Frei Luis de Sousa - Ficha Aval. Formativa - correção (blog11 11-12)
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Transcript of Frei Luis de Sousa - Ficha Aval. Formativa - correção (blog11 11-12)
Publicado em http://portugues11ano.blogspot.com por António Alves
PORTUGUÊS, 11º ANO PROF. ANTÓNIO ALVES
FREI LUÍS DE SOUSA, ALMEIDA GARRETT
CORREÇÃO DA FICHA DE AVALIAÇÃO FORMATIVA
2. O excerto faz parte do primeiro ato de Frei Luís de Sousa (cena VIII), já durante o conflito da ação da
peça. Corresponde a um momento da cena em que D. Madalena e Manuel discutem a necessidade de
mudança para o palácio de D. João de Portugal. Essa mudança concretiza-se em seguida, motivada pelo
incêndio que Manuel ateia ao seu próprio palácio, e determina os acontecimentos posteriores,
nomeadamente o encontro entre D. João de Portugal e a sua esposa.
3. No decorrer da ação, Manuel mostra-se "agitado" (I. 1) com a possibilidade de o seu palácio vir a hospedar
os governadores do reino, mas decidido na firme vontade de que isso não aconteça: "Tenho que não hei de
sofrer esta afronta ... " (I. 4); "é preciso partir, e já." (l. 14). Revela igualmente, com essa atitude e com a sua
racionalidade na abordagem da situação, o seu nacionalismo/patriotismo ("Há de saber-se no mundo que
ainda há um português em Portugal."), assim como a confiança que possui na esposa, lembrando-lhe que não
tem ciúmes do seu primeiro marido: "não tenho na consciência por que receie abrigar-me debaixo dos mesmos
tetos que o cobriram. [ ... ] Eu não tenho ciúmes de um passado que me não pertencia").
3.1. Na terceira fala, Manuel recorre às interrogações no sentido de antecipar os possíveis argumentos
de D. Madalena para resistir à saída do seu palácio e à mudança para o de D. João de Portugal. Apresenta
ele mesmo as respostas às questões que coloca, como forma de rebater as razões enunciadas pela esposa
e, desse modo, deixá-la sem fundamentos para o seu receio.
4. D. Madalena revela-se ansiosa, assustada e mesmo, a partir de determinado momento, aterrorizada com
a hipótese de retornar ao palácio de D. João ("o terror com que eu penso em ter de entrar naquela casa."),
pois sente que esse regresso concretizará um reencontro indesejado com o primeiro marido ("Parece-me que
é voltar ao poder dele, [ .. .] que o vou encontrar ali ... ") e que determinará a sua morte e a desgraça da
família ("Sei decerto que vou ser infeliz, que vou morrer naquela casa funesta, que não estou ali três dias, três
horas, sem que todas as calamidades do mundo venham sobre nós").
4.1. A ansiedade e o medo de D. Madalena refletem-se na sua linguagem pelo recurso às hesitações
(marcadas pelas reticências), às interjeições ("oh") e às marcas do discurso apelativo, como os verbos no
imperativo ("perdoa") e o uso do vocativo ("Manuel"), forma de agir sobre o marido, procurando demovê-lo
das suas intenções.
5.Constituem indícios trágicos nesta cena os receios de D. Madalena em regressar ao palácio de D. João e
os seus presságios ("agouros") de que aquela será uma "casa funesta" para a família.
6.
6.1. (A).
6.2. (C).
6.3. (D).
Nome Adjetivo Advérbio Verbo
cego I cegueira cego I cegado I "cegamente" cegar
"caprichos" caprichoso I caprichosamente caprichar
"violência" violento
violentamente violentar
separação separado I separadamente "separar"