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1 FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA Núcleo de Ciências Exatas e da Terra Departamento de Biologia AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A INCIDÊNCIA DE CÂNCER GÁSTRICO E ATIVIDADE OCUPACIONAL AGRÍCOLA MARIA GABRIELA SOUZA FANTIN Porto Velho (RO) 2018
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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
Núcleo de Ciências Exatas e da Terra
Departamento de Biologia
AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A INCIDÊNCIA DE CÂNCER GÁSTRICO
E ATIVIDADE OCUPACIONAL AGRÍCOLA
MARIA GABRIELA SOUZA FANTIN
Porto Velho (RO)
2018
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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
Núcleo de Ciências Exatas e da Terra Departamento de Biologia
AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A INCIDÊNCIA DE CÂNCER GÁSTRICO E
ATIVIDADE OCUPACIONAL AGRÍCOLA
MARIA GABRIELA SOUZA FANTIN
Orientador: Profª. Dra. Mariana Fampa Fogacci
Monografia apresentada ao Departamento de
Biologia da Fundação Universidade Federal de
Rondônia – UNIR, como parte dos requisitos para
obtenção do grau de Bacharel e Licenciatura em
Ciências Biológicas.
Área de Concentração: Saúde e Ambiente
Porto Velho (RO)
2018
3
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Fundação Universidade Federal de Rondônia
Gerada automaticamente mediante informações fornecidas pelo (a) autor (a)
___________________________________________________________________________
F216a Fantin, Maria Gabriela Souza.
Avaliação da associação entre a incidência de câncer gástrico e atividade
ocupacional agrícola / Maria Gabriela Souza Fantin. -- Porto Velho, RO, 2019.
73 f. : il.
Orientador (a): Prof.ª Dra. Mariana Fampa Fogacci.
Co-orientador (a): Prof.ª Dra. Davi da Silva Barbirato.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Biológicas)
Fundação Universidade Federal de Rondônia
1.Câncer gástrico. 2.Pesticida. 3.Distribuição espacial. 4.Incidência.
5.Atividade ocupacional agrícola. I. Fogacci, Mariana Fampa. II. Título.
CDU 573:616
___________________________________________________________________________
Bibliotecário (a) Ozelina do Carmo de Carvalho CRB 11/486
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MARIA GABRIELA SOUZA FANTIN
AVALIAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO ENTRE A INCIDÊNCIA DE CÂNCER GÁSTRICO E
ATIVIDADE OCUPACIONAL AGRÍCOLA
Data da Aprovação 12/11/2018.
Conceito: 100
BANCA EXAMINADORA
Prof.ª Dra. Mariana Fampa Fogacci
Orientador (a)
Pref.º Msc. Olakson Pinto Pedrosa
Examinador 1
Prof.ª Dra. Maria Manuela Fonseca
Examinador 2
Porto Velho, 12 de novembro de 2018.
Resultado: APROVADO.
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AGRADECIMENTOS
Gostaria de começar agradecendo aos meus Orientadores Mariana Fampa Fogacci e
Davi Barbirato, o casal mais dedicado que conheço até o momento, e que proporcionaram o
início desta longa jornada na pesquisa. Em uma tarde quente, com o olhar de desespero ao saber
que coisas simples são consideradas plágio, e em uma outra aula debatendo sobre as
“superbactérias”, a então tímida, considerada por eles, fez o professor Davi ficar vermelho e
falando sem parar. E foi assim, os pesquisadores do Rio de Janeiro me escolheram para
orientarem. De lá para cá, nesses quase três anos de muito aprendizado, puxadas de orelha e
muitas, muitas sessões de terapia com a Mariana, os ‘Máría Gábríééélá’. Davi o prolixo nas
falas e escritas que me ajudou muito a escrever e interpretar os gráficos. Mariana, foram tantas
coisas que aconteceram nesse tempo de aprendizado que nem caberiam em uma simples
dedicatória. Obrigada aos dois por me ensinarem o que é a verdadeira paixão pela ciência.
Gostaria muito de agradecer aos meus amigos que me acompanharam nessa jornada de
quase cinco anos de graduação na UNIR, Kellen minha companheira de perrengues para
resolver os B.O. no departamento e CONDEP. Gil Guibson e Geísa Berbet, aprendi muito a
lidar com o gênio forte dos dois, e claro as noites em claro estudando, apoiando uns aos outros
para que ninguém desistisse.
Anjo Gabriel Carvalho, meu amigo querido, que realmente foi um anjo nas nossas vidas.
Uma pessoa muito estudiosa, dedicada e que sabe fazer os melhores slides maravilhosos. Ele
também estava nas noites em claro estudando para as provas. Encontrei um parceiro na pesquisa
e, principalmente corretor dos meus trabalhos, coautores um do outro para se ajudarem na
caminhada rumo ao sucesso na pesquisa. Nunca esquecerei nossa conversa do dia 14 de
novembro de 2018, em um momento de crise, você me trouxe de volta à realidade, conversando
sobre o tão sonhado de estar empregada como professora universitária rica, bem financiada nos
projetos e com os boletos pagos. Muito obrigada.
Ao laboratório de Biogeoquímica Ambiental Wolfgang C. Pfeiffer da UNIR,
especialmente ao Professor Wanderley Bastos pelo apoio tanto na parte financeira das jornadas
acadêmicas, quanto nas orientações do PIBIC, e ao Gabriel pela ajuda nas análises.
Ao parceiro de mesa no Laboratório Olakson Pedrosa, que me socorria nas horas vagas
com a minha Revisão Sistemática, o meu muito obrigada.
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Aos meus professores e colegas de turma que ambos contribuíram para o meu
aprendizado e a convivência na atuação da profissão.
A minha família por suporta meus estreses, desculpa e obrigado.
Este agradecimento vai em especial a uma pessoa que sem ele, talvez eu não estaria aqui
concluindo o curso dos meus sonhos. Onde a Maria Gabriela de dez anos que queria ser bióloga
e cientista de dia, e cantora à noite, risos. Muito obrigada por me suporta, aguentar minhas
muitas crises de ansiedade, me apoiar nas horas em que mais precisei de alguém ao meu lado.
À você que me animava com piadas bestas, que sempre me acolhia em sua casa, que sempre
nos ajudávamos nas prova e trabalhos da faculdade, e só de pensar nos estresses, brigas, ele
teimoso, eu mais ainda e por cima grossa do jeito mais meigo. Obrigada por suportar tudo isso
ao meu lado, se não fosse por você talvez eu não estaria aqui. Hoje me veja aquela criança de
dez anos formando em biologia e trilhando o caminho da pesquisa. Muito Obrigada meu grande
amigo Danilo Aureliano Almeida Geremia.
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EPÍGRAFE
É mais fácil mudar a natureza do plutônio do que mudar a natureza maldosa do homem.
