1 Cryptosporidiose

Esse protozoário foi descoberto por TYZZER (1907 apud LIMA, 2010), em mucosas

de camundongos de forma assintmática. Posteriormente, SLAVIN (1957 apud LIMA, 2010)

observou que a presença do parasita estava relacionada a ocorrência de diarréias em perus

infectados. Somente em 1982, quando o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC)

em Atlanta, EUA, notificou 31 casos de indivíduos com imunodeficiência adquirida (AIDS)

infectados por Cryptosporidiun spp, esse patógeno emergiu para oportunista. Esses pacientes

desenvolveram quadros de diarréia aquosa irreversível, que evoluiram para a morte

(FRANCO, 2007) (Figura 30).

Figura 30 - Cryptosporidium spp. oocysts

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção de Doenças (2015).

Existem diversas espécies do gênero Cryptosporiduim: C. muris e C. serpentis

(parasitas gástricos) e C. parvum, C. felis, C. meleagridis, C. hominis e C. saurophilum

(parasitas intestinais). Atualmente 16 espécies são aceitas, todas pertencentes ao filo

Apicomplexa, classe Sporozoasida, ordem Eucoccidiida e a família Cryptosporidiidae. É um

parasita intracelular obrigatório, que possuem oocistos resistentes a ácidos e a concentrações

de cloro na água de beber e em piscinas. Sua resistência ao cloro, o torna o protozoário com

maior potencial de contágio atualmente conhecido (LIMA, 2010).

O C. parvun e C. hominis são as principais espécies mencionadas em surtos de

veiculação hídrica, nos últimos 25 anos (FRANCO, 2007). Em 1984, na cidade de San

Antonio, no Texas, houve um surto de criptosporidiose em humanos devido ao abastecimento

de água contaminada com esgoto doméstico. Foram relatados 2.006 casos de gastroenterite,

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onde presença de oocistos de Cryptosporidium foi positiva nas fezes dos indivíduos que

apresentavam diarréia, comprovando que o patógeno não se limintava a desenvolver apenas

caracaterísticas oportunistas, mas também estava associado a quadros diarreicos em

indivíduos imunocompetentes (DILLINGHAM, 2002, apud FRANCO, 2007).

Figura 31 - Ciclo Biológico - Cryptosporidium spp.

Fonte adaptada: Centro de Controle e Prevenção e Doenças (2015).

O criptosporidium, como dita anteriormente, só foi conhecido como patógeno ligado

ao homem recentemente. Atualmente está distribuido em 95 paises, acomentendo indivíduos

imunocompetentes e imunodeprimidos, independente do sexo, idade, localização rural ou

urbana. Tem variação sazonal, sendo mais comum em meses quentes e úmidos. Paises em

desenvolvimento, com precárias condições de saneamento e tratamento de água são os mais

afetados.

Sua transmissão se dá através de contato pessoa- pessoa, por aspiração de oocistos

presente em aerossóis e via fecal-oral, através da ingestão de água ou alimentos contaminados

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com oocistos nas fezes de humanos ou de animais (zoonótica) (CHIEFFI, 2013.; MARIANO,

2014) (Figura 31).

As manifestações clínicas e a gravidade da doença são determinadas pelo grau de

imunocompetência do indivíduo (CHIEFFI, 2013.; LIMA, 2010). As principais queixas são,

dores abdominais, perda de peso, desnutrição, anorexia, indisposição geral que podem levar a

náuseas e vômitos. Em pacientes imunocomprometidos, sobretudo naqueles com carga

imunológica muito baixa, a diarréia é constante e extremamente grave (MARIANO, 2014).

A utilização de vários medicamentos no tratamento do criptosporidiose ainda não têm

eficácia comprovada. Os exames de fezes, sorologia e endoscopia digestiva têm sido eficazes

no diagnóstico da doença principalmente em pacientes com quadro imunológico baixo

(LIMA, 2010). Medidas preventivas como o tratamento adequado da água, evitar o contato

frequente com animais domésticos, higiêne pessoal e lavar bem os alimentos, ainda vêm

sendo a melhor maneira de se evitar o contágio (MARIANO, 2014).

2.2.2 Microsporidíose

O termo Microsporidium é uma denominação dada a organismos do filo Microspora,

são protozoários intracelulares obrigatorios, encontrados no ambiente na forma de esporos

(infectantes) e são conhecidos a mais de 150 anos como parasitas de vertebrados e

invertebrados. É considerada uma zoonosse, pois possui como principais reservatorios cães,

gatos, porcos, aves e coelhos (CHIEFFI, 2013).

Das mais de 1.000 espécies de microsporídeos, 11 foram reconhecidas recentemente

como parasitas de seres humanos, normalmente encontrados em indivíduos imunodeprimidos

(FREGONESI,2013) . No entanto, há relatos de infecção por microsporídeos em indivíduos

aparentemente imunocompetentes (NETO, 2010).

O ciclo biológico pode ser dividido em três partes: infectante, proliferativa e

esporogonia. A fase inicial ocorre ingestão de esporos eliminados nas fezes ou em outras

dejeções do indivíduo infectado (FRANCO, 2007). A segunda fase, é chamada de

proliferativa, pois o parasita se multiplica transformando-se em merozoítos, amadurecem e

finalmente se transformam em esporozoítos que se acumulam dentro das células hospedeiras,

atingindo a fase final (esporogonia). As células se rompem liberando os esporos infectantes

que infectam novas células ou são eliminadas no meio externo (CHIEFFI, 2013.; FRANCO,

2007).

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A transmissão do microsporídeo é através da água contaminada, pelo contato

interpessoal, inalação de aerossóis e até auto-inoculação em casos de infecção ocular

(FRANCO, 2007). A maior parte das infecções por esse patógeno ocorre em paciente

soropositivo gravemente imunodeprimido, pacientes com outros tipos de imunossupressão

também são acometidos (receptores de transplantes e portadores de neoplasias). As

manifetações clinicas mais comuns são diarréia líquida, com ou sem muco, sem sangue e

contínua, acompanhada de náuseas, dores abdominais, vômito, anorexia, astenia e febre

(CHIEFFI, 2013.; FRANCO, 2007.; NETO, 2010).

O diagnóstico para a determinação da microsporidiose é a microscopia eletrônica, que

permite inclusive a determinação da espécie. Alguns exames imunológicos (imunodetecção) e

sorológicos em amostras de teciduais também podem ser empregadas na confirmação da

parasitose (FREGONESI,2013).

2.3 Saúde, Meio Ambiente e Saneamento Básico

Saúde é um estado de equilíbrio natural da capacidade física e mental do organismo no

meio ambiente (PELICIONE, 2002 apud TOLEDO, 2013). O conceito de indicadores de

saúde anteriormente conhecido como taxa de mortalidade, passou a ser avaliado através de

indicadores positivos como: biológicos (saúde e doença), psicológicos (auto-estima,

criatividade e habilidade), sociais (vida familiar, renda, bens e habitação) e comportamentais

(vida profissional, hábitos e lazer) (TOLEDO, 2013).

A Primeira Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde, em Ottawa, no

Canadá em 1986, definiu a promoção de saúde como um processo de melhoria na qualidade

de vida e saúde da comunidade através da capacitação dos indivíduos, envolvendo ações

educacionais, econômicas, sociais e políticas. Com a finalidade de proporcionar melhores

condições de vida e consequentemente prevenir doenças (MS, 2001).

Segundo Pelicione (1998, p.24) o conceito de qualidade de vida, portanto,

transcende o conceito de padrão ou nível de vida, de satisfação das

necessidades humanas do “ter” para valorização da existência humana do “ser”

e deve ser avaliada pela capacidade que tem determinada sociedade de

proporcionar oportunidades de realização pessoal a seus indivíduos ao mesmo

tempo em que lhes garante um nível de vida minimamente aceitável.

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Em relação ao meio ambiente a qualidade da água e do solo, são preponderantes na

avaliação dos níveis de saúde. A ocupação habitacional de maneira desordenada e sem

adequada infraestrutura, causam poluição ambiental devido a contaminação da água, solo, ar e

alimentos, aumentando os riscos à população (PNUD, 2001 apud TOLEDO, 2013).

De acordo com PELICIONI et al.;(2002), existe uma inter-relação entre os diversos

fatores ambientais e a saúde do indivíduo. Quando se avalia o nivel de saúde de uma

comunidade, não se pesquisa a doença em si, mas o potencial de exposição da população a

tais fatores.

Doença é um desequilíbrio ecológico das funções vitais do corpo. As causas de

morbi-mortalidade estão diretamente ou indiretamente relacionadas a: poluição ambiental,

estilo de vida ou comportamental do indivíduo, qualidade dos serviços de saúde,

características biofísicas e agravos ambientais (TOLEDO, 2013).

De acordo com o Programa das Nações Unidas (2001 apud TOLEDO, 2013),cerca de

1,1 bilhão de pessoas no mundo não têm acesso à água potável e 3 bilhões de pessoas morrem

anualmente por doenças de veinculação hídrica.

2.4 Epidemiologia e Fatores de Risco

A epidemiologia é uma ciência que estuda a distribuição das enfermidades e seus

determinantes na população humana, conhecidos como fatores de risco, encontrados à nível

ambiental, socioeconômico e cultural. Tais determinantes podem ser ambientais ou abióticos

(fatores ausentes da presença de seres vivos ou suas relações pelas propriedades físicas e

químicas da biosfera) ou bióticos (ocasionados pela presença de seres vivos ou suas relações).

São fatores determinantes para a heterogenia da população, as condições insalubres de

moradia, higiene pessoal e coletiva precárias, além da falta de informação e do contato com

animais no domicílio e peridomicílio (VASCOCELOS et al.,2011, apud MARIANO, 2014.;

OLIVEIRA, 2010). Essa ciência tem como objetivo, a promoção da saúde através da

prevenção, planejamento, execução e avaliação das ações e programas de saúde, promovendo

uma análise detalhada da saúde de uma população (MENEZES, et al., 2013.; NEVES, 2011).

