Fotografia (aula 4)

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Introdução à Fotografia Prof. Tauana Jeffman

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Introdução à Fotografia Prof. Tauana Jeffman

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O que vocês sabem

sobre Fotografia?

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A palavra fotografia vem do Grego “fós” e “grafis”, e significa “desenhar com luz”.

A luz é o princípio básico da fotografia.

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Registrar momentos

especiais sempre foi um

dos grandes desejos do

homem.

Antiguidade

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O filósofo grego

Aristóteles criou uma

câmera escura, que

permitia visualizar

eclipses solares sem

prejudicar a visão.

350 ac

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Foi nessa época que a câmera escura se

popularizou, com Leonardo Da Vinci e

Giovanni Della Porta.

Usava-se um grande quarto escuro

com um pequeno orifício e uma

parede branca na parede oposta.

Um objeto ou pessoa era colocada na

frente no orifício e a imagem era

projetada de forma invertida na parede

branca para que o artística pintasse a

figura e criasse uma “foto” do objeto.

Século XIV

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Foi nesse ano que pela primeira vez,

uma foto foi “batida”.

Após 8 horas de exposição à luz solar, a

câmera de Joseph Nicéphore Niépce

conseguiu reproduzir uma imagem (ou

um borrão) numa placa de estanho

coberta com um derivado de petróleo

fotossensível chamado Betume da

Judeia.

1826

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Nesta época, o francês Louis Jacques

Daguerre aperfeiçoou o método de

Niépce, quando riou o Daguerreótipo.

Em 1839, o aparelho veio para no Brasil,

trazido por Dom Pedro II, um profundo

apaixonado pela fotografia.

1837

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Até essa época, não se fazia cópias das

fotos.

Foi então que o inglês William Henry

Talbot conseguiu transmitir imagens

para folhas de papel.

Em 1844 foi publicado o primeiro livro

com fotografia.

1841

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George Eastman, fundador da Kodak,

revolucionou a fotografia ao inventar o

filme enrolado no carretel.

Tal fato popularizou a fotografia em

todo o mundo.

1888

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A fotografia digital tem sua origem

no programa espacial norte-americano.

As primeiras fotografias sem filme de que

se tem registro retratam a superfície de

Marte e foram capturadas por uma

câmera de televisão acoplada na sonda

Mariner 4, em 1965.

1965

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Só um século depois da invenção do

filme surge a fotografia digital em

âmbito comercial.

Trazendo fotos cada vez mais precisas

transformando a fotografia em uma

“febre”.

Essa transformação trouxe muitas

mudanças que ainda estão sendo

compreendidas.

1990

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Sobre a fotografia

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Kossoy ( 1989, p. 100) , afirma que:

Das excursões às primeiras tentativas de conquista do espaço

sideral, por onde quer que o homem se tem aventurado nos

últimos cento e cinquenta anos, a câmara o tem

acompanhado, comprovando sua trajetória, suas

realizações. Seja como meio de recordação e documentação da

vida familiar, seja como meio de informação e divulgação dos

fatos, seja como forma de expressão artística, ou mesmo

enquanto instrumento de pesquisa cientifica, a fotografia tem

feito parte indissociável da experiência humana.

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Olga ( 2005, p. 20 ) acrescenta que:

Desde os anos trinta e quarenta, com a democratização do

registro fotográfico (...) a vida dos grupos sociais e dos indivíduos

passou a ser registrada muito mais pela imagem do que

pelos livros de memórias, cartas ou diários, e a memória

individual e familiar passou a ser construída tendo por base o

suporte imagético.

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Vivemos em uma sociedade da instantaneidade.

Temos a necessidade de se utilizar a imagem para registrar os

acontecimentos da vida para que não se perca da memória.

A fotografia constrói uma memória coletiva e uma memória

individual.

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Ao se fixar instantes, garante-se a permanência de condições

consideradas inesquecíveis.

Com isso, atualmente estamos sempre recorrendo a fotografias de

nossas vidas para orientar a reconstrução dos acontecimentos

ali retratados ( OLGA, 2005, p. 20)

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Fotografias são o nosso passado

preservado.

São momentos absolutamente

congelados contra a marcha do

tempo.

“São pedaços congelados do

passado”.

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As imagens fotográficas têm exercido um papel significativo

nesse processo de seleção e registro do que deve ser

armazenado e se constituem num útil sistema de

transmissão de memória para alguns grupos sociais.