–Albert Einstein–
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SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS............................................................................................................ 9
LISTA DE TABELAS........................................................................................................... 9
LISTA DE SIGLAS, UNIDADES E ABREVIATURAS............................................ 10 a 12
RESUMO................................................................................................................................ 13
ABSTRACT............................................................................................................................ 14
INTRODUÇÃO...................................................................................................................... 15
1 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................................... 18
CÂNCER DE ESTÔMAGO .......................................................................................... 18
1.1.1 - Patogênese .................................................................................................................... 18
HERANÇA E MAPEAMENTO GENÉTICO ............................................................. 19
FATORES AMBIENTAIS ENVOLVIDOS NA CARCINOGÊNESE GÁSTRICA20
2 - OBJETIVOS ...................................................................................................................... 23
OBJETIVO Geral .......................................................................................................... 23
Objetivos Específicos...................................................................................................... 23
3 - MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................. 24
REVISÃO SISTEMÁTICA ........................................................................................... 24
3.1.1 - Estratégia de Busca ..................................................................................................... 24
3.1.2 - Critérios de Elegibilidade ........................................................................................... 28
3.1.3 - Avaliação De Qualidade ............................................................................................. 28
- ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO ................................................................................... 29
3.2.1 - Análise de Georreferenciamento................................................................................ 29
4 - RESULTADOS .................................................................................................................. 31
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO ................................................................................... 31
- REVISÃO SISTEMÁTICA ........................................................................................... 33
4.2.1 - AVALIAÇÃO DE QUALIDADE .............................................................................. 42
5 - DISCUSSÃO ...................................................................................................................... 45
6 - CONCLUSÃO ................................................................................................................... 49
7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 50
ANEXOS................................................................................................................................. 55
9
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Progressão maligna do adenocarcinoma tipo intestinal e difuso com as alterações
genéticas e epigenéticas associadas......................................................................................... 20
Figura 2: Principais etapas da carcinogênese induzida por agentes químicos genotóxicos... 21
Figura 3: Operadores Booleanos............................................................................................ 25
Figura 4: Combinação das palavras utilizando os Operadores Booleanos............................ 25
Figura 5: Distribuição espacial da incidência de câncer gástrico por município no Estado de
Rondônia................................................................................................................................. 31
Figura 6: Fluxograma explicativo do passo a passo das buscas dos artigos.......................... 36
LISTA DE TABELA
Tabela 1: Descritores de busca em cada base de dados.......................................................... 26
Tabela 2: Principais culturas no Estado de Rondônia no ano de 2014................................... 32
Tabela 3: Razão do número da área de receituários do ano de 2014 fornecido pela
IDARON.................................................................................................................................. 32
Tabela 4: Classificação toxicológica e total de produtos utilizados....................................... 33
Tabela 5: Artigos inclusos sem acesso legal e gratuito. ........................................................ 34
Tabela 6: Principais características dos estudos avaliados até o momento, e organizados dos
mais recentes aos mais antigos........................................................................................ 37 a 41
Tabela 7: Avaliação de qualidade, Coorte...................................................................... 42 a 44
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LISTA DE SIGLAS, UNIDADES E ABREVIATURAS
2,4 – D - Ácido Diclorofenóxiacético
ANVISA - Agência Nacional De Vigilância Sanitária
BHA - Butirato De Hidroxianisol
BVS – Biblioteca Virtual Em Saúde
CAERD - Companhia De Águas E Esgotos Do Estado De Rondônia
Casp - Critical Appraisal Skills Programme
Cep - Comitê De Ética Em Pesquisa
DBCP - 1,2-Dibromo-3-Cloropropano
DDT – Diclorodifeniltricloroetano
DeCS - Descritores Em Ciências Da Saúde
DNA – Ácido Desoxirribonucleico
DP – Desvio Padrão
EC - Evidências Científicas
EUA – Estados Unidos Da América
GNU - Licença Pública Geral
H. Pylori - Helicobacter Pylori
H2 – Histamina
HB – Hospital Dr. José Ary Pinheiro
HCH – Hexaclorociclohexano
IA ou IAs - Ingredientes Ativos
IC - Intervalo De Confiança
IDARON - Agência De Defesa Sanitária Agrosilvopastoril Do Estado De Rondônia
INCA –Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva
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LOD - Logaritmo Multiponto Do Escore De Chances
max - Máximo
Mesh - Medical Subject Headings
min - Mínimo
MMA - Ministério Do Meio Ambiente
mmol - Milimol
NH2 - Nitrito
NH3 –Amônia
NH3- -Nitrato
NH4+ - Amônio
NHI - National Heart, Lung, And Blood Institute
Nº ou N – Número
NO2 – Nitrito
NO2- – Nitrito
NO3 - Nitrato
NO3- - Nitrato
OB – Operadores Boolenaos
OMS - Organização Mundial De Saúde
OSGeo - Open Source Geospatial Foundation
PARA - Programa De Análise De Resíduos De Agrotóxicos Em Alimentos
PBE - Prática Baseada Em Evidências
PCB - 15 Policlorobifenil
PCP – PENTACLOROFENOL
PIB – Produto Interno Bruto
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PRISMA - Preferred Reporting Items For Systematic Reviews And Meta- Analyses
QGis – Software De Sistema De Informação Geográfica
RO – Rondônia
RS - Revisão Sistemática
Software SPSS
SIG - Sistema De Informação Geográfica
SMR - Razão De Mortalidade Padronizada
Teste K-S - Teste Kolmogorov–Smirnov
Tp53 – Proteína 53
UNIR – Fundação Universidade Federal De Rondônia
VSPEA - Vigilância Em Saúde De Populações Expostas A Agrotóxicos
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RESUMO
As estimativas globais apontam o câncer de estômago como o quinto mais comum. Contribuiu
com 8,8% de todas as mortes relacionadas ao câncer em 2012 em todo o mundo. Em 2014, o
Brasil foi o primeiro país no consumo global de pesticidas antes ocupado pelo Estados Unidos.
No estado de Rondônia, para o ano de 2014, o número de casos de câncer gástrico para homens
ocupa a quarta posição, e em mulheres, a quinta posição. Esses dados reforçam a diferença em
relação à taxa bruta de incidência estratificada por gênero e localização primária, quando
comparadas às estimativas do Brasil consolidado, evidenciando o câncer de estômago. O estado
de Rondônia apresenta o terceiro maior produto interno bruto (PIB) da Região Norte, sendo a
agropecuária a mola-mestra do seu desenvolvimento econômico (20,4% do PIB). A literatura
sobre a relação entre câncer gástrico e exposição ocupacional a pesticidas apresenta resultados
controversos. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão sistemática da literatura, sobre a
relação entre a incidência de câncer gástrico e a atividade ocupacional agrícola, e um estudo de
incidência com os dados Epidemiológicos do Hospital de Base Doutor Ary Pinheiro (HB). A
metodologia consistiu na pesquisa de artigos nas bases de dados PubMed, Scielo, Cochrane
Library, Scopus. A revisão sistemática foi baseada no PRISMA Preferred Reporting Items for
Systematic Reviews and Meta-Analyses), foram feitas avaliações de qualidade a partir dos
desenhos de estudo, para verificar a qualidade dos mesmos; e o estudo epidemiológico a partir
do levantamento dos casos incidentes notificados de câncer gástrico do Hospital de Base Doutor
Ary Pinheiro no ano de 2015. O setor de Epidemiologia do hospital forneceu o banco de dados
dos prontuários de novos casos de câncer do ano de 2015, representativo do Estado de
Rondônia. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Os nomes dos
pacientes foram removidos a fim de resguardar a identidade dos mesmos. Alguns artigos
evidenciaram uma alta taxa de exposição a pesticidas classificados como agentes cancerígenos
prováveis, como herbicidas (2,4-D e trifluralina), inseticidas (clordano e malatião), fungicidas
(mancozeb e maneb) e acaricidas (brometo de metilo e propargita) associados a câncer de
estômago. Os dados de incidência foram relativizados pela população de cada município de
Rondônia. Considerando os dados dos municípios de cada paciente, os casos de câncer foram
georreferenciados e distribuídos espacialmente, com o software QGIS versão 2014. Além disso,
os dados de atividades econômicas e uso de agroquímicos reportados pela IDARON no Estado,
também foram avaliados. A partir dessa análise foi possível verificar que os municípios de Nova
União, Teixeirópolis, Mirante da Serra, Cabixi, Urupá e Candeias do Jamari foram os de maior
incidência relativa de câncer gástrico. A análise da distribuição espacial acompanhada dos
dados de atividade econômica predominante por município, apontam para uma possível relação
entre câncer gástrico e atividade ocupacional agrícola em Rondônia. A partir desse
levantamento de dados, novas pesquisas podem ser conduzidas a fim de estudar a possível
relação de causa e efeito entre esses fatores.
Palavras-chave: câncer gástrico, pesticidas, distribuição espacial, incidência, atividade
ocupacional agrícola.
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ABSTRACT
Global estimates point to stomach cancer as the fifth most common. It has contributed with
8.8% of all cancer-related deaths in 2012 worldwide. In 2014, Brazil was the first country in
the global consumption of pesticides formerly occupied by the United States. In the Rondônia
state, for the year 2014, the number of cases of gastric cancer for men occupied the fourth
position, and in women, the fifth position. These data reinforce the difference between the crude
incidence rate stratified by gender and primary location, when compared to the estimates of
consolidated Brazil, evidencing stomach cancer. The Rondônia state presents the third largest
gross domestic product (GDP) of the north region, with agriculture and livestock being the
mainspring of its economic development (20.4% of GDP). The literature on the relationship
between gastric cancer and occupational exposure to pesticides presents controversial results.
The objective of this study was to perform a systematic review on the relationship between the
incidence of gastric cancer and agricultural occupational activity and an incidence study with
the epidemiological data of the Hospital de Base Doutor Ary Pinheiro. The methodology
consisted of the search of articles in the databases Pubmed, Scielo, Cochrane Library, Scopus.
The systematic review was based on the PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic
Reviews and Meta-analyzes), quality assessments were made from the study designs, to verify
their quality; and the epidemiological study from the survey of reported incidents of gastric
cancer of the Hospital de Base Doutor Ary Pinheiro in the year 2015. The hospital epidemiology
sector provided the database of medical records of new cases of cancer in 2015, representative
of the Rondônia state. The present study was approved by the research ethics committee. Patient
names were removed in order to protect their identity. Some articles have shown a high rate of
exposure to pesticides classified as probable carcinogens, such as herbicides (2,4-d and
trifluralin), insecticides (chlordane and malathion), fungicides (mancozeb and maneb) and
acaricides (methyl bromide and propargite) associated with stomach cancer. The incidence data
were relativized by the population of each municipality of Rondônia. Considering the data of
the municipalities of each patient, the cancer cases were georeferenced and spatially distributed
with the QGIS software version 2014. In addition, data on economic activities and use of
agrochemicals reported by Agropastoril Sanitary Defense Agency of the State of Rondônia
(IDARON) in the state were also evaluated. From this analysis it was possible to verify that the
municipalities of Nova União, Teixeirópolis, Mirante da Serra, Cabixi, Urupá and Candeias do
Jamari were the ones with the highest relative incidence of gastric cancer. The analysis of the
spatial distribution accompanied by the data of economic activity predominant by municipality,
point to a possible relationship between gastric cancer and agricultural occupational activity in
Rondônia. from this data collection, further research can be conducted to study the possible
cause and effect relationship between these factors.
