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- 051 - Francesco Furini 1600?-1646) Francesco Furini, nascido em Florença entre os anos de 1660 e 1603, e falecido na mesma cidade no dia 19 de agosto de 1646, foi um pintor florentino da época do Barroco, por sinal, um artista peculiar dentro desse estilo, produzindo quadros de um atrevido erotismo, mesmo após ter sido ordenado sacerdote. De família pobre e numerosa, era filho de um pintor de retratos, Filippo Furini, mais conhecido como Pippo Sciamerone. Francesco aprendeu com ele os rudimentos da arte, para depois completar a sua formação com Matteo Rosselli e Domenico Passignano, embora também tenha tido influência de Giovanni Biliverti. Grande admirador da escultura clássica, que estudara nas coleções dos Medici de Florença, visitou Roma em 1619, e aí conheceu o tenebrismo de Caravaggio e seus seguidores. Entre eles parece que teve uma especial relação com Bartolomeo Manfredi e com Giovanni da San Giovanni. A sua primera obra assinada é uma Crucifixão de São Bartolomeu (1623, Todi, igreja de San Bartolomeo). Ordenado sacerdote, aos quarenta anos tornou-se pároco de Sant’Ansano em Mugello. Uma das suas obras-primas é o conjunto mural em afrescos do Palácio Pitti de Florença (1639-42), onde pintou, por encomenda de Fernando II de Médici, dois grandes lunetos com A Academia Platónica de Careggi e Alegoria da Muerte de Lourenço, o Magnífico. Ambos os murais parecem um desafio de Furini face a Pietro da Cortona, que trabalhava no mesmo edifício à mesma época, e na realidade saem do estilo habitual de Furini. A obra deste pintor reflete a tensão entre o maneirismo de Florença, já um tanto conservador, e as novidades do barroco. Abordou temas bíblicos e mitológicos com um sfumato de grande efeito. Apresenta certos paralelismos com Guido Reni. (Wikipedia em português e outras fontes).

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Francesco Furini

1600?-1646)

Francesco Furini, nascido em Florença entre os anos de 1660 e 1603, e

falecido na mesma cidade no dia 19 de agosto de 1646, foi um pintor florentino

da época do Barroco, por sinal, um artista peculiar dentro desse estilo,

produzindo quadros de um atrevido erotismo, mesmo após ter sido ordenado

sacerdote. De família pobre e numerosa, era filho de um pintor de retratos, Filippo

Furini, mais conhecido como Pippo Sciamerone. Francesco aprendeu com ele

os rudimentos da arte, para depois completar a sua formação com Matteo

Rosselli e Domenico Passignano, embora também tenha tido influência de

Giovanni Biliverti.

Grande admirador da escultura clássica, que estudara nas coleções dos

Medici de Florença, visitou Roma em 1619, e aí conheceu o tenebrismo de

Caravaggio e seus seguidores. Entre eles parece que teve uma especial relação

com Bartolomeo Manfredi e com Giovanni da San Giovanni.

A sua primera obra assinada é uma Crucifixão de São Bartolomeu (1623,

Todi, igreja de San Bartolomeo). Ordenado sacerdote, aos quarenta anos

tornou-se pároco de Sant’Ansano em Mugello.

Uma das suas obras-primas é o conjunto mural em afrescos do Palácio Pitti

de Florença (1639-42), onde pintou, por encomenda de Fernando II de Médici,

dois grandes lunetos com A Academia Platónica de Careggi e Alegoria da

Muerte de Lourenço, o Magnífico. Ambos os murais parecem um desafio de

Furini face a Pietro da Cortona, que trabalhava no mesmo edifício à mesma

época, e na realidade saem do estilo habitual de Furini.

A obra deste pintor reflete a tensão entre o maneirismo de Florença, já um

tanto conservador, e as novidades do barroco. Abordou temas bíblicos e

mitológicos com um sfumato de grande efeito. Apresenta certos paralelismos

com Guido Reni. (Wikipedia em português e outras fontes).

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Francisco Furini - Tema mitológico

“As Três Graças”

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Francesco Solimena

1657-1743

Francesco Solimena, nascido em 4 de outubro de 1657 e falecido em 3 de

abril de 1743, foi um prolífico pintor italiano do período barroco, proveniente de

uma família de pintores e desenhistas estabelecidos em Nápoles (Itália). Em uma

longa e produtiva carreira, pintou afrescos em muitas das grandes igrejas de

Nápoles e tornou-se um dos mais abastados e famosos artistas europeus de sua

época. Sua pintura vigorosa, frequentemente marcada por uma iluminação

carregada de dramaticidade, possui muito do estilo barroco de artistas como

Luca Giordano (seu predecessor em Nápoles) Lanfranco e Preti, mas também

tem a estrutura dos traços clássicos de um Rafael e a firmeza de Annibale

Carracci. (Traduzido) Na imagem abaixo, “Agar e o Anjo” (1695-1999)

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Considerado o mais destacado representante da pintura barroca em Nápoles,

Francesco Solimena era um excelente retratista, com grande senso de análise

psicológica, como se observa, por exemplo, em “Retrato de Mulher”. A bela

debutante, em sua exuberante natureza, é exatamente o centro da composição.

