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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ UNIVERSIDADE DE FORTALEZA – UNIFOR Centro de Ciências da Saúde – CCS Mestrado em Educação em Saúde
AUTOCONHECIMENTO E HABILIDADES PESSOAIS
EM PROMOÇÃO DA SAÚDE
FRANCISCO ROBERTO BRITO CUNHA
Fortaleza
2006
2
FRANCISCO ROBERTO BRITO CUNHA
AUTOCONHECIMENTO E HABILIDADES PESSOAIS EM PROMOÇÃO DA
SAÚDE
Dissertação apresentada à banca examinadora do Mestrado em Educação em Saúde da Universidade de Fortaleza – UNIFOR como requisito para a obtenção do título de Mestre em Educação em Saúde. Linha de pesquisa: Cultura, redes sociais e humanização do Cuidado. Apoio: Capes
Orientadora: Profa.Dra. Fátima Luna Pinheiro Landim
Fortaleza
2006
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AUTOCONHECIMENTO E HABILIDADES PESSOAIS EM PROMOÇÃO DA
SAÚDE
Dissertação aprovada em: ___________ / ___________ / __________
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________________
Profa. Dra. Fátima Luna Pinheiro Landim - UNIFOR
PRESIDENTE
___________________________________________________________
Prof. Dr Fernando Lefèvre - USP
1º MEMBRO EFETIVO
___________________________________________________________
Prof. Dr Francisco Silva Cavalcante Júnior - UNIFOR
2º MEMBRO EFETIVO
___________________________________________________________
Prof.a Dra Luiza Jane Eyre de Souza Vieira - UNIFOR
MEMBRO SUPLENTE
4
DEDICATÓRIA
Àquela que é também responsável por este momento, pois me estimulou e me ajudou a
ingressar, que durante compartilhou todos os momentos, dando-me força para permanecer, e
que na conclusão sofreu com meu sofrimento, não deixando as lágrimas caírem, colaborando
com o desfecho, quando não conseguia mais enxergar.
Àquela que não só no mestrado faz isso, mas na vida, trazendo-me força, luz, paz e amor.
À Rosane, meu amor!
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AGRADECIMENTOS
A Deus por me dar força e luz nos momentos difíceis...
À minha mãe por ajudar, ser forte e me inspirar...
À prof.ª Fátima por acreditar e me ensinar a amar o pesquisar, porque ama....
Ao Pe. Domingos pela abertura e incentivo de força...
A todos os sujeitos que se disponibilizaram para a pesquisa...
À amiga Gladys, grande psicóloga e ser - humano...
À amiga Virginia por compartilhar as angústias e colaborar...
Às minhas cunhadas e amigas Carina e Cibele por colaborarem...
À colega Patrícia que na reta final se tornou uma amiga...
À prof.ª Ana pela solidariedade com a minha causa...
À prof.a Raimundinha por ouvir e ajudar...
À prof.a Mirna por me lembrar de Deus...
À prof.ª Jane por suas observações na qualificação...
Ao prof. Cavalcante, modelo de professor, que me inspira...
Ao prof. Fernando pela disponibilidade...
A todos os demais professores por suas contribuições...
A todos os funcionários do mestrado e colegas de turma, pessoas especiais...
Ao amigo André pelo amor ao conhecimento que inspira...
Ao amigo Marcelo pelo amor à docência que inspira...
Ao amigo Bryan pela busca da espiritualidade que inspira...
Aos meus sogros por se preocuparem e me incentivarem...
6
[...] Gosto de ser homem, de ser gente, porque sei que a minha passagem pelo mundo não é
predeterminada, preestabelecida. Que o meu “destino” não é um dado, mas algo que precisa
ser feito e de cuja responsabilidade não posso me eximir. Gosto de ser gente porque a
história em que me faço com os outros e de cuja feitura toma parte é um tempo de
possibilidades e não de determinismo. [...]
Paulo Freire
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RESUMO
Com o advento das chamadas ciências naturais, o homem volta-se “para fora” numa tentativa de dominar o mundo externo, tê-lo sob controle. Acrescente-se o modelo econômico pautado no capitalismo, que gera, dentre outros sentimentos, o egoísmo, o consumismo e o hedonismo, funda-se uma cultura de massa onde não há espaço para a autenticidade, originalidade e no interior da qual se fortalece uma prática individualista, propícia ao adoecer. Paradoxalmente, com o individualismo “patologizante”, o homem afastado de si se vê obrigado, por diversos fatores, a buscar o autoconhecimento, favorecida nos dias atuais, dentre diversas estratégias difundidas pela globalização e pela cultura de massa, o Eneagrama: uma tipologia que vem sendo empregada por pessoas da comunidade e diversos profissionais para permitir mapear os tipos psicológicos básicos do ser humano. No entanto, tal fenômeno encontra resistência no paradigma biomédico positivista reinante em nossa formação na qual tal popularização é criticada pelo saber psicológico que prefere resguardar para clínica tais conhecimentos. No entanto o paradigma da promoção da saúde sugere que possamos valorizar saberes populares e conceder autonomia à população para que esta possa dar conta do seu processo de saúde-doença, acreditando na sua capacidade. Esse estudo descritivo teve os seguintes objetivos: 1) Conhecer as experiências vivenciadas pelos sujeitos durante o curso de Eneagrama e a relação que eles fazem com a promoção da saúde; 2) Descrever como se dá no eneagrama o desenvolvimento de habilidades pessoais em promoção da saúde. A pesquisa foi realizada durante o ano de 2006, junto a doze (12) sujeitos, provenientes de diferentes bairros da cidade de Fortaleza-Ceará. Essas pessoas foram retiradas de um universo maior que compunha um grupo de estudos sobre uma estratégia de autoconhecimento (o eneagrama). A escolha configura, assim, o modo “intencional”, situação em que o pesquisador tem conhecimento das características do universo a ser pesquisado, mas como se trata de um campo muito extenso, opta por trabalhar com uma representação desse universo, vez que investigação qualitativa integral com toda população seria muito onerosa e trabalhosa. Os dados foram coletados por meio da entrevista, utilizando um roteiro guia. O local das entrevistas foi determinado pelos próprios sujeitos, considerando seus interesses e disponibilidade de tempo, de maneira que sete (07) entrevistas foram realizadas no espaço físico de uma Casa de Formação religiosa na qual reúne um grupo de encontro, e cinco (05) nas residências dos entrevistados. Como proposta para processar, apresentar e analisar dados discursivos em pesquisa adotou-se o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Ouvir as pessoas discursando sobre seu processo de autoconhecimento foi uma experiência extremamente reveladora, na medida em que pode-se perceber como uma estratégia pautada na educação propicia um conhecimento que, dependendo da disposição dos sujeitos, pode ser revertida em estados de vida mais saudáveis. Isto porque a estratégia vai possibilitando ao sujeito repensar sua relação com a própria saúde, e os processos que levam a uma somatização, fazendo surgir consciência dele, bem como dos mecanismos naturais de defesa; o que pode, por sua vez, prevenir o aparecimento de algumas doenças. Para além disso, o sujeito pode também melhorar o seu bem-estar físico, psíquico e espiritual através do desenvolvimento de habilidades pessoais que existem dentro do sujeito, mas que até então permaneciam reprimidas e que afloram por meio dos caminhos de crescimento propostos pelo Eneagrama se contrapondo ao individualismo.Na medida em que as pessoas busquem o autoconhecimento, habilidades podem ser desenvolvidas por meio do processo de capacitação das pessoas para adquirirem autonomia sobre sua saúde como um componente importante de sua vida diária.
Palavras-chaves: Autoconhecimento; Psicologia; Promoção da Saúde
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ABSTRACT
SELF-KNOWLEDGE AND PERSONAL ABILITIES IN HEALTH PRO MOTION
With the advent of the called natural sciences, the man turns back "outside" in an attempt of dominating the external world, to have it under control. The ruled economical model, increased in the capitalism, that generates, among other feelings, the selfishness, the consumerism and the hedonism, is founded a mass culture where there is no space for the authenticity, originality; and inside which strengthens an individualistic practice, favorable to ilness. Paradoxically, with unhealthy individualism, the moved away man sees himself impelled by several factors, to seek for self-knowledge, favored nowadays among several strategies spread by globalization and mass culture, The Eneagram: a typology that has been used by common people of the community and several professionals allowing to map the basic psychological types of the human being. However such phenomenon finds resistance in the dominating positive biomedical paradigm and our formations in which such popularization is criticized by the Psychological knowledge that prefers to protect such knowledge from clinic. However the paradigm of health promotion suggests that we may, to value popular knowledge and grant autonomy for the population it may support its health-disease process, believing in its capability. A descriptive study that had the following objectives: 1) to know the experiences lived by the subjects during the Eneagrama course and the relationship they have with the health promotion; 2) to describe how is done in the eneagram the development of personal abilities in health promotion. It was accomplished during the year of 2006, along with twelve (12) subjects, coming from different neighborhoods of the city of Fortaleza-Ceará. Those people were removed from a larger universe that it composed a group of studies about self-knowledge strategy (the eneagram). The choice configures, then, the "intentional" way, situation in which the researcher has knowledge about the characteristics of the universe to be researched, but as it is a very extensive field, he chooses to work with a sample of that universe, once that integral qualitative investigation with every population would be very onerous and difficult. The data were collected through the interview, using guidelines. The place of the interviews was determined by the own subjects, considering their interests and available time, so that seven (07) interviews were accomplished in the physical space of a religious formation house in which the study group met, and five (05) in the interviewees' residences. As proposal to process, to present and to analyze discursive data in research the Collective (DSC) Subject's Speech was adopted. To listen to people making speeches about their self-knowledge process was an extremely developing experience, in the measure it could be noticed as a ruled strategy in the education propitiates a knowledge that, depending on the disposition of the subjects, it may be reverted healthier life states. This because the strategy is making possible to the subject to rethink his relationship with his own health, and the processes that take to a sum, making conscience appear, as well as of the natural mechanisms of defense; what may, for instance, prevent the emergence of some diseases. Besides, the subject can also improve his physical, psychic and spiritual well being through the development of personal abilities that exist inside the subject, but that until then stayed repressed and that emerge through the growth ways proposed by the eneagram. In the measure that the people seek the sef-knowledge, abilities may be developed through the process of people's qualification to take the control and the responsibility of their health as an important component of their daily life.
Key Words: Self-knowledge; Pscychology; Health Promotion
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO...........................................................................................................
1 INTRODUÇÃO.............................................................................................................
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2 METODOLOGIA..........................................................................................................
2.1 A pesquisa qualitativa................................................................................................
2.2 O método DSC............................................................................................................
2.3 As técnicas no DSC.....................................................................................................
2.4 Os sujeitos colaboradores..........................................................................................
2.5 A análise dos dados.....................................................................................................
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3 ARTIGOS FORMATADOS.........................................................................................
3.1 ARTIGO 1: Auto-conhecimento: processos subjetivos e a promoção da saúde...
3.2 ARTIGO 2: O Eneagrama e as suas contribuições para o desenvolvimento de
habilidades pessoais em promoção da saúde..................................................................
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22
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................ 84
REFERÊNCIAS............................................................................................................... 86
APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA........................................................... 88
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARE CIDO.....
APÊNDICE C - TRANSCRIÇÃO DA COLETA DE DADOS....................................
ANEXO A – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA......................................................
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APRESENTAÇÃO
O relatório de Dissertação aqui apresentado tem origem em uma inquietação que
provem da prática profissional, como psicólogo, ao deparar-se cotidianamente com a
realidade de que a população em geral, e os profissionais de saúde em particular,
desconhecem o papel do psicólogo e, por conseguinte, a sua práxis e as suas possibilidades de
atuação no campo da saúde, dentro e fora da clínica.
De outro lado, vislumbram-se verdadeiras oportunidades para divulgar a profissão
e dá a conhecer acerca de quem é o profissional psicólogo. Exemplo disto é o Mestrado de
Educação em Saúde da Universidade de Fortaleza. Com uma proposta única em todo Brasil,
favorece adentrar no universo de conhecimento do campo da saúde coletiva, para favorecer a
promoção da saúde. Em tal empreitada, o convite é feito para que os profissionais das mais
diversas áreas do conhecimento passem a atuar dentro do enfoque da educação. E na realidade
do profissional de saúde, formados academicamente num modelo tradicional biomédico
positivista e centrado na doença, o desafio é que eles possam permitir agregar aos seus
conhecimentos novas/antigas tecnologias existentes na humanidade, para que a sua linguagem
se torne cada vez mais acessível, sensibilizando a comunidade e possibilitando sua autonomia
sobre o seu processo saúde–doença, preocupando-se deste modo não apenas em evitar
doenças, mas, sobretudo, promover saúde.
Todo o exposto, associado ao fato de ter o autor participado de um curso de
autoconhecimento - oportunidade em que constatou a crescente busca das pessoas por este
saber – funcionou como estímulo para desenvolver o estudo investigativo que gerou o
presente relatório, cujos parágrafos a seguir destina-se a apresentar/justificar seu formato.
No Capitulo 1 do relatório, introduz-se o tema do auto-conhecimento, haja vista
que o Eneagrama se apresenta, em última instância, como um fenômeno desta natureza,
conduzindo um diálogo com autores, de modo a problematizá-lo nos aspectos que envolvem
11
esta prática na Psicologia em contraposição com a proposta da promoção em saúde. Na
seqüência, apresentam-se os objetivos, capítulo 2.
No capítulo 3 discorremos acerca do método utilizado: o Discurso do Sujeito
Coletivo(DSC) com o intuito de apresentá-lo de uma forma mais ampla , haja vista que os
artigos não comportam tamanha descrição.
O capítulo 3 dos resultados consta de dois artigos científicos, cada um deles
correspondente ao respectivo objetivo: 1) Autoconhecimento: processos subjetivos e a
promoção da saúde; 2) O Eneagrama e suas contribuições para o desenvolvimento de
habilidades pessoais em promoção da saúde.
Destaque-se que para formatação do relatório levou-se em consideração o
estabelecido pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT (NBR 6023; NBR
14724), enquanto ambos os artigos encontram-se formatado seguindo as normas de
Vancouver, para a qual serão encaminhados os manuscritos com vistas à possível publicação.
No primeiro artigo, frente ao impasse entre o paradigma biomédico positivista da
formação em psicologia e os novos paradigmas propostos pela Educação em Saúde, que
viabiliza o autoconhecimento, procura-se conhecer a experiência dos sujeitos durante o curso
de Eneagrama e a possível relação deste com a promoção da saúde.
No segundo artigo, a preocupação foi a de descrever como acontece o processo de
desenvolvimento de habilidades pessoais, conducentes à promoção da saúde, que os
participantes do curso evidenciam. Para um balizamento teórico frente a essas descrições,
utilizou-se inicialmente o referencial teórico da psicologia Analítica, pois esta já apresenta um
modelo científico de Teoria da Personalidade, assim como o curso de Autoconhecimento em
Eneagrama. Para a compreensão do modo pelos quais os participantes desenvolvem suas
habilidades, busca-se respaldo nos fundamentos da Terapia Breve. O modo como este
processo acontece é ilustrado através do Discurso do Sujeito Coletivo.
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No capítulo 4 busca-se tecer considerações tendo em conta o processo de
investigação e o que ele propiciou, considerando a necessidade de conhecer o Discurso do
Sujeito Coletivo sobre o autoconhecimento, tecendo relação acerca do significado desse
processo no desenvolvimento de habilidades pessoais em promoção da saúde.
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1 INTRODUÇÃO
Para compreendermos nosso objeto de estudo, o Eneagrama, fez-se necessário
contextualizá-lo, historicamente, naquilo que o caracteriza enquanto um fenômeno de
autoconhecimento, para a partir de então situá-lo numa interface paradoxal, por isso
problemática, entre o campo da Psicologia e o da Promoção da Saúde, constituindo assim
nosso tema.
Na era moderna inaugura-se o período da Racionalização. Com o início das
chamadas ciências naturais, o homem “volta-se para fora” numa tentativa de dominar o
mundo externo para tê-lo sob controle. Nasce então a "era das ciências" que influencia até
hoje nossa maneira de olhar o mundo. Acresce-se nosso modelo econômico que está pautado
no capitalismo que gera, entre outros sentimentos: o egoísmo, o narcisismo, o consumismo e
o hedonismo, além de uma cultura de massa onde não há espaço para a autenticidade,
originalidade. Produz-se aí uma cultura "patologizante", propícia ao adoecer.
Com um individualismo que leva a um adoecimento, paradoxalmente nasce
uma busca pelo auto-conhecimento. Talvez a justificativa esteja no fato de que, em períodos
históricos anteriores, o homem estava regulado por princípios normativos externos a eles,
como a mitologia e a religião que continham sua angústia. Com a perda dessas referências na
contemporaneidade, a busca solitária de si, com o ideal liberal, é conseqüência de uma cultura
na qual o crescimento pessoal só depende da própria pessoa.
Contemporaneamente, esse fenômeno vem se tornando uma crescente, e se
popularizando, fazendo parte de uma cultura de massa. A busca pelo autoconhecimento se
constitui, deste modo, como uma das mediações através das quais as pessoas comuns
procuram construir um “eu” de maneira que possa gerenciar os recursos subjetivos e, desse
modo, enfrentar os problemas colocados ao indivíduo pela modernidade. Talvez uma
conseqüência disto sejam os milhares de publicações voltadas para a auto-ajuda, bem como o
14
surgimento de inúmeros cursos e psicoterapias que emergem nessa área; com a
particularidade de alguns destes não serem tão acessíveis à comunidade em geral, seja pelos
preços praticados, ou pelo nível de compreensão relacionado ao grau de instrução da
população alvo e/ou à utilização de linguagem mais técnica.
É nesse contexto que surge a proposta do Eneagrama, que vem sendo empregado
por psicólogos e pessoas da comunidade para permitir mapear os tipos psicológicos básicos
do ser humano. Configurando-se como uma tipologia de personalidade, esse saber popular
(milenar) vem sendo, de forma empírica, utilizado para atender a demanda pela busca de auto-
conhecimento. Sua excelente aceitação comunitária vem sendo creditada ao fato de essa chave
de leitura de personalidade possuir clareza e simplicidade dos conceitos trabalhados. Nas
seguintes palavras:
O Eneagrama é uma Tipologia de Personalidade milenar, que propõe um auto-conhecimento, onde qualquer pessoa de qualquer nível sócio-econômico possa compreender pois esta possui uma clareza em seus conceitos facilitando a compreensão, além de ser simpática pela sua simplicidade, no entanto sem perder a profundidade (NARANJO, 1979, p.16).
As propriedades de “clareza” e “simplicidade” que conferem ao eneagrama a
possibilidade de ser esse conhecimento facilmente reproduzido pela sociedade, o torna
atraente como estratégia em promoção da saúde.
No entanto o discurso psicológico em formação guarda algumas reservas quanto
ao uso indiscriminado de estratégias de autoconhecimento, tendo em vista as repercussões que
este possa causar no sujeito devido ao despreparo deste para assimilar conteúdos tão profundo
e a falta de um acompanhamento especializado. Por outro lado, a promoção da saúde acredita
na autonomia do sujeito e na capacidade deste gerir a sua própria saúde.
Sabemos que um dos princípios que dá sustentação ao conceito de promoção da
saúde é a valorização do desenvolvimento humano como componente central da saúde, e
15
nesse propósito a comunicação precisa ser clara, para que a população possa assimilar os
conceitos e poder ela mesma gerenciar sua saúde.
Na medida em que as pessoas busquem o autoconhecimento, habilidades podem
ser desenvolvidas por meio do processo de educação das pessoas para assumirem o controle e
a responsabilidade de sua saúde como um componente importante de sua vida diária?
(BARROSO; VIEIRA; VARELA, 2003). A ação do autoconhecimento estará assim
relacionada ao desenvolvimento de habilidades pessoais contempladas na Carta de Ottawa,
associada, portanto, à dimensão individual.
Muito embora seja possível hipotetizar que o Eneagrama trabalha de acordo com a
proposta de desenvolvimento de habilidades pessoais, são poucos os dados disponíveis sobre
o Eneagrama, bem como de suas reais contribuições (potencial) como uma suposta “tipologia
de personalidade promotora de saúde”. A ausência ou defasagem de dados gerais, entretanto,
deixa uma lacuna de conhecimento que é incompatível com o crescente número de cursos
nessa área, bem como a suposta importância de seu papel no desenvolvimento de habilidades
pessoais em promoção da saúde.
Diante da possibilidade dos participantes dos cursos de Eneagrama descreverem
suas experiência, resignificarem sua história de desenvolvimento das próprias habilidades
pessoais, ou não, vislumbrou-se contribuir para a investigação de uma tipologia de
personalidade, pouco explorada, mas que se mostra acessível em sua linguagem à população
que, ao buscar o autoconhecimento, pode desenvolver habilidades (ou ativar habilidades
existentes), que se volte para a promoção da saúde.
16
2 METODOLOGIA
Sendo assim procuramos conhecer as experiências vivenciadas pelos sujeitos
durante o curso de Eneagrama e a relação que eles fazem com a saúde bem como descrever
como se dá no Eneagrama o desenvolvimento de habilidades pessoais em promoção da saúde.
Cada objetivo é contemplado em um artigo, originando dois artigos.
2.1 A pesquisa qualitativa
Optou-se por desenvolver uma pesquisa qualitativa pois esta parte de pressuposto
de que o conhecimento não é algo acabado, mas construído constantemente. Além disso, é
necessário levar em conta a interpretação do contexto ao qual a problemática está ligada e
recorrer a uma diversidade de dados obtidos em momentos variados. Sujeitos diferentes
podem, ainda, expor diferentes opiniões a respeito de uma mesma situação, revelando assim
que a realidade pode ser vista sob várias perspectivas, não havendo a mais verdadeira
(MINAYO, 1994).
Por isto, ao buscarmos os discursos dos participantes sobre o Curso em
Eneagrama, a metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo torna-se adequada.
2.2 O método DSC
O Discurso do Sujeito Coletivo se compromete com a reconstrução descritiva das
opiniões, fazendo com que esta apareça sem a intermediação do comentário teórico
metalingüístico, preservando sua própria natureza discursiva, bem como sua autonomia como
fato empírico. O DSC representa um “Eu ampliado”, uma tentativa de reconstituir de forma
ampliada uma representação ou um discurso através de uma (primeira) pessoa coletiva.
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No passo seguinte, as entrevistas transcritas foram organizadas seguindo os seis
(06) passos, descritos em Lefèvre e Lefèvre (2005). O primeiro passo foi organizar esse
material. As respostas dos doze sujeitos à questão 1 foram transcritas integralmente em
instrumento denominado “Instrumento de Análise de Discurso 1” (IAD 1) e, de mesmo modo,
as respostas à questão 2 no instrumento IAD 2. Esse instrumento consta de um quadro,
apresentando duas colunas. Na primeira coluna, dispõe-se as ECH, na segunda as IC. As
respostas dos sujeitos às respectivas questões de entrevistas foram transcritas para a coluna
das expressões-chave. Para Lefèvre e Lefèvre (2005), “as ECH são pedaços, trechos ou
transcrições literais do discurso (...) que revelam a essência do depoimento”.
O segundo passo consistiu em identificar e retirar das expressões-chave trechos do
discurso que ganhariam o status de idéias centrais. Lefèvre16 define a IC como se tratando de
um nome ou expressão lingüística que revela e descreve, da maneira mais sintética, precisa e
fidedigna possível, o sentido de cada um dos discursos analisados e de cada conjunto
homogêneo de ECH.
O terceiro passo consistiu em, depois de identificadas, transpor as IC para as
colunas correspondentes no quadro das IADs correspondentes. Um quarto passo foi
“etiquetar” com as letras A, B, C... e assim sucessivamente cada grupo de IC com o mesmo
sentido ou equivalente. No quinto passo tratou-se de denominar cada um dos grupamentos de
IC, conferindo-lhes uma IC síntese que expressasse todas as outras.
O sexto e o último passo foi a construção do próprio DSC. Por sua vez, esse passo
dividiu-se em 2 etapas. De início foi contraído o IAD2, onde cada grupamento de respostas
foi transformado em DSC.
Os dados, após todo esse processamento, comportam-se como “o discurso do
sujeito coletivo”, que são apresentados, inicialmente, em quadros sínteses, em função das IC.
18
Deste modo, obteve-se quatro IC e respectivos DSCs, para a questão 1, e duas IC dos DSC
correspondendo a questão 2.
Todos os quadros elaborados e expostos representam o “pensamento coletivo que
equivale a sua própria explicação ou interpretação”. Durante a construção do DSC a idéia foi
tentar sequenciar para "discusivar", tentar formar um discurso lógico e agora coletivo. Para tal
foi preciso estar atento ao “começo, meio e fim”; “partir do geral para o menos geral”;
“utilizar conectivos para a coesão do discurso” e “evitar idéias repetidas e os particularismos”
já que se trata agora de um Discurso do Sujeito Coletivo.
Ao trabalharmos com o Discurso do Sujeito Coletivo, a idéia é não ter um
pensamento discursivo, tal como é coletado,reduzido a uma categoria (...) para ser
reconstituído como um metadiscurso teórico de acordo com Lefèvre e Lefèvre (2005).
Essa coletivização do pensamento pelo metadiscurso teórico também é uma solução supostamente segura, que encontra refúgio na crença religiosa, ou ritual, ou burocrática na teoria (= as famosas “revisões de literatura”), reforçada pela retórica das citações, pela sedução da boa escritura, pelo apelo ao senso comum ou bom senso (=aquilo que todo mundo sabe...), etc. Nesse caso, a explicação “teórica” do pensamento coletivo toma (indevidamente, por certo) o lugar da sua apresentação descritiva como fato empírico o que constitui, também, da mesma forma, uma violência simbólica (LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2005).
Dessa forma, no presente trabalho, nossas interpretações de acordo com a
metodologia utilizada, cedem espaço ao empírico, numa valorização do discurso dos sujeitos
entrevistados.
Entendemos ser pertinente a utilização do método, pois ao trabalharmos com
Educação em Saúde nossa proposta deve ser a de valorização do saber popular,em que o saber
biomédico deve, em última instância, lançar luz sobre este e não ofuscá-lo. No entanto, muitas
vezes, nossas pesquisas propõem esta prática, mas paradoxalmente, a própria pesquisa
denuncia a incoerência, pois não conseguimos nos desprendermos tão fácil dos nossos velhos
19
referenciais e paradigmas, quer na prática profissional quer nas nossas metodologias de
pesquisa.
Temos aí certamente o exemplo de uma deformação ou preconceito muito presente entre os cientistas sociais e “humanos” de um modo geral: um confessado desprezo pelo “descritivo”, considerado menor, óbvio, pobre, em favor do interpretativo que revelaria a riqueza do pesquisador, sua inteligência sua erudição, etc. (LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2005).
2.3 As técnicas no DSC
Como proposta para coletar, processar e apresentar dados discursivos em
pesquisa, adotou-se o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Para Lefèvre e Lefèvre (2005)
confere uma riquíssima qualidade ao conteúdo, possibilitando-nos enxergar o
desenvolvimento do “eu” coletivo através do emprego de duas figuras metodológicas, a saber:
a idéia central (IC) e a as expressões–chave (ECH).
Foi utilizada a entrevista, método mais comum para a coleta dos discursos dos
sujeitos, tendo sido elaborado roteiro que respeitou os seguintes princípios: na formulação das
questões tivemos em mente os objetivos do estudo; foram evitadas questões que levassem os
sujeitos entrevistados a respostas puramente teóricas, bem como as que induzem respostas ou
levem à incompreensão do enunciado; não foram formuladas questões com objetivo de
produzir reações emocionais ou inadequadas para população alvo; e, por fim, não foram
formuladas questões que não ensejassem discurso.
Todo material utilizado durante entrevista foi antecipadamente preparado, como o
gravador e o roteiro de entrevista, contendo as seguintes questões guia: 1) Como foi sua
experiência durante o curso do Eneagrama?; 2) Existe alguma relação do Eneagrama com a
tua saúde? e 3) Como você está com relação ao seu ponto de integração e a sua asa não
desenvolvida?. A primeira e a segunda pergunta estão contidas no primeiro artigo e a terceira
no segundo artigo.
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Também o “ambiente de pesquisa” foi preparado previamente, durante dois
encontros do grupo, na própria Casa de Formação, e se antecederam à entrevista,
considerando a necessidade de os sujeitos comprometerem-se com o estudo realizado.
Durante esses encontros foi feita apresentação da proposta de estudo e esclarecidos os
objetivos, ao tempo em que se discorreu sobre a importância da participação de cada um, e de
como seria dado, em momento oportuno, o retorno desta pesquisa aos interessados. Também
foram oportunos os encontros para agendar dia e local das entrevistas. Esse agendamento
respeitou a disponibilidade e conveniências para os entrevistados, de maneira que 7 foram
entrevistados no espaço físico da Casa de Formação, enquanto 5 foram entrevistados em suas
residências.
As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra e literalmente, em respeito
ao princípio da fidelidade dos dados coletados. O clima da entrevista foi o mais informal
possível, para que o entrevistado pudesse se sentir mais a vontade, no entanto, evitando a
indução de respostas com conversas desnecessárias e gestos de aprovação ou desaprovação.
2.4 Os sujeitos colaboradores
Estudo descritivo, realizado durante o ano de 2006, junto a doze 12 sujeitos dentre
os que, durante aquele ano, concluíram o curso de Eneagrama, desenvolvido em três etapas
pelo dirigente da casa de Formação Comunidade Shalom, cede Fortaleza, aprovada
canonicamente, em janeiro de 1983, como Sociedade de Vida Apostólica pelo Sr. Cardeal D.
Aloísio Lorscheider. Esses sujeitos faziam parte de um grupo, composto por número variado
de pessoas adultas, provenientes de diferentes bairros da cidade de Fortaleza, e que tinha em
comum o fato de se encontrarem toda primeira quinta-feira de cada mês para dar continuidade
aos estudos do Eneagrama.
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A escolha dos sujeitos configura o modo “intencional” prevista como sendo
possível na situação em que:
O pesquisador tem conhecimento das características do universo a ser pesquisado, mas como se trata de um campo muito extenso, uma investigação qualitativa integral com toda população seria muito onerosa e trabalhosa. (LEFÈVRE; LEFÈVRE, 2005).
2.5 A análise dos dados
A análise dos dados, como a própria metodologia aponta, nos artigos que
aparecem como pano de fundo frente aos resultados, que ganham maior destaque
possibilitando valorizar a experiência dos sujeitos e permitir que o leitor possa também sentir
os discursos e fazer sua própria análise. No entanto, não nos furtamos do momento em que
através da interlocução de diversos autores sobre a temática estudada fizemos nossas
inferências e assim tecemos algumas considerações que consideramos importantes.
Os aspectos legais desta pesquisa obedecem a Resolução 196/96 da CONEP
(Comissão Nacional de Ética em Pesquisas de 1996), de acordo com parecer nº. 110/06, e
obteve o consentimento dos participantes por meio de assinatura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido.
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3 ARTIGOS FORMATADOS
3.1 AUTOCONHECIMENTO: PROCESSOS SUBJETIVOS E A PROMOÇÃO DA SAÚDE
Resumo:
Frente às discussões contemporâneas entre os paradigmas do modelo biomédico, que predomina nos cursos de formação superior, e neste caso específico na Psicologia, e os da Promoção da Saúde, desenvolveu-se este artigo com o seguinte objetivo: Conhecer as experiências vivenciadas pelos sujeitos durante um curso de auto-conhecimento (o eneagrama) e a relação que eles fazem com a promoção da saúde. Estudo descritivo, realizado durante o ano de 2006, junto a doze 12 pessoas adultas, provenientes de diferentes bairros da cidade de Fortaleza, e que tinha em comum o fato de terem realizado o curso de Eneagrama, fazendo parte de um grupo de encontro sobre o tema. Coletaram-se os dados por meio da aplicação de duas questões de entrevista: 1)Como foi sua experiência no curso do Eneagrama?’; 2) ‘Existe alguma relação do Eneagrama com a tua saúde?’. Sete (07) entrevistas foram realizadas no espaço físico de uma Casa de Formação religiosa na qual se reúne o grupo de estudo, e cinco (05) nas residências dos entrevistados. Como proposta para processar, apresentar e analisar dados discursivos em pesquisa, adotou-se o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Os dados geraram, em resposta ao primeiro questionamento, as seguintes idéias centrais, em função das quais se desenvolve o DSC: IC A Eu me senti muito bem; IC B Identificação tranqüila!; IC C Houve um incômodo inicial!; e IC D Dificuldade de identificaçã). Frente ao segundo questionamento, obtiveram-se as seguintes idéias centrais: IC A O Enegrama previne doença! e IC B O Eneagrama promove saúde! De um modo geral este processo de autoconhecimento, tratando-se também de um processo educativo, parece transcorrer sem maiores dificuldades, com exceção de um mal-estar natural e necessário no processo de autoconhecimento e de algumas dificuldades de identificação, dado a nossa própria dificuldade de nos conhecermos. De certa forma, a escassez destas práticas na Psicologia parece encontrar muito mais suas raízes na manutenção do poder do paradigma biomédico da profissão do que em algum prejuízo que possa causar ao sujeito a utilização do autoconhecimento através de estratégias educativas em promoção da saúde. Antes, pelo contrário, sendo inclusive, em grande parte dos casos, descrito como algo totalmente benéfico. O processo educativo se apresenta com um passo inicial importante, em nosso contexto histórico, do qual o profissional não pode se furtar. Palavras-chaves: Autoconhecimento; Psicologia; Promoção da Saúde; Discurso do Sujeito Coletivo.
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SELF-KNOWLEDGE: SUBJECTIVE PROCESSES AND THE HEALTH PROMOTION.
Abstract: Front to the contemporary discussions among the paradigms of the biomedical model that prevails in the courses of superior formation, and this specific case in Pscychology, and Health Promotion, this article was developed with the following objective: To know the experiences lived by the subjects during a self –knowledge (The eneagram) course and the relationship that they do with the Health Promotion. A desciptive study, accomplished during the year of 2006, along with 12 (twelve) adult people, coming from different neighborhoods of the city of Fortaleza, and that had in common the fact of having accomplished the Eneagram course, being part of a meeting group about the theme. The data was collected through the application of two interview questions: 1) How was your experience in the Eneagram course?; 2)Is there any relationship between the Eneagram and your health?. Seven (07) interviews were accomplished in the physical space of a religious formation house wich the study groups meets, and five(05) in the interviewees’ residences. As proposal to process, to present and to analyze discursive data in research the Collective Subject’s Speech (DSC) was adopted. The data generated in response to the first questionnaire, the following central ideas, in function which grows DSC: IC A – I felt very well; IC B – Calm Identification; IC C- Had an initial indisposition, and IC D – Difficult identification. Front to the second questionnaire was obtained the following central ideas: IC A – The Eneagram prevents disease! and IC B – The Eneagram promotes health. In general, this self-knowledge process, being also treated as an educational process, seems to elapse without larger difficulties, except for a natural and necessary indisposition in the self-knowledge process and of some identification difficulties, given to our own difficulty to know ourselves. In a certain way, the shortage of these practices in Psychology seems to find their roots much more in the maintenance of the power of biomedical paradigm of the profession than in some loss that may cause to the subject the use of the self-knwoledge through educational strategies in health promotion. Before, on the contrary, being besides, in a large part of the cases, described as something totally good. The educational process comes with an important initial step, in our historical context, which the professional cannot avoid. Key Words: Self-knowledge; Pscychology; Health Promotion; Collective Subject’s Speech.
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INTRODUÇÃO
O campo da saúde coletiva apregoa a interdisciplinaridade como uma necessidade
para se poder vencer a tendência de fragmentação da pessoa pelo modelo biomédico, clínico,
curativo no qual somos formados.
Há uma proposta, em função disto, que é de prevenir, mas, sobretudo, de construir
tecnologias de intervenções em promoção da saúde; sendo a educação das populações uma
importante estratégia para trabalhar esse propósito, visto que a população educada em saúde
pode ter autonomia para gerenciar e se responsabilizar pelo seu processo de saúde-doença,
rompendo com a postura de dependência frente ao profissional de saúde.
Constata-se, entretanto, que os princípios e pressupostos da promoção da saúde,
como os da educação em saúde, em especial na última década, vêm sendo muito debatidos
por quase todas as áreas do conhecimento, porém, a aplicação destes e os resultados práticos
dessa aplicação ainda permanecem como territórios pouco explorados.
Para a psicologia, essa proposta é ainda mais recente. Na atualidade, novas e
desafiadoras demandas estão sendo geradas para o psicólogo, uma delas provem do campo da
saúde coletiva com seu enfoque na promoção da saúde. As imposições desse campo
acarretam, para o profissional, sérios questionamentos sobre o seu papel e o modo de atuação,
na medida em que seus paradigmas formadores são colocados à prova, podendo causar uma
crise identitária.
A esse respeito Fiorini1 escreve ser uma exigência na atualidade que o campo das
psicoterapias deva se abrir para os novos desafios que se apresentam; inclusive o desafio de
contribuir com a sua parte para promover a saúde e a qualidade de vida das populações, em
uma era em que ainda se necessita conhecer os reais impactos do capitalismo globalizado na
subjetividade das sociedades atuais. Os problemas sociais gerados pela era do capitalismo
global introduzem novos impactos para a saúde mental de indivíduos, grupos e comunidades.
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O desemprego e a instabilidade nas condições de trabalho nos introduzem no estudo de novas
situações críticas e traumáticas. As problemáticas do poder globalizador, seus modos de
constituição e seus efeitos, obrigam a realizar novas investigações sobre as condições que
determinam os transtornos e as tarefas capazes de promover a saúde mental. Trata-se de
compreender a rede de fatores sociais, econômicos, políticos e culturas e que configuram a
constituição da subjetividade nas sociedades atuais1.
Se por um lado o conceito de promoção da saúde ainda é relativamente novo para
os trabalhadores em saúde, e em especial o é para as ciências humanas, por outro, não
incorpora, tal conceito, práticas totalmente ausentes do dia-a-dia das pessoas. Observa-se que
muitas das ações previstas pelos intelectuais e cientistas do campo da saúde coletiva já estão
naturalmente incorporadas aos hábitos, atitudes e comportamentos adotados ao longo da vida
e que de alguma forma as pessoas têm certo grau de autonomia sobre determinados aspectos
relacionados ao seu bem-estar físico, mental e social. Destaca-se, deste modo, a necessidade
da valorização de estratégias em Psicologia, no nosso caso voltadas para um auto-
conhecimento que dê consciência desse potencial intrínseco ao ser humano.
Ao deitar reflexões acerca desse tema, deparamo-nos com a realidade de que a
prática do auto-conhecimento, diferente de outras sociedades de períodos históricos da
Antiguidade - como em Roma e na Grécia, onde os saberes que se voltam para o
conhecimento de si (ou conhecimento do outro) ficavam restritos a uma classe dominante,
enquanto a população em geral não tinha acesso - , na contemporaneidade, se popularizou,
passando a fazer parte de uma cultura de massa.
O autoconhecimento constitui hoje uma das mediações através das quais as
pessoas procuram construir um “eu”, de maneira a que possam gerenciar os recursos
subjetivos e, desse modo, enfrentar os problemas colocados pela modernidade. Em
decorrência, constatam-se inúmeros cursos e psicoterapias que emergem nessa área;
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fenômeno que per si já ensejam interesse, e a necessidade do desenvolvimento de estudos
aprofundados acerca da temática.
Problema a mais que se vislumbra nesse campo é o fato de boa parte dos teóricos
da psicologia declarar a existência de certo “perigo” no encontro com o “si mesmo”. Esse
perigo repousa no medo que se apodera das pessoas, quando se deparam com algo inesperado,
ou quando sentem que estão perdendo contato ou o controle do mundo consciente. Isto os tira
do prumo, o que não é de se admirar, porque somente poucas pessoas se aventuram nesta
empreitada.
Para nos lançarmos em um abismo é preciso, primeiro, termos uma âncora bem
firmada em terra sólida. A esse respeito, Jung2 escreve, em suas memórias, que se não fosse
por sua família, casa e profissão, ele não teria tido forças para suportar a sua própria tarefa
árdua de confronto com o autoconhecimento. De mesmo modo, também relata que quando
Nietzsche se submeteu a mesma jornada, ao escrever “Assim falou Zaratustra”, se viu “jogado
como uma folha solta numa ventania” porque, segundo ele, não tinha raízes nem obrigações
com o mundo externo.
Mais recentemente foi escrito a seguinte reflexão: a ânsia infinita do homem por
conhecimento, que lhe foi dado gratuitamente, é uma fonte de grande tensão, pois traz
consigo ansiedade constante, sofrimento, pesar e desilusão, já que a verdade última nunca
pode ser conhecida3.
Não obstante, a busca pelo auto-conhecimento vem se tornando uma necessidade
crescente e vem se efetivando, dentre as muitas estratégias empreendidas, por meio do
Eneagrama, uma estratégia (ou recurso) que psicólogos ou não empregam para trabalhar com
o autoconhecimento e as relações em geral. Nesse estudo buscou-se conhecer as experiências
vivenciadas pelos sujeitos durante um curso de auto-conhecimento (o eneagrama) e a relação
que eles fazem com a promoção da saúde.
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Para guiar uma linha de raciocínio, bem como subsidiar análises de dados
coletados em função do objetivo proposto, desenvolvem os tópicos que se seguem.
O Eneagrama e autoconhecimento.
Embora ainda pouco conhecido em meio à psicologia no Brasil, o Eneagrama
surgiu há séculos, não se sabendo precisar exatamente quando, mas acredita-se datar de 4.500
a.C. Foi ensinado, originalmente, no Oriente Médio e algumas religiões o utilizaram,
inclusive o catolicismo. Foi por meio do professor russo G.I. Gurdjieff que o eneagrama veio
para a Europa, na década de vinte, e chegou aos Estados Unidos em 1960; onde é hoje muito
utilizado nas áreas da Psicologia, em Recursos Humanos nas Empresas e na Política4.
O Eneagrama é descrito como um saber popular milenar, que se configura como
uma tipologia de personalidade. Ennea em grego significa o número nove, Grammos desenho.
Por isso é representado por um círculo contendo a forma de uma estrela de nove pontas, que
são os nove tipos de personalidade (Ego).
Todo ser humano tem necessidades estruturais, que são anteriores à diferenciação
da personalidade: segurança, estima, reconhecimento, aceitação, etc. Muito cedo, sem que
disso tivéssemos consciência, foi pesando para nós a necessidade de sermos aceitos. Ser
aceito significava, muitas vezes, assumir atitudes e comportamentos que correspondessem à
expectativa dos outros em relação a nós, e não propriamente ao que sentíamos. Assim,
começa a ser construída a máscara (personalidade vem de persona, que significa máscara). O
nosso inconsciente começou a se dar conta que, assumindo determinada máscara, havia
retorno em termos de aceitação, estima, reconhecimento. A personalidade se constitui assim
como um processo essencial de sobrevivência do sujeito frente a estas situações. No entanto,
com o passar dos anos, esta que foi fundamental para a constituição do sujeito, se torna
automática.
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O Automatismo agride a essência, que é o núcleo do ser humano. O automatismo
leva a pessoa a agir inconscientemente, ela age sem ter tomado a decisão de agir assim e,
quando faz, não percebe que fez. Sair desse automatismo, requer esforço, é trabalhoso e
doloroso. Tirar a máscara requer coragem. Todo esse mecanismo é cuidadosamente tratado
nos nove tipos diferentes do Eneagrama.
Além dos nove tipos, o Eneagrama apresenta também os centros, do qual se
desenvolve diferentes atitudes, que relaciona a pessoa consigo mesma, com o outro e com o
ambiente. Correspondem a “energias” influenciadas pelo centro da cabeça, do coração ou do
ventre. Isso dá um colorido próprio e uma especificidade característica a cada pessoa e é uma
das razões porque pessoas do mesmo tipo podem apresentar-se bem diferentes.
Centro Intuitivo (ventre): O centro da energia é o próprio Eu. São pessoas
centradas em si mesmas e a energia vem de dentro para fora, vem a partir da preocupação
consigo mesmas. A emoção predominante é a ira, e põe o funcionamento do seu motor a base
da raiva.
Centro Emocional (coração): são pessoas que estão basicamente centradas no
outro e o tema é a relação. A emoção predominante é a ansiedade. A preocupação com o outro
o leva a um descaso consigo mesmo e a perda de sua identidade.
Centro Teórico (cabeça): são pessoas que estão centradas no ambiente, o que
significa que elas precisam ter claro como isso funciona. São pessoas não ativistas, observam
mais do que se envolvem. A emoção predominante é o medo e por saberem que o mundo é
um mistério, preferem não se aprofundar.
