Fruticultura baiana dá sinais de revitalização

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AGRONEGÓCIOS SALVADOR SEGUNDA-FEIRA 13/12/2010 B8 agronegocios @grupoatarde.com.br INDICADORES SEG. 13.12 BRUCELOSE E TUBERCULOSE ANIMAL Acontece em Jabu- ticabal (SP) até o dia 17 o XXV Curso de Treinamento em Métodos de Diagnóstico e Controle de Brucelose e Tu- berculose Animal. Outras in- formações: www.funep.com. br/novoeventos TER 14.12 LEILÃO NELORE A Atual pro- move em Marabé (PA) o 14º Nelore e Tabapuã Top dos Criadores. Informações pelo (91) 4008-5396. Outro leilão deste dia é o Virtual Nelore Carpa Matrizes, organizado pela Leilosat, com transmis- são no canal do Boi. QUA 15.12 ACAROLOGIA Até o dia 17 acontece o VI Minicurso de Acarologia, organizado pelo governo de São Paulo. O cur- so será realizado no Labora- tório de Acarologia do Insti- tuto Biológico. Outras infor- mações: http://www.infobi bos.com/acaros. QUI 16.12 SANIDADE ANIMAL Em Mi- rante de Paranapanema (SP) acontece o I Ciclo de Palestras Sobre Sanidade Animal da ci- dade, no auditório do Senar. Outras informações no site: www.aptaregional.sp.gov.br/ eventos.php. Telefone: (18) 3222-0732. SEX 17.12 FEIRA DE OVINOS O Sindi- cato Rural de São Gabriel (RS), com o apoio da prefeitura, promove por dois dias a 32ª edição da Feira de Ovinos de Verão, no Parque de Exposi- ções Assis Brasil. Maiores in- formações: (55) 3232 6420 ou [email protected]. SAB 18.12 GIROLANDO O Novo Canal transmite a partir das 14 ho- ras o 6º Girolando e Holan- dês Sul das Gerais, que acon- tece no Recinto de Exposições José Teixeira Mendes em Eloi Mendes (MG). Serão leiloadas 220 fêmeas. Informações: (11) 3864-5136 /5533. SAB 18.12 LEILÃO NELORE O canal Ter- ra Viva transmite o 26º Vir- tual Nelore e Nelore Mocho Reunidas Santa Maria, que acontece a partir das 14h (ho- rário de Brasília). Serão lei- loados 163 animais. Maiores informações: (71)3444-2222 ou (75)3625-0455. TIRA DÚVIDAS Que fatores devem ser considerados na ins- talação do pomar de mangueiras? Os principais fatores são o levantamento das condições climáticas, das características físicas e químicas do solo, dos recursos hídricos existen- tes, bem como da qualidade e do volume de água no período mais seco do ano. A mangueira pode ser cultivada em solos ra- sos? Solos rasos não devem ser usados para a cultura. A presença de lençol freático alto favorece o crescimento vegetativo em detrimento do pro- cesso de indução floral da planta. A mangueira pode ser cultivada em maiores densidades de plantio? Sim. Densidades maiores que 250 plantas/ha podem ser usadas. No entanto, tornam-se mais exigentes as operações de manejo do pomar, como podas, nutrição, uso de paclobutrazol (PBZ) e de déficit hídrico. Como é feita a abertura da cova para o plantio da muda? As covas são feitas nas dimensões de 60 x 60 x 60 cm FONTE: EMBRAPA ENVIE DÚVIDAS PARA [email protected] OU PELO ALÔ REDAÇÃO (TEL. 71 - 3340-8990) PALAVRA Faturamento de R$ 3 bilhões em 2010 é 13,01% maior que 2009 Fruticultura baiana dá sinais de revitalização JULIANA BRITO Após quase três anos de crise, a fruticultura baiana volta a mostrar sinais de revitaliza- ção: em 