Seu corpo se insere no oval desenhado por seus ombros e o arredondado de

seus braços. O volume de suas vestes, o grande vaso tomando parte do cenário,

a cortina de fundo, as nuvens através da janela, tudo vem reforçar essa

predominância de linhas curvas, típica do Barroco. O único elemento retilíneo é

o edifício clássico que aparece na paisagem, cortando o céu à direita. A aura de

mistério que rodeia toda a pintura contribui para assegurar o sucesso desta bela

desconhecida que é, certamente, um dos mais belos retratos de Solimena.

(Traduzido)

Retrato de Mulher, Óleo sobre tela – 1,29 x 1,00 metro

Museu dos Agostinhos - Tolouse (Fonte: Commons)

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Giovanni Andrea Ansaldo

1584-1638

Giovanni Andrea Ansaldo, nascido no ano de 1584 e falecido no ano de

1638, foi um pintor italiano do período do Barroco, que trabalhou principalmente

em Gênova. Era filho de um mercador e sua cidade natal era Voltri, que, nessa

época, fazia parte de Gênova.

Estudou com Orazio Cambiaso e, possivelmente, colaborou com Bernardo

Strozzi. Dois de seus mais importantes alunos foram Giuseppe Badaracco e

Bartolomeo Bassi.

A obra de Ansaldo é típica do ecletismo, refletindo o estilo genovês do

começo do século XVII, mas marcado pela influência de artistas flamengos como

Rubens e Anton Van Dyck e os pintores de Milão Giovanni Battista Crespi, Giulio

Cesare Procaccini e Pier Francesco Mazzucchelli.

Ansaldo pintou a cúpula da Basilica della Santissima Annunziata del Vastato,

em Gênova, completada entre 1635-1638, um pouco antes de sua morte.

A “Anunciação” é considerada o primeiro verdadeiro afresco barroco da

cidade. Usando a complexa técnica do Trompe-l'oeil, (ilusão dos olhos, ou efeito

3D) o afresco reproduz o interior de uma igreja planejada a partir de uma cruz

grega, com Maria ascendendo aos céus e sendo esperada pelo Pai no

centro da cúpula.

Altares de Ansaldo foram encomendados para a Catedral de Segóvia. Morreu

em Gênova e foi provavelmente enterrado na mesma Basílica Annunziata, onde

realizou seu último trabalho. (Wikipedia e outras fontes).

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Semíramis (em grego Σεμίραμις; em armênio Շամիրամ [Shamiram]),

também conhecida como Shammurāmat foi uma rainha mitológica que

segundo as lendas gregas e lendas persas reinou sobre a Pérsia, Assíria,

Armênia, Arábia, Egito e toda a Ásia, durante mais de 40 anos, foi

fundadora da Babilônia e de seus jardins suspensos. Subiu ao céu

transformada em pomba, após entregar a coroa ao seu filho, Tamuz.

Giovanni Andrea Ansaldo,

“Semiramide avvertita dell'insurrezione di Babilonia”

Fonte: Commons

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Giovanni Baglione

1566-1643

Giovanni Baglione, nascido no ano de 1566 e falecido em 30 de dezembro

de 1643, foi um pintor e historiador de arte italiano, que participou da migração

entre o Maneirismo tardio e o primitivo Barroco. Foi discípulo de Francesco

Morelli e trabalhou principalmente em Roma. Era conhecido também como Il

Sordo del Barozzo. Sua importância se revela igualmente nos livros que

publicou e que nos revelam ocorrências importantes na arte de seu tempo: “As

Nove Igrejas de Roma” (1639) e As Vidas dos Pintores, Escultores,

Arquitetos e Gravadores (entre 1572-1642). Um dos episódios mais

importantes de sua carreira foi um entrevero com o então jovem pintor

Caravaggio, travando uma batalha virtual nas telas pintadas por um e outro. A

obra “Amor Sagrado versus Amor Profano”, de Baglione, foi uma resposta à

obra de Caravaggio, “O Amor Vitorioso”, e mostra um anjo (o amor sagrado)

interrompendo um encontro entre o Cupido (o amor profano) e o Demônio

(retratado com o rosto de Caravaggio). (Abaixo, a obra de Caravaggio e, na

pg. 057, a resposta de Baglione. (Wikipedia e outras fontes)