Key Words: Gastric Cancer, Pesticides, Spatial Distribution, Incidence, Agricultural
Occupational Activity.
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INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os cânceres figuram entre as maiores
causas mundiais de morbidade e mortalidade. Em 2012, foram notificados 14 milhões de novos
casos e 8,2 milhões de mortes pela doença. Além disso, espera-se que o número de novos casos
aumente em 70% nas duas próximas décadas (STEWART et al. 2014). No Brasil, a estimativa
para o ano de 2014, foram válidas também para o ano de 2015, apontou para uma ocorrência
de aproximadamente 576 mil casos novos de câncer, reforçando a magnitude do problema no
país (INCA, 2014). Pode-se afirmar, portanto, que o câncer é um problema de saúde pública,
cujos controles e prevenção deverão ser priorizados em todas as regiões, desde as mais
desenvolvidas – cultural, social e economicamente – até às mais desiguais (INCA, 2014).
Estimativas mundiais apontam o câncer de estômago como a quinta causa mais comum
de câncer. A ocorrência de cerca de um milhão de casos novos de câncer gástrico (6,8% do
total) para o ano de 2012 foi esperada. A maioria dos casos ocorre em países em
desenvolvimento, e principalmente nos casos de infecção pela bactéria Helicobacter pylori (H.
pylori) (INCA, 2015, p. 38).
De acordo com a estimativa mundial realizada em 2012, pelo projeto Globocan/Iarc,
dos 14 milhões de casos novos estimados (exceto câncer de pele não melanoma), mais de 60%
ocorreram em países em desenvolvimento. Além disso, em relação à mortalidade, dos oito
milhões de óbitos previstos, 70% ocorreram nesses mesmos países. (INCA, 2017, p. 26).
Dados epidemiológicos da American Cancer Society sugerem que a taxa de incidência
do câncer gástrico é mais alta no sexo masculino do que no feminino, sendo o quarto tipo mais
comum em homens e o quinto mais comum em mulheres (INCA, 2017, p. 39). Foi responsável
por 6,8% do total de casos de câncer e 8,8% do total de mortes relacionadas ao câncer em 2012
a nível mundial (TORRE et al. 2015).
Estratificando as estimativas do Brasil por gênero, podemos perceber nos homens, por
ordem decrescente de taxa bruta de incidência, que a localização primária seria: 1) próstata, 2)
traqueia, brônquio e pulmão, 3) cólon e reto, 4) estômago, 5) cavidade bucal. Para as mulheres,
teríamos: 1) mama, 2) cólon e reto, 3) colo do útero, 4) traqueia, brônquio e pulmão, 5)
estômago.
As estimativas para a Região Norte, mais especificamente para Porto Velho (RO), para
o ano de 2014 (INCA, 2014), demonstraram uma diferença em relação à taxa bruta de
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incidência estratificada por gênero e localização primária, quando comparadas às estimativas
do Brasil consolidado. Em Porto Velho, para 2014 teríamos em homens, o câncer gástrico
ocupando a terceira posição, e em mulheres, a quinta posição. Esses dados reforçam a diferença
de localizações primárias mais incidentes para a região, evidenciando o câncer de estômago.
Diante do exposto, surge uma inquietação a respeito da ocorrência de câncer gástrico
em Rondônia ter a taxa bruta de incidência de 10,87 para homens e 4,37 para mulheres quase
que a mesma taxa bruta de incidência nacional de 12,35 para homens e 5,34 para mulheres.
Levantou-se a hipótese de a maior incidência desse tipo de câncer na região estar relacionada a
atividades ocupacionais, principalmente ao uso de pesticidas nas atividades agricultoras.
Sabe-se que a contaminação por pesticidas é um problema em todo o mundo. Em 2008,
o Brasil assumiu o posto de maior consumidor de agrotóxicos do mundo, posição antes ocupada
pelos Estados Unidos (ANVISA, 2009). Em 2010, o Brasil representou 19% do mercado
mundial de agrotóxicos, à frente dos EUA, que representou 17% (ABRASCO, pág. 201, 2015).
O Brasil, ocupa a primeira posição no ranking mundial de países consumidores de
agrotóxicos, vem vivenciando o aumento de sua utilização nos meios urbano e rural. Essa
situação coloca em risco boa parte da população, que pode ser exposta diretamente, a partir das
atividades laborais ou indiretamente, a partir da contaminação do meio ambiente, como pela
água e pelos alimentos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017).
A exposição a pesticidas tornou-se uma grande preocupação em todo o mundo
(PIMENTEL, 1996, WHO / UNEP, 1990). Estudos epidemiológicos estimam que pelo menos,
3% de todos os trabalhadores agrícolas, em países em desenvolvimento, podem sofrer um
evento de envenenamento por pesticida a cada ano (JEYARATNAMETAL, 1987; KOH e
JEYARATNAM, 1996).
Devido à sua toxicidade intrínseca, o impacto que os agrotóxicos causam na saúde
humana, produzem efeitos que podem variar conforme o princípio ativo, a dose absorvida e a
forma de exposição (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017).
Os pesticidas são substâncias químicas utilizadas para minimizar os efeitos nocivos de
alguns organismos, como insetos, roedores e fungos, pois no contato dos mesmo com os
alimentos, acabam diminuindo o valor nutritivo durante o armazenamento e o consumo. Os
pesticidas têm subgrupos como inseticidas, fungicidas, acaricidas, nematocidas, rodenticidas,
herbicidas. Os inseticidas podem ter origens químicas como fósforo orgânico ou carbamato
organoclorado ou origens biológicas como piretrinas e piretróides (YILDIRIM et al., 2013).
17
Considerando que as principais atividades econômicas da região norte, mais
especificamente do Estado de Rondônia, que é dono do terceiro maior produto interno bruto
(PIB) da Região, tem por base a agropecuária (20,4% do PIB), surge uma inquietação a respeito
da ocorrência de câncer gástrico em Rondônia.
A literatura existente sobre a relação entre câncer gástrico e exposição laboral a
pesticidas apresenta resultados controversos, em que alguns estudos evidenciam essa
associação (MILLS & YOUNG, 2007) e outros não (YILDIRIM et al., 2014; BASSIL et al.,
2007). O presente trabalho tem, portanto, por objetivo investigar essa possível associação por
meio de uma revisão sistemática da literatura, bem como por avaliação do banco de dados de
casos novos de câncer do Hospital de Base Doutor Ary Pinheiro, em Rondônia.
18
1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
CÂNCER DE ESTÔMAGO
1.1.1 Patogênese
Modelos experimentais laboratoriais em animais contribuíram substancialmente para a
compreensão dos eventos neoplásicos e pré-neoplásicos, devido aos requisitos estabelecidos
nos modelos experimentais, que contribuíram para uma melhor compreensão do câncer de
estômago em humanos. No entanto, o progresso das técnicas, graças aos avanços da medicina,
permitiu testar ligações específicas na cadeia de eventos que levam às transformações
neoplásicas dos tecidos humanos (SASAJIMA et al., 1979).
De acordo com observações feitas nos estudos de Lauren (1965) e Ming (1977) através
do acumulo de informações em uma década de observações morfológicas sobre o estômago
humano, levaram a duas grandes conclusões. Houve duas distinções clinico-patológicas, o
“carcinoma gástrico” e o outro tipo “intestinal” ou “expansivo”, que predomina principalmente
em cidades com endemia alta, precedido por um processo pré-cancerígeno prolongado; e o
segundo tipo chamado de “difuso” ou “infiltrativo”, este relativamente mais frequente em
populações de baixo risco.
O câncer de estômago se caracteriza então por alterações desordenadas da mucosa
gástrica, que sob ação de vários fatores, adquire um fenótipo progressivamente regressivo, com
substituição das células normais no tecido. Os tumores gástricos se apresentam, na forma de
três tipos histológicos atualmente: adenocarcinoma (responsável por 95% dos tumores),
linfoma, diagnosticado em cerca de 3% dos casos, e leiomiossarcoma (2%), iniciado em tecidos
que dão origem aos músculos e aos ossos (INCA, 2014).
Os tumores difusos, como observado no carcinoma gástrico difuso hereditário, são
lesões infiltrativas pouco diferenciadas, resultando em espessamento do estômago. Em
contrapartida, os tumores intestinais são geralmente exofíticos, frequentemente ulcerados, e
associados a metaplasia intestinal do estômago. Este sistema de classificação foi atualizado em
1995 para incluir quatro tipos principais de câncer gástrico: tipos celulares isolados e mistos
(representando o componente difuso), glandular / intestinal e sólido (representando o
componente não difuso) (LAUREN, 1965).
