Fotojornalismo

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Fotojornalismo “A máquina de fotografia é um espelho dotado de memória, porém incapaz de pensar”. Anold Newman “Todo o meu cérebro é uma câmara”. Don McCullin Primeira imagem em 3D do sol divulgada pela Nasa

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Fotojornalismo. “A máquina de fotografia é um espelho dotado de memória, porém incapaz de pensar”. Anold Newman “Todo o meu cérebro é uma câmara”. Don McCullin. Primeira imagem em 3D do sol divulgada pela Nasa. Porque fazer uma foto?. A maioria das pessoas fotografa por dois motivos: - PowerPoint PPT Presentation

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Fotojornalismo“A máquina de fotografia é um espelho dotado de memória, porém incapaz de pensar”. Anold Newman“Todo o meu cérebro é uma câmara”.Don McCullin

Primeira imagem em 3D do sol divulgada pela Nasa

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Porque fazer uma foto?

A maioria das pessoas fotografa por dois motivos:

1) registrar os acontecimentos comuns ou extraordinários de suas vidas

2) expressar sentimentos íntimos

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Alfabetização visual

Desde pequenos somos ensinados a ler símbolos e a falar alguma língua. Contudo, não existe na formação a preocupação com a alfabetização visual. Não apreendemos (de maneira formal) a ler imagens.

Mas, diversas atividades humanas estão orientadas neste sentido: pintura, escultura, arquitetura, paisagismo, televisão, publicidade, teatro, fotografia entre outros (em maior e menor escala).

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O que você vê nesta foto?

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Desconstruindo a foto A imagem do repórter americano Spencer Platt ganhou o

recente World Press Photo, o principal concurso de fotojornalismo do planeta. Nela podemos ver uma cena bizarra, que nos fala do absurdo da guerra: um grupo de jovens de aspecto afluente passeia-se entre as ruínas de um bairro de Beirute que acabou de ser bombardeado pela aviação israelita.O conversível desliza na paisagem surreal e fumegante, as mulheres têm aspecto de top-model e o motorista parece sair de um anúncio de Hugo Boss. Turistas ricos a verem a desgraça alheia, metáfora do mundo contemporâneo?Mas segundo conta o Financial Times, a revista libanesa L'Agenda Culturel decidiu investigar quem eram as personagens desta fotografia e descobriu-as. E a narrativa que lemos na imagem cai por terra.

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Desconstruindo a foto

Era domingo. O condutor e duas das mulheres são irmãos, chamam-se Maroun e vivem numa rua próxima. Outra mulher é vizinha. Segundo explicaram à revista cultural, não estavam a fazer "turismo de guerra", como sugere a imagem, mas apenas a ver os estragos, para avisarem os parentes. As personagens dizem que o carro foi fotografado de forma a parecer mais luxuosa. Trata-se de um mini Cooper, que o condutor pediu emprestado à namorada para, acompanhado pelas irmãs, constatar se havia estragos na sua casa. As testemunhas afirmam ser de classe média.

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O que você vê nesta foto?

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Prêmio Pulitzer 2007

Oded Balilty, da Associated Press, venceu o prémio de fotojornalismo com a sua imagem de uma mulher judia a desafiar as forças de segurança na Faixa de Gaza. Outras fotos feitas na seqüência mostram a moça espancada pelos policiais

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Máquina x olho

A pálpebra funciona como um obturador A órnea e a lente do olho focalizam a imagem

sobre a retina, que assemelha-se a um filme, pois possue substâncias químicas que são modificadas pela luz (de acordo com os diferentes comprimentos de onda)

A íris controla a quantidade de luz que penetra no olho e coopera com o cristalino para produzir uma imagem clara e bem definida igual ao diafragma

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Máquina x olho

As informações são captadas pelos olhos e interpretadas pelo cérebro

As fotografias são tiradas pelos fotógrafos e não por suas máquinas

Os fotógrafos são influenciados pelo ambiente e por seu estado de espírito

A interpretação é feita pelo cérebro. Logo, a reação a imagem (informação) oferecida pelo olho pode ser diferente da realidade da cena em si

A essência da fotografia consiste naquilo que é visto pelo fotógrafo e em sua capacidade de registrar esta visão

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Primeiro passo

CONSCIÊNCIA – Fotografia – Ter ou não uma intenção na foto??

