Fraturas e luxações dos - ortobook.com.br · As Fx do 1/3 distal e da tuberosidade são ......

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  • Fraturas e luxaes dos

    Ossos do Carpo

  • Introduo

    ! Os ossos do carpo dispem-se em duas filas: proximal: escafide, semilunar, piramidal e pisiforme

    distal: trapzio, trapezide, capitato e hamato.

  • Introduo

    ! O escafide fica intercalado entre as duas filas com isso sua fratura cerca de duas vezes mais que a soma das fraturas de todos os outros ossos do carpo.

    ! Dividem-se em colunas: central( de flexo-extenso) formada pelo semilunar, capitato e pelos 4 ossos da fila distal

  • Introduo

    ! Coluna medial( ou de rotao) pelo piramidal e pisiforme, e a coluna lateral (ou mvel) formada pelo escafide

  • Fraturas do Escafide

    ! Ocorrem em adultos jovens aps queda com punho em hiperextenso.

    ! Em geral com poucos sinais clnicos so tratados como simples contuso ou entorse.

    ! Grande indce de pseudoartose pois 4/5 do osso cartilagem e com isso restando pequena rea para penetrao dos vasos

  • Fraturas do Escafide

    ! Os vasos sanguneos penetram pela sua poro distal e dorsal, o que explica a alta incidncia de necrose do fragmento proximal aps a fratura.

  • Diagnstico

    ! Pela idade do pcte, mecanismo de leso, dor, aumento de volume na tabaqueira antmica

    ! Radiogrfico: no mnimo 4 incidncias ( AP, perfil absoluto, oblquas com 30 de pronao e supinao)

    ! Ao Rx incial pode no aparecer a Fx, e com suspeita clnica deve-se tratar como Fx e repetir as radiografias com 3 semanas.

  • Classificao

    ! Fraturas: do tero proximal, mdio ou distal

    ! Fraturas em relao ao eixo longitudinal em: transversas, horizontal oblqua ou horizontal transversa.

  • Tratamento

    ! Inicial: GBP englobando polegar por 45 dias e aps luva.

    ! Nas Fx oblquas verticais: imobiliza-se as articulaes dos dedos indicadores e mdio por 30 dias, pois tendncia ao deslizamento dos fragmentos.

    ! Tempo imobilizao: 1/3 mdio e proximal 45 dias de GBP e mais 3 semanas de luva gessada

  • Tratamento

    ! Nas fraturas instveis com desvios maiores que 1mm tto cirrgico, reduo e osteossntese.

    ! As Fx do 1/3 distal e da tuberosidade so extra-articulares, com excelente suporte sanguneo e prognstico bom, trata-se com gesso curto englobando o polegar e o punho com discreta extenso por 4 a 6 semanas.

  • Complicaes

    ! Necrose do plo proximal: ocorre por dficit de vascularizao.

    ! Consolidao Viciosa: o osso perde sua forma original e a relao com os ossos vizinhos leva a osteonecrose, e o tto do encurtamento e o alinhamento provm pelo meio de osteotomia e interposio de enxerto sseo da forma trapezoidal, inserindo ventralmente.

  • Complicaes

    ! Pseudoartrose: geralmente ocorre por falha no diagnstico, por pouco tempo de imobilizao ou por tto tardio.

    ! O tto cirrgico realizado com a finalidade de restaurar as dimenses originais do osso e de obter consolidao, geralmente tcnica de Matti-Russe, se houver deformidade em flexo do fragmento distal faz a interposio com um bloco de enxerto ventral.

  • Pseudo-artrose

    ! Se houver alm da pseudo-artrose, artrose limitada regio do processo estilide do rdio faz-se a estiloidectomia.

    ! Nas osteonecroses que atingem toda a regio radioescafidea, mas com a fossa do semilunar preservada, realiza-se a carpectomia proximal.

  • Pseudo-artrose

    ! Se houver alteraes degenerativas da cabea do capitato a opo pela resseco do escafide e artrodese em 4 quantos: capitato, hamato, semilunar e o piramidal.

  • Fraturas do semilunar ! Raras e por queda com punho em

    hiperextenso ! Classificadas: I: Fx acometendo plo volar II: Fx avulso ligamentar dorsal III: Fx plo dorsal IV: Fx longitudinal do corpo do

    semilunar. V: Fx transversa do corpo do

    semilunar.

  • Fraturas do semilunar

    ! Tratamento: tipos I , na ausncia de desvio conservador, com gesso de 4 6 semanas

    ! Fxs com desvio RAFI ! As Fxs tipo II (chip fracture) ocorre por trao

    dos ligamentos que se inserem no semilunar e o tto com GBP por 3 semanas.

