Frei luís de sousa, de almeida garrett

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Doroteia, Miranda, Frei Jorge, Prior do Benfica, Arcebispo de Lisboa, Irmão Converso Frei Luís de Sousa , de Almeida Garrett

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Frei Luis de Sousa - Frei jorge + personagens

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Doroteia, Miranda, Frei Jorge, Prior do Benfica, Arcebispo de Lisboa, Irmão Converso

Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett

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Cena XVJorge e o Romeiro, que seguiu Madalena com os olhos, e está alçado no meio da casa com aspecto

severo e tremendo

D. João de Portugal (Romeiro)

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Telmo e Madalena, depois Jorge e Manuel de Sousa

Cena VII

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Análise Ideológica

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Frei Jorge

Prior do Benfica

Doroteia

Irmão converso

Miranda

Ato primeiroAto segundoAto terceiro

Tempo em cena

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Personagem plana e secundária, embora tenha um papel muito importante no desenrolar da ação.

Irmão de Manuel de Sousa Coutinho pertencia à ordem dos Dominicanos.

Mantém-se uma personagem serena, apaziguadora e Racional, no entanto, no ato segundo, cena XV, emociona-se fortemente com a verdadeira identidade do romeiro.

Frei Jorge

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Ordem religiosa, católica, que tem como objetivo a pregação da mensagem de Jesus Cristo e a conversão ao cristianismo.

Os dominicanos não são monges, mas sim religiosos. Realizam voto de pobreza, castidade e obediência.

Ordem dos Dominicanos

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Servir de consolo Cristão das personagens

“Não é assim, meu irmão, não te cegues com a dor, não te faças mais infeliz do que és. Já não és pouco, meu pobre Manuel, meu querido irmão! e Deus há de levar em conta essas armaguras.”

Função de Frei Jorge na peça

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Função de Frei Jorge na peça

Comentar a acção dramática Coro de

tragédias Predizer o desfecho trágico da peça

(Acto segundo, cena IX)

“Eu faço por estar alegre, e queria vê-los contentes a eles… mas não sei já que diga do estado em que vejo minha cunhada, a filha… até meu irmão o desconheço! A todos parece que o coração lhes adivinha desgraça… E eu quase que também já se me pega o mal. Deus seja connosco!”

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Função de Frei Jorge na peça

Provocar a revelação dos pensamentos secretos das personagens principais;

Revelação do crime de madalena

Personagem importante no desfecho trágico da peça

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Características Psicológicas

Evidências

calmo/paciente

“Quatro, quatro e meia. (Vai à porta da esquerda e volta). São cinco horas, pelo alvor da manhã que já dá nos vidros da igreja. Daqui a pouco iremos; mas sossega.”

Prudente/Apaziguador

“Havemos de ir… quando estiveres mais sossegado… havemos de ir ambos: descansa, hás de vê-la. Mas isto inda é cedo.”

Racional“Não é assim, meu irmão, não te cegues com a dor, não te faças mais infeliz do que és.”

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Características Psicológicas

Evidências

Fiel (aos mandamentos da igreja)

“ – Deixa o mundo e as suas vaidades!”(para Manuel, aconselhando-o a tomar o hábito)

Inflexível/Leal(aos princípios morais)

“- É impossível, já´gora… e sempre o devia ser!”(Frei Jorge é o responsável pela separação, não permite que Telmo transmita o recado de D. João)

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Primeira aparição: cena V

Frei Jorge aparece em cena com uma mensagem muito importante para o desenvolvimento dramático da peça: os governadores pretendem ocupar o palácio de Manuel de Sousa – obriga a família a mudar-se para o palácio de D. João de Portugal

“O vosso e o de Manuel de Sousa: porque os outros quatro governadores – e aqui está o que me mandaram dizer, em muito segredo, de Lisboa – dizem que querem vir para esta casa, e pôr aqui aposentadoria.”

Frei Jorge no Ato primeiro

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Premonição: cena VII

“(..)Ficamos como vivendo juntos.”

Após a decisão da mudança de casa, Frei Jorge faz uma espécie de premonição sobre a tomada do hábito por parte de Manuel e Madalena (indício trágico).

Frei Jorge no Ato primeiro

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Monólogo: cena IX

“Eu faço por estar alegre, e queria vê-los contentes a eles… mas não sei já que diga do estado em que vejo minha cunhada, a filha… até meu irmão o desconheço! A todos parece que o coração lhes adivinha desgraça… E eu quase que também já se me pega o mal. Deus seja convosco!”

Até Frei Jorge já começa a ser contagiado pelo clima trágico que se adensa e que ameaça destruir as personagens

Frei Jorge no Ato segundo

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Confidente: cena X

Frei Jorge desempenha o papel de confidente, figura que é comum na tragédia clássica.

Apenas com Frei Jorge é que Madalena confessa os seus medos e terrores, pois ele é um membro da igreja – homem compreensivo e humano.

Frei Jorge no Ato segundo

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Clímax: cena XIV e XV

Frei Jorge é o primeiro a saber a verdadeira identidade do romeiro

Anagnorise – reconhecimento do romeiro como D. João de Portugal

“Romeiro, romeiro, quem és tu?” “Ninguém!”

Frei Jorge no Ato segundo

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Confidente: cena I

Manuel, após de saber que D. João de Portugal ainda estava vivo, desabafa os seus sentimentos com Frei Jorge, que por sua vez apela à calma e à racionalidade perante o discurso “romântico” do seu irmão.