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“O amor sagrado vence o amor profano”, Giovanni Baglione, 1602,

Staatliche Museen, Berlin

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Giovanni Battista Gaulli

1639-1709

Giovanni Battista Gaulli, nascido na cidade de Gênova no dia 8 de maio de

1639 e falecido em Roma no dia 2 de abril de 1709, conhecido como Baciccio,

também chamado Il Baciccio ou ainda Baciccia , foi um pintor italiano do

período barroco. Em Gênova, estudou com Luciano Borzone, mas foi também

influenciado pelo trabalho do flamengo Anthony Van Dick e do italiano Bernardo

Strozzi. Mudou-se para Roma por volta de 1660, visitando Parma em 1669, para

estudar afresco com Correggio. Mas um de seus contatos mais importantes foi

o escultor Gian Lorenzo Bernini, de quem se tornou amigo e que o introduziu

no círculo fechado de patronos romanos. Baciccia se tornou famoso pelos seus

afrescos e retratos. Sua cor é quente, a luz bem tratada e há em sua obra um

tratamento dramático da perspectiva que lhe permite alcançar um estilo

dinâmico, o suficiente para influir no Barroco romano e, mais tarde, em artistas

engajados em movimentos artísticos posteriores. (Traduzido da Enciclopédia

Britânica, com trechos da Wikipedia e consulta a outras fontes).

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Giovanni Battista Gaulli (Il Baciccio), Pieta, 1667

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Giovanni Battista Salvi

da Sassoferrato

1609-1685

Giovanni Battista Salvi da Sassoferrato, nascido no dia 25 de agosto de

1609 e falecido no dia 8 de agosto de 1685, também conhecido como Giovanni

Battista Salvi, foi um pintor italiano do período barroco, simplesmente citado

pelo nome da cidade da cidade natal, Sassoferrato, como era comum identificar

os artistas da época.

Os detalhes de sua biografia são esparsos e inconclusivos. Sabe-se que

nasceu em Sassoferrato, na região central da Itália, entre Roma e Florença, ao

lado Leste dos montes Apeninos. Foi aprendiz de seu próprio pai, o pintor

provinciano Tarquinio Salvi, cujos trabalhos ainda podem ser encontrados na

Igreja de São Francisco da mesma cidade.

Outros mestres são desconhecidos, acreditando-se que tenha trabalhado

algum tempo sob a supervisão do Domenichino que era, na ocasião, o principal

discípulo de Annibale Carracci.

Também pouco se sabe de obras que lhe tenham sido diretamente

encomendadas, sendo de presumir que Sassoferrato se concentrava em

produzir, para colecionadores, cópias de imagens devocionais de vários estilos,

as quais eram bastante solicitadas no período da Contra-Reforma. Isso, se de

um lado, proporcionou uma segurança financeira a ele, por outro, obliterou seu

talento criativo e pouco de seu trabalho original chegou até nós. Há registros de

suas pinturas originais no convento beneditino de São Pedro, em Perugia (1630)

e no retábulo de Santa Sabina, em Roma, retratando a Madona do Rosário

(1643). Mais tarde, em 1683, pintou um auto-retrato tão expressivo que o

Cardeal Chigi o adquiriu, para dar de presente a Cosimo III de Medici.

Sentindo-se próximo da morte, fez seu testamento em 29 de junho de 1685 e

morreu em 8 de agosto do mesmo ano. (Traduzido da Wikipedia em inglês, com

apoio de outras fontes)

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Acima, Sassoferrato “Virgin Mary” (1640-1650). National Gallery, London

Abaixo, Auto-retrato – Fonte: Commons

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Giovanni Benedetto Castiglione

1609-1664

Giovanni Benedetto Castiglione, com data de nascimento desconhecida,

mas batizado em Gênova no dia 23 de março de 1609 e falecido em Mantua no

dia 5 de maio de 1664, foi um pintor italiano e um dos mais importantes

inovadores nas técnicas de impressão. Iniciando-se no Maneirismo e migrando

progressivamente para o Barroco, foi um produtivo retratista, com uma larga

produção que, infelizmente, em sua maioria, se perdeu. Na Itália, ficou conhecido

como Il Grechetto, enquanto que na França o chamavam Le Benédette.

Paralelamente ao retrato, dedicou-se a pintar imagens de santos, peças

históricas e paisagens e cenas da vida rural.

