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FRAGILIZAÇÃO E QUEDA DE RESISTÊNCIA À CORROSÃO EM AÇO INOXIDÁVEL DUPLEX FUNDIDO
J. V. S. Matias ¹
S. S. M. Tavares ²
J. M. Pardal ²
¹ Instituto Federal Fluminense campus São João da Barra – Núcleo de Ciência
e Tecnologia dos Materiais – BR 356 - km 181 - Perigoso - São João da
Barra/RJ – CEP 28200-000, São João da Barra/RJ, Brasil.
² Universidade Federal Fluminense – Programa de Pós graduação em
Engenharia Mecânica (PGMEC) – Rua Passo da Pátria, 156 – CEP 24210-240,
Niterói/RJ, Brasil.
Os aços inoxidáveis duplex (AID) são ligas Fe-Cr-Ni-Mo, com baixo teor de
carbono, que apresentam uma favorável combinação entre propriedades
mecânicas e resistência à corrosão. Estas características são atribuídas
principalmente à microestrutura bifásica e refinada, típica destas ligas,
composta de proporções semelhantes entre as fases ferrita e austenita. Por
essa razão, os AID são amplamente utilizados em vários segmentos da
indústria, especialmente em aplicações offshore. No entanto, os componentes
feitos de AID podem apresentar um decréscimo das suas propriedades quando
experimentam faixas de temperatura indesejáveis, devido a processos
incorretos de fabricação. Podem se precipitar fases intermetálicas que
provocam a fragilização e perda de resistência à corrosão. Este trabalho
apresenta os efeitos do envelhecimento a 475°C, temperatura na qual a
cinética de precipitação da fase alfa linha (α’) é mais intensa, nas propriedades
mecânicas e na resistência à corrosão localizada de um AID fundido. Os
resultados mostram que as propriedades mecânicas, como tenacidade e
dureza, são mais sensíveis ao envelhecimento, tendo sido afetadas já nas
primeiras 4 horas de tratamento térmico, ao passo que a resistência à corrosão
só evidenciou variações após 12 horas de envelhecimento.
Palavras-chave: duplex, corrosão, alfa linha, fragilização.
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INTRODUÇÃO
Os aços inoxidáveis duplex (AID) são ligas Fe-Cr-Ni-Mo com baixo teor
de carbono, contendo até 0,30% em peso atômico de nitrogênio, que
apresentam microestrutura bifásica composta por uma matriz ferrítica e pela
fase austenítica precipitada com morfologia que varia de acordo com o
processo de fabricação. Esta microestrutura mista é balanceada de modo a se
obter frações volumétrica semelhantes de ferrita (δ) e austenita (γ), entre 50%
e 70% para cada uma das fases, a fim de garantir as propriedades favoráveis
deste tipo de aço (1, 2, 3, 4, 5).
Os AID são cada vez mais utilizados no Brasil nas indústrias química,
petroquímica e no setor energético (6). Sua vasta aplicação se deve à sua
excelente resistência à corrosão aliada à elevada resistência mecânica e
tenacidade ao impacto, conferidas por sua microestrutura refinada e bifásica (4,
7, 8). Esta microestrutura mista faz com que estes aços apresentem uma
otimização das propriedades encontradas nos aços inoxidáveis ferríticos e
austeníticos, conferindo aos duplex uma elevada resistência à corrosão sob
tensão se comparados com os austeníticos e uma maior ductilidade do que os
ferríticos.
Quando expostos a temperaturas inferiores a 1000°C, os aços
inoxidáveis duplex ficam sujeitos a várias transformações de fase. No intervalo
de temperatura 970 - 650°C, a precipitação de fases intermetálicas pode
ocorrer, principalmente as fases sigma (σ) e chi (), além de carbonetos e
nitretos. Já na faixa de 550 a 300°C, pode ser formada a fase alfa-linha (α'),
que causa a chamada fragilização a 475°C na ferrita, provocando na liga um
progressivo endurecimento, aumento do limite de resistência, assim como a
diminuição da tenacidade e da resistência à corrosão localizada (4, 9, 10). Este
efeito é atribuído à decomposição espinoidal (δ α´ + α´´) da fase ferrítica (δ)
na fase alfa linha (α´), rica em Cr, e em uma fase rica em Fe (α´´), sendo sua
cinética de precipitação muito mais intensa a 475°C.
Neste contexto, este trabalho se propõe a estudar o efeito do
envelhecimento a 475°C, por diferentes tempos, na resistência à corrosão
intergranular, através de ensaio eletroquímico, dureza e tenacidade ao impacto
de um aço inoxidável duplex fundido. Os resultados obtidos mostram que as
propriedades mecânicas, como tenacidade e dureza, são mais sensíveis ao
envelhecimento, tendo sido afetadas já nas primeiras 4 horas de tratamento
térmico, ao passo que a resistência à corrosão só evidenciou variações após
12 horas de envelhecimento.