“Paciência, paciência, os seus juízos são imperscrutáveis.”

Tu chamas-te o homem mais infeliz da Terra. Já te esqueceste que ainda está vivo aquele…”

Frei Jorge no Ato terceiro

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Crente: cena I

Frei Jorge propõe a tomada do hábito, como solução para a tragédia que se abate sobre a família, revelando o valor que a fé em Deus tem para ele.

“Deixa o mundo e as suas vaidades!”

“Deus, Deus será o pai de tua filha.”

Frei Jorge no Ato terceiro

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Tomada de hábito: cena I

É Frei Jorge quem organiza a tomada do hábito de Manuel e de Madalena.

“E está tudo pronto?(…)”“Está tudo concluído. O arcebispo mostrou-se

bom e piedoso prelado nesta ocasião; e é um santo homem, é.”

Frei Jorge no Ato terceiro

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Identidade do romeiro: cena I

É através de Frei Jorge que o leitor/espectador fica a saber quem sabe a verdadeira identidade do romeiro

Frei Jorge no Ato terceiro

Manuel“Tu chamas-te o homem mais infeliz da Terra… Já te esqueceste que ainda esta vivo aquele…”

Telmo“Não, homem; é o seu aio velho, é Telmo Pais. Como lho havia de eu recusar?!”

Arcebispo de Lisboa“O arcebispo mostrou-se bom e piedoso prelado nesta ocasião; e é um santo homem, é.”

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Reencontro de Telmo: cena V

Frei Jorge prepara o encontro de Telmo com o romeiro. Neste encontro, o romeiro mostra-se arrependido de ter voltado e pede a Telmo para remediar a situação para que não haja mais sofrimento.

“(…) Não; vai: dito por ti terá dobrada força: diz-lhe que falaste com o romeiro, que examinaste, que o convenceste de falso e de impostor… diz o que quiseres mas salva-a da vergonha, e ao nome da afronta.”

Frei Jorge no Ato terceiro

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“Ultimato” de Frei Jorge: cena VII

No diálogo que ocorre entre Telmo e Frei Jorge, percebemos que Telmo vai tentar remediar a situação, tal como mandara D. João de Portugal na cena V, porém Jorge não permite que tal aconteça.

Frei Jorge no Ato terceiro

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Telmo (à parte a Jorge)- Tenho que vos dizer, ouvi. (conversam

ambos à parte).

Manuel - Oh! Madalena! Não tenho mais nada que

te dizer. Crê-me, que to juro na presença de Deus: a nossa união, o nosso amor é impossível.

Jorge (continuando a conversação com Telmo, e levantando a voz com aspereza)

- É impossível, já agora … e sempre o devia ser.

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Madalena (virando-se para Jorge)

- Também tu, Jorge!

Jorge (virando-se para ela)

- Eu falava com Telmo, minha irmã. (Para Telmo) Ide, Telmo, ide onde vos disse, que sois mais preciso lá. (Fala-lhe ao ouvido; depois alto) Não ma deixes um instante, ao menos até passar a hora fatal.

(Telmo sai com repugnância, e rodeando para ver se chega ao pé de Madalena. Jorge, que o percebe, faz-lhe um sinal imperioso; ele recua, e finalmente se retira pelo fundo)

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Frei Jorge é uma peça fundamental na separação - final dramático da peça, porque, sendo um homem integro e profundamente religioso, recusa-se a pactuar com a mentira que Telmo e D. João de Portugal queriam anunciar a Madalena.

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Personagem secundária

Aparece no ato segundo, na cena VII

Aia de D. Maria

Doroteia

Obediente

“Doroteia, levais tudo? (…) Não me apartes os olhos dela, Doroteia.”

“Está bom.”

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Personagem secundária

Aparece no ato terceiro, nas cenas X, XI e XII

Na obra, tem as funções específicas do cargo;

Padre do convento de Benfica, que ordena Manuel Coutinho frei e D. Madalena freira.

Prior do Benfica

Crente“Meus irmãos, Deus aflige neste mundo àqueles que ama. A coroa de glória não se dá se não no Céu.”

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Personagem secundária;

Tem apenas uma fala e não é mencionado pelas outras personagens;

Aparece no ato terceiro, cena III.

Irmão Converso

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Personagem secundária

Aparece :• Ato primeiro, nas cenas VI, X• Ato segundo, nas cenas XI, XIII

É um dos criados da nobre família

Miranda

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Características Psicológicas

Evidências

Obediente

“Manuel - (…) partiu já tudo, as arcas, os meus cavalos, armas e tudo mais?

Miranda - Quase tudo foi já; o pouco que falta esta pronto e sairá num instante… pela porta de trás, se quereis.”

Empenhado“Para lá torno já, minha senhora: há tempo de sobejo. – Mas venho trazer-vos recado… um estranho recado, por minha fé.”

Preocupado “Quase tudo foi já (…) pela porta de trás, se quereis”

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Personagem figurante

Apenas há referências a esta personagem, sendo que não marca presença em cena

Arcebispo de Lisboa

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A Doroteia e o Miranda contribuem para confirmar que a família que protagoniza a tragédia pertence a uma alta estirpe.

Todos os figurantes no Frei Luís de Sousa são tipo.