Funcionamento do Programa dos Leitos de Longa...
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Dr. José Paulo Pintyá
Diretor das Atividades Médicas Unidade de Emergência
HCFMRP-USP
Funcionamento do Programa dos
Leitos de Longa Permanência
Relatar a experiência da Unidade de
Emergência em relação aos Leitos de
Longa Permanência e os caminhos
percorridos
Princípios Doutrinários do SUS: Universalidade
Atender a todos sem discriminação.
A saúde é um direito de todos e é um dever do
Estado prover serviços e ações que garantam esse
direito .
Garantia de acesso às ações e aos serviços de
saúde para todos que deles necessitam.
Princípios Doutrinários do SUS: Integralidade
A atenção à saúde inclui ações de promoção,
prevenção, tratamento e reabilitação, com
garantia de acesso a todos os níveis de
complexidade do sistema de saúde .
Atender todas as necessidades de saúde.
Princípios Doutrinários do SUS: Equidade
Atender diferente aos diferentes.
Garantia de igualdade de oportunidade na
utilização do sistema de saúde.
Princípios Operacionais do SUS: Regionalização
Redes Regionais de Atenção à Saúde: Arranjos organizativos de ações e
serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por
meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a
integralidade da atenção à saúde num determinado território.
Diretrizes:
- Parceria entre a SES e os municípios
- Relações horizontais organizadas, sistematizadas e reguladas entre a atenção
básica e os demais pontos de atenção do sistema de saúde;
- Superação da fragmentação do sistema por meio da gestão compartilhada
entre a SES e os municípios;
- Subordinação dos prestadores que compõe a rede SUS da região (estadual -
sob administração direta ou OSS, universitária, municipal, conveniada e
contratada) ao processo de cogestão regional, sem prejuízo do comando único.
Princípios Operacionais do SUS: Hierarquização
Regulação e caminhos da rede segundo diferentes
níveis de complexidade médica (competência técnica,
densidade tecnológica).
Princípios Operacionais do SUS: Participação Social
Conselhos de Saúde: Órgãos colegiados, de caráter
permanente e deliberativo que atuam na formulação
e proposição de estratégias, e no controle da
execução das políticas de saúde;
Serviço de Atendimento ao Usuário;
Ouvidoria;
Inclusão da família.
Sistema:
Conjunto de Instituições que devem (por lei)
atuar de forma articulada e integrada, formando
um todo organizado, cujo resultado das ações é
maior do que o do conjunto dos elementos
agindo de forma independente, mas com
estrutura dinâmica.
Rede:
Integração sistêmica das instituições e
programas de ação;
Cultura de ação colaborativa entre os vários
órgãos envolvidos e da incorporação de
metodologias de trabalho em rede em cada
localidade e região.
Modo ou forma de funcionamento;
A integralidade do cuidado só pode ser obtida
em rede. Pode haver algum grau de
integralidade “focalizada” quando uma equipe,
em um serviço de saúde, através de uma boa
articulação de suas práticas, consegue
escutar e atender, da melhor forma possível
as necessidades de saúde trazida por cada
um.
(CECILIO , 2001).
Acolhimento
e
humanização
ENTRADA SAÍDA
Projeto Leitos de Longa Permanência
Contexto na época de elaboração:
Alta taxa de ocupação da U.E. – HCFMRP-USP, principalmente de
sua Sala de Urgência adulto;
Autuação da VISA (Julho 2013) por usuários em corredor;
Avaliação dos casos regulados:
Regulação era necessária na maioria dos casos;
Porém regulação nem sempre adequada ao nível de
complexidade, pois muitos usuários poderiam ser
encaminhamentos a hospitais de menor complexidade.
Projeto Leitos de Longa Permanência
Contexto:
Internação de usuários de baixa complexidade médica e alta
dependência de cuidados em Instituições terciárias comprometendo o
acesso de novos usuários com necessidades de atendimento em
locais de complexidade terciária;
Baixa utilização de leitos em Instituições de menor complexidade,
que poderiam se beneficiar com aumento de sua taxa de ocupação;
Unidade de Emergência com 08 moradores há mais de um ano
internados no hospital;
Liberação de Bipaps através de processo judicial demorando em
média de 6 a 8 meses.
