Freud trama de conceitos
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7/24/2019 Freud trama de conceitos
http://slidepdf.com/reader/full/freud-trama-de-conceitos 1/5
lrRtiUD:
A TRAìÍA
DOS
CONCI]TTos
acesso
às
fantasias,
para
poder
inscri-las
no
sonho
manifesto?
Deixare-
,
farçal
o.seu
sentido
rcal.
ou
acordar,
frustrando
o
dcscjo
de
dormiÍ
e
obírgJnclo
o ego
a
um
dispéndio
superior
de
energia
para
mant€r
reprimrdos
rais
conteúdos_.
que
poderìam
"n"ontrr,
ï;;;ì;"
;;';;:
pressao
tDocua
no
sonho.
E
por
esta
Íaza-o que
FÍeud
escÍevc:
_
.
O
sonho
c o
€uâriliâo
do
rono.
não
o s(.u
p.rturbrdoÍ
(...,
O
de\(,o íl|
s( âÌu\rou
o
cgo conscicntc.
c
quc juntdment(,
com
,
,."n.u,,e
com
a
elJboraça:o
secundária
coníirui
sua
contribuição
para
o.onho.;;;;
rnprc
çcr
lcvJdo
cm
conrd
como
morivo
dc tormaçio'ão
i"^ì,".
rãiïi*r,ì
quc
se dcscnvolve
com
ôxiro
é umâ
rcalizaçâ-o
dcstc
d;scjo2a.
.
(-onludo.
as
considcraçòes
eco
ômicas
quc
dcscnvolvcntus
Dara
c)iPltcrr
J tnclusio
dc
Írr)lJsi s
incorìscicntcs
no
sonllo
rìtuìlf;sto,
por
,bra
e
grrça
tlo
pró-conscier)lc.
não
sâo
su
ficiclt
",
;;"
;;;
;;;;;
uc
um
outro problema.
betn
rnais
Sírio:
como
o
pré-conscienle
lem
mos esta
questão
em
suspcnso
até
examinarmos
o
modelo
do
apareliro
psíqfto
construído
por
Freud
no
capítulo
v|
aa
hteq;e;fiì
íÃ
Dado
€ste pÍocesso
de pÍodução
do
soúo,
a
..inteÍpÍelacão..vai
ser
concebrda
como
o
percurso
inverso,
isto é, como
tra-balho
de
des-
constÍuçâo
da
elaboraçâo
oniÍica.
parlindo
do
conteúdo
manifesto.
a
rÌlcrfìrctução
pr.ocuralii
dcscobrir
o conleúdo
lalcDle,
atla"ó,
d;;;r.;:
ciações
do paciente.
Esta
técnica
exclui
du..
o"truri"
io."iãïo
".n_
eúdo
manifesto
como
algo
coeÍente
poÍ
si
,o,
""paz
portunio
ã"
,"ì
tÍaduzido
teÍmo
a
teÍmo
por
outro
cõnteúdo,
como
l"re
i.,
""*
ì,
sonhos
do
Faraó;
e
a forma
simétrica
de
..interpreta;-;,
q*;;^;
em
tomaÍ
cada
significação
do
sonho
e
traduzi-la
por
ouiri,
,".
"t"n-
.,."^t,
t1r1 i
coerência.
do..todo,
tal
como
se
vê
nos
livros púfr",
á,
cnaves
para
os
sonhos".
A associaçâo
parte
de
cada fiagmento
do
sonno porque
esic
é
concebido
como
um
nó
de
signiÍcacões.
orodu-
zido.pela
operação
conjunta
da
condensação,
a"
ï"rr"-ã"
,1rïà,ï
::::ld"r:.çâ" .trla .reprcscnrabilidade
e
áa
elaboração
."";;;;;;
sobÍe
a
"matéria-prima"
do
sonho,
que
sâo
os
pensamenros
tatenies.
:-l-:r,*,uo
destes pensamentos
_
que na
verdade sâo desejos e
fan-
rasns
que
contere
ao
sonho
o
seu
sentido.
A
interpretaóão-
oois
é.
necessária
pela
simptes
razão
de
que
o a"r"l.
,.
dïã'rãJl'i,ìl
rem.se
dlz mascaÍado_pela (epressão:
nat-o
só
no
soúo,
*^
tuÍn'úÍn
no
slntoma.
no
ato lalho
e
na
frase
de
espÍrito.
ou
seja, na
séÍie
das
foÍmações-
de
compromisso
que
a
psicanâise
d"r";"'d"
;;;';;;:
sações
de forças.
.
Freud.
finaliza
o
capítulo Vl
do
livÍo
sobre
os
sonhos
com
a
oDseÍ açao
de
que
24.
I. D,,
S.E., lV,
pp.
233-234.
25.
/.D,
S.8.,
V,
p.507.
OS
DEMONIOS
DA
ALMÂ
o
tÍabalho do
sonho
está
muito mais
distante
do
padÍão
do
pensamcnto
desperto do
que
supuseÍem mesmo
os mais decididos detratores
da atividâde
psíquica
na foÌmaça:o
dos
sonhos. Não
que
sejâ mais incoÍÍeto, mais ncgli-
gente,
mais
incomplcto,
mais
pÍopenso
ao esquecimento
do
que
o
pensâmento
desperto; do
ponto
de
vista quâlitativo,
é
algo completamente
diferente do
pensamento
despeÌto, e
na:o
pode
seÍ
comparado com ê1e25.