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Isso ainda é assim?

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“Toda a película é com uma pilha que se carrega de

presenças: rostos amados, objetos admirados,

acontecimentos „belos‟, „extraordinários‟, „intensos‟.

Por isso surge o fotógrafo, profissional ou amador, naqueles

momentos em que a vida sai do seu leito de indiferenças:

viagens, festas, cerimónias, batizados, casamentos.

Só o luto – interessante tabu que não tardaremos a

compreender – permanece inviolado” (MORIN, 1970, p. 27).

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Fotos contam histórias e registram a memória da sociedade.

Mas uma memória através da seleção de uma lente.

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Execução em Saigon

“O coronel assassinou o preso; mas e eu… assassinei o coronel com

minha câmara? – Palavras de Eddie Adams, fotógrafo de guerra,

autor desta foto que mostra o assassinato, em um de fevereiro de

1968, por parte do chefe de polícia de Saigon, a sangue frio, de

um guerrilheiro do Vietcong.

Adams, correspondente em 13 guerras, obteve por esta fotografia

um prêmio Pulitzer; mas ficou tão emocionalmente tocado com ela

que se converteu em fotógrafo paisagístico.

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A menina do Vietnã

Em oito de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem. Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele. Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com dois filhos e reside no Canadá onde preside a “Fundação Kim Phuc”, dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.

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A menina Afegã Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética. Sua foto foi publicada na capa da National Geographic em junho de 1985 e, devido a seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista e do mundo. No entanto, naquele tempo ninguém sabia o nome da garota. O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca à jovem que durou exatos 17 anos. Em janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos. Ela regressou ao Afeganistão em 1992.

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O beijo na Times Square

A foto foi tirada por Alfred Eisenstaedt. No dia da vitória dos

Estados Unidos contra o Japão, na Segunda Guerra Mundial, o povo

saiu às ruas para comemorar.

O beijo entre um marinheiro e uma enfermeira, que não se

conheciam, rodou o mundo após ser publicado na capa da revista

Life.

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O francês Ludovic Florent retratou bailarinos dançando, na série

Poussière d‟étoiles (“Pó de Estrela”), com um detalhe aumentando

a carga dramática da coreografia: a areia envolta em seus corpos.

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Ensaio feito pelo fotógrafo parisiense Olivier Valsecchi, onde não apenas

contemplamos as belas imagens de corpos sendo banhados por cinzas,

mas também nos abre para meditação sobre nascimento – vida – morte e

renascimento, que em algumas tradições filosóficas indianas é conhecido

como Samsara.

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A fotógrafa Lucy Ray é especializada em fotografias sub-aquáticas de

bebês e crianças, tendo criado a Starfish Underwater Photography. As

fotos impressionam pela naturalidade e espontaneidade com que os

bebês ficam embaixo d‟água.

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Na série Neon, Hid Saib explora o efeito de sombras fluorescentes em luz

negra e cria imagens de enorme expressividade.

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Série “Scotch Tape”: Wes Naman fotografou diversas pessoas com as

faces coladas com fita adesiva.

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Luke Evans e Joshua Lake, da Universidade de Kingston, desenvolveram o

ensaio chamado "Inside out" ("De dentro pra fora"). Eles engoliram filmes

fotográficos e reproduziram belas imagens microscópicas da ação do suco

gástrico nas películas modificadas.

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Ao contrário de um desenho ou uma pintura, a fotografia traduz

uma situação que realmente aconteceu, segundo Kossoy (2005, p.

43).

Ela captura a realidade.

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Será mesmo?

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Barthes (1984) afirma que a partir do momento em que a pessoa

se sente olhado por uma objetiva, tudo muda: “ponho-me a

posar, fabrico-me instantaneamente em outro corpo,

metamorfoseio-me antecipadamente em imagem”.

Ou seja, a pessoa se transforma para ser fotografada, sempre se

transmite o bom e o feliz.

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Redefinimos a realidade.

Principalmente se esta foto foi postada.

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Tratamento X Manipulação

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O tratamento de uma fotografia constitui na melhora da

qualidade de sua imagem.

É o uso da tecnologia disponível para clarear pontos escuros,

ressaltar a luz e até alterar a saturação das cores, tornando-as mais

fortes ou esmaecidas, dependendo do que se quer transmitir.