O objetivo do trabalho com o Eneagrama não é classificar as pessoas, mas ajudá-
las a perceber como elas funcionam e mostrar-lhes caminhos que são as “Asas” e os “Pontos
de Integração e Desintegração.” As Asas são os outros tipos de personalidade anterior e
posterior no círculo do Eneagrama que o influenciam, segundo Cunha4: “Não se voa sem
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asas, ou não se voa só com uma asa e principalmente com asa estragada”. O vôo do
crescimento se faz pelo desenvolvimento harmonioso das asas. O caminho delas é o caminho
do crescimento: desenvolver nas asas as potencialidades que elas encerram e que ajudam a
equilibrar o seu tipo.
Através dos “Pontos de Integração e Desintegração”, o indivíduo pode detectar
seu ponto de desintegração, personalidade a qual o seu tipo está conectado através de setas
que passam por dentro do círculo, apontando possibilidades que possa levá-lo à integração,
outro tipo de personalidade que ele se conecta e que representa o seu melhor, sua essência,
auxiliando no seu crescimento pessoal.
O Eneagrama nos ensina: “Talvez não possamos ter a liberdade de ser o que
queremos, mas podemos ser livres com aquilo que somos”4.
O Eneagrama se configura assim, em última instância, como uma estratégia de
autoconhecimento, através dos quais as pessoas procuram descobrir, cultivar e empregar seus
supostos recursos interiores e transformar sua vida.
O autoconhecimento fundamenta-se no princípio de que você tem todos os
recursos necessários para obter sucesso, a concretização de seus objetivos, felicidade e
qualquer outra coisa necessária para desfrutar de uma vida completa5.
A prática do autoconhecimento constitui, nesse sentido, fenômeno recente,
resultante da prática da convergência de processos históricos complexos dos quais não pode
ser separada de sua formação e seu sentido em nossa sociedade. Os princípios do auto-cultivo
em que se baseia, todavia, não representam fenômeno novo. Indícios seus podem ser
encontrados em períodos remotos da Antiguidade. Desde esta época, de fato, os homens
conceberam técnicas refletidas e voluntárias por meio das quais eles se propõem adotar regras
de conduta para legitimar suas ações ou modificar seu modo de ser, como enfatizou Michel
Foucault6.
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Conforme a civilização avança, os indivíduos são levados a reprimir suas pulsões,
racionalizar seu comportamento e desenvolver controles sobre si mesmos. A socialização
crescente tende a encaixá-lo em estruturas funcionais cada vez mais estreitas que os forçam a
disciplinar seus movimentos e adaptar-se a sistemas de ação sobre os quais têm pouco
controle6.
O autoconhecimento constitui, em contraponto, a capacidade de observação de si
próprio, monitorar seu próprio fazer, meditar sobre meu modo de ser, que se desenvolve em
determinadas constelações históricas. Normalmente, o homem não se volta para si mesmo,
dirige-se apenas às coisas que maneja, troca ou deseja fazer. Seu próprio agir permanece sem
observação7.
Conforme Foucault6, essas práticas, que sem dúvida existem em todas as
civilizações, podem ser definidas como procedimentos propostos ou prescritos aos indivíduos,
visando determinar, manter ou transformar sua identidade em relação a certo número de fins,
e isto através de relações de domínio de si sobre si ou de conhecimento de si para si.
O pressuposto, tanto de um quanto do outro, encontra-se na modernidade, no
processo de separação do indivíduo das condições naturais de vida promovida pelo
capitalismo, na medida em que o autoconhecimento, responsável pela estruturação dos seus
processos de subjetivação, se opõe aos movimentos de racionalização, e acaba ficando restrito
a um pequeno número de pessoas, pertencentes às camadas dominantes da sociedade, que tem
consciência desse processo de racionalização8.
O progresso da cultura moderna, não obstante, provocou uma reviravolta nessa
situação, ao ensejar o surgimento de diferentes movimentos que, combinados com a expansão
do mercado de bens culturais, ocorrida em nosso século, terminaram transformando as
práticas de si em fenômenos de cultura de massa.
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A modernidade caracteriza-se, noutros termos, por uma propensão a refletir sobre
si mesma, em que diversamente daquela vigente em períodos históricos anteriores, a
construção do social, do eu se tornou um projeto consciente, gerenciado de maneira mais ou
menos direta pelo indivíduo, no sentido de sua separação dos princípios normativos
transmitidos, de fora, pela tradição.
A categoria do indivíduo representa, por isso, uma figura que tende, em nosso
mundo, a se libertar das representações coletivas que outrora lhe engessavam a identidade e
prescreviam-lhe um conceito com pretensão de validade para toda a vida. Ao mesmo tempo,
porém, participa de sistemas de ação cada vez mais complexos, distintos e numerosos, que
tendem a desintegrar profundamente a personalidade, conforme progride a modernidade. O
resultado disso é o engendramento de uma situação bastante precária para a subjetividade,
que, constantemente exposta à possibilidade de perder a unidade e desprover-se de centro, vê-
se compelida a desenvolver-se por conta própria e conservar unicamente com seus recursos
essa unidade, para não perder sua identidade. O indivíduo, privado do auxílio que lhe era dado
pela tradição, precisa agora empreender uma monitoração e uma reciclagem permanentes de
seu modo de ser, se quiser preservar não somente sua condição de agente social autônomo,
mas também sua própria individualidade9.
Nesse contexto, as respostas para os problemas de identidade, os recursos para
descobrir e explorar os segredos da alma, do corpo e do sexo, e as fórmulas para ter sucesso
na vida e relacionar-se com as pessoas foi se tornando mercadoria de consumo de massa. As
práticas de si começaram a se vulgarizar através dos meios de comunicação, difundindo um
saber de cunho paracientífico, caracterizado nos catecismos sobre como conduzir a vida, nas
matérias sobre o potencial humano, nos testes de autoconhecimento e nos desenhos de perfis
psicológicos.
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A civilização burocrática e individualista contemporânea engendrou
historicamente uma cultura de massa que, como se sabe, tende a separar a condução da vida
dos propósitos comunais: Em uma cultura democrática altamente diferenciada de fato surgiu,
pela primeira vez, a possibilidade de cada homem estar por si, cada um enfim levando uma
vida privada, treinado para compreender, antes que para amar seu próximo10.
As sociedades tradicionais sustentavam-se moralmente no levantamento de
barreiras em volta das tendências e dos impulsos no sentido da independência individual. O
potencial destrutivo existente no eu era contido através da negação de suas próprias energias,
ou seu direcionamento para as tarefas comunitárias: o sentimento de individualidade, a
consciência de constituir uma pessoa a parte, separada da sociedade, mas habilitada a fazer
julgamento independente a respeito dela e de si mesmo, só começou a surgir com a
Renascença e a durante a Reforma7.
O sentimento e mal-estar na cultura reinante em diversos segmentos da sociedade,
porém, não consiste num mero reflexo da realidade social; possuímos razões para crer que boa
parte dele provém de os problemas que ela coloca terem se tornado individuais, da
necessidade que nos foi imposta de encará-los de maneira cada vez mais solitária.
A necessidade de constituir e conservar um eu, de maximizar a satisfação do
interesse próprio, requeridos pelo racionalismo capitalista e o progresso da vida moderna, se
contrapõem ao poder pessoal que não acontece de maneira espontânea: o verdadeiro poder
pessoal, o poder próprio é sem dúvida o que as pessoas mais procuram em toda parte. Como
você, todos vêem nele um caminho para a satisfação de seus desejos. Alguns o procuram e
encontram, outros o encontram e perdem e ainda outros nunca o encontram11.
É neste sentido que encontramos uma interface com promoção da saúde, pois esta
se preocupa com estratégias educativas em saúde que possam alcançar este indivíduo
moderno, que paradoxalmente fechado em si, vê-se ao mesmo tempo forçado a buscar a si
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próprio, quer pelas exigências neoliberais do capitalismo quer por questões existenciais, onde
racionalismo e a ciência não dão conta, o fazem, solitariamente, de maneira individual.
Promoção da Saúde
A Carta de Ottawa preconiza cinco campos de ação para a promoção da saúde:
Elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis; Criação de ambientes
favoráveis a saúde; Reforço da ação comunitária; Desenvolvimento de habilidades pessoais;
Reorientação do sistema de saúde12.
Dentre estas, se situa o Desenvolvimento de Habilidades Pessoais (D.H.P.) que
em promoção da saúde significa: Como a saúde não é apenas ausência de enfermidade, os
indivíduos sem evidências clínicas poderiam progredir a estado de maior fortaleza estrutural,
maior capacidade funcional, maiores sensações subjetivas de bem-estar e objetivas de
desenvolvimento individual e coletivo. Este é, em essência, o verdadeiro sentido da promoção
da saúde propriamente dita12.
Diferentemente da prevenção, aspecto mais comumente trabalhado no sistema de
saúde, a promoção da saúde engloba aspectos de um bem-estar físico, psiquíco e espiritual.
[...] Para a prevenção evitar a enfermidade é o objetivo final e portanto, a ausência de
doença seriam objetivo suficiente para a promoção da saúde, o objetivo contínuo é o nível
ótimo de vida e de saúde; portanto, a ausência de doenças não é suficiente já que perante
qualquer nível de saúde registrado em um indivíduo sempre haverá algo a ser feito para
promover um nível de saúde melhor e condições de vida mais satisfatórias [...] O termo
“prevenir” tem o significado de “ preparar; chegar antes de; dispor de maneira que
evite(dano, mal); impedir que se realize” (Ferreira, 1986). A prevenção em saúde exige uma
ação antecipada baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o
progresso posterior da doença12.
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Já a promoção tem outro significado: promover tem o significado de dar impulso
a; fomentar; originar; gerar (Ferreira 1986). Promoção da saúde define-se tradicionalmente
de maneira bem mais ampla que prevenção, pois: “ não se dirigem a uma determinada
doença ou desordem mas servem para aumentar a saúde e o bem-estar gerais12.
Um dos princípios que dá sustentação ao conceito de promoção da saúde é a
valorização da saúde como componente central do desenvolvimento humano, embora esse
conceito ainda seja considerado por alguns autores como um processo em constante evolução.
A promoção da saúde busca modificar condições de vida para que sejam dignas e
adequadas; aponta para a transformação dos processos individuais de tomadas de decisão
para que sejam predominantemente favoráveis à qualidade de vida e à saúde; e orienta-se
aos conjuntos de ações e decisões coletivas que possam favorecer à saúde e à melhoria das
condições de bem-estar. Já a prevenção diferente da promoção orienta-se mais às ações de
detecção. Controle e enfraquecimento dos fatores de riscos ou fatores causais de grupos de
enfermidade ou de uma enfermidade específica, seu foco é a doença e os mecanismos para
atacá-la mediante o impacto sobre os fatores mais íntimos que a geram ou precipitam12.
Para melhor entendermos a construção desse processo, é importante situar os
estudos realizados no campo da saúde. Nos últimos 25 anos, ficou evidenciado que as
principais causas de enfermidade e morte estavam relacionadas a três componentes: a biologia
humana, o meio ambiente e os estilos de vida13.
Assim, observou-se que este último componente estava fortemente associado aos
hábitos de vida das pessoas, ecoando, dessa forma, como um alerta para a adoção de hábitos
de vida mais saudáveis. Como conseqüência, os avanços no campo da saúde ocorreram
principalmente em relação ao chamado estilo de vida, com maior ênfase nas ações
relacionadas à dimensão individual. Porém, o resultado desses avanços tornou-se alvo de
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críticas, porque ao mesmo tempo em que se pretendia influenciar as pessoas para o alcance de
uma melhor saúde, por outro lado culpava-se a própria vítima por sua possível enfermidade.
Mas o que vem a ser "estilo de vida"? Tentando responder a esta indagação no
documento "Uma nova perspectiva na saúde dos canadenses", definiu estilo de vida como
sendo um conjunto de decisões tomadas pelo indivíduo a respeito de sua saúde, sobre as quais
exerce certo grau de controle14. A partir desse ponto de vista da saúde, quando o indivíduo
adota hábitos que são considerados prejudiciais à saúde, e que têm como conseqüência a
enfermidade ou a morte, pode-se afirmar que a vítima contribuiu para elas.
Esse conceito foi ampliado, posteriormente, no texto da Organização Mundial da
Saúde (OMS), publicado em 1984, concluindo que o estilo de vida deve definir-se em relação
às experiências coletivas e individuais, considerando as condições que as pessoas dispõem
para viver.
É importante acrescentar que, nos dias atuais, as condições socioeconômicas
exercem fortes pressões para as situações de saúde das pessoas, principalmente quando se
trata dos fatores gerados pela ausência de trabalho, dificuldade de acesso à educação e a
violência contra crianças, adolescentes e mulheres - que exercem pouca ou nenhuma
governabilidade sobre esses fatores.
Toda essa discussão vem ocupando espaço no cenário mundial, integrando a
agenda política de todos os governos, motivando assim uma série de encontros mundiais cujo
início foi a Conferência de Alma-Ata (setembro de 1978), que teve papel fundamental na
proposição de uma nova orientação centrada em fatores sociais e ambientais. Com a inserção
desses novos fatores, avançou-se no conceito de "empoderamento" e participação social,
promovendo saúde por meio da descentralização do poder, num processo contínuo que vai da
ação individual à ação comunitária.
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Os programas de promoção da saúde requerem esforço e responsabilidade
compartilhada para promover mudanças simultâneas na dimensão individual, grupal,
organizacional e comunitária, incluindo a sua participação em todos os níveis. A questão aqui
é: como fazer para que a saúde seja acessível a todos de uma forma que não seja entendida
como um resultado em si, mas sim como um aumento do controle sobre a própria vida?
A esse respeito, busca-se no conceito de promoção da saúde uma abordagem
positiva que acentua os recursos sociais e pessoais em favor da saúde. Esse conceito consiste
em proporcionar aos povos os meios necessários para melhorar sua saúde e exercer um maior
controle sobre a mesma. Enfatiza, ainda, que, para alcançar um estado adequado de bem-estar
físico, mental e social, um indivíduo ou grupo deve ser capaz de identificar e realizar suas
aspirações, satisfazer suas necessidades e mudar ou adaptar-se ao meio ambiente.
Entende-se que lidar com as mudanças de hábitos, atitudes e habilidades é tarefa
eminentemente difícil, porém essencial para ajudar-nos a compreender a vontade,
oportunidade e possibilidades de que as pessoas dispõem para cuidar de si mesmas, de outros
e de seu entorno imediato. Este é o desafio de toda a sociedade. Papel a ser desempenhado
não só pelos gestores, planejadores da saúde e pesquisadores, mas também pelos pais,
educadores, mídia e comunidade - considerados como formadores de opinião ou protagonistas
em potencial junto à população13.
Sendo assim, para promover saúde, é preciso, sobretudo, resgatar alguns valores
humanos que estão esquecidos. A consciência prática do limite do conhecimento acarreta que
não se tenha a pretensão de encontrar uma nova teoria científica que possa formular um
discurso notificador de todas as dimensões que envolvem a saúde. Promover a saúde envolve
escolha e isso não é da esfera do conhecimento verdadeiro, mas do valor12.
No entanto, diante dessas possibilidades o profissional de saúde, e em especial o
de psicologia devido a um paradigma biomédico positivista, presente em sua formação, acaba
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por não se implicar com o paradigma da promoção em saúde. O terapeuta é não apenas um
investigador do comportamento humano, mas também o veículo de uma cultura humanista e
psicológica. Nesse aspecto cumpre uma função cultural: é docente dentro de uma perspectiva
mais profunda e abrangente, de certos fatos humanos. Esta perspectiva se nutre também de
informação, visto que o déficit de informação é um componente tão importante para a
obscuridade e a falsa consciência de uma situação quanto os escotomas criados por
mecanismos individuais1.
METODOLOGIA
Estudo descritivo, realizado durante o ano de 2006, junto a doze (12) sujeitos
dentre os que, durante aquele ano, concluíram o curso de Eneagrama, desenvolvido em três
etapas pelo dirigente da casa de Formação Comunidade Shalom, cede Fortaleza, aprovada
canonicamente, em janeiro de 1983, como Sociedade de Vida Apostólica pelo Sr. Cardeal D.
Aloísio Lorscheider. Esses sujeitos faziam parte de um grupo, composto por número variado
de pessoas adultas, provenientes de diferentes bairros da cidade de Fortaleza, e que tinha em
comum o fato de se encontrarem toda primeira quinta-feira de cada mês para dar continuidade
aos estudos do Eneagrama.
A escolha dos sujeitos configura o modo “intencional”. Como proposta para
coletar, processar e apresentar dados discursivos em pesquisa, adotou-se o Discurso do
Sujeito Coletivo (DSC). Para Lefèvre e Lefèvre15, o método permite maior fidelidade possível
ao que foi recolhido nas entrevistas, o que confere uma riquíssima qualidade ao conteúdo,
possibilitando-nos enxergar o desenvolvimento do “eu” coletivo através do emprego de duas
figuras metodológicas, a saber: a idéia central (IC) e a as expressões–chave (ECH).Foi
utilizada a entrevista, método mais comum para a coleta dos discursos dos sujeitos.
Todo material utilizado durante entrevista foi antecipadamente preparado, como o
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gravador e o roteiro de entrevista, contendo as seguintes questões guia: 1) Como foi sua
experiência durante o curso do Eneagrama?; e 2) Existe alguma relação do Eneagrama com
a tua saúde?.
Respeitando a disponibilidade e conveniências para os entrevistados, de maneira
que 7 foram entrevistados no espaço físico da Casa de Formação, enquanto 5 foram
entrevistados em suas residências.
Importante ressaltar que no presente trabalho, nossas interpretações, de acordo
com a metodologia utilizada, abrem espaço para o empírico, numa valorização do discurso
dos sujeitos entrevistados. É uma previsão do método que o leitor possa encontrar, no próprio
Discurso do Sujeito Coletivo, as respostas acerca dos questionamentos levantados durante a
pesquisa, diferentemente de como acontece no formato tradicional de pesquisa, que se
caracteriza pela excessiva análise dos dados.
Temos aí certamente o exemplo de uma deformação ou preconceito muito
presente entre os cientistas sociais e “humanos” de um modo geral: um confessado desprezo
pelo “descritivo”, considerado menor, óbvio, pobre, em favor do interpretativo que revelaria a
riqueza do pesquisador, sua inteligência sua erudição, etc16.
Os aspectos legais desta pesquisa obedecem a Resolução 196/96 da CONEP
(Comissão Nacional de Ética em Pesquisas de 1996), de acordo com parecer nº. 110/06, e
obteve o consentimento dos participantes por meio de assinatura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido.
RESULTADOS
Nesse capítulo, os resultados se reportam ao quadro síntese e, portanto, às IC , em
função das quais se disponibiliza os DSCs, gerados a partir dos questionamentos: 1) Como foi
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sua experiência no curso do Eneagrama?; e 2) Existe alguma relação do Eneagrama com a tua
saúde?
Vale ressaltar que no presente artigo os resultados adquirem uma importância
significativa, pois estamos nos utilizando de uma metodologia que apresenta uma nova
proposta de análise em pesquisa social em que o próprio Discurso do Sujeito Coletivo fala por
si só, não necessitando ser um “metadiscurso ilustrado”, onde diversos referenciais teóricos se
superpõe aos dados para lhe conferirem uma sustentação científica, representando aquilo que
seriam as “análises e discussões”, como comumente elaborarmos nossos relatórios científicos,
pois: “Nesse sentido, e em conformidade com essa prática, o pensamento coletivo equivale a
sua explicação ou interpretação”16.
Dados qualitativos - O Discurso do Sujeito Coletivo
1ª Questão: Como foi sua experiência no curso do Eneagrama?
ICA Discurso do Sujeito Coletivo (A) Eu me senti bem! Eu me senti bem, foi...no início é meio chocante, quando você
percebe que você é daquele tipo e tudo, tem coisas que mexem muito com você, mas eu aceitei bem, sabe, eu não tive problema nenhum de me aceitar do jeito que eu sou, e achei legal. Eu me senti muito bem, porque o facilitador do curso foi muito claro e deu para abraçar todas as questões, então, não ficou-se nenhuma dúvida, eu, ou qualquer outro participante, eu notei que todo mundo ficou sem dúvida e alcançou o objetivo. Então foi interessante, também, descobrir, perceber a personalidade das pessoas. O interessante é que você começa até a entender as pessoas com quem você convive e aí você passa a entender porque que elas agem daquela forma. Eu acho que tem essa riqueza do Eneagrama, é você poder aceitar as pessoas como elas são, é você entender porque elas são daquela forma e você passa a se relacionar melhor. Você começa a ver que é possível ser feliz, com o que você é, e com as pessoas do jeito que elas são, eu acho que você começa a tentar perceber que a gente tem que respeitar mais, ajudar mais, a partir do que nós somos e a partir também do que elas são.
IC B Discurso do Sujeito Coletivo (B) Identificação tranqüila Na época eu lembro que eu era muito tímida, então, eu tinha
medo de me expor, e eu não me senti exposta, então, para mim,
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eu me senti em casa, foi muito tranqüilo. Para mim foi até um alívio, ir conhecendo a realidade da pessoa, né, das pessoas que eram apresentadas no tipo, a partir de personalidades. Foi interessante, primeiro porque eu fui percebendo que...pronto...tinha alguém parecida comigo ali naquela história e que eu poderia me sentir mais acolhida.não me senti cobrada de nada.Eu sou uma pessoa muito calma, e não me incomodo com uma coisa ruim ou boa que eu possa ter, simplesmente, tento mexer no que é ruim para ficar melhor, mas não me incomoda, porque é bom, né, você ter um auto-conhecimento, tem coisas que você já sabe também, mas tem coisas novas que vai aparecendo. Tinha horas que eu pensava assim "Eu sou isso aí mesmo?", "Eu sou desse jeito mesmo?", mas no fundo, a gente já sabe um pouquinho como a gente é, entendeu?
IC C Discurso do Sujeito Coletivo (C) Incômodo inicial Durante, é um negócio complicado, porque você, realmente tem
que encarar coisas que são suas feridas, são coisas que você foge; o assunto do curso é assustador, se for fazer um filme de terror, né! Eu achei assim um pouco cansativa, na medida em que você vai vendo e tendo que ver todos os tipos, achei aquela coisa bem cansativa. Eu passei a semana inteira esperando o meu tipo, então eu já estava ansiosa, bastante nervosa, porque eu tava achando que eu não era nada, o então eu era muita coisa de cada um, então foi muita ansiedade, mais aí cheguei num denominador comum. Ao pegar a folha do meu tipo muita coisa se encaixou em mim, de 25 perguntas eu respondi 22, foi muito forte para mim, então quando eu descobri a sensação era de que todo mundo sabia que eu era daquele tipo, que sou eu escrito num papel, que eu não tinha como fugir, ao mesmo tempo queria fugir, porque eu não era tão ruim como parecia e nem era tão boa quanto parecia, mas sensação mais forte foi a de angústia para descobrir e de angústia ao descobrir, depois é que veio a tranqüilidade caiu a ficha de que realmente eu era. O negócio me surpreendeu, realmente você se identifica, mas que não é só uma coisa de se identificar "Ah, legal, eu sou isso!", né, é mais que isso, é um caminho de crescimento, então, além desse negócio da identificação que foi rápida, que é legal, tem essa história do caminho. Mas eu acho que é uma coisa válida, é um processo que você tem que passar, mas você tem que encarar mesmo, tem que estar preparado pra encarar o que você, normalmente, esconde, vem se utilizando de máscaras, então, tem que ter essa predisposição.
IC D Discurso do Sujeito Coletivo (D) Dificuldade de identificação Essa coisa mexe em você!Eu fugia um pouco disso, mas assim eu lia
muito, lia muito, várias vezes cada afirmativa de cada tipo. Eu senti uma vontade muito grande de me conhecer mais, procurar sentir essas coisas, e procurar ver através dos tipos me conhecer
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mais e, durante todo o percurso, né, todos os tipos eu me identifiquei bem, sabe, me identifiquei em todos os tipos, e até naquele .papel de marcar, de ficar marcando, né, eu peguei e marquei quase em todos, praticamente o mesmo tanto; em todos né, em todos foi quase o mesmo tanto; eu até fiquei brincando que eu...eu era o tipo 10, porque eu não conseguia me identificar bem, assim, em todos, né? E...aí foi que me deu mais vontade de pegar e, na hora do curso, eu me disse isso na hora do curso, eu peguei...deu mais vontade ainda de pegar e "não, eu vou ter que me identificar agora nem que seja na marra", e isso foi muito interessante, porque, nesse final de semana da primeira etapa, eu procurei muito...dediquei-me muito a esse curso, né; porque eu vi que era uma coisa boa para mim, uma coisa muito significativa pro meu conhecimento, ainda mais pra...por causa disso, né, essa minha...minha dificuldade de tentar me descobrir, me identificar, essa minha curiosidade de tentar me descobrir cada vez mais. É,quando ele falava, chegou um, dois...eu fiquei lá, até comecei a rir, depois chegou ao meu, então fiquei um pouco confuso; eu fiquei parado e vendo... Então começou a mexer comigo, veio algumas idéias na cabeça, umas coisas que eu já fiz, que eu ia fazer, então...tocou-me, então...durante os outros, eu achava engraçado, os outros, mas o meu mesmo que me incomodou. A minha primeira reação foi negar. Percebi que tinha que assumir, que eu tinha que me trabalhar, isso me chocou muito. É bem duro você se identificar e ver que você é daquele jeito mesmo, mas no fundo eu gostei de descobrir que eu era daquele jeito, eu me identifiquei com aquele tipo e gostei, porque veio ao encontro de muitas respostas e de muitas perguntas minhas, interiores, aí eu descobri porque que eu era assim, porque que eu agia dessa forma, que tantas coisas minhas que não deram certo...eu entendi isso através do meu tipo.
2ª Questão: Existe alguma relação do Eneagrama com a tua saúde?
ICA Discurso do Sujeito Coletivo (A) O Eneagrama previne doenças! A gente se descobrindo e a gente melhorando essa
questão...o Eneagrama também tem a ver com essa questão da qualidade, então você procurando melhorar, se integrar, e amadurecer vai te ajudar a você entender mais sua vida, e procurar buscar mais equilíbrio, ser uma pessoa mais equilibrada, e a partir do momento que você consegue isso, isso muda na sua saúde, porque eu mesma sou uma pessoa muito depressiva, o meu tipo é depressivo, essa depressão me causou uma pressão alta, por causa da minha ansiedade e tal. Então eu acho assim, quanto mais ele procurar me ajudar a entender as pessoas e me entender, pra procurar me equilibrar, isso vai repercutir na minha saúde. A minha pressão alta se desenvolveu por conta disso, estresse e tudo porque o meu tipo é o tipo que tem mais tendência a ter depressão, então, com certeza, fica mais
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fácil de você ter cuidado e perceber o momento que você está caindo, que você está querendo entrar em uma de baixo astral e querer caminhar por esse caminho, então, com certeza o Eneagrama ajuda, nesse sentido de você puxar pra esse lado.O médico disse: “Você não é hipertenso, você tem pressão alta por stress!”.O Eneagrama ensinou assim: “Puxa vida eu estou com raiva, mas não precisa ter tanta raiva assim, como é que eu vou resolver , como é que eu posso fazer?Respira, vamos lá a coisa vai passar!”Eu aprendi a relaxar a partir do Eneagrama. Quando eu começo a sentir aflorar a raiva, que aí dá palpitação, dá todos os transtornos do organismo, até porque a gente tem a mania de prender, prender, reter, reter, e quando vem, vem como bomba, no caso do meu tipo. Hoje eu já percebo quando a raiva vai aflorar e aí eu mudo o caminho e deixo de sentir esses sintomas negativos. Há algum tempo eu já estava começando a ter palpitação, a ter alta de pressão e já está com um bocadinho de tempo que eu não sinto mais isso. Eu sinto que já melhorou a respeito da saúde. Como personalidade do meu tipo, é o controle da emoção, não deixar essa emoção aflorar ao ponto que vá prejudicar a minha saúde. Isso percebo que mudou, já consigo fazer novas caminhadas, já controlo a respiração, isso tudo a partir do perceber que eu sou visceral, que tem toda uma emoção por trás, que favorece tudo essa raiva, eu vou acolher, e esse acolher vai facilitando esse meu contato comigo mesma também a nível de saúde. Com a saúde entra um pouco nessa meditação do que o próprio crescimento do Eneagrama. A meditação em si, como ela proporciona um relaxamento,eu já pude perceber pelo meu tipo que eu já acalmei, eu era muito mais agoniado, claro como trabalho em si de cada pessoa, mais eu já consigo perceber hoje quando eu estou mais calma mais mansa. Mais ponderado em algumas coisas. E eu acho que no meu lado foi justamente para eu não ter uma gastrite, uma úlcera, alguma coisa desse tipo, pois a mansidão já ameniza isso, a não ter problemas, vamos dizer assim nervosos, que eu era muita nervoso, antes eu só podia dormir com tranqüilizantes hoje eu já consigo deitar na minha cama e dormir sem nada e isso para mim foi um crescimento e uma melhora na minha saúde, mesmo. Eu comecei, de 5 anos pra cá, eu consegui emagrecer, que eu não consegui durante toda a juventude, isso já é um ponto positivo a nível de saúde, já emagreci mais de 10 quilos, e cada ano controlando, tendo uma auto estima melhor, nesse sentido eu já melhorei, isso é notório. Você sabe que o meu tipo é aquela pessoa que às vezes nem se toca dessas coisas de saúde, num tenho ido pro médico, mas eu acho que a partir do momento que eu estou expressando meus sentimentos, então eu estou sentindo assim.Eu vivia num estresse muito grande, vivia reprimida demais. E eu acho que estou mais saudável em relação a isso, no que eu reprimo, geralmente eu estou somatizando as minhas tensões, as minhas raivas Eu acredito nas doenças psicossomáticas, que começa no psicológico e vai para o soma, que é o corpo; do psicológico vai
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pro corpo,alguma coisa se afeta. E isso é muito caro pra mim, porque quando eu estava em alguma crise emocional, alguma coisa de sentimento, isso, nitidamente, automaticamente, eu somatizava no meu peito, eu sentia dificuldade de respiração e...ainda bem que eu cresci e evolui nisso e nunca mais isso me...é claro que você passa por situações que você sente, né, mas, hoje em dia, eu não...tipo assim, uma coisa é um fato externo, que é...morte do seu tio que você sente, outra coisa é você está preso a um estratagema, alguma coisa da emoção, alguma coisa do psicológico e você não ter consciência daquilo, fica saboreando aquilo,fica cultivando aquilo, não tem consciência, e aquilo vai afetando e você vai deixando, porque você não sabe o que está se passando. Com o Eneagrama não, com o Eneagrama tem consciência, você: "Peraí, que conversa é essa, não vai ser assim não" e com a consciência você consegue dá um direcionamento.Eu tinha uma dificuldade, assim...eu ainda tenho, né, essa dificuldade de pegar e ficar me segurando, de escutar as coisas e...eu seguro muito o rancor, né, eu seguro muito o rancor; e as pessoas falam, me esculhambam, brincam com minha cara, e eu fico...não falo nada, fico me segurando; e eu pensava que isso era uma coisa normal e pensava que isso era até uma coisa boa também, que eu me segurar e não ter conflito não...não fazer conflito, fugir do conflito, pensava que pra mim era uma coisa boa, mas agora depois do Eneagrama, eu percebi que isso não é bom pra mim, que isso não é bom pra minha saúde, porque esse rancor, essas coisas dá muita dor de cabeça, sentia muita dor de cabeça em relação a isso e...não é uma raiva,mas é aquele rancor que...que guardado né...aquelas coisas que marcava muito,eu ficava: "Como é que pode, esse cara fez desse jeito, um amigo meu, uma pessoa, assim, e tudo", e ficava muito...marcando muito isso. É muito difícil eu pegar e...pegar e falar: "Ó, eu não estou gostando, eu não estou gostando!".Mas eu estou tentando, sabe, eu estou buscando, está difícil agora no começo , mas já estou começando já, e quando a pessoa brinca e fala alguma coisa, pego e: "Ó, não gostei viu!". Uma coisa que eu não faria, não fazia antes, e agora, pego e já faço, já...É difícil na hora,mas depois eu sinto um alívio, sinto assim um...que foi melhor e tudo, que foi uma coisa melhor. Um alívio que antes era pegar e...quando...vinha,...pegava, recebia, né, assim esse rancor, essas coisas, né, e eu pegava e depois que desabafava, aí sim, saía o alívio...saía o alívio depois de desabafar, mas agora como eu já desabafo logo, aí, como eu falo logo, fica...fica normal. E você vai amadurecendo!
IC B Discurso do Sujeito Coletivo (B) O Eneagrama
promove saúde! Imagina só, se eu me conheço? Imagina que eu tenho uma doença, se eu conheço a tal doença, eu pelo menos posso partir do conhecimento e tentando ver os meios pra melhorar!Então eu levo um pouco por aí; Imagina se eu,a princípio: “Eu sou uma
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caixa!” Eu só posso saber o que tem dentro se eu for abrindo, se eu for tirando os laços, os enfeites, for abrindo, for tentando tirar as coisas de dentro; e eu acredito que o Eneagrama é muito isso, tá, é tipo...você pega a sua caixa, você pega você mesmo , e aí você vai tendo possibilidade de ir abrindo, ir descobrindo, ir vendo que você reage assim, que você tem essa tendência Então eu posso fazer outra coisa,eu posso tentar melhorar aqui; então,pra mim, lógico, o que eu sinto é que o Eneagrama foi também uma coisa que em ajudou a nível de saúde,até eu diria que, talvez, abriu mais a minha cabeça, sabe...a nível de aceitar mais os outros, aceitar outras posições, ser capaz de rir de mim mesmo, de perceber o que eu falava, o que eu fazia, o que eu queria ou descobrir. Às vezes ainda de perceber alguma coisa que eu penso de que é absurdo; eu digo: "Ah, tem que rir mesmo!"; a gente descobre que também é normal como todo mundo, e isso é bom.Hoje em dia, eu acredito que eu sou livre disso, completamente, graças ao Eneagrama, graças à consciência que eu tenho disso tudo, é claro que a gente sente alguma coisa, mas mais por fator externo, algum fato, alguma coisa assim: “Morreu um rapaz que reagiu a um assalto!” E você fica "pôxa", não por essas estratagemas que a coisa da personalidade leva a pessoa. Está ajudando muito, já estou conhecendo tudo o que eu sou; antes o que eu fazia era inconsciente, agora já estou conhecendo e sei o mal que eu estava fazendo, o bem que eu estava fazendo, e não tinha consciência de que estava fazendo o bem; aí eu posso corrigir o que eu faço de mal, que é inconsciente, e posso reforçar o bem que eu faço. “Muito mais paz de espírito, eu me acho muito mais feliz, interessante, que quando e sinto que eu estou desintegrado que eu vacilei que eu estou com mania de eficiência, eu digo”: “ Meu Deus quem mandou estudar Eneagrama!”. Ai quando aquilo vai passando, quando eu começo a domesticar aquilo, porque de fato é um bicho, quando você começa domesticar, começa a lhe fazer bem, começa a lhe fazer muito bem. Sim pela paz de espírito, eu acho que se você usar, a mim me dá tranqüilidade, a saúde não é só física né, ela é mental também. Olha, sem dúvida vai repercutir na minha saúde,né. O Eneagrama...o que eu acho, é que visa uma saúde emocional e isso,sem dúvida, vai repercutir na saúde como um todo. Eu diria que, não somente pelo Eneagrama, tem todo um trabalho de auto-conhecimento aí por trás, mas o Eneagrama foi o pontapé inicial, mas a partir do auto-conhecimento pessoal que eu tive, de mergulhar em mim mesma, de começar a me aceitar e de me acolher. No Eneagrama me disse que eu deveria fazer como o tipo da minha integração faz, mas eu não conseguia nada nessa fase, não conseguia ir pro cinema, mas aí eu comecei a me programar e coincidiu com minha pressão alta e o médico disse que eu tinha que fazer um exercício, e eu descobri a dança de salão. Eu descobri Deus na alegria, porque até então eu encontrava Deus no trabalho ou no trabalho de casa , fazendo as minhas coisas, ou ajudando uma
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pessoa. Eu experimentei Deus na Alegria, sem me preocupar com nada, eu me sentia livre com movimentos abertos, nem na adolescência, e espontâneos eu me percebi leve e entendi o que era ser livre e encontrar Deus na alegria.
ANÁLISE DOS DADOS
Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço, estudioso do homem em diversas culturas e
em diversos períodos históricos, percebe que existem traços humanos que independente do
contexto espaço temporal da história se repetem. A estes ele denominou de arquétipos. Um
desses arquétipos, sendo este o principal, ele denominou de “self” (si mesmo) que seria a
busca do homem para encontrar com algo que estruture sua psique e essa caminhada ele
chama de processo de individuação. O “Self” (si mesmo) pode ser considerado como um
órgão psíquico de adaptação por excelência. Como o agente organizador da personalidade
total, ele é o elemento ativador e diretor do projeto de vida em cada etapa do
desenvolvimento, procurando os melhores ajustamentos possíveis para a psique total17. O
objetivo do “Self” é a totalidade, processo que Jung denominou de Individuação. Ele busca
sua mais plena realização possível na psique e no mundo17.
Individuação significa fazer-se indivíduo, alcançar o máximo de sua
individualidade, a qual podemos entender como a mais íntima e profunda expressão de nosso
ser, com uma total compreensão, aceitação e permissão desta expressão, e ainda reconhecer a
ação de um material inconsciente sobre o eu. Estas três atitudes citadas acima praticamente
definem o termo de responsabilidade que deveríamos ter em relação ao nosso crescimento
interno. Isto seria reconhecer-se tal como se é, por natureza, e não como se gostaria de ser18.
Essa caminhada não se traduz num percurso fácil, principalmente se levarmos em
conta nosso contexto histórico, no entanto, existe algo que faz com que algumas pessoas
despertem intuitivamente para essa caminhada. E ao se depararem com um curso de auto-
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conhecimento não lhes causa tanta estranheza, como as pessoas que se sentiram bem durante
o curso e que tiveram uma identificação tranqüila.
E o processo de auto-conhecimento, para acontecer de verdade, como podemos
perceber, depende muito mais do amadurecimento deste indivíduo, do conjunto de
experiências que ele adquiriu ou da sua predisposição para se conhecer do que propriamente
da metodologia de ensino ou de um referencial psicoterápico específico.
No entanto, para aqueles que não iniciaram esse processo de auto-
conhecimento, ou que muito pouco conhecem de si, o curso não se apresenta como algo tão
tranqüilo. Começa a desenvolver-se assim uma série de mecanismos de defesa inconsciente
como incômodo, cansaço, ansiedade, nervosismo, angústia, riso nervoso etc., uma vez que
este ainda não tinha se autorizado a olhar para si, pois o confronto com o inconsciente de
início não é um processo fácil.
Quando ainda não identificado com o seu tipo, o sujeito desenvolve dois
mecanismos: “se identificar com pouco de cada um” ou com “nenhum dos tipos”.
Até que ao se defrontar com o seu tipo durante a exposição e iniciar o processo de
identificação este não acontece sem que irrompa à consciência conteúdos primitivos. A
essência da função inferior é autonomia; ela é independente, ataca, fascina e de tal modo nos
enreda que não somos mais donos de nós mesmos e não conseguimos mais distinguir
claramente entre nós mesmos e os outros17. Diante desta situação, o caminho da
individuação pode ser considerado como uma intenção séria para se prevenir um estado de
desorientação no homem moderno, mediante a ativação de forças criadoras do inconsciente e
de sua própria inclusão consciente na totalidade da psique. E tais transformações só são
eficazes quando ocorrem a um nível individual e quando se começa a perceber a existência
de conteúdos como pertencentes à personalidade do eu, devendo ser atribuídos a um não-ego
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psíquico. Esta operação deve ser empreendida toda vez que se queira evitar a ameaça de uma
inflação19.
Até que realmente o sujeito, como que colocado diante de um espelho, o vê por
dentro, reconhece-se, identifica-se e vem a tranqüilidade. A necessidade de identificação de
encontrar-se, de algo que lhe sirva de parâmetros parece ser um busca importante em nível
psíquico. Também se levarmos em consideração nosso contexto sócio-histórico
contemporâneo, onde uma série de valores, costumes e tradições caem por terra ou sofre
modificações numa velocidade assustadora, a falta de identidade e a perda de um referencial
parecem contribuir para que esse processo ocorra com mais ansiedade.
Desta forma, a relação da consciência com o inconsciente não deveria jamais
passar por identificações com os conteúdos autônomos, o que caracterizaria um estado de
possessão do inconsciente, ou seja, um estado de consciência onde se perde todo poder de
discriminação, se expondo a calamidades ou a situações desagradáveis. A identificação com
tais fontes arquetipicas, geradoras de uma angústia profunda, definiria com muita precisão os
sintomas da neurose geral de nosso tempo. Quando todos os valores são muito questionáveis,
nos voltamos para novos modelos mais seguros, novos paradigmas, novo esquemas para
melhor compreensão e explicação de certos aspectos da realidade. Tais modelos úteis,
paradigmas ou arquétipos podem ser considerados como remédios para os homens e os
tempos18.
Mas só quando propostos em um nível individual, e não como um modelo
proposto às massas. Mudanças de paradigmas não podem ser impostas pelo sistema. O
significado de tais mudanças, enquanto não for descoberto através da experiência direta,
torna-se apenas uma possibilidade teórica, e não real.
A proposta é se desapegar dos paradigmas e começar a trilhar um caminho em
busca de si mesmo que Jung denominou de processo de individuação: A vida é teleológica
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(prospectiva) e determinada por um objetivo. E este objetivo é o sentido de tudo, é o estado de
repouso, de equilíbrio. A conquista de seu próprio centro18.
Sendo assim, por ser um processo natural e espontâneo, faz-se importante que este
indivíduo possua essa informação, não que esta represente sua transformação, mas quando
sentir necessidade este pode iniciar, conscientemente, seu processo de individuação,
promovendo sua saúde.
E foi o que podemos perceber nos discursos referentes à pergunta se havia para
eles alguma relação do Eneagrama com a saúde. Em que eles responderam que o Eneagrama
tanto prevenia doenças quanto promovia saúde.
A promoção da saúde busca modificar condições de vida para que sejam dignas e
adequadas; aponta para a transformação dos processos individuais de tomadas de decisão
para que sejam predominantemente favoráveis à qualidade de vida e à saúde; e orienta-se
aos conjuntos de ações e decisões coletivas que possam favorecer à saúde e à melhoria das
condições de bem-estar. (Franco et al apud. Gutierrez et al. 1997). Já a prevenção diferente
da promoção orienta-se mais às ações de detecção. Controle e enfraquecimento dos fatores
de riscos ou fatores causais de grupos de enfermidade ou de uma enfermidade específica, seu
foco é a doença e os mecanismos para atacá-la mediante o impacto sobre os fatores mais
íntimos que a geram ou precipitam12.
Para prevenção, evitar a enfermidade é o objetivo final e, portanto, a ausência de
doença seria um objetivo suficiente para a promoção da saúde, o objetivo contínuo é o nível
ótimo de vida e de saúde; portanto, a ausência de doenças não é suficiente, já que perante
qualquer nível de saúde registrado em um indivíduo sempre haverá algo a ser feito para
promover um nível de saúde melhor e condições de vida mais satisfatórias12.
O termo “prevenir” tem o significado de “preparar; chegar antes de; dispor de
maneira que evite (dano, mal); impedir que se realize” (Ferreira, 1986). “A prevenção em
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saúde exige uma ação antecipada baseada no conhecimento da história natural a fim de
tornar improvável o progresso posterior da doença” 12.
O Eneagrama atua nestes dois níveis. Quanto à possibilidade de prevenção
através do Eneagrama, o sujeito coletivo entrevistado apresenta seus sintomas tais como
“depressão”, “ansiedade’, “stress”, “pressão alta” (“hipertensão”), “transtornos do
organismo”, “gastrite”, “úlcera”, “obesidade”. Com o conhecimento do Eneagrama, dos
seus pontos de integração e asas, e uma vez tendo desenvolvido estes, diante de algumas
situações propícias à “somatização de tensões” como ele próprio afirma, procura-se manter o
“equilíbrio” , compreendendo os sentimentos, você pode percebê-los então: “Puxa vida eu
estou com raiva, mas não precisa ter tanta raiva assim, como é que eu vou resolver, como é
que eu posso fazer, respira, vamos lá a coisa vai passar!”., procura-se “não deixar a emoção
aflorar ao ponto que vá prejudicar”. Acrescido isso, para poder pôr em prática, refere-se a
ajuda de outras técnicas como a da ‘”meditação”, que ajuda na “respiração”, a “caminhada” ,
“dança de salão”. Tudo isto gradativamente opera mudanças inclusive corporais, como o
emagrecimento, o que leva a uma melhora da “auto-estima”.
No processo auto-conhecimento proporcionado pelo Eneagrama, o sujeito pode
ser comparado a uma “caixa” que se começa a se desembrulhar para além de prevenir
doenças, promover saúde.