Todavia, tornou-se famoso por seus trabalhos em gravuras, havendo criado

a técnica do monotipo, em que a pintura é feita sobre uma placa lisa de cobre,

zinco, ou até mesmo vidro, para depois ser transferida para o papel por meio de

prensagem. O efeito é mais vibrante que o da xilogravura e só se pode tirar uma

ou duas cópias, o que valoriza o trabalho para o colecionador. Abaixo, um

monotipo de Castiglione, provavelmente uma segunda impressão (Fonte:

Commons. (Traduzido do inglês, Enciclopédia.Britânica e Wikipedia)

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Giovanni Benedetto Castiglione, “O Retorno de Jacó”, monotipo, c.1647

Abaixo, “Diógenes procurando um homem honesto”

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Giovanni Domenico Cerrini

1609-1681

Giovanni Domenico Cerrini, nascido em Perugia, Itália, no ano de 1609 e

falecido em Roma no ano de 1681, também conhecido como Gian Domenico

Cerrini ou il Cavalier Perugino, foi um pintor do período barroco, havendo

exercido sua influência em grande parte de pintores da escola bolonhesa. Iniciou

seu aprendizado com o mestre Giovanni Antonio Scaramuccia e, em 1638,

mudou-se para Roma, onde se engajou no estúdio de Guido Reni. Sua pintura

sofreu a influência de Lanfranco, Guercino, Domenichino e Andrea Sacchi,

havendo recebido o patronato da família do Cardeal Bernardino Spada. Foi

também chamado pelo Cardeal Giulio Rospigliosi que lhe deu a incumbência de

decorar a cúpula da Basilica di Santa Maria della Vittoria (1654-1655). (Traduzido

da Wikipedia em inglês, com apoio de outras fontes)

“Apollo und die Cumäische Sibylle”. Gemälde Galerie Kulturforum, Berlin.

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Giovanni Domenico Cerrini -

San Goivanni Battista

Fonte: Commons

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Giovanni Lanfranco

1582-1647

Giovanni Lanfranco, nascido em Parma no dia 26 de janeiro de 1582 e

falecido em Roma no dia 30 de novembro de 1647, também conhecido como

Giovanni di Steffano ou il Cavaliere Giovanni Lanfranchi foi um destacado artista,

seguidor da escola bolonhesa. Entre 1600 e 1602, estudou em Parma, com

Agostino Carracci e, mais tarde, mudou-se para Roma, engajando-se no ateliê

de Annibale Carracci. Todavia, a grande influência que orientou seu trabalho não

foi o Barroco clássico dos irmãos Carracci, mas sim o ilusionismo dinâmico

revelado nas pinturas de Correggio, em Parma. (Traduzido da Enc.Britânica)

Abaixo, “A escrava Agar no deserto”

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Acima, Giovanni Lanfranco, “Multiplicação dos pães”

Abaixo, “O rapto de Europa” (Fonte, Commons)

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Giuseppe Maria Crespi

1665-1747

Giuseppe Maria Crespi, nascido em Bolonha no dia 14 de março de 1665 e

falecido na mesma cidade em 25 de março de 1747, também conhecido como

Lo Spagnolo, foi um pintor italiano do estilo barroco, que rompeu, de forma

dramática e definitiva com a tradição acadêmica formal, para buscar uma

abordagem direta e imediata às propostas do novo estilo artístico. Embora se

tornasse mais conhecido por pintar cenas do cotidiano, ele também fez seguidas

incursões na pintura religiosa, com impressionantes resultados. Como muitos

outros, se dedicou igualmente a fazer retratos, um gênero sempre procurado e

que ajuda a equilibrar a renda. Giuseppe Crespi, juntamente com Giambattista

Pittoni, Giovan Battista Tiepolo, Giovan Battista Piazzetta, Canaletto and

Francesco Guardi completa a tradicional lista dos Velhos Mestres da pintura

nesse período. (Traduzido da Enciclopédia Britânica, com apoio de outras

fontes)

"Psyche descobre Cupido, c1707, Galleria degli Uffizi, (Fonte, Commons)

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Giuseppe Maria Crespi

“Madona e o menino Jesus adormecido”

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Il Guercino 1591-1666

Giovanni Francesco Barbieri, mais conhecido como il Guercino, nascido

em Cento (próximo a Ferrara) no dia 8 de fevereiro de 1591 e falecido no dia 22

de dezembro de 1666, foi um pintor relevante no centro e no norte da Itália.

Seus afrescos, realizados sobretudo nos tetos, exploram efeitos ilusionistas

(tromp l’oiel), resultando em um profundo impacto sobre a decoração barroca

do século 17. Seu apelido il Guercino (O Vesgo) lhe foi dado por ter os olhos

desalinhados.