A premissa básica em epidemiologia é que as doenças não são distribuídas

aleatoriamente ou ao acaso na população, mas determinadas pelos fatores de risco, de acordo

com o lugar, pessoa e tempo (NEVES, 2011). Estudos vêm sendo desenvolvidos em países

europeus como Portugal desde 1992, onde há uma diminuição ascendente na prevalência de

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helmintos (10,4% para 1,5%) e de G. lamblia (16% para 11%). Em 2001 dois trabalhos foram

realizados, um no norte de Portugal onde foram pesquisadas 125 crianças entre 1 a 5 anos

com uma taxa de giardíase de 3,4% e ausência de helmintos. Já em um segundo estudo

realizado na região de Lisboa, foi encontrado parasitismo intestinal por helmintos do tipo: T.

trichiura 3,3%, A. lumbricoides 1,9%, Ancilostoma duodenale 1,4%, S. stercoralis 0,9% e

Céstodes 0,5% (FERNANDES, et at., 2011). No entanto, em países subdesenvolvidos ou em

desenvolvimento esses índices são crescentes, podendo variar de acordo com o clima,

condições educacionais, sanitárias e socioeconômicas. Um estudo realizado na América

Latina em 2005 demonstrou uma expressiva variação entre a prevalência de A. lumbricoides

entre crianças em idade pré-escolar e escolar. Na periferia de Buenos Aires a taxa foi de

19,2%, em contrapartida no município de Armênia, Colômbia o índice não passou de 2,4%

(FERREIRA, et al., 2005).

Por possuir grande diversidade entre regiões e acentuada desigualdade

socioeconômica, o Brasil possui uma alta variação na prevalência de índices parasitários,

sendo um exemplo clássico de variação intrapaís. Em 2005, um estudo desenvolvido no

município de Santa Isabel no estado do Amazonas com crianças entre 6 meses e 7 anos,

mostrou uma prevalência de 40% para A. lumbricoides, 24% para T. trichiura e 5% para A.

duodenale. Na mesma época o município de Estiva Gerbi região Sudeste do país, apresentou

positividade de apenas 1,5% para A. lumbricoides, 0,1% para T. trichiura e 0,1% para A.

duodenale, entre crianças na faixa etária de 0 a 7 anos (FERREIRA, et al., 2005.;

MONTEIRO, 2000.; SILVA, et.al.,2011). Segundo a Comissão Nacional sobre

Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS, 2008), a iniquidade socioeconômica da população

interfere diretamente em sua qualidade de vida, saúde e bem estar. Índices de analfabetismo e

desemprego, por exemplo, sofrem grandes variações dependendo do desenvolvimento

socioeconômico da região. A Pesquisa Nacional de Amostragem de Domicílios (PNAD,

2011) mostra que a região sudeste concentra índices de 0,8% a 1,9% de analfabetos na faixa

etária de 17 a 39 anos respectivamente, enquanto na região nordeste há um aumento

considerável de 2,1% a 12,4% na mesma faixa etária.

2.5 Prevalência de Enteroparasitoses

BELO, et al (2012), mostrou a prevalência de protozooses em escolares de 5, 10 e 11

anos, na cidade de São João Del Rei, MG, Brasil. Dos 1172 alunos participantes, 597 (51%)

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eram meninas e 575 (49%) meninos, desse total 335 (29%) apresentaram resultado positivo,

com predomino dos protozoários E. histolytica e G. lamblia com 14,3% e 5,5%

respectivamente, 22% bi ou poliparastismos, além de Ancilostoma spp. 2,1%, A. lumbricoides

1,9%, E. vermiculares 1,5% e T. trichiura 1,1%.

De acordo com um estudo realizado na comunidade Pinto Madeira, Crato, Estado do

Ceará, VASCONCELOS, et al (2011) buscou estabelecer a associação entre a prevalência das

parasitoses intestinais e as condições higiênicos sanitárias em crianças de 4 a 12 anos

residentes em um bairro carente, com condições de infraestrutura, padrão sócio-econômico e

educacionais desfavoráveis. Em sua análise contou com a participação de 383 crianças

escolhidas de maneira aleatória, das quais 233 (60,8%) apresentaram resultado positivo. O

poliparasitismo foi de 18%, com ocorrência de cinco espécies de helmintos (A. lumbricoides,

T. trichiura, A. duodenale, E. vermicularis e H. nana) e de duas espécies de protozoários

(Entamoeba sp. e G. lamblia), com prevalência de 42,2 e 43,3% respectivamente. Os parasitos

de maior prevalência foram A. lumbricoides (21.9%) e Entamoeba sp. (30.3%). Quanto ás

condições socioeconômicas, constatou-se que 75% das famílias viviam com no máximo, um

salário mínimo, evidenciando a relação direta entre a frequência de parasitoses intestinais, nas

classes salariais mais baixas e com menor grau de escolaridade.

Em uma pesquisa realizada na região periférica da cidade de Manaus – AM, VISSER,

et al.; (2011) associou a prevalência de parasitoses intestinais às condições socioeconômicas,

e ambientais, em uma população de 1351 pessoas. Baseado em um inquérito investigativo,

foram realizadas entrevistas com os participantes do estudo e durante a visita domiciliar foram

feitas análises observacionais das características do domicílio, como presença de lixo, moscas,

e outros. Foram realizados 362 exames parasitológicos com uma incidência de 44,2% de

parasitoses intestinais, dentre os helmintos a maior prevalência encontrada foi de A.

lumbricoides 70,0%, H. nana 22,5%; T. trichiura 17,5%; A. duodenali 7,5% e E.

vermiculares 2,5%. Entre os protozoários, a maior prevalência foi para E. coli 42,2%, seguido

por E. nana 39,3%; G. lamblia e E. hystolitica 27,4%; Iodamoeba butschlii 8,1% e

Balantidium coli 0,7%. Quanto aos fatores sociais, 56,8% da população tinham o ensino

fundamental incompleto, 3,6% eram analfabetos e somente 1,0% possuíam o ensino superior

completo. Quanto ao fornecimento de água, a comunidade de uma forma geral era desprovida

de abastecimento, tendo como saída o consumo de água de poço (beber e cozinha). Sendo

que, 49,8% não realizavam qualquer tipo de tratamento antes de consumir a água, 38,7%

utilizavam hipoclorito, 7,1% e 3,7% respectivamente filtravam e ferviam a água. Justificando

a grande prevalência de enteroparasitoses na comunidade.

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FREGONESI, (2013); MARIANO, (2014) observaram a relação entre as condições

socioeconômicas e ambientais à prevalência de Cryptosporidium spp. e G. lamblia, em

crianças de 0 a 6 anos atendidas em creches municipais de Itabuna, cidade localizada na

região Sul do estado da Bahia. Para atender aos objetivos propostos foram aplicados dois

questionários, um para as diretoras das creches/pré-escolas, visando realizar o levantamento

das condições de saneamento e práticas de higiene alimentar no ambiente escolar e outro aos

responsáveis legais das crianças, com o intuito de conhecer as condições individuais e

familiares dos participantes. A prevalência de Cryptosporidium spp. e G. lamblia foi de

39,10% e 29,49%, respectivamente, demonstrando a íntima relação entre os fatores de risco e

a ocorrência de parasitoses. Visto que durante a pesquisa foi constatado o baixo grau de

escolaridade dos pais (50,2%) e mães (51,1%) das crianças, 88,8% das famílias viviam com

menos de um salário e/ou através de doações do bolsa família ou bolsa escola e a média de

indivíduos por residência foi de 6 pessoas para cada 2 dormitórios, aumentando o contato

interpessoal e a provável disseminação parasitária. Dentre os diversos fatores

socioeconômicos e ambientais, o acesso à água tratada e a rede de esgoto foram pontos

positivos, 91,8% e 67,0% respectivamente.

3 JUSTIFICATIVA

Diversos estudos tem demonstrado, que os fatores de risco estão relacionados ao

subdesenvolvimento e consequentemente a prevalência de infecções parasitárias, desta forma

torna-se notória a relevância do presente estudo na cidade de Redenção, Sudeste do Pará.

Tendo em vista, que o município possui uma infraestrutura sanitária deficiente, com serviço

de tratamento e distribuição de água para apenas uma parte da população e ausência total de

rede de captação e tratamento de esgoto. Ressalta-se também, a escassez de estudos na região

a cerca do problema.

4 OBJETIVOS

4.1 Objetivos Gerais

Relacionar os fatores socioeconômicos e ambientais a prevalência de enteroparasitoses

em crianças de 0 a 5 anos atendidas em uma creche no município de Redenção, Estado do

Pará.

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4.2 Objetivos Específicos

Diagnosticar a prevalência de parasitoses na população estudada através dos exames

parasitológicos.

Caracterização do perfil epidemiológico da população, através da aplicação do

questionário aos pais ou responsáveis.

Avaliar as condições higiênico-sanitárias da creche e verificar se o ambiente escolar

oferece educação ambiental e hábitos higiênicos às crianças atendidas, além de

educação continuada aos pais ou responsáveis.

Fornecer à Secretaria Municipal de Educação informações sobre o levantamento

coproparasitológico, socioeconômico e ambiental, estimulando melhorias na qualidade

de vida da população.

Fornecer subsídios aos órgãos públicos, para o desenvolvimento de medidas

educativas e sanitárias voltadas para a saúde das crianças atendidas nas creches e

familiares.

5 MATERIAL E MÉTODOS

5.1 Área de Estudo

O estudo foi realizado na cidade de Redenção, localizada no Sudeste do Estado do

Pará, situada a 820 km da capital Belém. Os limites da cidade são dados ao norte pelo

município de Pau d'Arco e Bannach; ao Sul: Santa Maria das Barreiras; a Leste: Conceição do

Araguaia e a Oeste: Cumaru do Norte (Figura 32). É considerada Cidade Modelo da

Amazônia, devido seu franco desenvolvimento econômico e social. De acordo com Instituto

de Pesquisa Econômica e Aplicada – IPEA (2013), a taxa de crescimento populacional anual

no município de Redenção subiu 1,79% entre os anos de 2000 a 2010, favorecendo o

crescimento da região.

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Figura 32 - Localização do Município de Redenção-PA.

A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) reduziu 39%,

passando de 30,0 por mil nascidos vivos em 2000 para 18,1 por mil nascidos vivos em 2010.

Fato que leva Redenção a ter um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,672,

estando à frente de outros municípios importantes da região como Marabá (0,668), Ourilândia

do Norte (0,624) e São Félix do Xingu (0,594) (PNUD, 2013).