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A Helicobacter pylori é uma bactéria microaerofílica, gram-negativa, que coloniza a
mucosa gástrica de aproximadamente 50% da população mundial, e é um fator patogênico
primário na doença gastroduodenal benigna e maligna ( WARREN & MARSHALL,
1983 ; BLASER & PARSONNET, 1994 ). Gonzalez et al. (2002) afirmaram que a infecção por
H. pylori é um fator de risco estabelecido para o câncer gástrico, mas a doença ocorre apenas
em uma proporção muito pequena de pessoas infectadas. A infecção por H. pylori pode resultar
em câncer gástrico através de hiperproliferação induzida de células gástricas, interferência nas
funções antioxidantes e aumento na quantidade de espécies reativas de oxigênio e óxido nítrico,
que podem ser responsáveis por danos oxidativos no DNA (Ácido Desoxirribonucleico)
(LADEIRA et al., 2004a; LADEIRA et al., 2004b).
HERANÇA E MAPEAMENTO GENÉTICO
Zanghieri et al. (1990) e La Vecchia et al. (1992) descobriram que cerca de 10% dos
casos de câncer gástrico mostram agrupamento familiar. Estudos epidemiológicos como de
Goldgar et al. (1994) mostraram que o risco de câncer gástrico em parentes de primeiro grau
pode aumentar de 2 a 3 vezes.
Foram demonstrados por Gonzalez et al. (2002) que a carcinogênese gástrica humana
se encaixa melhor em um modelo multifatorial, segundo o qual diferentes fatores dietéticos e
não-alimentares, incluindo suscetibilidade genética, estão envolvidos em diferentes estágios do
processo cancerígeno.
A perda de heterozigosidade nos cromossomos 1p, 5q, 7q, 11p, 13q, 17p e 18p foi
observada em uma alta proporção de tecidos de câncer gástrico ( MOTOMURA et al.,
1988 ; KIM et al., 1995 ).
Foi realizada uma triagem genômica para genes de suscetibilidade ao câncer gástrico
em 170 pares de irmãos afetados de 142 famílias japonesas. A análise de ligação não
paramétrica revelou que o sinal mais forte estava no cromossomo 2q33-q35, com multiponto e
pontuação de 2 pontos LOD (logaritmo multiponto do escore de chances) de 1,74 e 1,98,
respectivamente. Aoki et al. (2005) sugeriram que existe um locus de susceptibilidade ao
câncer gástrico no cromossomo 2q33-q35 (AOKI et al., 2005).
20
Figura 1: Progressão maligna do adenocarcinoma tipo intestinal e difuso com as alterações
genéticas e epigenéticas associadas.
Fonte: CESAR et al., 2002.
FATORES AMBIENTAIS ENVOLVIDOS NA CARCINOGÊNESE GÁSTRICA
A tumorigênese gástrica, é processo de múltiplas etapas que, clinicamente, pode
manifestar-se como gastrite, atrofia gástrica, ulcerações, metaplasia intestinal, displasia e,
finalmente, como neoplasia maligna (CHO ET AL., 1992). Mas este processo só se dá através
de uma exposição a longo prazo, com uma variedade de fatores endógenos e exógenos
(COTRAN ET AL., 1999).
Existem também indicações de que a ingestão ou a formação intragástrica de compostos
nitrosos ou outras substâncias genotóxicas podem levar ao surgimento de metaplasias
intestinais e de lesões neoplásicas (DANI, 1998; OASHIMA ET AL., 1989).
21
Alguns trabalhos indicam a associação entre a ingestão de compostos nitrogenados e
seus metabólitos. Acredita-se que sua ação esteja relacionada com a inibição de vitamina C e
de outros antioxidantes que protegem a molécula de DNA (DE VITA et al., 1997; KONO et
al., 1996; WARD et al., 1997). São capazes de provocar a desaminação de purinas e pirimidinas
do DNA, do mesmo modo que o óxido nitroso, já referido como responsável por mutações de
ponto no gene supressor de tumor TP53 (POREMB et al., 1995).
As diferenças interespecíficas de susceptibilidade, pelo menos no que diz respeito aos
carcinógenos genotóxicos, devem-se em grande parte a diferença na capacidade metabólica de
converter um pró-carcinógeno no metabólito eletrofílico reativo, ou seja, naquele composto
que, em última análise, vai causar danos ao DNA (VOISIN et al., 1990).
Figura 2: Principais etapas da carcinogênese induzida por agentes químicos genotóxicos.
Fonte: CARNEIRO et al., 1997.
22
A identificação desses fatores ambientais é importante para que se possam estipular
ações preventivas para diminuir a incidência de tumores gástricos em áreas e países em que ela
ainda é alta, como é o caso do Brasil (CARNEIRO et al., 1997).
Os nitratos (NO3- e NO3) têm ampla distribuição na natureza, são usados na preservação
de alimentos e empregados em larga escala como fertilizantes na agricultura, o que pode levar
à contaminação de fontes de água potável (FORMAN, 1989). Além disso, os nitratos são
formados endogenamente e estão presentes no sangue. A síntese endógena de nitrato no homem
foi estimada em 1 mmol nitrato/dia (WAGNER et al., 1984).
Há vários agentes químicos que induzem a proliferação celular no nível da mucosa
gástrica e podem funcionar como promotores de neoplasias deste tecido, como o cloreto de
sódio em excesso ocasionando em lesões graves juntamente com o butirato de hidroxianisol
(BHA) e o ácido propiônico; compostos que produzem bloqueio funcional (inibidores da
secreção gástrica), como os bloqueadores da bomba de próton (omeprazol) ou os antagonistas
de receptores H2 da histamina (cimetidina, ranitidina) (CARNEIRO et al., 1997).
23
2 OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
O objetivo geral do presente estudo é testar a hipótese de a incidência de câncer gástrico
em Rondônia estar relacionada à atividade ocupacional agrícola.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Fazer um levantamento bibliográfico sistemático sobre a associação de câncer
gástrico com agroquímicos, pesticidas e agrotóxicos, a ser redigido na forma de
um artigo científico de Revisão Sistemática;
Conduzir um estudo epidemiológico a partir do levantamento dos casos
notificados de câncer gástrico do Hospital de Base Doutor Ary Pinheiro e das
atividades ocupacionais referidas, a ser redigido na forma de um artigo científico
de Epidemiologia do Câncer.
24
3 MATERIAIS E MÉTODOS
REVISÃO SISTEMÁTICA
A Revisão Sistemática (RS) tem por finalidade captar, reconhecer e sintetizar as
Evidências Científicas (EC) para fundamentar as propostas de práticas qualificadas em saúde e
implementar a Prática Baseada em Evidências (PBE) (GUANILO et al., 2011).
A RS é uma revisão que tem uma pergunta formulada de forma clara, utilizando métodos
sistemáticos e explícitos para identificar, selecionar e avaliar criticamente pesquisas relevantes,
e coletar e analisar dados desses estudos que são incluídos na revisão. Métodos estatísticos
(meta-análise) podem ou não ser usados para analisar e resumir os resultados dos estudos
incluídos. Meta-análise se refere ao uso de técnicas estatísticas em uma revisão sistemática para
integrar os resultados dos estudos incluídos (MOHER et al. 2015).
Esse tipo de estudo nos permite incorporar um aspecto maior de resultados relevantes,
ao contrário de leituras avulsas (SAMPAIO et al. 2007). A presente revisão sistemática foi
conduzida para responder à seguinte pergunta: Há associação entre câncer gástrico e atividade
ocupacional agrícola ou uso de agroquímicos, pesticidas e agrotóxicos?
A revisão sistemática está sendo baseada na Metodologia proposta pelo PRISMA
(Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta- Analyses http://www.prisma-
statement.org/), que consiste em um checklist e um fluxograma explicativo das etapas (MOHER
et al. 2009).
Esta RS foi conduzida de junho de 2016 até novembro de 2018.
3.1.1 Estratégia de Busca
A metodologia consistiu na busca de artigos científicos publicados sobre o assunto nas
bases de dados PubMed, Cochrane Library, Scielo e Scopus. Preferencialmente escolhidos, pois
o PubMed trata-se de uma Biblioteca Nacional de Medicina Institutos Nacionais de Saúde
(https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed), o que comtempla mais de 4,3 milhões de artigos
online (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/); a Scielo pois é referente aos países da América
Latina, nas áreas da ciências da saúde (http://www.scielo.org/php/index.php); a Scopus é uma
das maiores base de dados de resumo e citação do mundo de literatura em pesquisa das ciências
na saúde (https://www.scopus.com/freelookup/form/author.uri); a Cochrane Library contêm
uma coleção de seis bases de dados de diferentes tipos de evidências independentes, de alta
25
qualidade para informar a tomada de decisões de saúde e um sétimo banco de dados que fornece
informações sobre os grupos Cochrane (http://www.cochranelibrary.com/about/about-the-
cochrane-library.html).