Este
parcce-nos
ser
o
principal
resultado
do
estüdo sobre
os
sorúos
para
a
elucidação
dos
processos
inconscientes de
pensamento:
estes nada
têm
a
ver
com a cogitação consciente, e
se
reguÌam por
leis
qualitativamente
diferentes
das
que
vigoram no
campo da consciência.
0
sonho
e
o sintoma são
produzidos
mediante estes
processos,
dos
quâis
a
condensação c
o
doslocanìento
se
rcvclíun
os mais
frcqücntcs
e eficazes, dando
oÍigem aos demais
membÍos
da
série
de foÍmações
de compromisso. A
descoberta
destes
mecanismos,
porém,
deu-se no
estudo
dos
sonhos,
e
por
esta
razão
FÍeud
jamais
deixou de conside-
Íar a
sua
inteÍpretaçâo
como
a
"estrada
real"
para
o conlìecimento
do
inconsciente.
3.
A
GËOGRAFIA DA MENTE
A
descobeÍa
das regras
que
goveÍnam
o
pensamento
incons-
ciente
abÍe uma
série
de
novas
questões.
Se
a
defoÍmação
oníÍica
submete os
pensamentos
latentes a tal
grau
de distorção,
se
o mateÍial
dos
sonhos reside fundamentalmente na
vida
infantil,
se
a repressão
atua de
forma
tão
intensa mesmo em indivíduos
considerados
"nor-
mais",
é
pÍeciso
que
uma teoria
abrangente dos
processos psíquicos
dê
conta
destes
fenômenos
suÍpreendentes.
A
psicologia
cuja
cons-
trução
Freud
se impunha como
tarefa
desde
a
époc^
do
hojeto
não
poderia
ser mais adiada,
sob
pena
de as revolucionárias
descobeÍtas
da investigação
sobre os sonhos
pe[naneceÍem
sem
vinculação
com
a
teoÍia
das neuÍos€s
e
mesmo
sem conexão entrc
si.
Esta ó
â mcta
do
capítulo
fjl\al
da
Llterryetação
tlos Sorrhos,
capítulo
que
F'rcud
batizaÍa de
"filosófico"
na
caÍta
I
15
a
Fliess,
mas
que
na edição im-
pÍessâ
tlaz
simplesmente
o lít.ulo
de A Psìcologia
dos
Processos
Oní-
nZi?J. Aqui Freud empreende
a
primeira
construção
do aparelho
psí-
quico,
a
chamada
"primeira tópica",
e para
cuja formulação
se
serve
extensamente dos
seus
conhecimeltos
sobre
as
neuÍoses.
A
investigação
precedente
conduzira
aos seguintes Íesultados:
o
sonho
é
um
ato
psíquico
de extrema
importância;repÍcsenta
a reali-
zaçÍo
de um
desejo
pungente,
cujo
Íeconltecimento
é dificultado
pelo
trabalho da
censura,
de onde
sua
aparência
de estraúeza;
em
i
i,
I
'
li
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11
ll
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lf
7/24/2019 Freud trama de conceitos
http://slidepdf.com/reader/full/freud-trama-de-conceitos 2/5
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ir
LI
11r
1
l
FRIUDi
A
TRAMÂ
DOS
CONCtrITOS
sua
formação,
coopeÍam os mecanismos
da
condensação,
do
desloca-
mento,
da
consideração
pela
representabilidade
e da
elaboração
secun-
dária.
A
paÌtiÍ
de cada uma destas
proposições,
âbre-se um
caminho
que
conduz
a suposiç6es
e
postulados
psicológicos.
Assim,
torna-se necessáÍio
investigar
ât
Íelâções existentes €ntre
o
estado de desejo e
as
quatro coÍdições
mecionâdas,
bem como
as relações recíprocas entÌ€
estas condições. O
sonho tem
que
ser
inserido no
conjunto de nossa.vida
psíquicâ26-
Freud
parte
da obs€rvação
já
citada de
Fechner,
segundo a
qual
"o
sonho tem
por palco
oütra
região". AgoÍa, ele
a inteÌpreta como
a
sugestão da existência
de localidades
psíquicas,
embora
sem
quâlquer
relação com
a anatomia
cerebnl,
como indiçamos mais
atrás. O apa-
relho
psíquico
é imaginado
como uma
sucessão orientada de rcgiões,
à
semelhança
de
um
telescópio
ou
microscópio,
que
a excitação
atra-
vessa numa direção
definida. O modelo do
alco ÍefÌexo sugeÍe
que
esta
direção
é
a
que
conduz
do
"pôlo
perceptivo"
ao
"pólo motor".
Con-
tudo, a
imensa
complexidade
da vida
psíquica
não podeÍiâ
ser redu-
zida
a
üma
composição
de atos Íeflexos; o âparelho
sofre uma
pri-
meira
difeÍençiação
na
extremidade perceptiva,
para
dar conta
da
existência da memória. Freud
argumenta
que
a
memória
e a
peÍcep-
ção
devem
s€r
atÍibuídas
a
sistemas diferentes,
porque
os
traços
mnêmicos das
percepções
efetuam
uma modificaçâ'o
permânente
nos
elementos
do
"sistema-memória",
que
pertuÌbaria
a Íecepção
de
novas
imagens no
"sistema-percepção",
caso as duas funções estives-
sem localizadas na
mesma região
psíquica.