Estima-se, que o município com 3823,8 km² tenha uma população estimada em 79.917

habitantes em 2014 e densidade demográfica em torno de 20,9 habitantes por km². Desse total

mais de 87% residem na zona urbana. A cidade conta com 18 estabelecimentos de saúde

(SUS) para atender toda a população, são 59.286 pessoas alfabetizadas e 24.590 frequentam

creches ou escolas do município (IBGE 2008).

Apesar de todo crescimento econômico e populacional, a infraestrutura da cidade de

Redenção, possui deficiência semelhante a diversos municípios paraenses. Segundo o

Programa Nacional de Saneamento Básico, 18,1% dos municípios brasileiros não realizavam

nenhum tipo de tratamento na água, dentre esses municípios aqueles situados na Região Norte

tiveram uma porcentagem de 20,8% com destaque para os Estados do Pará com 40,0% de

distribuição de água não tratada (PNSB, 2008).

O clima da região é equatorial, com temperatura média anual em torno de 25,35°C

apresentando a média máxima de 32,01º C e mínima de 22,71º C. A umidade relativa é

elevada, apresentando oscilações entre a estação mais chuvosa e a mais seca, que vão de 52%

a 90%, sendo a média real de 78%. A região possui notadamente duas estações, o período

Creche Randal Junior

Área Urbana

Redenção- PA

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chuvoso que ocorre de novembro a maio, e o seco de junho a outubro, estando o índice

pluviométrico anual em torno de 2.000 mm (IBGE 2008).

As alterações climáticas podem coincidir com a incidência do ciclo de determinadas

doenças, como por exemplo, as doenças infecciosas agudas. Tal processo é denominado

variação sazonal e depende de alguns fatores como: temperatura, umidade relativa do ar,

precipitação, maior consumo de água no verão (com consequente maior despejo de esgoto) o

que pode favorecer a transmissão fecal-oral, contaminação do solo e água (MEDRONHO,

2009).

5.2 População Estudada

O município de Redenção conta com sete creches escolares, José de Anchieta, Jerry

Emerson, Jerry Emerson Extensão, Marta da Silva, União Espirita, Ruth Passarinho e Randal

Junior, onde são atendidos alunos de diversos bairros e faixas etárias (Figura 33). A Creche

Escolar Randal Junior foi escolhida a participar do estudo, pelo quantitativo de alunos

matriculados (263 crianças), por funcionar de segunda a sexta em período integral (07h00min

as 18h00min) e estar localizada em um bairro carente - Setor Serrinha (Figura 34).

A creche conta com 10 turmas, divididas por grau de escolaridade e faixa etária

(Tabela 1). Todas as salas são climatizadas e adaptadas de acordo com a faixa etária e

condições do aluno (Figura 35).

Figura 33 - Vista lateral e frontal da Creche Randal Junior

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Figura 34 - Cantina e Cozinha

Figura. 35 - Salas de aula

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Tabela 1- Distribuição das turmas por nível de escolaridade, faixa etária e sexo.

Para atender ao todo esse quantitativo, a Secretaria Municipal de Educação conta com

62 funcionários divididos por área de atuação e funções, em regime de trabalho integral

(Tabela 2).

Tabela 2- Distribuição dos funcionários da Creche Randal Junior.

Para a realização do projeto foi obtida autorização do Secretário Municipal de

Educação e da Diretora da Creche, facilitando o acesso aos professores, monitores e demais

funcionários, além dos pais e responsáveis legais das crianças (Apêndice A e B).

Série Escolar Idade Nº de Alunos Sexo – Masculino Sexo- Feminino

Berçário A 06 meses – 01ano e 11 meses 25 13 12

Berçário B 06 meses – 01ano e 11 meses 25 12 13

Maternal I - A 02 anos – 02 anos e 11 meses 26 11 15

Maternal I - B 02 anos – 02 anos e 11 meses 27 18 09

Maternal II - A 03 anos – 03 anos e 11 meses 27 17 10

Maternal II - B 03 anos – 03 anos e 11 meses 28 09 19

Nível I – A 04 anos – 04 anos e 11 meses 25 13 12

Nível I – B 04 anos – 04 anos e 11 meses 25 14 11

Nível II – A 05 anos – 05 anos e 11 meses 28 12 16

Nível I – B 05 anos – 05 anos e 11 meses 27 13 14

10 Turmas -------- 263 132 131

Área de atuação Função Nº de funcionários

Direção

Diretora 01

Coordenadora 01

Secretária 01

Auxiliar de secretaria 02

Educador Titular Professores 08

Educador Auxiliar Monitoras 36

Nutrição Cozinheiras 02

Auxiliar de nutrição Auxiliar de cozinha 04

Manutenção/Limpeza Serviços gerais 07

------ ------- 62

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5.3 Critérios de Inclusão

Como critérios de inclusão foram consideradas, crianças de ambos os sexos,

regularmente matriculadas na creche, com idade entre 0 e 5 anos e residentes no bairro

pesquisado.

5.4 Critérios de Exclusão

Foram excluídas do estudo, crianças que fizeram uso de vermífugos a menos de três

meses e crianças que foram autorizadas pelos responsáveis a participar do estudo, mas não

realizarem a coleta das amostras.

5.5 Questionário Epidemiológico

Para o delineamento do perfil sócio-econômico e ambiental da população estudada,

foram aplicados dois questionários epidemiológicos. O primeiro questionário destinado à

família participante, contou com uma ficha de identificação numerada onde foram

preenchidos os dados da criança e de seu responsável legal, além de 21 perguntas objetivas

como: saneamento básico, frequência da limpeza da caixa d`água, grau de instrução, presença

de horta, frequência de lavagem das mãos, informações de como a água é disponibilizada

(fonte e distribuição física na residência), hábitos de vida, higiene sanitária, presença de cães,

gatos, dentre outros (Apêndice -F ).

Por atender 263 crianças em período integral, um segundo questionário específico para

o ambiente escolar foi aplicado aos funcionários da creche que se disponibilizaram a

participar da pesquisa. Uma vez que, a educação ambiental e higiênica dos alunos depende em

grande parte desse ambiente, onde os mesmo permanecem a maior parte do tempo. O objetivo

do questionário foi verificar as condições higiênico-sanitárias, analisar os métodos de

manipulação dos alimentos e se os pais ou responsáveis participam da educação oferecida aos

alunos, através de palestras educativas e reuniões periódicas (Apêndice – G).

A coleta de dados foi realizada pela pesquisadora do projeto, que contou com a

participação de 06 (seis) alunos do curso de Biomedicina da Faculdade da Amazônia

Reunida- FESAR. Os mesmos foram convidados a participar de maneira voluntária como

monitores da pesquisa e receberam todas as informações referentes ao projeto.

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Através de reuniões, os pais e funcionários foram convidados a assinar o Termo de

Esclarecimento e Consentimento Livre – TCLE (Anexos I e II), conforme rege a Resolução

466/12, do Conselho de Saúde, que trata de aspectos éticos envolvendo pesquisa com seres

humanos.

Para a aplicação do questionário aos pais ou responsáveis pelas crianças (de cada sala)

e funcionários da creche foram convidados pela Direção, a participar de reuniões previamente

agendadas em dias e horários distintos. Nessa oportunidade, a pesquisadora apresentou o

projeto, transmitindo todas as informações, objetivos, riscos e benefícios do mesmo através de

data-show e sua aplicação de maneira simples e didática.

5.6 Delineamento do Estudo

A presente pesquisa caracteriza-se por ser observacional do tipo transversal descritivo,

em que se buscou estabelecer a associação entre fatores socioeconômicos e ambientais e a

prevalência de parasitoses em crianças de 0 a 5 anos de ambos os sexos, atendidas em uma

creche escolar do município de Redenção, residentes do bairro.

As amostras fecais previamente identificadas foram catalogadas na Ficha de Laudo

Técnico (Anexo - III), de acordo com o número de identificação da criança que consta no

frasco e no questionário epidemiológico. Além disso, foram realizadas análises macroscópicas

das amostras, onde fatores como consistência (sólida, pastosa ou líquida), presença ou

ausência de muco, sangue e/ou formas parasitárias adultas foram pesquisadas. Por fim, a

pesquisa microscópica identificou qualitativamente a presença ou não de espécies parasitárias.

Foram analisadas as variáveis qualitativas e quantitativas, como: perfil parasitológico,

socioeconômico e ambiental (sexo, idade, grau de escolaridade dos pais, renda familiar,

condições de habitação, qualidade da água, saneamento, higiene pessoal,).

5.7 Coleta das Amostras e Análises Laboratoriais

A coleta, armazenamento e conservação das amostras são fundamentais para a

qualidade do Exame Parasitológico de Fezes (EPF), por esta razão o paciente tem participação

ativa nesse processo. Para que não houvesse erro na coleta e maior confiabilidade nos

resultados obtidos, as instruções foram repassadas aos pais de maneira clara e objetiva, de

forma verbal e escrita.

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Apenas uma amostra por criança foi coletada e acondicionada em frasco de boca larga,

esterilizado contendo o conservante Mertiolato, Iodo e Formol (MIF), utilizado para a

conservação de ovos e larvas de helmintos, cistos e oocistos de protozoários. A conservação

da amostra foi de extrema importância, pois eliminou a necessidade de análise imediata e

conservação em baixas temperaturas (NEVES, 2011). O recipiente foi previamente

identificado, com o nome e o número individual da criança participante (o mesmo numero da

ficha do questionário familiar).

Fezes eliminadas no solo ou contaminadas com urina foram descartadas, pois

inviabilizariam o exame (DE CARLI, 2001). Em casos onde a criança utiliza frauda, uma

pequena porção do material foi transferida para o frasco, visto que o mesmo foi mantido com

conservante. Após realização da coleta, o responsável encaminhou a amostra à creche, onde

as mesmas foram recolhidas e enviadas ao Laboratório de Parasitologia da Faculdade da

Amazônia Reunida - FESAR. As análises foram realizadas através de dois métodos:

Hoffmann, Pons & Janer ou Sedimentação Espontânea e Centrifugo- flutuação em sulfato de

zinco a 33% descrito por Faust e Cols. (FAUST, et al.,1939; HOFFAMAN, et al.,1934). As

amostras negativas foram repetidas e os laudos com resultados positivos serão encaminhados

aos pais ou responsáveis, que receberam as devidas orientações e encaminhamento à Unidade

Básica de Saúde de seu bairro.