Promover ”tem o significado de dar impulso a; fomentar; originar; gerar”
(Ferreira 1986). Promoção da saúde define-se tradicionalmente de maneira bem mais ampla
que prevenção, pois se refere à medida que “não se dirigem a uma determinada doença ou
desordem, mas servem para aumentar a saúde e ao bem estar gerais”12.
Como podemos perceber nos discursos diante da alteridade da diferença, você
passa a ser capaz de rir de si mesma, você começa a ter consciência:
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Quando nos referimos a um processo de transformação interna, este se relaciona
à consciência e ao agrupamento de determinadas características psíquicas que, quando
acontecem baseados na experiência, e também quando se reconhece a responsabilidade
decorrente desta consciência, "resultará daí uma complementação do indivíduo, que deste
modo se aproximará da totalidade, mas não da perfeição, que constitui um ideal..."18.
Consciência dos “estratagemas da personalidade” o que lhe assegura “paz de
espírito”, “felicidade” você deixa de lutar contra si mesmo e passa a “domesticar um bicho”
que mora dentro de você e passa a conviver bem com o mal, trazendo ‘tranqüilidade” e passa
a repercutir na saúde “física, mental e espiritual”, em suma saúde como um todo.
Conhecer a si mesmo é conhecer em totalidade, interdisciplinarmente. Em
Sócrates, a totalidade só é possível pela busca da interioridade. Quanto mais se interioriza,
mais certezas vão se adquirindo da ignorância, da limitação, da provisoriedade. A
interioridade nos conduz a um profundo exercício de humildade (fundamento maior e
primeiro da interdisciplinaridade). Da dúvida interior à dúvida exterior, do conhecimento de
mim mesmo à procura do outro, do mundo. Da dúvida geradora de dúvidas, a primeira
grande contradição e nela a possibilidade de conhecimento. Do conhecimento de mim mesmo
ao conhecimento da totalidade12.
O Eneagrama se apresenta como uma teoria rica que possibilita aos indivíduos
desenvolverem habilidades pessoais e assim promoverem sua saúde, todavia esta última é
uma decisão que cabe a cada um. No entanto estes já foram esclarecidos, e assim foi
cumprido o papel de informar.
A consciência prática do limite do conhecimento acarreta que não se tenha a
pretensão de encontrar uma nova teoria científica que possa formular um discurso
notificador de todas as dimensões que envolvem a saúde. Promover a saúde envolve escolha
e isso não é da esfera do conhecimento verdadeiro, mas do valor12.
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CONCLUSÃO
Os dados qualitativos das duas questões se mostram suficientes para a elucidação
do nosso problema, no entanto, à guisa de conclusão, faremos algumas considerações.
Como podemos perceber, alguns sujeitos sentem um incômodo inicial com o
curso e uma dificuldade no processo de identificação, outros se sentem bem e tranquilamente
conseguem identificar o seu tipo. Mesmo aqueles que sentem um mal-estar, este parece ser
inicial até o momento em que ele consegue se identificar. Percebemos que uma parte já sente
um bem-estar frente a todo esse processo, o que nos leva a perceber que o restante ainda
encontram dificuldade em olhar para “si mesmo”, lhe causando um estranhamento, outros já
realizam este processo com mais naturalidade. As pessoas que não iniciaram esse processo, ao
se depararem com o curso, sentem um incômodo que se apresenta como inicial e uma
dificuldade de identificação, estas não são maléficas, pois cessa no momento em que ocorre
uma adaptação destes novos conteúdos inconscientes.
Uma vez que algumas pessoas expressam que se sentem bem ao vivenciarem uma
experiência tão dolorosa quanto o autoconhecimento - acreditando os psicólogos que só
poderia acontecer dentro do setting com uma série de cuidados – os DSC demonstram que o
processo de autoconhecimento, dependendo das experiências anteriores e da predisposição de
cada um, é despertado durante a vida como um processo natural. A educação sobre este
fenômeno, supondo que esta não seja transformadora, no mínimo serve como um
conhecimento que, num momento oportuno, pode vir a ser utilizado, possibilitando ao
indivíduo a prevenção de doenças e/ou a promoção de sua saúde.
De um modo geral, o processo de autoconhecimento, que neste caso se dá através
de um processo educativo, parece transcorrer sem maiores dificuldades, com exceção de um
mal-estar que ocorre durante o curso, através de um incômodo inicial, natural e necessário
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durante a trajetória de crescimento, bem como de uma dificuldade de identificação
relacionada com a nossa própria falta de hábito de olharmos para nós mesmos.
De certa forma, o “perigo” creditado a estas práticas na Psicologia parece
justificar-se muito mais no desejo de manutenção do paradigma biomédico, e, portanto, do
poder/controle da profissão sobre o paciente, do que mesmo por algum tipo de prejuízo que
possa vir a causar a estes.
Diante do exposto, infere-se a necessidade de o profissional de psicologia
encontrar formas criativas de divulgar o seu trabalho, permitindo que as pessoas possam
conhecer os objetivos e a importância do “se conhecer”. Em especial, ao trabalharmos com
Educação em Saúde, faz-se necessário revermos nossas concepções de realizar um trabalho
que fique restrito à prática clínica que não se preocupe, antes de tudo em educar a população.
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53
11. Gabriel HW. Poder, influência e controle sobre as pessoas. Rio de Janeiro: Best-Seller;
1965.
12. Czeresnia D. Promoção da Saúde: conceito, reflexões, tendência. Rio de Janeiro: Fiocruz;
2003.
13. Barroso GT, Vieira NFC, Varela ZMV. Educação em saúde: no contexto da promoção
humana. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha; 2003.
14. Projeto promoção da saúde: declaração de Alma-Ata, carta de Ottawa, declaração de
Adelaide, declaração de Sundsvall, declaração de Santafé de Bogotá, declaração de
Jacarta, redes dos Megapaíses, declaração do México. Brasília: Ministério da Saúde;
2001.
15. Lefèvre F, Lefèvre AMC. Depoimentos e Discursos: uma proposta de análise em
pesquisa social. Brasília: Liber Livro; 2005.
16. Lefèvre, F, Lefèvre AMC. O discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa
qualitativa. Caxias do Sul: Educs; 2005.
17. Zacharias JJM. Entendendo os tipos humanos. Paulus; 1995.
18. Jung, CG. O eu e o inconsciente. Petrópolis: Vozes; 1985.
19. Jung, CG. Tipos Psicológicos. Rio de Janeiro: Vozes; 1971.
54
3.2 O ENEAGRAMA E AS SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO
DE HABILIDADES PESSOAIS EM PROMOÇÃO DA SAÚDE
RESUMO
A ação do auto-conhecimento pode ser relacionada ao desenvolvimento de habilidades pessoais contempladas na Carta de Ottawa, associada, portanto, à dimensão individual. Assim sendo, na medida em que as pessoas busquem o autoconhecimento, habilidades podem ser desenvolvidas por meio do processo de capacitação das pessoas para assumirem o controle e a responsabilidade de sua saúde, como um componente importante de sua vida diária. Utilizam-se os referenciais da Psicologia Junguiana, da Terapia Breve e da Promoção da Saúde como um balizamento diante dos discursos. Estudo descritivo, que teve o seguinte objetivo: descrever como se dá o desenvolvimento de habilidades pessoais em promoção da saúde. Realizado durante o ano de 2006, junto a doze 12 pessoas adultas, provenientes de diferentes bairros da cidade de Fortaleza, que realizaram o curso de Eneagrama, fazendo parte de um grupo de encontro sobre o tema. Coletaram-se os dados por meio da aplicação de uma questão de entrevista: Como você está com relação ao seu ponto de integração e à sua asa não desenvolvida? Sete (07) entrevistas foram realizadas no espaço físico de uma Casa de Formação religiosa na qual se reúne o grupo de estudo, e cinco (05) nas residências dos entrevistados. O Discurso do Sujeito Coletivo foi a metodologia eleita, uma vez que ela permite reconstruir o pensamento coletivo sobre o tema pesquisado.Os resultados foram os seguintes discursos: IC A ‘Comecei a tomar consciência, um sinal de transformação!(Crescendo consigo mesmo)’ e IC B ‘Estou dando o que eu posso dar e, também, recebendo dos outros o que eles podem dar (Crescendo na relação como outro’) De posse do conhecimento sobre o Eneagrama, consequentemente do funcionamento da personalidade, podemos ter mais clareza de nossas habilidades e de nossos comportamentos com relação a nós mesmos e com relação aos outros, possibilitando uma transformação, uma nova postura diante da vida e da própria saúde. O processo de autoconhecimento depende do amadurecimento deste indivíduo e do modo como este desenvolve suas habilidades: quer seja consigo mesmo ou na relação com o outro. Palavras-chaves: Autoconhecimento; Psicologia Junguiana; Terapia Breve; Desenvolvimento de habilidades pessoais; Discurso do sujeito Coletivo.
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ENEAGRAM AND ITS CONTRIBUTIONS FOR THE DEVELOPMENT OF PERSONAL ABILITIES IN HEALTH PROMOTION ABSTRACT The action of the self-knowledge can be related to the development of personal abilities contemplated in the Letter of Ottawa, associated, therefore, to the individual dimension. Thus, while gradually people look for the self-knowledge, abilities may be developed through the process of people’s training, to take control an responsibility on their health as an important component of their daily lives. It used the references from Jung’s Psychology, Brief Therapy and Health Promotion as levelness front the speeches. A Descriptive study, that had the following objective: to describe how its done the development of personal abilities in health promotion. Accomplished during the year of 2006, along with 12 (twelve) adult people, coming from different neighborhoods of the city of Fortaleza, that accomplished the Eneagram course, being part of an meeting group about the theme. The data was collected through the application of an interview question: How are you regarding about your integration point and you non-developed wing? Seven (07) interviews were accomplished in the physical space of a religious formation house in which the study group meet, and five(05) in the interviewees’ residences. The Collective Subject’s Speech was the chosen methodology, once it allows to rebuild the collective thought about the researched theme. The results were the following speeches: IC A – “I began to take conscience, a sign of transformation!” (Growing with himself) and IC B – “I’m giving what I can give and, also, receiving from others what they can give” (Growing in relationship with others). Having knowledge on the Eneagram, consequently on the operation of the personality, we can have more clarity of our behaviors regarding ourselves and regarding the others, making possible a transformation, a new posture in the presence of life and the own health. The self-knowledge process, depends on the individuals’ maturity and the way he develops his abilities: regarding himself or regarding the others.
Key Words: Self-knowledge; Jung’s Psychology; Brief Therapy; Development of Personal Abilities; Collective Subject’s Speech.
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INTRODUÇÃO
Neste artigo discorreremos sobre a promoção da saúde e mais especificamente
sobre o desenvolvimento de habilidades pessoais, conceito este que nos permite visualizar a
possibilidade do autoconhecimento através do Eneagrama, como uma prática promotora de
saúde. Diante da experiência propiciada por um curso de Eneagrama, uma tipologia da
personalidade milenar, descrevemos como os participantes após este desenvolveram
habilidades que foram conducentes à promoção da saúde.
Com o intuito de nos balizarmos teoricamente, utilizamos os referenciais da
psicologia analítica, que, acerca das tipologias de personalidade, possibilita uma sustentação
científica para o Eneagrama, e dos referenciais da terapia breve que nos ajuda a compreender
como os participantes desenvolvem suas habilidades pessoais.
A ação do autoconhecimento pode ser relacionada ao desenvolvimento de
habilidades pessoais contempladas na Carta de Ottawa, associada, portanto, à dimensão
individual: [...] a saúde se cria e se vive no marco da vida cotidiana: nos locais de ensino, no
trabalho e lazer. A saúde é resultado dos cuidados que a pessoa se dispensa a si mesma e aos
demais, da capacidade de tomar decisões e controlar a própria vida e assegurar que a
sociedade em que se vive ofereça a todos os seus membros a possibilidade de gozar de um
bom estado de saúde [...]1.
Assim sendo, na medida em que as pessoas busquem o autoconhecimento
habilidades podem ser desenvolvidas por meio do processo de capacitação das pessoas para
assumirem o controle e a responsabilidade de sua saúde como um componente importante de
sua vida diária, tanto mediante atividades espontâneas como originadas em favor da saúde.
Eneagrama como uma tipologia de personalidade
A palavra Eneagrama origina-se do grego “enneas”, que significa “nove” e
"grammos" que significa "pontos". É representado por um símbolo que tem uma
57
circunferência com nove pontos e linhas que se interligam, formando uma figura geométrica.
O Eneagrama é a ciência holística que permite ao homem o contato com o seu "Eu
verdadeiro" por meio do autoconhecimento. Datando de mais de cinco mil anos, o Eneagrama
somente foi utilizado no Ocidente a partir da década de 20. A partir dos anos 70, o mundo
começou a despertar para este extraordinário sistema que permite mapear com segurança os
tipos psicológicos básicos do ser humano. Um de seus maiores expoentes na atualidade é o
psiquiatra Cláudio Naranjo.
A eficácia do Eneagrama e seu valor prático na psicoterapia, psicologia e terapias
alternativas já foram devidamente comprovadas, entre outros, por testes psicológicos
internacionalmente conhecidos como o MBTI, o IMPI e a Escala de Auto-avaliação de
Milton-Illinois. Graças ao Eneagrama, pode-se conhecer as nove essências e identificar as
múltiplas personalidades existentes. Os nove pontos representam nove padrões de
comportamentos básicos, cada qual com suas estratégias para buscar a felicidade, se
relacionar com o mundo e com as pessoas. Estes noves padrões descrevem também nove
maneiras distintas, embora interligadas, de interpretar a realidade ao nosso redor.
Quando identificamos nosso tipo de padrão de comportamento, começamos a
perceber como estamos presos a estratégias que nos limitam, gerando atitudes mecânicas e
repetidas, enquanto vivemos numa realidade tríplice.
De acordo com Naranjo2, o Eneagrama é uma Tipologia de Personalidade
milenar, que propõe um auto-conhecimento, onde qualquer pessoa de qualquer nível sócio-
econômico possa compreender, pois esta possui uma clareza em seus conceitos facilitando a
compreensão, além de ser simpática pela sua simplicidade, no entanto sem perder a
profundidade.
O Eneagrama propõe três Centros de Energia ou três tipos de Inteligência:
emocional, racional e prática. Cada pessoa possui os três Centros, mas, na infância, um deles
58
foi reprimido, outro foi supervalorizado e o terceiro para ser usado de forma secundária, como
sustentáculo do mais desenvolvido. Em cada Centro predominou uma habilidade específica e
uma energia própria. Simbolicamente, podemos ligar cada energia ou inteligência a um
determinado centro do corpo: a inteligência emocional se relaciona com a energia do coração
(tipos 2-3-4); a inteligência racional se liga com a cabeça (tipos 5-6-7); a inteligência prática
se refere ao centro visceral (8-9-1) - baixo ventre, onde ficam “sediadas” as energias primárias
da sexualidade e da alimentação2.
No centro da inteligência emocional (2-3-4), predomina a habilidade para lidar
com relacionamento. A energia principal é o sentimento e a emoção. São tipos muito
sensíveis: captam os sentimentos dos outros com precisão e facilmente se sentem feridos. A
sensação profunda é de não serem amados (carência afetiva). Buscam conquistar atenção e o
amor dos outros para compensar a sensação dolorosa.
O Tipo Dois tenta agradar as pessoas para ser amado por elas. O Tipo Três busca
o êxito e o sucesso para ser elogiado e interpreta como “ser amado”. O Tipo Quatro dramatiza
seu sofrimento para atrair a compaixão dos outros.
Na inteligência racional (5-6-7), predomina a habilidade para observar, analisar,
refletir e tomar decisões. A energia principal é a razão, capacidade intelectivo-cerebral. São
tipos que se apresentam retraídos, que recuam. O medo perpassa as pessoas deste Centro. A
preocupação principal é entender. A sensação profunda é de incapacidade perante o mundo
que os rodeia (perigos).
Cada tipo tenta compensar o medo e a incapacidade de um jeito próprio: o Tipo
Cinco tenta entender tudo achando que assim será capaz de enfrentar a realidade; o Tipo Seis
busca seguranças externas para enfrentar os perigos; o Tipo Sete supera o medo refugiando-se
no mundo da imaginação, enfeitando os problemas.
Na inteligência prática (8-9-1), predomina a habilidade para agir, fazer coisas. A
59
energia principal é a agressividade-impulsividade. São tipos de ação dinâmicos. Sua
preocupação principal é dominar e controlar. O poder é algo importante para estes tipos. A
sensação profunda é de insignificância.
Cada tipo procura compensar esta sensação dolorosa de um jeito próprio: o Tipo
Oito procura dominar o mundo à sua volta para sentir-se importante e faz coisas para se
afirmar; o Tipo Nove omite-se e esconde-se para não experimentar novamente a sensação
dolorosa e usa a teimosia para se afirmar; o Tipo Um preocupa-se com o autocontrole, para se
afirmar através do bom comportamento.
Cunha3 faz outra divisão, agrupando de outra forma três tipos em três grupos
distintos. Os tipos Agressivos (8-7-3), aqueles que agem contra o mundo. Os
Condescendentes (2-1-6), aqueles que agem ao encontro do mundo, tentando adaptar-se. E os
Retraídos (5-4-9), que se afastam do mundo. Esta divisão possibilita uma melhor visualização
do processo de desenvolvimento de habilidades e foi importante para a organização dos
discursos, pois, a grosso modo, o desenvolvimento de habilidades dos tipos se constitui nos
tipos Agressivos se tornarem Condescendentes e os tipos Retraídos se tornarem Agressivos.
Outros dois conceitos fundamentais do Eneagrama são as “Asas” e os “Pontos de
Integração e Desintegração”. As “Asas” são tipos que no gráfico do Eneagrama ficam
vizinhos, ao seu tipo principal, um do lado direito e outro no lado esquerdo. Estes representam
uma personalidade auxiliar, tendo sido desenvolvida, uma delas, na adolescência e outra
teoricamente pode vir a ser desenvolvida na fase adulta, possibilitando ao sujeito equilíbrio4.
Os “Pontos de Integração e Desintegração” representam outros tipos, que assim
como as Asas possuem relação com o seu tipo principal, fazendo inclusive parte da sua
personalidade. O “Ponto de desintegração” são características de um outro tipo que você
assume, quando está num momento difícil da vida, e o “Ponto de integração” são
características que você assume quando está num momento feliz, de bem com a vida e
60
consigo mesmo, que corresponde à sua essência3.
Análises da tipologia Eneagramática à luz da Teoria Junguiana e da Terapia Breve
Em 1921 Jung trouxe uma contribuição fundamental para o entendimento da
tipologia humana, ao escrever um de seus mais importantes trabalhos: o livro “Tipos
Psicológicos”, fruto de mais de 20 anos de observação e do exercício da Medicina
Psiquiátrica e da Psicologia Prática. Na concepção de Jung: Tipo é uma disposição geral que
se observa nos indivíduos, caracterizando-os quanto a interesses, referências e habilidades.
Por disposição deve-se entender o estado da psique preparada para agir ou reagir numa
determinada situação5. Tipo é um aspecto unilateral do desenvolvimento6.
Jung a respeito da sua obra Tipos Psicológicos descreve como ela surgiu: Quer no
contato com pessoas de todas as classes sociais, quer ainda em minhas discussões e
investigações com amigos e adversários, finalmente, na crítica à minha própria idiossincrasia
ou formação psicológica7 .
Foi Carl Gustav Jung um dos autores que mais estudou a personalidade humana,
interessado e preocupado com as relações do homem com o mundo externo e com a
comunicação entre as pessoas. Jung é conhecido como um dos maiores psicólogos do século
XX conforme palavras de Hall & Lindzey8: Durante meio século dedicou-se com grande
energia e originalidade de propósito a analisar os processos profundos da personalidade
humana. A originalidade e a audácia do pensamento de Jung têm poucos paralelos na
historia da ciência atual, nenhum outro homem, pondo de lado Freud, abriu maiores
perspectivas naquilo
A teoria de Jung de tipos psicológicos possui três eixo. A polaridade extroversão-
introversão diz respeito ao relacionamento de objeto. Os extrovertidos são orientados aos
outros e ao mundo da consciência. Sua energia flui para fora primeiro, então para dentro. Os
introvertidos são orientados para os seus mundos internos, sua energia fluindo primeiro para
61
dentro e então para a realidade externa. Os introvertidos podem, portanto, ser vistos como
egoístas e inadaptáveis, porque eles prestam atenção primeiro aos seus mundos internos e
então determinam como o mundo externo pode encaixá-los7. Ainda segundo Jung9:"Tipo é um
aspecto unilateral do desenvolvimento."
A polaridade sensação-intuição relaciona-se à percepção. O tipo perceptivo que
Jung denominou orientado à sensação é orientado a estímulo e sintonizado aos particulares da
realidade aqui e agora. O tipo intuitivo obscurece os detalhes, mas entende o quadro geral. O
tipo sensação vem a entender uma situação reunindo os detalhes; o tipo intuitivo capta a
situação geral antes de tentar assimilar suas partes. O tipo sensação vê as árvores primeiro; o
tipo intuitivo vê a floresta primeiro9.
A polaridade entre pensamento e sentimento lida com processamento de
informações e julgamento. No modo pensamento, os dados são avaliados de acordo com o
princípio lógico. Sentimento, no pólo oposto, envolve fazer julgamentos através de processos
não lógicos relacionados a valores e entender os relacionamentos. Nos relacionamentos
sociais, o tipo pensamento lida com as pessoas de acordo com sua classe social e a tradição da
etiqueta; um tipo sentimento lida com os outros em termos dos seus relacionamentos sociais
presentes ou estado emocional percebido9.
Ao analisar as quatro funções durante o desenvolvimento psíquico, Jung6
constatou ainda que uma das funções se diferencia e se torna a função dominante ou a
principal, enquanto outra função se desenvolverá com menos intensidade, tornando-se a
função auxiliar da primeira. As outras duas funções, a terciária e a inferior não se
desenvolverão na consciência, permanecendo, assim, inconscientes. Jung chega a admitir que
a atividade dessas funções, quando se realiza em graus muito desiguais, possa causar
perturbações neuróticas. Se uma função não é empregada, há o perigo de que escape de todo
62
ao manejo consciente, tornando-se autônoma e mergulhando no inconsciente onde vá
provocar ativação anormal5.
Conforme palavras de Jung, o inconsciente é o produto da interação entre o
inconsciente coletivo e o meio ambiente em que o indivíduo cresce. Tudo quanto conheço,
mas sobre o qual no momento não estou pensando; de tudo quanto eu tinha consciência mas
agora esqueci; tudo quanto os seus sentidos percebem, mas que não é notado pela minha
mente consciente; tudo quanto, involuntariamente e sem prestar atenção, sinto, penso,
recordo, quero e faço; todas as coisas futuras que estão tomando forma em mim e que algum
dia virão à consciência; tudo isso é o conteúdo do inconsciente5.
Semelhante a esta tipologia, encontra-se o Eneagrama, que além de apresentar
qual tipo é principal, que seria a “função dominante”, em cada indivíduo, bem como suas
“funções auxiliares” como a Asa desenvolvida, ele também apresenta as “funções terciárias e
inferiores” que corresponderiam ao ponto de integração e a asa não desenvolvida. Estas duas
últimas funções é que procuramos nos centrar, pois é com seu desenvolvimento que surgem
novas habilidades.
Jung conferiu cientificidade às tipologias de personalidade, dando-lhes
credibilidade no meio científico. As tipologias de um modo geral guardam semelhanças, e a
Tipologia Junguiana com o Eneagrama é notório. No entanto a compreensão do modo como
as pessoas utilizam o Eneagrama para desenvolverem suas habilidades vai encontrar
sustentação na terapia breve: Uma psicoterapia breve pode conseguir por meio do
esclarecimento de aspectos básicos da situação do paciente, um fortalecimento da sua
capacidade de adaptação realista de discernimento e retificação, em grau variável de
significações vividas10.
No processo de auto-conhecimento propiciado pelo Eneagrama, a informação
acerca de nós mesmos é o primeiro aspecto. Apesar desta se tratar de fenômenos relacionados
63
ao nosso inconsciente, é o ego que é informado. No âmbito do desenvolvimento da teoria
psicodinâmica do comportamento, a ênfase nas funções egóicas teve uma força reativa dado
que elas constituíam a zona menos atendida por uma elaboração teórica rigorosa. Além disso
porque num primeiro período da conceituação freudiana, essas funções eram vistas como
mais passivas, subordinadas as dos outros dois sistemas, carecendo de uma autonomia que a
experiência clínica foi revelando posteriormente, até forçar o seu reconhecimento10.
No entanto, o ego, como veremos nas entrevistas nos surpreende pela sua
capacidade de apreensão da realidade sobre nós mesmos e da possibilidade de efetuar
mudanças. Como sistemas de funções o ego revela-se dotado de uma maior flexibilidade que
os outros dois, sua flexibilidade potencial contrasta com a inércia atribuída ao superego e ao
id. Essa mobilidade permite verificar fenômenos empiricamente constatáveis e modificações
no comportamento do sujeito que ocorrem em ritmos mais rápidos do que seria de esperar
numa perspectiva que atenda primordialmente a inércia dos outros dois componentes da
estrutura10.
Neste sentido, o sujeito adquire autonomia para lidar com sua própria saúde.
Investigamos, assim, como o Eneagrama pode contribuir no desenvolvimento de habilidades
pessoais em promoção da saúde, uma vez que a Carta de Ottawa preconiza cinco campos de
ação para a promoção da saúde: Elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis;
Criação de ambientes favoráveis à saúde; Reforço da ação comunitária; Desenvolvimento de
habilidades pessoais; Reorientação do sistema de saúde11.
Dentre estas se situa o Desenvolvimento de Habilidades Pessoais (D.H.P.) que
em promoção da saúde significa: Como a saúde não é apenas ausência de enfermidade, os
indivíduos sem evidências clínicas poderiam progredir a estado de maior fortaleza estrutural,
maior capacidade funcional, maiores sensações subjetivas de bem-estar e objetivas de
64
desenvolvimento individual e coletivo. Este é, em essência, o verdadeiro sentido da promoção
da saúde propriamente dita11.
Nosso objetivo assim foi descrever como se dá o desenvolvimento de habilidades
pessoais em promoção da saúde
METODOLOGIA
Estudo descritivo,realizado junto a doze 12 sujeitos que concluíram o curso de
eneagrama durante o ano de 2006. O curso foi desenvolvido em três etapas pelo dirigente da
casa de Formação Comunidade Shalom, cede Fortaleza, aprovada, canonicamente, em janeiro
de 1983, como Sociedade de Vida Apostólica pelo Sr. Cardeal D. Aloísio Lorscheider. Esses
sujeitos faziam parte de um grupo, composto por número variado de pessoas adultas,
provenientes de diferentes bairros da cidade de Fortaleza, e que tinha em comum o fato de se
encontrarem toda primeira quinta-feira de cada mês para dar continuidade aos estudos do
Eneagrama.
A escolha dos sujeitos configura o modo “intencional” prevista como sendo
possível por Lefèvre e Lefèvre12 na situação em que “o pesquisador tem conhecimento das
características do universo a ser pesquisado, mas como se trata de um campo muito extenso,
uma investigação qualitativa integral com toda população seria muito onerosa e trabalhosa”.
Para coletar, processar e apresentar dados discursivos em pesquisa adotou-se, o
Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Para Lefèvre e Lefèvre12, o método permite maior
fidelidade possível ao que foi recolhido nas entrevistas, o que confere uma riquíssima
qualidade ao conteúdo, possibilitando-nos enxergar o desenvolvimento do “eu” coletivo
através do emprego de duas figuras metodológicas, a saber: a idéia central (IC) e as
expressões–chave (ECH).
Foi utilizada a entrevista. Todo material utilizado durante entrevista foi
antecipadamente preparado, como o gravador e o roteiro de entrevista, contendo a seguinte
65
questão guia: 1) Como você está com relação ao seu ponto de integração e a sua asa não
desenvolvida?. A entrevista evoluiu a partir dessas questões, para explorar junto aos
participantes acerca do seu “Ponto de integração” e da sua “Asa” não desenvolvida que
corresponde às habilidades pessoais que podem vir a ser desenvolvidas, lhes possibilitando
um bem-estar com a vida, promovendo assim sua saúde.
As entrevistas foram gravadas e transcritas na íntegra e literalmente, em respeito
ao princípio da fidelidade dos dados coletados. Os encontros respeitaram a disponibilidade
dos entrevistados, de maneira que 7 foram entrevistados no espaço físico da Casa de
Formação, enquanto 5 foram entrevistados em suas residências.
No passo seguinte, as entrevistas transcritas foram organizadas seguindo os seis
(06) passos, descritos em Lefèvre e Lefèvre12.
Dessa forma, no presente trabalho, nossas interpretações, de acordo com a
metodologia utilizada, dão lugar ao empírico, numa valorização do discurso dos sujeitos
entrevistados. Diferentemente de como acontece no formato tradicional de pesquisa, que se
caracteriza pela análise dos dados, é uma previsão do método que o leitor possa encontrar, no
próprio Discurso do Sujeito Coletivo, as respostas acerca dos questionamentos levantados
durante a pesquisa.
Ao trabalharmos com Educação em Saúde, nossa proposta deve ser a de
valorização do saber popular, em que o saber biomédico deve, em última instância, lançar luz
sobre este e não ofuscá-lo, por isso entendemos ser pertinente a utilização do método.
O Discurso do Sujeito Coletivo se compromete com a reconstrução descritiva das
opiniões, fazendo com que esta apareça sem a intermediação do comentário teórico
metalingüístico, preservando sua própria natureza discursiva, bem como sua autonomia como
fato empírico. O DSC representa um “Eu ampliado”, uma tentativa de reconstituir de forma
ampliada uma representação ou um discurso através de uma (primeira) pessoa coletiva.
66
Os aspectos legais desta pesquisa obedecem a Resolução 196/96 da CONEP
(Comissão Nacional de Ética em Pesquisas de 1996), de acordo com parecer nº. 110/06, e
obteve o consentimento dos participantes por meio de assinatura do Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido.
RESULTADOS
Nesse capítulo, os resultados se reportam ao quadro síntese e, portanto, às IC , em
função das quais se disponibiliza os DSC’s, gerado a partir do questionamento: 1) Como você
está com relação ao seu ponto de integração e a sua asa não desenvolvida?
Dados qualitativos - O Discurso do Sujeito Coletivo
Vale “ressaltar que o grupamento A: “Comecei a tomar consciência, um sinal de
transformação” e B: “ Eu estou dando o que eu posso dar e recebendo dos outros o que eles
podem me dar,” subdividem-se em DSC A1 e B1, dos tipos Agressivos e DSC A2 e B2, dos
tipos Condescendentes e Retraídos.
Os DSC A1 e DSC A2 tratam da mesma idéia central síntese explicitada acima,
assim como DSC B1 e DSC B2. No entanto, estão subdivididos, pois se trata de um “Eu”
coletivo que compartilha da mesma idéia, mas que possuem “personalidades” diferentes,
discursando cada um sobre o seu processo de desenvolvimento que é justamente um o oposto
do outro.
Por isto os discursos foram divididos de modo que os tipos que são mais
agressivos e que precisam desenvolver mais a condescendência e o retraimento fossem
agrupados de acordo com seu tipo de personalidade, que foi explicitado pelo próprio
entrevistado, durante a entrevista, e vice-versa, para gerar um todo mais coerente, gerando
assim para o mesmo grupamento de resposta duas qualidades diferentes de discurso.
1ª Questão: Como você está com relação ao seu ponto de integração e a sua asa não
desenvolvida?
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ICA Discurso do Sujeito Coletivo A 1 (Tipos Agressivos) Comecei a tomar consciência, um sinal de transformação! (Crescendo consigo mesmo)
O facilitador... a gente conversou , no mesmo dia do curso, e ele disse: “Te tranqüiliza como o que tu és, não tem como fugir disso...é aceitar e se trabalhar os pontos que não são tão positivos, e a partir daí vai vir o teu crescimento e a partir disso foi que eu comecei a crescer em cima da instrução dele e ao conhecer os meus defeitos eu comecei a trabalhá-los. Na verdade, o meu tipo não gosta muito de perceber limitações nem imperfeições. E perceber isso em mim, não foi nada agradável a princípio, mas me trouxe certo alívio. No começo a vontade que eu tinha era dizer: "Mas tu tem que saber que eu sou assim, por isso, isso e isso!"; Existe essa mania da gente, existe essa vontade de querer justificar nossas falhas, a partir do que a gente descobre, mas, hoje, depois de tanto tempo, também eu percebo que eu já acolho muito mais aquilo que eu sou, não só acolho, como, quando eu vejo alguém do meu tipo sofrendo com essas coisas, a minha primeira vontade é de falar, de estar dizendo " Olha, mas não é assim, não é por aí!"Eu fui cobrada quando criança foi muita responsabilidade, nós somos muitos, então papai e mamãe passaram a dividir o peso com a gente, com os primeiros; e hoje eu acolho isso com mais naturalidade, antes eu tinha revolta, hoje eu já vejo que aconteceu e pronto!Tem que acolher isso aí; e é muito mais fácil hoje em dia acolher essa idéia nova aí. Eu tinha me percebido com uma dificuldade terrível de brincar, de curtir, de ter a minha prioridade de lazer,. É muito mais fácil e agradável, pra mim, trabalhar. Eu percebi, já descobri isso na minha vida com clareza, e, no meu caso, eu preciso é ir atrás de lazer, preciso é desmarcar os compromissos...preciso...e isso não está fácil, eu sempre acho...a gente sempre acha que precisa ser fiel ao que assumiu, e no meu caso, eu sinto que ainda tem muito peso da minha personalidade que precisa ser trabalhada e ir pra esse caminho da minha integração que não é fácil não; é mais fácil eu ir pra minha desintegração, aí é bom demais...aí é ficar sofrendo as dores, se sentindo abandonada, essa coisa toda aí. Hoje quando eu não estou bem quanto eu estou caindo, eu já sei que não estou no meu dia melhor que eu não sou essa, vamos mudar um pouco botar a bola para cima E uma das coisas que a gente aprende no curso é a conversar com esse crítico interno, porque ele tem um julgamento muito severo e faz a gente ser intransigente, radical, dona da verdade. É quando a gente começa a trabalhar para ele não ser tão intransigente com a gente. Aí a gente começa a levar isso para outras pessoas. Parece que tem um chipzinho dentro de mim, eu sou uma pessoa crítica , só que eu me auto-criticava muito pouco, né antes do Eneagrama, eu tenho até que ter cuidado, porque o meu tipo pensa que tem que ser eficiente para
68
ser bom, não é o ser bom para mostrar pro outro, mas o ser bom porque é correto, o que é pra ser mesmo. Assim com relação a integração, eu fico o tempo inteiro: “Acabei de me desintegrar completamente!”. A vontade é de voltar para casa e dormir, mas aí não é assim...: “O que é que deve acontecer”?, “O que é que está acontecendo?”, “Como vai ser melhor?” então assim ,ajuda muito fazer esse exercício sabe, eu acho assim quando você está com vontade de explodir com relação a uma pessoa, um funcionário ou uma pessoa que não é eficiente como o meu tipo gostaria que fosse, é você ter mais tolerância, ter mais paciência, a paciência da minha segunda integração. A disciplina da minha integração, a perseverança, de saber que se hoje não é assim, amanhã a pessoa pode dar conta. Então esse exercício eu faço demais. Eu consigo bastante. Então achei muito válido a nível de crescimento individual...eu sempre percebi assim, porque o curso é de auto-conhecimento, eu não estou fazendo o curso nem fazendo as etapas pra te entender, acho que isso tem que ficar bem claro desde o primeiro momento que a gente fala: " Eu estou fazendo pra me conhecer melhor, aí eu me conhecendo,eu posso tentar me trabalhar um pouco"; Aí, lógico, se eu me trabalho, lógico que a minha relação contigo vai melhorar ou vai, pelo menos, modificar, acredito que não vai ser pra pior, né, porque a pessoa vai criando gosto, vai descobrindo as dificuldades dela e tal. E eu acho que ninguém, quer descobrir coisas pra ficar pra trás, a gente quer descobrir pra crescer, né?.Ainda hoje eu percebo que tem muita coisa assim...transformada, mas o bonito é perceber que o Eneagrama vai te dando dicas pra isso, né, Já consegui...já consegui relaxar! Quando a coisa começa a pesar, já consegui muito da integração, né, do deixar...do deixar acontecer, vou fazer o que me é possível fazer, sem cobranças,sem...já consigo de vez em quando brincar com minha cobrança interna, já consigo deixar ela um pouquinho de lado, e isso é muito positivo, né, assim, dá uma sensação de...as pessoas já começam, principalmente a família, eu acho que a mudança vai acontecendo quando a tua família começa a dizer: " Não!!!Tu já tá muito diferente!"; porque a família é onde a gente se expõe com maior...mais clareza, assim, sem máscaras, sem ...sem...pronto, sem nada pra omitir aquilo que a gente é. E em casa, meus irmãos já dizem "Não!!! Tu já mudou demais!", né...então, isso é bem agradável. E eu percebo que as minhas atitudes já são diferentes, que o meu jeito de fazer já é diferente, e isso eu estou conquistando a partir da asa não desenvolvida, por isso que é preciso desenvolver sim, essa idéia de ser mais serena, do ficar mais tranqüila, do deixar, de ser da paz mesmo, do pegar o melhor da asa não desenvolvida. Deixar tudo acontecer no seu tempo, sem muita pressa, sem muito estresse, isso não é fácil, pro meu tipo! Então...que é altamente visceral, não é fácil...O meu tipo geralmente ajuda com interesse!Isso é muito bonito, ir pra minha asa não desenvolvida me dá tranqüilidade, paz de espírito, quando eu procuro desenvolver a minha asa menos desenvolvida.
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Assim os dois caminhos eu acho muito válido, mas em situações de crise situações de dúvida, seja quais forem eu penso muito, no que minha integração faria, se tivesse no meu lugar, eu penso muito nisso, mas eu também penso muito na asa não desenvolvida acho que os dois caminhos são bons.
IC A Discurso do Sujeito Coletivo A 2 (Tipos Condescendentes e Retraídos) Comecei a tomar consciência, um sinal de transformação! (Crescendo consigo mesmo)
No caminho do Eneagrama, nos cursos, nas etapas, foi um negócio que foi um processo difícil, você reconhecer, começar a respeitar, porque as pessoas da personalidade da asa reprimida sofrem com o meu tipo, ele cai em cima, escarra mesmo. Então primeiro foi um processo de respeito, de ver a dignidade do outro, aprender com essas pessoas e eu acho que, hoje em dia está...nos entendemos. A minha asa não desenvolvida, né, eu acho que a gente se entende, essa parte. Hoje em dia eu já estou bem maduro com relação comigo mesmo, né, baixei a bola da minha asa desenvolvida. Nesses dias eu tenho prestado muita atenção quanto a isso e...o que...de concreto que eu tenho conseguido até agora é toda vez que eu me vejo divagando, né, chamar ao eixo, né, aí dá pra...é o que eu tenho feito até agora!Vou experimentar também no fim de cada dia fazer um balanço de qual...no dia, quanto eu estou desintegrado ou integrado, né,pra fazer esse balanço e tentar corrigir. Olha...eu gosto muito de ser do meu tipo, até porque a forma que a gente lida, com estresse, com a tensão, o que me incomoda é mais a questão da desintegração que é uma coisa muito forte, que é você se omitir, as vezes, evitar conflitos, dificuldade pra tomar certas decisões, dificuldade de se confrontar, de discordar. Mas depois que eu comecei a tomar consciência, a coisa começou a surtir efeito em mim, eu era muito submisso e agora eu não sou mais, eu estou me expressando, estou me descobrindo... eu acho que estou desenvolvendo minhas asas, minha asa não desenvolvida é muito reprimida, e agora eu vejo que as vezes manifesto uma irritabilidade, as vezes, alem do normal, mas não está me incomodando, eu acho que eu ainda preciso melhorar muito, mas eu acho que estou caminhando. É...eu vejo que...é uma coisa boa pra mim, eu vejo que...que eu posso através desse ponto, pegar a melhor coisa da minha integração. Eu vou tentar me integrar Eu acabo mais o medo, né?...eu pego...vivo mais dentro do grupo, falo mais e...isso ajuda muito parte do meu trabalho também, né?E aí eu me sinto mais a vontade, certo, já me sinto mais a vontade, já mais livre...mais livre pra poder falar e...acho que essa ousadia da minha integração, né, essa vaidade da minha integração, de pegar e não está nem aí, né...ajuda...de se expor e falar. E saindo do ponto de desintegração,né, que é o medo. E hoje em dia eu boto o olho nos meus estudos, no meu trabalho, eu acho que é onde eu consigo vê
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mais...eu acho que o crescimento, no Eneagrama, ele rebate muito, assim, na questão profissional, assim, é muito importante, pra mim, né, que é o cara que o ruim dele é a desorganização, a falta de compromisso, então, o meu tipo, principalmente, você vai crescendo no Eneagrama e vai aprimorando o seu potencial profissional, acho que isso é muito importante para as pessoas do meu tipo, eles se tornarem responsáveis, competente e...responsável, pra não precisar falar um bocado de coisa. E abraçando a sua asa não desenvolvida, você começa a ser mais conciso naquilo que você fala, porque você vai batalhar e vai atrás de ler tudo e tal... É difícil, não é fácil treinar essa auto-disciplina, essa coisa de ser rígido. Aí eu descobri que era porque eu admirava muito aquelas características da minha integração, eram coisa que eu queria ser, e coisas que ás vezes eu não era, eu tinha muita coisa da minha integração, mas depois que eu fui vê que era meu ponto de integração...é tanto que eu boto na minha cabeça que eu sou do tipo da minha integração, pra ser mais disciplinado, de não ficar parado, de ter que fazer uma coisa e resolver logo e não deixar pra depois. É aquilo que eu te disse, não sou eu, é uma máscara que...foi o que eu compreendi do Eneagrama...que é apenas uma máscara pra poder viver na sociedade. Acho que o tipo, o meu tipo ele é um tipo que tem a sua ferida, né, no começo de tudo, naquela questão do abandono, da sensação de não ser amado, e é muito importante. Ah, ele vive numa ilusão,em um jogo, porque ele tem essa ferida, e essa ferida vai condicioná-lo a viver em um jogo de auto-valorização, de independência, de coisas que é tudo fachada, tudo mentira, então ele vai chegar ao ponto de até se sentir mais que algumas pessoas, querer ser mais que algumas pessoas, agredir outras pessoas, mas na verdade ele tem uma coisa que é essa sensação do abandono, que é a ferida original, né, e no processo Eneagrama, é muito importante você...você vai tomando consciência disso tudo, né, é muito difícil...pra mim foi né, quando caiu a ficha, que o caminho do Eneagrama vai mostrar seu tipo, no começo eu "Vixe Maria!!!!", mas com o tempo assim...você vê que isso é bobagem, e que a proposta...o caminho, realmente, não é abandonar a personalidade, né? É abandonar aquelas coisas que te fazem ruim, que te fazem...que são ilusórias, que são máscaras e...as agressões que você consegue fazer com as outras pessoas, e uma coisa que foi muito boa pra mim, Então, o Eneagrama te dá essa contemplação é você querer mudar isso tudo, você pode fazer muita coisa sozinho, mas é fundamental essa experiência da ferida, porque ele vai experimentar, vai compreender porque ele foi abandonado, vê que as pessoas, de repente, não tinham culpa, ele vai compreender, né, que a ferida, ela é formada porque você não tem maturidade pra compreender o que está vivendo, aí você não sabe nem porque você se sente machucado e ferido, e a ferida vai ficar pra sempre, né?. Aí você volta naquele momento, compreende e tal e reescreve a história que aconteceu com a sua mentalidade (de hoje) e isso te ajuda a
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crescer espiritualmente. Está me ajudando nesse ponto de pegar e vê as dificuldades, e pegar e vê um ponto de luz, sabe? Procurar uma luz. Abriu os olhos pra mim, abriu o olho, pra mim, mas eu volto pra aquela dificuldade do conflito e abriu olho, assim, abriu meus olhos pra eu poder ver a realidade, poder ver os meus defeitos, ver as coisas, pra que eu possa tentar de algum jeito, que eu estou vendo, estou trabalhando, né, através do meu tipo, desse ponto de integração, que ajuda muito, pra poder esse crescimento, né, eu vejo o Eneagrama como um sinal de transformação. Agora é incrível como cada pessoa tem o seu tempo mesmo porque você precisa querer muito, minha esposa fez a primeira e a segunda fase.Então assim é incrível fico tentando incentivá-la, a vir, sem forçar a barra , porque se forçar a barra ela estoura, né vai para a desintegração,mas ela foge do Eneagrama ela não lê, não aplica, eu fico tentando mostrar, olha como isso tem a ver com o teu tipo numa conversa, de leve, mas é incrível só funciona quando a pessoa quer, eu acredito nisso, quando surge uma necessidade quando ela sente um desconforto que ela deve sentir melhorar e eu acho que eu sentia isso, em melhorar algumas coisas ou pelo menos dominar o que tem de ruim ou pelo menos tentar dominar, então o Eneagrama ajudou muito nesse sentido.