O mesmo argumento
sewe
para
concebe a associaçío
como
função
do
"sistema-memória",
já
que
ela
se
estabelece
coúo conseqüência
da
diminuição
de resis-
tências
entÍe
os
vários traços
ÍÌn6micos,
fazendo
com
que
a
exci-
tação
se tÍansrÌìita
preferencialmente
de
um
traço
A
para
um
traço
B,
e
não
para
um
traço
C.
Estas
primeiras
foÍmulações
recordam
a
Ìinha
de
raciocínio do
hoieto, mas
com
a
difeÍença essencial
ile
que
ali
sê
tratava de conjuntos de neüÌônios
suscetíveis
de serem locâli.
zados
no sistema nervoso,
enquanto
neste caso
a
"excitação"
deve
se tomada num sentido
psicoÌógico,
sem
qualquer
referência
à ana-
tomia.
A
refeÉnciâ
às
"resistências"
fica
üm
tanto
obscura,
já
que
as
baneiras
de contato
nvocadas
no
Projeto
dificilmente podem
ser
atribuídas
às idéias
cujos
rastos
constituem
os tÍaços mÍlêmicos em
questã'o.
O
estudo
dos sohhos fornece
a indicação da existência de
duas
outras
regiões no aparelho
psíquico:
a
instância crítica e
a instância
criticada,
Freud
chama
à
primeüa
"pÍé-consciente"
e à
segunda
"in-
coÍrsciente", e
localiza
o
pré-consciente
ao
lado do
pólo
motoí,
já
que
ele representa
a agência
que
controla nosa vida
despeÍta e nossas
26.
Lr.,
S.E.,V,
p.
533.
OS DI]MÔNIOS DA
ALMA
ações voluntáÍias.
A
base
para
estas
hipóteses
é
proporcionada
pelo
fenômeno da
elaboração secundária,
pois
a exigência de inteligibili
dade
que
ela impõe ao sonlìo só
pode provìr
do nosso
pensamento
normal. O
que
caractedza
o
inconsciente,
nesta
primeiÍa
formulação,
é
que
seu
conteúdo só
pode
aceder
à consciência
por
intermédio
do
pré-consciente,
enquaÍtto
os
conteúdos deste
último
têm
direto
acesso
à
consci6ncia,
desde
que
dotados
de
intensìdade
suficiente
€ beneÍìciados
com uma certa cota de atenção.
Os
impulsos
para
a
formação
do
sonho
provêm
do inconsciente
e tentam
atingiÍ
a consciência através
do
pÍe-consci€nte. A
resistência
da censura
os impede de realizar
este percuÍso durante
o
dia, mas à
noìte ele
se
torna
prâticável.
O simples
enfraquecimento da censuÍa
durante
o
sono
não
basta
para
explicar este fenômeno,
pois
as idéias
inconscientes nâ'o
possuem
caráter
alucinatôrio.
Para
dar
conta da
pÍodução
de
imagens
que
caÉcteÍiza o sonho,
Freud
sugeÍe
que
a
excitação
psíquica
segue um
cuÍso
ÍegÍessivo,
retoÍnando
às
pegadas
das
imagens
impressas
na memória,
e
desta
formâ
atingindo
o pólo
perceptivo. A explicação mais convincent€
para este
curso
regressivo
consiste no
fato de
que
as ineÍvações
que
conduzem
à
motilidade
estão
bloqueadas
durante
o
sono: mas
tal
explicaçÍo não é
suficiente
para
cobrir todo
o
campo
dos
fenômenos
regressivos.
Com efeito,
a rcgressão
se
verifica
também
duÍante
o
pÍocesso
de
recordação
consciente,
quando procuramos
rememoÌar
uma
cena,
e em
outras
atividades
da cogitação
normal; contudo, a
Íegressão
se interíompe,
nestes
casos.
na altura
das imagens mnêmicas, sem
atingií
a
repÍo-
dução
das imagens
alucinatórias
cancteÍístìcâs do
sonho.
Este passo
suplementar requer
uma
intensificâção dos investimentos
energé-
ticos
que
"ocupam"
as idéias; isto
pode
ser
atÍibuído ao
p.ocesso
de
condensação,
que,
ao compÍimir
o materiaÌ oníÍico
em
algumas
poucas
idéias,
aumenta
a
cârga energética destas idéias,
fornecendo-
Jhes a
energia
necessária
pam
pÍopelir-se
até o
pôlo
rec€ptivo.
Toda-
üa,
o
fenômeno
da regressão
não
se
restringe
aos sonhos,
ocorrendo
igualmente
em
estados
mórbidos
como
as
alucinações
da
histeÍia
e
da
paranóia.
Deste
fato,
Freud
concÌui
que
"somente
pensamentos
intimâmente
vinculados
a
recordações
repÍimidas
ou
inconscientes
podem
sofrer
esta
tÌansformação
(...).
Tais recoÍdações são
geÍal-
mente
de caÍáter
infantil"2?.
Desta
forma, à
Íegrcssão tópica
repÍe-
sentada
pelo
fluxo invertido
da excitação
-
do
pré-conscìente para
o
pôlo peÍceptivo
-
acrescenta-se
a
regressão
crooológica
-
do
presente
para
o
passado.