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MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização deste trabalho, a fim de avaliar os efeitos do
tratamento térmico de envelhecimento a 475°C por diferentes tempos, nas
propriedades mecânicas e na resistência à corrosão de um aço inoxidável
duplex (AID) fundido UNS J93404 (Cast 2507 Gr 5A), foram utilizadas amostras
obtidos de um tubo sem costura. A tabela 1 apresenta a composição química
do aço estudado.
Tabela 1: Composição química dos AID analisado.
Material Composição química (% em peso). Fe em balanço.
Cr Ni Mo Mn Si N Cu W C P S
Cast 2507
Gr 5A 24,06 7,48 2,076 1,186 0,956 0,045 0,132 0,217 0,070 0,011 0,013
O valore do índice de resistência ao pite PRE (índice de resistência à
corrosão por pites ou pitting resistance equivalent number) da liga foi calculado
a partir da equação (A) e está expresso na tabela 2, juntamente com as
proporções de fases do AID. Cabe salientar que o índice PRE leva em
consideração somente a composição química de alguns elementos da liga.
Fatores que também influenciam na resistência à corrosão como o teor de
carbono, microestrutura e impurezas não são contabilizados nesta análise.
PRE = %Cr + 3,3.(%Mo + 0,5.%W) + 16.(%N) (A)
Tabela 2: Valores do índice PRE e fração volumétrica das fases ferrita e
austenita dos AID analisados
Material PRE Fração volumétrica (%)
Ferrita (δ) Austenita (γ)
Cast 2507 Gr 5A 32,0 54,5 ± 1,0 45,5 ± 1,0
O tratamento térmico de solubilização a 1060°C, com resfriamento em
água, foi efetuado nas amostras a fim de dissolver possíveis fases deletérias
precipitadas. Posteriormente algumas amostras passaram por envelhecimento
a 475°C por 4, 8 e 12 horas, a fim de avaliar as consequências da precipitação
da fase alfa linha por diferentes tempos nas propriedades do aço.
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Nesse contexto, foram realizados ensaios mecânicos de dureza Vickers
e tenacidade ao impacto Charpy a -46°C, este último com corpo de prova (CP)
reduzido com dimensões de 55 x 10 x 7,5 mm³, seguindo a norma ASTM E23.
O ensaio eletroquímico DL-EPR (Double Loop Electrochemical
Potentiokinetic Reactivation) foi realizado para avaliar a resistência à corrosão
intergranular da liga, sob as condições estudadas, com o auxílio de um
pontenciostato conectado a um computador e à uma célula eletroquímica de
três componentes: eletrodo de trabalho (amostra do AID), contra eletrodo de
platina e eletrodo de referência de calomelano saturado (saturated calomel
electrode – SCE). A análise foi realizada em uma solução aquosa aerada
contendo 2M H2SO4 + 0,01M KSCN + 0,5M NaCl (11) à temperatura ambiente.
Neste caso, a varredura foi iniciada em alguns minutos após a estabilização do
potencial com o circuito aberto (~0,4VSCE). Em seguida, o potencial, medido em
relação ao eletrodo de referência, foi aumentado no sentido anódico com uma
taxa de 1mVSCE/s até 0,3VSCE. Finalmente, atingido este valor, a varredura foi
invertida no sentido catódico até o valor original do potencial de circuito aberto.
Este ensaio parte da premissa de que durante a varredura inversa, no sentido
catódico, poderá ocorrer a presença de picos de corrente de reativação (Ir) se
houver regiões sensitizadas. Deste modo, a perda de resistência à corrosão,
devido às regiões pobres em cromo, foi avaliada a partir da relação entre o pico
da corrente de reativação (Ir) e da corrente de ativação (Ia) na varredura
anódica.
Após a realização dos ensaios mencionados, e para avaliação
microestrutural, amostras foram analisadas através de microscopia óptica (MO)
e eletrônica de varredura (MEV).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Caracterização Microestrutural
Inicialmente foi feita a caracterização microestrutural do aço inoxidável
duplex estudado para a verificação e comprovação da estrutura bifásica
característica, que é composta por matriz ferrítica (δ) e ilhas de austenita (γ).
Como pode ser verificado na figura 1, a microestruturas da liga, para a
condição solubilizada, apresenta microestrutura bifásica composta pelas fases
ferrita (δ) e austenita (γ) em proporções próximas.