IC B Discurso do Sujeito Coletivo B 1 (Tipos Agressivos) Estou dando o que eu posso dar e, também, recebendo dos outros o que eles podem dar. (Crescendo na relação com o outro)
Eu acho que centrar no ponto de integração e desintegração é o caminho mais fácil e mais rápido pra mim. Depois que eu descobri minha asa menos desenvolvida, eu comecei a perceber as minhas dificuldades, às vezes, aí comecei a ver: "Olha, tá vendo, eu não sou tão tranqüila ", que eu poderia criar essa tranqüilidade ou ir aprendendo, com a asa mais desenvolvida, mais a tranqüilidade, mais calma, a gente escuta menos do que...do que dá, né...do que diz, porque a personalidade a minha personalidade tem muito aquela coisa de, como ela tem razão, o outro pode falar,mas ela sempre acha que a opinião dela prevalece. Então, agora eu consigo escutar mais um pouco, e consigo até questionar. Tipo: "Não, gente...eu vou vê essa posição sua é melhor, vou revê a minha"; e assim,eu me sinto livre, pra dizer: "Olha, a minha posição não é a posição mais coerente, e agente pode optar por essa e ver com todo mundo e tal"; antes eu não faria isso, eu não diria não, nunca diria que a minha opção, que a minha posição tava errada, ora, pois, vou dar o braço a torcer por quê?, Né! Mas hoje eu já percebo que não, não precisa, entendeu; eu não vou deixar de ser eu mesma, e nem vou deixar de ter toda a força que eu tenho interior, a vontade de
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crescer, por dizer que eu...sei lá... que eu me enganei, que eu errei, que eu falei uma coisa que realmente não era por aí. Então, eu acho que foi criando um pouquinho mais de linha dentro de mim, de pegar o fio condutor , né, interior...isso está valendo a pena muito. A princípio eu percebi uma grande... pra mim foi uma grande evolução, porque, antes, eu tinha muito da questão da minha personalidade, aquela coisa de perfeccionismo, achar que está cheio de razão, e de que o outro é que não está vendo a mesma visão, você acha que todo mundo tem a sua visão, e de explodir, aquelas coisas todas que tem do meu tipo , eu já vi que muita coisa já...pra mim, já modificou, então, hoje eu já tenho mais consciência, que eu não tenho que reagir diante das situações; então, se você fala alguma coisa pra mim que eu ficava chateada, pronto, aquilo já era um motivo pra eu ficar chateada com outra pessoa, se essa pessoa não fizesse uma coisa que eu estava esperando, eu ficava chateada, já ficava fechada, às vezes implicava, mas era raro, era aquela coisa do efeito panela de pressão,né, enchia, enchia, enchia, e depois explodia com uma coisa tão pequenininha que não tinha nada a ver eu estar com raiva e tal. Então, hoje eu não tenho mais essa dinâmica tão forte, eu não fico esperando pra explodir nada, eu digo, mas, também, quando digo, digo de uma forma tão mais calma, que até eu fico assim: "Olha, interessante!"; de conseguir falar. A questão do perfeccionismo, pra mim, acho que amenizou muito, antes eu tinha uma tendência a...”Tem que está limpo!”; ”Tem que está assim!”; “Foi assim, foi combinado!”; “Tem que ser, tem que se cumprir!”; Lógico, eu acredito que todas as normas que foram colocadas, as coisas que a gente combina, a princípio, nós vamos cumprir, mas nada pra...acima das pessoas. Essa coisa de levar a vida com mais leveza, então... eu me percebo mais integrada, não sei se os outros percebem, espero que eles percebam. “Se o filhinho fez dever de casa, se a filhinha foi pro balé?”...relaxa...o povo vai fazer porque gosta, porque assumiu,né; não adianta nada eu ficar cobrando de uma pessoa a vida inteira, uma determinada coisa que ela mesma não assumiu, né? É lógico que você tem que no início, sobretudo quando é criança, você dá os primeiros empurrões, mas depois a pessoa vai criando um ritmo,ela vai descobrindo. Então eu me percebo mais integrada assim. Isso está melhorando na minha saúde, e também na relação com meus colegas, estou compreendendo melhor, já não estou exigindo como exigia, mas...estou dando o que eu posso dar, e também recebendo dos outros o que eles podem dar. Antigamente eu era uma pessoa muito melancólica, e quando eu tinha essa desintegração, então e pintava e eu achava o máximo, um amigo meu dizia eu não te entendo quando as pessoa tão triste elas querem sair, e se divertir, aí eu dizia , olha você não entende, você não sabe o que eu estou fazendo eu estou transformando minha dor em arte. E um dos maiores impactos que eu tive no Eneagrama foi que eu não devia fazer isso, quando eu estivesse entrando nesse estado de melancolia de achar que não tinha mais
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jeito, que o crítico fala dizendo: “Você é ma idiota faz sempre do mesmo jeito, você atrapalhou tudo!”. É muito bom; mas quando estou desintegrado... é...aquele mimado, né, aqueles vícios de deitar, dormir, deixar minhas coisas rolar, e os problemas acumulavam cada vez mais; então, eu ia pra minha desintegração, sentia, talvez, menos, sentia confusão! Então, dava um branco sempre que tinha que expressar algum trabalho. O tipo da minha integração é um tipo,assim que eu me dei muito bem, me dou muito bem com a integração, é...da minha integração que eu tenho...talvez esteja desenvolvendo... como um amigo disse que eu estou um pouco discreto, as pessoas estão queixando muito que eu estou muito discreto, os alunos na escola dizem que eu não estou falando mais, aqui, diz que eu estou mais quieto; está se desenvolvendo, imagino, ser da minha integração. No Eneagrama me disse que eu deveria fazer como o tipo da minha integração faz, mas eu não conseguia nada nessa fase (difícil da minha vida), não conseguia ir pro cinema, mas aí eu comecei a me programar e coincidiu com minha pressão alta e o médico disse que eu tinha que fazer um exercício, e eu descobrir a dança de salão e descobrir Deus na alegria, porque até então eu encontrava Deus no trabalho ou no trabalho de casa , fazendo as minhas coisa, ou ajudando uma pessoa. Eu experimentei Deus na Alegria, sem me preocupar com nada, eu me sentia livre com movimentos abertos e espontâneos, nem na adolescência eu me percebi leve e entendi o que era ser livre e encontrar Deus na alegria. Eu comecei a criar mais intimidade, mais toque com os outros, antes eu nem chegava a tocar, só verbal, só mandava, só cumpria; agora, já desenvolvi a asa não desenvolvida, porque eu comecei a tocar as pessoas, abraçar e a ter mais carinho pelas pessoas, então eu criei mais intimidade com as pessoas, tive mais amigos, antes, os amigos já era pra um determinado fim.
IC B Discurso do Sujeito Coletivo B 2 (Tipos Condescendentes e Retraídos) Estou dando o que eu posso dar e, também, recebendo dos outros o que eles podem dar. (Crescendo na relação com o outro)
Com relação à integração é parecido, né? Com relação à asa, precisa redimir, primeiro começa com aquela questão do respeito e eu tive uma ajuda muito grande com minha namorada, ela é da personalidade da minha integração, então, a nossa vivência...porque a gente além de ser namorado, ter essa parte amorosa, a gente também trabalha juntos, é engajado em um projeto que a gente acredita, né! É uma oportunidade de estar junto com ela e desenvolver... Vendo ela fazendo, a forma dela trabalhar e o de outras pessoas também, e acolher isso que é meu também, não é só de mim, é de tudo mundo, os tipos são de todos, você tem que aprender com todos e crescer.Para mim,foi muito
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importante essa vivência com ela e hoje em dia está...também nos entendemos. Estou crescendo muito, quando você toma conhecimento você aprende a lidar com isso. Eu não consigo mais deixar de falar as coisas que estão me incomodando, as coisas que me incomodam eu estou expressando. Eu sinto que eu já tenho um pouquinho da asa não desenvolvida que eu já não engulo tanto, eu já não sou assim tão reprimido, eu não sou muito de engolir, eu sou de botar tudo pra fora, então eu sinto que já tenho uma asinha mais desenvolvida.
ANÁLISE DOS DADOS
Aprofundaremos agora naquilo que seria o modo como os participantes do curso
se utilizam deste conhecimento, desenvolvendo habilidades pessoais.
Esse processo acontece de duas formas: com a auto-observação de suas atitudes e
da tentativa de desenvolvimento (crescendo consigo mesmo) que gerou o Discurso do sujeito
coletivo A: ”Comecei a tomar consciência um sinal de transformação” e na relação com o
outro, na assimilação de novas atitudes, que gerou o B: ”Eu estou dando o que eu posso dar e
recebendo dos outros o que eles podem me dar”. Ambas apontam para a forma que eles estão
desenvolvendo suas habilidades pessoais.
Não se trata aqui de qualificar em certo ou errado o modo como cada pessoa
escolheu o seu caminho, na verdade fala muito mais de qual centro do Eneagrama você está e
qual você está tendo que desenvolver.
Por isto os discursos foram divididos de modo que os tipos que são mais
agressivos e que precisam desenvolver mais a condescendência e o retraimento foram
agrupados e vice-versa para gerar um todo mais coerente, suscitando assim para o mesmo
grupamento de respostas duas qualidades diferentes de discurso.
Desta forma, o grupamento A: ”Comecei a tomar consciência, um sinal de
transformação” e B: “Eu estou dando o que eu posso dar e recebendo dos outros o que eles
podem me dar” subdividem-se em A1 e B1 DSC dos tipos Agressivos e A2 e B2 DSC dos
tipos Condescendentes e Retraídos.
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Analisaremos agora o grupamento A1 e A2.
O primeiro passo para a transformação utilizando o Eneagrama, que levaria a um
desenvolvimento, é aceitação, esta pode aparentar inicialmente um determinismo, uma
resignação, um enquadramento e rotulação de personalidade, uma vez que se trata de uma
tipologia de personalidade, no entanto esta trata-se de uma visão errônea, na medida em que o
conhecimento das nossas determinações inconscientes, que independem da nossa vontade ,
assim com existem ciclos na natureza, como verão, outono, inverno, primavera; dia e noite, o
ser humano como parte desta não está livre, no entanto é a sua aceitação que possibilita a
transformação, não sem dificuldade, mas ajudando a reencontrar com forças que até então
permaneciam ocultas e reprimidas.
E este processo é justamente desenvolver outras personalidades que ficaram
subdesenvolvidas em detrimento de outras que foram mais exigidas, e que por sua vez
tornaram-se a personalidade principal da pessoa, mas que com o tempo esta, que foi
fundamental num dado período da vida, passa ela mesma, paradoxalmente, a aprisionar este
indivíduo que se acomoda a ela, não encontrando outras respostas para novas situações.
Acabando ele mesmo se tornando vítima dele mesmo, esquecendo-se assim que existe dentro
de outras habilidades que foram devido a um contexto próprio reprimido.
Em 1921, Jung trouxe uma contribuição fundamental para o entendimento da
tipologia humana, ao escrever um de seus mais importantes trabalhos, o livro “Tipos
Psicológicos”, fruto de mais de 20 anos de observação e do exercício da Medicina
Psiquiátrica e da Psicologia Prática. Na concepção de Jung:
Tipo é uma disposição geral que se observa nos indivíduos, caracterizando-os
quanto a interesses, referências e habilidades. Por disposição, deve-se entender o estado da
psique preparada para agir ou reagir numa determinada situação6. Ainda segundo Jung:
Tipo é um aspecto unilateral do desenvolvimento6.
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Ao analisar as quatro funções durante o desenvolvimento psíquico, Jung (1971a)
constatou ainda que uma das funções se diferencia e se torna a função dominante ou a
principal, enquanto outra função se desenvolverá com menos intensidade, tornando-se a
função auxiliar da primeira. As outras duas funções, a terciária e a inferior, não se
desenvolverão na consciência, permanecendo, assim, inconscientes. Jung chega a admitir que
a atividade dessas funções, quando se realiza em graus muito desiguais, pode causar
perturbações neuróticas.
Se uma função não é empregada, há o perigo de que escape de todo ao manejo
consciente, tornando-se autônoma e mergulhando no inconsciente onde vá provocar ativação
anormal14.
Conforme palavras de Jung, o inconsciente é o produto da interação entre o
inconsciente coletivo e o meio ambiente em que o indivíduo cresce.
Tudo quanto conheço, mas sobre o qual no momento não estou pensando; de tudo
quanto eu tinha consciência mas agora esqueci; tudo quanto os seus sentidos percebem, mas
que não é notado pela minha mente consciente; tudo quanto, involuntariamente e sem prestar
atenção, sinto, penso, recordo, quero e faço; todas as coisas futuras que estão tomando forma
em mim e que algum dia virão à consciência; tudo isso é o conteúdo do inconsciente15.
Semelhante a esta tipologia, temos o Eneagrama que apresenta qual tipo é
predominante em cada indivíduo, bem como suas funções auxiliares e não desenvolvidas, ele
apresenta também quais outros tipos, que ao mesmo tempo pertencem a você em potencial,
mas que ao serem visualizados nos outros podem trazer um crescimento ou uma estagnação.
Este ele denominou de ponto de integração e desintegração asas desenvolvidas e não
desenvolvidas.
O Eneagrama por se configurar como um curso, dentre várias características de
rápida duração, encontra sustentação na psicologia nos princípios da terapia breve:
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Empregamos o termo “breve” pela difusão que alcançou e na falta de outro mais adequado.
Mas é um termo equívoco, visto que as razões para entender que o essencial dessa
psicoterapia não está em sua brevidade, mas talvez em seu caráter multidimensional: pode-se
pensar que só por esta capacidade de ação múltipla que se pode atingir certos objetivos em
prazos limitados. “Breve” alude a limitação temporal, mas à custa de sugerir pobreza,
escassez e omitir aspectos quantitativos próprios desta psicoterapia que lhe conferem certa
riqueza de matizes não-desprezível. Além disso, encobre o fato de que é possível trabalhar
eficazmente com essa modalidade terapêutica em períodos de tempo não tão breves10.
Da perspectiva dos processos de pensamento, a mencionada dualidade funcional
da personalidade se exprime pela coexistência contraditória de um pensamento derivado de
impulsos e, de um grau variado de um pensamento com capacidade, instrumental de
adaptação capaz de intervir na organização do comportamento, favorecendo seu ajuste às
condições da realidade objetiva10.
Capacidade de pensamento que em determinadas condições assume o caráter de
dominante funcional. Hartmann (1961) enfatizou a importância desta capacidade adaptativa
do pensamento e seu papel organizador do comportamento, criticando certa tendência
unilateral do pensamento psicodinâmico a compreender todo o comportamento intelectual em
termo de defesa contra impulsos, reduzindo-se, por exemplo, toda razão à racionalização.
O Eneagrama assim como: [...] uma psicoterapia breve pode conseguir, por meio
do esclarecimento de aspectos básicos da situação do paciente, um fortalecimento da sua
capacidade de adaptação realista de discernimento e retificação, em grau variável de
significações vividas [...]10.
Jung afirmou sobre isso: Nossos esforços no sentido de fortalecer o ego debilitado
partem da ampliação de seu autoconhecimento, sabemos que isso não é tudo mas é o
primeiro passo5.
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No âmbito do desenvolvimento da teoria psicodinâmica do comportamento, a
ênfase nas funções egóicas teve uma força reativa dado que elas constituíam a zona menos
atendida por uma elaboração teórica rigorosa. Além disso, porque num primeiro período da
conceituação freudiana, essas funções eram vistas como mais passivas, subordinadas as dos
outros dois sistemas, carecendo de uma autonomia que a experiência clínica foi revelando
posteriormente, até forçar o seu reconhecimento10.
Como sistemas de funções o ego revela-se dotado de uma maior flexibilidade que
os outros dois, sua flexibilidade potencial contrasta com a inércia atribuída ao superego e ao
id. Essa mobilidade permite verificar fenômenos empiricamente constatáveis e modificações
no comportamento do sujeito que ocorrem em ritmos mais rápidos do que seria de esperar
numa perspectiva que atenda primordialmente a inércia dos outros dois componentes da
estrutura10.
O enfoque egóico recorta então aspectos dotados de uma particular flexibilidade
e permeabilidade a influência de mudanças múltiplas, oferecendo assim uma base para
compreensão da ação terapêutica, em prazos breves e médios, de uma diversidade de
recursos corretivos10.
Como podemos perceber nos discursos quando os participantes começam a utilizar a
razão e o ego: “percebo quando estão caindo” (DSC) ou mais especificamente “parece que tem um
chipizinho dentro de mim” (DSC): O ego idealmente plástico tem de possuir a capacidade de
dissociar-se, do observador sem participar e, assim, perceber totalidades com detalhes
distinguíveis no âmbito dessas totalidades (percepção microscópica: o Ego se reduz e o
objeto se amplia) 10.
Atentando sempre para quando estão se integrando e desintegrando, começa-se a
se fazer este exercício mental como foi dito “Ih! Acabei de me desintegrar completamente!”
(DSC). Se traduz essa experiência com um exercício em nível de ”crescimento individual”
(DSC). O “Enagrama vai te dando dicas” (DSC) a ponto de a “família perceber” (DSC).
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Ele coloca a família como um referencial de mudança, pois se você consegue operar
mudanças significativas diante daquelas pessoas que muitas vezes mais o conhecem e /ou no
lócus onde se possui uma maior rigidez, mostra-se que ele consegue operar alguns resultados
de transformação e desenvolvimento de habilidades através das asas e dos pontos de
integração e como ele sugere os “dois caminhos são bons”, vai depender de onde ficar mais
fácil, para cada um, começar.
E ainda utilizando a razão num processo individual “consigo mesmo” ocorre a
compreensão de que a “personalidade se trata de um máscara”(DSC), que surge com uma
“ferida na infância”(DSC) , esse conhecimento permite aos poucos, e dependendo da
disponibilidade, ir tomando consciência (DSC).
Para Jung, mostrar disposição significa: Estar disposto para algo determinado,
ainda que esse algo seja inconsciente6.
Através de insight ou do popular “cair a ficha” (DSC), possibilitando uma
resignificação da sua história de vida “reescrevendo”(DSC), funcionando assim como um
“sinal de transformação” (DSC) em busca do desenvolvimento de habilidades pessoais.
Não que este conhecimento garanta a transformação, mas agora com este
conhecimento e diante de algum momento difícil da vida em que se depare com estas
questões ele já sabe o porquê, e a partir daí pode, no mínimo, abrir portas para este iniciar um
processo de crescimento e desenvolvimento através de algum outro processo, salvo se este
mesmo já não for suficiente, dependendo das circunstâncias, da necessidade, sensibilidade e
força de vontade do indivíduo.
Analisaremos o grupamento B, daqueles que diante do questionamento de como
estavam em relação ao ponto de integração e asa não desenvolvida optaram como forma de
crescimento a relação com outro, como o melhor caminho para DHP.
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Os pontos de integração e desintegração e asas apontam para o outro, para a
relação com o caminho de aprendizagem, o segredo para o desenvolvimento e uma:
Conquista de maior ajustamento e gratificações nas relações interpessoais, por uma ruptura
de estereótipos prévios, emergência de um nível de comunicação mais eficiente, maior
discriminação entre o próprio e o alheio, maior interação, maior adequação das exigências
dirigidas a si mesmo e aos outros10.
No entanto, por mais que o processo seja individual, essa experiência acontece em
grupo e já podemos perceber como este processo de auto-conhecimento aos poucos insinua
para aquilo que seria um processo grupal, e ou fortalecimento de uma ação comunitária.
Lembrando que uma ação em saúde coletiva, no sentido de promover saúde, não
necessariamente precisa acontecer em grupo, ela pode acontecer de maneira individual tal
qual preconiza a Carta de Ottawa.
Destacando na promoção da saúde seus papéis de defesa da causa da saúde, de
capacitação individual e social para saúde e de medição entre os diversos setores envolvidos,
a Carta de Ottawa preconiza também cinco campos de ação para a promoção da saúde:
• Elaboração e implementação de políticas públicas saudáveis;
• Criação de ambientes favoráveis à saúde;
• Reforço da ação comunitária;
• Desenvolvimento de habilidades pessoais;
• Reorientação do sistema de saúde11.
É desta forma que o Desenvolvimento de habilidades pessoais encontra
sustentação para que possa acontecer.
Aumentar a capacidade da comunidade e fortalecer os indivíduos – implica
ampliar a capacidade das pessoas para ação e as dos grupos, organizações ou comunidade
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para influir nos fatores determinantes da saúde, o que exige educação prática, capacitação
para a liderança e acesso a recurso11.
Por isto que o curso de Eneagrama ao possibilitar o Desenvolvimento de
Habilidades Pessoais torna-se assim uma estratégia importante no campo da Promoção da
Saúde.
O “desenvolvimento de habilidades e atitudes pessoais” favoráveis à saúde em
todas as etapas da vida encontra-se entre os campos de ação da promoção da saúde. Para
isto é imprescindível a divulgação de informações sobre a educação para a saúde, o que deve
ocorrer no lar, na escola, no trabalho e em qualquer espaço coletivo. Diversas organizações
devem se responsabilizar por tais ações. Este componente da Carta de Ottawa resgata a
dimensão da educação em saúde embora aqui também avance com idéia de empowerment,
agora no plano individual, ou seja, o processo de capacitação “aquisição de conhecimentos”
e de consciência política propriamente dita11.
CONCLUSÃO
Os resultados obtidos através das entrevistas são contundentes ao expressar o modo
como os sujeitos coletivos desenvolvem suas habilidades pessoais em promoção da saúde.
Esse processo acontece de duas formas: com a auto-observação de suas atitudes e da
tentativa de desenvolvimento (crescendo consigo mesmo) que gerou o Discurso do sujeito
coletivo A: ”Comecei a tomar consciência um sinal de transformação” e na relação com o
outro, na assimilação de novas atitudes, que gerou o B: ”Eu estou dando o que eu posso dar e
recebendo dos outros, o que eles podem me dar”.
Nestes termos, a psicologia Junguiana nos ajuda a compreender a teoria
Eneagramática. Mas, diante dos DSC, infere-se que o Eneagrama, encontra sustentação no
modo como se dá o processo de desenvolvimento de habilidades pessoais, na Terapia Breve,
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na medida em que estes, em virtude do processo educativo ao qual foram submetidos e das
informações que agora possuem sobre si mesmos, se utilizam da razão, da auto-observação e
da relação com outro, para, de acordo com a própria necessidade, por em prática.
Através do Sujeito coletivo, podemos perceber que o Eneagrama, como uma
tipologia dinâmica da personalidade, contribui para o desenvolvimento de habilidades, uma
vez que possibilita aos sujeitos que dele tem conhecimento tornarem-se mais conscientes de si
mesmos e da sua relação com outro, promovendo uma transformação, uma nova postura
diante da vida e da própria saúde.
Conclui-se, por fim, que o processo de autoconhecimento para acontecer depende
do amadurecimento do sujeito, do conjunto das experiências que ele adquiriu (como o curso
de auto-conhecimento em Eneagrama), da necessidade, da sua predisposição para se conhecer
e se desenvolver, e do modo como ele pretende desenvolver suas habilidades: quer seja
consigo mesmo ou na relação com o outro.
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15. Stevens, A. Jung: Vida e pensamento. Petrópolis: Vozes; 1990.
84
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ouvir as pessoas discursando sobre seu processo de autoconhecimento foi uma
experiência extremamente reveladora, na medida em que pude perceber como uma estratégia
pautada na educação pôde propiciar um conhecimento que, dependendo da disposição do
sujeito, pode ser transformador e que no mínimo é elucidativo acerca de si mesmo. Tal
lucidez vai possibilitando ao sujeito repensar a relação com a sua própria saúde, prevenir o
aparecimento de algumas doenças, através de uma consciência dos seus mecanismos de
defesa que poderiam levar a somatizações.
Para além disso, o sujeito pode também melhorar o seu bem-estar físico, psíquico
e espiritual através do autoconhecimento promovendo sua saúde. Essa promoção, dá-se
através do desenvolvimento de habilidades pessoais que existem dentro do sujeito, mas que
até então permaneciam reprimidas e que afloram por meio dos caminhos de crescimento
propostos pelo Eneagrama. Este encontrou balizamento científico no campo da Psicologia,
nos referenciais da Tipologia Junguiana e nos fundamentos da Terapia Breve.
Acreditamos que o Eneagrama encontra também sustentação no campo da saúde
coletiva, nos pressupostos da Promoção da Saúde e mais especificamente na Educação em
Saúde, na medida em que esta sugere que ocorra uma valorização do saber popular, e o
Eneagrama se configura como um saber popular milenar. Este campo sugere também uma
clareza na comunicação entre o profissional de saúde e a população. O Eneagrama se
enquadra nessa proposta, pois conjuga profundidade em seus conhecimentos e facilidade na
sua compreensão. Possibilita, assim, ao sujeito tomar consciência de um saber do qual ele
pode se apropriar, não gerando dependência do vínculo com o facilitador. Apropriando-se
desse saber ele pode ter autonomia sobre aquilo que lhe é mais íntimo, a saber: sua própria
saúde.
85
Sobre a utilização da metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo, de início me
deparei com o primeiro desafio, qual seja: valorizar a experiência dos entrevistados. Essa
metodologia se torna adequada ao trabalharmos dentro da promoção da saúde, pois esta se
propõe a valorizar o saber da comunidade. No entanto, em muitas de nossas pesquisas,
realizamos um trabalho educativo com vistas a valorizar o saber popular, no entanto, em
nossos relatórios científicos, não conseguimos nos abster de uma postura hegemônica da
prevalência do saber biomédico sobre o saber popular, quando propomos utilizar um
“metadiscurso”,os “referenciais teóricos” para analisarmos os dados, ficando, no mais das
vezes, em segundo plano, o discurso propriamente dito.
Durante o processo de construção desta dissertação, o momento mais doloroso e
ao mesmo tempo mais valoroso foi diante do formato de análise teórica.Estas haviam sido
formatadas inicialmente em justaposição com os discursos, no entanto, compreendendo que a
proposta da metodologia do DSC era a de valorizar os discursos dos entrevistados, tivemos
que propor um novo formato. Destacamos assim, os resultados para uma posterior análise.
Neste momento nos percebemos diante de um desafio: descermos do “pedestal” que o
discurso científico nos coloca e darmos luz ao discurso do sujeito. Momento este simbólico na
medida em que o sentimento era de luto diante da valorização das construções científicas e
concomitante de um paradigma biomédico, no qual fomos formados. Para só então, depois de
um tempo, perceber que estava, assim, possibilitando o surgimento de um pesquisador e um
profissional mais coerente com a proposta da Promoção da Saúde.
86
REFERÊNCIAS
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ZACHARIAS, J.J.M.. Entendendo os tipos humanos. Paulus, Série Entendendo, 1995.
88
APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA
1ª PARTE: Identificação
1. Nome fictício: ___________________
2. Número da entrevista: _____________
3. Gênero: ( ) Masculino ( )Feminino
4. Data de Nascimento:
5. Idade:
6. Local de Nascimento:
______________
7. Estado Civil: Casado ( ) Separado( )
Viúvo ( ) Solteiro ( )
8. Com quem você mora?
9. Escolaridade:
a) Sabe ler e escrever? ( )Sim ( ) Não ( ) Não
b)Fez até que série?_________________
10.Ocupação: ______________________
11.Freqüenta alguma igreja ou outro lugar
espiritual? Sim ( ) Não ( ) Qual? ________
12. Participa de algum outro grupo? Sim ( )
Não( ) Qual? _______________________
13. Quantas pessoas moram na sua casa?
14. Qual a renda familiar?
a) 0 a 2 salários b) 2 a 8 salários
c) 8 ou mais salários
15. Quando você fez o curso de
Eneagrama?
16. De quantos encontros mensais você já
participou?
2ª PARTE
1. Como foi sua experiência durante o curso do Eneagrama?
2. Existe alguma relação do Eneagrama com a sua saúde?
3. Como você está com relação às características da “Asa” não desenvolvida e do seu “Ponto
de integração”?
89
APÊNDICE B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARE CIDO
Eu, ______________________________________________________________.
RG:____________________________, aceito participar voluntariamente da pesquisa
intitulada: “Auto-conhecimento de Habilidades Pessoais em Promoção da saúde”, que tem por
objetivo: Conhecer as experiências vivenciadas pelos sujeitos durante o curso de Eneagrama e
a relação que eles fazem com a promoção da saúde, e descrever como se dá no Eneagrama o
desenvolvimento de habilidades pessoais em promoção da saúde.
O trabalho será realizado da seguinte forma: uma entrevista com base em um
questionário. Ao descreverem suas experiências e sua história de desenvolvimento das
próprias habilidades pessoais, ou não, vislumbra-se contribuir para o próprio crescimento do
participante e para a divulgação de uma tipologia de personalidade que pode ajudar a
população a encontrar meios de promover sua saúde.
Vale ressaltar que:
• Não há qualquer risco em participar da pesquisa;
• Será preservado seu anonimato;
• As informações coletadas serão utilizadas apenas para os objetivos da pesquisa;
• Você tem a liberdade de desistir a qualquer momento de participar da pesquisa;
• Não haverá qualquer tipo de despesa ou ajuda financeira;
• Será entregue uma cópia do presente termo para cada um dos participantes.
_____________________________________________
Assinatura do Pesquisador
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APÊNDICE C – TRANSCRIÇÃO DA COLETA DE DADOS
(Autoconhecimento e habilidades pessoais em promoção da saúde)
Entrevista 1
1. Conte como foi sua experiência durante o curso?
O curso começa com o tipo 2 eu sou tipo 8, então até o tipo 8 eu passei a semana
inteira esperando o meu tipo, então eu já estava ansiosa, bastante nervosa, porque eu tava
achando que eu não era nada, o então eu era muita coisa de cada um, então foi muita
ansiedade, mais aí cheguei num denominador comum.
Que mais que outros sentimentos foram vindo?
Ah, o sentimento mais forte foi quando eu descobri, ao pegar a folho do tipo 8
muita coisa se encaixou em mim de 25 perguntas eu respondi 22, foi muito forte para mim,
então quando eu descobri a sensação era de que todo mundo sabia que eu era daquele tipo,
que sou eu escrito num papel, que eu não tinha como fugir, ao mesmo tempo queria fugir,
porque eu não era tão ruim como parecia e nem era tão boa quanto parecia, mas sensação
mais forte foi a de angústia para descobrir e de angústia ao descobrir, depois é que veio a
tranqüilidade caiu a ficha de que realmente era.
E essa tranqüilidade foi vindo quando?
A partir do momento em que eu conversei com o Domingos, a gente conversou ,
no mesmo dia do curso, e ele disse te tranqüiliza que tu és, não tem como fugir disso, e aceitar
e se trabalhar os pontos que não são tão positivos, e a parti daí vai vir o teu crescimento e a
partir disso foi que eu comecei a crescer em cima da instrução dele e ao conhecer os meus
defeitos eu comecei a trabalhá-los, hoje quando eu não estou bem quanto eu estou caindo, eu
já sei que não estou no meu dia melhor que a Graziela não é essa, vamos mudar um pouco
botar a bola para cima.
2. O Eneagrama tem alguma relação com a sua saúde?
91
Com a saúde entra um pouco mais a meditação do que o próprio crescimento do
Eneagrama. A meditação em si, como ela proporciona um relaxamento,eu já pude perceber
pelo meu tipo que eu já acalmei, eu era muito mais agoniada, claro como trabalho em si de
cada pessoa, mais eu já consigo perceber hoje quando eu estou mais clama mais mansa. Mais
ponderada em algumas coisas. E eu acho que no meu lado foi justamente para eu não ter uma
gastrite, uma úlcera, alguma coisa desse tipo, pois a mansidão já ameniza isso, a não ter
problemas, vamos dizer assim nervosos, que eu era muita nervosa, antes eu só podia dormir
com tranqüilizantes hoje eu já consigo deitar na minha cama e dormir sem nada e isso para
mim foi m crescimento e uma melhora na minha saúde, mesmo.
3. Como você está com relação às características da “Asa” não desenvolvida e do seu
“Ponto de integração”?
As asas para mim são mais difícil para mim me perceber, a minha asa mais forte
como sou tipo 8 é o tipo 9, mas o que eu percebo quando eu estou mais fraca é minha
integração,então eu estou integrada no 2e desintegrada no 5, quando eu estou desintegrada eu
sou um 5 por completo, eu fico reservada se cutucar eu explodo.Eu percebo mais pela
integração e pela desintegração.Sim, sim, tem tido um crescimento justamente por eu perceber
e já conhecer as outras pessoas, a gente sabe o tipo de algumas pessoas, mas não pode falar
para não dar asas para aquela pessoa achar que é tal tipo, mas isso foi bom porque muitas
pessoas do meu convívio eu agora sei por que eles estão naquela atitude, acho que ela pode
estar desintegrada e se ela estiver vou tentar ajudar e isso foi bom para mim porque eu pude...
Como é que eu posso falar...crescer com os meus erros e também crescer com os erros das
outras pessoas, e não ficar chateada e não brigar com a pessoa por tal coisa mas entender que
é por aquele motivo.
E sobre aquilo que você falou que percebe quando está caindo?
92
Eu acho que quem faz o Eneagrama tem que está bem ciente que tem que ter ele
presente na sua vida. Né, então a partir do Eneagrama eu pus muito ele na minha vida. Eu
vejo muito os documentos que me foram dados justamente para mim ver, por exemplo
quando eu estou desintegrada eu fico quieta, não é quieta, ela é ativa desembaraçada, então se
eu tô quieta se eu to chorando alguma coisa está acontecendo...vamos para o ponto da dor
descobri por que para poder melhorar, então assim tem que ter muito amadurecimento
também, tem pessoas que fazem o eneagrama...eu já me vejo madura no meu tipo, tem
pessoas que não conseguem ter essa percepção que está caindo, mas muitas vezes eu ainda
falho, o tipo em si muitas vezes vem e você não consigo domina, o tipo 8 tem características
de falar as coisas “pei bufo” e as vezes a gente fala e depois é que ver que podia não ter
falado.
Entrevista 2
1. Conte como foi sua experiência durante o curso?
Na primeira fase essa coisa que mexe em você, eu acho que meu esposo não me
reconhecia, eu me sentia deprimida, mas eu quando diagnosticava isso e como 3 eu fugia um
pouco disso, mas assim eu lia muito, lia muito, várias vezes cada afirmativa de cada tipo, aí
chegou a segunda fase e você chega à segunda fase com certo conforto, porque você chega se
acostumar e assim na verdade você não aceita, você entende mas não aceita o que viu, tudo
mas já está mais acostumado, eu achei a segunda fase mais simples do que a primeira, né mais
a segunda fase é muito mais confortante, muito mais agradável porque você começa a ver o
que fazer com o que você é, você começa a ver que é possível ser feliz, com o que você é com
as pessoas do jeito que elas são, eu acho que você começa a tentar perceber que a gente tem
que respeitar mais, ajudar mais,a partir do que nós somos e a partir também do que elas são .
Então interessante, difícil essa experiência que eu falei que vim para cá chorando por causa
93
dessa minha filha que é 7 e eu três com essa minha história da eficiência, que quero todo
direitinho ela paz e amor então tem disso que você realmente está muito cansada disso, então
eu digo eu vou dar uma reforçada que eu tenho que aprender a lidar, aprender a respeitar e ela
não tem obrigação de ta, ser como eu sou, fazer o que eu faço, eu tenho que segurar isso em
mim e respeitar nela, e então acho que é por aí então a terceira fase eu fiz sozinha a primeira e
a segunda fase e fiz com essa amiga do recursos humanos, foi mito bom ,muito bacana. A
terceira fase eu já fiz sozinha, foi ano passada em Outubro. Eu diria que a terceira fase é
renovadora, ela lhe dá uma perspectiva de trabalhar essas situações como essa minha agora,
agora, do parar tudo bem, do chorar, deixar o sentimento aflorar do que eu estou sentido do
porque eu estou sentindo isso, o que está me incomodado, o que existe em mim que faz com
que eu me incomode com isso, então assim ,eu acho que depende muito da pessoa de fazer o
Eneagrama e usar realmente como uma ferramenta pra o crescimento, eu acredito no
Eneagrama como uma ferramenta pro crescimento ele tem me ajudado muito, meus pais já
disseram, menina com tu mudou, tão esquisito o pessoal diz que eu estou esquisita, que eu
pareço triste mas é porque o três é muito ativista e quando ele ta muito tranqüilo o pessoal
acha logo esquisito. Mas a parte da terceira fase que me tocou muito foi a relação de cada tipo
com Deus,não sei se você se lembra disso, foi muito forte muito bonita e de fato é aquilo
mesmo que agente faz, uma vida inteira sem entender o porquê nem o para quê, nem como.
Na primeira fase eu sentia vergonha de recomendar o Eneagrama, porque eu tinha medo que
as pessoas vissem o que eu sou, porque as pessoa tomam, no hospital que eu trabalho, depois
que souberam que eu era 3, o pessoal toma o pior do 3 para estigmatizar, entendeu no começo
eu tinha receio de recomendar, hoje não, hoje já recomendei para pessoa da minha família,
casais, colegas de trabalho, que é mito bom
2. O Eneagrama tem alguma relação com a sua saúde?
94
Muito mais paz de espírito, eu me acho muito mais feliz, interessante, que quando
e sinto que eu estou desintegrada que eu vacilei que eu estou com mania de eficiência, eu digo
meu Deus quem mandou estudar Eneagrama , ai quando aquilo vai passando, quando e
começo a domesticar aquilo, porque de fato é um bicho, quando você começa domesticar,
começa a lhe fazer bem, começa a lhe fazer muito bem.
(Chega o Pe. Domingos)
Olha cheguei aqui chorando, mas só de falar do Eneagrama já ta melhorando)
Então você percebe que ajuda na tua saúde?
Sim pela paz de espírito, eu acho que se você usar, a mim me dá tranqüilidade, a
saúde não é só física né, ela é mental também
3. Como você está com relação às características da “Asa” não desenvolvida e do seu
“Ponto de integração”?
Eu converso muito como meu esposo e digo as vezes que parece que tem um
chipzinho dentro de mim, eu sou uma pessoa crítica , só que eu me auto-criticava muito
pouco, né antes do Eneagrama, eu tenho até que ter cuidado, porque o 3 pensa que tem que ser
eficiente para ser bom, não é o ser bom para mostrar pro outro, mas o ser bom porque é
correto, o que é pra ser mesmo. Assim com relação a integração, eu fico o tempo intero acabei
de me desintegrar completamente, a vontade é de volta para casa e dormir. Mas aí não assim...
O que é que deve acontecer, o que é que está acontecendo , como vai ser melhor, então assim
ajuda muito afazer exercício sabe eu acho assim quando você está com vontade de explodir
com relação a uma pessoa, um funcionário ou uma pessoa que não é eficiente como o três
gostaria que fosse e você ter mais tolerância ter mais paciência a paciência do 9. A disciplina
do 6, a perseverança do 6 de saber que se hoje não é assim, amanhã a pessoa pode dar
conta.Então esse exercício eu faço demais. Eu consigo bastante.
95
E com relação asa?
As asas...a minha asa mais desenvolvida é 4 eu não tenho dúvida, porque sabe,
tem umas coisa que quando eu não estou bem eu vou logo para o pior do 4 sabe e assim
depois que agente começou a participar desse grupo de oração, estudando a bíblia, foi o
último ano e meio somou muito, né porque a história da misericórdia do se dá do se abnegar,
do ter compaixão, do ajudar sem interesse né porque o 3 geralmente ajuda com interesse, isso
é muito bonito, ir pro dois me dá tranqüilidade paz de espírito quando eu procurar
desenvolver a minha asa menos desenvolvida.Assim os dois caminhos eu acho mito válido,
mas em situações de crise situações de dúvida, seja quais forem eu penso muito, no que minha
integração faria, se tivesse no meu lugar, eu penso muito nisso mas eu também penso mito na
asa dois acho que os dois caminhos são bons.
Entrevista 3
1. Conte como foi sua experiência durante o curso?
Eu me senti muito bem, porque o facilitador do curso foi muito claro e deu pra
abraçar todas as questões, então, não ficou-se nenhuma dúvida, eu, ou qualquer outro
participante;eu notei que todo mundo ficou sem dúvida e alcançou o objetivo.
E o seu sentimento? Você ficou meio incomodado? Meio confuso?
Não,não, de jeito nenhum. Eu sou uma pessoa muito calma, e não me incomodo
com uma coisa ruim ou boa que eu possa ter, simplesmente, tento mexer no que é ruim pra
ficar melhor, mas não me incomoda.
2. O Eneagrama tem alguma relação com a sua saúde?
Olha, sem dúvida vai repercutir na minha saúde,né. O Eneagrama...o que eu acho,
é que visa uma saúde emocional perfeita,né, a gente tender a perfeição da saúde mental, né, da
96
saúde emocional; e isso,sem dúvida, vai repercutir na saúde como um todo, apesar de que eu
me orgulho muito de ter uma boa saúde,mas, com certeza, vai melhorar muito.
Você vê que é possível através desse curso?
Pode, pode sim.
3. Como você está com relação às características da “Asa” não desenvolvida e do seu
“Ponto de integração”?
Enquanto a minha asa não desenvolvida...
Qual a que você desenvolveu?
Assim, eu desenvolvi mais a 6 que a 8,né, realmente, eu desenvolvi muito mais a
6 do que a 8, mas eu não estou olhando pra asa, e sim pra o ponto de desintegração e
integração.
Porque você não está olhando pra asa agora?
Porque eu acho que me...me centrar no ponto de integração e desintegração é o
caminho mais fácil e mais rápido pra mim.
E como é que está sendo isso? Qual seria o seu ponto de integração?Seria o...?
É o grupo 2...não, é o grupo 1.
O 1 seria a sua integração. O 5, talvez?
Não...o 5, o 5.
E como é que está sendo agora? Está sendo fácil? O que você está conseguindo já?
Não...faz é dia né, faz é dia...realmente, ainda estou matutando um pouco e
tal,mas assim, nesses dias eu tenho prestado muita atenção quanto a isso e...o que...de
concreto que eu tenho conseguido até agora é toda vez que eu me vejo divagando, né, chamar
ao eixo, né, aí dá pra...é o que eu tenho feito até agora.Vou experimentar também no fim de
97
cada dia fazer um balanço de qual,no dia, quanto eu estou desintegrado ou integrado, né,pra
fazer esse balanço e tentar corrigir.
Entrevista 4
1.Conte como foi sua experiência durante o curso?
A minha primeira reação foi negar, eu vi que eu tinha muita coisa do tipo 1, só
que eu não tinha o pecado de raiz, que é a raiva, eu tenho muita coisa do nove mas não tenho
tanta indolência e com a minha crise da separação eu tinha muita vontade dormir, só que o
nove foge do conflito e eu não, se me provocar e vou em cima, que não é muito bom não, e
tenho muita coisa do 6, porque tenho medo de fazer as coisas erradas então eu fiquei confusa.
Aí eu conversei com o Domingos e ele me disse que eu tinha que começar prestar mais
atenção em mim mesma. E eu vim a descobrir qual era tipo 1 quando eu estava conversando
com a milha filha disse que eu fiz m curso que e identificava com tudo só não com duas coisa
a primeira que diz que eu tenho raiva, e ela disse: o que mamãe você não tem raiva?!?!
KKKKKK começou a rir e a segunda que eu tenho razão do tipo 1 e aí eu me lembrei uma
vez que eu discuti com ela, e ela me disse “que não adiantava discutir porque a senhora só
concorda quando a gente diz do jeito que a senhora quer ouvir” Então quer dizer quando eu
me lembrei disso, e vi que eu fazia dum jeito para induzir ela a responder do meu jeito eu
tinha toda ma estratégia, e percebi que tinha que assumir eu queira ser a dona da verdade e
que eu tinha que me trabalhar para não querer ter sempre razão e isso me chocou muito.
2.O Eneagrama tem alguma relação com a sua saúde?
Olha pressão alta, o médico disse você não é hipertensa você tem pressão alta por
stress.
98
O eneagrama ensinou assim, quando você está com raiva a adrenalina não vai para
o cérebro então, puxa vida eu estou com raiva mas não precisa ter tanta raiva assim, como é
que eu vou resolver , como é que eu posso fazer, respira vamos lá a coisa vai passar.
3.Como você está com relação às características do seu “Ponto de integração e da “Asa”
não desenvolvida ?