Etc..
Projeto Leitos de Longa Permanência
Desafios
Enfrentados
Desafios
Enfrentados
Altas de difícil resolutividade
Mudança de paradigma:
Análise e diagnóstico multidisciplinar;
Trabalho em equipe multidisciplinar;
Inclusão da família no ambiente
hospitalar.
Desafios
Enfrentados
O momento de alta de cada paciente deve
ser pensado como um momento privilegiado
para se produzir a continuidade do cuidado
em outros serviços, não apenas de forma
burocrática, cumprindo um papel da “contra-
referência”, mas pela construção ativa da
linha de cuidado necessária àquele paciente
específico.
Acolhimento e
humanização
Foco nas necessidades individuais
Organização do fluxo de pacientes;
Definição de protocolos de atendimento;
Entrosamento da equipe multidisciplinar;
Competência técnica;
Competência Interativa - Lidar com a
dimensão subjetiva;
Trabalho com compromisso e vínculo;
Reorganização do processo de trabalho;
Ética no trato com a vida humana;
Disponibilidade interna dos profissionais.
Desafios
Enfrentados
Atendimento especial aos familiares nas situações
de óbito;
Atendimento aos pacientes politraumatizados e seus
familiares;
Mediação de conflitos
SERVIÇO SOCIAL – 24 HORAS
SERVIÇO DE PSICOLOGIA
Primários:
Ampliar na referência regional para emergências terciárias;
a disponibilidade de vagas para usuários em situação de
doença de complexidade médica terciária;
Ampliar a utilização de leitos ociosos nas instâncias
primárias/secundárias para cuidados prolongados;
Objetivos do Projeto
Secundários:
Capacitar pessoal técnico para cuidados a pacientes de alta
dependência;
Maior integração entre os atores da Rede Urgência e
Emergência .
Objetivos do Projeto
MAPA DO DRS XIII
Guariba
São Simão
São Simão
Altinópolis
(98)
(43)
(36)
RELACIONAMENTO COM
INSTITUIÇÕES PARCEIRAS
Todas as etapas foram pactuadas com visitas presenciais;
O usuário é transferido e não apenas o paciente problema;
O usuário só deixa de ser acompanhado quando é reintegrado
à Sociedade;
Acompanhamento do Serviço Social da U.E. e do DRS XIII
diariamente;
Acesso garantido à Instituição terciária se houver complicações
durante sua internação no hospital de menor complexidade;
Competências das Equipes da Unidade de
Emergência
Organização da Alta Hospitalar;
Agendamentos de retornos;
Elaboração de Relatórios:
Médico;
Enfermagem;
Serviço Social;
Fisioterapia;
Nutrição.
Atestado Médico;
Relatório de visitantes na Unidade de Emergência
Auxílio no óbito quando ocorrer;
Redução de número de pacientes internados com alta
dependência e baixa complexidade médica;
Aumento da rotatividade nos leitos de neurologia e
neurocirurgia (100%);
Aumento da rotatividade dos leitos de CTI adulto (25%);
Diminuição do número de pacientes que precisam ficar
internados na Recuperação Pós anestésica esperando
leitos em CTI;
Resultados
Impacto na Unidade de Emergência
Maior disponibilidade de recursos terciários à população;
Maior utilização destes recursos de saúde pelos
municípios;
Maior diálogo e interface entre os gestores, propiciando
uma discussão produtiva dos problemas com soluções
compartilhadas;
Menor número de conflitos e confrontos entre o sistema
de regulação médica e a Unidade de Emergência;
Impacto na Rede
Resultados
Foto recebida em 03/06/2015
Novas etapas a serem discutidas
1- novos parceiros (SES);
2- efetivação dos leitos previstos na RUE (MS);
3- parceiros que atendam maior complexidade;
4- leitos pediátricos.
5- maior integração entre gestores de fluxo e
gestores de hospitais prestadores;
6- programa de capacitação permanente dos
parceiros.
Obrigado!