2010 foram 5,2 mi- lhões de toneladas produzi- das e um faturamento de R$ 3,02 bilhões, 13,01% a mais que no ano passado. Mas, ape- sar do bom desempenho, a desvalorização do dólar ao longo do ano vem tirando o sono dos produtores de frutas para exportação, especial- mente os de uva e manga, itens mais vendidos para paí- ses estrangeiros no Vale do São Francisco, o maior polo da fruticultura no Estado. O dólar sofreu, em menos de 12 meses, uma variação de -26,09%. Além dos EUA ser o mercado mais importante para a região, algumas expor- tações para outros países são calculadas com base na moe- da americana. Suemi Koshiyama, dono da Special Fruit, é produtor de uva e manga há 26 anos. A propriedade dele no Vale do São Francisco possui 18 mil hectares e emprega direta- mente duas mil pessoas. Seu negócio tem 60% da produção direcionada ao mercado exterior. Segundo Koshiyama, nos últimos três anos, houve uma redução de 25% nas exportações da em- presa. “O dólar desvalorizado está comprometendo toda a ca- deia de exportação. Só é bom para brasileiro que vai pas- sear no exterior”, reclama. O produtor queixa-se da falta de atenção do governo brasileiro para a questão. “Até os próprios americanos desvalorizaram o dólar para se tornarem mais competiti- vos no mercado internacio- nal”, argumenta. Koshiyama e o presidente do Instituto da Fruta, Ivan Pinto da Costa, afirmam que, para solucionar a questão, os produtores da região já estão em busca de outras varieda- des com custo de produção menor que a uva e a manga. Dívidas A fruticultura participa com 1,8% no PIB estadual. As ex- portações representam uma parte pequena do faturamen- to deste mercado. Em 2010, foram 109 mil toneladas ex- portadas, com faturamento de US$ 124,7 milhões. “É muito pouco o que a gente exporta. O Chile, que é pequeno, ex- porta mais que a gente”, ob- serva o secretário de Agricul- tura Eduardo Salles. Entretanto, os problemas da fruticultura precedem as questões de câmbio e expor- tação experimentadas este ano. Em 2008, devido à crise financeira mundial, a comer- cialização da safra foi afetada. Em 2009, os produtores en- frentaram questões climáti- cas. “Em 2008, não tinha para quem vender, os comprado- res sumiram; em 2009, o agri- cultor deixou de apostar em tecnologia e as chuvas foram o tiro de misericórdia na fru- ticultura”, lembra Salles. Competição desigual Tais contratempos deixaram os produtores endividados. A situação foi amenizada no fi- nal de agosto deste ano, quan- do os fruticultores do Vale do São Francisco, apoiados pela Seagri, em articulação com os governos da Bahia e de Per- nambuco, conseguiram que o Conselho Monetário Nacio- nal (CMN) publicasse a reso- lução nº. 3.899 autorizando o Fundo Constitucional de Fi- nanciamento do Nordeste (FNE) a refinanciar as dívidas dos horticultores. Com essa medida, eles terão dez anos para quitar suas dívidas. O refinanciamento garante aos produtores algum tempo para se reorganizarem, mas, na visão dos produtores, a concorrência estrangeira po- derá constituir-se em outra ameaça à fruticultura. Adversários Os maiores adversários mo- ram ao lado. “Países como Pe- ru e Chile vão conseguir co- locar