Quando se trata uma imagem, a intenção não é alterar o seu

conteúdo, portanto, as informações que fazem parte do quadro

não são modificadas.

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Diz-se que a imagem foi tratada quando ela se diferencia da original

apenas no que diz respeito à cor, brilho, contraste, saturação,

exposição, etc.

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Na manipulação, existe interferência na realidade dos fatos.

Elementos podem ser acrescentados ou excluídos, dependendo da

intenção de quem a manipula.

Neste caso, o real pode ser transformado em ficção. Ou seja, o que

nunca existiu pode tomar forma, e o que estava presente no ato

da captura da imagem, pode simplesmente desaparecer do quadro.

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A manipulação de imagens distorce a realidade e costuma ser

eticamente condenada quando usada no fotojornalismo e até

mesmo na publicidade.

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Desde quando

manipulamos fotos?

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Esta fotografia foi tomada enquanto Lênin discursava, na Praça Vermelha, em Moscou (Rússia), durante as comemorações do Dia do Trabalho, em primeiro de maio de 1919.

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Esta imagem foi tomada no dia 25 de maio de

1919, na Praça Vermelha. A fotografia original

(figura esquerda) é confusa, com muita

informação, e Lênin parece pouco destacado.

Na manipulada (figura direita), vários elementos

foram apagados, inclusive uma pessoa que, mais

tarde, passou a ser considerada “persona non

grata” à situação política daquele momento.

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Este registro fotográfico foi feito em março de 1919, durante um discurso de Lênin, gravado em um estúdio arranjado pelo Kremlin. O ângulo da fotografia salienta sua obesidade, revelada pelas pregas do colete. Para suavizar a forma física de Lênin e melhorar o ambiente do estúdio que não estava em boas condições, a fotografia passa por retoques e manipulações.

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Na fotografia original (figura da esquerda), vê-se Mussolini sobre o cavalo brandindo

uma espada, mas toda a pose de conquistador cai por terra pelo fato de haver uma

pessoa segurando as rédeas do animal.

O então ditador italiano parece uma pessoa pouco familiarizada com a cavalaria,

desajeitada, que mal consegue se equilibrar sobre a montaria, conotando uma figura

pouco – ou nada – heroica. Já na fotografia manipulada e divulgada (figura direita), o

ajudante de serviços é literalmente “apagado” e a figura pública de Mussolini não

sai maculada.

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“Esta cena foi registrada em 1937 por Heinrich Hoffmann, no parque da Chancelaria do

Reich, em Berlim. Hitler conversa com a atriz Leni Riefenstahl, que mais tarde torna-

se a cineasta do regime nazista, e com Joseph Goebbels, ministro da propaganda.

Nos arquivos Hoffmann, anos após a guerra, foi encontrada uma segunda versão desta

fotografia: Goebbles foi retirado da imagem. A imprensa internacional tinha feito da

atriz uma espécie de eminência parda de Adolf Hitler, ou mesmo uma – noiva – em

potencial. Mas durante um período o rumor público fez também de Goebbles o amante

de Riefenstahl.”

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“Em 1951, o presidente tcheco Klement Gottwald recebeu em Praga o marechal

soviético Koniev. Ambos estão presentes à tribuna de um desfile militar.

Mas o descuidado marechal deixa a mão espalmada com um dos dedos

aberto, uma falha para o pudor militar. Para resolver o problema, foi apagada a mão e

o antebraço não só do marechal, como também do presidente tcheco.”

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Photoshop pra que te quero.

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“Oscar Wilde disse uma vez que a pura e simples verdade raramente é pura e nunca é simples.”

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#Atividade

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Light Painting

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01- Em um ambiente escuro – uma sala com as

luzes apagadas ou durante a noite em qualquer

outro lugar – coloque a câmera no tripé ou outra

superfície estável;

02 - Regule a câmera para longa exposição (10

ou mais segundos, e se sua câmera permitir, o

modo "bulb");

03 - Inicie a exposição e realize o desenho desejado

em frente à câmera com a fonte luminosa

escolhida;

04 - Quando o tempo de exposição terminar, ou o

desenho for realizado, confira na câmera se a

imagem foi realmente captada.

5 - Repita até obter o resultado desejado.

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4 pessoas

2 fotos com Light Painting