Ele recebeu os primeiros ensinamentos de mestres locais, mas sua formação

mais sólida se deu em Bolonha, especialmente na pintura naturalista de Ludovico

Carracci. Algumas obras, como “Madona na Glória com santos e com o

doador” (1616; Royal Museum of Fine Arts, Bruxelas) possui grandes formas e

cores fortes, com amplas e vigorosas pinceladas.

Seu método de utilização de luz e sombra não estava relacionado com as

descobertas de Caravaggio; ao contrário, esse contraste foi obtido a partir de

seus contatos com a pintura de Bolonha e Veneza, que ele visitou em 1618.

Fortemente influenciado pela escola bolonhesa, seu estilo chamou a atenção

do Papa Gregório XV, que o chamou a Roma e lhe deu, entre outras

incumbências, a responsabilidade de decorar a Vila Ludovisi, bem como pintar,

no teto, o afresco “Aurora”, um de seus mais expressivos trabalhos, em que o

teto parece nem existir, enquanto a carruagem flutua no espaço.

O artista retornou à sua cidade natal de Cento em 1623 e, em 1642, com a

morte de Guido Reni, mudou-se para Bolonha, onde assumiu a liderança artística

até sua morte. Com um desenho firme e preciso, trouxe grande impacto no

desenvolvimento da decoração barroca do Século XV. (Traduzido do inglês:

Enciclopédia Britânica, Universalium e outras fontes.

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O efeito “trompe l’oeil” (3D) no afresco “Aurora”, de il Guercino, pintado no teto

da Vila Ludovisi por incumbência que lhe foi dada pelo papa Gregório XV

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Guido Reni 1575-1642

Guido Reni, nascido em Bolonha no dia 4 de novembro de 1575 e falecido

na mesma cidade no dia 18 de agosto de 1642, pintor notável do Barroco

primitivo, sua pintura se confunde com o idealismo clássico, na interpretação de

temas religiosos e mitológicos. Iniciou seu aprendizado com o flamengo Denis

Calvaert, ainda com 10 anos e, mais tarde, teve a influência dos Carracci, uma

família de pintores bolonheses. Com 24 anos, já era admitido na guilda de

pintores e, aos 26 anos, dividia seu tempo entre os estúdios de Bolonha e Roma.

Sua família também era de artistas, mas versados em música e não em pintura.

Entre 1600 e 1614, trabalhou principalmente em Roma, onde pintou o Martírio

de São Pedro (1601-1603). Entre 1608 e 1609, realizou os afrescos da Igreja de

São Gregório Magno, em Roma, e em 1613 levou a cabo sua obra mais

conhecida, o afresco Febo e Horas, precedidos pela Aurora, no teto do pavilhão

de descanso, no jardim do palácio Rospigliosi, em Roma.

Reni sofreu grande influência da arte clássica e o estilo realista de sua

primeira época contrasta com a exuberância barroca de seus contemporâneos.

No museu do Prado, em Madri, conservam-se várias obras suas, como Cupido

e a Virgem da cadeira. Em seus últimos anos, voltou a Bolonha, onde criou sua

própria academia, abandonando o realismo por um estilo mais suave e

sentimental.

Sua obra prima é “Aurora”, afresco pintado em 1614 no Casino Rospiglioso,

Palazzo Pallavicini, Roma. Embora tenha sido pintada no teto, esta decoração

apresenta um friso em sua volta, como se estivesse reproduzida na parede,

representando uma rebelião de Reni contra a pesquisa espacial que, por essa

época, excitava a imaginação de outros artistas, como Giovanni Lanfranco e

Pietro da Cortona.

(Traduzido da Enciclopédia Britânica (inglês) e da Encarta (Espanhol), com

apoio de outros textos)

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Acima, Aurora de Guido Reni (detalhe) Fonte: Pinterest

Abaixo, conjunto da obra (Fonte: Commons)

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Acima, Guido Reni, “Susana e os Anciãos” (tema bíblico)

Abaixo, Magdalena Penitente (tema bíblico)

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Guido Reni, “Saint Jerome”, 65x50 cm

Óleo sobre tela

(Fonte: www.canesso.com)

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Acima, Guido Reni, “Encontro de Bradamante and Fiordispina”, (c1632)

Abaixo, Guido Reni, “Maria e Jesus”

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Guido Reni, “Assumption of Mary”, 1642 (Fonte: Wikiart)

