Frenectomia - preparação para aula - 01-04-2013

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Frenectomia é a remoção cirúrgica do freio lingual ou labial. Esse procedimento é realizado quando o freio causa retração gengival , diastemas , dificuldades de higienização e problemas periodontais (ou oclusais). A frenectomia é o termo empregado em cirurgia plástica periodontal para designar a eliminação cirúrgica total de um freio. A frenotomia consiste na eliminação parcial de um freio. Os objetivos da frenectomia são a correção ou a eliminação de uma anomalia anatômica presente na gengiva e/ou na mucosa alveolar. Essa técnica pode estar associada ou não a um retalho posicionado lateralmente ou a um enxerto gengival para recobrir a área de excisão do freio. Os freios vestibulares maxilares e mandibulares foram descritos por Placek et aI., em 1974, em função de sua inserção referente ao periodonto marginal. Esses autores propuseram que a inserção do freio pode seguir a seguinte classificação: inserção mucosa; inserção gengival; inserção papilar; inserção interdentária. Essa classificação também pode ser aplicada para diferenciar a inserção das bridas e dos freios linguais. Além disso, um freio pode apresentar uma inserção simples, como também dois ou três pontos de inserção, o que é mais frequentemente observado nas bridas. Um freio não é responsável pela patologia periodontal nem pela presença de um diastema. Pode ser considerado como um fator anatômico desfavorável que está associado ao problema. Segundo o relato da Academia Americana de Periodontologia, em 1989, a frenectomia não deve ser considerada como uma modalidade terapêutica periodontal em si, mas deve fazer parte do plano de tratamento de outros defeitos: - Limitação dos movimentos da língua e dos lábios; - Fechamento ortopédico de um diastema; - Problemas puramente estéticos; - Posição em uma crista edêntula que dificulte a realização de uma prótese;

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Frenectomia é a remoção cirúrgica do freio lingual ou labial.

Esse procedimento é realizado quando o freio causa retração gengival, diastemas, dificuldades de higienização e problemas periodontais (ou oclusais).

A frenectomia é o termo empregado em cirurgia plástica periodontal para designar a eliminação cirúrgica total de um freio. A frenotomia consiste na eliminação parcial de um freio.

Os objetivos da frenectomia são a correção ou a eliminação de uma anomalia anatômica presente na gengiva e/ou na mucosa alveolar. Essa técnica pode estar associada ou não a um retalho posicionado lateralmente ou a um enxerto gengival para recobrir a área de excisão do freio.

Os freios vestibulares maxilares e mandibulares foram descritos por Placek et aI., em 1974, em função de sua inserção referente ao periodonto marginal. Esses autores propuseram que a inserção do freio pode seguir a seguinte classificação: inserção mucosa; inserção gengival; inserção papilar; inserção interdentária.

Essa classificação também pode ser aplicada para diferenciar a inserção das bridas e dos freios linguais. Além disso, um freio pode apresentar uma inserção simples, como também dois ou três pontos de inserção, o que é mais frequentemente observado nas bridas.

Um freio não é responsável pela patologia periodontal nem pela presença de um diastema. Pode ser considerado como um fator anatômico desfavorável que está associado ao problema.

Segundo o relato da Academia Americana de Periodontologia, em 1989, a frenectomia não deve ser considerada como uma modalidade terapêutica periodontal em si, mas deve fazer parte do plano de tratamento de outros defeitos:

- Limitação dos movimentos da língua e dos lábios;

- Fechamento ortopédico de um diastema;

- Problemas puramente estéticos;

- Posição em uma crista edêntula que dificulte a realização de uma prótese;

- Associação a uma falta de tecido queratinizado.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 900 cursos online com certificado http://www.portaleducacao.com.br/odontologia/artigos/34318/o-que-e-frenectomia#ixzz2PExyEK4d

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FRENECTOMIA LINGUAL E LABIAL - CLÍNICA BUCAL FACE

    FREIO LINGUAL

  

O freio lingual geralmente é alargado e flácido; une o centro da face interna da mandíbula com uma face inferior da lingua. Ele é constituido por um tecido conjuntivo rico em fibras colágenas e elásticas, células gordurosas, algumas fibras vasos sangüíneos e musculares.

O freio lingual curto modifica uma mecânica funcional da língua e de outras estruturas bucais, limitando consideravelmente os movimentos linguais atrapalhando uma fonética.