5.8 Métodos Laboratoriais

A execução de métodos parasitológicos, objetivou a pesquisa de protozoários

intestinais em suas formas císticas e vegetativas, bem como de ovos e larvas de helmintos. As

formas parasitárias variam muito quanto ao peso e sobrevida no meio externo, dessa forma

não há um método capaz de diagnosticar todos os parasitas existentes. Alguns métodos são

gerais como método de Hoffmann ou Sedimentação Espontânea e os métodos de

centrifugação. Outros são especiais, determinando o diagnóstico para um único tipo de

parasita. Um método é mais ou menos utilizado, quando permite o diagnóstico de vários

parasitos intestinais, é de fácil execução e pouco dispendioso. Assim em uma rotina, são

necessárias combinações de pelo menos dois métodos para que se obtenha com segurança, a

determinação do parasita intestinal. Entre diversos autores se preconiza a execução de um

método geral e outro específico como Faust para cistos de protozoários (DE CARLI, 2001.;

NUNES, 2005; MORAES, 2008; MARKELL,2003).

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5.8.1 Método de Hoffman, Pon &Janer ou Sedimentação Espontânea

É considerada uma metodologia simples, de baixo custo e de grande importância, uma

vez que constituem valioso recurso para o diagnóstico individual, como também para os

inquéritos epidemiológicos, sendo muito utilizada na rotina laboratorial.

Conhecida também como método de Lutz, essa técnica permite o encontro de cistos e

alguns oocistos de protozoários além de ovos e larvas de helmintos. Foi realizada a coleta da

porção central das fezes, em frascos coletores esterilizados contendo MIF, com o auxílio de

uma espátula de madeira e luvas de procedimento descartáveis. Cada amostra fecal foi diluída

e misturada em água. A emulsão foi filtrada por uma gaze e deixada em repouso por meia

hora ou mais. Após o período de repouso, uma pequena amostra de sedimento do vértice do

cálice foi retirada com um auxílio de uma pipeta Pasteur e colocada sobre lâmina, adicionada

uma gota de lugol e coberta por lamínula 22 x 22 mm. O exame microscópico foi em objetiva

de pequeno aumento (aproximadamente 10X) e em caso de campo suspeito utilizar a objetiva

de médio aumento (40 X) para visualização de ovos de helmintos ou cistos de protozoários

(DE CARLI, 2001; NEVES, 2005).

5.8.2 Método de Centrífugo-Flutuação em Sulfato de Zinco a 33%

O método de concentração por flutuação descrita por Faust e colaboradores, é

específico para pesquisa de parasitoses intestinais como cistos de protozoários e ovos leves de

helmintos. Fundamenta-se na diferença de densidade, envolvendo o uso do sulfato de zinco

com densidade específica, para a superfície do qual os parasitos leves flutuam. Foram

utilizadas em média 5 g de fezes frescas ou preservadas, diluídas em 10 ml de água destilada e

levada à centrifugação para lavagem do material fecal por duas ou três vezes, a fim de se

obter um sobrenadante límpido. Em seguida, o sulfato de zinco (SnZO4) a 33% foi

adicionado, após a centrifugação cistos de protozoários e ovos leves de helmintos flutuam

concentrando-se na superfície do sobrenadante formando uma fina película, que será

transferida com o auxilio de uma alça bacteriológica para uma lâmina, adicionada uma gota

de lugol e coberta por lamínula 22 x 22 mm. Examinar em objetiva de pequeno aumento

(aproximadamente 10X) e em caso de campo suspeito utilizar objetiva de médio aumento (40

X) para visualização de cistos de protozoários e ovos leves de helmintos (CIMERMAN

&CIMERMAN, 2008.; NEVES, 2011).

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5.9 Análise de Dados

A análise de dados foi realizada através de um estudo quantitativo dos resultados dos

exames laboratoriais e qualitativo dos resultados das variáveis obtidas através dos

questionários aplicados aos paticipantes. Os dados coletados das crianças e funcionários da

Creche em estudo, foram armazenados e a partir deles foi elaborada uma ficha cadastral com

o nome, número do protocolo, sexo, idade e o resultado do exame parasitológico.

Posteriormente, os resutados foram compilados em planilhas eletrônicas e a análise

percentual dos dados foi realizada através do programa Microsoft Excel 2008, onde cada uma

das variáveis foram cruzadas a fim de se obter novos dados.

5.10 Considerações Éticas

A proposta de pesquisa (projeto) foi submetida ao Comitê de Ética do Instituto de

Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará - ICS/ UFPA, obtendo aprovação em

28/08/2015 (Protocolo nº 1.204.695) (ANEXO IX).

A participação das crianças no estudo, esteve condicionada a concordância do pai ou

responsável assinando o Termo de Livre Consentimento (TCL), estando os mesmos cientes

dos objetivos do estudo. Os resultados foram lacrados e entregues aos responsáveis pelas

crianças, durante reunião agendada na creche. Todos os participantes com resultado positivo

foram instruidos a procurar o Posto de Saúde de seu bairro para o tratamento adequado.

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Creche Municipal Randal Junior atende 263 crianças, das quais 136 participaram do

estudo, representando uma adesão de 51,7%, quanto aos 62 funcionários recrutados, apenas

32 aderiram a pesquisa (51,6%). Percentuais considerados moderadamente baixos, se

comparados a estudos como o realizado por UCHÔA et al., (2001) sobre a prevalência de

parasitoses em cinco creches comunitárias da cidade de Niterói/RJ. Onde se obteve adesão de

64,1% das crianças de 0 a 11 anos e de 79,6% dos funcionarios, todos residentes em

comunidades carentes com baixo nível sócio econômico.

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Outro estudo realizado por FERREIRA.; ANDRADE (2005), associou fatores

socioeconomicos a prevalência de parasitoses em crianças de 0 a 7 anos atendidas em 8

escolas na cidade de Estiva Gerbi/ SP, onde se obteve uma adesão ainda maior (96,7%).

No entanto em relação a positividade das amostras, o presente trabalho de pesquisa

obteve 76,5% de casos positivos em crianças e 75% nos funcionários (Figura 36), enquanto

os resultados encontrados por UCHÔA et al., (2001) foram respectivamente 55% e 34,9%.

Indicando a falta de sensibilização da comunidade local, frente à necessidade do diagnóstico

e da importância das parasitoses intestinais.

Já em relação ao tipo de parasitose em ambos os casos, houve prevalência de

protozooses com destaque para G. lamblia (Figura 37). Positividade semelhante ao estudo

desenvolvido por ROSSI, (2011) em 100 amostras de fezes de crianças de uma creche pública

de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, onde se obteve 37% de giardíase.

Figura 36 - Ocorrência de enteroparasitismo em crianças e funcionários da Creche Municipal

Randal Junior.

KOMAGONE et al., (2007), em uma pesquisa com 145 amostras de crianças atendidas em

um Centro de Educação Infantil em Itambé no Paraná, relatou altos índices de protozooses

(54,7% G. lamblia e 29,1% E. coli).

De acordo com estudos realizados por FALEIROS et al., (2004); MACHADO et al.,

(1999) há uma grande incidência de protozoários em crianças de 1 a 6 anos principalmente

por giárdia, visto que nessa idade as crianças ainda possuem hábitos higiênicos precários

facilitanto a disseminação de cistos que podem se alojar nas mãos e unhas (fecal-oral), locais

coletivos como creches e escolas aumentam o contato interpessoal e consequentemente o

0

10

20

30

40

50

60

70

80

POSITIVO NEGATIVO

% d

e p

aras

ito

se

Índice de parasitose

Crianças

Funcionários

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indice de contaminação, além da aquisição da maturidade motora e a ausência da maturidade

imunologica são outros fatores que promovem a reinfestação (ROSSI, 2011).

A Tabela 3 mostra o fracionamento das crianças por faixa etária, facilitando a

visualização real da prevalência de determinados enteroparasitas em função da idade. A E.

coli foi o protozoário com o maior número de casos positivos (10) entre as crianças de 2-3

anos (02 anos - 02 anos e 11 meses), já na faixa etária de 3-4 anos (03 anos - 03 anos e 11

meses) a G. lamblia prevaleceu (8 casos), no entanto em relação aos funcionários a

prevalência foi de 11 casos positivos de G. lamblia. Porém quanto as helmintíases, o trabalho

de pesquisa não obteve casos significativos em nenhum dos grupos estudados.

Figura 37 - Prevalência de protozooses entre as crianças e funcionários da Creche Randal

Junior.

0

10

20

30

40

50

G. lambia E.histo E. Coli

% d

e p

aras

ito

se

Protozoários

Crianças

Funcionários

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Tabela 3 - Distribuição dos parasitas por espécie em função da idade, em exames de fezes em

104 crianças de 1 a 5 anos e 24 funcionários que apresentaram positividade. Fonte adaptada: Instrumento da Coleta de Dados da pesquisa ( Mariano, 2014).

Quanto á distribuição geral do perfil das enteroparasitoses nas crianças estudadas,

observa-se 70,0% de monoparasitismo, enquanto 30,0 % das crianças foram diagnosticadas

com biparasitismo. A associação mais observada foi entre os protozoários G. lamblia e E.

histolytica com 14 casos descritos (13,5%) (Figura 38). A acentuada prevalência de

monoparasitose nesse estudo, se deve ao fato dos parasitas competirem entre si pelo mesmo

nicho ecológico. Em um estudo realizado por SILVA; SILVA,(2010), foram analisadas 161

amostras de crianças sendo 117 positivas, das quais 53 (32,9%) eram monoparasitismo, 44

(27,3%) eram de biparasitismo e 20 (12,4%) de poliparasitismo. LOPES et al.; (2013)

pesquisando o parasitismo em 44 amostras de crianças de 0 a 7 anos, atendidas em uma

creche na cidade de Cariaçica - Espirito Santo, encontrou 43% de monoparasitismo. Quanto

às amostras dos funcionários não foram obtidos achados relevantes.