frutas nas nossas jane- las de exportação na Europa”, acredita Ivan Pinto da Costa. O presidente do Instituto da Fruta conta que no Peru a produção de uva já é maior que no Vale do São Francisco. Ao vizinho, produzir uvas tem um custo 55% menor que no polo baiano. “Por hectare gastamos US$ 40 mil e o custo deles é de US$ 18 mil. Quando eles entram na Comunidade Europeia têm isenção fiscal, fruto de um acordo, e nós pa- gamos 18%”, compara. Costa ainda reclama que os argentinos, que também ex- portam para o Brasil, utilizam insumos agrícolas proibidos dentro do País. “Em uma reunião da qual participei ontem em Brasília eu reclamei disso e falei: ‘Para os produtores brasileiros a lei e para os estrangeiros tudo’ ”, conta o presidente do Insti- tuto da Fruta. Ivan Cruz / Ag. A TARDE / 27.8.2010 Suemi Koshiama amarga prejuízos ocasionados por uma redução de 25% nas exportações da empresa Special Fruit Desvalorização do dólar vem tirando o sono dos produtores de frutas para exportação, especialmente os de uva e manga, itens mais vendidos no exterior Queda do emprego é o termômetro da crise A fruticultura é uma das ati- vidades que mais empregam no agronegócio. Segundo da- dos da Secretaria de Agricul- tura do Estado (Seagri), ela en- volve cerca de um milhão de pessoas. “Cinco hectares de uva ou manga, no pico da sa- fra, empregam em média 30 pessoas. Cinco mil hectares de soja empregam 25 pes- soas”, compara o presidente do Instituto da Fruta do Vale do São Francisco, Ivan Pinto da Costa. O mau andamento das ex- portações põe em risco os em- pregos relacionados a essa cultura. “Sessenta do custo de produção de frutas é com mão-de-obra. Nos últimos anos o salário mínimo tem aumentado, mas o lucro, por causa do câmbio, vem dimi- nuindo”, reclama o presiden- te do Instituto da Fruta. O em- presário Suemi Koshiyama já nota mudanças na região. “Cada ano que passa o nú- mero de carteiras registradas está caindo porque muitas fa- zendas têm sido fechadas e isso há três anos seguidos”. O secretário de Agricultura, Eduardo Salles admite o pro- blema, mas acredita que o di- recionamento da produção para o mercado interno, cada vez maior com a expansão das classes C e D, possa ser uma solução para a queda na exportação. Salles também aposta na agroindustrializa- ção como impulsionador da fruticultura baiana. “Estamos levando a Brasfrut para Rio Real. Será a primeira proces- sadora de laranja do estado. Também vamos ter a fábrica de Banana Chips da Alina em Wenceslau Guimarães; a Casa de Valduga”, enumera. 30 é o número de pessoas empregadas a cada cinco hectares de uva ou manga, no pico da safra. Já cinco mil hectares de soja empregam apenas 25 pessoas Editor-coordenador Flávio Oliveira CÂMBIO Acompanhe a cotação do dólar em tempo real www.atarde.com.br/economia FEIJÃO 75 u SOJA 46 MILHO 28 u CACAU 79 BOI 108 Principais cotações agrícolas em R$ ABACATE MÉDIO CEASA/SALVADOR SC 30 KG 63,00 ABACAXI MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 110,00 ALGODÃO PLUMA BARREIRAS ARROBA 86,57 CAROÇO BARREIRAS ARROBA 14,50 ARROZ COM CASCA BARREIRAS SC 60 KG 28,00 BANANA PACOVAN CEASA/SALVADOR KG 1,10 PRATA CEASA/SALVADOR CENTO 13,00 