Quando é proeminente e hipertrófico e inserido, pode na crista do rebordo alveolar, provocar um diastema entre os incisivos centrais

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inferiores (anomalia hereditária).

No recém-nascido, o freio tem uma amplitude que vai desde a base do processo alveolar da mandíbula até o ápice da lingua. Com o tempo, há alongamento da língua e o freio vai ocupar uma face da porção anterior da língua, uma posição que passa a ter caráter definitivo.

  

Frenectomia - Oportunidades de Remoção do Freio:  Finalidades Protéticas: Quando o diastema dos incisivos centrais, promove trauma mastigatório com irritação constante favorecendo o surgimento de aftas, e apresentando problemas que dificultam uma sucção dos alimentos, fonação (fala) e a adaptação de prótese total.  Finalidades ortodônticas: O autor julga que se deva executar uma frenectomia com papilectomias aos 8 anos de idade quando os incisivos laterais já erupcionaram , e não ocorreu uma regressão natural do freio labial. Finalidade Periodontal: Hirschfeld (1939) foi o primeiro a alertar sobre a

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inserção marginal do freio como fator etiológico avançado deformidade da doença periodontal, recomendando sua excisão (remoção cirúrgica).

FREIO LABIAL   

 

ORIGEM:

Origina-se na mucosa da linha média da face interna do lábio superior inserindo-se na face externa do periósteo, no tecido conjuntivo da sutura maxilar interna e na apófise alveolar.

"O freio labial é uma faixa de tecido, que pode ou não estar relacionado ao diastema mediano. Quando relacionado a ele seu tratamento é cirúrgico, a frenectomia".(Autor desconhecido)

CONSEQUÊNCIAS:   

 O freio anormal pode causar diastema interincisal, dificultar a escovação dos dentes, restrição dos movimentos de lábio, dificultar a pronuncia de certas sílabas, possibilitar o acúmulo de partículas alimentares e a eventual formação de bolsas periodontais.

Autores acreditam que a presença do diastema mediano possui uma relação com o freio, concluindo então que o freio é freqüentemente a causa do diastema, porém, existem autores que consideram esta relação somente quando o freio labial superior tiver sua inserção na papila palatina. Há ainda os que acreditam que não se deva atribuir a presença do diastema ao freio labial.

Diagnóstico:

O diagnóstico é feito basicamente através de três sinais clínicos: inserção

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baixa na margem gengival ou na papila palatina, isquemia da papila palatina quando o freio é tracionado (distendido) e diastema interincisal

mediano.

Com relação ao diastema mediano, há que se considerar que o mesmo é fisiológico na fase da dentição mista em que está ocorrendo a erupção dos

incisivos e caninos superiores.

Em relação à oportunidade cirúrgica (frenectomia) também à controvérsia entre autores, alguns recomendam a cirurgia após a erupção

dos caninos permanentes, outros, recomendam após a erupção dos incisivos laterais. Em outros casos, a cirurgia é indicada após a erupção dos incisivos centrais superiores permanentes, onde falta espaço para os

laterais associado à um freio labial anormal e diastema interincisal mediano.

A frenectomia labial é indicada nos seguintes casos:

- presença de freio labial persistente;- presença de diastema interincisal não fisiológico;

- favorecimento do tratamento ortodôntico (durante o tratamento, caso não tenha ocorrido a frenectomia, - o tecido que fica presente entre os

incisivos, fica acumulado, já que o tecido gengival não sofre reabsorção. As fibras colágenas então são comprimidas e haverá uma força de reação

que pode resultar numa recidiva do diastema);- risco periodontal (mais freqüente para o freio labial inferior).

Frenectomia para corrigir diastemas, fazer ou não fazer?

Frenectomia é um procedimento cirúrgico muito simples realizado quando se deseja remover o freio labial.

Muitos médicos e dentistas acreditam que o freio labial é responsável por manter os dentes separados e indicam este procedimento.

Mas será mesmo que a frenectomia é necessária?

Existe, como sempre na literatura científica, extenso debate sobre a remoção cirúrgica do freio. Nossos argumentos sobre o assunto são:

A) Em se fazendo a remoção cirúrgica, o espaço entre os dentes fecha sozinho? Não!

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B) Sempre é necessário o uso de aparelho ortodôntico para fechar o espaço, logo: Por que não tentar fechar o espaço sem cirurgia?

Até hoje nunca encaminhamos um paciente para frenectomia Talvez esse dia ainda chegue. Mas acho que não.