Criança (idade em anos) Total Funcionários

1-2 2-3 3-4 4-5 5-6 Nº % Nº %

Helmintos

A. lumbricoides 0 1 2 2 2 7 6,7 1 4,1

T. trichiura 1 2 2 2 3 9 8,6 0 0,0

H. nana 2 1 1 3 1 8 7,7 4 16,6

A. duodenale 1 0 1 2 0 4 3,8 0,0 0,0

S. stercoralis 2 1 1 0 0 4 3,8 0,0 0,0

Taenia sp. 0 0 0 0 0 0,0 0,0 0,0 0,0

S. mansoni 0 0 0 0 0 0,0 0,0 0,0 0,0

Protozoários

G. lamblia 6 9 8 6 6 35 33,6 11 45,8

E. histolytica 5 8 9 5 6 33 31,7 7 29,1

E. coli 4 10 2 6 6 28 27,0 8 33,3

E. nana 1 0 3 3 0 7 6,7 2 8,3

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Figura 38 - Distribuião geral do perfil das enteroparasitoses nas crianças estudadas.

A Tabela 4, mostra a distribuição das crianças por sexo e a frequência de

enteroparasitas para esta população, sendo evidenciada a positividade de 59 casos no sexo

masculino (43,3%) e 45 casos no sexo feminino (33,0%). Diversos autores relatam em seus

estudos a frequênte prevalência de enteroparasitoses em meninos. SILVA, SILVA (2010)

detectou 42% de positividade masculina e 30,7% feminina. No entanto, VASCONCELOS et

al.,(2011), demostrou em sua pesquisa valores ainda maiores de casos positivos entre os

meninos (46%) e para o sexo feminino 45,45%. Tal fato se explica pela proximidade das

crianças do sexo feminino da mãe, conferindo a mesma uma certa proteção (FALEIROS et al,

2014).

Tabela 4- Distribuição da frequência de enteroparasitas e o sexo das crianças (n=136).

Fonte adaptada: Instrumento da coleta de dados da pesquisa (Pagotti,2013).

Através do questionário aplicado aos pais e responsáveis, foi feito o levantamento do

perfil sócio-econômico e ambiental da população estudada.

Quanto ao grau de instrução ou escolaridade da população pesquisada, 34,5% dos

chefes de família possuíam ensino médio completo, sendo que uma parcela considerável não

completou o ensino fundamental (28,7%) e apenas 4,4% possuíam ensino superior, quanto a

renda dos pesquisados, 37,5% das familias entrevistadas sobrevivem com renda mensal

inferior a 1 salário mínimo (Tabela 5).

Sexo Total Positivo Negativo

nº % nº % nº %

Masculino

72 57,0

59 43,3 13 9,5

Femininno 64 47,0 45 33,0 19 14

Total 136 100 104 76,3 32 23,5

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Segundo estudiosos o perfil socioeconomico e cultural dos pais e responsáveis, são

alavancadores do desenvolvimento da criança. A deficiência ou inexistência de tais fatores,

estão relacionados ao aumento da prevalência de enteroparasitoses (MAIA,

HASSUM,VALLADARES, 2014). De acordo com OLIVEIRA et al., (2010) a presença de

enteroparasitas esta diretamente associada a precárias condições socioeconômicas e

ambientais da população, sendo considerado um problema de saúde pública.

Em uma pesquisa realizada por VASCONCELLOS et al.; (2011), onde se detectou

60% de parasitismo entre as crianças, a renda de 75% das familias envolvidas era menor que

1 salário mínino. O que torna evidente que, a deficiência do nível educacional corrobora para

o pouco conhecimento das profilaxias para infecção por protozoários e helmintos, a

precariedade no consumo e higienização dos alimentos, aumentando a exposição dos

indivíduos e seus responsáveis a infecções (SILVA, SILVA, 2010).

Tais fatores somados ao consumo de hortaliças irrigadas com água contaminada, uso

de dormitório coletivo, falta de saneamento, pouco ou nenhum acesso aos serviços basicos de

saúde, são responsáveis pelos indices alarmantes de enteroparasitoses entre as adultos e

crianças em idade escolar (FONTBONNE et al.; 2001).

Tabela 5- Descrição das características socioeconomicas das famílias atendidas no estudo

conforme, moradia, renda familiar e grau de escolaridade.

Fonte adaptada: Instrumento da Coleta de Dados da pesquisa (Menezes, 2013).

Características socioeconomicas nº %

Moradia

Alvenaria. 74 54,4%

Madeira. 38 27,9%

Mista. 13 9,5%

Não respondeu. 11 8,1%

Renda Familiar

< que 1 salário. 51 37,5%

Entre 1 e 2 salários. 36 26,5%

Entre 2 e 3 salários. 33 24,3%

Acima de 4 salários. 12 8,8%

Não respondeu. 04 2,9%

Escolaridade

Nã sabe ler e escrever. 00 ----

Ens. Fundam. incomp. 39 28,7%

Ens. Fundam. comp. 44 32,3%

Ens. Médio comp. 47 34,5%

Ens. Superior. 06 4,4%

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De acordo com os dados coletados no questionário sobre condições socieconômicas e

ambientais das familias, observou-se que primeiramente toda comunidade é desprovida de

rede de tratamento de esgoto.

Em relação a moradia, 54,4% das familias residem em casas de alvenaria, um

percentual considerável 28% vivem em casas de madeira e 45% das residências possuem

fossa séptica como modalidade de saneamento (Tabela 5).

De acordo com os responsáveis, a higiêne pessoal das crianças não é satisfatória, visto

que 42% posssuem animais domésticos, 51,4% possuem o hábito de lavar as mãos as vezes.

Em relaçao a algum tipo de higienização ou preparo dos alimentos, a maior parte dos pais

50,7% relataram que somente lavam as frutas e hortaliças.

Sobre a qualidade da água consumida, a distribuição de água ocorre somente em

47,8% das casas investigadas, através de uma compania de abastecimento local que realiza

somente a cloração da água, porém é importante salientar que em 38,9% das casas, o

abastecimento é feito através de poço ou cisterna e o ultimo dado não menos relevante é que

35,3% dos intrevistados não realiza nenhum tipo de fervura, filtragem ou cloração da água

para consumo (Tabela 6). O que confirma o elevado grau de exposição das crianças aos

riscos de contaminação por diversos parasitas, principalmente a G. lamblia, que é um

protozoário muito resistente ao cloro, podendo viver por semanas em reservatórios de água

clorada e até 48 horas em alimentos (MEDEIROS, 2010; PAGOTTI, 2013).

Tabela 6- Descrição dos fatores higiêncos e culturais das familiares atendidas no estudo.

Fatores higiênicos e culturais nº %

Hábito de lavar as mãos.

Não sabe. 17 12,4%

Quas sempre. 70 51,4%

Mais de uma vez/ dia. 23 17%

Antes das refeições. 23 17%

Não respondeu. 03 2,2%

Contato com animais domésticos.

Sim. 57 42%

Não. 34 25%

As vezes 45 33,0%

Tratamento da água para consumo.

Não sabe. 18 13,2%

Não. 48 35,3%

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Fonte adaptada: Instrumento da Coleta de Dados da pesquisa ( Menezes, 2013).

VISSER, et al.; (2011) relatou que em um estudo realizado na periferia de Manaus,

associou a prevalência de parasitoses intestinais às condições socioeconômicas, e ambientais,

diversas familias carentes. Observou que a má qualidade da água distribuida foi determinante

para os altos índices de protozooses (62%) e helmintoses (44,2%), pois 56,8% da população

não tinha acesso a rede de tratamento de esgoto, 38,7% comsumiam água de poço ou cisterna

sem tratamento prévio.

O questionário aplicado aos funcionáios, forneceu dados importantes sobre a as

condições de higiêne e estrutura da creche. De acordo com os entrevistados a água consumida

também é fornecida pela compania de abastecimento local (água clorada), 59,3%

responderam que a caixa d`água que abastece a creche nunca foi esvaziada e lavada, outros

31,2% disseram não ter conhecimento de tal fato e 46,8% não sabiam se a água consumida

recebia algum tipo de fervura ou filtragem.

Quanto a higiêne, 37,5% afimaram que as crianças não posuiam o hábito de lavar as

mãos antes das refeições dentro do ambiente escolar, 35,2% responderam que as vezes havia

lavagem das mãos apenas com água, no entanto grande parte dos funcionários (78,1%)

afirmaram que as crianças têm o hábito de roer as unhas e levar as mãos à boca.

Sim, com cloro e hipoclorito. 28 20,6%

Sim, filtrada 15 11,0%

Sim, fervida. 16 11,8%

Não respondeu 11 8,0%

Higiene dos alimentos antes de ingerir.

Não sabe. 09 6,6%

Não. 35 25,7%

Sim, com hipoclorito ou vinagre. 18 13,2%

Sim, são lavadas 69 50,7%

Não respondeu. 05 3,7%

Origem da água consumida

Não sabe. 13 9,5%

Poço ou cisterna. 53 38,9%

Rede da FOZ. 65 47,8%

Não respondeu 05 3,8%

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Em relação a manipulaçao e tratamento dos alimentos e a higiêne das salas de aula,

56,2% afirmaram que as frutas e hortaliças eram somente lavadas e mais de 60,0%

responderam que as salas eram higienizadas 1 vez por semana.

Analizando os dados qualitativos dos familiares e funcionários, observa-se que

diversos fatores de risco expõe as crianças e todos os individuos envolvidos a infecções por

enteroparasitoses.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÃO

Frente aos resultados observados, é evidente a relação direta entre a prevalência e os

altos indices de parasitoses encontrados nas crianças e funcionários envolvidos no estudo e os

diversos fatores de risco a que estão diariamente expostos. A ausênca de água encanada e

devidamente tratada, rede de esgoto, nível de educação dos responsáveis, medidas de

educação ambiental e higiene pessoal adequada poderiam minimizar tais índices.

O resultado desta pesquisa demonstra que as áreas de planejamento urbano, saúde e

meio ambiente do município de Redenção, precisam de políticas púbicas que garantam

condições de moradia, saneamento, renda, educação e acesso a serviços essenciais, para um

maior controle das parasitoses no município.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A - Autorização do Secretário Municipal de Educação

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APÊNDICE B - Autorização da Diretora da Creche Municipal Randhal Junior

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APÊNDICE C – Termo de Concordância do Secretário Municipal de Saúde

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APÊNDICE D - Autorização da Faculdade da Amazônia Reunida-FESAR

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APÊNDICE E - Autorização da Faculdade da Amazônia Reunida-FESAR

Materiais de Uso Permanente

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APÊNDICE F – Questionário sobre Condições Individuais e Familiares dos Participantes

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

___________________________________________________________________

Questionário sobre Condições Individuais e Familiares dos Participantes

Coleta de dados sobre condições ambientais, sociais, econômicas, hábitos de higiene

alimentar e pessoal.