BETERRABA IRECÊ SC 20KG 4,00 CACAU ILHÉUS/ITABUNA ARROBA 79,00 FUTURO NEW YORK (US$) TON 2.890,00 CAFÉ ARÁBICA DURO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 340,00 RIO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 220,00 DESPOLPADO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 380,00 DESPOLPADO VITÓRIA DA CONQU ISTA SC 60 KG 380,00 DURO VITÓRIA DA CONQUISTA SC 60 KG 310,00 RIO VITÓRIA DA CONQUISTA SC 60 KG 210,00 DISPONÍVEL SANTOS SC 60 KG S/C DISPONÍVEL NEW YORK (U$$) LIBRA-PESO S/C FUTURO NEW YORK (U$$) LIBRA-PESO S/C CONILLON TIPO 7 EUNÁPOLIS SC 60 KG 180,00 TIPO 7/8 EUNÁPOLIS SC 60 KG 177,00 CEBOLA CEASA/SALVADOR SC 20 KG 7,00 CEASA/JUAZEIRO SC 20 KG 6,00 IRECÊ SC 20 KG 3,50 CENOURA IRECÊ SC 20 KG 8,00 COCO SECO MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 95,00 COCO VERDE MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 65,00 CRAVO DA ÍNDIA VALENÇA KG 6,50 DENDÊ CACHO VALENÇA TONELADA 170,00 FARINHA DE MAND. CEASA/SALVADOR SC 50 KG 85,00 FEIJÃO CARIOCA ADUSTINA SC 60 KG 75,00 BARREIRAS SC 60 KG 95,00 IRECÊ SC 60 KG 80,00 RIBEIRA DO POMBAL SC 60 KG 110,00 TUCANO SC 60 KG S/C MULATO IRECÊ SC 60 KG S/C GOIABA CEASA/SALVADOR CX 03 KG 3,00 PALUMA CEASA/JUAZEIRO CX 20 KG 25,00 GUARANÁ VALENÇA KG 7,00 LARANJA PERA GRANDE CEASA/SALVADOR CENTO 12,00 INDÚSTRIA RIO REAL TONELADA 265,00 INHAMBUPE TONELADA 260,00 LIMA CEASA/SALVADOR CENTO 19,00 LIMÃO TAITI GRANDE CEASA/SALVADOR SC 20 KG 32,00 MAMÃO FORMOSA CEASA/SALVADOR KG 0,70 MAMÃO FORMOSA B CEAGESP CX 21 KG 19,32 MAMÃO HAWAI CEASA/SALVADOR CX 7/8 KG 5,00 MANGA TOMMY ATKINS CEASA/JUAZEIRO KG 0,48 PALMER LIVRAMENTO N. SRA CX 6,5 KG 8,45 TOMMY ATKINS LIVRAMENTO N. SRA CX 6,5 KG 2,10 MARACUJÁ CEASA/JUAZEIRO SC 15 KG 20,10 COMUM CEASA/JAGUAQUARA SC 20 KG 7,50 MEL TUCANO KG 3,50 MELANCIA COMUM CEASA/SALVADOR KG 0,50 CEASA/JUAZEIRO KG 0,40 MELÃO GRANDE CEASA/SALVADOR KG 1,20 CEASA/JUAZEIRO KG 0,80 MILHO ADUSTINA SC 60 KG 28,00 IRECÊ SC 60 KG 24,00 RIBEIRA DO POMBAL SC 60 KG 36,00 TUCANO SC 60 KG S/C SISAL EXTRA VALENTE KG 1,14 TIPO 2 VALENTE KG 1,04 REFUGO VALENTE KG 0,55 SOJA BARREIRAS SC 60 KG 46,00 CHICAGO-USA (U$$) BUSCHEL 12,73 SORGO IRECÊ SC 60 KG S/C TOMATE MESA 1ª CEASA/SALVADOR CX 20/22 KG 7,50 CEASA/JUAZEIRO CX 26 KG 20,00 CEASA/JAGUAQUARA CX 23 KG 11,00 UVA ITÁLIA CEASA/SALVADOR CX 07 KG 17,00 UVA ITÁLIA CEASA/JUAZEIRO CX 06 KG 45,00 PRODUTOS TIPO PRAÇA UNIDADE R$ PRODUTOS TIPO PRAÇA UNIDADE R$ PECUÁRIA PRODUTOS PRAÇA UNIDADE R$ BOI GORDO POSTO NO FRIGORÍFICO FEIRA DE SANTANA ARROBA 108,00 POSTO NO FRIGORÍFICO STO. ANTÔNIO DE JESUS ARROBA 96,00 POSTO NO FRIGORÍFICO ITAPETINGA ARROBA 98,00 SALVADOR ARROBA 109,00 ARAÇATUBA/SP ARROBA S/C CAPRINO FEIRA DE SANTANA ARROBA 135,00 JEQUIÉ ARROBA 135,00 OVINO FEIRA DE SANTANA ARROBA 138,00 JEQUIÉ ARROBA 135,00 LEITE (NA PLATAFORMA) F. DE SANTANA LITRO 0,75 TEIXEIRA DE FREITAS LITRO 0,75 Fonte: EBAL, EBDA, Coordenação de Conjuntura Agrícola - SEAGRI CACAU ILHÉUS/ITABUNA 79,00 (arroba) Fonte: Seagri-Ba NOVA IORQUE ABT. MAX. MIN. AJUSTE OSC. MAR/10 - 3.014 2.866 2.887 -123 MAI/11 - 3.012 2.899 2.906 -123 JUL/11 - 3.014 2.905 2.921 -122 Fonte: AGÊNCIA EFE AGROPECUÁRIA / 10.12.2010 AGENDA DA SEMANA