Eu acho que eu vivo hoje muito ele, porque antigamente eu era uma pessoa muito
melancólica, e quando eu tinha essa de integração do quatro, então e pintava e eu achava o
máximo, um amigo meu dizia: eu não te entendo quando as pessoa tão triste querem sair, se
divertir, aí eu dizia , olha Chico você não entende, você não sabe o que eu estou fazendo eu
estou transformando minha dor em arte. E um dos maiores impactos que eu tive no
Eneagrama foi que eu não devia fazer isso, quando eu estivesse entrando nesse estado de
melancolia de achar que não tinha mais jeito, que o critico fica dizendo você é ma idiota faz
sempre do mesmo jeito, você atrapalhou tudo. Aí eu dizia que era para me conformar que eu
não teria mas outra pessoa. No eneagrama me disse que eu deveria fazer como o tipo faz, mas
eu não conseguia nada nessa fase, não conseguia ir pro cinema, mas aí eu comecei a me
programar e coincidiu com minha pressão alta e o médico disse que eu tinha que fazer um
exercício, e eu descobrir a dança de salão e descobrir Deus na alegria, porque até então eu
encontrava Deus no trabalho ou no trabalho de casa , fazendo as minhas coisa, ou ajudando
uma pessoa. Eu experimentei Deus na Alegria, sem me preocupar com nada, eu me sentia
livre com movimentos abertos, nem, na adolescência e espontâneos eu me percebi leve e
entendi o que era ser livre e encontrar Deus na alegria.
E com relação asa?
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Eu acho que sempre desenvolvi as duas , penso que a primeira foi a nove eu passo
muito mais essa harmonia e a também desenvolve 2 penso que pela minha profissão, desde
cedo com 18 anos eu já me via fazendo campanha, lutando pela justiça social
Entrevista 5
1. Conte como foi sua experiência durante o curso?
Eu senti uma vontade muito grande de me conhecer mais, procurar sentir essas
coisas, e procurar ver...através dos tipos me conhecer mais e, durante todo o percurso, né,
todos os tipos eu me identifiquei bem, sabe, me identifiquei em todos os tipos, e até
naquela...papel de marcar, de ficar marcando, né, eu peguei e marquei quase em
todos,praticamente o mesmo tanto; em todos né, em todos foi quase o mesmo tanto; eu até
fiquei brincando até que eu...eu era o tipo 10, porque eu não conseguia me identificar bem,
assim, em todos, né, e o Domingos até estava me dizendo que no tipo 9 há essa falta de
identidade, né, falta...há muito essa negócio,né. E...aí foi que me deu mais vontade de pegar e,
na hora do curso, eu me disse isso na hora do curso, eu peguei...deu mais vontade ainda de
pegar e "não, eu vou ter que me identificar agora nem que seja na marra", e isso foi muito
interessante,porque, nesse final de semana da primeira etapa, eu procurei muito...me dediquei
muito a esse curso, né; porque eu vi que era uma coisa boa pra mim, uma coisa muito
significativa pro meu conhecimento, ainda mais pra...por causa disso, né, essa minha...minha
dificuldade de tentar me descobrir,me identificar, essa minha curiosidade de tentar me
descobrir cada vez mais.Eu estou conversando muito como Domingos, com o padre
Domingos, e ele está me ajudando muito a fazer isso...é...pra tentar...é difícil demais...é muito
difícil, né. É muito difícil eu pegar e...pegar e falar "ó, eu não estou gostando, eu não estou
gostando", mas eu estou tentando, sabe, eu estou buscando, está difícil agora no começo , mas
100
já estou começando já, e quando a pessoa brinca e fala alguma coisa, pego e "ó, não gostei
viu",uma coisa que eu não faria, não fazia antes, e agora, pego e já faço, já...
E como é fazer isso? Como é que você se sente dizendo isso?
É difícil na hora,mas depois eu sinto um alívio, sinto assim um...que foi melhor e
tudo, que foi uma coisa melhor. Um alívio que antes era pegar e...quando...vinha,...pegava,
recebia, né, assim esse rancor, essas coisas, né, e eu pegava e depois que desabafava, aí sim,
saía o alívio...saía o alívio depois de desabafar, mas agora como eu já desabafo logo, aí, como
eu falo logo, fica...fica normal.
2.Existe alguma relação do Eneagrama com a tua saúde sua saúde?
É.
3. Como você está com relação ao seu “Ponto de integração”? Você já descobriu, né?
É o 3 né?
É, isso. Como é que você vê essa história do ponto de integração do seu tipo?
É...eu vejo que...é uma coisa boa pra mim, eu vejo que...que eu posso através
desse ponto, pegar a melhor coisa do 3...eu vou tentar me integrar nesse 3.
Você já tinha percebido, em outros momentos, como 3? Já consegui se ver?
Já, mas eu estava na dúvida do 3 ou o 9, estava muito na dúvida, estava em dúvida
nesses dois...estava em dúvida em todos, mas depois eu fui eliminando, né, aí chegou no 3 e
no 9, aí eu fiquei no 3 e no 9.
Então você consegue perceber momentos que você é 3?
Percebo.
E como é quando você está sendo o 3?
101
Eu acabo mais o medo,né...eu pego...vivo mais dentro do grupo, falo mais e...isso
ajuda muito parte do meu trabalho também, né. Quando eu faço pesquisas,quando eu faço
trabalhos, assim, palestras, converso com grupos de jovens e tudo e aí eu me sinto mais a
vontade, certo, já me sinto mais a vontade, já mais livre...mais livre pra poder falar e...acho
que essa ousadia do 3, né, essa vaidade do 3, de pegar e não está nem aí, né...ajudar...
De se expor e falar?
De se expor e falar. E...saindo do ponto de desintegração,né, que é o medo.
Você acha que está conseguindo?
Estou. Está me ajudando nesse ponto de pegar e vê as dificuldades, e pegar e vê
um ponto de luz, sabe, procurar uma luz...de pegar e "não"...abriu os olhos pra mim, abriu o
olho, pra mim, mas eu volto pra aquela dificuldade do conflito e...abriu olho, assim, abriu
meus olhos pra eu poder ver a realidade, poder ver os meus defeitos, ver as coisas, pra que eu
possa tentar, de algum jeito, que eu estou vendo, estou trabalhando, né, através do meu tipo,
desse ponto de integração, que ajuda muito, pra poder...esse crescimento, né, eu vejo o
Eneagrama como um sinal de transformação.
E com relação a sua asa não desenvolvida? Você descobriu qual era a sua asa que se
desenvolveu?
O 8.
Sua asa desenvolvida é a 8? Ou é a não desenvolvida?
Não...é...
A que você desenvolveu? Você é tipo 9, e desenvolveu qual?
O 8.
E sua não desenvolvida seria...?
O 1.
E como é que é o tipo 1 pra você? Essa sua asa não desenvolvida?
102
É...às vezes eu fico assim...o 1 né? Como é que eu estou no 1,né?
É, como é que você está em relação a 1? Agora que você descobriu que tem uma asa pra
desenvolver, como é que você está?
É...trabalhar isso n trabalho,né, em relação ao trabalho, de pegar
e...saber...é...como é que eu falo...?
Isso era o que você não tinha muito, né? O que você não tinha no 1? O que falta em você
que o 1 tem e você não tem?
Falta mais compromisso, falta mais compromisso, falta mais compromisso de
pegar e...entrar na hora certa, ir à hora certa, eu sou muito de me atrasar e...sabe, eu sinto a
vontade de chegar na hora certa,mas eu sempre me atraso; não tenho esse compromisso como
o 1 tem,né...e isso falta em mim. Eu até aproveito e pego o 1 muito pra poder me ajudar,
através do 1, me ajudando...o que é que o 1 falaria no meu lugar em relação a isso, né,
e...ajuda mesmo, em relação ao trabalho.
Entrevista 6
1. Conte como foi sua experiência durante o curso?
É...quando ele falava, chegou um, dois...eu fiquei lá, até comecei a rir, depois
chegou no (meu) 3,mas eu tinha feito, participei da segunda etapa antes de ter feito a primeira,
então fiquei um pouco confuso; eu só passei aqui, fiquei parado e vendo, mas quando vim
fazer depois eu não gostava do 3, quando eu vim na segunda etapa, não gostei desse
tipo...gostei de todos, mas o 3 tinha um pouco “esse tipo é muito...",me incomodava muito,
então...fiz a primeira etapa, chegou no 3, então começou a mexer comigo, veio algumas idéias
na cabeça, umas coisas que eu já fiz, que eu ia fazer, então...me tocou, então...durante os
outros, eu achava engraçado, os outros, mas o (meu) 3 mesmo que me incomodou.
Aí você descobriu que era 3 então?
103
É aí eu descobri que eu era, talvez nem quisesse ser 3,mas aí tive...aceitar, né.
E como é que estão sendo os encontros que você está participando?
Ah, está sendo muito rico, estou conseguindo me compreender melhor, cada dia
eu estou aceitando, né, e também o Domingos ajuda nos...toda quarta feira nos reunimos com
ele, ele nos mostra a tirar algumas dúvidas...
Porque que foi tão difícil de aceitar, assim logo de cara, que você era o tipo 3?
O tipo 3 já é um tipo que não combina comigo, com o meu passado,porque é um
tipo de personalidade que eu sempre lutei pra não ser, e eu era, então, eu fiz um esforço
danado, até consegui, parece que consegui...chegou aqui e descobri que, realmente, que eu
sou...sou...entendeu?
2. O Eneagrama tem alguma relação com a sua saúde?
Pode, pode e está ajudando muito, já estou conhecendo tudo o que eu sou; antes o
que eu fazia era inconsciente, agora já estou conhecendo e sei o mal que eu estava fazendo, o
bem que eu estava fazendo, e não tinha consciência de que estava fazendo o bem; aí eu posso
corrigir o que eu faço de mal, que é inconsciente, e posso reforçar o bem que eu faço.
3. Como você está com relação às características da “Asa” não desenvolvida e do seu
“Ponto de integração”? Qual é a sua asa não desenvolvida?
É a 2.
E como é que é o 2 pra você?
Nos últimos tempos, antes de vir pra qui, eu comecei a criar mais intimidade, mais
toque com os outros, antes eu nem chegava a tocar, só verbal, só mandava, só cumpria; agora,
já desenvolveu a asa 2, porque eu comecei a tocar as pessoas, abraçar e a ter mais carinho
104
pelas pessoas, então eu criei mais intimidade com as pessoas, tive mais amigos, e antes, os
amigos já era pra um determinado fim.
E com relação ao seu ponto de integração? Como é que você sente isso?
O 6 é um tipo,assim que eu me dei muito bem, me dou muito bem com o 6, é...de
6 que eu tenho...talvez esteja desenvolvendo, como um amigo disse que eu estou um pouco
discreto, as pessoas estão queixando muito que eu estou muito discreto, os alunos na escola
dizem que eu não estou falando mais, aqui, diz que eu estou mais quieto; está se
desenvolvendo, imagino, ser da minha integração, porque também o 9 é muito quieto.
E você acha que está em qual? Você acha que está mais pro 9 ou pro 6?Essa coisa de
ficar mais quieto está sendo uma coisa boa? Como é que está sendo essa experiência?
Bom...no curso tinha 3, 9 e 6, quando eu pego o melhor do 9...já peguei o 9
melhor...quando pego o melhor do 6, já pego o melhor do 9, e aí, sinto assim mais tranqüilo, e
eu não estou na desintegração, estou na integração, já estou passando pelo segundo, que é
muito bom;mas quando estou desintegrado...é...aquele mimado,né, aqueles vícios de deitar,
dormir, deixar minhas coisas rolar, e os problemas acumulavam cada vez mais; então, eu ia
pra 6, sentia, talvez, menos, sentia confusão, então,dava um branco sempre que tinha que
expressar algum trabalho. Isso está melhorando na minha saúde, e também na relação com
meus colegas, estou compreendendo melhor, já não estou exigindo com exigia, mas...estou
dando o que eu posso dar, também receber dos outros o que eles podem dar.
Entrevista 7
1. Como foi sua experiência no curso de Eneagrama?
Eu vim aqui pra Fortaleza, de férias, em 95, e aí o padre Domingos me convidou
pra poder fazer um curso, ele falou assim "olha, você gostaria de ficar mais uma semana aqui
e tal", e eu falei” não, não dá e tal", mas aí eu consegui; eu tinha um trabalho lá em Belo
105
Horizonte, mas eu consegui articular e fiquei mais uma semana. Nessa época, ficou eu e mais
3 moças, uma era minha irmã e, as outras duas, amigas; aí nós ficamos pra fazer o curso,
aí...eu já não sabia o que era...ele falou que era um encontro, um curso aí que a gente podia
até trabalhar com a juventude, que ia ser muito bom lá em Minas, e a gente resolveu fazer. Aí
nós fizemos na casa dele, porque a gente estava hospedada de férias na casa dele,e aí...e era
um esquema muito simples, ainda não eram as projeções como é agora; a gente estava tudo
sentada numa mesa, ele ia expondo, falando, e a gente ia marcando aquela primeira parte que
é só pra gente ter uma idéia e tal...depois ia colocando né como é que era...não tinha ainda
estruturado...falar de pecado de raiz e não sei quê...assim, era mais vivo, mas foi dizendo
várias...tudo aquilo que a gente diz hoje, estruturado com o pecado de raiz, com o mecanismo
de defesa, como fuga; aí terminava aquela exposição e a gente fazia o seguinte, pensava um
pouquinho sobre aquilo,né, e passava pra frente, ia fazendo. Eu lembrei até que, quando ele
começou ainda...começou falando da primeira personalidade, que era o tipo 1, e agora,
quando a gente faz o curso, basicamente nós começamos pelos centros; então, pelo centro da
emoção, nós começamos pelo 2 né, aí começou aquele mundo e terminou...aí ele era muito
amigo da gente...ele virou pra mim e falou assim "e aí, se identificou?", brincando, né, e
ele...ele” você achou ruim?", eu falei” eu não, é tudo isso aí", e começamos a rir, né. Então,
foi uma relação muito interessante,porque nós fomos fazendo, fomos descobrindo, e fomos,
também, podendo ajudar umas às outras, porque a gente era tudo amiga, tudo ligada. Depois,
pronto, fui embora pra Belo Horizonte, assim, a princípio não utilizamos com ninguém,
porque também, a gente só tinha acabado de fazer, né; então, pronto...e ele também estava
aprofundando, tava...umas coisas que ele estava estudando mais, e vendo, e fazendo curso e
tal, quer dizer, ele estava na época de estar aprendendo; aí ele estava fazendo pra vê o que a
gente achava, se a gente gostava, se a gente achava que era uma coisa boa pra trabalhar com a
juventude, porque o nosso público, o público da comunidade shalom é a juventude; aí, eu
106
peguei e voltei pra Belo Horizonte, e continuamos fazendo nosso trabalho e tal, as pastorais e
tal; depois eu só fui fazer a segunda etapa muito tempo depois, quando eu entrei mesmo
pra...com isso; foi em 95, então, eu só pensei em...sei lá...em vocação de 95 pra 96 e tal, em
96 eu acabava de fazer o processo vocacional, discernir o que é que eu queria da vida, 97 e
tal...só em 98 é que eu vim pra cá pra Fortaleza, aí essa possibilidade de abertura da
comunidade feminina e tal, aí eu vim pra cá. Aí em 98 é que fui fazer a segunda etapa, aí já
estava muito mais estruturado, aí eu aproveitei e fiz com as pessoas que moravam aqui, então
foi interessante, também, descobrir, perceber a personalidade das pessoas, a gente...isso
ajudou muito o nível de crescimento, aí a gente entendia mais um pouco uma a outra, dava
mais desconto, também, né, em algumas situações, algumas colocações...eu gostei muito.Aí
na terceira fase...passou um tempo e a gente foi fazer essa terceira fase pra poder continuar o
processo, aí fizemos também, mas aí eu acho que já fizemos com outras pessoas, juntou mais
pessoas na terceira etapa, que eu também achei muito boa, achei que foi válido, que me
ajudou a, talvez, me integrar melhor, sobre até a questão da espiritualidade, perceber isso na
prática, de assumir, talvez, o meu jeito melhor de rezar e tal, e também de relação com o
outro. Pra mim amadureceu, aí depois ainda fizeram aquela quarta etapa que, no fundo, não é
uma quarta etapa, é uma etapa de aprofundamento,assim,de resgate de coisas que foram
faladas em todas, mas é um aprofundamento mais forte que também era lá na... No sítio na
Tabuba. Então eu fui fazer também; fiz essa tal quarta etapa que não é quarta etapa, participei,
achei interessante também com grupos lá e tal; aí a gente fica mais ligado com as pessoas, né,
que fizeram naquela época e tudo...e depois mais pra frente foi feito o retiro, aí criou esse
tempo retiro do Eneagrama, pra ser mais profundo e, lógico, está muito mais voltado pra
questão da oração, como a nossa linha também é, né; porque dentro da igreja religiosa é
lógico que as pessoas vão priorizar isso. Então achei muito válido a nível de crescimento
individual...eu sempre percebi assim, porque o curso é de auto-conhecimento, eu não estou
107
fazendo o curso nem fazendo as etapas pra te entender, acho que isso tem que ficar bem claro
desde o primeiro momento que a gente fala “eu estou fazendo pra me conhecer melhor, aí eu
me conhecendo,eu posso tentar me trabalhar um pouco"; aí, lógico, se eu me trabalho, lógico
que a minha relação contigo vai melhorar ou vai, pelo menos, modificar, acredito que não vai
ser pra pior, né, porque a pessoa vai criando gosto, vai descobrindo as dificuldades dela e tal;
e eu acho que ninguém, quer descobrir coisas pra ficar pra trás, a gente quer descobrir pra
crescer, né. Pronto, e depois disso, passado um tempo, a gente começou a fazer...o padre
Domingos fazia isso, mas só com...a gente queria fazer isso com o jovem, porque a nossa
idéia não era fazer o curso, assim, de começar a fazer o curso pra empresas, pra outras pessoas
e coisa e tal; só que aí como um curso de auto conhecimento é um enriquecimento grande,
teve gente que começou a pedir pra participar,dos grupos que tivessem com jovens e tal...aí
começamos a ver também que quem quer cresce...todo mundo quer crescer, não é só os
jovens, que era o nosso alvo principal. Aí começou a expandir, a fazer grupos, a deixar que as
pessoas procurassem, por isso que tem os grupos...você vê que tem um ou outro...às vezes tem
muitos religiosos e a gente faz um grupo específico, quando os religiosos quiserem, né,
porque,às vezes, eles se sentem mais a vontade em estarem juntos, pronto...mas, você pode
ver que nos grupos é tudo...misturado, né, tem gente de todos os níveis sociais, tem gente de
todas as linhas ideológicas, de tudo quanto é credo, tem todo...porque o negócio é de auto-
conhecimento. Então depois de já um tempo feito e tal, o padre Domingos falou isso, a
possibilidade daqui da nossa casa...da gente também aprender no sentido de não só ter feito os
cursos e acompanhar e tal, mas também de...de fazer o curso, de passar o curso; aí, na época,
eu e outra moça, que ele até falou, né, "olha, você já tem também mais tempo", eu também já
tinha acabado arqueologia, tinha...tava com...com mais tempo,né, já dava pra poder
aprofundar, pra poder... Aí comecei a, antes do tempo de começar a fazer, comecei a ir aos
encontros de novo, a participar, mas aí já numa outra ótica, eu não estava ali pra descobrir
108
tipo nem pra vê o crescimento, porque eu já sabia e, também, já estava no...no trabalho,né,
mas era pra eu perceber como é que era a dinâmica do curso, como é que ele apresentava, pra
ver se as pessoas...vê como é que era; aí eu peguei e fui fazendo isso, antes de...muito tempo
antes dele até falar “olha, vocês querem fazer?", eu comecei a ir. Livros também, fui
aprofundando, não só esse, mas outros matérias, eu fui vendo...e fui também vendo se eu
tinha condição de passar, porque eu acho que isso é muito importante, se a gente não...não
consegue dominar um assunto, é melhor a gente ficar,né, tipo “olha, não, não é por aí, eu não
consigo" ou então” não, não é isso", eu prefiro aperfeiçoar mais, então eu fui fazendo até eu
sentir...perceber que eu poderia passar. Aí foi uma coisa muito interessante, ele marcou um
curso, e aí ele "então vamos combinar, você já se preparou, você tem condição, e nesse curso,
você vai dá o curso junto comigo"; então eu fui dá o curso junto com ele; então ele falava uns
tipos, eu falava outros e tal, numa boa, fazendo...lógico, depois a gente sentou e aí ele falou o
que ele achava, as coisas que ele achava que podia melhorar, aí eu também falei determinadas
coisas que eu achava, que eu percebi, ou que eu me senti mais isso ou mais aquilo, ou bem ou
não e dizer e tal...então a gente fez esse...foi fazendo esse processo pra depois...aí pronto, feito
isso, aí mais pra frente eu comecei a fazer os cursos sozinha, realmente já não...já tinha um
conhecimento; aí eu lembro até que, passado um tempo, eu ainda voltei, eu ainda tenho muita
ligação com ele, lógico, por causa disso, e percebo e converso, às vezes a gente marca
reunião, e no meio da reunião ele diz” e aí, vamos ver o que a gente...como é que está o urso,
se a gente modifica alguma coisa", dou idéias...poucas idéias, né, mas, assim, dou idéias de
algumas coisas, ele também; às vezes fala "ó eu estou tentando ver mais isso nessa tônica";
então aí ele já foi fazer cursos fora, eu também já fui, então eu fui pra Recife dá cursos lá, nas
congregações religiosas também, né, dei pra grupos aqui de paróquias...aqui no nordeste;
então, assim,né, jovens...então, eu sinto também já segurança naquilo que eu estou
falando,porque, também, é aquilo que eu estudei, eu conheço, mas sempre estou
109
aprofundando,porque eu acredito que, qualquer coisa, se agente não se aprofundar, a gente
fica muito superficial, ou diz as mesmas coisas, se alguém questionar, a gente não consegue
sair daí,né. Então já existe uma ligação boa aí, então, nos cursos, agora, no Eneagrama,
sobretudo no retiro...no retiro que ele faz aqui, ele já fez duas vezes, assim, que eu fui
acompanhar pra ajudar; aqui, todos que tem eu estou aqui ajudar, né, em Fortaleza; e com ele
eu já fui foi duas vezes pra Paraíba, pra ajudar também,no retiro lá. Mas, assim, agora eu acho
que os outros, à vezes, é mais longe; também a gente tem que vê que nem sempre dá pra ir a
tudo,né. Mas o... Tentar...ele assume os encontros nos lugares, e eu também assumo; então, é
tanto que algumas pessoas ligam pra lá, se ele não tiver disponibilidade, ligam pra
mim,marcam, aí a gente vai, então assim...
2. O Eneagrama tem alguma relação com a sua saúde?
Olha, eu acredito que sim,porque, imagina só, se eu me conheço...imagina que eu
tenho uma doença, se eu conheça a tal doença, eu pelo menos posso partir do conhecimento e
tentando ver os meios pra melhorar; então eu levo um pouco por aí; imagina...se eu,a
princípio, eu sou uma caixa, eu só posso saber o que tem dentro se eu for abrindo, se eu for
tirando os laços, os enfeites, for abrindo, for tentando tirar as coisas de dentro; e eu acredito
que o Eneagrama é muito isso, ta, é tipo...você pega a sua caixa, você pega você mesmo , e aí
você vai tendo possibilidade de ir abrindo, ir descobrindo, ir vendo que você reage assim, que
você tem essa tendência, ou até aí...lógico que a gente vai ter aquela coisa...pelo menos, pra
mim, eu ia vendo claramente umas coisas, algumas coisas ficaram bem claras,então...tipo...eu
quero isso? Eu vou ser considerada a vida inteira assim? Não! Então eu posso fazer outra
coisa,eu posso tentar melhorar aqui; então,pra mim, lógico, o que eu sinto é que o Eneagrama
oi também uma coisa que em ajudou a nível de saúde,até eu diria que, talvez, abriu mais a
minha cabeça, sabe...a nível de aceitar mais os outros, aceitar outras posições, ser capaz de rir
110
de mim mesma, de perceber o que eu falava, o que eu fazia, o que eu queria ou descobrir...às
vezes ainda de perceber alguma coisa que eu penso de...que é absurdo; eu digo "ah, tem que
rir mesmo"; a gente descobre que também é normal como todo mundo, e isso é bom.
3.Como você está com relação ao seu ponto de integração e a sua asa não desenvolvida?
O ponto de integração do 1 é o 7,né, essa coisa de levar a vida com mais
leveza,então... Eu me percebo mais integrada, não se os outros percebem, espero que eles
percebam, porque conviver com as pessoas é...sobre todas as personalidades...pessoas não
trabalhadas, muito fechadas, a gente sofre muito; tanto a pessoa sofre, porque no fundo ela
está tentando fazer o melhor, mas só que ela ainda não descobriu que o melhor,às vezes é ela
também dá uma relativisada nas coisas; ela ficar em cima o tempo inteiro, se o filhinho fez
dever de casa, se a filhinha foi pro balé...relaxa...o povo vai fazer porque gosta, porque
assumiu,né; não adianta nada eu ficar cobrando de uma pessoa a vida inteira, uma
determinada coisa que ela mesma não assumiu, né...é lógico que você tem que no
início,sobretudo quando é criança, você dá os primeiros empurrões, mas depois a pessoa vai
criando um ritmo,ela vai descobrindo. Então eu me percebo mais integrada assim.A minha asa
não desenvolvida é a 9, porque eu fui percebendo que eu desenvolvi muito a 2, aquela da
ajuda e tal...de está na frente das coisas e ...já tem isso forte no 1, e acaba que a gente puxa
muito da asa. Mas hoje eu também descubro que tenho umas coisas da asa 9 desenvolvida, e
estou desenvolvendo melhor, essa coisa da tranqüilidade; eu estou conseguindo...me
trabalhando, fazendo a meditação, tem uma coisa que a gente vai priorizando na nossa vida, a
oração, isso ajuda demais, pra mim ajuda; eu diria que é uma coisa,também, que ajuda a gente
a se entender depois, com o trabalho de auto-conhecimento...quer dizer, você tem
muito...muitas possibilidades de se crescer, até a vivência com as outras pessoas, isso pra mim
é mais...é mais terapia do que você pagar um psicólogo; eu também já fiz terapia com um
111
psicólogo, e pra mim foi muito bom, me abriu,deu pra confrontar com minhas dificuldades;
então,eu acredito que é por aí. Agora... Do 9,eu tenho algumas coisas...lógico, eu tinha mais
com mais rejeição, que eu não tinha muito aquela coisa de perceber... Depois que eu descobri
que minha asa 9 era a menos desenvolvida, eu comecei a perceber as minhas dificuldades, às
vezes, aí comecei a ver "olha, ta vendo, eu não sou tão tranqüila”, que eu poderia criar essa
tranqüilidade ou ir aprendendo, com o 9, sem ser fuga,porque no 9 é fuga,mas...no 1, pegando
mais meu lado...no 9,mais a tranqüilidade, mais calma, a gente escuta mais do que...do que
dá,né...do que diz, porque a personalidade 1 tem muito aquela coisa de, como ela tem razão, o
outro pode falar,mas ela sempre acha que a opinião dela prevalece. Então, agora eu consigo
escutar mais um pouco, e consigo até questionar,tipo "não, a gente...eu vou vê essa posição
sua, é melhor, vou revê a minha"; e assim,eu me sinto livre...hoje eu me sinto livre pra dizer
"olha, a minha posição não é a posição mais coerente, e agente pode optar por essa e ver com
todo mundo e tal"; antes eu não faria isso...eu não diria não...nunca diria que a minha
opção...que a minha posição tava errada...ora,pois,vou dar o braço a torcer porque, né; mas
hoje eu já percebo que não...não precisa, entendeu; eu não vou deixar de ser eu, e nem vou
deixar de ter toda a força que eu tenho interior, a vontade de crescer, por dizer que eu...sei lá...
Que eu me enganei, que eu errei, que eu falei uma coisa que realmente não era por aí; então,
eu acho que foi criando um pouquinho mais de linha dentro de mim, de pegar o fio condutor ,
né, interior...isso está valendo a pena muito.
Entrevista 8
1.E como é que foi durante o curso?
Eu...eu acho assim...na época eu lembro que eu era muito tímida, então,eu tinha
medo de me expor, e eu não me senti exposta, então, pra mim, eu me senti em casa, foi muito
tranqüilo, foi muito... Né, acho que pode se dizer isso. Pra mim foi até um alívio, porque eu
112
não me identifiquei logo de cara com o tipo que eu sou,né, mas...é...ir descobrindo todos
aqueles tipos, ir conhecendo a realidade da pessoa, né, das pessoas que eram apresentadas no
tipo, a partir de personalidades, foi interessante,primeiro porque eu fui percebendo
que...pronto...tinha alguém parecida comigo ali naquela história e que eu poderia me sentir
mais acolhida.Então eu fui me sentindo muito em casa, não me senti exposta, não me senti
cobrada de nada, foi muito tranqüilo,tanto que eu terminei a primeira etapa e eu não tinha me
encontrado, só na segunda foi que eu fui confirmar, e foi muito tranqüilo,foi muito...
2.O Eneagrama tem alguma relação com a sua saúde?
No meu caso, eu aprendi a relaxar a partir do Eneagrama. Quando eu começo a
sentir aflorar a raiva, que aí dá palpitação, dá todos os transtornos do organismo...até porque a
gente tem a mania de prender, prender, reter, reter, e quando vem, vem como bomba, no caso
do meu tipo. Hoje eu já percebo quando a raiva vai aflorar e aí eu mudo o caminho e deixo de
sentir esses sintomas negativos. Eu diria que, não somente pelo Eneagrama, tem todo um
trabalho de auto-conhecimento aí por trás, mas o Eneagrama foi o pontapé inicial, mas a partir
do auto-conhecimento pessoal que eu tive, de mergulhar em mim mesma, de começar a me
aceitar e de me acolher, eu comecei, de 5 anos pra cá, eu consegui emagrecer, que eu não
consegui durante toda a juventude, isso já é um ponto positivo a nível de saúde, já emagreci
mais de 10 quilos, e cada ano controlando, tendo uma auto estima melhor, nesse sentido eu já
melhorei, isso é notório. Há algum tempo eu já estava começando a ter palpitação, a ter alta
de pressão e já está com um bocadinho de tempo que eu não sinto mais isso. Eu sinto que já
melhorou. A respeito da saúde, como personalidade do tipo 1, é o controle da emoção, não
deixar essa emoção aflorar ao ponto que vá prejudicar a minha saúde. Isso percebo que
mudou, já consigo fazer novas caminhadas, já controlo a respiração, isso tudo a partir do
perceber que eu sou visceral, que tem toda uma emoção por trás, que favorece tudo essa raiva,
113
eu vou acolher, e esse acolher vai facilitando esse meu contato comigo mesma também a nível
de saúde.
3.Como você está com relação às características da “Asa” não desenvolvida e do seu
“Ponto de integração”?
Pois é, da primeira vez, foi altamente estranho, é...a primeira impressão, ficou
tudo muito bagunçado, ficou muito confuso,eu não consegui me identificar na primeira etapa,
eu lembro até de uma conversa que eu tive,antes da segunda etapa, com o padre Domingos, já
vésperas da segunda etapa, e eu cheguei pra ele e disse “pelo amor de Deus, ta tudo confuso,
eu não consigo perceber quem eu sou, como eu sou, o que eu sou"; a sensação que dá é de
que, realmente,a gente recebe muita informação, e a gente mesmo que quer esconder, na
verdade, o que a gente é. Então, a primeira impressão foi de muita confusão, depois, de muita
revolta, quando eu percebi quem eu era, mas um alívio...uma revolta misturada aí...com um
alívio muito grande de perceber como outras pessoas, dentro da minha personalidade. Eu sou
o tipo 1, então, o tipo 1, na verdade, não gosta muito de perceber limitações nem
imperfeições. E perceber isso em mim,não foi nada agradável, a princípio, mas me trouxe
certo alívio, no começo a vontade que eu tinha era dizer “mas tu tem que saber que eu sou
assim, por isso, isso e isso.?"; existe essa mania da gente, existe essa vontade de querer
justificar nossas falhas, a partir do que a gente descobre, mas, hoje, depois de tanto tempo
também eu percebo que eu já acolho muito mais aquilo que eu sou, não só acolho, como,
quando eu vejo alguém do meu tipo sofrendo com essas coisas, a minha primeira vontade é de
falar, de está dizendo” olha,mas não é assim, não é por aí". Na minha casa, nós nos
descobrimos quatro tipos 1, quatro pessoas do tipo 1, e foi uma experiência bonita, também,
no grupo de família, porque nós somos os 3 mais velhos, então tem toda uma resposta aí pra
isso, porque que esses três são tipos 1, e isso acalmou muita coisa, em mim, acalmou muita
114
coisa, pronto...eu fui cobrada quando criança, foi muita responsabilidade, nós somos muitos,
então papai e mamãe passaram a dividir o peso com a gente, com os primeiros; e hoje eu
acolho isso com mais naturalidade, antes eu tinha revolta, hoje eu já vejo que aconteceu
e...pronto,tem que acolher isso aí; e é muito mais fácil hoje em dia acolher essa idéia nova aí.
Pra te ser bem sincera,assim,eu achava que a minha não desenvolvida era uma
outra, um dia desses eu descobri que era outra, foi uma graça,porque eu percebi que na minha
adolescência, e isso é claro,a gente consegue perceber a asa desenvolvida na adolescência e
aí...com a maturidade a gente vai crescendo e vai desenvolvendo a outra e a primeira fica
então omitida, mas, na verdade, eu estou percebendo, eu comecei a descobrir, que
mecanismos que eu uso, que o jeito de fazer algumas coisas, a forma como eu atuo,
manifestam a asa da adolescência ainda,quer dizer, a outra que achava que já tinha
desenvolvido, ela ainda está muito...ainda tem muito a desenvolver. No meu caso, eu
desenvolvi na adolescência a asa 2,né, então, eu ainda percebo o mecanismo de chantagem
emocional, e cobranças em relação ao que eu faço, eu me dedico tanto, eu me esforço tanto e
ninguém percebe,né...e tudo isso está lá na...na...no mecanismo do jeito de ser do tipo 2; e
já...eu achava que já tinha muito da serenidade do 9, eu tenho...mas com quem não me
conheceu direito, depois que começa a me conhecer vê que o 2 é mais...então, ainda hoje... Eu
fiz o Eneagrama há quase 10 anos, e ainda hoje eu percebo que tem muita coisa
assim...transformada, mas o bonito é perceber que o Eneagrama vai te dando dicas pra isso,
né, e eu fui...tá com um mês, mais ou menos, que numa conversa, uma pessoa me abordou e
disse "presta atenção nas suas atitudes, tu não acha que tu não tem a asa 2?"; e eu toda
convencida de que tinha a asa 9, a serenidade do 9, aí eu caí em mim e vi "não, realmente eu
tenho é muito do 2 ainda", que era a da adolescência, então, existe uma outra faceta aí, a ser
desenvolvida ainda que seja o caso do tipo 9, buscar essa serenidade; que à primeira imagem
até passa, mas depois...muda um pouquinho, né.
115
Você acha que já conseguiu algumas coisas do 9?
Já, já consegui...já consegui relaxar, quando a coisa começa a pesar, já consegui
muito da integração, né, do deixar...do deixar acontecer, vou fazer o que me é possível fazer,
sem cobranças,sem...já consigo de vez em quando brincar com minha cobrança interna, já
consigo deixar ela um pouquinho de lado, e isso é muito positivo, né, assim, dá uma sensação
de...as pessoas já começam, principalmente a família, eu acho que a mudança vai acontecendo
quando a tua família começa a dizer “não, tu já ta muito diferente"; porque a família é onde a
gente...principalmente o tipo1...é onde a gente se expõe com maior...mais clareza, assim, sem
máscaras, sem ...sem...pronto, sem nada pra omitir aquilo que a gente é. E em casa, meus
irmãos já dizem "não, tu já mudou demais", né...então, isso é bem agradável. E eu percebo
que as minhas atitudes já são diferentes, que o meu jeito de fazer já é diferente, e isso eu estou
conquistando a partir do 9, por isso que é preciso desenvolver sim, essa idéia de ser mais
serena, do ficar mais tranqüila, do deixar, de ser da paz mesmo, do pegar o melhor do 9. Tudo
acontecer no seu tempo, sem muita pressa, sem muito estresse, isso não é fácil, pro tipo 1
então...que é altamente visceral, não é fácil...
E da sua integração, fale mais um pouquinho.
A integração é o mais difícil, eu acho, é mais fácil ir pro 9, conquistar ir atrás do
9, do que, eu diria, até é um pouco grosseiro, que tem que ser, a sensação que me dá é essa e
vou ser bem sincera, do que ser tão ridícula como o 7 é, pra mim, na minha impressão. Mas
ao mesmo tempo, é um ridículo que eu entendo que é baseado na alegria que eles tem
na...na... E que isso também deve ser meu caminho de conquista. Não é fácil. Eu tenho me
percebido com uma dificuldade terrível de brincar, de curtir, de...de ter a minha prioridade de
lazer, é muito mais fácil e agradável, pra mim, trabalhar...eu percebi, já descobri isso na
minha vida com clareza, e, no meu caso, eu preciso é ir atrás de lazer, preciso é desmarcar os
compromissos,preciso...e isso não está fácil, eu sempre acho...a gente sempre acha que precisa
116
ser fiel ao que assumiu, e no meu caso, eu sinto que ainda tem muito peso da personalidade 1
que precisa ser trabalhada e ir pra esse caminho do 7, que não é fácil não; é mais fácil eu ir
pro 4, aí é bom demais...aí é...ficar sofrendo as dores, se sentindo abandonada, essa coisa toda
aí que, nessas horas eu até confirmo a asa 2 bem desenvolvida, que aí vai sofrer as dores, mas
o 7 não é fácil.
Entrevista 9
1.Conte como foi sua experiência durante o curso?
A primeira etapa eu não fiz junto com o grupo,meus amigos já tinham feito, e eles
iam fazer a segunda, e eu fui correr atrás da primeira, pra poder fazer a segunda com eles, aí a
gente se reuniu , assim, várias vezes, pra eles me passarem, realmente, o conteúdo, né. Aí,
nessa história, um amigo meu, que é o George, que ele foi, tipo, o responsável, ele estava com
o material, ele tinha acabado de fazer o curso, aí foi conversando comigo tudo que estava
recente e estava fresquinho na cabeça dele. Ele me passou várias coisas e, antes desse
aprofundamento que a gente fez, reunido na casa dele, porque a gente era amigo, só da nossa
conversa mesmo, sobre, assim, geral, sobre as personalidades já mataram logo qual era o meu
tipo, eles estavam achando que era outro, por causa da asa, porque você vê a parede da casa,
mas você não vê o alicerce, você vê a asa, a fachada, e na conversa matou geral, eu peguei
logo que eu era o tipo 4 e foi legal isso, o negócio me surpreendeu, realmente você se
identifica, mas que não é só uma coisa de se identificar "ah, legal, eu sou isso", né, é mais que
isso, é um caminho de crescimento,então, além desse negócio da identificação que foi rápida,
que é legal, tem essa história do caminho, né, e pra mim foi bom demais. Durante, é um
negócio complicado, porque você, realmente tem que encarar coisas que são suas feridas, são
coisas que você foge; o assunto do curso é assustador, se for fazer um filme de terror, né...mas
eu acho que é uma coisa válida, é um processo que você tem que passar, porque os próximos,
117
depois...o bom depois, é muito grande, mas você tem que encarar no mesmo, tem que estar
preparado pra encarar o que você, normalmente, esconde, vem se utilizando de máscaras,
então, tem que ter essa predisposição.
O encontro é uma vivência bacana, pra você conversar com as outra pessoas a sua
personalidade, trocar idéias, eu acho que uma coisa que pé muito importante é
no...normalmente...não, é claro que, assim... O Domingos, na didática que ele trabalha no
curso, né, o curso, ele é mais, nas duas primeiras etapas, positivo, então, é o Domingos, você,
o Eneagrama, aquela coisa, né, e a terceira etapa já é mais de vivência,então, você vai
interagir com as pessoas da sua personalidade, sabendo dessa historia toda, vai trocar
experiências, e nessa interação, tipo, sai a figura do palestrante e entra a partilha, né, a troca
de experiências; isso é bacana também, porque você vai conversar comum a pessoa que já tem
uma caminhada maior, já redimiu certas coisas que você não redimiu ainda, você vai ouvir a
forma como ela trabalha aquilo, como ela vive hoje, venceu aquela coisa ruim da sua
personalidade,né, e outra, essa pessoa pode estar campeã em alguns pontos e ela pode estar
vacilando em outros, e você campeã nesses, aí você vai e troca a experiência e sai a figura do
professor, e entra essa troca que é muito válida, muito bacana, que você vê que a outra pessoa
venceu aquilo, redimiu aquilo, está tranqüilo, então,troca essa experiência legal.Acho que o
tipo 4 ele é um tipo que tem a sua ferida, né, no começo de tudo, naquela questão do
abandono, da sensação de não ser amado, e é muito importante...ah, ele vive numa ilusão,em
um jogo, porque ele tem essa ferida, e essa ferida vai condicioná-lo a viver em um jogo de
auto valorização, de independência, de coisas que é tudo fachada, tudo mentira, então ele vai
chegar ao ponto de até se sentir mais que algumas pessoas, querer ser mais que algumas
pessoas, agredir outras pessoas, mas na verdade ele tem uma coisa que é essa sensação do
abandono, que é a ferida original,né, e no processo Eneagrama, é muito importante
você...você vai tomando consciência disso tudo, né, é muito difícil...pra mim foi né, quando
118
caiu a ficha, que o caminho do Eneagrama vai mostrar seu tipo, no começo eu "vixe Maria...",
mas com o tempo assim, você vê que isso é bobagem, e que a proposta...o caminho,
realmente, não é abandonar a personalidade, né, é abando Aquelas coisas que te fazem ruim,
que te fazem...que são ilusórias, que são máscaras e...as agressões que você consegue fazer
com as outras pessoas, e uma coisa que foi muito boa pra mim, depois de uma caminhada que
eu já tinha, foi fazer alguns encontros que tem...que é a quarta etapa do Eneagrama, tem outra
dinâmica que o Domingos está trabalhando, que é a questão do renascimento, que isso faz a
personalidade do quatro voltar à ferida, ele encara de novo e a vivência novamente dessa
coisa que condicionou tudo faz ele crescer bastante, proporciona uma mudança e é um reforço
pra você abandonar certas raivas e compreender certas coisas que você faz a partir dessa
ferida, então você sangrando e curando aquilo, você vai curar um bocado de coisa, mas você
precisa tomar consciência disso tudo, né, querer mudar isso tudo, aí você ganha um reforço,
né, que é um reforço de você encarar que é a ferida e viver esse momento de novo e
compreender e amadurecer isso e reescrever essa coisa ruim. Então, o Eneagrama te dá essa
contemplação e você querer mudar isso tudo, você pode fazer muita coisa sozinho, mas é
fundamental essa experiência da ferida,porque ele vai experimentar, vai compreender porque
ele foi abandonado, vê que as pessoas, de repente, não tinham culpa, ele vai compreender, né,
que a ferida, ela é formada é porque você não tem maturidade pra compreender o que está
vivendo, aí você não sabe nem porque você se sente machucado e ferido, e a ferida vai ficar
pra sempre, né. Aí você volta naquele momento, compreende e tal e reescreve a história que
aconteceu com a sua mentalidade e isso te ajuda a crescer espiritualmente.
2.O Eneagrama tem alguma relação com a sua saúde?
Eu tenho até estudado muito sobre isso, eu acredito que é fundamental...até
pra...por que...falar do tipo 4 né...ele...quando ele está mal...alguma coisa...por que... Vou
119
começar de novo... Eu acredito nas doenças psicossomáticas, que começa no psicológico e
soma, que é o corpo; do psicológico vai pro corpo,alguma coisa se afeta. E isso é muito caro
pra mim,porque quando eu estava em alguma crise emocional, alguma coisa de sentimento,
isso, nitidamente, automaticamente, eu somatizava no meu peito, eu sentia dificuldade de
respiração e...ainda bem que eu cresci e evolui nisso e nunca mais isso me...é claro que você
passa por situações que você sente,né, mas, hoje em dia, eu não...tipo assim, uma coisa é um
fato externo, que é...morte do seu tio que você sente, outra coisa é você está preso a uma
estratagema, alguma coisa da emoção, alguma coisa do psicológico e você não ter consciência
daquilo, fica saboreando aquilo,fica cultivando aquilo, não tem consciência, e aquilo vai
afetando e você vai deixando, porque você não sabe o que está se passando; com o eneagrama
não, com o eneagrama você tem consciência, você "peraí, que conversa é essa, não vai ser
assim não" e com a consciência você consegue dá um direcionamento. Eu lembro que teve
uma fase, foi mais ou menos na época em que eu estava fazendo o curso do eneagrama, a
minha namorada não era minha namorada atual e ela morava fora, a gente namorava a
distância, aí...sem querer julgar quem namora a distância, acho que depende de cada um, mas
isso era uma coisa ruim, porque vinha a questão da melancolia, vinha a saudade, somatizava
tudo, somatizava no peito e aquela coisa de baixo astral, eu não sei onde é que isso ia dá, mas
boa coisa não era,né, então, eu sentia, realmente, meu peito pesado; e com relação a
sublimação artística, eu sempre desenhava, assim, como se fosse um personagem, um
rapaz...uma caricatura que eu fiz, baseado nas coisas que eu tinha, que lembro da...um rapaz
deitado no chão e, assim, um avião, um Boeing caindo com tudo em cima do peito dessa
pessoa e o chão rachado, e ele quase...sabe, aquela coisa no peito, carregando. Hoje em dia,
eu acredito que eu sou livre disso, completamente, graças ao eneagrama, graças á consciência
que eu tenho disso tudo, é claro que a gente sente alguma coisa, mas mais por fator externo,
120
algum fato, alguma coisa assim...morreu um rapaz que reagiu a um assalto, e você fica
"pôxa", não por essas estratagemas que a coisa da personalidade leva a pessoa.