  • Fraturas do piramidal

    ! 2 mais frequente, vo desde avulses at fxs complexas associadas a luxaes perissemilunares.

    ! Fx avulso: fcil resoluo, e o tto com GBP 3 semanas.

    ! Fx do corpo: queda com mo em flexo dorsal e desvio ulnar, tto com GBP 4 semanas.

    ! Qdo associadas a outras Fxs do carpo ou Lxs, requer fixao interna e reparao dos ligamentos

  • Fraturas do pisiforme

    ! Rara, devido trauma direto em regio hipotenar

    ! Classificada: em transversa, longitudinal e cominuta.

    ! Rx incidncia oblqua 30 de flexo do punho ! Por sua proximidade com o canal de Guyon,

    sintomas de compresso do N. ulnar pode ocorrer

    ! Tto: GBP 3 a 4 semanas

  • Fraturas do Trapzio

    ! Raras (isoladas), mais comum associadas a fxs de ossos vizinhos.

    ! Diag.: clnico: dor, aumento de volume, podem resultar de compresso do N. mediano

    RX: AP, perfil e O. Fxs do corpo e marginais: tto com GBP 4 sem. Fxs com desvio: RAFI (fios de K. ou parafusos) Fxs cominutas: resseco ssea e interposio

    tendinosa

  • Fraturas do Trapezide

    ! Raras ! Mecanismo indireto com compresso pelo

    segundo metacarpo ! Radiografias podem ocultar diagnstico,

    muitas vezes necessita de TAC ! Tto: sem desvio GBP 3 semanas, com desvio

    RAFI.

  • Fraturas do Capitato

    ! Mecanismo: trauma direto, hiperextenso punho, foras transmitidas do 2 e 3 metacarpos.

    ! Diag: clnico e radiolgico ! Tto: sem desvio GBP 6 semanas com desvio: fios de K. ou parafusos * Sd. De Fenton: Fx capitato + Fx escafide +

    Lx perissemilunar

  • Fraturas do hamato

    ! Incomuns ! Mecanismos: I. direto: Fx proc. Uncinado II. Imdireto: Trao dos

    ligamentos ! Clnica: dor + aumento volume regio

    hipotenar ! Pode estar associado com compresso do N.

    ulnar, com sintomas caractersticos da snd. Do canal de Guyon.

    ! Tto: GBP 6 a 8 semanas, se persistir dor exciso

  • Fraturas do hamato

    ! RAFI: usado quando fx com desvio ou associao com luxao carpometacarpal.

    ! Fxs antigas que no foram diagnosticadas e com Lx carpometacarpal devem ser tratadas com reduo aberta e artrodese.

  • Fraturas-Luxaes dos ossos do Carpo

    ! Mecanismo: queda em hiperextenso do punho

    ! Leses do pq arco: rupturas ligamentares( Lx semilunar.

    ! Leses do gde arco: Fx-Lxs ( transescafo, transcapitato e transpiramidal)

  • Luxao perissemilunar dorsal ou luxao volar do semilunar

    ! a mais comum, todos os ossos do carpo so lanados para trs do semilunar, a seguir o capitato choca-se no dorso do semilunar.

    ! 3 Estgios: Lx dorsal pura, intermdio, Lx ventral do semilunar.

    ! Clnica: aumento de volume, dor, limitao de movimento, podem ter sintomas de compresso do nervo mediano

  • Luxao perissemilunar dorsal

    ! Tto: reduo incruenta nos casos recentes ! Manobra de reduo: trao com a mo D,

    pressiona o semilunar ventralmente, vai levando punho para flexo, encaixando o semilunar na cabea do capitato.

    ! O ligamento escafossemilunar deve ser reconstrudo para evitar instabilidade ps-traumtica ( uso de mini-ncoras)

  • Rx perfil (Estgio intermdio)

  • Fratura-Luxao transescafoperissemilunar do carpo

    ! Acompanhado de Fx do escafide, o fragmento distal do escafide e os outros ossos do carpo se deslocam dorsalmente.

    ! Reduo: igual a anterior ! Tto definitivo: reduo cruenta do escafide,

    com parafuso de Herbert ou dois fios de K. cruzados

    ! Se houver instabilidade semilunar-piramidal, essa tambm deve ser estabilizada.

  • Luxao perissemilunar volar ou luxao dorsal do semilunar

    ! Rara, ocorre por hiperflexo do punho, o capitato fica anteriormente ao semilunar.