Este
passo,
justifìcado
pela pútica
clínica,
permite
considerar a
condensação
como um dos
mecanisÍnos
ativos
na foÍ-
mação
dos sintomas,
enquânto explìca tâmbém o
fato
de
que
as re-
cordações
iÍfantis
possam emergir
no
sonho. O
mecanismo deste
pÍo-
cesso
é
descÍito
como
uma
"atÍação"
exercida
peÌa
recordaçÍo
psiqui'
camente
existente no modo visual
-
já
que
originalrnente
corres'
2?.
Ìr.,
S.tr.,
V,
p.544.
7/24/2019 Freud trama de conceitos
http://slidepdf.com/reader/full/freud-trama-de-conceitos 3/5
F-REUD:
A TRAMA
DOS
CONCtrtToS
pondeu
a
uma
percepçâo
_
sobre
o
rutam
por
expressar-;"'
;;,""é;ã;J;,ï,ïïïll,lï
jljïiìï,j"
l"Ì;3ï:
sificação
dos
invesrimenros
*,
iaei.i
ç.
"íi't"#;;::ffi;Ë:i:
:T.
t" to:n....r
atração
das imagens
mnêmicas
infantis,
processo
iuio
l,-ï1,^l
T.ylll'":d*
permite
satisfazer
.
i,"p"rr"
ã.-ãii,ã"e"iì"iã
:::."i,q,*,,:
oaquetas.
r.
por
isso que
Freud
pode
iaracterizar
o
w,u,u
rullro
um
suÌ)strtuto
para
a
cena
infantil,
modificada
por
uma
transteréncia
efctuada
para
um
malerial
**"tÉ"r;lS.
ìï
J.*r,irrl
antis
estiverem reforçadas
por
fantasias
a""u*iO"r-"".
*",
"fr'-
entos,
o
somatóÌio
atingiÍá
um
valor
maior
ainaa,
fa"tlli;";";;;-
pressão
dos
con-teúdos
Ìeprimidos.
o r"t.
a"
"
"i"üà.ffi:;;ár;
ervir-se
destas
fantisias.
que
já
mencionamos,
"."trib;l;;;
Ã;ìì;;;
acesso
de
Íodo
o
matcrial
onÍrico
à
consciéncia;
;;-";;#;
empo
auxilia
o Ìrabalho
da
censura.
mascarando
o verd"a"iro
a"nüão
dcsles
pensamenlos
e
recorthçoes.
n"i.
,"-"*pii""
ï,*;'ï;;
oeìxalno.s
cm
suspenso
mais
aÌÍás,
acerca
do problema
envolvido
pela
utilizaçâo
de
um
material
jnionsciente
p,j.
p*l'iã
rtii"*i
ré-consciente.
A
âlraçio
dos
pcnsamentos
in-conscientes
pelas
recordações
:1,-,fï
ggd",t"--bjÌn
cxplicar
o
reÍcerro
mecarÌismo
do
tÍabalho
do
:;lli"
,"'r
c.
a
consrderâção
pela
repÍesentabilidade,.,
enlre
cujos
erelÌos
se
contava
a
climinacão
das rel6çfiss
tOgl"u,
enir"
os
pãi,rl-mcnÍos
latentes.
Este
rercei;o
tipo
de
regressãã,
a"
urn"
r"a."
lãì_
rdua
uc
anlcutaçoes
ideacionais piuâ
os
elementos
isolados
oue
a
:lTp9:rn,
é
denominado
.,r"gràsao
formal,-.,
'
,;b;t,dà"tï;
mas
oe
ÍepÍesenlaça-o
mais
elahoradas
por
outras
."i, pri*itiuãr.
ï::.,,:","r::nlu
FÍeud.
estes
très
ripos
di
,"gr"su-o
so
b;;.;;';
_ucrucos.
pols^o
que
é
mais
antigo
do
ponto
de vista
temporaj
é
ao
mesmo
tcmpo
Íormalmente
primitivo
e.
na
topografia
psiqi.,ica,
m;;
Ì:9It
T:
_d"
póto
pcrccptivoi.zr.
À
primeira
"i Ë
;rì;
;"ü;;Ë;';ï:
oerll
parecer
paradoxal:
pois.
se
é
concebível
que
as
primeiras
percep
çòes
seja
formaimente
grosseiÍas.
não
há
motivo
p.à
rupo,
qì"
.iã,
ïïï:çï
p]óximas.ao
pólo
peÍceptivo;
p"t;
.o"r;;;,-;
ì,l
ressocs
mats
Íecentcs
é que
deveriam
ocupaÍ
esla posição
no
sistemâ
da.memóÍia.
Mas
Freud
concebe
a
região
da
.."ìOrij
"à_.ïr""f"
ada
em graus
de
complexidade,
e
é neste
sentido
que
p"d;;;;;_
pÍeender o
texto
em
questão.
Devcmo.s
assumir
que
a
mesmâ
cxcitação
transmitida
pelos
elementos
,p^:',,.-ptl].:t
_*ti"
uma
Íixaçio
diversificada.
O
primciro
sistem;
rn"1.r"".""]
r,d
c ,,^avao
qas
assocraçoes
por
simultâneidade,
cnquanio
nos
outÍos,
loc;:
dos
mars parâ
o intcÌioÍ
do
àparclho
Dsí(
;aao
scgunaá
ourns
ior;;;
ãi.#;b"íjlB:'co'
o
mesmo
matcriâr
seÍá
aÍran'
28. ,tD,
S.8.,
V,
p.
546.
ogt,,g
íD,
s E,
v,
p
548
[ste
pârígraro
dâtâ
dâ
3?
edição
dâ
obra
30.
tD.