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Leonello Spada

1576-1622

Leonello Spada, nascido na cidade de Bolonha no ano de 1576 e falecido

em Parma no dia 17 de maio de 1622, também conhecido como Lionello Spada,

foi um pintor e gravador do barroco italiano, seguidor da escola bolonhesa e um

dos discípulos de Caravaggio. Foi um aprendiz de Cesare Baglione e, por volta

de 1600, esteve ativo junto a Girolamo Curti, como membro de uma equipe de

pintores especializados de Bolonha.. Frequentou também a academia bolonhesa

dos “Incamminati”, aberta por influência dos irmãos Carracci e colaborou na

decoração dos funerais de Agostino Carracci. Aliás, seu estilo sofreu profunda

influência dos irmãos Carracci, especialmente de Ludovico. Com a assistência

de Francesco Brizio, colaborou para a execução dos ciclos épicos da história

romana no Palácio Bentivoglio. (Traduzido da Wikipedia em francês)

"Judith e a cabeça de Hollofernes" c1618, Galleria Nazionale, Parma, Italy

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Acima, Leonello Spada, “Cristo subjugado”, c. 1612-4

Abaixo, “Judith and Holofernes”, Nazionale,Bologna (Museum)

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Luca Giordano

1634-1705

Luca Giordano, nascido em Nápoles no dia 18 de outubro de 1634 e falecido

na mesma cidade no dia 3 de janeiro de 1705, foi um pintor do Barroco na última

metade do Século XVII, conhecido também pelo apelido de Luca Fa Presto

(Luca faz rápido), por valorizar a pressa com que suas obras eram executadas,

ainda que em prejuízo da qualidade técnica. Certa vez, pintou um retábulo (altar-

mór) completo em um único dia. O resultado, já se imagina qual foi... Seu outro

apelido era Proteus, adquirido como resultado da sua reputada mania de

produzir pastiches, imitando descaradamente as obras de vários artistas.

(Traduzido da Enciclopédia Britânica, Universalium e outras fontes).

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Lodovico Carracci

1555-1619

Ludovico (ou Lodovico) Carracci, nascido em data incerta, mas batizado

em Bolonha no dia 21 de abril de 1555, e falecido na mesma cidade no dia 13

(ou 14) de novembro de 1619, foi um pintor, impressor e gravador em água forte

que se notabilizou por suas composições religiosas e pela arte acadêmica que

ajudou a criar em Bolonha por volta de 1585, o que permitiu a renovação da arte

italiana, seja no Maneirismo em transição, seja no emergente Barroco. Filho

de um açougueiro e primo dos mestres pintores Annibale e Agostino Carracci,

Ludovico trabalhou inicialmente sob a orientação de Próspero Fontana, em

Bolonha, e, em seguida, visitou Florença, Parma e Veneza, antes de retornar à

sua terra natal. Suas obras se destacam por gestos largos e uma luz oscilante

que traduzem uma emoção espiritual singular, sendo ainda mais visíveis em

seus afrescos. (Traduzido do inglês, Enciclopédia Britânica e outras fontes)

“Lamentação do Cristo morto”, 1585circa,

Metropolitam Museum of Art, Fonte: Commons

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“Vermählung Mariä” (O casamento da Virgem)

1587circa, 40x34 cm, Fonte: Commons

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Acima, Ludovico Carracci, “Assunção da Virgem”, 1607(detalhe)

Abaixo, “Aurora e Céfalo”, 1597, Galeria Farnese. Fonte, Commons

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Ludovico Carraci, “Anunciação”, Palazzo Rosso, Fonte: Commons

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Luigi Pellegrini Scaramuccia

1616-1680

Luigi Pellegrini Scaramuccia, nascido no ano de 1616 e falecido no ano de

1680, foi um artista italiano que se destacou não somente na pintura, mas

também nos deixou um precioso legado como escritor, tornando-se um dos

biógrafos do período do Barroco. Juntamente com outro emergente de sua

época, Giovanni Domenico Cerrini, foi um discípulo de Guido Reni. Era filho do

pintor Giovanni Antonio Scaramuccia, da cidade de Perugia e, após ganhar

autonomia na arte, passou a viajar, deixando pinturas através da península

itálica, como em Roma, Bolonha e Milão.

Entretanto, como o dissemos, ele é considerado importante principalmente

como biógrafo do que como pintor. Seu livro “Le finezze de' pennelli italiani”,

foi uma das mais importantes compilações de biografias do período barroco,

incluindo artistas de Bolonha e Milão. Na pintura, foi assistente de Carlo Cignani,

trabalhando ao lado de Lorenzo Pasinelli, Girolamo Bonini, and Giovanni Maria

Galli-Bibiena na decoração em afresco da Sala Farnese,no Palazzo d'Accursio

em Bolonha.