    ! Tto: mesmo usado para a luxao perissemilunar dorsal do carpo.

  • Variantes

    ! Fx-Lx transestilorradial perissemilunar: o processo estilide deve ser fixado

    ! Sndrome escafocapitato: Lx perissemilunar associado a fraturas do escafide e do colo do capitato, Tto com reduo cirrgica.

    ! Fx-Lx transpiramidal perissemilunar: fratura do piramidal associado

  • Importante

    ! Nas Lx e Fx-Lx dos ossos do carpo, mesmo qdo diagnosticados precocemente, tratados corretamente e com resultados clnicos aparentemente bons a curto prazo, a ocorrncia de osteoartrose tem sido verificada tardiamente em 50 % dos casos.

  • Instabilidade do Carpo

    ! Definio: perda do alinhamento normal dos ossos do carpo que pode ocorrer logo aps ou tardiamente a um traumatismo

    ! Ocorre pela ruptura dos ligamentos ntrinsecos dois ossos do carpo ou extrnsecos( antebrao e ossos do carpo)

    ! A instabilidade pode ser: Dissociativa ( ossos da 1 fileira) ou no dissociativa ( ocorre entre as duas fileiras)

  • Leso Ligamentar entre o escafide e o semilunar

    ! a forma mais comum ! Queda com punho em extenso e antebrao

    em pronao ! O semilunar fica em posio de flexo dorsal,

    chamado de DISI (instabilidade segmentar intercalar dorsal)

    ! Clnica: dor + aumento de volume + estalido no punho com a movimentao

  • Clnica

    ! Teste de Watson utilizado p/ diagnstico clnico: pressiona-se o polegar no tubrculo do escafide em sentido dorsal e faz movimento do sentido de desvio ulnar p/ radial do punho, ento sente-se um clique doloroso, pois o plo proximal do escafide desloca-se dorsalmente p/ fora de sua fossa no rdio.

  • Teste de Watson

  • Diagnstico radiolgico

    ! No AP: escafide encurtado, sinal do anel cortical( projeo do tubrculo do escafide que se encontra fletido), e afastamento entre semilunar e escafide maior que 3 mm (Sinal de Terry-Tomas)

    ! No Perfil: flexo volar do escafide e flexo dorsal do semilunar, e o ngulo escafosemilunar que o normal varia entre 30 e 60 est aumentado.

  • A) Rx normal e B) DISI

  • Tratamento do DISI

    ! reduo e a reparao do lig. Escafo-semilunar

    ! Se no for reparvel o escafide reduzido e estabilizado definitivamente com artrodese entre o escafide, trapzio e o trapezide.

    ! Complicao seria a degenerao entre o rdio e escafide e entre semilunar e capitato, ento resseca-se o escafide e artrodese em 4 quantos ( semilunar, piramidal, hamato e capitato)

  • Leso Ligamentar Semilunar-Piramidal

    ! Ocorre entre semilunar e piramidal ! Clnica: dor + aumento de volume ! Rx: Linha de Shenton ( aumento da distncia

    entre o semilunar e o piramidal) ! Pode ou no ocorrer o VISI( instabilidade

    segmentar intercalar ventral). Se ocorrer no Rx perfil ser visto a flexo palmar do semilunar.

  • Linha de Shenton

  • VISI no Rx perfil (flexo palmar do semilunar)

  • Tratamento na Fase Aguda

    ! Injees locais com esteride e imobilizao gessada, podem apresentar bons resultados.

  • Tto com a persistncia dos sintomas ou na fase

    crnica ! sempre cirrgico. ! E depende de fatores como:

    presena do VISI e variante ulnar positiva ( extremo distal da ulna alongado)

  • Tratamento

    ! Se no tiver VISI, nem variante ulnar positiva, o tto reparo ligamentar ou artrodese entre o piramidal e o semilunar

    ! A) reparao e B) artrodese

  • Tratamento

    ! Se no existir VISI, mas a variante ulnar for positiva, realiza-se o encurtamento da ulna

  • Tratamento

    ! Se ocorrer VISI, existe indicao de artrodese limitada entre o rdio e o semilunar

  • Instabilidades entre o piramidal e o hamato

    ! Geralmente resolvidas com medidas conservadoras ( AINH + infiltraes + imobilizao por 4 semanas)

    ! Reconstrues ligamentares tm sido abandonadas.

    ! Em casos incapacitantes usa-se artrodese em 4 cantos (semilunar, piramidal, capitato, hamato)