S.E.. V,
t
539.
Esta
Dass
incn.onâ
os
..\isremas
d"
,,"",.,,rr..,
u;,
,"ltoìir,fg.
oo,
o.'"
d
cârr.,
s8.
qüc
OS DEMÔNIOS
DA ÂLMA
Ou
seja, s€ figurarmos
o apaÍèlho psíquico
como
um
sistema
linear, as formas
mais
complexas
de memória estarão póximas
do
pré-consciente,
que
as
utiliza
para
a
recordação
intencional, para
as
associações
imaginativas
conscientes,
etc.
Asiim,
no
"urso
du^rrg."r-
são os
pensamentos
inconscientes
atravessam
o
aparelho
psíquico
em
sentjdo
invelso
ao
da
cogitação
consciente;
à
medida
que
sô aproxi-
-
mam
do pôlo
perceptivo,
vão
sendo
desvestidos
das
relações
mais
I
complexas,
isto é,
mais
semelhantes às
da atividade
mental
desperta.
.
lsto
confirma
as hipôteses
relativas
aos efeitos
da
,,consideÍaçã;
pela
representabilidade",
e
ao mesmo
tempo
elucida
o caráter
aparÀte-
ment€ enigmático
da
coincidência
entre
os
tÍês tipos
de regressão.
Dos tÍês,
o mais
importante
é
o
que
se
caracterizou
como
a
Íegressão cÍonolôgica,
já
que
ela
permite
estabeleceÍ
uma
ponte
com
a
hipótese
de
que
apenas
um
desejo, c
nenhuma
outri
formação
psíquica,
pode
suscita[
a
atividade
onírica. Freud
distingue
úôs
tipos
de
desejos:
os
que
foram pÍovocados
durante
o
dia,
ionside_
Íados aceitáveis
e
não-Íealizados
por qualquer
circunstânciâ
aciden-
tal;
os
que
foram
provocados
durante
o diâ,
mâs
rcjeìtados pela
cons_
ciência e
atirados para
o inconsciente;
os
que
nada
têm
a
vet
com
os acontecimentos
do
dia,
mas
permanecem
ativos no
inconsciente
duÍante
toda
a
vida
do indivíduo.
Em
termos topográficos,
os desejos
do primeiÍo
tipo
permanecerem
no
pré-consciente,
os
do
segunìo
foram
reprimidos pâra
o
inconsciente
e
os do
terceiro
jamais'ultra-
passaÍam
a
ba[eira, habitando
exclusivarnente
o inconsciente.
Ora,
se
a
regrcssão
só atinge
os
conteúdos
Íeprimidos,
cuja
forma
de ex-
pressão
nos indivíduos
normais
é a
alucinação
onírica,
segue-se
que
somente
os desejos
do
terceiÍo
tipo
possuem
a força
necessáÍia para
prcvocaÍ
um
sonho.
Os
desejos pré-conscientes
contÍibuem paÍa
o
soúo
sob a forma
de
um
estímulo,
mas
sozinhos não
sâo
cãpazes
de engendrá-lo.
É o
dedocamento
que
transfere
a
energia
do
dìsejo
jnconsciente
para
o
pÍé-consciente,
quanto
a
condensação
unifiòa
os
dois
num
elem€nto
de
suficiente
intensidade
para
forçar
a bar-
Ìeira
da
percepção,
medÌante
a atração
pelas
recordações
visuais
in-
fantis
cujo
mecanismo
acabamos
de
descÍeveÍ.
A
fôrmula
freudiana
declara:
.
o
desejo manifestado
pelo
sonho devc
seÍ
u,n
dcsejo
infantil
(.
. .) o itc_
sejo conscienlc
só cxcila
a
pÌoduçato
de um
sont,o
se
conscsuir
dcsDcrrar
urn
descjo
inconsciente
semeìhante.
capaz
de refor(álo3l.
Da mesma
forma,
as imprcssões
diurnas, os
probÌemas
não resol-
vidos-,
e outras
experiências
recentes,
só
serão aproveitadas pelo
traba-
lho
do
sonho
se associaÍem
ao desejo
infantil, que
podemãs
caracte-
..
rizar
ainda
como inconsciente
e
reprimido;
do
ponto
de vista
deste
desejo,
a
existência
de
tais
experiências
inocentes
é
vantajosa para
31. Ír,
S.f.,
v,
p.55r.
,
)
rrii
7/24/2019 Freud trama de conceitos
http://slidepdf.com/reader/full/freud-trama-de-conceitos 4/5
FRIUD:
A
TRAMA
DOS
CONCEITOS
iludir
a
censura, através
dos deslocamentos
e
condensações
pertinen-
tes.
Freud
se serue de uma metáfoÍa
excelente:
a impressão
Íecente
é comparada
a um empresáÍio que
tem
uma
boa
idéìa,
mas
que,
para
tomá-lo
industÍialmente
viável,
necessita
do
capital
fomecido pelo
desejo
infantil.
S€,
contudo,
mesnÌo depois
de disfarçado
sob a más-
caÉ inocente
da
experiência
recente, o
desejo aindà
se
revelar
como
perigoso
para o ego, este
se
defenderá
de vátias
formas,
a
mais
extrema
das quais
é
a
liberação
da angustia que
caÍacteÍiza
o
pesadelo
e nor-
malmente
conduz
ao
fim
do
sonho. Os
sonhos de
punìção,
que
tam-
bém
se apresentam
como
dolorosos,
podem
ser
incluídos na
teolia,
se s€ levü com
conta
que
a
punição
corresponde
a
um
desejo inçons-
ciente: o
des€jo
de
ser
castigado
por
abÌigaÍ
impulsos
perversos,
proi.
bidos
e portanto
reprimidos.