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Figura 1: Microestrutura do AID fundido na condição solubilizada. Fase
austenita (cor clara) e ferrita (cor escura). Imagens obtidas por microscopia
óptica após ataque químico de Behara.
As amostras envelhecidas a 475ºC apresentaram aspecto semelhante
aos das amostras solubilizadas, pois o uso do microscópio óptico e do MEV
não permite a visualização da fase alfa linha (α’). Esta fase é muito pequena,
da ordem de 20 a 200 Å, além de possuir similaridade estrutural e pouco
contraste com a matriz ferrítica (12). Entretanto, é possível observar a fase α’
através de microscopia eletrônica de transmissão (MET). Por este motivo,
neste trabalho, a influência da fase alfa linha é analisada através de métodos
indiretos como variações nas propriedades mecânicas e na resistência à
corrosão do AID.
Propriedades Mecânicas
A figura 2 apresenta a curva de dureza em função do tempo de
envelhecimento a 475ºC. O comportamento apresentado é semelhante aos
resultados obtidos em aços inoxidáveis duplex (AID) e superduplex (AISD), de
designações distintas, em diferentes trabalhos (4, 9, 11, 13, 14). Conforme
esperado, o envelhecimento a 475ºC promoveu um aumento substancial na
dureza, já nas primeiras horas de tratamento, devido à forte cinética de
precipitação da fase α’, resultante da decomposição espinoidal da matriz
ferrítica (δ). Martins (9) obteve resultados semelhantes em aços inoxidáveis
duplex fundidos, graus 5A e 6A.
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Figura 2: Curvas de dureza Vickers em função do tempo de envelhecimento a
475ºC.
A figura 3 apresenta a curva de tenacidade ao impacto em função do
tempo de envelhecimento a 475ºC. Esta condição de envelhecimento
evidenciou uma forte queda nos valores da energia absorvida ao impacto
conforme o aumento do tempo de tratamento, principalmente nas primeiras 8
horas, em virtude da precipitação cada vez mais intensa da fase deletéria α’.
Este comportamento é análogo aos encontrados em outros estudos com AID e
AISD diversos nesta mesma temperatura de envelhecimento (4, 9, 11, 13, 14).
Conforme esperado, o envelhecimento a 475ºC também promove uma
fragilização acentuada dos AID e AISD, já nas primeiras horas de tratamento,
devido à forte cinética de precipitação da fase α’.
Figura 3: Curva de tenacidade ao impacto Charpy em função do tempo de
envelhecimento a 475ºC.
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Através do uso de estéreo microscópico, foram obtidas imagens (figura
4) das superfícies de fratura dos CPs ensaiados, para a condição solubilizada
(0h) e para todos os tempos de envelhecimento a 475ºC (4, 8 e 12h).
Figura 4: Superfícies de fratura dos CPs Charpy solubilizado (0h) e envelhecido
a 475ºC por 4, 8 e 12 horas.
Conforme ilustrado na figura 4, a superfície de fratura do CP no estado
solubilizado (0h) apresenta características do tipo dúctil, com aspecto fosco e
sinais de deformação plástica. Entretanto, com o envelhecimento a 475ºC, já
nas primeiras 4 horas de tratamento o tipo de fratura muda, tornando-se
predominantemente frágil, apresentando facetas brilhantes, e seguindo esta
tendência na condição do tratamento térmico de 12h, quando atingem uma
maior fragilidade. Os aspectos da fratura (frágil) foram muito próximos tanto
para 8h quanto para 12h de tratamento. Isto é justificado pela proximidade dos
valores encontrados de tenacidade para estas condições.
Resistência à Corrosão
A figura 5 apresenta as curvas obtidas por ensaio de DL-EPR para as
condições solubilizadas (0h) e para todos os tempos de envelhecimento a
475ºC (4, 8 e 12h) do AID estudado.
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Figura 5: Curvas de DL-EPR. Amostras solubilizada (0h) e envelhecidas a
475ºC por 4, 8 e 12 horas.
As curvas para a condição solubilizada e para 4 e 8 horas de
envelhecimento não evidenciaram picos significativos de corrente de reativação
(Ir). Este fato indica que, sob estas condições, o material é resistente à
corrosão intergranular. Contudo, a amostra envelhecida por 12 horas
apresentou um grau de sensitização (Ir/Ia) igual a 0,042 (ou 4,2%), indicando
que este material se encontra sensitizado nesta condição. Para uma análise
mais profunda, após a realização do ensaio de DL-EPR, amostras da superfície
envelhecidas por 8 e 12 horas foram observadas em MEV para comparação.