POR QUÊ?? Qual o motivo de uma foto? Ter consciência não é um ato instintivo. Fotógrafos

com competência técnica fazem fotos sem ter consciência do que estão fazendo. Pense primeiro, fotografe depois. Seja honesto consigo mesmo.

Observação – aprender a olhar com maior atenção para todas as cenas de todos os dias. Esforço voluntário que se torna um hábito mecânico.

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Cena comum, do cotidiano, que resulta em uma bela composição

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“O fotógrafo não deve nutrir suspeitas em relação a tudo que lhe é familiar por temer a banalidade.Ele descobrirá que o simples pode ser complexo, a miniatura gigantesca e o insignificante, decisivo”

Dorothea Lange

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Saia do óbvio

O melhor elemento de controle do fotógrafo é a capacidade de seleção. Olhar com novos olhos. Sair do óbvio.

Saia o óbvio Não caia no óbvio Não quero ter um sócio Eu quero um antídoto Pra viver melhor

Música – Óbvio, do Rappa, em “O silêncio que precede o esporro”

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Segundo passo

Ponto de vista e composição – ARTE de dispor os elementos do tema – formas, linhas, tons e cores – de alguma forma pré-estabelecida, agradável ou desagradável, organizada ou desorganizada.

Três terços – ponto áureo – renascimento – retângulo – largura e altura dividida em três partes. Ponto de maior interesse = retângulo no canto superior esquerdo (leitura ocidental, da dir. para a esq.)

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Regra dos três terços

A pessoa lê a foto a partir do ponto áureo, seguindo uma linha diagonal, da esquerda para a direita

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Capacidade de se colocar em cena De onde eu vou tirar a foto? Ponto crítico. É necessário sempre avaliar

entre os temas que se deseja ressaltar na fotografia três pontos.

O EQUILÍBRIO, a ESTRUTURA e a ILUMINAÇÃO da fotografia.

É a escolha do melhor ângulo.

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Três regras básicas da composição O principal ponto de interesse está na

intersecção dos terços Um elemento secundário conduz o olhar

até o tem principal Ao menos parte do elemento principal

contrasta com o fundo

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Equilíbrio

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Estrutura

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Iluminação

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REGRAS Conhecê-las bem para poder quebrá-las. Como disse o Dalai Lama é necessário

saber bem as regras do jogo para quebrá-las no momento certo.

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Tsunami

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Prêmio Esso 2007

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Terceiro passo

Ponto de vista e perspectiva Fotografias são bidimensionais Possuem largura e comprimento. Como se

consegue um efeito de profundidade? Com a introdução de um elemento – a

perspectiva. Perspectiva – é uma ilusão de ótica

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Trocador de lâmpada do Empire States

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A foto da foto

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Três formas de criar a perspectiva 1) Redução de escala – quanto mais afastados estiverem do

espectador, menores parecem tornar-se objetos do mesmo tamanho.

2) Perspectiva linear – efeito imediato dado por linhas retas e paralelas (ou objetos que junto ao tema mostrem esta forma) que dão a impressão de convergir a distância para um ponto no infinito

3) Perspectiva superposta – quando um objeto encobre parcialmente o outro obtém-se a sensação de profundidade. Esta sensação pode ser intensificada pelas sombras dos objetos

Objetivo da perspectiva – controlar (o fotógrafo) a importância relativa dos elementos situados na área da imagem.

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Uso de perspectiva

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Redução de escala

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Perspectiva linear

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Perspectiva superposta

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Sem usar a perspectiva

Quando a escala dos objetos é mais importante se reduz a profundidade. Assim, se destaca os temas escolhidos

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Primeiro plano e plano intermediário Recursos usados deliberadamente para

conseguir uma sensação de profundidade. Ao definir o ponto de vista e o enquadramento o fotógrafo coloca um objeto em primeiro plano (bem à frente) ou em um ponto intermediário (de uma linha imaginária de perspectiva) de forma a valorizar o tema que está sendo fotografado. Por exemplo: o jogador que é fotografado ao fundo e uma bola em primeiro plano.