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Faturamento de R$ 3 bilhões em 2010 é 13,01% maior que 2009

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AGRONEGÓCIOSSALVADOR SEGUNDA-FEIRA 13/12/2010B8

[email protected]

INDICADORES

SEG. 13.12BRUCELOSE E TUBERCULOSEANIMAL Acontece em Jabu-ticabal (SP) até o dia 17 oXXV Curso de Treinamentoem Métodos de Diagnóstico eControle de Brucelose e Tu-berculose Animal. Outras in-formações: www.funep.com.br/novoeventos

TER 14.12LEILÃO NELORE A Atual pro-move em Marabé (PA) o 14ºNelore e Tabapuã Top dosCriadores. Informações pelo(91) 4008-5396. Outro leilãodeste dia é o Virtual NeloreCarpa Matrizes, organizadopela Leilosat, com transmis-são no canal do Boi.

QUA 15.12ACAROLOGIA Até o dia 17acontece o VI Minicurso deAcarologia, organizado pelogoverno de São Paulo. O cur-so será realizado no Labora-tório de Acarologia do Insti-tuto Biológico. Outras infor-mações: http://www.infobibos.com/acaros.

QUI 16.12SANIDADE ANIMAL Em Mi-rante de Paranapanema (SP)acontece o I Ciclo de PalestrasSobre Sanidade Animal da ci-dade, no auditório do Senar.Outras informações no site:www.aptaregional.sp.gov.br/eventos.php. Telefone: (18)3222-0732.

SEX 17.12FEIRA DE OVINOS O Sindi-cato Rural de São Gabriel (RS),com o apoio da prefeitura,promove por dois dias a 32ªedição da Feira de Ovinos deVerão, no Parque de Exposi-ções Assis Brasil. Maiores in-formações: (55) 3232 6420 [email protected].

SAB 18.12GIROLANDO O Novo Canaltransmite a partir das 14 ho-ras o 6º Girolando e Holan-dês Sul das Gerais, que acon-tece no Recinto de ExposiçõesJosé Teixeira Mendes em EloiMendes (MG). Serão leiloadas220 fêmeas. Informações: (11)3864-5136 /5533.

SAB 18.12LEILÃO NELORE O canal Ter-ra Viva transmite o 26º Vir-tual Nelore e Nelore MochoReunidas Santa Maria, queacontece a partir das 14h (ho-rário de Brasília). Serão lei-loados 163 animais. Maioresinformações: (71)3444-2222 ou(75)3625-0455.

TIRA DÚVIDASQue fatores devem ser considerados na ins-talação do pomar de mangueiras?Os principais fatores são o levantamento dascondições climáticas, das características físicas equímicas do solo, dos recursos hídricos existen-tes, bem como da qualidade e do volume de águano período mais seco do ano.

A mangueira pode ser cultivada em solos ra-sos?Solos rasos não devem ser usados para a cultura.A presença de lençol freático alto favorece ocrescimento vegetativo em detrimento do pro-cesso de indução floral da planta.

A mangueira pode ser cultivada em maioresdensidades de plantio?Sim. Densidades maiores que 250 plantas/hapodem ser usadas. No entanto, tornam-se maisexigentes as operações de manejo do pomar,como podas, nutrição, uso de paclobutrazol(PBZ) e de déficit hídrico.

Como é feita a abertura da cova para o plantioda muda?As covas são feitas nas dimensões de 60 x 60 x60 cm

FONTE: EMBRAPA

ENVIE DÚVIDAS PARA [email protected] PELO ALÔ REDAÇÃO (TEL. 71 - 3340-8990)

PALAVRA Faturamento de R$ 3 bilhõesem 2010 é 13,01% maior que 2009

Fruticulturabaiana dásinais derevitalizaçãoJULIANA BRITO

Após quase três anos de crise,a fruticultura baiana volta amostrar sinais de revitaliza-ção: em 2010 foram 5,2 mi-lhões de toneladas produzi-das e um faturamento deR$ 3,02 bilhões, 13,01% a maisque no ano passado. Mas, ape-sar do bom desempenho, adesvalorização do dólar aolongo do ano vem tirando osono dos produtores de frutaspara exportação, especial-mente os de uva e manga,itens mais vendidos para paí-ses estrangeiros no Vale do

São Francisco, o maior polo dafruticultura no Estado.