As palavras-chave para a busca foram definidas de acordo com o tema proposto, sendo
buscadas principalmente no MeSH (PubMed) e no DeCS (Biblioteca Virtual em Saúde – BVS
- http://bvsalud.org/), contemplando um total de 37 descritores (Tabela 1), sendo a última busca
eletrônica feita no dia 22/01/2018. Devido às bases de dados estarem na língua inglesa, os
descritores estão em inglês.
Para a busca dos artigos nas bases de dados foram utilizados os Operadores Booleanos
(OB) juntamente com os descritores. Os OB são palavras que têm o objetivo de definir para o
sistema de busca como deve ser feita a combinação entre os termos ou expressões de uma
pesquisa (http://www.dbd.puc-rio.br/wordpress/?p=116). São eles (Figura 3 e 4):
Figura 3: Operadores Booleanos.
Fonte: http://www.dbd.puc-rio.br/wordpress/?p=116
Figura 4: Combinação das palavras utilizando os Operadores Booleanos.
Fonte: figura adaptada do site_http://www.dbd.puc-rio.br/wordpress/?p=116.
A) B) C)
A) AND / E → restringe a pesquisa, equivalendo a expressão: “com todas as palavras”. Os resultados
recuperados devem conter um termo e o outro. B) OR / OU → amplia a pesquisa, equivalendo a “com
qualquer uma das palavras”. Os resultados recuperados devem conter um termo ou o outro. C) NOT
/ NÃO → exclui um dos termos da pesquisa, equivalendo a expressão “sem a (s) palavra (s) ”. Em
alguns sistemas você poderá encontrar somente o NOT/NÃO ou AND NOT/E NÃO.
Tabela 1: Descritores de busca em cada base de dados.
BASE DE DADOS ELETRÔNICOS DESCRITORES
PUBMED
(neoplasm, stomach OR stomach neoplasm OR stomach neoplasms OR neoplasms, stomach OR
gastric neoplasm OR gastric neoplasms OR neoplasm, gastric OR neoplasms, gastric OR cancer of
stomach OR stomach cancers OR stomach cancer OR gastric cancer OR gastric cancers OR
cancer, gastric OR cancers, gastric OR cancer, stomach OR cancers, stomach OR cancer of the
stomach OR gastric cancer, familial diffuse OR stomach diseases OR stomach disease OR
diseases, stomach OR disease, stomach OR gastric diseases OR disease, gastric OR diseases,
gastric) AND (agrochemicals OR agrichemicals OR agrichemical OR chemicals, agricultural OR
agricultural chemicals OR pesticides OR crop protection OR protection, crop OR defensive
agricultural OR occupational activity OR agricultural occupational activity).
SCIELO
(neoplasm, stomach) OR (stomach neoplasm) OR (stomach neoplasms) OR (neoplasms, stomach)
OR (gastric neoplasm) OR (gastric neoplasms) OR (neoplasm, gastric) OR (neoplasms, gastric)
OR (cancer of stomach) OR (stomach cancers) OR (stomach cancer) OR (gastric cancer) OR
(gastric cancers) OR (cancer, gastric) OR (cancers, gastric) OR (cancer, stomach) OR (cancers,
stomach) OR (cancer of the stomach) OR (gastric cancer, familial diffuse) OR (stomach diseases)
OR (stomach disease) OR (diseases, stomach) OR (disease, stomach) OR (gastric diseases) OR
(disease, gastric) OR (diseases, gastric) AND (agrochemicals) OR (agrichemicals) OR
(agrichemical) OR (chemicals, agricultural) OR (agricultural chemicals) OR (pesticides) OR (crop
protection) OR (protection, crop) OR (defensive agricultural) OR (occupational activity) OR
(agricultural occupational activity)
27
COCHRANE LIBRARY
((neoplasm, stomach) OR (stomach neoplasm) OR (stomach neoplasms) OR (neoplasms, stomach)
OR (gastric neoplasm) OR (gastric neoplasms) OR (neoplasm, gastric) OR (neoplasms, gastric)
OR (cancer of stomach) OR (stomach cancers) OR (stomach cancer) OR (gastric cancer) OR
(gastric cancers) OR (cancer, gastric) OR (cancers, gastric) OR (cancer, stomach) OR (cancers,
stomach) OR (cancer of the stomach) OR (gastric cancer, familial diffuse) OR (stomach diseases)
OR (stomach disease) OR (diseases, stomach) OR (disease, stomach) OR (gastric diseases) OR
(disease, gastric) OR (diseases, gastric)) AND ((agrochemicals) OR (agrichemicals) OR
(agrichemical) OR (chemicals, agricultural) OR (agricultural chemicals) OR (pesticides) OR (crop
protection) OR (protection, crop) OR (defensive agricultural) OR (occupational activity) OR
(agricultural occupational activity))
SCOPUS
#neoplasm, stomach #OR #stomach neoplasm #OR #stomach neoplasms #OR #neoplasms, stomach
#OR #gastric neoplasm #OR #gastric neoplasms #OR #neoplasm, gastric #OR #neoplasms, gastric
#OR #cancer of stomach #OR #stomach cancers #OR #stomach cancer #OR #gastric cancer #OR
#gastric cancers #OR #cancer, gastric #OR #cancers, gastric #OR #cancer, stomach #OR
#cancers, stomach #OR #cancer of the stomach #OR #gastric cancer, familial diffuse #OR
#stomach diseases #OR #stomach disease #OR #diseases, stomach #OR #disease, stomach #OR
#gastric diseases #OR #disease, gastric #OR #diseases, gastric #AND #agrochemicals #OR
#agrichemicals #OR #agrichemical #OR #chemicals, agricultural #OR #agricultural chemicals
#OR #pesticides #OR #crop protection #OR #protection, crop #OR #defensive agricultural #OR
#occupational activity #OR #agricultural occupational activity
Nota: estão coloridas para exemplificar a forma de busca nas bases de dados.
3.1.2 Critérios de Elegibilidade
Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: estudos em humanos que
avaliassem a relação entre pesticidas, agroquímicos, agrotóxicos e organofosforados com
câncer gástrico ou neoplasias gástricas. E os critérios de exclusão: artigos de relatos de caso,
artigos de revisão, artigos de revisão sistemática, artigos que envolvessem questão de
envenenamento e pesquisas em indústrias, e os que não atendessem aos critérios de inclusão.
Na busca de artigos nas bases de dados apenas no PubMed que utilizamos algum tipo
de filtro, sendo ele ‘estudos em humanos’. Não foi utilizado nenhum outro tipo de filtro na
busca de artigo nas bases de dados para que a RS tivesse o maior número de artigos inclusos
dentro do tema buscado.
Na próxima etapa, foi feita uma extração das principais características de cada artigo
(Tabela 6) e em seguida a avaliação de qualidade (Tabela 7) de cada artigo selecionado descrita
e organizada em outra tabela, e a partir dessa análise foi definido se a meta-análise é um
desfecho possível frente aos estudos incluídos na revisão.
3.1.3 Avaliação De Qualidade
É imprescindível que os revisores e autores possuam conhecimento aprofundado dos
diferentes métodos, análise estatística, medidas ou instrumentos de mensuração, para
determinar a qualidade de cada estudo. Portanto, foram desenvolvidos instrumentos
padronizados que auxiliam na avaliação como o Critical Appraisal Skills Programme – CASP
e o National Heart, Lung, and Blood Institute – NHI (SAMPAIO et al., 2007).
Avaliamos a qualidade metodológica dos estudos de acordo com a ferramenta CASP -
Critical Appraisal Skills Programm
(https://hhs.hud.ac.uk/lqsu/Useful/critap/Cohort%20Study%20Checklist/CASP-Cohort-
Study-Checklist-31.05.13.pdf) e National Heart, Lung, and Blood Institute – NHI
(https://www.nhlbi.nih.gov/health-topics/study-quality-assessment-tools) para avaliar a
qualidade dos estudos de acordo com os viés. Em geral, atribuímos Sim quando o parâmetro
medido foi atendido e quando não representasse viés de risco para a pesquisa. Atribuímos Não
quando o critério não foi cumprido e representou um viés de risco para a pesquisa. Por fim,
usamos Pouco Claro para os casos em que não conseguimos identificar o viés.
29
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
De acordo com a Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012 ao utilizar de dados
pessoais dos pacientes nos prontuários, foi necessário o pedido de análise e deliberação sobre
aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa.