1. DADOS PESSOAIS DO ENTREVISTADO

Família nº ____________

2. DADOS PESSOAIS DA CRIANÇA PARTICIPANTE

CARACTERÍSTICAS FAMILIARES:

Nome do entrevistado: __________________________________________________________________

Parentesco com a criança: _______________________________________________________________

Município: _______________________________ Estado: ________

Bairro: _____________________________ Número da família: _____________

Entrevistador: ___________________________ Data da entrevista: ____/____/___

Nº: _________

Nome da criança: _____________________________________________________________________

Data de Nascimento: __________________________________________ Idade___________________

Endereço: _________________________________________________________Nº________________

Bairro: ________________ _________________________________ Tel: _______________________

Sexo (M) Masculino; (F) Feminino Data de preenchimento: ____/_______/______

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3. TIPO DE MORADIA

( ) Madeira.

( ) Alvenaria.

( ) Mista.

( ) Outros____________________________

4. A RESIDÊNCIA POSSUI BANHEIRO?

( ) Não.

( ) Sim- externo com vaso sanitário.

( ) Sim – externo sem vaso sanitário.

( ) Sim – interno com vaso sanitário.

( ) Sim – interno com vaso sanitário.

( ) Sim – mais de um interno com vaso sanitário.

( ) Não quis responder.

5. RESIDENTES NO DOMICÍLIO

( ) até 3.

( ) 04 a 06.

( ) Acima de 7.

6. ESCOLARIDADE DO PAI/RESPONSÁVEL

( ) Não sabe ler, nem escrever/Primário Incomp.

( ) Fundamental Incomp/Primário Completo.

( ) Fundamental completo/ Médio Incompleto.

( ) Médio completo/ Superior Incompleto.

( ) Superior completo/ Pós-graduação Incomp.

( ) Pós- graduação Completa.

7. A RENDA FAMILIAR É DE?

( ) Menos de 1 salário mínimo.

( ) Maior ou igual a 1 e menor que 2 salários mínimos.

( ) Maior ou igual a 2 e menor que 3 salários mínimos.

( ) Maior ou igual a 3 e menor que 5 salários mínimos.

( ) Maior ou igual a 5 e menor que 10 salários mínimos.

( ) Maior ou igual a 10 salários mínimos.

( ) Não quis responder.

8. NA CASA EXISTE CAIXA D`ÁGUA?

( ) Não.

( ) Não sabe.

( ) Sim, desde_____/_____/_____ ou mês _______ e ano______.

( ) Não quis responder.

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9. DE QUANTO EM QUANTO TEMPO A CAIXA D`ÁGUA COSTUMA SER

ESVAZIADA E LAVADA?

( ) Não sabe.

( ) Pelo menos uma vez a cada trimestre.

( ) Pelo menos uma vez a cada semestre.

( ) Pelo menos uma vez ao ano.

( ) Menor frequência.

( ) Nunca foi lavada.

( ) Não quis responder

10. DE ONDE VEM A ÁGUA CONSUMIDA EM CASA?

( ) Não sabe.

( ) Poço – cisterna.

( ) Rede da FOZ.

( ) Carro pipa.

( ) Mais de um item anterior.

( ) Não quis responder.

( ) Outro.

11. A ÁGUA QUE A CRIANÇA BEBE TEM ANTES ALGUM TRATAMENTO OU

PREPARO?

( ) Não sabe.

( ) Não.

( ) Sim, é misturada com cloro, água sanitária, etc.

( ) Sim, é filtrada em filtro de vela.

( ) Sim, é filtrada em outro tipo de filtro.

( ) Sim, é misturada com cloro e filtrada.

( ) Sim, é fervida.

( ) Só bebe água mineral engarrafada.

( ) Não quis responder.

( ) Outro:_____________________________.

12. QUAL O NUMERO DE DORMITÓRIOS DA RESIDÊNCIA?

( ) Entre 1 e 2.

( ) Acima de 2 abaixo de 3.

( ) Acima de 3.

( ) Não quis responder.

13. ONDE SÃO LANÇADOS OS DEJETOS DOMÉSTICOS (ESGOTO)?

( ) Não sabe.

( ) Em bocas de lobo.

( ) Em fossas sépticas.

( ) Na superfície da rua ( meio fio).

( ) Vala.

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( ) Rede de tratamento.

( ) Não quis responder.

14. A CRIANÇA TEM ACESSO A ALGUM CÓRREGO, BREJO, AÇUDE OU LAGO

PRÓXIMO A SUA CASA?

( ) Não sabe.

( ) Não.

( ) Sim.

( ) Não quis responder.

15. A CRIANÇA FEZ USO DE VERMÍFUGO? HÁ QUANTO TEMPO?

( ) Não.

( ) Não sabe.

( ) Sim, há menos de 6 meses.

( ) Sim, entre 6 e 12 meses.

( ) Sim, Há mais de 1 ano.

( ) Sim, Há mais de 1 ano.

16. COM QUE FREQUÊNCIA A CRIANÇA COSTUMA LAVAR AS MÃOS DURANTE

O DIA?

( ) Não sabe.

( ) Quase sempre.

( ) Mais de uma vez ao dia.

( ) Antes das refeições.

( ) Não quis responder.

17. AS FRUTAS E VERDURAS QUE A CRIANÇA COME, TEM ANTES ALGUN

PREPARO (LAVADAS, MANTIDAS EM SOLUÇÃO COM HIPOCLORITO...)?

( ) Não sabe.

( ) Não.

( ) Sim, são postas em água sanitária, iodo ou vinagre.

( ) Sim, são lavadas.

( ) Não se aplica.

( ) Não quis responder.

18. TEM O HÁBITO DE COMER CARNE CRUA OU MAL COZIDA?

( ) Não sabe.

( ) Sim.

( ) Não.

( ) Não quis responder.

19. A CRIANÇA POSSUI O HÁBITO DE ANDAR DESCALÇO.

( ) Sim.

( ) Não.

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( ) As vezes.

20. A CRIANÇA TEM O HÁBITO DE LEVAR A MÃO À BOCA (CHUPAR DEDO,

ROER UNHA)?

( ) Sim.

( ) Não.

( ) As vezes.

21. A CRIANÇA TEM CONTATO COM ALGUM ANIMAL DOMÉSTICO?

( ) Sim.

( ) Não.

( ) As vezes.

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APÊNDICE G– Questionário Sobre Condições de Saneamento e Higiene- Creche

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

___________________________________________________________________

Questionário Sobre Condições de Saneamento e Higiene- Creche

Coleta de dados sobre a participação da creche escolar na educação ambiental das crianças e

responsáveis. Os dados serão coletados através de entrevista com a Diretora/Coordenadora e

duas Monitoras.

1. DADOS PESSOAIS

DADOS GERAIS

2. A CRECHE POSSUI CAIXA D`ÁGUA?

( ) Não.

( ) Não sabe.

( ) Sim, desde_____/_____/_____ ou mês _______ e ano______.

( ) Não quis responder.

3. DE QUANTO EM QUANTO TEMPO A CAIXA D`ÁGUA COSTUMA SER

ESVAZIADA E LAVADA?

( ) Não sabe.

( ) Pelo menos uma vez a cada trimestre.

( ) Pelo menos uma vez a cada semestre.

( ) Pelo menos uma vez ao ano.

( ) Menor frequência.

( ) Nunca foi lavada.

( ) Não quis responder

Nome do entrevistado: __________________________________________________________________

Cargo ou função: ______________________________________________________________________

Sexo: ________. Data de nascimento: ____/____/____

Entrevistador: ________________________________________ Data da entrevista: ____/____/___

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4. DE ONDE VEM A ÁGUA CONSUMIDA PELAS CRIANÇAS?

( ) Não sabe.

( ) Poço – cisterna.

( ) Rede da FOZ.

( ) Carro pipa.

( ) Mais de um item anterior.

( ) Não quis responder.

( ) Outro: _____________.

5. A ÁGUA QUE AS CRIANÇAS BEBEM TEM ANTES ALGUM TRATAMENTO OU

PREPARO?

( ) Não sabe.

( ) Não.

( ) Sim, é misturada com cloro, água sanitária, etc.

( ) Sim, é filtrada em filtro de vela.

( ) Sim, é filtrada em outro tipo de filtro.

( ) Sim, é misturada com cloro e filtrada.

( ) Sim, é fervida.

( ) Só bebe água mineral engarrafada.

( ) Não quis responder.

( ) Outro:_____________________________.

6. QUAL O DESTINO DO LIXO PRODUZIDO NA CRECHE?

( ) Coleta pública.

( ) Queima.

( ) Terreno ou quintal.

( ) Rio/Córrego.

( ) Outros: ________________________.

( ) Não quis responder.

7. COMO É FEITO O DESCARTE DAS FRAUDAS DAS CRIANÇAS?

( ) Diretamente no recipiente para lixo com tampa.

( ) Diretamente no recipiente para lixo sem tampa.

( ) Em saco plástico fechado e acondicionado em recipiente para lixo com tampa.

( ) Queimado.

( ) Outros: ________________________.

( ) Não quis responder.

8. AS CRIANÇAS LAVAM AS MÃOS APÓS SAIR DO BANHEIRO?

( ) Não.

( ) Não sabe.

( ) Sim, com água e sabão.

( ) Sim, só com água.

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( ) Sim, com água, sabão e bucha.

( ) Com pequena frequência.

( ) Não quis responder.

9. AS CRIANÇAS LAVAM AS MÃOS ANTES DAS REFEIÇÕES?

( ) Não.

( ) Não sabe.

( ) Sim, com água e sabão.

( ) Sim, só com água.

( ) Sim, com água, sabão e bucha.

( ) Com pequena frequência.

( ) Não quis responder.

10. A CRECHE ORGANIZA PALESTRAS EDUCATIVAS PARA OS PAIS/

RESPONSÁVEIS?

( ) Não.

( ) Não sabe.

( ) Pelo menos uma vez por mês.

( ) Pelo menos uma vez a cada dois meses.

( ) Pelo menos uma vez a cada três meses.

( ) Outro: ___________________.