A
teoria
dê
que
somente
um desejo
pode
produzir
o
soúo.
porém,
falta
ainda um
elemento essencial.
Freud
tem
que
definir
o
que
entende
por
"desejo",
e
o faz retomando
os
conceitos desen-
volvidos no Projetoi
o aparelho
psíquico
tende
a
manter
tão
baixo
quando
possível
o nível de estimulação,
desenvolvendo
paÌa
este
lìm
o
esquema
do
arco
teflexo,
que permite
descarfegar
insìantanea-
mente
a excitação
sensoÍial recebida
do
mundo
ext€rioÍ.
Contudo,
as exigências
da vida,
que
aparecem
no
modo
das
necessidades
fí-
sicas,
conduzem à
ação
específica
(o
exemplo é
novamente
o
da
cri-
ança
famintã que
chora) capaz de
produzir
uma modificação
no
mundo
exterior,
que
aplaca
a
necessidade:
eis
aí
a
expe
ência
de
sa.
tisfação,
mediante
a
qual
a imagem
perceptiva
de um objeto
grati
ficante
se
associa à excitação
interna
nascida da necessidade.
Segue-se
o
protótipo
alucinatório,
mediaote
o
qual
o impulso
psíquico
pro
cura
estabelecer
uma identidade perceptiva
com
o
objeto da
pri-
meira
satisfação:
€ste
impulso é o
que
chamamos
um d€s€jo; â
reapariça:o
ala
peÍcepção
constitui a realizaçâ_o
do
desejo, e
o
investimento
completo
da
peÍcetça:o,
p;la
excitaçi'o
brotadâ da
necessidade, constitui
o caminho
mais curto
parà
a rèaü-
zaçâo
do
desejo32.
O
fracasso
da
alucinação
deteÌmina
o âparecimento
da
pÍova
de realidade,
que
suspende
a
regressão
quândo
esta atinge
as
ÍecoÍda-
ções
visuais,
desviando
a eneÍgia
que
se
encamiúava
para
a
Íevives-
cência
alucinatólia
ru_mo
à
produçâo
da identidade
requerida
a
partiÍ
do
mundo exteÍioÍ. E
nesle
contexto que
apsrece o
pensâmento.
que
consiste
simplesnente
na realização
do
desejo
por
um
desvio
mais
longo,
porém
mais
eficaz.
.
Nada, exceto
um
desejo,
pode
iÍnpelir
à
âtividade
nosso aparelho
psí-
qÌrico (.
. .); o sonho,
que
r€aliza o
desejo
pclo
caminho
mais
curto
da
regresião,
simplesmente pÍeserva
para
nós um exemplo
do
modo
..pÍimliÍio"
de operaçdo
lt, S.E.,
V,
p.
566.
OS
DEMÕNIOS
DA
ALMA
do
nosso
âparcÌho
psíquico,
que
foi âbandonado
na vidr
rcal
por
s€r
inade'
O
sonho
é
sempre
uma
realização
de desejo
pelo
simples
motivo
de
que
é uma
função do
inconsciente,
o
qual
não
possui
outro
obje-
tivo
a
não ser a
realização
de
desejos,
e
que
só
dispõe
das
forças repre-
sentadas pelos
impulsos
de desejo.
Esta extraordinária
definiçaio
da es$ncia
do
sisiema
incons'
ciente
é
imediatamente
transferida
pam
a
teoÍia das
neuloses.
O
sin'
tomâ
hisléÍico também
Íeplesentâ
a
realização de
um
desejo
incons-
ciente, contÍabaÌançado
por
uma
formação Íeativa
que
se
opõe
a
ele,
e
que
contudo
tambóm
replesenta
um
desejo,
desta
vez oÍiginâdo
do
pré-consciente:
um
sintoma
histórico
se origina apenâs
qDando
duâs realizaçõès
de de'
rejo
opostas,
cuja
fonte
se
€ncontra
€m dois
sistemas
psíquicos
diierentes'
são
capazes
de
combinar-se
nüÍnâ
cxpressa:o única34
Urna formulação
mais
explícita
desta idéia se
€ncontra na
cartâ
105
a
Flies
(19.02.1899),
em
que
Freud
descreve
a difeÍença
entÍe o
sonho e
o
sintoma do
mesmo
ponto
de
vista. O sonho
reaÌiza
apenas
o
deseìo
inconsciente,
porque
jamais
chegará
a
se
expÍessaÍ na
vidâ
Íeal;
o sintoma,
imerso
na
realidade
da
vida,
deve
representaÍ
taÍnbém
o
pensamento
repressor.
O sintoma,
pois,
surge
quando
o
pensâmento
Íeprimido
e
o
pensâmenlo
repressor
coincidem
na
mesma reaüzação
de desejo.
O sintoma
é
a
realizaçâo
do desejo do
pensamento
Íepressor na medida
em
que
implica,
por
exemplo' um
castigo,
umâ
âuto'punição35.