O estudo faz parte de um projeto maior sobre Epidemiologia do Câncer em Rondônia e
Determinantes Ambientais, que já havia sido submetido ao CEP-UNIR. A partir da aprovação
do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa (UNIR - número do parecer: 1.679.970), deu-se
início à coleta dos dados nos prontuários do Hospital de Base Doutor Ary Pinheiro (HB), pois
até o ano de 2015 todos os dados de câncer do estado eram notificados e apresentados ao
mesmo.
O setor de Epidemiologia do Hospital de Base nos forneceu o arquivo (Software Excel) com
o banco de dados dos prontuários de casos novos de câncer do ano de 2015, representativo do
Estado de Rondônia, que foi enviado ao Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da
Silva (INCA). Os nomes dos pacientes foram removidos do banco pelo chefe do serviço, de
modo que sua identificação ficou oculta aos integrantes do projeto.
De posse desse banco, iniciamos um novo banco de dados no Software SPSS, a fim
de serem executados testes estatísticos tanto para análises descritivas e exploratórias dos dados,
quanto para análises inferenciais.
Além disso, como fonte secundária de dados, foram utilizados dados da Agência de
Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (IDARON) a respeito de (resumir
os principais dados solicitados), que foram pedidos via oficio.
3.2.1 Análise de Georreferenciamento
Para construção do mapa com o número de incidência de câncer de estômago por
município, foi utilizado o Software QGIS versão 2014. O QGIS é um Sistema de Informação
Geográfica (SIG) de Código Aberto licenciado segundo a Licença Pública Geral GNU. O QGIS
é um projeto oficial da Open Source Geospatial Foundation (OSGeo). O software foi criado e
impulsionado por voluntários, e suas contribuições na forma de códigos, correções de bugs,
relatórios de bugs, contribuições com documentação, promoção e apoio a outros usuários em
nossas listas de discussão (https://www.qgis.org/pt_BR/site/about/index.html).
Em estatística, o teste Kolmogorov–Smirnov (teste K-S) é um teste não paramétrico
sobre a igualdade de distribuições de probabilidade contínuas e unidimensionais que pode ser
30
usado para comparar uma amostra com uma distribuição de probabilidade de referência (teste
K–S uniamostral) ou duas amostras uma com a outra (teste K–S biamostral) (STEPHENS,
1974). Este teste foi utilizado para aferir a distribuição de probabilidade da incidência de câncer
gástrico no Estado de Rondônia.
31
4 RESULTADOS
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
Em relação à incidência geral de câncer em Rondônia, o câncer gástrico foi o 5º mais
incidente. Após estratificar por sexo, em homens o câncer gástrico foi o 3º mais incidente (atrás
de próstata e pele), e em mulheres, o 4º mais incidente (atrás de mama, colo de útero e pele).
Analisando as incidências gerais por município, foi possível verificar que Nova União,
Teixeirópolis, Mirante da Serra, Cabixi e Urupá foram os municípios de maior incidência
relativa de câncer gástrico. A distribuição do câncer gástrico foi de 63,6% em homens e 36,4%
em mulheres. A média de idade geral foi de 61,64 anos (DP=13,65; min 19, máx. 93) e teve
distribuição normal pelo teste Kolmogorov-Smirnov.
Em relação às atividades ocupacionais, a atividade agrícola foi a mais prevalente (48%),
seguida de atividades domésticas (20%), professores (4%) e trabalhadores da construção civil
(2,7%). Ficando evidente, portanto, a predominância da atividade agrícola no Estado (Figura
5).
Figura 5: Distribuição espacial da incidência de câncer gástrico por município no Estado de
Rondônia.
32
No Estado de Rondônia 20,4% do PIB é de competência a agropecuária, tendo em vista
pastagem, café, milho, soja e arroz produzindo um total de 262.803 receituários no ano de 2014
no Estado de Rondônia (Tabela 2).
Tabela 2: Principais culturas no Estado de Rondônia no ano de 2014.
ANO CULTURA RECEITUÁRIOS
2014
PASTAGEM 144.770
CAFÉ 73.382
MILHO 34.147
SOJA 8.742
ARROZ 1.762
262.803
Fonte: Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia – IDARON
(20/6/2016 13:25:03).
A tabela demonstra a razão entre a área total dos municípios de maior incidência (Figura
5) pelo número de receituários da mesma. A cidade de Urupá se mostra a mais preocupante,
pois teve a maior razão 3,96 entre as variáveis.
Tabela 3: Razão do número de receituários/área do ano de 2014 fornecido pela IDARON.
Cidades Número De
Receituários*
Área Total
Da Região
Razão Do Número De
Receituários/Área Da
Região
Principais
Atividades
Locais
1º - Nova União 1.469 807 km² 1,820322181 Agropecuária
2º -
Teixeirópolis
1.241 460 km² 2,697826087 Agricultura
3º - Mirante da
Serra
1.891 1192 km² 1,586409396 Pecuária
4º - Cabixi 1.092 1314 km² 0,831050228 Pecuária
5º - Urupá 3.297 832 km² 3,962740385 Agricultura
Legenda: *Nº de receituários referente aos Extremamente Tóxicos e Altamente Tóxicos (os
classificados como cancerígenos).
De acordo com o receituário anual de embalagem/produto da IDARON do ano de 2014
(em anexo) tivemos um total de 1.043.048 milhões de produtos consumidos no Estado de
Rondônia. Se compararmos as substâncias analisadas nos artigos inclusos na RS, sendo eles os
Glifosatos, Mancozeb, Brometila, Herbicida e pesticidas de modo geral e os compostos N-
nitrosos, comparando com as substâncias químicas utilizadas no Estado no ano de 2014, temos
33
um total de 72.014 produtos. Nesta situação encontram-se duas substâncias classificadas como
altamente tóxicas, cinco substâncias extremamente tóxicas, sete substâncias mediamente
tóxicas e uma pouco tóxica (Tabela 4).
Tabela 4: Classificação toxicológica e total de produtos utilizados.
PRODUTO CLASSE DE USO CLASSIFICAÇÃO
TOXICOLÓGICA
TOTAL DE
EMBALAGENS
GLIFOSATO ATANOR Herbicida III - Medianamente Tóxico 20.824
GLIFOSATO NORTOX Herbicida IV - Pouco Tóxico 10.230
2,4-D AMINA 72 Herbicida I - Extremamente Tóxico 9.974
2,4- D NORTOX Herbicida I - Extremamente Tóxico 7.290
AGRAL Espalhante Adesivo I - Extremamente Tóxico 6.912
GLIFOSATO NORTOX
480 BR Herbicida III - Medianamente Tóxico 5.000
GLIFOSATO 480
AGRIPEC Herbicida I - Extremamente Tóxico 4.607
GLIFOSATO ATAR 48 Herbicida III - Medianamente Tóxico 3.099
GLIFOSATO NORTOX
480 SL Herbicida III - Medianamente Tóxico 1.971
GLIFOSATO ATANOR Herbicida III - Medianamente Tóxico 1.266
ATRAZINA ATANOR
50 SC Herbicida III - Medianamente Tóxico 982
U46-D-FLUID 2,4-D Herbicida II - Altamente Tóxico 650
ATRAZINA NORTOX
500 SC Herbicida III - Medianamente Tóxico 461
MANCOZEB SIPCAM Fungicida II - Altamente Tóxico 13
BROMETILA Inseticida/Fungicida/A
caricida Fumigante I - Extremamente Tóxico 1
Total 72.014
Fonte: Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia – IDARON
(20/6/2016 13:25:03).
REVISÃO SISTEMÁTICA
A busca inicial nas bases de dados do PubMed resultou em 581 artigos, em seguida
filtrado por humanos resultando em um total de 373 artigos. Após aplicar os critérios de
inclusão, 309 artigos foram excluídos. Na base de dados Scielo resultou em 278 artigos, sendo
um artigo selecionado de acordo com os critérios de inclusão. Nas bases de dados Scopus e
Cochrane Library, resultou em dois artigos, e quatro artigos respectivamente, e nenhum se
encaixou dentro dos critérios de inclusão, resultando em um total de 96 artigos (Figura 6).
34
Posteriormente com a leitura do texto completo dos artigos selecionados, suas
informações principais foram coletadas e organizadas em uma tabela (Tabela 6), totalizando
em 69 artigos. Os espaços em branco na Tabela 6 são devido à falta de informações coletadas
do artigo de referência e/ou por não conter o artigo, apenas informações coletadas nos resumos.
Dos 69 artigos inclusos sete artigos tiverem que ser excluídos devido a não atender os
critérios de avaliação (Figura 6), pois se tratavam de estudos industriais, ou que de alguma
forma avaliassem envenenamento.
Nenhum artigo foi excluído pelo idioma, por espaço temporal ou por desenho de estudo.
Nesses, temos artigos em sua maioria em inglês, seguido de italiano, espanhol e francês. Dos
62 artigos, 11 não conseguimos acesso ao texto completo (Tabela 5). Entramos em contato via
e-mail com os autores e não obtivemos resposta. Portanto, dos 62 artigos inclusos, foram
incluídos 51 artigos (Figura 6).