11. OS RESPONSÁVEIS PARTICIPAM DA EDUCAÇÃO OFERECIDA PELA CRECHE

ÁS CRIANÇAS ?

( ) Não.

( ) Sim.

( ) Não sabe.

( ) Não quis responder.

12. AS MAMADEIRAS E FRASCOS PARA AMAMENTAÇÃO DAS CRIANÇAS

RECEBEM ALGUN TRATAMENTO?

( ) Não.

( ) Não sabe.

( ) Sim, são lavados com água, sabão e bucha.

( ) Sim, são lavados com água e sabão.

( ) Sim, são lavados e fervidas.

( ) Sim, são lavados e desinfetadas com hipoclorito.

( ) Não quis responder.

13. AS CRIANÇAS TÊM O HABITO DE LEVAR A MÃO À BOCA (CHUPAR DEDO,

ROER UNHA)?

( ) Sim.

( ) Não.

( ) As vezes.

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14. AS FRUTAS E VERDURAS QUE AS CRIANÇAS CONSOMEM, TEM ANTES

ALGUN PREPARO (LAVADAS, MANTIDAS EM SOLUÇÃO COM HIPOCLORITO...)?

( ) Não sabe.

( ) Não.

( ) Sim, são postas em água sanitária, iodo ou vinagre.

( ) Sim, são lavadas.

( ) Não se aplica.

( ) Não quis responder.

15. DE ONDE ADQUIRE ESSES ALIMENTOS (FRUTAS E VERDURAS)?

( ) Horta própria.

( ) Horta comunitária.

( ) Doações.

( ) Feira livre.

( ) Mercado ou Supermercado.

( ) Não quis responder.

16. QUAL A QUANTIDADE DE CRIANÇAS ATENDIDAS POR

SALA?_______________.

17. COM QUE FEQUÊNCIA A ROUPA DE CAMA DO BERÇÁRIO É TROCADA?

( ) Não sabe.

( ) Pelo menos uma vez por semana.

( ) Pelo menos uma vez por mês.

( ) Outro: ___________________.

18. QUANTAS VEZES AS CRIANÇAS ESCOVAM OS DENTES NA CRECHE?

( ) Uma vez ao dia.

( ) Duas vezes ao dia.

( ) Três vezes ao dia.

( ) Ao chegar na creche.

( ) Ao sair da creche.

( ) Não quis responder.

( ) Outro: _________________.

19. COM QUE FREQUÊNCIA OCORRE A HIGIENIAÇÃO DAS SALAS (MESAS,

BERÇÁRIOS)?

( ) Uma vez por semana.

( ) Uma vez ao dia.

( ) Duas vezes ao dia.

( ) Mais de duas vezes aos dia.

( ) Não quis responder.

( ) Outro: _________________

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APÊNDICE H - Instruções Básicas: Coleta do Material Biológico

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

___________________________________________________________________

INSTRUÇÕES PARA A COLETA DE FEZES

LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ANTES DE REALIZAR A COLETA

1. Você recebeu um kit com um frasco (boca larga) devidamente identificado e esterilizado

contendo conservante (MIF).

2. O líquido conservante contém substância tóxica. Não pode ser ingerido, manter fora do

alcance de crianças.

3. Colher as Fezes sobre recipiente de plástico, papelão ou jornal.

4. Com a espátula de madeira ou a pazinha (dentro do frasco) transferir as fezes até metade

do frasco.

5. Em caso de não conseguir colher fezes sólidas, transferir as fezes da frauda para o frasco

ou trazer a fralda embrulhada em papel ou plástico imediatamente após a coleta.

6. Fezes contaminadas com urina serão descartadas.

7. Tampar o frasco, conferir a etiqueta com o nome completo da criança no corpo do

frasco.

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88

8. Guardar o frasco em lugar fresco e entregar na creche.

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ANEXO

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90

ANEXO I - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

1. Estudo: “FATORES SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS ASSOCIADOS A

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM CRIANÇAS DE REDENÇÃO, ESTADO DO

PARÁ”.

2. Local da coleta de dados: Creche Municipal Randhal Junior – Redenção – PA.

Telefone da Creche: (94) 91768010.

3. Local da realização das análises: Faculdade da Amazônia Reunida – FESAR.

Telefone da Faculdade Fesar: (94) 3424-5133.

4. Pesquisador responsável: Carla Patrícia de Souza Silva (Biomédica).

Telefone particular de contato: (94) 91912211 ou 81900049.

5. Orientador: Prof. Dr. Marcelo Oliveira Lima.

Telefone particular de contato: (91) 982470800.

6. Co-orientadora: Profa. Dra. Valdinéia Patrícia Dim.

Telefone particular de contato: (94) 992469192.

O Senhor (a) está sendo convidado a participar de um projeto de pesquisa. Por favor, leia este

documento com atenção antes de assiná-lo. Se houver alguma palavra ou frase que o Senhor

(a) não consiga entender, converse com o pesquisador para esclarecer suas dúvidas.

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7. Justificativa do estudo

Esta pesquisa justifica-se devido ao fato de que há uma escassez desse tipo de estudo no

município, relacionando as condições de vida e higiênico-sanitárias da população a

prevalência de infecções parasitárias intestinais. Visto que na região há falta de saneamento e

distribuição de água tratada a toda população local.

8. Objetivos do estudo

O projeto tem como objetivo diagnosticar as parasitoses intestinais em crianças de 0 a 5 anos

atendidas em uma creche no município de Redenção, associando os fatores socioeconômicos

e ambientais a prevalência de tais infecções, avaliar se o ambiente escolar oferece educação

ambiental e noções de higiene aos alunos. Fornecer à Secretaria de Educação, informações

sobre o levantamento coproparasitológico do bairro estudado para melhorias na qualidade de

vida da população e desenvolvimento de medidas socioeducativas voltadas para a saúde a

população.

9. Participação no estudo

Para participar do estudo, o pai ou responsável legal pela criança deverá assinar o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido e responder o questionário epidemiológico. A criança

deverá estar regularmente matriculada na creche, ter entre 0 a 5 anos e residir no bairro

pesquisado e não ter feito uso de vermífugo recentemente.

10. Procedimentos que serão realizados

Para o delineamento do perfil sócio-econômico e ambiental da população estudada, serão

aplicados dois questionários padronizados, o primeiro será aplicado aos pais ou responsáveis

em reuniões agendadas pela Diretora com cada turma (sala). E um segundo questionário, será

aplicado aos funcionários da creche, para avaliar o ambiente escolar. Para identificar as

parasitoses intestinais, os pais e responsáveis receberão instruções verbais e escritas sobre

como realizar de forma adequada. Será coletada apenas uma amostra por criança participante,

as amostras deverão ser entregues na creche onde serão recolhidas pela pesquisadora

semanalmente. Todas as análises serão realizadas no Laboratório de Parasitologia da

Faculdade – FESAR.

11. Possíveis riscos e desconfortos

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Não haverá risco ou desconforto aos participantes, visto que a coleta será realizada de

forma privativa em ambiente domiciliar, o material para a coleta (pote coletor devidamente

identificado contendo conservante MIF) será fornecido pela pesquisadora e todas as

informações necessárias para se evitar contaminação da amostra serão fornecidas de forma

verbal e escrita (Instruções Básicas para a Coleta do Material Biológico – Apêndice F).

12. Benefícios esperados

Melhoria na qualidade de vida da população, estimulando a Secretaria de Educação à

implantar medidas educativas e preventivas para se evitar as infecções intestinais por

parasitoses.

13. Participação voluntária

A sua participação não é obrigatória, ou seja, você participa se quiser.

14. Participação sem gastos e remuneração

Não haverá necessidade de gastos para participar do estudo nem pagamento pela participação.

15. Liberdade

A qualquer momento você poderá desistir de participar do estudo, sem que haja qualquer

penalização por isso.

16. Utilização dos dados, sigilo e confidencialidade

Os dados dessa pesquisa poderão ser apresentados em revistas, reuniões e congressos, a

identidade dos participantes, contudo, não será revelada em momento algum, sendo garantido

o sigilo e a confidencialidade dos dados.

17. Esclarecimentos

Você terá a garantia de receber esclarecimentos sobre qualquer dúvida relacionada à pesquisa.

18. Contato em caso de dúvida

Em caso de dúvidas, você pode entrar em contato com a pesquisadora responsável Carla

Patrícia de Souza Silva, pelo telefone (94) 91912211 ou pelo telefone da Faculdade FESAR

(94) 3424-5133 (Endereço: Av. Brasil, nº1435, setor Alto Paraná, Redenção / PA). Você pode

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93

também consultar o Comitê de Ética em Pesquisa da ICS/UFPA - Instituto de Ciências da

Saúde - Tel: (91) 3201-6808 / 3201-6810 / E-mail: [email protected]

19. Declaração de consentimento

Se você concorda em participar da pesquisa “FATORESS SOCIOECONÔMICOS E

AMBIENTAIS ASSOCIADOS A PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM CRIANÇAS

DE REDENÇÃO, ESTADO DO PARÁ”, coloque seu nome no local indicado abaixo. Desde

já agradecemos sua colaboração e solicitamos sua assinatura de autorização neste documento,

que será também assinado pelo pesquisador responsável.

Li e entendi o documento de consentimento e o objetivo do estudo, assim como os possíveis

benefícios e riscos. Tive a oportunidade de perguntar sobre o estudo e esclarecer minhas

dúvidas. Entendo que estou livre para não participar do estudo.

Eu, (pai, mãe ou responsável)_______________________________________, RG:

___________________, nascido em ___/___/___ residente e domiciliado

___________________________________________________________________,no Bairro

_____________ Nº ______, no Município de Redenção. Declaro que autorizo a participação

do menor__________________________________________________ de forma espontânea,

no projeto “FATORESS SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS ASSOCIADOS A

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM CRIANÇAS DE REDENÇÃO, ESTADO DO

PARÁ”, sob a responsabilidade da pesquisadora Carla Patrícia de Sousa Silva, mestranda do

Programa de Pós- Graduação em Ciências e Meio Ambiente da UNIVERSIDADE FEDERAL

DO PARÁ - UFPA. Autorizo a divulgação dos meus dados relativos ao estudo pelo

pesquisador e pelo Comitê de Ética em Pesquisa ICS/UFPA. Receberei uma via assinada e

datada desse documento. Entendo que ao assinar esse documento, não estou abrindo mão de

nenhum dos meus direitos legais.