3.Como você está com relação às características da “Asa” não desenvolvida e do seu
“Ponto de integração”?
No caminho do Eneagrama, nos cursos, nas etapas, foi um negócio que foi...um
processo difícil, você reconhecer, começar a respeitar, porque as pessoas da personalidade da
asa reprimida sofrem com o tipo 4, ele cai em cima, escarra mesmo, então primeiro foi um
processo de respeito, de ver a dignidade do outro, aprender com essas pessoas e eu acho que,
hoje em dia, está...nos entendemos. A minha asa, a 5, né, eu acho que a gente se entende, essa
parte...hoje em dia eu já estou bem maduro com relação comigo mesmo, né, baixei a bola da
asa 3, hoje em dia eu boto o olho nos meus estudos, no meu trabalho, eu acho que é onde eu
consigo vê mais...eu acho que o crescimento, no Eneagrama, ele rebate muito, assim, na
questão profissional, assim, é muito importante, pra mim, né, que é o cara que o ruim dele é a
desorganização, a falta de compromisso, então, o tipo 4, principalmente, você vai crescendo
no Eneagrama e vai aprimorando o seu potencial profissional, acho que isso é muito
importante pras pessoas do tipo 4, eles se tornarem responsáveis, competentes e...responsável,
pra não precisar falar um bocado de coisa. E abraçando a sua asa 5, você começa a ser mais
conciso naquilo que você fala, porque você vai batalhar e vai atrás de ler tudo e tal...
E com relação à integração?
Com relação à integração é parecido, né, com relação à asa, precisa redimir,
primeiro começa com aquela questão do respeito e...eu tive uma ajuda muito grande com
minha namorada, ela é da personalidade da minha integração, ela é tipo 1, então, a nossa
vivência...porque a gente alem de ser namorado, ter essa parte amorosa, a gente também
trabalha juntos, é engajado em um projeto que a gente acredita, né, que é a crisma, então, a
121
gente junto com o movimento, junto com o padre Domingos, a gente prepara eventos e nesses
trabalhos, divisão de tarefas, a organização,reunião e tudo é uma oportunidade de está junto
com ela e desenvolver...vendo ela fazendo, a forma de ela trabalhar e o de outras pessoas
também, e acolher isso que é meu também, não é só de mim, é de tudo mundo, os tipos são de
todos,você tem que aprender com todos e crescer. Pra mim,foi muito importante essa vivência
com ela e hoje em dia está...também nos entendemos.
Entrevista 10
1.Conte como foi sua experiência durante o curso?
A primeira etapa eu gostei muito e o interessante é que você começa até a
entender as pessoas com quem você convive, então eu identifiquei meu marido, minhas
filhas...e aí você passa a entender porque que elas agem daquela forma, eu acho que te essa
riqueza do eneagrama, é você poder aceitar as pessoas como elas são, e você entender porque
elas são daquela forma e você passa a se relacionar melhor.Eu acho muito rico, porque são
pessoas que tem uma experiência do curso e acaba aprofundando alguns aspectos, e você
acaba descobrindo coisas novas, a cada encontro você se enriquece mais, tira dúvidas.
2.O Eneagrama tem alguma relação com a sua saúde?
Você sabe que o tipo 9 é aquela pessoa que as vezes nem se toca dessas coisas de
saúde, num tenho ido pro médico, mas eu acho que a partir do momento que eu estou
expressando meus sentimentos, então eu estou sentindo assim...eu vivia num estresse muito
grande, vivia reprimida demais... E eu acho que estou mais saudável em relação a isso, no que
eu reprimo, geralmente eu estou somatizando as minhas tensões, as minhas raivas, embora eu
seja uma pessoa muito saudável, nunca tive problema de saúde,basta dizer que faz 20 anos
que não faço exame de sangue, acredita? Eu só vou ao ginecologista fazer a minha prevenção,
122
eu me acho uma pessoa muito tranqüila, eu sou muito calma, eu tenho certa tranqüilidade pra
lhe dá com problemas de tensão. O entrave hoje está sendo a minha relação com meu marido,
é aquela questão da relação do 3 com o 9...é muita submissão, é muito autoritarismo dele e tal,
e eu vou me rebaixando, eu espero que a coisa consiga encontrar um caminho pra gente
continuar vivendo.
3.Como você está relação a sua asa não desenvolvida e com o seu ponto de integração?
Olha...eu gosto muito de ser o tipo 9, até porque a forma que a gente lida, com
estresse, com tensão, o que me incomoda é mais a questão da desintegração que é uma coisa
muito forte, que é você se omitir, as vezes, evitar conflitos, dificuldade pra tomar certas
decisões,dificuldade de se confrontar, de discordar; mas depois que eu comecei a tomar
consciência, a coisa começou a surtir efeito em mim. Eu sinto de certa forma que eu estou
vivendo uma crise, porque meu marido é tipo 3, ele se acha o máximo...pra mim vai ser muito
bom, eu não sei no que vai dar, seja o que for, eu acho que estou caminhando para a minha
integração e para o meu amadurecimento, eu era muito submissa e agora eu não sou mais, eu
estou me expressando, estou me descobrindo... Eu acho que estou desenvolvendo minhas
asas, minha asa 8 é muito reprimida, e agora eu vejo que as vezes manifesto uma
irritabilidade, as vezes, alem do normal, mas não esta me incomodando, eu acho que eu ainda
preciso melhorar muito, mas eu acho que estou caminhando. Estou crescendo muito, quando
você toma conhecimento você aprende a lidar com isso. Eu não consigo mais deixar de falar
as coisas que estão me incomodando, as coisas que me incomodam eu estou expressando.
123
Entrevista 11
1.Conte como foi sua experiência durante o curso?
Não... Eu me senti bem, foi...no início é meio chocante, quando você percebe que
você é daquele tipo e tudo, tem coisas que mexem muito com você, mas eu aceitei bem, sabe,
eu não tive problema nenhum de me aceitar do jeito que eu sou, e achei legal.
Você atribui a que, o fato de você ter se sentido bem, você acha que essa história de
aceitar é devido a que?
Eu achei que...porque é bom, né, você ter um auto-conhecimento, tem coisas que
você já sabe também, mas tem coisas novas que vai aparecendo, tinha horas que eu pensava
assim "eu sou isso aí mesmo?", "eu sou desse jeito mesmo?", mas no fundo, a gente já sabe
um pouquinho como a gente é, entendeu. Então, não teve nada assim que me...causasse em
mim...
2.O Eneagrama tem alguma relação com a sua saúde? O Eneagrama pode ajudar na sua
saúde?
Pode, porque eu achei, assim, que a gente se descobrindo e a gente melhorando
essa questão...o Eneagrama também tem a ver com essa questão da qualidade, então você
procurando melhorar, se integrar, e amadurecer vai te ajudar a você entender mais sua vida, e
procurar buscar mais equilíbrio, ser uma pessoa mais equilibrada, e a partir do momento que
você consegue isso, isso muda na sua saúde, porque eu mesma sou uma pessoa muito
depressiva, o tipo 9 é depressivo, essa depressão me causou uma pressão alta, por causa da
minha ansiedade e tal; então eu acho assim, quanto mais ele procurar me ajudar a entender as
pessoas e me entender, pra procurar me equilibrar, isso vai repercutir na minha saúde. A
minha pressão alta se desenvolveu por conta disso, estresse e tudo, entendeu, e você vai
amadurecendo.
124
3. como você está com relação a sua asa não desenvolvida e com o seu ponto de
integração?
Eu sinto que eu já tenho um pouquinho do 8, que eu já não engulo tanto, eu já não
sou assim tão reprimida como ela foi, eu não sou muito de engolir, eu sou de botar tudo pra
fora, então eu sinto que já tenho uma asinha mais 8.
Entrevista 12
1.Conte como foi sua experiência durante o curso?
A primeira etapa,eu achei assim um pouco cansativa, na medida em que você vai
vendo e tendo que ver todos os tipos, achei aquela coisa bem cansativa, fora que é uma
questão...assim, é bem duro você se identificar e ver que você é daquele jeito mesmo, mas no
fundo eu gostei de descobrir que eu era daquele jeito, eu me identifiquei com aquele tipo e
gostei, porque veio ao encontro de muitas respostas e de muitas perguntas minhas, interiores,
aí eu descobri porque que eu era assim,porque que eu agia dessa forma, que tantas coisas
minhas que não deram certo...eu entendi isso através do meu tipo, e foi bom,porque eu
aprendia a me perdoar, a ter mais paciência comigo, a ter mais tranqüilidade, a não me
agoniar por eu ser daquela forma, e ao mesmo tempo me ajudou a sair desse meu eu, desse
meu tipo, porque eu acho que o importante é isso, você não se acomodar no seu tipo do
eneagrama, você perceber que você não é aquilo, que é uma máscara, que aquilo não existe,
que você pode ser mais , que você pode superar; então,no decorrer do Eneagrama eu fui
descobrindo isso. Eu me senti muito bem me auto-conhecendo, me senti bem. É aquilo que eu
te disse, não sou eu, é uma máscara que...foi o que eu compreendi do eneagrama...que é
apenas uma máscara pra poder viver na sociedade.
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2.O Eneagrama tem alguma relação com a sua saúde?
Especificamente eu não percebi, nenhuma mudança, até porque eu não tenho
nenhum problema de saúde, não tenho como te responder.
Imagina que a partir do que você descobriu no eneagrama, sabendo que é o tipo 4,
sabendo que pode melhorar, você acha que ele pode te ajudar?
É, com certeza, porque o tipo 4 é o tipo que tem mais tendência a ter depressão,
então, com certeza, fica mais fácil de você ter cuidado e perceber o momento que você está
caindo, que você está querendo entrar em uma de baixo astral e querer caminhar por esse
caminho, então, com certeza o Eneagrama ajuda, nesse sentido de você puxar pra esse lado.
3.Como você está com relação às características da “Asa” não desenvolvida e do seu
“Ponto de integração”?
A asa que eu desenvolvi na adolescência foi a 3, com certeza, eu sempre quis
aparecer, eu acho que o 4 tem também essa coisa de está assim...de querer chamar atenção, e
minha asa não desenvolvida é o 5, que por sinal eu identifico aqui na minha casa um irmão
meu sendo tipo5, e eu achava ele intelectual demais pro meu gosto, então, no momento eu
tenho que estudar bastante pra concurso, então, eu entendo isso, essa questão da disciplina, de
querer conhecer as coisas, então eu acho que estou desenvolvendo essa minha asa por esse
lado.
Está sendo fácil?
É difícil, não é fácil treinar essa auto-disciplina, essa coisa de ser rígido.
E com relação ao seu ponto de integração?
Quando eu fiz o eneagrama, quando eu fiz a primeira etapa, o que eu mais
marquei daquelas listas que o padre deu, foi do tipo 1, que é meu ponto de integração, porque
126
eu me identifiquei demais... Mas quando ele explicou o tipo 1, que foi o último, eu não me
identifiquei com a explicação dele, aí eu descobri que era porque eu admirava muito aquelas
características do tipo 1, eram coisa que eu queria ser, e coisas que ás vezes eu não era, eu
tinha muita coisa do tipo 1, mas depois que eu fui vê que era meu ponto de integração...é tanto
que eu boto na minha cabeça que eu sou tipo 1, pra ser mais disciplinada, de não ficar parada,
de ter que fazer uma coisa e resolver logo e não deixar pra depois.
127
IAD - Instrumento de análise do discurso
1ª Questão: Como foi sua experiência durante o curso?
IAD1
EXPRESSÕES-CHAVE IDÉIAS CENTRAIS 1- Eu passei a semana inteira esperando o meu tipo, então eu já estava ansiosa, bastante nervosa, porque eu tava achando que eu não era nada, o então eu era muita coisa de cada um, então foi muita ansiedade, mais aí cheguei num denominador comum. Ah, o sentimento mais forte foi quando eu descobri. Ao pegar a folha do tipo 8 muita coisa se encaixou em mim de 25 perguntas eu respondi 22, foi muito forte para mim, então quando eu descobri a sensação era de que todo mundo sabia que eu era daquele tipo, que sou eu escrito num papel, que eu não tinha como fugir, ao mesmo tempo queria fugir, porque eu não era tão ruim como parecia e nem era tão boa quanto parecia, mas sensação mais forte foi a de angústia para descobrir e de angústia ao descobrir, depois é que veio a tranqüilidade caiu a ficha de que realmente era.
(1ª idéia central) Angústia para
descobrir e angústia ao descobrir C
2–Essa coisa que mexe em você, eu fugia um pouco disso, mas assim eu lia muito, lia muito, várias vezes cada afirmativa de cada tipo, você começa a ver que é possível ser feliz, com o que você é com as pessoas do jeito que elas são, eu acho que você começa a tentar perceber que a gente tem que respeitar mais, ajudar mais, a partir do que nós somos e a partir também do que elas são.
(1ª idéia central) Você entende, mas não aceita.
D
2ª (idéia central) Você começa a ver o que fazer com o que você é você começa
a ver que é possível ser feliz. A
3 – Eu me senti muito bem, porque o facilitador do curso foi muito claro e deu pra abraçar todas as questões, então, não ficou-se nenhuma dúvida, eu, ou qualquer outro participante; eu notei que todo mundo ficou sem dúvida e alcançou o objetivo. Eu sou uma pessoa muito calma, e não me incomodo com uma coisa ruim ou boa que eu possa ter, simplesmente, tento mexer no que é ruim pra ficar melhor, mas não me incomoda.
(1ª idéia central) Eu me senti muito bem, porque o facilitador foi muito
claro. A
(2ª idéia central) Não me incomoda. B
4 – A minha primeira reação foi negar (...) percebi que tinha que assumir (...) que eu tinha que me trabalhar (...) isso me chocou muito.
(1ª idéia) A minha primeira reação foi negar
D
128
5 – Eu senti uma vontade muito grande de me conhecer mais, procurar sentir essas coisas, e procurar ver... através dos tipos me conhecer mais e, durante todo o percurso, né, todos os tipos eu me identifiquei bem, sabe, me identifiquei em todos os tipos, e até naquela...papel de marcar, de ficar marcando, né, eu peguei e marquei quase em todos,praticamente o mesmo tanto; em todos né, em todos foi quase o mesmo tanto; eu até fiquei brincando até que eu...eu era o tipo 10, porque eu não conseguia me identificar bem, assim, em todos, né,(...) E...aí foi que me deu mais vontade de pegar e, na hora do curso, eu me disse isso na hora do curso, eu peguei...deu mais vontade ainda de pegar e "não, eu vou ter que me identificar agora nem que seja na marra", e isso foi muito interessante,porque, nesse final de semana da primeira etapa, eu procurei muito...me dediquei muito a esse curso, né; porque eu vi que era uma coisa boa pra mim, uma coisa muito significativa pro meu conhecimento, ainda mais pra...por causa disso, né, essa minha...minha dificuldade de tentar me descobrir,me identificar, essa minha curiosidade de tentar me descobrir cada vez mais.
(1ª idéia) Eu senti uma vontade muito grande de me conhecer, mas me identifiquei com todos os tipos.
D (2ª idéia) Eu vou ter que me identificar,
nem que seja na marra. D
6 – É... quando ele falava, chegou um, dois...eu fiquei lá, até comecei a rir, depois chegou no(meu)(...) , então fiquei um pouco confuso; eu só passei aqui, fiquei parado e vendo.(...) então começou a mexer comigo, veio algumas idéias na cabeça, umas coisas que eu já fiz, que eu ia fazer, então...me tocou, então...durante os outros, eu achava engraçado, os outros, mas o (meu) mesmo que me incomodou.
(1ª idéia) Nem queira ser, mas tive que aceitar.
D
7 – Então foi interessante, também, descobrir, perceber a personalidade das pessoas, a gente... isso ajudou muito o nível de crescimento, aí a gente entendia mais um pouco uma a outra, dava mais desconto, também, né, em algumas situações, algumas colocações...eu gostei muito.
(1ª idéia) Eu gostei muito A
8 – Na época eu lembro que eu era muito tímida, então, eu tinha medo de me expor, e eu não me senti exposta, então, pra mim, eu me senti em casa, foi muito tranqüilo (...). Pra mim foi até um alívio (...), ir conhecendo a realidade da pessoa, né, das pessoas que eram
(1ª idéia) Eu não me senti exposta, eu me senti em casa, foi muito tranqüilo.
B
129
apresentadas no tipo, a partir de personalidades, foi interessante, primeiro porque eu fui percebendo que... pronto...tinha alguém parecida comigo ali naquela história e que eu poderia me sentir mais acolhida(...)não me senti cobrada de nada
9 – O negócio me surpreendeu realmente você se identifica, mas que não é só uma coisa de se identificar "ah, legal, eu sou isso", né, é mais que isso, é um caminho de crescimento, então, além desse negócio da identificação que foi rápida que é legal, tem essa história do caminho, né, e pra mim foi bom demais. Durante, é um negócio complicado, porque você, realmente tem que encarar coisas que são suas feridas, são coisas que você foge; o assunto do curso é assustador, se for fazer um filme de terror, né... mas eu acho que é uma coisa válida, é um processo que você tem que passar, porque os próximos, depois...o bom depois, é muito grande, mas você tem que encarar n=mesmo, tem que estar preparado pra encarar o que você, normalmente, esconde, vem se utilizando de máscaras, então, tem que ter essa predisposição.
(1ª idéia) O negócio me surpreendeu a identificação foi rápida.
C
(2ª idéia) Durante o negócio é complicado, o curso é assustador, tem
que encarar, tem que ter predisposição. C
10 – Eu gostei muito e o interessante é que você começa até a entender as pessoas com quem você convive,... e aí você passa a entender porque que elas agem daquela forma, eu acho que te essa riqueza do eneagrama, é você poder aceitar as pessoas como elas são, e você entender porque elas são daquela forma e você passa a se relacionar melhor.
(1ª idéia) Eu gostei muito... você começa a entender as pessoas com quem você
convive e passa a se relacionar melhor. A
11 – Eu me senti bem, foi... no início é meio chocante, quando você percebe que você é daquele tipo e tudo, tem coisas que mexem muito com você, mas eu aceitei bem, sabe, eu não tive problema nenhum de me aceitar do jeito que eu sou, e achei legal.(...)porque é bom, né, você ter um auto-conhecimento, tem coisas que você já sabe também, mas tem coisas novas que vai aparecendo, tinha horas que eu pensava assim "eu sou isso aí mesmo?", "eu sou desse jeito mesmo?", mas no fundo, a gente já sabe um pouquinho como a gente é, entendeu.
(1ª idéia) Eu me senti bem. A
(2ª idéia) No fundo a gente já sabe um pouquinho como a gente é.
B
12– Eu achei assim um pouco cansativa, na medida em que você vai vendo e tendo que ver
(1ª idéia) Achei um pouco cansativa. C
130
todos os tipos, achei aquela coisa bem cansativa, fora que é uma questão... assim, é bem duro você se identificar e ver que você é daquele jeito mesmo, mas no fundo eu gostei de descobrir que eu era daquele jeito, eu me identifiquei com aquele tipo e gostei, porque veio ao encontro de muitas respostas e de muitas perguntas minhas, interiores, aí eu descobri porque que eu era assim,porque que eu agia dessa forma, que tantas coisas minhas que não deram certo...eu entendi isso através do meu tipo.
(2ª idéia) É bem duro você se identificar, mas no fundo eu gostei de descobrir que
eu era daquele jeito. D
IAD2
A – Eu me senti muito bem
EXPRESSÕES-CHAVE DSC 2. – Você começa a ver que é possível ser feliz, com o que você é com as pessoas do jeito que elas são, eu acho que você começa a tentar perceber que a gente tem que respeitar mais, ajudar mais, a partir do que nós somos e a partir também do que elas são. 3 – Eu me senti muito bem, porque o facilitador do curso foi muito claro e deu pra abraçar todas as questões, então, não ficou-se nenhuma dúvida, eu, ou qualquer outro participante; eu notei que todo mundo ficou sem dúvida e alcançou o objetivo. 7 – então foi interessante, também, descobrir, perceber a personalidade das pessoas, a gente... isso ajudou muito o nível de crescimento, aí a gente entendia mais um pouco uma a outra, dava mais desconto, também, né, em algumas situações, algumas colocações...eu gostei muito. 8 – na época eu lembro que eu era muito tímida, então, eu tinha medo de me expor, e eu não me senti exposta, então, pra mim, eu me senti em casa, foi muito tranqüilo (...). 10 – Eu gostei muito e o interessante é que você começa até a entender as pessoas com quem você convive,... e aí você passa a entender porque que elas agem daquela forma, eu acho que te essa riqueza do eneagrama, é
Eu me senti bem, foi...no início é meio chocante, quando você percebe que você é daquele tipo e tudo, tem coisas que mexem muito com você, mas eu aceitei bem, sabe, eu não tive problema nenhum de me aceitar do jeito que eu sou, e achei legal. Na época eu lembro que eu era muito tímida, então, eu tinha medo de me expor, e eu não me senti exposta, então, para mim, eu me senti em casa, foi muito tranqüilo.Eu me senti muito bem, porque o facilitador do curso foi muito claro e deu pra abraçar todas as questões, então, não ficou-se nenhuma dúvida, eu, ou qualquer outro participante;eu notei que todo mundo ficou sem dúvida e alcançou o objetivo.Então foi interessante, também, descobrir, perceber a personalidade das pessoas. O interessante é que você começa até a entender as pessoas com quem você convive,e aí você passa a entender porque que elas agem daquela forma, eu acho que te essa riqueza do eneagrama, é você poder aceitar as pessoas como elas são, e você entender porque elas são daquela forma e você passa a se relacionar melhor. Você começa a ver que é possível ser feliz, com o que você é com as pessoas do jeito que elas são, eu acho que você começa a tentar perceber que a gente tem que respeitar mais, ajudar mais,a partir do que nós somos e a partir também do que elas são.
131
você poder aceitar as pessoas como elas são, e você entender porque elas são daquela forma e você passa a se relacionar melhor. 11– Eu me senti bem, foi...no início é meio chocante, quando você percebe que você é daquele tipo e tudo, tem coisas que mexem muito com você, mas eu aceitei bem, sabe, eu não tive problema nenhum de me aceitar do jeito que eu sou, e achei legal.(...)
IAD2
B – Identificação tranqüila
EXPRESSÕES-CHAVE DSC 3 – Eu sou uma pessoa muito calma, e não me incomodo com uma coisa ruim ou boa que eu possa ter, simplesmente, tento mexer no que é ruim pra ficar melhor, mas não me incomoda 8– Pra mim foi até um alívio, ir conhecendo a realidade da pessoa, né, das pessoas que eram apresentadas no tipo, a partir de personalidades.Foi interessante,primeiro porque eu fui percebendo que...pronto...tinha alguém parecida comigo ali naquela história e que eu poderia me sentir mais acolhida não me senti cobrada de nada 11 – Porque é bom, né, você ter um auto-conhecimento, tem coisas que você já sabe também, mas tem coisas novas que vai aparecendo, tinha horas que eu pensava assim "eu sou isso aí mesmo?", "eu sou desse jeito mesmo?", mas no fundo, a gente já sabe um pouquinho como a gente é, entendeu.
Foi interessante, primeiro porque eu fui percebendo que...pronto...tinha alguém parecida comigo ali naquela história e que eu poderia me sentir mais acolhida, não me senti cobrada de nada Pra mim foi até um alívio, ir conhecendo a realidade da pessoa, né, das pessoas que eram apresentadas no tipo, a partir de personalidades. Eu sou uma pessoa muito calma, e não me incomodo com uma coisa ruim ou boa que eu possa ter, simplesmente, tento mexer no que é ruim pra ficar melhor, mas não me incomoda, porque é bom, né, você ter um auto-conhecimento, tem coisas que você já sabe também, mas tem coisas novas que vai aparecendo. Tinha horas que eu pensava assim "Eu sou isso aí mesmo?", "Eu sou desse jeito mesmo?", mas no fundo, a gente já sabe um pouquinho como a gente é, entendeu
IAD2
C – Incômodo inicial
EXPRESSÕES-CHAVE DSC 1 – Eu passei a semana inteira esperando o meu tipo, então eu já estava ansiosa, bastante nervosa, porque eu tava achando que eu não era nada, o então eu era muita coisa de cada um, então foi muita ansiedade, mais aí cheguei num denominador comum. Ah, o sentimento
Durante, é um negócio complicado, porque você, realmente tem que encarar coisas que são suas feridas, são coisas que você foge; o assunto do curso é assustador, se for fazer um filme de terror, né! Eu achei assim um pouco cansativa, na medida em que você vai
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mais forte foi quando eu descobri, ao pegar a folho do tipo 8 muita coisa se encaixou em mim de 25 perguntas eu respondi 22, foi muito forte para mim, então quando eu descobri a sensação era de que todo mundo sabia que eu era daquele tipo, que sou eu escrito num papel, que eu não tinha como fugir, ao mesmo tempo queria fugir, porque eu não era tão ruim como parecia e nem era tão boa quanto parecia, mas sensação mais forte foi a de angústia para descobrir e de angústia ao descobrir, depois é que veio a tranqüilidade caiu a ficha de que realmente era. 9– O negócio me surpreendeu, realmente você se identifica, mas que não é só uma coisa de se identificar "ah, legal, eu sou isso", né, é mais que isso, é um caminho de crescimento,então, além desse negócio da identificação que foi rápida, que é legal, tem essa história do caminho, né, e pra mim foi bom demais. Durante, é um negócio complicado, porque você, realmente tem que encarar coisas que são suas feridas, são coisas que você foge; o assunto do curso é assustador, se for fazer um filme de terror, né...mas eu acho que é uma coisa válida, é um processo que você tem que passar, porque os próximos, depois...o bom depois, é muito grande, mas você tem que encarar mesmo, tem que estar preparado pra encarar o que você, normalmente, esconde, vem se utilizando de máscaras, então, tem que ter essa predisposição. 12 – Eu achei assim um pouco cansativa, na medida em que você vai vendo e tendo que ver todos os tipos, achei aquela coisa bem cansativa.
vendo e tendo que ver todos os tipos, achei aquela coisa bem cansativa. Eu passei a semana inteira esperando o meu tipo, então eu já estava ansiosa, bastante nervosa, porque eu tava achando que eu não era nada, o então eu era muita coisa de cada um, então foi muita ansiedade, mais aí cheguei num denominador comum. Ah, o sentimento mais forte foi quando eu descobri ao pegar a folha do tipo 8 muita coisa se encaixou em mim de 25 perguntas eu respondi 22, foi muito forte para mim, então quando eu descobri a sensação era de que todo mundo sabia que eu era daquele tipo, que sou eu escrito num papel, que eu não tinha como fugir, ao mesmo tempo queria fugir, porque eu não era tão ruim como parecia e nem era tão boa quanto parecia, mas sensação mais forte foi a de angústia para descobrir e de angústia ao descobrir, depois é que veio a tranqüilidade caiu a ficha de que realmente era. O negócio me surpreendeu, realmente você se identifica, mas que não é só uma coisa de se identificar "Ah, legal, eu sou isso!", né, é mais que isso, é um caminho de crescimento,então, além desse negócio da identificação que foi rápida, que é legal, tem essa história do caminho. Mas eu acho que é uma coisa válida, é um processo que você tem que passar, porque os próximos, depois...o bom depois, é muito grande, mas você tem que encarar mesmo, tem que estar preparado pra encarar o que você, normalmente, esconde, vem se utilizando de máscaras, então, tem que ter essa predisposição.
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D – Dificuldade de identificação
EXPRESSÕES-CHAVE DSC 2 – Essa coisa que mexe em você, eu fugia um pouco disso, mas assim eu lia muito, lia muito, várias vezes cada afirmativa de cada tipo 4 – A minha primeira reação foi negar (...) percebi que tinha que assumir (...) que eu tinha que me trabalhar (...) isso me chocou muito.
Essa coisa que mexe em você, eu fugia um pouco disso, mas assim eu lia muito, lia muito, várias vezes cada afirmativa de cada tipo. Eu senti uma vontade muito grande de me conhecer mais, procurar sentir essas coisas, e procurar ver...através dos tipos me
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5 – Eu senti uma vontade muito grande de me conhecer mais, procurar sentir essas coisas, e procurar ver...através dos tipos me conhecer mais e, durante todo o percurso, né, todos os tipos eu me identifiquei bem, sabe, me identifiquei em todos os tipos, e até naquela...papel de marcar, de ficar marcando, né, eu peguei e marquei quase em todos,praticamente o mesmo tanto; em todos né, em todos foi quase o mesmo tanto; eu até fiquei brincando até que eu...eu era o tipo 10, porque eu não conseguia me identificar bem, assim, em todos, né,(...) E...aí foi que me deu mais vontade de pegar e, na hora do curso, eu me disse isso na hora do curso, eu peguei...deu mais vontade ainda de pegar e "não, eu vou ter que me identificar agora nem que seja na marra", e isso foi muito interessante,porque, nesse final de semana da primeira etapa, eu procurei muito...me dediquei muito a esse curso, né; porque eu vi que era uma coisa boa pra mim, uma coisa muito significativa pro meu conhecimento, ainda mais pra...por causa disso, né, essa minha...minha dificuldade de tentar me descobrir,me identificar, essa minha curiosidade de tentar me descobrir cada vez mais. 6- – É...quando ele falava, chegou um, dois...eu fiquei lá, até comecei a rir, depois chegou ao meu... , então fiquei um pouco confuso; eu só passei aqui, fiquei parado e vendo... Então começou a mexer comigo, veio algumas idéias na cabeça, umas coisas que eu já fiz, que eu ia fazer, então...me tocou, então...durante os outros, eu achava engraçado, os outros, mas o meu mesmo que me incomodou. 12– É bem duro você se identificar e ver que você é daquele jeito mesmo, mas no fundo eu gostei de descobrir que eu era daquele jeito, eu me identifiquei com aquele tipo e gostei, porque veio ao encontro de muitas respostas e de muitas perguntas minhas, interiores, aí eu descobri porque que eu era assim,porque que eu agia dessa forma, que tantas coisas minhas que não deram certo...eu entendi isso através do meu tipo.
conhecer mais e, durante todo o percurso, né, todos os tipos eu me identifiquei bem, sabe, me identifiquei em todos os tipos, e até naquela...papel de marcar, de ficar marcando, né, eu peguei e marquei quase em todos,praticamente o mesmo tanto; em todos né, em todos foi quase o mesmo tanto; eu até fiquei brincando até que eu...eu era o tipo 10, porque eu não conseguia me identificar bem, assim, em todos, né,! E...aí foi que me deu mais vontade de pegar e, na hora do curso, eu me disse isso na hora do curso, eu peguei...deu mais vontade ainda de pegar e "não, eu vou ter que me identificar agora nem que seja na marra", e isso foi muito interessante,porque, nesse final de semana da primeira etapa, eu procurei muito...me dediquei muito a esse curso, né; porque eu vi que era uma coisa boa pra mim, uma coisa muito significativa pro meu conhecimento, ainda mais pra...por causa disso, né, essa minha...minha dificuldade de tentar me descobrir,me identificar, essa minha curiosidade de tentar me descobrir cada vez mais. É...quando ele falava, chegou um, dois...eu fiquei lá, até comecei a rir, depois chegou ao meu tipo, então fiquei um pouco confuso; eu só passei aqui, fiquei parado e vendo... Então começou a mexer comigo, veio algumas idéias na cabeça, umas coisas que eu já fiz, que eu ia fazer, então... Me tocou, então...durante os outros, eu achava engraçado, os outros, mas o meu mesmo que me incomodou. A minha primeira reação foi negar. Percebi que tinha que assumir que eu tinha que me trabalhar, isso me chocou muito. É bem duro você se identificar e ver que você é daquele jeito mesmo, mas no fundo eu gostei de descobrir que eu era daquele jeito, eu me identifiquei com aquele tipo e gostei, porque veio ao encontro de muitas respostas e de muitas perguntas minhas, interiores, aí eu descobri porque que eu era assim, porque que eu agia dessa forma, que tantas coisas minhas que não deram certo...eu entendi isso através do meu tipo.
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IAD- Instrumento de análise do discurso
2ª Questão: Existe alguma relação do Eneagrama com a tua saúde?
EXPRESSÕES-CHAVE IDÉIAS CENTRAIS 1 – Com a saúde entra m pouco mas a meditação do que o próprio crescimento do Eneagrama. A meditação em si, como ela proporciona um relaxamento,eu já pude perceber pelo meu tipo que eu já acalmei, eu era muito mais agoniada, claro como trabalho em si de cada pessoa, mais eu já consigo perceber hoje quando eu estou mais clama mais mansa. Mais ponderada em algumas coisas. E eu acho que no meu lado foi justamente para eu não ter uma gastrite, uma úlcera, alguma coisa desse tipo, pois a mansidão já ameniza isso, a não ter problemas, vamos dizer assim nervosos, que eu era muita nervosa, antes eu só podia dormir com tranqüilizantes hoje eu já consigo deitar na minha cama e dormir sem nada e isso para mim foi m crescimento e uma melhora na minha saúde, mesmo.
(1ª idéia) Meditação mais Eneagrama me deixou mais calma para eu não ter
uma gastrite, uma úlcera. A
2 – Muito mais paz de espírito, eu me acho muito mais feliz, interessante, que quando e sinto que eu estou desintegrada que eu vacilei que eu estou com mania de eficiência, eu digo meu Deus quem mandou estudar Eneagrama , ai quando aquilo vai passando, quando e começo a domesticar aquilo, porque de fato é um bicho, quando você começa domesticar, começa a lhe fazer bem, começa a lhe fazer muito bem olha cheguei aqui chorando, mas só de falar do Eneagrama já ta melhorando) Sim pela paz de espírito, eu acho que se você usar, a mim me dá tranqüilidade, a saúde não é só física né, ela é mental também
(1ª idéia) Muito mais paz de espírito, eu me acho muito mais feliz, a saúde não é
só física, ela é mental também. B
3 - Olha, sem dúvida vai repercutir na minha saúde,né. O Eneagrama...o que eu acho, é que visa uma saúde emocional perfeita,né, a gente tender a perfeição da saúde mental, né, da saúde emocional; e isso,sem dúvida, vai repercutir na saúde como um todo, apesar de que eu me orgulho muito de ter uma boa saúde,mas, com certeza, vai melhorar muito
(1ª idéia) Isso sem dúvida vai repercutir na minha saúde como um todo.
B
4 – Olha pressão alta, o médico disse você não é hipertensão você tem pressão alta por stress.
(1ª idéia) Eu tenho pressão alta por stress, o
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O eneagrama ensinou assim, quando você está com raiva a adrenalina não vai para o cérebro então, puxa vida eu estou com raiva mas não precisa ter tanta raiva assim, como é que eu vou resolver , como é que eu posso fazer, respira vamos lá a coisa vai passar.
Eneagrama me ensinou a administrar a raiva.
A
5 – Eu tinha uma dificuldade, assim...eu ainda tenho,né, essa dificuldade de pegar e ficar me segurando, de escutar as coisas e...eu seguro muito o rancor, né, eu seguro muito o rancor; e as pessoas falam,me esculhambam, brincam com minha cara, e eu fico...não falo nada, fico me segurando; e eu pensava que isso era uma coisa normal e pensava que isso era até uma coisa boa também, que eu me segurar e não ter conflito não...não fazer conflito, fugir do conflito, pensava que pra mim era uma coisa boa, mas agora depois do Eneagrama, eu percebi que isso não é bom pra mim, que isso não é bom pra minha saúde, porque esse rancor, essas coisas, dá muita dor de cabeça, sentia muita dor de cabeça em relação a isso e...não é uma raiva,mas é aquele rancor que...que guardado né...aquelas coisas que marcava muito,eu ficava "como é que pode, esse cara fez desse jeito, um amigo meu, uma pessoa, assim, da igreja e tudo", e ficava muito...marcando muito isso. É muito difícil eu pegar e...pegar e falar "ó, eu não estou gostando, eu não estou gostando", mas eu estou tentando, sabe, eu estou buscando, está difícil agora no começo , mas já estou começando já, e quando a pessoa brinca e fala alguma coisa, pego e "ó, não gostei viu",uma coisa que eu não faria, não fazia antes, e agora, pego e já faço, já...É difícil na hora,mas depois eu sinto um alívio, sinto assim um...que foi melhor e tudo, que foi uma coisa melhor. Um alívio que antes era pegar e...quando...vinha,...pegava, recebia, né, assim esse rancor, essas coisas, né, e eu pegava e depois que desabafava, aí sim, saía o alívio...saía o alívio depois de desabafar, mas agora como eu já desabafo logo, aí, como eu falo logo, fica...fica normal.
(1ª idéia) Eu sentia muita dor de cabeça por segurar o rancor, e pensava que era
uma coisa boa, mas depois do Eneagrama eu percebi que não é bom para mim, e eu estou tentando falar “ó
não gostei, viu!”, depois eu sinto um alívio .
A
6 – Pode, pode e está ajudando muito, já estou conhecendo tudo o que eu sou; antes o que eu fazia era inconsciente, agora já estou conhecendo e sei o mal que eu estava fazendo, o
(1ª idéia) Eu posso corrigir o que eu faço de mal e reforçar o bem que eu faço .
B
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bem que eu estava fazendo, e não tinha consciência de que estava fazendo o bem; aí eu posso corrigir o que eu faço de mal, que é inconsciente, e posso reforçar o bem que eu faço. 7- Olha, eu acredito que sim,porque, imagina só, se eu me conheço...imagina que eu tenho uma doença, se eu conheço a tal doença, eu pelo menos posso partir do conhecimento e tentando ver os meios pra melhorar; então eu levo um pouco por aí; imagina...se eu,a princípio, eu sou uma caixa, eu só posso saber o que tem dentro se eu for abrindo, se eu for tirando os laços, os enfeites, for abrindo, for tentando tirar as coisas de dentro; e eu acredito que o Eneagrama é muito isso, ta, é tipo...você pega a sua caixa, você pega você mesmo , e aí você vai tendo possibilidade de ir abrindo, ir descobrindo, ir vendo que você reage assim, que você tem essa tendência Então eu posso fazer outra coisa,eu posso tentar melhorar aqui; então,pra mim, lógico, o que eu sinto é que o Eneagrama foi também uma coisa que em ajudou a nível de saúde,até eu diria que, talvez, abriu mais a minha cabeça, sabe...a nível de aceitar mais os outros, aceitar outras posições, ser capaz de rir de mim mesma, de perceber o que eu falava, o que eu fazia, o que eu queria ou descobrir...às vezes ainda de perceber alguma coisa que eu penso de...que é absurdo; eu digo "ah, tem que rir mesmo"; a gente descobre que também é normal como todo mundo, e isso é bom.
(1ª idéia) Se eu me conheço, se eu conheço tal doença,eu posso ir tentando
ver os meios pra melhorar, o Eneagrama abriu minha cabeça, sou
capaz de rir de mim mesma. B
8– No meu caso, eu aprendi a relaxar a partir do Eneagrama. Quando eu começo a sentir aflorar a raiva, que aí dá palpitação, dá todos os transtornos do organismo...até porque a gente tem a mania de prender, prender, reter, reter, e quando vem, vem como bomba, no caso do meu tipo. Hoje eu já percebo quando a raiva vai aflorar e aí eu mudo o caminho e deixo de sentir esses sintomas negativos. Há algum tempo eu já estava começando a ter palpitação, a ter alta de pressão e já está com um bocadinho de tempo que eu não sinto mais isso. Eu sinto que já melhorou. A respeito da saúde, como personalidade do tipo 1, é o controle da emoção, não deixar essa emoção aflorar ao ponto que vá prejudicar a minha saúde. Isso percebo que
(1ª idéia) Quando eu começo a sentir aflorar a raiva, aprendi a relaxar, a acolher, isso vai facilitando o meu
contato comigo mesma e também a nível de saúde.
B
(2ª idéia) O Eneagrama foi o pontapé inicial.
B (3ª idéia) Uma auto-estima melhor,
emagreci 10 quilos, A
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mudou, já consigo fazer novas caminhadas, já controlo a respiração, isso tudo a partir do perceber que eu sou visceral, que tem toda uma emoção por trás, que favorece tudo essa raiva, eu vou acolher, e esse acolher vai facilitando esse meu contato comigo mesma também a nível de saúde. Eu diria que, não somente pelo Eneagrama, tem todo um trabalho de auto-conhecimento aí por trás, mas o Eneagrama foi o pontapé inicial, mas a partir do auto-conhecimento pessoal que eu tive, de mergulhar em mim mesma, de começar a me aceitar e de me acolher Eu comecei, de 5 anos pra cá, eu consegui emagrecer, que eu não consegui durante toda a juventude, isso já é um ponto positivo a nível de saúde, já emagreci mais de 10 quilos, e cada ano controlando, tendo uma auto estima melhor, nesse sentido eu já melhorei, isso é notório. 9 – Eu tenho até estudado muito sobre isso, eu acredito que é fundamental...até pra...por que...falar do tipo 4 né...ele...quando ele está mal...alguma coisa...por que... Vou começar de novo... Eu acredito nas doenças psicossomáticas, que começa no psicológico e soma, que é o corpo; do psicológico vai pro corpo,alguma coisa se afeta. E isso é muito caro pra mim,porque quando eu estava em alguma crise emocional, alguma coisa de sentimento, isso, nitidamente, automaticamente, eu somatizava no meu peito, eu sentia dificuldade de respiração e...ainda bem que eu cresci e evolui nisso e nunca mais isso me...é claro que você passa por situações que você sente,né, mas, hoje em dia, eu não...tipo assim, uma coisa é um fato externo, que é...morte do seu tio que você sente, outra coisa é você está preso a uma estratagema, alguma coisa da emoção, alguma coisa do psicológico e você não ter consciência daquilo, fica saboreando aquilo,fica cultivando aquilo, não tem consciência, e aquilo vai afetando e você vai deixando, porque você não sabe o que está se passando; com o eneagrama não, com o eneagrama você tem consciência, você "iterai, que conversa é essa, não vai ser assim não" e com a consciência você consegue dá um direcionamento. Hoje em dia, eu acredito
(1ª idéia) Eu acredito nas doenças psicossomáticas, eu somatizo no meu
peito, com o eneagrama você tem consciência dá um direcionamento, hoje
eu acredito que sou livre disso completamente.
B
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que eu sou livre disso, completamente, graças ao eneagrama, graças á consciência que eu tenho disso tudo, é claro que a gente sente alguma coisa, mas mais por fator externo, algum fato, alguma coisa assim...morreu um rapaz que reagiu a um assalto, e você fica "pôxa", não por essas estratagemas que a coisa da personalidade leva a pessoa. 10 – Você sabe que o tipo 9 é aquela pessoa que as vezes nem se toca dessas coisas de saúde, num tenho ido pro médico, mas eu acho que a partir do momento que eu estou expressando meus sentimentos, então eu estou sentindo assim...eu vivia num estresse muito grande, vivia reprimida demais... E eu acho que estou mais saudável em relação a isso, no que eu reprimo, geralmente eu estou somatizando as minhas tensões, as minhas raivas, embora eu seja uma pessoa muito saudável,
(1ª idéia) Eu vivia um stress muito grande, vivia reprimida demais...e eu
acho que estou mais saudável em relação a isso.
A
11 – Pode, porque eu achei, assim, que a gente se descobrindo e a gente melhorando essa questão...o Eneagrama também tem a ver com essa questão da qualidade, então você procurando melhorar, se integrar, e amadurecer vai te ajudar a você entender mais sua vida, e procurar buscar mais equilíbrio, ser uma pessoa mais equilibrada, e a partir do momento que você consegue isso, isso muda na sua saúde, porque eu mesma sou uma pessoa muito depressiva, o tipo 9 é depressivo, essa depressão me causou uma pressão alta, por causa da minha ansiedade e tal; então eu acho assim, quanto mais ele procurar me ajudar a entender as pessoas e me entender, pra procurar me equilibrar, isso vai repercutir na minha saúde. A minha pressão alta se desenvolveu por conta disso, estresse e tudo, entendeu, e você vai amadurecendo.