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Primeiro plano

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Plano intermediário

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Quarto passo: a LUZ Uso da luz, forma e tom (tonalidades) Forma espacial – afetada pela qualidade e direção

da luz Qualidade de luz 1) suave (sombras tênues com bordas pouco

marcadas) 2) intensa ou dura (sombras densas, com bordas

bem definidas) A luz cria sombras e altas-luzes (equivalentes

aos brancos puros de alta intensidade que dão a noção de volumem contraste com as sombras)

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Luz e Sombra

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Foto grafia

1839 – Sir John Herschel - inventou o termo unindo os vocábulos gregos de escrever (grafia) com a luz (foto)

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Trabalho com luz

“Enquanto houver luz, o fotógrafo tem condições de trabalhar – pois seu ofício, sua aventura – é uma redescoberta do mundo em termos de luz.”

Edward Eston

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Fotos de Sebastião Salgado

Albânia- 1999

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Ex-iugoslávia - 1994

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Iraque - 1997

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Conceitos de fotojornalismo

a) Fotojornalismo (lato sensu) — No sentido lato, entendemos por fotojornalismo a actividade de realização de fotografias informativas, interpretativas, documentais ou "ilustrativas" para a imprensa ou outros projectos editoriais ligados à produção de informação de actualidade. Neste sentido, a actividade caracteriza-se mais pela finalidade, pela intenção, e não tanto pelo produto; este pode estender-se das spot news (fotografias únicas que condensam uma representação de um acontecimento e um seu significado) às reportagens mais elaboradas e planeadas, do fotodocumentalismo às fotos "ilustrativas" e às feature photos (fotografias de situações peculiares encontradas pelos fotógrafos nas suas deambulações). Assim, num sentido lato podemos usar a designação fotojornalismo para denominar também o fotodocumentalismo e algumas foto-ilustrativas que se publicam na imprensa.

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Conceito de fotojornalismo

b) Fotojornalismo (stricto sensu) — No sentido restrito, entendemos por fotojornalismo a actividade que pode visar informar, contextualizar, oferecer conhecimento, formar, esclarecer ou marcar pontos de vista ("opinar") através da fotografia de acontecimentos e da cobertura de assuntos de interesse jornalístico. Este interesse pode variar de um para outro órgão de comunicação social e não tem necessariamente a ver com os critérios de noticiabilidade dominantes.

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Fotojornalismo x fotodocumentalismo Esta distinção reside mais na prática e no produto do que na

finalidade. O fotojornalismo viveria das feature photos e das spot news, mas também, e talvez algo impropriamente, das foto-ilustrações, e distinguir-se-ia do fotodocumentalismo pelo método: enquanto o fotojornalista raramente sabe exactamente o que vai fotografar, como o poderá fazer e as condições que vai encontrar, o fotodocumentalista trabalha em termos de projecto: quando inicia um trabalho, tem já um conhecimento prévio do assunto e das condições em que pode desenvolver o plano de abordagem do tema que anteriormente traçou. Este background possibilita-lhe pensar no equipamento requerido e reflectir sobre os diferentes estilos e pontos de vista de abordagem do assunto. Além disto, enquanto a "fotografia de notícias" é, geralmente, de importância momentânea, reportando-se à "actualidade", o fotodocumentalismo tem, tendencialmente, uma validade quase intemporal. De qualquer modo, o fotodocumentalismo não apresenta uma prática única: os fotógrafos podem ter métodos e formas de abordagem fotográfica dos assuntos que os distinguem.

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Rumos do fotojornalismoTestemunha

ocular da história

Registro dos fatos mais importantes

Repercussão na sociedade

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Multimídia

Projeto experimental de vídeo repórter na alemanha