O dólar sofreu, em menosde 12 meses, uma variação de-26,09%. Além dos EUA ser omercado mais importantepara a região, algumas expor-tações para outros países sãocalculadas com base na moe-da americana.

Suemi Koshiyama, dono daSpecial Fruit, é produtor deuva e manga há 26 anos. Apropriedade dele no Vale doSão Francisco possui 18 milhectares e emprega direta-mente duas mil pessoas.

Seu negócio tem 60% da

produção direcionada aomercado exterior. SegundoKoshiyama, nos últimos trêsanos, houve uma redução de25% nas exportações da em-presa.

“O dólar desvalorizado estácomprometendo toda a ca-deia de exportação. Só é bompara brasileiro que vai pas-sear no exterior”, reclama.

O produtor queixa-se dafalta de atenção do governobrasileiro para a questão.“Até os próprios americanosdesvalorizaram o dólar parase tornarem mais competiti-vos no mercado internacio-

nal”, argumenta.Koshiyama e o presidente

do Instituto da Fruta, IvanPinto da Costa, afirmam que,para solucionar a questão, osprodutores da região já estãoem busca de outras varieda-des com custo de produçãomenor que a uva e a manga.

DívidasA fruticultura participa com1,8% no PIB estadual. As ex-portações representam umaparte pequena do faturamen-to deste mercado. Em 2010,foram 109 mil toneladas ex-portadas, com faturamento

deUS$124,7milhões.“Émuitopouco o que a gente exporta.O Chile, que é pequeno, ex-porta mais que a gente”, ob-serva o secretário de Agricul-tura Eduardo Salles.

Entretanto, os problemasda fruticultura precedem asquestões de câmbio e expor-tação experimentadas esteano. Em 2008, devido à crisefinanceira mundial, a comer-cialização da safra foi afetada.Em 2009, os produtores en-frentaram questões climáti-cas. “Em 2008, não tinha paraquem vender, os comprado-res sumiram; em 2009, o agri-cultor deixou de apostar emtecnologia e as chuvas foramo tiro de misericórdia na fru-ticultura”, lembra Salles.

Competição desigualTais contratempos deixaramos produtores endividados. Asituação foi amenizada no fi-nal de agosto deste ano, quan-do os fruticultores do Vale doSão Francisco, apoiados pelaSeagri, em articulação com osgovernos da Bahia e de Per-nambuco, conseguiram que oConselho Monetário Nacio-nal (CMN) publicasse a reso-lução nº. 3.899 autorizando oFundo Constitucional de Fi-nanciamento do Nordeste(FNE) a refinanciar as dívidasdos horticultores. Com essamedida, eles terão dez anos

para quitar suas dívidas.O refinanciamento garante

aos produtores algum tempopara se reorganizarem, mas,na visão dos produtores, aconcorrência estrangeira po-derá constituir-se em outraameaça à fruticultura.

AdversáriosOs maiores adversários mo-ram ao lado. “Países como Pe-ru e Chile vão conseguir co-locar frutas nas nossas jane-las de exportação na Europa”,acredita Ivan Pinto da Costa.

O presidente do Institutoda Fruta conta que no Peru aprodução de uva já é maiorque no Vale do São Francisco.Ao vizinho, produzir uvastem um custo 55% menor queno polo baiano. “Por hectaregastamos US$ 40 mil e o custodeles é de US$ 18 mil. Quandoeles entram na ComunidadeEuropeia têm isenção fiscal,fruto de um acordo, e nós pa-gamos 18%”, compara.

Costa ainda reclama que osargentinos, que também ex-portamparaoBrasil,utilizaminsumos agrícolas proibidosdentro do País.

“Em uma reunião da qualparticipei ontem em Brasíliaeu reclamei disso e falei: ‘Paraos produtores brasileiros a leie para os estrangeiros tudo’ ”,conta o presidente do Insti-tuto da Fruta.