Resurrezione di Cristo. Milano, San Marco. Fonte: Commons

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Luigi Pellegrino Scaramuccia, afresco

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Mattia Preti 1613-1699

Mattia Preti, nascido no dia 24 de fevereiro de 1613, na “piccola città” de

Taverna (Calabria) e falecido no dia 3 de janeiro de 1699, foi um artista italiano

do período Barroco, que trabalhou no Sul da Itália e também na ilha de Malta.

Passou a ser chamado de “il Cavalier Calabrese” após ter sido admitido na

Ordem de São João, em 1660. Seu primeiro aprendizado se deu sob a

orientação do pintor caravagista Giovanni Battista Caracciolo, que, ao correr de

sua vida, guiou-se pelo estilo do pintor Caravaggio.

Mais tarde, em torno de 1630, juntou-se a seu irmão Gregório Preti (1603-

1682), também pintor, onde treinou as técnicas de Caravaggio e sua escola,

assim como assimilou os estilos de Rubens, Guido Reni e Giovanni Lanfranco.

Quando em Roma, pintou ciclos de afrescos nas igrejas de Sant'Andrea della

Valle e San Carlo ai Catinari. Entre 1644 e 1646, fez algumas incursões a

Veneza, mas sempre com base em Roma, onde se fixou por volta de 1651.

Pintou afrescos na igreja de San Biagio di Modena, entre 1651 e 1652 e

participou da decoração do Palazzo Pamphilj in Valmontone entre 1660 e 1661,

onde trabalhou com Pier Francesco Mola, Gaspar Dughet, Francesco Cozza,

Giovanni Battista Tassi (il Cortonese), and Guglielmo Cortese.

Preti teve a fortuna de viver uma longa vida, com brilhante carreira e deixou

uma produção artística considerável. Suas exuberantes pinturas, registro de um

estilo barroco tardio, fazem parte das coleções de muitos grandes museus,

incluindo em Nápoles, Valletta, e em sua cidade natal de Taverna. (Traduzido da

Wikipedia em inglês, com apoio de outras fontes).

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Acima, Mattia Pretti, “As Bodas de Caná”, National Gallery, London,

Fonte: Commons; Abaixo, “Santa Veronica” (detalhe), 1655-60

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Detalhe do cartaz anunciando exposição de

obras de Mattia Pretti em Valletta, em 2013

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Mattia Preti, “Magdalena Penitente”

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Orazio Borgianni

1574-1616

Orazio Borgianni, nascido na cidade de Roma, no dia 6 de abril de 1574 e

falecido na mesma cidade no dia 14 de janeiro de 1616, foi um pintor e gravador

em água forte (ácido nítrico), no período de transição entre o Maneirismo tardio

e o Barroco. Era meio-irmão do escultor e arquiteto Giulio Lasso e iniciou seu

aprendizado com seu irmão Giulio Borgiani, que era também conhecido como

Scalzo (descalço). Com o patronato do rei Felipe II da Espanha (na época

também Felipe I de Portugal), foi induzido a visitar a Espanha, retornando a

Roma por volta de abril de 1605, no auge de sua carreira, tendo o melhor de sua

obra sido realizada entre 1605 e 1616. Ainda quando se achava na Espanha,

sob o patronato de Felipe II, assinou um contrato para fundar, na Itália, uma

academia de pintura e para executar nove pinturas para o Convento, de

Portacoli, Valladolid, ao noroeste da península ibérica. De sua presença na

Espanha, ainda existem, no Museu do Prado, duas de suas pinturas, um “São

Cristóvão” e “A Estigmatização de São Francisco”. Em seu retorno a Roma,

conseguiu o patrocínio do embaixador espanhol, para quem realizou várias

pinturas, e dedicou-se, ainda, como pintor de igrejas, dedicando-se a essa tarefa

até 1630, quando regressou à Espanha. Na Itália, pintou o abside para a igreja

de San Silvestro in Capite in Rome, com um “Martírio de Santo Stefano” e

“Mensageiros de Constantino recorrem a São Silvestre” (1610). Sua pintura

San Carlo alle Quattro Fontane (1612) forma um eclético encontro de dois

estilos, com a emotividade dos irmãos Carracci e o tenebrismo de Caravaggio,

este último exercendo uma profunda influência no artista. (Traduzido da

Wikipedia em inglês, com apoio de outras fontes)

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Acima, Orazio Borgianni, “A Sagrada Família” (detalhe)

Abaixo, “Head of a old woman” (detalhe)

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Pier Francesco Mazzucchelli

1573-1626

Pier Francesco Mazzucchelli, nascido em Morazzone, próximo a Varese

(Lombardia), no ano de 1573 e falecido na mesma cidade no ano de 1626, foi

um pintor italiano do primitivo Barroco, conhecido também como Morazzone,

sendo filho de um maçom que, logo após seu nascimento, passou a residir em

Roma.