Tabela 5: Artigos excluídos sem acesso ao texto completo.
COCCO P, WARD M H, DOSEMECI M. Occupational risk factors for cancer of the
gastric cardia. Analysis of death certificates from 24 US states. J Occup Environ
Med. 1998 Oct;40(10):855-61.
FAUSTINI A, FORASTIERE F, DI BETTA L, MAGLIOLA E M, PERUCCI CA.
Cohort study of mortality among farmers and agricultural workers. Med Lav. Jan-
Feb;84(1):31-41, 1993.
SETTIMI L, BOFFETTA P, COMBA P, TERRACINI B. Epidemiologic study for the
evaluation of the cancerogenic risk associated with pesticides. Med Lav. Nov-
Dec;81(6):494-8, 1990.
BOND G G, MCLAREN E A, LIPPS T E, COOK R R. Update of mortality among
chemical workers with potential exposure to the higher chlorinated dioxins. J
Occup Med. Feb;31(2):121-3, 1989.
BARTHEL E. Retrospective cohort study of the cancer incidence in pesticide-
exposed male pest control workers. Z Erkr Atmungsorgane.;166(1):62-8, 1986.
BARTHEL E. Increased mortality from esophageal cancer, stomach cancer and
skin melanoma in pesticide-exposed pest control operators in the DDR. Arch
Geschwulstforsch.;55(6):481-8, 1985.
BARTHEL E. Cancer risk in pesticide exposed agricultural workers (author's
transl). Arch Geschwulstforsch.;51(7):579-85, 1981.
FRASER P, CHILVERS C, FOX J. Human relevance: epidemiology and
occupational exposure. Oncology. 37(4):278-81,1980.
ZALDIVAR R. The agricultural use of nitrate fertilisers (tons of N) in provinces of
Chile with high- and low-risk populations for gastric carcinoma. Bull Cancer.
65(3):365, 1978.
35
ZALDIVAR R. Epidemiology of gastric and colo-rectal cancer in the United States
and Chile with particular reference to the role of dietary and nutritional variables,
nitrate fertilizer pollution, and N-nitroso compounds. Zentralbl Bakteriol Orig B.
May;164(3):193-217, 1977.
Após a tabela (Tabela 6) com as principais características de cada artigo selecionado,
foram feitos a avaliação de qualidade (Tabela 7), e a partir dessa análise foi definido se a
meta-análise é um desfecho possível frente aos estudos incluídos na revisão.
Figura 6: Fluxograma explicativo do passo a passo das buscas dos artigos.
Artigos inclusos que
foram excluídos por não
ter acesso legal e gratuito
N = 11
Busca Eletrônica
N = 657
Excluído por assunto após
o título e leitura do resumo
N = 96
Leitura dos artigos
N = 69
Resultados da
pesquisa
PubMed
N = 581
Resultados da
Pesquisa Scielo
N = 278
Filtrados por humanos
N = 373
Resultados da
pesquisa
Scopus
N = 2
Resultados da
pesquisa Cochrane
Library
N = 4
Coorte n = 20 Caso Controle n = 8 Estudo Transversal n = 5
Excluídos por se tratar de
um estudo em industrias
N = 7
Total de artigos
N = 51
Tabela 6: Principais características dos estudos avaliados até o momento, e organizados dos mais recentes aos mais antigos.
Autor / Ano / Localidade Tamanho Amostral Desenho de Estudo Duração (anos) Substância Química
Yi & Ohrr, 2014/Coréia 176,605 soldados Coorte 1992-2003 Agente Laranja
Yi et al., 2014/ Coréia 177,899 soldados Coorte 1992-2005 Agente Laranja
Yildirim et al., 2014/ Turquia 1,896 pacientes Estudo Trasnversal 1998-2010 Pesticidas
Barry et al., 2012/Iowa e
Carolina do Norte, EUA
53,588 aplicadores de
pesticidas Coorte 1993-2005 Brometo de metil
Santibañez et al., 2011/
Alicante e Valência, Espanha
399 casos e 455
controles Caso-controle 1995-1999 21 agentes químicos
Chrisman et al., 2012/11
Estados do Brasil, Brasil 1985/1996-1998 Pesticidas
Mills et al., 2009/Califórnia,
EUA Case-control 1988-2006
Heptacloro, Lindano, Brometo de
Metilo, Simazina, ácido
diclorofenóxiacético (2,4-D), Clordano,
Propargita, Triflurina, Mancozeb,
Toxafeno.
96
Villarejo & McCurdy, 2007/
California, EUA
Um total de 1.643
indivíduos, 522
mulheres e 1.121
homens.
Estudo Trasnversal Março de 1999 a
dezembro de 1999
Mills & Yang,
2007/California, EUA
100 casos e 210
controles Caso-controle 1988-2003
Herbicida do ácido fenoxiacético 2,4-D;
Insecticida organoclorado clordano;
Propargite de acaricida e herbicida
trifluralina
38
Rafnsson, 2006/Islândia 7,882 homens e 429
mulheres Coorte 1962-2003
Insecticida lindano (g-
hexaclorociclohexano)
Jansson et al., 2006/Suiça 618 casos e 820
controles Case-control 1995-1997
10 agentes aéreos (pó de madeira, pó de
metal, amianto, solventes orgânicos,
pesticidas, exaustão de diesel, pó de
quartzo, poeira de farinha, gases de
combustão e poeira não especificada).
Mills et al., 2006/ California,
USA
O total de 139.662
membros da união
incluiu 3.977 mortes
1973-2000
Cocco et al., 2005/ Sardinia,
Itália 4,552 homens Coorte 1946-1950 Diclorodifeniltricloroetano (DDT)
Blair et al., 2005/ Iowa e
Carolina do Norte, EUA 447,154 pessoas Coorte 1990-2000 Pesticidas
Lee et al., 2004/Nebraska,
EUA
307 casos 502
controles Caso-controle 1988-1993 Pesticidas e inseticidas
Acquavella et al., 2004/Iowa,
EUA 1153 trabalhadores Coorte 1968-1999
Alachlor (2-chloro-29,69-diethyl-N-
[methoxymethyl] acetanilide)
Pavuk et al.,2003/ Michalovce
e Svidnik, Eslovâquia Estudo Trasnversal 1985-1994
15 policlorobifenil (PCB) e três
pesticidas organoclorados
Meyer et al., 2003/estado do
Rio de Janeiro, Brasil
Região Serrana no
Estado do Rio de
Janeiro,
compreendendo os
municípios de
Teresópolis, Nova
Friburgo, Bom Jardim,
Cantagalo, Duas
Barras e Sumidouro.
1979-1998 Pesticidas
39
169
Safi, 2002/Gaza Governorates,
Síria
Incidence/100,000 in
both sexes. Estudo Trasnversal 1990-1999
15 policlorobifenil (PCB) e três
pesticidas organoclorados)
Colt et al., 2001/ Estados
Unidos da América
24 Estados e 26,148
sujeitos 1984-1993 Pesticidas Industriais
Settimi et al., 2001/Itália
1525 novos casos
diagnosticados
Caso-controle 1990-1992
Schreinemacher, 2001/
Estados Unidos da América 1980-1989 Herbicidas com clorofenoxi
Cocco et al., 1999/24 Estados,
Estados Unidos da América Caso-controle 1984-1996 12 exposições no local de trabalho
Leeuwen et al.,1999/
Província de Ontario, Canadá 1987-1991 Nitrato e atrazina
Wesseling et al., 1999/Costa
Rica
O censo de população
de 1984, o censo
agrícola de 1984 e um
conjunto nacional de
dados de pesticidas
1981-1993 Pesticidas
Ramlow et al., 1996/divisão
de Michigan, eua 770 trabalhadores Coorte 1940-1989 Pentaclorofenol (PCP)
Bulbulyan et al.,
1996/Moscou, rússia
2039 homens e 2957
mulheres Coorte 1965-
N-nitroso compounds,strong inorganic
acids (sulfuric, nitric, phosphoric) and
nitrate-containing fertilizers. Strong
inorganic acids, sulfur dioxide, fluorides,
and arseni.