Ivan Cruz / Ag. A TARDE / 27.8.2010

Suemi Koshiama amarga prejuízos ocasionados por uma redução de 25% nas exportações da empresa Special Fruit

Desvalorizaçãodo dólar vemtirando o sonodos produtoresde frutas paraexportação,especialmenteos de uva emanga, itensmais vendidosno exterior

Queda do emprego éo termômetro da criseA fruticultura é uma das ati-vidades que mais empregamno agronegócio. Segundo da-dos da Secretaria de Agricul-tura do Estado (Seagri), ela en-volve cerca de um milhão depessoas. “Cinco hectares deuva ou manga, no pico da sa-fra, empregam em média 30pessoas. Cinco mil hectaresde soja empregam 25 pes-soas”, compara o presidentedo Instituto da Fruta do Valedo São Francisco, Ivan Pintoda Costa.

O mau andamento das ex-portações põe em risco os em-pregos relacionados a essacultura. “Sessenta do custo deprodução de frutas é commão-de-obra. Nos últimosanos o salário mínimo temaumentado, mas o lucro, porcausa do câmbio, vem dimi-nuindo”, reclama o presiden-te do Instituto da Fruta. O em-presário Suemi Koshiyama jánota mudanças na região.“Cada ano que passa o nú-mero de carteiras registradasestá caindo porque muitas fa-zendas têm sido fechadas eisso há três anos seguidos”.

O secretário de Agricultura,Eduardo Salles admite o pro-blema, mas acredita que o di-recionamento da produçãopara o mercado interno, cadavez maior com a expansãodas classes C e D, possa seruma solução para a queda naexportação. Salles tambémaposta na agroindustrializa-ção como impulsionador dafruticultura baiana. “Estamoslevando a Brasfrut para RioReal. Será a primeira proces-sadora de laranja do estado.Também vamos ter a fábricade Banana Chips da Alina emWenceslau Guimarães; a Casade Valduga”, enumera.

30é o número de pessoasempregadas a cada cincohectares de uva ou manga,no pico da safra. Já cincomil hectares de sojaempregam apenas25 pessoas

Editor-coordenadorFlávio Oliveira

CÂMBIO Acompanhe a cotação do dólar emtempo real www.atarde.com.br/economia

FEIJÃO

75uSOJA

46MILHO

28u

CACAU

79BOI

108

Principais cotações agrícolas em R$

ABACATE MÉDIO CEASA/SALVADOR SC 30 KG 63,00ABACAXI MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 110,00ALGODÃO PLUMA BARREIRAS ARROBA 86,57

CAROÇO BARREIRAS ARROBA 14,50ARROZ COM CASCA BARREIRAS SC 60 KG 28,00BANANA PACOVAN CEASA/SALVADOR KG 1,10

PRATA CEASA/SALVADOR CENTO 13,00BETERRABA IRECÊ SC 20KG 4,00CACAU ILHÉUS/ITABUNA ARROBA 79,00

FUTURO NEW YORK (US$) TON 2.890,00CAFÉ ARÁBICA DURO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 340,00

RIO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 220,00DESPOLPADO L.EDUARDO MAGALHÃES SC 60 KG 380,00DESPOLPADO VITÓRIA DA CONQU ISTA SC 60 KG 380,00DURO VITÓRIA DA CONQUISTA SC 60 KG 310,00RIO VITÓRIA DA CONQUISTA SC 60 KG 210,00DISPONÍVEL SANTOS SC 60 KG S/CDISPONÍVEL NEW YORK (U$$) LIBRA-PESO S/CFUTURO NEW YORK (U$$) LIBRA-PESO S/CCONILLON TIPO 7 EUNÁPOLIS SC 60 KG 180,00TIPO 7/8 EUNÁPOLIS SC 60 KG 177,00

CEBOLA CEASA/SALVADOR SC 20 KG 7,00CEASA/JUAZEIRO SC 20 KG 6,00IRECÊ SC 20 KG 3,50

CENOURA IRECÊ SC 20 KG 8,00COCO SECO MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 95,00COCO VERDE MÉDIO CEASA/SALVADOR CENTO 65,00CRAVO DA ÍNDIA VALENÇA KG 6,50DENDÊ CACHO VALENÇA TONELADA 170,00FARINHA DE MAND. 1ª CEASA/SALVADOR SC 50 KG 85,00FEIJÃO CARIOCA ADUSTINA SC 60 KG 75,00