Suas primeiras experiências com a pintura se deram no estilo maneirista e

foi influenciado por Ventura Salimbeni e por Cavalie D’Arpino.

Em Roma, pintou algumas telas e também iniciou incursões na aplicação do

afresco, em trabalhos como “Adoração dos Magos” e “Visitação” na Basílica

de San Silvestro in Capite (1596).

Seu estilo revelou a influência de Caravaggio, que foi outro discípulo de

Cavalie D’Arpino. Com efeito, suas representações do martírio e do êxtase estão

imbuídas das características mórbidas da Lombardia contemporânea, próprias

do tenebrismo de Caravaggio. Ele retornou a Milão em 1597.

Na Lombardia, pintou afrescos para a Cappella del Rosario em San Vittore

(Varese) 1599 e trabalhou numa série nas capelas do Monte Sagrado dos Alpes,

começando pela Capela de Sacro Monte de Varallo, onde desenvolveu seu estilo

mais dramático.

Entre 1608 e 1609, completou a Capela da Flagelação no Santo Monte de

Varese e Retornou a Varalo, para pintar na Capela Ecce Homo (1610-1613).

A última da série foi a Capela de Porziuncola (1616-1620), no Sacro Monte

de Orta. Outros afrescos de sua lavra incluem a Capela da Boa Morte em São

Gaudêncio (Novara) e alguns Profetas, na Catedral de Piacenza, completados,

após sua morte, pelo pintor Giovanni Francesco Barbieri (Guercino). Traduzido

da Wikipedia em inglês, com apoio de outras fontes)

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Pier Francesco Mazzucchelli, “São Francisco” (Commons) Na realização da obra, a presença do “tenebrismo” de Caravaggio

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Alonzo Cano 1601-1667

Alonso Cano, nascido na cidade de Granada, Espanha, no dia 19 de março

de 1601 e falecido na mesma cidade no dia 3 de setembro de 1667, foi pintor,

escultor e arquiteto, frequentemente chamado de “Michelangelo Espanhol”,

por sua diversidade de talentos. Embora sua vida tenha sido contraditória e

tempestuosa, ainda assim, teve momentos de reflexão suficientes para produzir

obras religiosas com elegância e devoção.

Mudando-se para Sevilha em 1614, estudou escultura com Juan Martinez

Montañes e pintura com Francisco Pacheco, mas teve de mudar-se da cidade,

às pressas, como consequência de um duelo em que se envolveu com o pintor

Sebastián de Llano y Valdés e asilou-se em Madri, onde obteve o perdão da

corte, voltando à sua rotina.

Como escultor, suas mais famosas obras foram “Madona e criança”, na

Igreja de Lebrija (também chamada Nebrija) e as colossais figuras de “São

Pedro e São Paulo”. Sua fama se espalhou e tornou-se pintor e arquiteto do rei

Felipe IV, assim como instrutor de Balthasar Charles, o príncipe das Astúrias.

Seu talento era divino, seu temperamento era maligno e ingovernável.

Tinha gestos bruscos de fúria, sem atentar pelas consequências. Certa vez,

desentendeu-se com um comprador com relação ao preço de uma estatueta de

um santo e, num acesso de fúria, destruiu a imagem sagrada em mil pedaços, o

que era um crime sacrossanto, na Espanha católica daquela época.

Sua credibilidade, quanto à conduta, caiu em baixa. Conta-se que, certa vez,

ao chegar em casa, encontrou a porta arrombada, a esposa morta e o

empregado, segundo soube, fugiu para lugar incerto e não sabido, tornando-se

o principal suspeito do crime. Não obstante, como ele, o artista, era

reconhecidamente ciumento e violento, os magistrados o condenaram como

culpado da morte da mulher e da suposta morte do fugitivo servo. A situação só

se resolveu, mais tarde, novamente, com o perdão real. Seu mundo tornou-se

lendário e muito do que se conta sobre ele não tem consistência histórica.

(Traduzido da Enciclopédia Britânica, da Wikipedia em inglês e de outras fontes).

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Alonzo Cano, “Noli me Tangere”, (1640circa),

óleo sobre tela, 1,41 s 1,10 m, Fonte: Commons

Noli me tangere, que significa "não me toques", é a versão

em latim das palavras ditas por Jesus a Maria Madalena

quando ela o reconhece, após a sua ressurreição.

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Alonzo Cano, “João Evangelista na ilha de Patmos”

1640-1650, circa, óleo sobre tela, 2,18 × 1,53 m,

Sammlung Esterházy, Budapest, Fonte: Commons

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Alonso Cano, “La Virgen com el niño”