O
exemplo
é
o
mesmo
que
oçoÍÍe
Aa
Interprctaçdo dos
Sonhos:
uma
paciente
sofre
de
vômitos histéricos,
que
significam
ao
mesmo
tempo seu
desejo de
estât
$áúda
e
seu
desejo de
adoecer,
tornando-se
Íepulsiva
aos
homens
e
poÍtanto
jamais
engravidar. Não
é
difícil
Íeco-
úecêÍ
nos
sonhos
de
puniçâo uma
lotmâ
atenuada
deste
gêneÍo
de
sintomâ,
de
modo que
a
série
poderia
ser,
em grau
decrescente de
8Ía'
údade, constituída
da
seguinte
maneila: sintoma
-
soúos
de
Puni.
ção
-
sonhos
de
angustia
sonhos de
realização dislarçada
de
desejos
(a
maioÍia
dos soúhos
peÍtence a esta
câtegoria)
-
sonhos
de realiza-
çâo
evidente de
desejos
(caso
dos
sonhos
da criaíça).
A
série, con-
tudo,
é
cortada
de
forma
inequívoca
entrc o terceiÍo
e
o
quüto
com'
ponentes,
já
que,
nos
sonhos
usuais,
o desejo
tepÍessor
não
se
faz
sentiÍ. O
que
o
substitui
é
o desejo
pÍé-consciente
de
dormir,
que
já
encontÍamos
váÍias vezes
no
decoÍÍer
deste estudo.
A
conjunção dos
33.
LD., S.8.,
V,
p.
567.
34.
LD,
S.D.,
v,
p.
569.
35.
AP,
caÍra 105,
p.
3618.
7/24/2019 Freud trama de conceitos
http://slidepdf.com/reader/full/freud-trama-de-conceitos 5/5
ITRLUD:
A
I-RAM^
DOS
CONCEITOS
do.rs
dcscjos
o
infaníil
e
o
de
continuar
adormecido
_
é
suficiente-
Ìenre
ccrxcteÍizada.
mediante
o
trâbalho
,"iri;","
o";ï:ì;i;,.;
onho
na
série
das
formacôes
de
cr
podc
se
aplicar
"
o"r,"iiàï
o.*.i-pÍomissos
pois'
/,tu
sezsa
â êle
emnÍìndos'd;doìs-;isï;ï;,ìïl::ïï,'r:,,"","1;lï,:;ì:1ilïïi;
expressa-o
única.
A
distincâo
relevante
é
q""
"
d"r"j.-l;
;;;;;r'";;':
ropriamente
oposto
ao
deseio
i
apenas
"diferente"
dele.
Foi
e.sra
1l:ll"'
q*
suscita
o
sonho.
mas
,
ò''.,r ia,
i
"
"'i
o,
ï
;;
;
;:
ï;i
J,i::ï,ïff
;l
ï:
"'
"ïJï;i':ï.
Tendo
definido
o
dcseio
cr
uma
satisfaç5o
p;;;ì;";
;
rJnï,j":o
o
impulso
para
recncontraÍ
csr
a
sa
r i
s Íaçâo.'
d
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;
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;"'
;
;;
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ï:#lïi1.1..",:iï
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agora
descrever
o
toÍtuoso
trr
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ic
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p"
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;,:ï::,1ï:ï
f,
J ï"i::'
tï
T.i,ï
rìconscicntc
se
arcora
em
materia
iÌrrngrr
ir
conscióncia,
rrravés
do
",1
1::"-"1"
e
inofensivo.
e procu"ra
srrra.
quc
llc
;";;;
;'ï;ì#J;c-conscren
te:
mas
enconÍta
a
cen'
s,,,rro.
Encon
rran à
J;".;;;'ï;".
caÍacterísricas
do
rrabarho
.rô
:l:1.:,,o.,,",",,.r."ri**.,ii.ì"ï,:,Lï;yl:;r"1rrj:::ï:,1ï"r:ï,x:
l):rgcrs
mrernicas:
torna.sc
rcpresentávcl
"m
iìug"ns
"
;;;Ë#;:
r(t.locs
suplemcn
tares
pelo
mecanis
ü,,
ìonrro
arirìgem
assim
a
inten.iaÏl
da
condensação.
As
imâgens
bidi,s
pcra
.";.;;;*r,.
""';;;"ì;"j:
?:9"':á:i".
f
ara
seÍem
perce-
::,11,,1,,:
"",,
orgio
ae
pirclli,io";ï;ï,
."ïïloâ.:il,ïïl
ïïï:
cl)la
dc
prssagcm
que
a introduci
.ìcr)cH
assunrir
tarnbém
o
puo"r
o"b^,11-
lilsngem
permite
à
cons-
u,)s
|Í,)ccssos
de
pensamcnto.
orini-:l81o
sensorial
paÍâ
uma-parte
nÌciu
dcs
Í
"g""a
J .",
".i"riììi",";ïii"_::,.1:
p'ê"onscien
re.
É
por
,Jc pasrr
pe
ri
;i;";;-;';;;;il'"co^nscrencia
que
o
soúo.
depois
ri c
frzcr
se
p"r."b.,
'""",ro'ïoï;':,^"oj-'"9*
atrair
a
arençâo
paÍa
m a,
i
rcs
I
o
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o
son
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J
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ï'
;ïï,:dï
"T*J,ïl;."rì
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;:1..,,,.ï
ìtcnte
o
rclata.
caso
a
resistõncia
.li
-sc
d-erc
hot
as
j";;l;
;"
ìô:ì;
::illá,:ï:ii.