BARREIRAS SC 60 KG 95,00IRECÊ SC 60 KG 80,00RIBEIRA DO POMBAL SC 60 KG 110,00TUCANO SC 60 KG S/C

MULATO IRECÊ SC 60 KG S/C

GOIABA CEASA/SALVADOR CX 03 KG 3,00PALUMA CEASA/JUAZEIRO CX 20 KG 25,00GUARANÁ VALENÇA KG 7,00LARANJA PERA GRANDE CEASA/SALVADOR CENTO 12,00

INDÚSTRIA RIO REAL TONELADA 265,00INHAMBUPE TONELADA 260,00

LIMA CEASA/SALVADOR CENTO 19,00LIMÃO TAITI GRANDE CEASA/SALVADOR SC 20 KG 32,00MAMÃO FORMOSA CEASA/SALVADOR KG 0,70MAMÃO FORMOSA B CEAGESP CX 21 KG 19,32MAMÃO HAWAI CEASA/SALVADOR CX 7/8 KG 5,00MANGA TOMMY ATKINS CEASA/JUAZEIRO KG 0,48

PALMER LIVRAMENTO N. SRA CX 6,5 KG 8,45TOMMY ATKINS LIVRAMENTO N. SRA CX 6,5 KG 2,10

MARACUJÁ CEASA/JUAZEIRO SC 15 KG 20,10COMUM CEASA/JAGUAQUARA SC 20 KG 7,50

MEL TUCANO KG 3,50MELANCIA COMUM CEASA/SALVADOR KG 0,50

CEASA/JUAZEIRO KG 0,40MELÃO GRANDE CEASA/SALVADOR KG 1,20

CEASA/JUAZEIRO KG 0,80MILHO ADUSTINA SC 60 KG 28,00

IRECÊ SC 60 KG 24,00RIBEIRA DO POMBAL SC 60 KG 36,00TUCANO SC 60 KG S/C

SISAL EXTRA VALENTE KG 1,14TIPO 2 VALENTE KG 1,04REFUGO VALENTE KG 0,55

SOJA BARREIRAS SC 60 KG 46,00CHICAGO-USA (U$$) BUSCHEL 12,73

SORGO IRECÊ SC 60 KG S/CTOMATE MESA 1ª CEASA/SALVADOR CX 20/22 KG 7,50

CEASA/JUAZEIRO CX 26 KG 20,00CEASA/JAGUAQUARA CX 23 KG 11,00

UVA ITÁLIA CEASA/SALVADOR CX 07 KG 17,00UVA ITÁLIA CEASA/JUAZEIRO CX 06 KG 45,00

PRODUTOS TIPO PRAÇA UNIDADE R$ PRODUTOS TIPO PRAÇA UNIDADE R$

PECUÁRIAPRODUTOS PRAÇA UNIDADE R$BOI GORDOPOSTO NO FRIGORÍFICO FEIRA DE SANTANA ARROBA 108,00POSTO NO FRIGORÍFICO STO. ANTÔNIO DE JESUS ARROBA 96,00POSTO NO FRIGORÍFICO ITAPETINGA ARROBA 98,00

SALVADOR ARROBA 109,00ARAÇATUBA/SP ARROBA S/C

CAPRINO FEIRA DE SANTANA ARROBA 135,00JEQUIÉ ARROBA 135,00

OVINO FEIRA DE SANTANA ARROBA 138,00JEQUIÉ ARROBA 135,00

LEITE (NA PLATAFORMA) F. DE SANTANA LITRO 0,75TEIXEIRA DE FREITAS LITRO 0,75

Fonte: EBAL, EBDA, Coordenação de Conjuntura Agrícola - SEAGRI

CACAUILHÉUS/ITABUNA 79,00 (arroba)

Fonte: Seagri-Ba

NOVA IORQUE ABT. MAX. MIN. AJUSTE OSC.MAR/10 - 3.014 2.866 2.887 -123MAI/11 - 3.012 2.899 2.906 -123JUL/11 - 3.014 2.905 2.921 -122

Fonte: AGÊNCIA EFE

AGROPECUÁRIA / 10.12.2010

AGENDA DA SEMANA