(1ª idéia) Sou uma pessoa depressiva, o que me causou uma pressão alta por
causa da ansiedade, O Eneagrama pode me ajudar a ser uma pessoa mais
equilibrada, isso muda na sua saúde. A
12 – É, com certeza, porque o tipo 4 é o tipo que tem mais tendência a ter depressão, então, com certeza, fica mais fácil de você ter cuidado e perceber o momento que você está caindo, que você está querendo entrar em uma de baixo astral e querer caminhar por esse caminho, então, com certeza o Eneagrama ajuda, nesse sentido de você puxar pra esse lado.
(1ª idéia) O tipo 4 tem mais tendência a ter depressão, com o Eneagrama fica
mais fácil de você ter cuidado e perceber o momento que você está
caindo. A
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IAD2 A –O Eneagrama previni doenças!
EXPRESSÕES-CHAVE DSC
1- Com a saúde entra m pouco mas a meditação do que o próprio crescimento do Eneagrama. A meditação em si, como ela proporciona um relaxamento,eu já pude perceber pelo meu tipo que eu já acalmei, eu era muito mais agoniada, claro como trabalho em si de cada pessoa, mais eu já consigo perceber hoje quando eu estou mais clama mais mansa. Mais ponderada em algumas coisas. E eu acho que no meu lado foi justamente para eu não ter uma gastrite, uma úlcera, alguma coisa desse tipo, pois a mansidão já ameniza isso, a não ter problemas, vamos dizer assim nervosos, que eu era muita nervosa, antes eu só podia dormir com tranqüilizantes hoje eu já consigo deitar na minha cama e dormir sem nada e isso para mim foi m crescimento e uma melhora na minha saúde, mesmo. 4-.Olha pressão alta, o médico disse você não é hipertensão você tem pressão alta por stress. O eneagrama ensinou assim, quando você está com raiva a adrenalina não vai para o cérebro então, puxa vida eu estou com raiva mas não precisa ter tanta raiva assim, como é que eu vou resolver , como é que eu posso fazer, respirar vamos lá a coisa vai passar. 5-. Eu tinha uma dificuldade, assim...eu ainda tenho,né, essa dificuldade de pegar e ficar me segurando, de escutar as coisas e...eu seguro muito o rancor, né, eu seguro muito o rancor; e as pessoas falam,me esculhambam, brincam com minha cara, e eu fico...não falo nada, fico me segurando; e eu pensava que isso era uma coisa normal e pensava que isso era até uma coisa boa também, que eu me segurar e não ter conflito não...não fazer conflito, fugir do conflito, pensava que pra mim era uma coisa boa, mas agora depois do Eneagrama, eu percebi que isso não é bom pra mim, que isso não é bom pra minha saúde, porque esse rancor, essas coisas, dá muita dor de cabeça, sentia muita dor de cabeça em relação a isso e...não é uma raiva,mas é aquele rancor que...que guardado né...aquelas coisas que marcava
A gente se descobrindo e a gente melhorando essa questão...o Eneagrama também tem a ver com essa questão da qualidade, então você procurando melhorar, se integrar, e amadurecer vai te ajudar a você entender mais sua vida, e procurar buscar mais equilíbrio, ser uma pessoa mais equilibrada, e a partir do momento que você consegue isso, isso muda na sua saúde, porque eu mesma sou uma pessoa muito depressiva, o meu tipo é depressivo, essa depressão me causou uma pressão alta, por causa da minha ansiedade e tal; então eu acho assim, quanto mais ele procurar me ajudar a entender as pessoas e me entender, pra procurar me equilibrar, isso vai repercutir na minha saúde. A minha pressão alta se desenvolveu por conta disso, estresse e tudo, entendeu, e você vai amadurecendo. É, com certeza, porque o me tipo é o tipo que tem mais tendência a ter depressão, então, com certeza, fica mais fácil de você ter cuidado e perceber o momento que você está caindo, que você está querendo entrar em uma de baixo astral e querer caminhar por esse caminho, então, com certeza o Eneagrama ajuda, nesse sentido de você puxar pra esse lado.O médico disse você não é hipertensão você tem pressão alta por stress.O eneagrama ensinou assim, quando você está com raiva a adrenalina não vai para o cérebro então, puxa vida eu estou com raiva mas não precisa ter tanta raiva assim, como é que eu vou resolver , como é que eu posso fazer, respira, vamos lá a coisa vai passar. Com a saúde entra m pouco mas a meditação do que o próprio crescimento do Eneagrama. A meditação em si, como ela proporciona um relaxamento,eu já pude perceber pelo meu tipo que eu já acalmei, eu era muito mais agoniada, claro como trabalho em si de cada pessoa, mais eu já consigo perceber hoje quando eu estou mais clama mais mansa. Mais ponderada em algumas coisas. E eu acho que no meu lado foi justamente
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muito,eu ficava "como é que pode, esse cara fez desse jeito, um amigo meu, uma pessoa, assim, da igreja e tudo", e ficava muito...marcando muito isso. É muito difícil eu pegar e...pegar e falar "ó, eu não estou gostando, eu não estou gostando", mas eu estou tentando, sabe, eu estou buscando, está difícil agora no começo , mas já estou começando já, e quando a pessoa brinca e fala alguma coisa, pego e "ó, não gostei viu",uma coisa que eu não faria, não fazia antes, e agora, pego e já faço, já...É difícil na hora,mas depois eu sinto um alívio, sinto assim um...que foi melhor e tudo, que foi uma coisa melhor. Um alívio que antes era pegar e...quando...vinha,...pegava, recebia, né, assim esse rancor, essas coisas, né, e eu pegava e depois que desabafava, aí sim, saía o alívio...saía o alívio depois de desabafar, mas agora como eu já desabafo logo, aí, como eu falo logo, fica...fica normal. 8- eu comecei, de 5 anos pra cá, eu consegui emagrecer, que eu não consegui durante toda a juventude, isso já é um ponto positivo a nível de saúde, já emagreci mais de 10 quilos, e cada ano controlando, tendo uma auto estima melhor, nesse sentido eu já melhorei, isso é notório. 10 – Você sabe que o tipo 9 é aquela pessoa que as vezes nem se toca dessas coisas de saúde, num tenho ido pro médico, mas eu acho que a partir do momento que eu estou expressando meus sentimentos, então eu estou sentindo assim...eu vivia num estresse muito grande, vivia reprimida demais... E eu acho que estou mais saudável em relação a isso, no que eu reprimo, geralmente eu estou somatizando as minhas tensões, as minhas raivas, embora eu seja uma pessoa muito saudável. 11. – Pode, porque eu achei, assim, que a gente se descobrindo e a gente melhorando essa questão...o Eneagrama também tem a ver com essa questão da qualidade, então você procurando melhorar, se integrar, e amadurecer vai te ajudar a você entender mais sua vida, e procurar buscar mais equilíbrio, ser uma pessoa mais equilibrada, e a partir do momento que você consegue isso, isso muda na sua saúde,
para eu não ter uma gastrite, uma úlcera, alguma coisa desse tipo, pois a mansidão já ameniza isso, a não ter problemas, vamos dizer assim nervosos, que eu era muita nervosa, antes eu só podia dormir com tranqüilizantes hoje eu já consigo deitar na minha cama e dormir sem nada e isso para mim foi m crescimento e uma melhora na minha saúde, mesmo. Você sabe que o meu tipo é aquela pessoa que as vezes nem se toca dessas coisas de saúde, num tenho ido pro médico, mas eu acho que a partir do momento que eu estou expressando meus sentimentos, então eu estou sentindo assim...eu vivia num estresse muito grande, vivia reprimida demais... E eu acho que estou mais saudável em relação a isso, no que eu reprimo, geralmente eu estou somatizando as minhas tensões, as minhas raivas, embora eu seja uma pessoa muito saudável.Eu tinha uma dificuldade, assim...eu ainda tenho,né, essa dificuldade de pegar e ficar me segurando, de escutar as coisas e...eu seguro muito o rancor, né, eu seguro muito o rancor; e as pessoas falam,me esculhambam, brincam com minha cara, e eu fico...não falo nada, fico me segurando; e eu pensava que isso era uma coisa normal e pensava que isso era até uma coisa boa também, que eu me segurar e não ter conflito não...não fazer conflito, fugir do conflito, pensava que pra mim era uma coisa boa, mas agora depois do Eneagrama, eu percebi que isso não é bom pra mim, que isso não é bom pra minha saúde, porque esse rancor, essas coisas, dá muita dor de cabeça, sentia muita dor de cabeça em relação a isso e...não é uma raiva,mas é aquele rancor que...que guardado né...aquelas coisas que marcava muito,eu ficava "como é que pode, esse cara fez desse jeito, um amigo meu, uma pessoa, assim, da igreja e tudo", e ficava muito...marcando muito isso. É muito difícil eu pegar e...pegar e falar "ó, eu não estou gostando, eu não estou gostando", mas eu estou tentando, sabe, eu estou buscando, está difícil agora no começo , mas já estou começando já, e quando a pessoa brinca e fala alguma coisa, pego e
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porque eu mesma sou uma pessoa muito depressiva, o tipo 9 é depressivo, essa depressão me causou uma pressão alta, por causa da minha ansiedade e tal; então eu acho assim, quanto mais ele procurar me ajudar a entender as pessoas e me entender, pra procurar me equilibrar, isso vai repercutir na minha saúde. A minha pressão alta se desenvolveu por conta disso, estresse e tudo, entendeu, e você vai amadurecendo. 12 – É, com certeza, porque o tipo 4 é o tipo que tem mais tendência a ter depressão, então, com certeza, fica mais fácil de você ter cuidado e perceber o momento que você está caindo, que você está querendo entrar em uma de baixo astral e querer caminhar por esse caminho, então, com certeza o Eneagrama ajuda, nesse sentido de você puxar pra esse lado.
"ó, não gostei viu",uma coisa que eu não faria, não fazia antes, e agora, pego e já faço, já...É difícil na hora,mas depois eu sinto um alívio, sinto assim um...que foi melhor e tudo, que foi uma coisa melhor. Um alívio que antes era pegar e...quando...vinha,...pegava, recebia, né, assim esse rancor, essas coisas, né, e eu pegava e depois que desabafava, aí sim, saía o alívio...saía o alívio depois de desabafar, mas agora como eu já desabafo logo, aí, como eu falo logo, fica...fica normal.Eu comecei, de 5 anos pra cá, eu consegui emagrecer, que eu não consegui durante toda a juventude, isso já é um ponto positivo a nível de saúde, já emagreci mais de 10 quilos, e cada ano controlando, tendo uma auto estima melhor, nesse sentido eu já melhorei, isso é notório.
IAD2
B–O Eneagrama promove saúde!
EXPRESSÕES-CHAVE DSC 2 – Muito mais paz de espírito, eu me acho muito mais feliz, interessante, que quando e sinto que eu estou desintegrada que eu vacilei que eu estou com mania de eficiência, eu digo meu Deus quem mandou estudar Eneagrama , ai quando aquilo vai passando, quando e começo a domesticar aquilo, porque de fato é um bicho, quando você começa domesticar, começa a lhe fazer bem, começa a lhe fazer muito bem olha cheguei aqui chorando, mas só de falar do Eneagrama já ta melhorando) Sim pela paz de espírito, eu acho que se você usar, a mim me dá tranqüilidade, a saúde não é só física né, ela é mental também 3-. –Olha, sem dúvida vai repercutir na minha saúde,né. O Eneagrama...o que eu acho, é que visa uma saúde emocional perfeita,né, a gente tender a perfeição da saúde mental, né, da saúde emocional; e isso,sem dúvida, vai repercutir na saúde como um todo, apesar de que eu me orgulho muito de ter uma boa saúde,mas, com certeza, vai melhorar muito
Imagina só, se eu me conheço...imagina que eu tenho uma doença, se eu conheço a tal doença, eu pelo menos posso partir do conhecimento e tentando ver os meios pra melhorar; então eu levo um pouco por aí; imagina...se eu,a princípio, eu sou uma caixa, eu só posso saber o que tem dentro se eu for abrindo, se eu for tirando os laços, os enfeites, for abrindo, for tentando tirar as coisas de dentro; e eu acredito que o Eneagrama é muito isso, ta, é tipo...você pega a sua caixa, você pega você mesmo , e aí você vai tendo possibilidade de ir abrindo, ir descobrindo, ir vendo que você reage assim, que você tem essa tendência Então eu posso fazer outra coisa,eu posso tentar melhorar aqui; então,pra mim, lógico, o que eu sinto é que o Eneagrama foi também uma coisa que em ajudou a nível de saúde,até eu diria que, talvez, abriu mais a minha cabeça, sabe...a nível de aceitar mais os outros, aceitar outras posições, ser capaz de rir de mim mesma,
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6 – Pode, pode e está ajudando muito, já estou conhecendo tudo o que eu sou; antes o que eu fazia era inconsciente, agora já estou conhecendo e sei o mal que eu estava fazendo, o bem que eu estava fazendo, e não tinha consciência de que estava fazendo o bem; aí eu posso corrigir o que eu faço de mal, que é inconsciente, e posso reforçar o bem que eu faço 7- Olha, eu acredito que sim,porque, imagina só, se eu me conheço...imagina que eu tenho uma doença, se eu conheço a tal doença, eu pelo menos posso partir do conhecimento e tentando ver os meios pra melhorar; então eu levo um pouco por aí; imagina...se eu,a princípio, eu sou uma caixa, eu só posso saber o que tem dentro se eu for abrindo, se eu for tirando os laços, os enfeites, for abrindo, for tentando tirar as coisas de dentro; e eu acredito que o Eneagrama é muito isso, ta, é tipo...você pega a sua caixa, você pega você mesmo , e aí você vai tendo possibilidade de ir abrindo, ir descobrindo, ir vendo que você reage assim, que você tem essa tendência Então eu posso fazer outra coisa,eu posso tentar melhorar aqui; então,pra mim, lógico, o que eu sinto é que o Eneagrama foi também uma coisa que em ajudou a nível de saúde,até eu diria que, talvez, abriu mais a minha cabeça, sabe...a nível de aceitar mais os outros, aceitar outras posições, ser capaz de rir de mim mesma, de perceber o que eu falava, o que eu fazia, o que eu queria ou descobrir...às vezes ainda de perceber alguma coisa que eu penso de...que é absurdo; eu digo "ah, tem que rir mesmo"; a gente descobre que também é normal como todo mundo, e isso é bom. 8. – No meu caso, eu aprendi a relaxar a partir do Eneagrama. Quando eu começo a sentir aflorar a raiva, que aí dá palpitação, dá todos os transtornos do organismo...até porque a gente tem a mania de prender, prender, reter, reter, e quando vem, vem como bomba, no caso do meu tipo. Hoje eu já percebo quando a raiva vai aflorar e aí eu mudo o caminho e deixo de sentir esses sintomas negativos. Há algum tempo eu já estava começando a ter palpitação, a ter alta de pressão e já está com um bocadinho de tempo que eu não sinto mais isso. Eu sinto que já
de perceber o que eu falava, o que eu fazia, o que eu queria ou descobrir...às vezes ainda de perceber alguma coisa que eu penso de...que é absurdo; eu digo "ah, tem que rir mesmo"; a gente descobre que também é normal como todo mundo, e isso é bom. Eu aprendi a relaxar a partir do Eneagrama. Quando eu começo a sentir aflorar a raiva, que aí dá palpitação, dá todos os transtornos do organismo...até porque a gente tem a mania de prender, prender, reter, reter, e quando vem, vem como bomba, no caso do meu tipo. Hoje eu já percebo quando a raiva vai aflorar e aí eu mudo o caminho e deixo de sentir esses sintomas negativos. Há algum tempo eu já estava começando a ter palpitação, a ter alta de pressão e já está com um bocadinho de tempo que eu não sinto mais isso. Eu sinto que já melhorou. A respeito da saúde, como personalidade do meu tipo, é o controle da emoção, não deixar essa emoção aflorar ao ponto que vá prejudicar a minha saúde. Isso percebo que mudou, já consigo fazer novas caminhadas, já controlo a respiração, isso tudo a partir do perceber que eu sou visceral, que tem toda uma emoção por trás, que favorece tudo essa raiva, eu vou acolher, e esse acolher vai facilitando esse meu contato comigo mesma também a nível de saúde. Eu acredito nas doenças psicossomáticas, que começa no psicológico e soma, que é o corpo; do psicológico vai pro corpo,alguma coisa se afeta. E isso é muito caro pra mim,porque quando eu estava em alguma crise emocional, alguma coisa de sentimento, isso, nitidamente, automaticamente, eu somatizava no meu peito, eu sentia dificuldade de respiração e...ainda bem que eu cresci e evolui nisso e nunca mais isso me...é claro que você passa por situações que você sente,né, mas, hoje em dia, eu não...tipo assim, uma coisa é um fato externo, que é...morte do seu tio que você sente, outra coisa é você está preso a uma estratagema, alguma coisa da emoção, alguma coisa do psicológico e
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melhorou. A respeito da saúde, como personalidade do tipo 1, é o controle da emoção, não deixar essa emoção aflorar ao ponto que vá prejudicar a minha saúde. Isso percebo que mudou, já consigo fazer novas caminhadas, já controlo a respiração, isso tudo a partir do perceber que eu sou visceral, que tem toda uma emoção por trás, que favorece tudo essa raiva, eu vou acolher, e esse acolher vai facilitando esse meu contato comigo mesma também a nível de saúde. 8– Eu diria que, não somente pelo Eneagrama, tem todo um trabalho de auto-conhecimento aí por trás, mas o Eneagrama foi o pontapé inicial, mas a partir do auto-conhecimento pessoal que eu tive, de mergulhar em mim mesma, de começar a me aceitar e de me acolher 9- Eu tenho até estudado muito sobre isso, eu acredito que é fundamental...até pra...por que...falar do tipo 4 né...ele...quando ele está mal...alguma coisa...por que... Vou começar de novo... Eu acredito nas doenças psicossomáticas, que começa no psicológico e soma, que é o corpo; do psicológico vai pro corpo,alguma coisa se afeta. E isso é muito caro pra mim,porque quando eu estava em alguma crise emocional, alguma coisa de sentimento, isso, nitidamente, automaticamente, eu somatizava no meu peito, eu sentia dificuldade de respiração e...ainda bem que eu cresci e evolui nisso e nunca mais isso me...é claro que você passa por situações que você sente,né, mas, hoje em dia, eu não...tipo assim, uma coisa é um fato externo, que é...morte do seu tio que você sente, outra coisa é você está preso a uma estratagema, alguma coisa da emoção, alguma coisa do psicológico e você não ter consciência daquilo, fica saboreando aquilo,fica cultivando aquilo, não tem consciência, e aquilo vai afetando e você vai deixando, porque você não sabe o que está se passando; com o eneagrama não, com o eneagrama você tem consciência, você "iterai, que conversa é essa, não vai ser assim não" e com a consciência você consegue dá um direcionamento. Hoje em dia, eu acredito que eu sou livre disso, completamente, graças ao eneagrama, graças á consciência que eu
aquilo,fica cultivando aquilo, não tem consciência, e aquilo vai afetando e você vai deixando, porque você não sabe o que está se passando; com o eneagrama não, com o eneagrama você tem consciência, você "peraí, que conversa é essa, não vai ser assim não" e com a consciência você consegue dá um direcionamento. Hoje em dia, eu acredito que eu sou livre disso, completamente, graças ao eneagrama, graças á consciência que eu tenho disso tudo, é claro que a gente sente alguma coisa, mas mais por fator externo, algum fato, alguma coisa assim...morreu um rapaz que reagiu a um assalto, e você fica "pôxa", não por essas estratagemas que a coisa da personalidade leva a pessoa. Está ajudando muito, já estou conhecendo tudo o que eu sou; antes o que eu fazia era inconsciente, agora já estou conhecendo e sei o mal que eu estava fazendo, o bem que eu estava fazendo, e não tinha consciência de que estava fazendo o bem; aí eu posso corrigir o que eu faço de mal, que é inconsciente, e posso reforçar o bem que eu faço muito mais paz de espírito, eu me acho muito mais feliz, interessante, que quando e sinto que eu estou desintegrada que eu vacilei que eu estou com mania de eficiência, eu digo meu Deus quem mandou estudar Eneagrama , ai quando aquilo vai passando, quando e começo a domesticar aquilo, porque de fato é um bicho, quando você começa domesticar, começa a lhe fazer bem, começa a lhe fazer muito bem. Sim pela paz de espírito, eu acho que se você usar, a mim me dá tranqüilidade, a saúde não é só física né, ela é mental também.Olha, sem dúvida vai repercutir na minha saúde,né. O Eneagrama...o que eu acho, é que visa uma saúde emocional perfeita,né, a gente tender a perfeição da saúde mental, né, da saúde emocional; e isso,sem dúvida, vai repercutir na saúde como um todo. Eu diria que, não somente pelo Eneagrama, tem todo um trabalho de auto-conhecimento aí por trás, mas o Eneagrama foi o pontapé inicial, mas a partir do auto-conhecimento pessoal que
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tenho disso tudo, é claro que a gente sente alguma coisa, mas mais por fator externo, algum fato, alguma coisa assim...morreu um rapaz que reagiu a um assalto, e você fica "pôxa", não por essas estratagemas que a coisa da personalidade leva a pessoa.
eu tive, de mergulhar em mim mesma, de começar a me aceitar e de me acolher.
IAD- Instrumento de análise do discurso
3ª Questão: Como você está com relação ao seu ponto de integração e a sua asa não desenvolvida?
EXPRESSÕES-CHAVE IDÉIAS CENTRAIS
1 - A partir do momento em que eu conversei com o facilitador, a gente conversou , no mesmo dia do curso, e ele disse te tranqüiliza que tu és, não tem como fugir disso, e aceitar e se trabalhar os pontos que não são tão positivos, e a parti daí vai vir o teu crescimento e a partir disso foi que eu comecei a crescer em cima da instrução dele e ao conhecer os meus defeitos eu comecei a trabalhá-los, hoje quando eu não estou bem quanto eu estou caindo, eu já sei que não estou no meu dia melhor que eu não sou essa, vamos mudar um pouco botar a bola para cima.
(1ª idéia) Eu já sei quando eu estou caindo.
A
2 - Parece que tem um chipzinho dentro de mim, eu sou uma pessoa crítica , só que eu me auto-criticava muito pouco, né antes do Eneagrama, eu tenho até que ter cuidado, porque o 3 pensa que tem que ser eficiente para ser bom, não é o ser bom para mostrar pro outro, mas o ser bom porque é correto, o que é pra ser mesmo. Assim com relação a integração, eu fico o tempo intero acabei de me desintegrar completamente, a vontade é de volta para casa e dormir. Mas aí não assim... O que é que deve acontecer, o que é que está acontecendo, como vai ser melhor, então assim ajuda muito afazer exercício sabe eu acho assim quando você está com vontade de explodir com relação a uma pessoa, um funcionário ou uma pessoa que não é eficiente como o três gostaria que fosse e você ter mais tolerância ter mais paciência a paciência do 9. A disciplina do 6, a perseverança do 6 de saber que se hoje não é assim, amanhã a pessoa pode dar conta.Então esse exercício eu faço demais. Eu consigo
(1ª idéia) Parece que tem um chipizinho dentro de mim.
A
(2ª idéia) Só funciona quando a pessoa quer.
A
(3ª idéia) Eu penso muito no que minha integração faria.
B
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bastante.
A minha asa mais desenvolvida é 4 eu não tenho dúvida, porque sabe, tem umas coisa que quando eu não estou bem eu vou logo para o pior do 4 sabe e assim depois que agente começou a participar desse grupo de oração, estudando a bíblia, foi o último ano e meio somou muito, né porque a história da misericórdia do se dá do se abnegar, do ter compaixão, do ajudar sem interesse né porque o 3 geralmente ajuda com interesse, isso é muito bonito, ir pro dois me dá tranqüilidade paz de espírito quando eu procurar desenvolver a minha asa menos desenvolvida.Assim os dois caminhos eu acho mito válido, mas em situações de crise situações de dúvida, seja quais forem eu penso muito, no que minha integração faria, se tivesse no meu lugar, eu penso muito nisso mas eu também penso mito na asa dois acho que os dois caminhos são bons. Agora é incrível como cada pessoa tem o seu tempo mesmo porque você precisa querer muito, meu esposo fez a primeira e a segunda fase ele é 7 então assim é incrível fico tentando incentivá-lo, a vir, sem forçar a barra , porque se forçar a barra ele estoura, né vai para 1,mas ele foge do Eneagrama ele não lê, não aplica eu fico tentando mostrar olha como isso tem a ver com o teu tipo numa conversa, de leve, mas é incrível só funciona quando a pessoa quer, eu acredito nisso, quando surge uma necessidade quando ela sente um desconforto que ela deve sentir melhorar e eu acho que eu sentia isso, em melhorar algumas coisas ou pelo menos dominar o que tem de ruim ou pelo menos tentar dominar, então o Eneagrama ajudou muito nesse sentido.
3 - Assim, eu desenvolvi mais a 6 que a 8 ,né, realmente, eu desenvolvi muito mais a 6 do que a 8, mas eu não estou olhando pra asa, e sim pra o ponto de desintegração e integração. Porque eu acho que me...me centrar no ponto de integração e desintegração é o caminho mais fácil e mais rápido pra mim. Nesses dias eu tenho prestado muita atenção quanto a isso e...o que...de concreto que eu tenho conseguido até agora é toda vez que eu
(1ª idéia) O ponto de integração é o caminho mais fácil.
B
(2ª idéia) Eu tenho prestado muita atenção em mim.
A
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me vejo divagando, né, chamar ao eixo, né, aí dá pra...é o que eu tenho feito até agora.Vou experimentar também no fim de cada dia fazer um balanço de qual,no dia, quanto eu estou desintegrado ou integrado, né,pra fazer esse balanço e tentar corrigir. 4 – Eu acho que eu vivo hoje muito ele, porque antigamente eu era uma pessoa muito melancólica, e quando eu tinha essa desintegração do quatro, então e pintava e eu achava o máximo, um amigo meu dizia eu não te entendo quando as pessoa tão triste ela querem sair se divertir, aí eu dizia olha Chico você não entende, você não sabe o que eu estou fazendo eu estou transformando minha dor em arte. E um dos maiores impactos que eu tive no Eneagrama foi que eu não devia fazer isso, quando eu estivesse entrando nesse estado de melancolia de achar que não tinha mais jeito, que o crítico fica dizendo você é uma idiota faz sempre do mesmo jeito, você atrapalhou tudo. Aí eu dizia que era para me conformar que eu não teria mas outra pessoa. No eneagrama me disse que eu deveria fazer como o tipo faz, mas eu não conseguia nada nessa fase, não conseguia ir pro cinema, mas aí eu comecei a me programar coincidiu com minha pressão alta e o médico disse que eu tinha que faze m exercício, e eu descobrir a dança de salão e descobrir Deus na alegria, porque até então eu encontrava Deus no trabalho ou no trabalho de casa , fazendo as minhas coisa, ou ajudando uma pessoa. Eu experimentei Deus na Alegria, sem me preocupar com nada, eu me sentia livre com movimentos abertos, nem, na adolescência e espontâneos eu me percebi leve e entendi o que era ser livre e encontrar Deus na alegria.
E uma das coisas que a gente aprende no curso é a conversar com esse crítico interno, porque ele tem m julgamento muito severo e faz a gente ser intransigente, radical, dona da verdade e quando a gente começa a trabalhar para lê não ser tão intransigente com a gente. Aí a gente começa a levar isso para outras pessoas.
(1ª idéia) Eu deveria fazer como o tipo 7(meu ponto de integração) faz.
B
(2ª idéia) Aprendi a conversar com esse crítico interno.(comigo mesma)
A
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5 – É...eu vejo que...é uma coisa boa pra mim, eu vejo que...que eu posso através desse ponto, pegar a melhor coisa do 3...eu vou tentar me integrar nesse 3. Eu acabo mais o medo,né...eu pego...vivo mais dentro do grupo, falo mais e...isso ajuda muito parte do meu trabalho também, né. Quando eu faço pesquisas,quando eu faço trabalhos, assim, palestras, converso com grupos de jovens e tudo e aí eu me sinto mais a vontade, certo, já me sinto mais a vontade, já mais livre...mais livre pra poder falar e...acho que essa ousadia do 3, né, essa vaidade do 3, de pegar e não está nem aí, né...ajudar...De se expor e falar. E...saindo do ponto de desintegração,né, que é o medo. Estou. Está me ajudando nesse ponto de pegar e vê as dificuldades, e pegar e vê um ponto de luz, sabe, procurar uma luz...de pegar e "não"...abriu os olhos pra mim, abriu o olho, pra mim, mas eu volto pra aquela dificuldade do conflito e...abriu olho, assim, abriu meus olhos pra eu poder ver a realidade, poder ver os meus defeitos, ver as coisas, pra que eu possa tentar, de algum jeito, que eu estou vendo, estou trabalhando, né, através do meu tipo, desse ponto de integração, que ajuda muito, pra poder...esse crescimento, né, eu vejo o Eneagrama como um sinal de transformação.
(1ª idéia) Eu acabo mais o medo e me sinto mais a vontade.
A (2ª idéia) Está me ajudando, um ponto
de luz, um sinal de transformação. A
6 - Nos últimos tempos, antes de vir pra qui, eu comecei a criar mais intimidade, mais toque com os outros, antes eu nem chegava a tocar, só verbal, só mandava, só cumpria; agora, já desenvolveu a asa 2, porque eu comecei a tocar as pessoas, abraçar e a ter mais carinho pelas pessoas, então eu criei mais intimidade com as pessoas, tive mais amigos, e antes, os amigos já era pra um determinado fim O 6 é um tipo,assim que eu me dei muito bem,
me dou muito bem com o 6, é...de 6 que eu tenho...talvez esteja desenvolvendo, como um amigo disse que eu estou um pouco discreto, as pessoas estão queixando muito que eu estou muito discreto, os alunos na escola dizem que eu não estou falando mais, aqui, diz que eu estou mais quieto; está se desenvolvendo, imagino, ser da minha integração
(1ª idéia) Comecei a criar mais intimidade, mais toque.
B
(2ª idéia) Estou um pouco discreto, imagino ser a minha integração.
B
(3ª idéia) Me sinto tranqüilo, estou dando o que eu posso dar e recebendo dos outros o que eles podem me dar.
B
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Aí, sinto assim mais tranqüilo, e eu não estou na desintegração, estou na integração, já estou passando pelo segundo, que é muito bom;mas quando estou desintegrado...é...aquele mimado,né, aqueles vícios de deitar, dormir, deixar minhas coisas rolar, e os problemas acumulavam cada vez mais; então, eu ia pra 6, sentia, talvez, menos, sentia confusão, então,dava um branco sempre que tinha que expressar algum trabalho. Isso está melhorando na minha saúde, e também na relação com meus colegas, estou compreendendo melhor, já não estou exigindo com exigia, mas...estou dando o que eu posso dar, também receber dos outros o que eles podem dar.
7 – Então achei muito válido a nível de crescimento individual...eu sempre percebi assim, porque o curso é de auto-conhecimento, eu não estou fazendo o curso nem fazendo as etapas pra te entender, acho que isso tem que ficar bem claro desde o primeiro momento que a gente fala “eu estou fazendo pra me conhecer melhor, aí eu me conhecendo,eu posso tentar me trabalhar um pouco"; aí, lógico, se eu me trabalho, lógico que a minha relação contigo vai melhorar ou vai, pelo menos, modificar, acredito que não vai ser pra pior, né, porque a pessoa vai criando gosto, vai descobrindo as dificuldades dela e tal; e eu acho que ninguém, quer descobrir coisas pra ficar pra trás, a gente quer descobrir pra crescer, né. O ponto de integração do 1 é o 7,né, essa coisa de levar a vida com mais leveza,então... Eu me percebo mais integrada, não se os outros percebem, espero que eles percebam se o filhinho fez dever de casa, se a filhinha foi pro balé...relaxa...o povo vai fazer porque gosta, porque assumiu,né; não adianta nada eu ficar cobrando de uma pessoa a vida inteira, uma determinada coisa que ela mesma não assumiu, né...é lógico que você tem que no início,sobretudo quando é criança, você dá os primeiros empurrões, mas depois a pessoa vai criando um ritmo,ela vai descobrindo. Então eu me percebo mais integrada assim. Depois que eu descobri que minha asa 9 era a
(1ª idéia) Estou fazendo para me conhecer melhor, aí eu me conhecendo
eu posso tentar me trabalhar um pouco. A
(2ª idéia) Procuro levar a vida com mais leveza, não adianta ficar cobrando de uma pessoa determinada coisa que ela
mesma não assume. B
(3ª idéia) Nunca diria que a minha percepção esteve errada, hoje eu já
percebo que não ...não precisa. B
Hoje eu tenho mais consciência, que eu tenho que reagir diante das situações, não fico esperando para explodir, digo
de forma mais calma. B
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menos desenvolvida, eu comecei a perceber as minhas dificuldades, às vezes, aí comecei a ver "olha, ta vendo, eu não sou tão tranqüila”, que eu poderia criar essa tranqüilidade ou ir aprendendo, com o 9, mais a tranqüilidade, mais calma, a gente escuta mais do que...do que dá,né...do que diz, porque a personalidade 1 tem muito aquela coisa de, como ela tem razão, o outro pode falar,mas ela sempre acha que a opinião dela prevalece. Então, agora eu consigo escutar mais um pouco, e consigo até questionar,tipo "não, a gente...eu vou vê essa posição sua, é melhor, vou revê a minha"; e assim,eu me sinto livre...hoje eu me sinto livre pra dizer "olha, a minha posição não é a posição mais coerente, e agente pode optar por essa e ver com todo mundo e tal"; antes eu não faria isso...eu não diria não...nunca diria que a minha opção...que a minha posição tava errada...ora,pois,vou dar o braço a torcer porque, né; mas hoje eu já percebo que não...não precisa, entendeu; eu não vou deixar de ser eu, e nem vou deixar de ter toda a força que eu tenho interior, a vontade de crescer, por dizer que eu...sei lá... Que eu me enganei, que eu errei, que eu falei uma coisa que realmente não era por aí; então, eu acho que foi criando um pouquinho mais de linha dentro de mim, de pegar o fio condutor , né, interior...isso está valendo a pena muito . A princípio eu percebi uma grande...pra mim foi uma grande evolução, porque, antes, eu tinha muito como a...como tem...a gente fala lá da questão da personalidade da tipologia 1, aquela coisa que...perfeccionismo, achar que está cheio de razão, e de que o outro é que não está vendo a mesma visão, você acha que todo mundo tem a sua visão, e de explodir, aquelas coisas todas que tem do tipo 1, eu já vi que muita coisa já...pra mim, já modificou, então, hoje eu já tenho mais consciência, que eu não tenho que reagir diante das situações; então, se você fala alguma coisa pra mim que eu ficava chateada, pronto, aquilo já era um motivo pra eu ficar chateada com outra pessoa, se essa pessoa não fizesse uma coisa que eu estava esperando, eu ficava chateada, já ficava fechada, às vezes implicava, mas era raro, era aquela coisa do efeito panela de pressão,né, enchia, enchia,
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enchia, e depois explodia com uma coisa tão pequenininha que não tinha nada a me ver estar com raiva e tal; então, hoje eu não tenho mais essa dinâmica tão forte, eu não fico esperando pra explodir nada, eu digo, mas, também, quando digo, digo de uma forma tão mais calma, que até eu fico assim "olha, interessante"; de conseguir falar, a questão do perfeccionismo, pra mim, acho que amenizou muito, antes eu tinha uma tendência a...tem que está limpo, tem que está assim,foi assim, foi combinado, tem que ser, tem que se cumprir; lógico, eu acredito que todas as normas que foram colocadas, as coisas que a gente combina, a princípio, nós vamos cumprir, mas nada pra...acima das pessoas 8 – ainda hoje eu percebo que tem muita coisa assim...transformada, mas o bonito é perceber que o Eneagrama vai te dando dicas pra isso, né, Já, já consegui...já consegui relaxar, quando a coisa começa a pesar, já consegui muito da integração, né, do deixar...do deixar acontecer, vou fazer o que me é possível fazer, sem cobranças,sem...já consigo de vez em quando bancar com minha cobrança interna, já consigo deixar ela um pouquinho de lado, e isso é muito positivo, né, assim, dá uma sensação de...as pessoas já começam, principalmente a família, eu acho que a mudança vai acontecendo quando a tua família começa a dizer “não, tu já ta muito diferente"; porque a família é onde a gente...principalmente o tipo1...é onde a gente se expõe com maior...mais clareza, assim, sem máscaras, sem ...sem...pronto, sem nada pra omitir aquilo que a gente é. E em casa, meus irmãos já dizem "não, tu já mudou demais", né...então, isso é bem agradável. E eu percebo que as minhas atitudes já são diferentes, que o meu jeito de fazer já é diferente, e isso eu estou conquistando a partir do 9, por isso que é preciso desenvolver sim, essa idéia de ser mais serena, do ficar mais tranqüila, do deixar, de ser da paz mesmo, do pegar o melhor do 9. Tudo acontecer no seu tempo, sem muita pressa, sem muito estresse, isso não é fácil, pro tipo 1 então...que é altamente visceral, não é fácil...
A integração é o mais difícil, eu acho, é mais fácil ir pro 9, conquistar ir atrás do 9, do que, eu diria, até é um pouco grosseiro, que tem que ser,
(1ª idéia) O Eneagrama vai te dando dicas, já consegui relaxar.
A
(2ª idéia) Não é fácil a Integração. A
(3ª idéia) Hoje em dia eu acolho muito mais aquilo que eu sou.
A
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a sensação que me dá é essa e vou ser bem sincera, do que ser tão ridícula como o 7 é, pra mim, na minha impressão. Mas ao mesmo tempo, é um ridículo que eu entendo que é baseado na alegria que eles tem na...na... E que isso também deve ser meu caminho de conquista. Não é fácil. Eu tenho me percebido com uma dificuldade terrível de brincar, de curtir, de...de ter a minha prioridade de lazer, é muito mais fácil e agradável, pra mim, trabalhar...eu percebi, já descobri isso na minha vida com clareza, e, no meu caso, eu preciso é ir atrás de lazer, preciso é desmarcar os compromissos,preciso...e isso não está fácil, eu sempre acho...a gente sempre acha que precisa ser fiel ao que assumiu, e no meu caso, eu sinto que ainda tem muito peso da personalidade 1 que precisa ser trabalhada e ir pra esse caminho do 7, que não é fácil não; é mais fácil eu ir pro 4, aí é bom demais...aí é...ficar sofrendo as dores, se sentindo abandonada, essa coisa toda aí que, nessas horas eu até confirmo a asa 2 bem desenvolvida, que aí vai sofrer as dores, mas o 7 não é fácil. . Eu sou o tipo 1, então, o tipo 1, na verdade, não gosta muito de perceber limitações nem imperfeições. E perceber isso em mim,não foi nada agradável, a princípio, mas me trouxe certo alívio, no começo a vontade que eu tinha era dizer “mas tu tem que saber que eu sou assim, por isso, isso e isso.?"; existe essa mania da gente, existe essa vontade de querer justificar nossas falhas, a partir do que a gente descobre, mas, hoje, depois de tanto tempo também eu percebo que eu já acolho muito mais aquilo que eu sou, não só acolho, como, quando eu vejo alguém do meu tipo sofrendo com essas coisas, a minha primeira vontade é de falar, de está dizendo” olha,mas não é assim, não é por aí “...eu fui cobrada quando criança, foi muita responsabilidade, nós somos muitos, então papai e mamãe passaram a dividir o peso com a gente, com os primeiros; e hoje eu acolho isso com mais naturalidade, antes eu tinha revolta, hoje eu já vejo que aconteceu e...pronto,tem que acolher isso aí; e é muito mais fácil hoje em dia acolher essa idéia nova aí.
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9– No caminho do Eneagrama, nos cursos, nas etapas, foi um negócio que foi...um processo difícil, você reconhecer, começar a respeitar, porque as pessoas da personalidade da asa reprimida sofrem com o tipo 4, ele cai em cima, escarra mesmo, então primeiro foi um processo de respeito, de ver a dignidade do outro, aprender com essas pessoas e eu acho que, hoje em dia, está...nos entendemos. A minha asa, a 5, né, eu acho que a gente se entende, essa parte...hoje em dia eu já estou bem maduro com relação comigo mesmo, né, baixei a bola da asa 3, hoje em dia eu boto o olho nos meus estudos, no meu trabalho, eu acho que é onde eu consigo vê mais...eu acho que o crescimento, no Eneagrama, ele rebate muito, assim, na questão profissional, assim, é muito importante, pra mim, né, que é o cara que o ruim dele é a desorganização, a falta de compromisso, então, o tipo 4, principalmente, você vai crescendo no Eneagrama e vai aprimorando o seu potencial profissional, acho que isso é muito importante pras pessoas do tipo 4, eles se tornarem responsáveis, competentes e...responsável, pra não precisar falar um bocado de coisa. E abraçando a sua asa 5, vocêc começa a ser mais conciso naquilo que você fala, porque você vai batalhar e vai atrás de ler tudo e tal... Com relação à integração é parecido, né, com relação à asa, precisa redimir, primeiro começa com aquela questão do respeito e...eu tive uma ajuda muito grande com minha namorada, ela é da personalidade da minha integração, ela é tipo 1, então, a nossa vivência...porque a gente alem de ser namorado, ter essa parte amorosa, a gente também trabalha juntos, é engajado em um projeto que a gente acredita, né, é uma oportunidade de está junto com ela e desenvolver...vendo ela fazendo, a forma de ela trabalhar e o de outras pessoas também, e acolher isso que é meu também, não é só de mim, é de tudo mundo, os tipos são de todos, você tem que aprender com todos e crescer. Pra mim,foi muito importante essa vivência com ela e hoje em dia está...também nos entendemos. Acho que o tipo 4 ele é um tipo que tem a sua ferida, né, no começo de tudo, naquela questão do abandono, da sensação de não ser amado, e é
(1ª idéia) Foi um processo difícil, mas o crescimento com o Eneagrama, para mim rebate na questão profissional.
A
(2ª idéia) Tive uma ajuda muito grande da minha namorada, ela é da
personalidade da minha integração. B
(3ª idéia) Você reescreve a sua história. A
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muito importante...ah, ele vive numa ilusão,em um jogo, porque ele tem essa ferida, e essa ferida vai condicioná-lo a viver em um jogo de auto valorização, de independência, de coisas que é tudo fachada, tudo mentira, então ele vai chegar ao ponto de até se sentir mais que algumas pessoas, querer ser mais que algumas pessoas, agredir outras pessoas, mas na verdade ele tem uma coisa que é essa sensação do abandono, que é a ferida original,né, e no processo Eneagrama, é muito importante você...você vai tomando consciência disso tudo, né, é muito difícil...pra mim foi né, quando caiu a ficha, que o caminho do Eneagrama vai mostrar seu tipo, no começo eu "veste Maria...", mas com o tempo assim, você vê que isso é bobagem, e que a proposta...o caminho, realmente, não é abandonar a personalidade, né, é abandonar aquelas coisas que te fazem ruim, que te fazem...que são ilusórias, que são máscaras e...as agressões que você consegue fazer com as outras pessoas, e uma coisa que foi muito boa pra mim, Então, o Eneagrama te dá essa contemplação e você querer mudar isso tudo, você pode fazer muita coisa sozinho, mas é fundamental essa experiência da ferida,porque ele vai experimentar, vai compreender porque ele foi abandonado, vê que as pessoas, de repente, não tinham culpa, ele vai compreender, né, que a ferida, ela é formada é porque você não tem maturidade pra compreender o que está vivendo, aí você não sabe nem porque você se sente machucado e ferido, e a ferida vai ficar pra sempre, né. Aí você volta naquele momento, compreende e tal e reescreve a história que aconteceu com a sua mentalidade e isso te ajuda a crescer espiritualmente. 10 – olha...eu gosto muito de ser o tipo 9, até porque a forma que a gente lida, com estresse, com tensão, o que me incomoda é mais a questão da desintegração que é uma coisa muito forte, que é você se omitir, as vezes, evitar conflitos, dificuldade pra tomar certas decisões,dificuldade de se confrontar, de discordar; mas depois que eu comecei a tomar consciência, a coisa começou a surtir efeito em mim. Eu sinto de certa forma que eu estou vivendo uma crise, porque meu marido é tipo 3, ele se acha o máximo...pra mim vai ser muito
(1ª idéia) Comecei a ter consciência, estou caminhando.