ï,":
;,,i"ff:::ï
::ï:
ilïLrl,rll"tt"tt'"".
a
segunda
rcgrcssiva
e
u
,"r""iru
n'oì'u."iii
Cabe
perguntar,
a
eslJ
altura
Dl
,.
u,n
proË"r.ã
t""
i".rir."j""
#ira
que
Íinalidade
serve
o
sonlo.
rrvocâ
aqui
outro
concciro
orisinr,r;
,lt]o"l
I
.sua
elaboraçâo.
Freud
e
"risado"
d' ;".'ci;'
;;ì;,
r.::
"ïiÏÍ
.11
t:'
:'
"
a".
estados
"l
ivÍe
"
dro
psíquico
por,ui.
qu"
l-
Àïr-u#j::l]",99
economia
do
dispên-
cicnie
livre.
d"',n;i;
iì;
r;;;;ï;
;il"'"'"
dcrxar
o
impulso
incons'
regrcssivo.
c
á"p.i"
iiricì,.:ï
.J","ïii.1"t'o
no
.decorrcr
do
tÍajeto
de
encrgia
prr-i,ao,,rli",,ra,"oo""JUrru
por
meio
de um
pcqueno
gãsto
ourarlc
lodo
o período
do
sorro:
laiÌtcI
o
itlconscielÌÌc
em
x;que
-
o
sonho
recebc
a
larcfr
dr
rrrzcr
Dôv
qÌr.
io'r
rcixr'rr
..
",,;;"
l;";;.';;ï';'ur
rnrLnrc
a rxcirâ(io
do
rrì(
onsciFhr.
m J,
l,
u,,
o m
o
"."
";
i;,
r
"
á
".,",."ï,ï
;. ;:i
ï",
*ï
xÍ_."ï.iflï,,"iïil.Ì
OS DEMONIOS
DA
ALMA
sua
c\citaçâo,
e
ao
mesmo
tempo,
mediânte
um
pequ€no
dispêndio
de
ativi
dãd€
"d€sperta", assegüra
o
sono
do
pré,consciente36.
Mas por que
é
pÍeciso
manteÍ o
inconsciente,
por
assim
dizeÍ,
consta[temente
sob
a
mira do fuzil? É
que,
se
o
movimento
de idéias
desencadeado
no
sistema
inconsciente
pudesse
seguiÍ seu câminho
sem
maiores obstáculos,
ele
provocaria
o
surgimento
de
um
afeto
orjginal-
mente
agradável,
mas
que,
em
virtude
do
proc€sso
de repÍessâo,
pas_
saria a ser
sentido
como
portador
de
desprazer. E
desta
forma,
ao
completar o estudo
do
sonho,
Freud
se vê
novamente
ante o
pÍoblema
cenÍal da
sua
teoria
psicológica:
a questão
da repressão.
A
seça:o E
do capítulo
VII
da
Irterüetaçdo
dot So
hos,
intitulada
,.Os
proéessos
Primário
e
Secundário:
A Repressão",
tenta mais
uma vez
daÍ conta
deste mecanismo essencial,
agora
à luz
do
modelo do aparelho psí-
quico
construído
a
partir
da descoberta
dos
pÍocessos
oníricos.
E
este rctoÍno
não
se
deve
ao
acaso:
as estÍanhas
operações
descÍitas
sob a rubÍica
do
"trabalho
do sonho" devem
ser
questionadas
quanto
à sua origem,
e,
como
veÍcmos agora,
esta
se
encontta
intimamente
vinculada
à repressão.
4. PROCESSO
PRIÀ4ÁRIO,
SEXUALIDADE
E REPRNSSÃO
A análise
dos pensamentos
do
sonho nÌostra
que,
em
si mesmos,
eles nada
posuem
que.
em
lese,
os
impedisse
de aceder
à
consciência.
Se
isto
não
ocorÍe,
e
se,
ao contrário,
tais
pensamentos
são
subme-
tidos
a uma
elaboração
que
se
afasta
tanto
das condições
normais
de raciocínio,
algo
deve
ter ocorrido
com eles.
Várias possibilidades
s€ aprcsentam:
ou a
atenção
consciente
não
chegou
a iluminálos.
ou o
curso
do
pensaÍnento
conduziu
a
uma
idéia criticável
e foi
abandonado, podendo
ser retomado
duÍante
a
noite,
FÍeud
introduz
o
conceito
dc eneryia psíquica
para
explicar
estes
movimentos
do
pensamento:
_
Acrediiamo\
que
umã
ceÌta
quantidade
dc
excitaçâo. que
dcnominamos
"encÍgiâ
de investimento",
é desloca.la
dc
uma
iddja
intencional
para
as
vras
arsociâtìvas
-s€lecionadas
poÍ
esta
idéiâ
diretom.
Uma cadeia
de
pcnsarnento
"despÍezadâ"
na:o
Íecebeu
este
investimento;
este,
por
sua vez,
ioi
retirado
dc
uma câdeiâ
' suprimida
'
ou
Ìejeitada";
ambas
foram
asrim âbandonadrs
às
sìras
própÍi.as
excitâções37.
Pode
ocorrer
que
estas
cadeias
de
pensamento
sejam
atÍaídas
por
outrasJ pÍesentes
naquele
momento
no
pÍé-consciente,
mas
cuja
origem
se
encontra
no
inconsciente.
Ncstc
caso,
estabclecer-sc_á
36.
lr.,
S.0.,
v,
p.579.
'
3't.
1.D.,
S.8., V,
p.
594.
i.
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