Para a condição envelhecida por 8 horas, não foi identificado indícios de
corrosão intergranular, como já indicado no ensaio eletroquímico devido ao
grau de sensitização nulo (Ir/Ia = 0). Entretanto, para a condição envelhecida
por 12 horas, foi encontrado a presença de corrosão intergranular,
principalmente nos contornos entre as fases ferrita e austenita (δ/γ), como
ilustrado na figura 6.
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Figura 6: Imagens obtidas por MEV, após o ensaio de DL-EPR, da amostra
envelhecido a 475ºC por 12 horas.
Carbonetos de cromo precipitados foram encontrados em análises feitas
por espectroscopia de energia dispersiva (energy dispersive spectroscopy –
EDS) e são mostrados na figura 7 indicados por setas. Estes precipitados
promoveram sensitização e uma consequente corrosão intergranular ao aço,
devido ao contraste de composição química entre o contorno de grão, com
precipitados ricos em Cr, e as adjacências destes contornos, empobrecidos de
tal elemento. Estas observações ratificam o resultado do ensaio de DL-EPR da
amostra envelhecida por 12 horas, onde foi detectado um pico de corrente de
reativação (Ir).
Figura 7: Carbonetos de cromo, indicados por setas. Imagens obtidas por MEV,
após o ensaio de DL-EPR, da amostra envelhecida a 475ºC por 12 horas.
CONCLUSÕES
O presente trabalho, relativo ao estudo do envelhecimento térmico a
475ºC, por diferentes tempos, em um aço inoxidável duplex fundido, permite
concluir que:
Ocorre um aumento substancial da dureza do aço analisado já nas
primeiras 4 horas de envelhecimento térmico a 475ºC, como
consequência da decomposição espinoidal da matriz ferrítica.
Esta condição de envelhecimento térmico evidenciou uma forte queda
nos valores da energia absorvida ao impacto, com o aumento do tempo
de envelhecimento, em virtude da precipitação cada vez mais intensa da
fase deletéria α’.
As imagens obtidas por microscopia óptica e reforçam o fato de que o
envelhecimento a 475ºC, que promove a precipitação da fase α’, fragiliza
o aço.
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Não ocorreu sensitização, sob as condições analisadas, nas amostras
envelhecidas a 475°C por até 8 horas. Entretanto, as amostras
envelhecidas por 12 horas apresentaram carbonetos de cromo e
corrosão intergranular nos contornos entre as fases ferrita e austenita
(δ/γ). Tal fato limita o tempo de exposição nesta temperatura para
componentes fabricados com este material. Este desempenho está
relacionado a teores mais elevados de carbono na composição do aço.
Os resultados mostram que as propriedades mecânicas, como
tenacidade e dureza, são mais sensíveis ao envelhecimento, tendo sido
afetadas já nas primeiras 4 horas de tratamento térmico, ao passo que a
resistência à corrosão só evidenciou variações após 12 horas de
envelhecimento.
Portanto, o envelhecimento a 475ºC, para tempos de até 8 horas o AID
fundido analisado, pode ser usado como um tratamento benéfico ao aço,
promovendo o aumento da resistência mecânica sem perda aparente de
resistência à corrosão intergranular. Contudo, deve-se atentar à
fragilização, com queda de tenacidade e ductilidade, promovida pela
precipitação da fase α’.
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(14) WENG, K.L.; CHEN, H.R.; YANG, J.R., “The Low-Temperature Aging Embrittlement in a 2205 Duplex Stainless Steel”. Materials Science and Engineering. Vol. A379 (2004). 119-132, 2004.
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EMBRITTLEMENT AND CORROSION DECAY OF CAST DUPLEX
STAINLESS STEEL
Duplex stainless steels (DSS) are Fe-Cr-Ni-Mo alloys, with low carbon content,
which have a favorable combination of mechanical properties and corrosion
resistance. These characteristics are mainly attributed to biphasic and refined
microstructure, typical of these alloys, consisting of similar proportions between
ferrite and austenite phases. For this reason, DSS are widely used in various
segments of industry, especially in offshore applications. However, DSS
components may have a decrease of their properties when they experience
undesirable temperature ranges due to incorrect manufacturing processes.
Intermetallic phases may precipitate causing embrittlement and corrosion
resistance decrease. This work presents the effects of aging at 475°C, the
temperature at which the alpha prime phase (α') precipitation kinetics is more
intense, in mechanical properties and resistance to localized corrosion of a cast
DSS. The results show that mechanical properties, such as toughness and
hardness, are more susceptible to aging, having already been affected during
the first 4 hours of heat treatment, while corrosion resistance showed
differences only after 12 hours of aging.
Key-words: duplex, corrosion, alfa prime, embrittlement.
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