Nome do participante em letra de forma Data:____/_____/_____.

Assinatura do participante Data: ____/_____/_____

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Se o paciente não é capaz de consentir:

A sua assinatura, como responsável, significa que você leu esse formulário ou que ele foi lido

para você, que lhe foram dadas todas as informações sobre o estudo, que recebeu respostas a

suas dúvidas, está satisfeito com as informações e concordou com participação do paciente.

Nome do Responsável em letra de forma Grau de parentesco

Assinatura do Responsável Data____/____/____.

Eu, abaixo assinado, expliquei completamente os detalhes relevantes deste estudo ao paciente

indicado acima e/ou ao responsável para consentir pelo paciente.

Carla Patrícia de Sousa Silva

Mestranda em Ciências de Meio Ambiente

Programa de Pós-graduação – UFPA.

e-mail: [email protected]

contato: 94-991912211

Assinatura do entrevistado (responsável pela criança)

Assinatura do entrevistado

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95

ANEXO II - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

FUNCIONÁRIOS

1. Estudo: “FATORES SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS ASSOCIADOS A

PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM CRIANÇAS DE REDENÇÃO, ESTADO DO

PARÁ”.

2. Local da coleta de dados: Creche Municipal Randhal Junior – Redenção – PA.

Telefone da Creche: (94) 91768010.

3. Local da realização das análises: Faculdade da Amazônia Reunida – FESAR.

Telefone da Faculdade Fesar: (94) 3424-5133.

4. Pesquisador responsável: Carla Patrícia de Souza Silva (Biomédica).

Telefone particular de contato: (94) 91912211 ou 81900049.

5. Orientador: Prof. Dr. Marcelo Oliveira Lima.

Telefone particular de contato: (91) 982470800.

6. Co-orientadora: Profa. Dra. Valdinéia Patrícia Dim.

Telefone particular de contato: (94) 992469192.

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96

O Senhor (a) está sendo convidado a participar de um projeto de pesquisa. Por favor, leia este

documento com atenção antes de assiná-lo. Se houver alguma palavra ou frase que o Senhor

(a) não consiga entender, converse com o pesquisador para esclarecer suas dúvidas.

7. Justificativa do estudo

Esta pesquisa justifica-se devido ao fato de que há uma escassez desse tipo de estudo no

município, relacionando as condições de vida e higiênico-sanitárias da população a

prevalência de infecções parasitárias intestinais. Tendo em vista, que o município de

Redenção no Sudeste do Pará, possui uma infraestrutura sanitária deficiente, com serviço de

tratamento e distribuição de água para apenas uma parte da população e ausência de rede de

captação e tratamento de esgoto.

8. Objetivos do estudo

O projeto tem como objetivo diagnosticar as parasitoses intestinais em crianças de 0 a 5 anos

atendidas em uma creche no município de Redenção, associando os fatores socioeconômicos

e ambientais a prevalência de tais infecções, avaliar se o ambiente escolar oferece educação

ambiental e noções de higiene aos alunos. Fornecer à Secretaria de Educação, informações

sobre o levantamento coproparasitológico do bairro estudado para melhorias na qualidade de

vida da população e desenvolvimento de medidas socioeducativas voltadas para a saúde a

população.

9. Participação no estudo

Para participar do estudo, o funcionário deverá assinar o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido e responder o questionário epidemiológico.

10. Procedimentos que serão realizados

Através da Direção da Creche, uma reunião será agendada para que todos os esclarecimentos

a cerca do projeto sejam repassadas aos funcionários que concordarem em participar do

estudo. A pesquisadora com auxílio de seus monitores fará toda explanação do projeto e do

questionário através de visualização em data-show.

11. Possíveis riscos e desconfortos

Não haverá risco ou desconforto aos funcionários, pois o projeto foi previamente autorizado

pelo Secretário de Educação e pela Direção da Creche.

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12. Benefícios esperados

Fornecer a Secretaria de Educação informações sobre o levantamento epidemiológico da

creche, estimulando a implantação de medidas educativas e preventivas no ambiente escolar e

consequentemente a melhoria da qualidade de vida da população atendida.

13. Participação voluntária

A sua participação não é obrigatória, ou seja, você participa se quiser.

14. Participação sem gastos e remuneração

Não haverá necessidade de gastos para participar do estudo nem pagamento pela participação.

15. Liberdade

A qualquer momento você poderá desistir de participar do estudo, sem que haja qualquer

penalização por isso.

16. Utilização dos dados, sigilo e confidencialidade

Os dados dessa pesquisa poderão ser apresentados em revistas, reuniões e congressos, a

identidade dos participantes, contudo, não será revelada em momento algum, sendo garantido

o sigilo e a confidencialidade dos dados.

17. Esclarecimentos

Você terá a garantia de receber esclarecimentos sobre qualquer dúvida relacionada à pesquisa.

18. Contato em caso de dúvida

Em caso de dúvidas, você pode entrar em contato com a pesquisadora responsável Carla

Patrícia de Souza Silva, pelo telefone (94) 91912211 ou pelo telefone da Faculdade FESAR

(94) 3424-5133 (Endereço: Av. Brasil, nº1435, setor Alto Paraná, Redenção / PA). Você pode

também consultar o Comitê de Ética em Pesquisa da ICS/UFPA - Instituto de Ciências da

Saúde - Tel: (91) 3201-6808 / 3201-6810 / E-mail: [email protected]

19. Declaração de consentimento

Se você concorda em participar da pesquisa “FATORESS SOCIOECONÔMICOS E

AMBIENTAIS ASSOCIADOS A PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM CRIANÇAS

DE REDENÇÃO, ESTADO DO PARÁ”, coloque seu nome no local indicado abaixo. Desde

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98

já agradecemos sua colaboração e solicitamos sua assinatura de autorização neste documento,

que será também assinado pelo pesquisador responsável.

Li e entendi o documento de consentimento e o objetivo do estudo, assim como os possíveis

benefícios e riscos. Tive a oportunidade de perguntar sobre o estudo e esclarecer minhas

dúvidas. Entendo que estou livre para não participar do estudo.

Eu,_________________________________________________, RG: __________________,

nascido em ___/___/___ residente __________________________________________,no

Bairro _____________ Nº ______, no Município de Redenção. Declaro que aceito participar

de forma espontânea, do projeto “FATORESS SOCIOECONÔMICOS E AMBIENTAIS

ASSOCIADOS A PREVALÊNCIA DE PARASITOSES EM CRIANÇAS DE REDENÇÃO,

ESTADO DO PARÁ”, sob a responsabilidade da pesquisadora Carla Patrícia de Sousa Silva,

mestranda do Programa de Pós- Graduação em Ciências e Meio Ambiente da

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ - UFPA. Autorizo a divulgação dos meus dados

relativos ao estudo pelo pesquisador e pelo Comitê de Ética em Pesquisa ICS/UFPA.

Receberei uma via assinada e datada desse documento. Entendo que ao assinar esse

documento, não estou abrindo mão de nenhum dos meus direitos legais.

Nome do participante em letra de forma Data:____/_____/_____.

Assinatura do participante Data: ____/_____/_____

Se o paciente não é capaz de consentir:

A sua assinatura, como responsável, significa que você leu esse formulário ou que ele foi lido

para você, que lhe foram dadas todas as informações sobre o estudo, que recebeu respostas a

suas dúvidas, está satisfeito com as informações e concordou com participação do paciente.

Nome do Responsável em letra de forma Grau de parentesco

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99

Assinatura do Responsável Data____/____/____.

Eu, abaixo assinado, expliquei completamente os detalhes relevantes deste estudo ao paciente

indicado acima e/ou ao responsável para consentir pelo paciente.

Carla Patrícia de Sousa Silva

Mestranda em Ciências de Meio Ambiente

Programa de Pós-graduação – UFPA.

e-mail: [email protected]

contato: 94-991912211

Assinatura do entrevistado (responsável pela criança)

Assinatura do entrevistador

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100

ANEXO III - Laudo Técnico para Exame Parasitológico de Fezes

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS E MEIO AMBIENTE

___________________________________________________________________

Laboratório de Parasitologia da Faculdade da Amazônia Reunida- FESAR

Avenida Brasil, nº 1435 Setor Alto Paraná. Redenção –PA.

Resultado de exame Parasitológico Mestranda: Carla Patrícia de Sousa Silva Programa de

Pós-graduação em Ciências de Meio Ambiente – UFPA.

e-mail: [email protected] contato: 94-991912211

Orientador: Prof. Dr. Marcelo Oliveira Lima.

Co-orientadora: Profa. Dra. Valdinéia Patrícia Dim.

_____________________________________________________________________

Nº: _______ DADOS DO PACIENTE

PACIENTE:

SEXO:

IDADE:

DATA DE NASCIMENTO:

DATA DA COLETA:

______________________________________________________________________

CARACTERÍSTICAS MACROSCÓPICAS DA AMOSTRA

( ) FEZES SÓLIDAS

( ) FEZES PASTOSAS

( ) FEZES LIQUÍDAS OU DIARRÉICAS

( ) PRESENÇA APARENTE DE MUCO

( ) PRESENÇA APARENTE DE SANGUE

( ) VISUALIZAÇÃO MACROSCÓPICA DE FORMAS PARASITÁRIAS ADULTAS

______________________________________________________________________

RESULTADO DO EXAME

( ) CISTOS OU TROFOZOÍTOS DE PROTOZOÁRIOS:

QUAIS?...............................................................................

( ) OVOS, LARVAS OU FORMAS ADULTAS DE HELMINTOS:

QUAIS?...............................................................................

OBS: Exames Coproparasitológicos realizados pelo Método de Hoffmann, Pons & Janer ou

Sedimentação Espontânea e Método Centrifugo- flutuação em sulfato de zinco descrito por

Faust e Cols.

Responsável técnico

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101

ANEXO IV – Termo de Consentimento da Instituição

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102

ANEXO V – Termo de Aceite do Orientador

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103

ANEXO VI - Termo de Aceite do Co-orientador

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104

ANEXO VII - Termo de Compromisso do Pesquisador

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105

ANEXO VIII- Carta de Encaminhamento

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106

ANEXO IX – Oficio de Aprovação do Desenvolvimento da Pesquisa pelo CEP ICS/UFPA.

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107

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108

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109