A (2ª idéia) Estou crescendo muito com as coisas que me incomodam, eu estou me
expressando. B
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bom, eu não sei no que vai dar, seja o que for, eu acho que estou caminhando para a minha integração e para o meu amadurecimento, eu era muito submissa e agora eu não sou mais, eu estou me expressando, estou me descobrindo... Eu acho que estou desenvolvendo minhas asas, minha asa 8 é muito reprimida, e agora eu vejo que as vezes manifesto uma irritabilidade, as vezes, alem do normal, mas não esta me incomodando, eu acho que eu ainda preciso melhorar muito, mas eu acho que estou caminhando. Estou crescendo muito, quando você toma conhecimento você aprende a lidar com isso. Eu não consigo mais deixar de falar as coisas que estão me incomodando, as coisas que me incomodam eu estou expressando.
11 – eu sinto que eu já tenho um pouquinho do 8, que eu já não engulo tanto, eu já não sou assim tão reprimida como ela foi, eu não sou muito de engolir, eu sou de botar tudo pra fora, então eu sinto que já tenho uma asinha mais 8.
(1ª idéia) Eu sinto que já tenho um asinha mais 8, eu não sou muito de
engolir. B
12 – É difícil, não é fácil treinar essa auto-disciplina, essa coisa de ser rígido. Aí eu descobri que era porque eu admirava muito aquelas características do tipo 1, eram coisa que eu queria ser, e coisas que ás vezes eu não era, eu tinha muita coisa do tipo 1, mas depois que eu fui vê que era meu ponto de integração...é tanto que eu boto na minha cabeça que eu sou tipo 1, pra ser mais disciplinada, de não ficar parada, de ter que fazer uma coisa e resolver logo e não deixar pra depois. . É aquilo que eu te disse, não sou eu, é uma máscara que...foi o que eu compreendi do eneagrama...que é apenas uma máscara pra poder viver na sociedade.
(1ª idéia) Eu botava na minha cabeça que eu sou do tipo 1, (minha
integração), o meu (tipo) é apenas uma máscara.
A
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IAD2
A – Comecei a tomar consciência, um sinal de transformação. (crescendo consigo mesmo)
A1 – DSC dos Tipos Agressivos A2 – DSC dos Tipos Condescendentes e Retraídos.
EXPRESSÕES-CHAVE DSC
1 – A partir do momento em que eu conversei com o facilitador, a gente conversou , no mesmo dia do curso, e ele disse te tranqüiliza que tu és, não tem como fugir disso, e aceitar e se trabalhar os pontos que não são tão positivos, e a parti daí vai vir o teu crescimento e a partir disso foi que eu comecei a crescer em cima da instrução dele e ao conhecer os meus defeitos eu comecei a trabalhá-los, hoje quando eu não estou bem quanto eu estou caindo, eu já sei que não estou no meu dia melhor que eu não sou essa, vamos mudar um pouco botar a bola para cima.
2 – Parece que tem um chipzinho dentro de mim, eu sou uma pessoa crítica , só que eu me auto-criticava muito pouco, né antes do Eneagrama, eu tenho até que ter cuidado, porque o 3 pensa que tem que ser eficiente para ser bom, não é o ser bom para mostrar pro outro, mas o ser bom porque é correto, o que é pra ser mesmo. Assim com relação a integração, eu fico o tempo intero acabei de me desintegrar completamente, a vontade é de volta para casa e dormir. Mas aí não assim... O que é que deve acontecer, o que é que está acontecendo , como vai ser melhor, então assim ajuda muito afazer exercício sabe eu acho assim quando você está com vontade de explodir com relação a uma pessoa, um funcionário ou uma pessoa que não é eficiente como o três gostaria que fosse e você ter mais tolerância ter mais paciência a paciência do 9. A disciplina do 6, a perseverança do 6 de saber que se hoje não é assim, amanhã a pessoa pode dar conta.Então esse exercício eu faço demais. Eu consigo bastante
2 –A minha asa mais desenvolvida é 4 eu não tenho dúvida, porque sabe, tem umas coisa que quando eu não estou bem eu vou logo para o pior do 4 sabe e assim depois que agente
DSC (A1) O facilitador... A gente conversou , no mesmo dia do curso, e ele disse: “Te tranqüiliza com o que tu és, não tem como fugir disso é aceitar e se trabalhar os pontos que não são tão positivos, e a parti daí vai vir o teu crescimento e a partir disso foi que eu comecei a crescer em cima da instrução dele e ao conhecer os meus defeitos eu comecei a trabalhá-los. E perceber isso em mim, não foi nada agradável, a princípio, mas me trouxe certo alívio, no começo a vontade que eu tinha era dizer” Mas tu tem que saber que eu sou assim, por isso, isso e isso!"Existe essa mania da gente, existe essa vontade de querer justificar nossas falhas, a partir do que a gente descobre, mas, hoje, depois de tanto tempo também eu percebo que eu já acolho muito mais aquilo que eu sou, não só acolho, como, quando eu vejo alguém do meu tipo sofrendo com essas coisas, a minha primeira vontade é de falar, de está dizendo” Olha, mas não é assim, não é por aí" Eu fui cobrada quando criança ,foi muita responsabilidade, nós somos muitos, então papai e mamãe passaram a dividir o peso com a gente, com os primeiros; e hoje eu acolho isso com mais naturalidade, antes eu tinha revolta, hoje eu já vejo que aconteceu e...pronto,tem que acolher isso aí; e é muito mais fácil hoje em dia acolher essa idéia nova aí. Eu tinha me percebido com uma dificuldade terrível de brincar, de curtir, de...de ter a minha prioridade de lazer, é muito mais fácil e agradável, pra mim, trabalhar...eu percebi, já descobri isso na minha vida com clareza, e, no meu caso, eu preciso é ir atrás de lazer, preciso é desmarcar os compromissos,preciso...e isso não está
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começou a participar desse grupo de oração, estudando a bíblia, foi o último ano e meio somou muito, né porque a história da misericórdia do se dá do se abnegar, do ter compaixão, do ajudar sem interesse né porque o 3 geralmente ajuda com interesse, isso é muito bonito, ir pro dois me dá tranqüilidade paz de espírito quando eu procurar desenvolver a minha asa menos desenvolvida.Assim os dois caminhos eu acho mito válido, mas em situações de crise situações de dúvida, seja quais forem eu penso muito, no que minha integração faria, se tivesse no meu lugar, eu penso muito nisso mas eu também penso mito na asa dois acho que os dois caminhos são bons. 2 – Agora é incrível como cada pessoa tem o seu tempo mesmo porque você precisa querer muito, meu esposo fez a primeira e a segunda fase ele é 7 então assim é incrível fico tentando incentivá-lo, a vir, sem forçar a barra , porque se forçar a barra ele estoura, né vai para 1,mas ele foge do Eneagrama ele não lê, não aplica eu fico tentando mostrar olha como isso tem a ver com o teu tipo numa conversa, de leve, mas é incrível só funciona quando a pessoa quer, eu acredito nisso, quando surge uma necessidade quando ela sente um desconforto que ela deve sentir melhorar e eu acho que eu sentia isso, em melhorar algumas coisas ou pelo menos dominar o que tem de ruim ou pelo menos tentar dominar, então o Eneagrama ajudou muito nesse sentido.
3 – Nesses dias eu tenho prestado muita atenção quanto a isso e...o que...de concreto que eu tenho conseguido até agora é toda vez que eu me vejo divagando, né, chamar ao eixo, né, aí dá pra...é o que eu tenho feito até agora.Vou experimentar também no fim de cada dia fazer um balanço de qual,no dia, quanto eu estou desintegrado ou integrado, né,pra fazer esse balanço e tentar corrigir 4 – E uma das coisas que a gente aprende no curso é a conversar com esse crítico interno, porque ele tem m julgamento muito severo e faz a gente ser intransigente, radical, dona da verdade e quando a gente começa a trabalhar
fácil, eu sempre acho...a gente sempre acha que precisa ser fiel ao que assumiu, e no meu caso, eu sinto que ainda tem muito peso da minha personalidade que precisa ser trabalhada e ir pra esse caminho da minha integração que não é fácil não; é mais fácil eu ir pra minha desintegração, aí é bom demais...aí é...ficar sofrendo as dores, se sentindo abandonada, essa coisa toda aí .Na verdade, não gosta muito de perceber limitações nem imperfeições. Hoje quando eu não estou bem quanto eu estou caindo, eu já sei que não estou no meu dia melhor que eu não sou essa, vamos mudar um pouco botar a bola para cima.E uma das coisas que a gente aprende no curso é a conversar com esse crítico interno, porque ele tem m julgamento muito severo e faz a gente ser intransigente, radical, dona da verdade e quando a gente começa a trabalhar para lê não ser tão intransigente com a gente. Aí a gente começa a levar isso para outras pessoas. Parece que tem um chipzinho dentro de mim, eu sou uma pessoa crítica , só que eu me auto-criticava muito pouco, né antes do Eneagrama, eu tenho até que ter cuidado, porque o meu tipo pensa que tem que ser eficiente para ser bom, não é o ser bom para mostrar pro outro, mas o ser bom porque é correto, o que é pra ser mesmo. Assim com relação a integração, eu fico o tempo intero: “Ih!Acabei de me desintegrar completamente” a vontade é de volta para casa e dormir. Mas aí não é assim... “O que é que deve acontecer”?, “O que é que está acontecendo?”, “Como vai ser melhor?” então assim ajuda muito afazer exercício sabe eu acho assim quando você está com vontade de explodir com relação a uma pessoa, um funcionário ou uma pessoa que não é eficiente como o meu tipo gostaria que fosse e você ter mais tolerância ter mais paciência a paciência da minha segunda integração. A disciplina da minha integração, a perseverança, de saber que se hoje não é assim, amanhã a pessoa pode dar conta.Então esse exercício eu faço demais.
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para lê não ser tão intransigente com a gente. Aí a gente começa a levar isso para outras pessoas.
5 – É...eu vejo que...é uma coisa boa pra mim, eu vejo que...que eu posso através desse ponto, pegar a melhor coisa do 3...eu vou tentar me integrar nesse 3. Eu acabo mais o medo,né...eu pego...vivo mais dentro do grupo, falo mais e...isso ajuda muito parte do meu trabalho também, né. Quando eu faço pesquisas,quando eu faço trabalhos, assim, palestras, converso com grupos de jovens e tudo e aí eu me sinto mais a vontade, certo, já me sinto mais a vontade, já mais livre...mais livre pra poder falar e...acho que essa ousadia do 3, né, essa vaidade do 3, de pegar e não está nem aí, né...ajudar...De se expor e falar. E...saindo do ponto de desintegração,né, que é o medo.
5 – Estou. Está me ajudando nesse ponto de pegar e vê as dificuldades, e pegar e vê um ponto de luz, sabe, procurar uma luz...de pegar e "não"...abriu os olhos pra mim, abriu o olho, pra mim, mas eu volto pra aquela dificuldade do conflito e...abriu olho, assim, abriu meus olhos pra eu poder ver a realidade, poder ver os meus defeitos, ver as coisas, pra que eu possa tentar, de algum jeito, que eu estou vendo, estou trabalhando, né, através do meu tipo, desse ponto de integração, que ajuda muito, pra poder...esse crescimento, né, eu vejo o Eneagrama como um sinal de transformação.
7 – Então achei muito válido a nível de crescimento individual...eu sempre percebi assim, porque o curso é de auto-conhecimento, eu não estou fazendo o curso nem fazendo as etapas pra te entender, acho que isso tem que ficar bem claro desde o primeiro momento que a gente fala “eu estou fazendo pra me conhecer melhor, aí eu me conhecendo,eu posso tentar me trabalhar um pouco"; aí, lógico, se eu me trabalho, lógico que a minha relação contigo vai melhorar ou vai, pelo menos, modificar, acredito que não vai ser pra pior, né, porque a pessoa vai criando gosto, vai descobrindo as dificuldades dela e tal; e eu acho que ninguém, quer descobrir coisas pra ficar pra trás, a gente quer descobrir pra crescer, né.
Eu consigo bastante. Então achei muito válido a nível de crescimento individual...eu sempre percebi assim, porque o curso é de auto-conhecimento, eu não estou fazendo o curso nem fazendo as etapas pra te entender, acho que isso tem que ficar bem claro desde o primeiro momento que a gente fala “Eu estou fazendo pra me conhecer melhor, aí eu me conhecendo,eu posso tentar me trabalhar um pouco"; aí, lógico, se eu me trabalho, lógico que a minha relação contigo vai melhorar ou vai, pelo menos, modificar, acredito que não vai ser pra pior, né, porque a pessoa vai criando gosto, vai descobrindo as dificuldades dela e tal; e eu acho que ninguém, quer descobrir coisas pra ficar pra trás, a gente quer descobrir pra crescer, né. Ainda hoje eu percebo que tem muita coisa assim...transformada, mas o bonito é perceber que o Eneagrama vai te dando dicas pra isso, né, Já, já consegui...já consegui relaxar, quando a coisa começa a pesar, já consegui muito da integração, né, do deixar...do deixar acontecer, vou fazer o que me é possível fazer, sem cobranças,sem...já consigo de vez em quando brincar com minha cobrança interna, já consigo deixar ela um pouquinho de lado, e isso é muito positivo, né, assim, dá uma sensação de...as pessoas já começam, principalmente a família, eu acho que a mudança vai acontecendo quando a tua família começa a dizer “não, tu já ta muito diferente"; porque a família é onde a gente se expõe com maior...mais clareza, assim, sem máscaras, sem ...sem...pronto, sem nada pra omitir aquilo que a gente é. E em casa, meus irmãos já dizem "não, tu já mudou demais", né...então, isso é bem agradável. E eu percebo que as minhas atitudes já são diferentes, que o meu jeito de fazer já é diferente, e isso eu estou conquistando a partir da minha asa não desenvolvida, por isso que é preciso desenvolver sim, essa idéia de ser mais serena, do ficar mais tranqüila, do deixar, de ser da paz mesmo, do pegar o melhor
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8 – ainda hoje eu percebo que tem muita coisa assim...transformada, mas o bonito é perceber que o Eneagrama vai te dando dicas pra isso, né, Já, já consegui...já consegui relaxar, quando a coisa começa a pesar, já consegui muito da integração, né, do deixar...do deixar acontecer, vou fazer o que me é possível fazer, sem cobranças,sem...já consigo de vez em quando brincar com minha cobrança interna, já consigo deixar ela um pouquinho de lado, e isso é muito positivo, né, assim, dá uma sensação de...as pessoas já começam, principalmente a família, eu acho que a mudança vai acontecendo quando a tua família começa a dizer “não, tu já ta muito diferente"; porque a família é onde a gente...principalmente o tipo1...é onde a gente se expõe com maior...mais clareza, assim, sem máscaras, sem ...sem...pronto, sem nada pra omitir aquilo que a gente é. E em casa, meus irmãos já dizem "não, tu já mudou demais", né...então, isso é bem agradável. E eu percebo que as minhas atitudes já são diferentes, que o meu jeito de fazer já é diferente, e isso eu estou conquistando a partir do 9, por isso que é preciso desenvolver sim, essa idéia de ser mais serena, do ficar mais tranqüila, do deixar, de ser da paz mesmo, do pegar o melhor do 9. Tudo acontecer no seu tempo, sem muita pressa, sem muito estresse, isso não é fácil, pro tipo 1 então...que é altamente visceral, não é fácil...
8 – A integração é o mais difícil, eu acho, é mais fácil ir pro 9, conquistar ir atrás do 9, do que, eu diria, até é um pouco grosseiro, que tem que ser, a sensação que me dá é essa e vou ser bem sincera, do que ser tão ridícula como o 7 é, pra mim, na minha impressão. Mas ao mesmo tempo, é um ridículo que eu entendo que é baseado na alegria que eles tem na...na... E que isso também deve ser meu caminho de conquista. Não é fácil. Eu tenho me percebido com uma dificuldade terrível de brincar, de curtir, de...de ter a minha prioridade de lazer, é muito mais fácil e agradável, pra mim, trabalhar...eu percebi, já descobri isso na minha vida com clareza, e, no meu caso, eu preciso é ir atrás de lazer, preciso é desmarcar os compromissos,preciso...e isso não está fácil, eu sempre acho...a gente sempre acha que precisa ser fiel ao que assumiu, e no meu caso, eu sinto
da asa não desenvolvida. Tudo acontecer no seu tempo, sem muita pressa, sem muito estresse, isso não é fácil, pro meu tipo então...que é altamente visceral, não é fácil...O meu tipo geralmente ajuda com interesse, isso é muito bonito, ir pra minha assa não desenvolvida me dá tranqüilidade paz de espírito quando eu procurar desenvolver a minha asa menos desenvolvida.Assim os dois caminhos eu acho mito válido, mas em situações de crise situações de dúvida, seja quais forem eu penso muito, no que minha integração faria, se tivesse no meu lugar, eu penso muito nisso mas eu também penso muito na asa não desenvolvida acho que os dois caminhos são bons. DSC (A2)
No caminho do Eneagrama, nos cursos, nas etapas, foi um negócio que foi um processo difícil, você reconhecer, começar a respeitar, porque as pessoas da personalidade da asa reprimida sofrem com o meu tipo, ele cai em cima, “escarra” mesmo, então primeiro foi um processo de respeito, de ver a dignidade do outro, aprender com essas pessoas e eu acho que, hoje em dia, está...nos entendemos. A minha asa não desenvolvida, né, eu acho que a gente se entende, essa parte...hoje em dia eu já estou bem maduro com relação comigo mesmo, né, baixei a bola da minha asa desenvolvida. Nesses dias eu tenho prestado muita atenção quanto a isso e...o que...de concreto que eu tenho conseguido até agora é toda vez que eu me vejo divagando, né, chamar ao eixo, né, aí dá pra...é o que eu tenho feito até agora.Vou experimentar também no fim de cada dia fazer um balanço de qual,no dia, quanto eu estou desintegrado ou integrado, né,pra fazer esse balanço e tentar corrigir. Olha...eu gosto muito de ser do meu tipo, até porque a forma que a gente lida, com estresse, com tensão, o que me incomoda é mais a questão da desintegração que é uma coisa muito forte, que é você se
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que ainda tem muito peso da personalidade 1 que precisa ser trabalhada e ir pra esse caminho do 7, que não é fácil não; é mais fácil eu ir pro 4, aí é bom demais...aí é...ficar sofrendo as dores, se sentindo abandonada, essa coisa toda aí que, nessas horas eu até confirmo a asa 2 bem desenvolvida, que aí vai sofrer as dores, mas o 7 não é fácil.
8 – Eu sou o tipo 1, então, o tipo 1, na verdade, não gosta muito de perceber limitações nem imperfeições. E perceber isso em mim,não foi nada agradável, a princípio, mas me trouxe certo alívio, no começo a vontade que eu tinha era dizer “mas tu tem que saber que eu sou assim, por isso, isso e isso.?"; existe essa mania da gente, existe essa vontade de querer justificar nossas falhas, a partir do que a gente descobre, mas, hoje, depois de tanto tempo também eu percebo que eu já acolho muito mais aquilo que eu sou, não só acolho, como, quando eu vejo alguém do meu tipo sofrendo com essas coisas, a minha primeira vontade é de falar, de está dizendo” olha,mas não é assim, não é por aí “...eu fui cobrada quando criança, foi muita responsabilidade, nós somos muitos, então papai e mamãe passaram a dividir o peso com a gente, com os primeiros; e hoje eu acolho isso com mais naturalidade, antes eu tinha revolta, hoje eu já vejo que aconteceu e...pronto,tem que acolher isso aí; e é muito mais fácil hoje em dia acolher essa idéia nova aí. 9 – No caminho do Eneagrama, nos cursos, nas etapas, foi um negócio que foi...um processo difícil, você reconhecer, começar a respeitar, porque as pessoas da personalidade da asa reprimida sofrem com o tipo 4, ele cai em cima, escarra mesmo, então primeiro foi um processo de respeito, de ver a dignidade do outro, aprender com essas pessoas e eu acho que, hoje em dia, está...nos entendemos. A minha asa, a 5, né, eu acho que a gente se entende, essa parte...hoje em dia eu já estou bem maduro com relação comigo mesmo, né, baixei a bola da asa 3, hoje em dia eu boto o olho nos meus estudos, no meu trabalho, eu acho que é onde eu consigo vê mais...eu acho que o crescimento, no Eneagrama, ele rebate muito, assim, na questão profissional, assim, é muito importante, pra
omitir, as vezes, evitar conflitos, dificuldade pra tomar certas decisões, dificuldade de se confrontar, de discordar; mas depois que eu comecei a tomar consciência, a coisa começou a surtir efeito em mim eu era muito submisso e agora eu não sou mais, eu estou me expressando, estou me descobrindo... Eu acho que estou desenvolvendo minhas asas, minha asa não desenvolvida é muito reprimida, e agora eu vejo que as vezes manifesto uma irritabilidade, as vezes, alem do normal, mas não esta me incomodando, eu acho que eu ainda preciso melhorar muito, mas eu acho que estou caminhando.É...eu vejo que...é uma coisa boa pra mim, eu vejo que...que eu posso através desse ponto, pegar a melhor coisa da minha integração.Eu vou tentar me integrar Eu acabo mais o medo, é...eu pego...vivo mais dentro do grupo, falo mais e...isso ajuda muito parte do meu trabalho também, né. E aí eu me sinto mais a vontade, certo, já me sinto mais a vontade, já mais livre...mais livre pra poder falar e...acho que essa ousadia da minha integração, né, essa vaidade da minha integração, de pegar e não está nem aí, né...ajuda... De se expor e falar. E...saindo do ponto de desintegração,né, que é o medo.E hoje em dia eu boto o olho nos meus estudos, no meu trabalho, eu acho que é onde eu consigo vê mais...eu acho que o crescimento, no Eneagrama, ele rebate muito, assim, na questão profissional, assim, é muito importante, pra mim, né, que é o cara que o ruim dele é a desorganização, a falta de compromisso, então, o meu tipo, principalmente, você vai crescendo no Eneagrama e vai aprimorando o seu potencial profissional, acho que isso é muito importante pras pessoas do meu tipo, eles se tornarem responsáveis, competentes e...responsável, pra não precisar falar um bocado de coisa. E abraçando a sua asa não desenvolvida, você começa a ser mais conciso naquilo que você fala, porque você vai batalhar e vai atrás de ler tudo e tal... É difícil, não é
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mim, né, que é o cara que o ruim dele é a desorganização, a falta de compromisso, então, o tipo 4, principalmente, você vai crescendo no Eneagrama e vai aprimorando o seu potencial profissional, acho que isso é muito importante pras pessoas do tipo 4, eles se tornarem responsáveis, competentes e...responsável, pra não precisar falar um bocado de coisa. E abraçando a sua asa 5, você começa a ser mais conciso naquilo que você fala, porque você vai batalhar e vai atrás de ler tudo e tal... 9 – Acho que o tipo 4 ele é um tipo que tem a sua ferida, né, no começo de tudo, naquela questão do abandono, da sensação de não ser amado, e é muito importante...ah, ele vive numa ilusão,em um jogo, porque ele tem essa ferida, e essa ferida vai condicioná-lo a viver em um jogo de auto valorização, de independência, de coisas que é tudo fachada, tudo mentira, então ele vai chegar ao ponto de até se sentir mais que algumas pessoas, querer ser mais que algumas pessoas, agredir outras pessoas, mas na verdade ele tem uma coisa que é essa sensação do abandono, que é a ferida original,né, e no processo Eneagrama, é muito importante você...você vai tomando consciência disso tudo, né, é muito difícil...pra mim foi né, quando caiu a ficha, que o caminho do Eneagrama vai mostrar seu tipo, no começo eu "veste Maria...", mas com o tempo assim, você vê que isso é bobagem, e que a proposta...o caminho, realmente, não é abandonar a personalidade, né, é abandonar aquelas coisas que te fazem ruim, que te fazem...que são ilusórias, que são máscaras e...as agressões que você consegue fazer com as outras pessoas, e uma coisa que foi muito boa pra mim, Então, o Eneagrama te dá essa contemplação e você querer mudar isso tudo, você pode fazer muita coisa sozinho, mas é fundamental essa experiência da ferida,porque ele vai experimentar, vai compreender porque ele foi abandonado, vê que as pessoas, de repente, não tinham culpa, ele vai compreender, né, que a ferida, ela é formada é porque você não tem maturidade pra compreender o que está vivendo, aí você não sabe nem porque você se sente machucado e ferido, e a ferida vai ficar pra sempre, né. Aí você volta naquele momento, compreende e tal e reescreve a história que
fácil treinar essa auto-disciplina, essa coisa de ser rígido. Aí eu descobri que era porque eu admirava muito aquelas características da minha integração, eram coisa que eu queria ser, e coisas que ás vezes eu não era, eu tinha muita coisa da minha integração, mas depois que eu fui vê que era meu ponto de integração...é tanto que eu boto na minha cabeça que eu sou do tipo da minha integração, pra ser mais disciplinada, de não ficar parada, de ter que fazer uma coisa e resolver logo e não deixar pra depois. . É aquilo que eu te disse, não sou eu, é uma máscara que...foi o que eu compreendi do Eneagrama...que é apenas uma máscara pra poder viver na sociedade. Acho que o tipo o meu tipo ele é um tipo que tem a sua ferida, né, no começo de tudo, naquela questão do abandono, da sensação de não ser amado, e é muito importante. Ah, ele vive numa ilusão,em um jogo, porque ele tem essa ferida, e essa ferida vai condicioná-lo a viver em um jogo de auto valorização, de independência, de coisas que é tudo fachada, tudo mentira, então ele vai chegar ao ponto de até se sentir mais que algumas pessoas, querer ser mais que algumas pessoas, agredir outras pessoas, mas na verdade ele tem uma coisa que é essa sensação do abandono, que é a ferida original, né, e no processo Eneagrama, é muito importante você...você vai tomando consciência disso tudo, né, é muito difícil...pra mim foi né, quando caiu a ficha, que o caminho do Eneagrama vai mostrar seu tipo, no começo eu "vixe Maria...", mas com o tempo assim, você vê que isso é bobagem, e que a proposta...o caminho, realmente, não é abandonar a personalidade, né, é abandonar aquelas coisas que te fazem ruim, que te fazem...que são ilusórias, que são máscaras e...as agressões que você consegue fazer com as outras pessoas, e uma coisa que foi muito boa pra mim, Então, o Eneagrama te dá essa contemplação e você querer mudar isso tudo, você pode fazer muita coisa sozinho, mas é fundamental essa experiência da
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aconteceu com a sua mentalidade e isso te ajuda a crescer espiritualmente.
10 – olha...eu gosto muito de ser o tipo 9, até porque a forma que a gente lida, com estresse, com tensão, o que me incomoda é mais a questão da desintegração que é uma coisa muito forte, que é você se omitir, as vezes, evitar conflitos, dificuldade pra tomar certas decisões,dificuldade de se confrontar, de discordar; mas depois que eu comecei a tomar consciência, a coisa começou a surtir efeito em mim. Eu sinto de certa forma que eu estou vivendo uma crise, porque meu marido é tipo 3, ele se acha o máximo...pra mim vai ser muito bom, eu não sei no que vai dar, seja o que for, eu acho que estou caminhando para a minha integração e para o meu amadurecimento, eu era muito submissa e agora eu não sou mais, eu estou me expressando, estou me descobrindo... Eu acho que estou desenvolvendo minhas asas, minha asa 8 é muito reprimida, e agora eu vejo que as vezes manifesto uma irritabilidade, as vezes, alem do normal, mas não esta me incomodando, eu acho que eu ainda preciso melhorar muito, mas eu acho que estou caminhando. 12 – É difícil, não é fácil treinar essa auto-disciplina, essa coisa de ser rígido. Aí eu descobri que era porque eu admirava muito aquelas características do tipo 1, eram coisa que eu queria ser, e coisas que ás vezes eu não era, eu tinha muita coisa do tipo 1, mas depois que eu fui vê que era meu ponto de integração...é tanto que eu boto na minha cabeça que eu sou tipo 1, pra ser mais disciplinada, de não ficar parada, de ter que fazer uma coisa e resolver logo e não deixar pra depois. . É aquilo que eu te disse, não sou eu, é uma máscara que...foi o que eu compreendi do eneagrama...que é apenas uma máscara pra poder viver na sociedade.
ferida,porque ele vai experimentar, vai compreender porque ele foi abandonado, vê que as pessoas, de repente, não tinham culpa, ele vai compreender, né, que a ferida, ela é formada é porque você não tem maturidade pra compreender o que está vivendo, aí você não sabe nem porque você se sente machucado e ferido, e a ferida vai ficar pra sempre, né. Aí você volta naquele momento, compreende e tal e reescreve a história que aconteceu com a sua mentalidade e isso te ajuda a crescer espiritualmente Está me ajudando nesse ponto de pegar e vê as dificuldades, e pegar e vê um ponto de luz, sabe, procurar uma luz...de pegar e "não"...abriu os olhos pra mim, abriu o olho, pra mim, mas eu volto pra aquela dificuldade do conflito e...abriu olho, assim, abriu meus olhos pra eu poder ver a realidade, poder ver os meus defeitos, ver as coisas, pra que eu possa tentar, de algum jeito, que eu estou vendo, estou trabalhando, né, através do meu tipo, desse ponto de integração, que ajuda muito, pra poder...esse crescimento, né, eu vejo o Eneagrama como um sinal de transformação. .
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IAD2 B– Estou dando o que eu posso dar e recebendo dos outros o que eles podem dar
(crescendo na relação como outro) B1 – DSC dos Tipos Agressivos
B2 – DSC dos Tipos Condescendentes e Retraídos
EXPRESSÕES-CHAVE DSC 3 - Assim, eu desenvolvi mais a 6 que a 8 ,né, realmente, eu desenvolvi muito mais a 6 do que a 8, mas eu não estou olhando pra asa, e sim pra o ponto de desintegração e integração. Porque eu acho que me...me centrar no ponto de integração e desintegração é o caminho mais fácil e mais rápido pra mim. 4 - Eu acho que eu vivo hoje muito ele, porque antigamente eu era uma pessoa muito melancólica, e quando eu tinha essa de integração do quatro, então e pintava e eu achava o máximo, um amigo me dizia eu não te entendo quando as pessoa tão triste elas querem sair, se divertir, aí eu dizia , olha Chico você não entende, você não sabe o que eu estou fazendo eu estou transformando minha dor em arte. E um dos maiores impactos que eu tive no Eneagrama foi que eu não devia fazer isso, quando eu estivesse entrando nesse estado de melancolia de achar que não tinha mais jeito, que o crítico fica dizendo você é ma idiota faz sempre do mesmo jeito, você atrapalhou tudo. Aí eu dizia que era para me conformar que eu não teria mas outra pessoa. No eneagrama me disse que eu deveria fazer como o tipo faz, mas eu não conseguia nada nessa fase, não conseguia ir pro cinema, mas aí eu comecei a me programar e coincidiu com minha pressão alta e o médico disse que eu tinha que faze m exercício, e eu descobrir a dança de salão e descobrir Deus na alegria, porque até então eu encontrava Deus no trabalho ou no trabalho de casa , fazendo as minhas coisa, ou ajudando uma pessoa. Eu experimentei Deus na Alegria, sem me preocupar com nada, eu me sentia livre com movimentos abertos, nem, na adolescência e espontâneos eu me percebi leve e entendi o que era ser livre e encontrar Deus na alegria.
6 – Nos últimos tempos, antes de vir pra qui, eu comecei a criar mais intimidade, mais toque com os outros, antes eu nem chegava a tocar, só
DSC – (B1) Eu acho que me centrar no ponto de integração e desintegração é o caminho mais fácil e mais rápido pra mim Depois que eu descobri que minha asa menos desenvolvida, eu comecei a perceber as minhas dificuldades, às vezes, aí comecei a ver: "Olha, ta vendo, eu não sou tão tranqüila", que eu poderia criar essa tranqüilidade ou ir aprendendo, com o a asa mais desenvolvida, mais a tranqüilidade, mais calma, a gente escuta mais do que...do que dá, né...do que diz, porque a personalidade a minha personalidade tem muito aquela coisa de, como ela tem razão, o outro pode falar,mas ela sempre acha que a opinião dela prevalece. Então, agora eu consigo escutar mais um pouco, e consigo até questionar,tipo "Não, a gente...eu vou vê essa posição sua, é melhor, vou revê a minha"; e assim,eu me sinto livre...hoje eu me sinto livre pra dizer "Olha, a minha posição não é a posição mais coerente, e agente pode optar por essa e ver com todo mundo e tal"; antes eu não faria isso...eu não diria não...nunca diria que a minha opção...que a minha posição tava errada...ora,pois,vou dar o braço a torcer por quê? Né mas hoje eu já percebo que não...não precisa, entendeu; eu não vou deixar de ser e mesma, e nem vou deixar de ter toda a força que eu tenho interior, a vontade de crescer, por dizer que eu...sei lá... Que eu me enganei, que eu errei, que eu falei uma coisa que realmente não era por aí; então, eu acho que foi criando um pouquinho mais de linha dentro de mim, de pegar o fio condutor , né, interior...isso está valendo a pena muito. A princípio eu percebi uma grande...pra mim foi uma grande evolução, porque, antes, eu tinha muito da questão da minha personalidade, aquela coisa
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verbal, só mandava, só cumpria; agora, já desenvolveu a asa 2, porque eu comecei a tocar as pessoas, abraçar e a ter mais carinho pelas pessoas, então eu criei mais intimidade com as pessoas, tive mais amigos, e antes, os amigos já era pra um determinado fim 6 – O 6 é um tipo,assim que eu me dei muito bem, me dou muito bem com o 6, é...de 6 que eu tenho...talvez esteja desenvolvendo, como um amigo disse que eu estou um pouco discreto, as pessoas estão queixando muito que eu estou muito discreto, os alunos na escola dizem que eu não estou falando mais, aqui, diz que eu estou mais quieto; está se desenvolvendo, imagino, ser da minha integração 6 – Aí, sinto assim mais tranqüilo, e eu não estou na desintegração, estou na integração, já estou passando pelo segundo, que é muito bom;mas quando estou desintegrado...é...aquele mimado,né, aqueles vícios de deitar, dormir, deixar minhas coisas rolar, e os problemas acumulavam cada vez mais; então, eu ia pra 6, sentia, talvez, menos, sentia confusão, então,dava um branco sempre que tinha que expressar algum trabalho. Isso está melhorando na minha saúde, e também na relação com meus colegas, estou compreendendo melhor, já não estou exigindo com exigia, mas...estou dando o que eu posso dar, também receber dos outros o que eles podem dar. 7– O ponto de integração do 1 é o 7,né, essa coisa de levar a vida com mais leveza,então... Eu me percebo mais integrada, não se os outros percebem, espero que eles percebam se o filhinho fez dever de casa, se a filhinha foi pro balé...relaxa...o povo vai fazer porque gosta, porque assumiu,né; não adianta nada eu ficar cobrando de uma pessoa a vida inteira, uma determinada coisa que ela mesma não assumiu, né...é lógico que você tem que no início,sobretudo quando é criança, você dá os primeiros empurrões, mas depois a pessoa vai criando um ritmo,ela vai descobrindo. Então eu me percebo mais integrada assim. 7- –Depois que eu descobri que minha asa 9 era
que...perfeccionismo, achar que está cheio de razão, e de que o outro é que não está vendo a mesma visão, você acha que todo mundo tem a sua visão, e de explodir, aquelas coisas todas que tem do meu tipo , eu já vi que muita coisa já...pra mim, já modificou, então, hoje eu já tenho mais consciência, que eu não tenho que reagir diante das situações; então, se você fala alguma coisa pra mim que eu ficava chateada, pronto, aquilo já era um motivo pra eu ficar chateada com outra pessoa, se essa pessoa não fizesse uma coisa que eu estava esperando, eu ficava chateada, já ficava fechada, às vezes implicava, mas era raro, era aquela coisa do efeito panela de pressão,né, enchia, enchia, enchia, e depois explodia com uma coisa tão pequenininha que não tinha nada a ver eu estar com raiva e tal; então, hoje eu não tenho mais essa dinâmica tão forte, eu não fico esperando pra explodir nada, eu digo, mas, também, quando digo, digo de uma forma tão mais calma, que até eu fico assim "olha, interessante"; de conseguir falar, a questão do perfeccionismo, pra mim, acho que amenizou muito, antes eu tinha uma tendência a...tem que está limpo, tem que está assim,foi assim, foi combinado, tem que ser, tem que se cumprir; lógico, eu acredito que todas as normas que foram colocadas, as coisas que a gente combina, a princípio, nós vamos cumprir, mas nada pra...acima das pessoas Essa coisa de levar a vida com mais leveza,então... Eu me percebo mais integrada, não se os outros percebem, espero que eles percebam se o filhinho fez dever de casa, se a filhinha foi pro balé...relaxa...o povo vai fazer porque gosta, porque assumiu,né; não adianta nada eu ficar cobrando de uma pessoa a vida inteira, uma determinada coisa que ela mesma não assumiu, né?É lógico que você tem que no início, sobretudo quando é criança, você dá os primeiros empurrões, mas depois a pessoa vai criando um ritmo,ela vai descobrindo. Então eu me percebo mais integrada assim. Isso está melhorando na minha saúde, e também na relação com meus colegas,
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a menos desenvolvida, eu comecei a perceber as minhas dificuldades, às vezes, aí comecei a ver "olha, ta vendo, eu não sou tão tranqüila”, que eu poderia criar essa tranqüilidade ou ir aprendendo, com o 9, mais a tranqüilidade, mais calma, a gente escuta mais do que...do que dá,né...do que diz, porque a personalidade 1 tem muito aquela coisa de, como ela tem razão, o outro pode falar,mas ela sempre acha que a opinião dela prevalece. Então, agora eu consigo escutar mais um pouco, e consigo até questionar,tipo "não, a gente...eu vou vê essa posição sua, é melhor, vou revê a minha"; e assim,eu me sinto livre...hoje eu me sinto livre pra dizer "olha, a minha posição não é a posição mais coerente, e agente pode optar por essa e ver com todo mundo e tal"; antes eu não faria isso...eu não diria não...nunca diria que a minha opção...que a minha posição tava errada...ora,pois,vou dar o braço a torcer porque, né; mas hoje eu já percebo que não...não precisa, entendeu; eu não vou deixar de ser eu, e nem vou deixar de ter toda a força que eu tenho interior, a vontade de crescer, por dizer que eu...sei lá... Que eu me enganei, que eu errei, que eu falei uma coisa que realmente não era por aí; então, eu acho que foi criando um pouquinho mais de linha dentro de mim, de pegar o fio condutor , né, interior...isso está valendo a pena muito . 7 – A princípio eu percebi uma grande...pra mim foi uma grande evolução, porque, antes, eu tinha muito como a...como tem...a gente fala lá da questão da personalidade da tipologia 1, aquela coisa que...perfeccionismo, achar que está cheio de razão, e de que o outro é que não está vendo a mesma visão, você acha que todo mundo tem a sua visão, e de explodir, aquelas coisas todas que tem do tipo 1, eu já vi que muita coisa já...pra mim, já modificou, então, hoje eu já tenho mais consciência, que eu não tenho que reagir diante das situações; então, se você fala alguma coisa pra mim que eu ficava chateada, pronto, aquilo já era um motivo pra eu ficar chateada com outra pessoa, se essa pessoa não fizesse uma coisa que eu estava esperando, eu ficava chateada, já ficava fechada, às vezes implicava, mas era raro, era aquela coisa do efeito panela de pressão,né, enchia, enchia,
estou compreendendo melhor, já não estou exigindo com exigia, mas...estou dando o que eu posso dar, também receber dos outros o que eles podem dar. Antigamente eu era uma pessoa muito melancólica, e quando eu tinha essa integração, então e pintava e eu achava o máximo, um amigo meu dizia: “Eu não te entendo quando as pessoa tão triste elas querem sair, se diverti, aí eu dizia: “Olha Chico você não entende, você não sabe o que eu estou fazendo eu estou transformando minha dor em arte. E um dos maiores impactos que eu tive no Eneagrama foi que eu não devia fazer isso, quando eu estivesse entrando nesse estado de melancolia de achar que não tinha mais jeito, que o crítico fica dizendo você é uma idiota faz sempre do mesmo jeito, você atrapalhou tudo.É muito bom, mas quando estou desintegrado...é...aquele mimado, né, aqueles vícios de deitar, dormir, deixar minhas coisas rolar, e os problemas acumulavam cada vez mais; então, eu ia pra 6, sentia, talvez, menos, sentia confusão, então,dava um branco sempre que tinha que expressar algum trabalho. O 6 é um tipo,assim que eu me dei muito bem, me dou muito bem com o 6, é...de 6 que eu tenho...talvez esteja desenvolvendo, como um amigo disse que eu estou um pouco discreto, as pessoas estão queixando muito que eu estou muito discreto, os alunos na escola dizem que eu não estou falando mais, aqui, diz que eu estou mais quieto; está se desenvolvendo, imagino, ser da minha integração. Aí eu dizia que era para me conformar que eu não teria mas outra pessoa. No eneagrama me disse que eu deveria fazer como o tipo da minha integração faz, mas eu não conseguia nada nessa fase, não conseguia ir pro cinema, mas aí eu comecei a me programar e coincidiu com minha pressão alta e o médico disse que eu tinha que faze m exercício, e eu descobrir a dança de salão e descobrir Deus na alegria, porque até então eu encontrava Deus no trabalho ou no trabalho de casa , fazendo as
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enchia, e depois explodia com uma coisa tão pequenininha que não tinha nada a ver eu estar com raiva e tal; então, hoje eu não tenho mais essa dinâmica tão forte, eu não fico esperando pra explodir nada, eu digo, mas, também, quando digo, digo de uma forma tão mais calma, que até eu fico assim "olha, interessante"; de conseguir falar, a questão do perfeccionismo, pra mim, acho que amenizou muito, antes eu tinha uma tendência a...tem que está limpo, tem que está assim,foi assim, foi combinado, tem que ser, tem que se cumprir; lógico, eu acredito que todas as normas que foram colocadas, as coisas que a gente combina, a princípio, nós vamos cumprir, mas nada pra...acima das pessoas 9- – Com relação à integração é parecido, né, com relação à asa, precisa redimir, primeiro começa com aquela questão do respeito e...eu tive uma ajuda muito grande com minha namorada, ela é da personalidade da minha integração, ela é tipo 1, então, a nossa vivência...porque a gente alem de ser namorado, ter essa parte amorosa, a gente também trabalha juntos, é engajado em um projeto que a gente acredita, né, é uma oportunidade de está junto com ela e desenvolver...vendo ela fazendo, a forma de ela trabalhar e o de outras pessoas também, e acolher isso que é meu também, não é só de mim, é de tudo mundo, os tipos são de todos, você tem que aprender com todos e crescer. Pra mim,foi muito importante essa vivência com ela e hoje em dia está...também nos entendemos. 10 – Estou crescendo muito, quando você toma conhecimento você aprende a lidar com isso. Eu não consigo mais deixar de falar as coisas que estão me incomodando, as coisas que me incomodam eu estou expressando.
11 – Eu sinto que eu já tenho um pouquinho do 8, que eu já não engulo tanto, eu já não sou assim tão reprimida como ela foi, eu não sou muito de engolir, eu sou de botar tudo pra fora, então eu sinto que já tenho uma asinha mais 8.
minhas coisa, ou ajudando uma pessoa. Eu experimentei Deus na Alegria, sem me preocupar com nada, eu me sentia livre com movimentos abertos, nem, na adolescência e espontâneos eu me percebi leve e entendi o que era ser livre e encontrar Deus na alegria.Eu comecei a criar mais intimidade, mais toque com os outros, antes eu nem chegava a tocar, só verbal, só mandava, só cumpria; agora, já desenvolveu a asa não desenvolvida, porque eu comecei a tocar as pessoas, abraçar e a ter mais carinho pelas pessoas, então eu criei mais intimidade com as pessoas, tive mais amigos, e antes, os amigos já era pra um determinado fim DSC – B2 Com relação à integração é parecido, né, com relação à asa, precisa redimir, primeiro começa com aquela questão do respeito e eu tive uma ajuda muito grande com minha namorada, ela é da personalidade da minha integração, então, a nossa vivência...porque a gente alem de ser namorado, ter essa parte amorosa, a gente também trabalha juntos, é engajado em um projeto que a gente acredita, né, é uma oportunidade de está junto com ela e desenvolver...vendo ela fazendo, a forma de ela trabalhar e o de outras pessoas também, e acolher isso que é meu também, não é só de mim, é de tudo mundo, os tipos são de todos, você tem que aprender com todos e crescer. Pra mim, foi muito importante essa vivência com ela e hoje em dia está...também nos entendemos. Estou crescendo muito, quando você toma conhecimento você aprende a lidar com isso. Eu não consigo mais deixar de falar as coisas que estão me incomodando, as coisas que me incomodam eu estou expressando. Eu sinto que eu já tenho um pouquinho da asa desenvolvida que eu já não engulo tanto, eu já não sou assim tão reprimida como ela foi, eu não sou muito de engolir, eu sou de botar tudo pra fora, então eu sinto que já tenho uma asinha mais desenvolvida.
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