Olsen et al., 1995/ Divisão de
Michigan, EUA
548 funcionários do
sexo masculino Coorte 1957-1989 DBCP (1,2-dibromo-3-cloropropano),
223
40
224
Fagioli et al., 1994/ 30 pacientes 1986-1992 MALT and pesticidas
228
Zahm & Blair, 1993/ Estados
Unidos da América
Forastiere et al., 1993/Itália Case-referent 1980-1986
Fandrem et al., 1993/Norway
2023 Trabalhadores ou
aplicadores de
fertilizantes
masculinos
Coorte 1953-1988 Nitrato
Littorin et al., 1993/suécia 2370 sujeitos Coorte 1965-1992
27 fungicidas, 18 inseticidas, 7
herbicidas e 14 outros tipos de
substância
Faustini et al., 1993/ Aprilia,
Itália
1701 masculino e 426
femininos
Trabalhadores
agrícolas
Coorte 1972-1988 Pesticidas, especialmente
Diclorodifeniltricloroetano (DDT)
246
Hagmar et al., 1991/suécia
2.131 trabalhadores
masculinos de
fertilizantes com
nitrato
Coorte 1963-1986 Nitrato e nitrous oxides
Rafnsson & Gunnarsdóttir,
1990/ Islândia
603 indivíduos e suas
taxas de mortalidade Coorte 1954-1985 Nitrato
*Settimi et al., 1990/Itália Caso-controle Pesticidas
*Bond et al., 1989/ 2192 funcionários
potencialmente Coorte 1982-1984
2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina e
dioxinas hexa-octacloradas
41
expostos a dioxinas
cloradas
Páldy et al., 1988/
Al-Dabbagh et al., 1986/
Inglaterra
1327 trabalhadores
masculinos Coorte 1946-1981 Nitrato
*Barthel, 1986/ 1214 Trabalhadores de
controle de pragas 1945-1980
*Barthel, 1985/ República
Democrática Alemã (RDA)
1214
homens Coorte 1945-1980 Pesticidas
288
*Barthel, 1981/ 1791 agrícolas
expostas a pesticidas Coorte
Compostos contendo arsênico,
Diclorodifeniltricloroetano (DDT),
hexaclorociclohexano (HCH) e ácidos
fenoxi
Axelson et al., 1980/suécia 348 pessoas Coorte 1957-1972 Herbicidas, amitrol e ácidos fenoxi
315
316
318
*Zaldívar, 1977/ Fertilizante de nitrato
*Armijo & Coulson,
1975/Chile
1957-1971
329
335
Legenda: Os artigos com * é referente a tabela.
42
4.2.1 AVALIAÇÃO DE QUALIDADE
A avaliação de qualidade referente aos Estudos de Coorte está apresentada na Tabela 7.
Tabela 7: Avaliação de qualidade, dos Estudos de Coorte.
Artigos Objetivo
Claro
Coorte
recrutado de
maneira
aceitável
População
claramente
especificada
Cálculo de
tamanho de
amostra
Indivíduos
selecionados
a partir da
mesma
população
Taxa de
participação de
pessoas
elegíveis pelo
menos 50%
Medidas de exposição
claramente definidas,
medidas com precisão
antes das medições
dos resultados
avaliados mais de uma
vez ao longo do tempo
Medidas de
exposição
avaliados mais
de uma vez ao
longo do tempo
Potenciais
variáveis de
confusão
identificadas,
medidas,
consideradas no
projeto, em
análise ou
ajustadas
estatisticamente
Yi & Ohrr, 2014 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Yi et al., 2014 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Barry et al.,
2012 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Rafnsson, 2006 Pouco
Claro Sim Sim Pouco Claro Sim Sim Sim Não Sim
Cocco et al.,
2005 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim
Blair et al., 2005 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não Não
Acquavella et
al., 2004 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
43
_________________________________CONTINUAÇÃO DA TABELA__________________________________
Artigos
Acompanhamento
completo dos sujeitos
(perda de seguimento
após a linha de base
de 20% ou menos)
Acompanhamento
longo o suficiente
para ver uma
associação entre
exposição e resultado
(se existisse)
Avaliadores
de resultados
cegados
Resultado medido
com precisão para
minimizar o viés
(desfechos
claramente
definidos)
Resultados
precisos
Os resultados
podem ser
aplicados para
a população
local
Acredito que
os resultados
Implicações
deste estudo
para a
prática
Yi & Ohrr,
2014 Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Yi et al., 2014 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Ramlow et al.,
1996 Sim Pouco Claro Pouco Claro Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Bulbulyan et al.,
1996 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Olsen et al.,
1995 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Fandrem et al.,
1993 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Littorin et al.,
1993 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Hagmar et al.,
1991 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Rafnsson &
Gunnarsdóttir,
1990
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Pouco Claro
Al-Dabbagh et
al., 1986 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Axelson et al.,
1980
Pouco
Claro Sim Pouco Claro Sim Pouco Claro Sim Sim Sim Sim
44
Barry et al.,
2012 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Rafnsson, 2006 Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim Não
Cocco et al.,
2005 Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Blair et al.,
2005 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Acquavella et
al., 2004 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Ramlow et al.,
1996 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Bulbulyan et
al., 1996/ Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim
Olsen et al.,
1995/ Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Blair et al.,
2005 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Littorin et al.,
1993 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Hagmar et al.,
1991 Pouco Claro Não Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Rafnsson &
Gunnarsdóttir,
1990
Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Al-Dabbagh et
al., 1986 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
Axelson et al.,
1980 Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim Sim
45
5 DISCUSSÃO
A exposição humana a agrotóxicos constitui um importante problema de saúde pública,
a respeito do qual o setor Saúde tem ampliado constantemente sua atuação. Há órgãos como a
Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA) que atua na execução de
ações de saúde integradas, compreendendo a promoção à saúde, a vigilância, a prevenção e o
controle dos agravos e das doenças decorrentes da intoxicação exógena por agrotóxicos
(ABRASCO, 2015).
Os brasileiros consomem uma grande quantidade de alimentos cotidianamente, sendo
que um terço desses alimentos estão contaminados pelos agrotóxicos. Segundo a análise de
amostragem realizada pelo Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos
(PARA) da ANVISA, em todos os 26 estados do Brasil, pelo menos 63% dos alimentos
demonstram estar contaminadas por agrotóxico (ABRASCO, 2015).
No Estado de Rondônia a IDARON é o órgão responsável pela fiscalização de entrada
e saída de agrotóxicos no Estado; por município; o consumo em litros e quilos; a quantidade
que retiram, e a devolução de embalagens nas casas agropecuárias. Este levantamento
possibilitou apontar quais os químicos mais consumidos no Estado, que contrariam o que o
Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a ANVISA determinam.
Das 208 amostras de um total de 430 produtos, que devido aos seus ingredientes ativos
(IAs), se encontram em processo de revalidação toxicológica pela Anvisa (2008) em etapa de
retirada programada do mercado devido a decisão de banimento de seus IAs. Os principais são:
o glifosato, o endosulfan, o metamidofos, o 2,4-D, o paration-metilico e o acefato. De acordo
com a confirmação dos dados de fabricação nacional, segundo os relatórios de comercialização
de agrotóxicos fornecidos pelas empresas à Anvisa (ANVISA; UFPR, 2012).
Observando na Tabela 5 temos dois produtos químicos que estão em fase de revalidação
ou banimento do mercado de acordo com o MMA que foram consumidos em Rondônia, em
grande quantidade o glifosato e o 2,4-D no ano de 2014, que ambos somaram 46.997 e 17.914
embalagens consumidas e devolvidas respectivamente no mesmo ano.
Alguns artigos estudam a associação de pesticidas já classificados como prováveis
carcinógenos. Estudos feitos com trabalhadores agrícolas na Califórnia, demonstraram uma alta
taxa de exposição a herbicidas (2,4-D e triflurano), inseticidas (clordano e malatião), fungicidas
(mancozebe e manebe) e acaricidas (brometo de metilo e propargito) associados ao câncer
gástrico. Quatro dos químicos associados com câncer gástrico elevado (clordano, manebe,
46
mancozebe e propargito) são produtos químicos de classe B2 (prováveis carcinógenos),
classificados pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (U.S. Environmental
Protection Agency, 2006) (MILLS et al., 2006; MILLS E YANG 2007; MILLS et al., 2009).
Tanto no Estudo Epidemiológico quanto na RS encontramos o glifosato e 2,4-D que
evidenciam uma das principais causas de contaminação via inalação, exposição (contato)
(FRANDREM et al., 1993; HAGMAR et al., 1991), ou ingestão (RAFNSSON et al., 1990).
Após a leitura dos primeiros artigos selecionados na RS, chamou atenção a grande
quantidade de estudos que avaliaram exposição aos compostos N-nitrosos, e o quanto os
pesticidas podem mostrar seus efeitos cancerígenos com mecanismos como genotoxicidade,
efeitos hormonais e imunotoxicidade (YILDIRIM et al. 2014).
Estudos epidemiológicos estimam que, pelo menos, 3% de todos os trabalhadores
agrícolas, em países em desenvolvimento, podem sofrer um evento de envenenamento ou
exposição por pesticida a cada ano (JEYARATNAMETAL, 1987; KOH & JEYARATNAM,
1996).
As consequências descritas na literatura são diversas, que podem englobar desde
alergias até distúrbios gastrintestinais, respiratórios, endócrinos, reprodutivos, neurológicos;
neoplasias e levar a morte. Os grupos mais vulneráveis a esses efeitos deletérios são os
trabalhadores diretamente envolvidos com agrotóxicos, bem como as crianças, as grávidas, os
lactentes, os idosos e os indivíduos com saúde debilitada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017).
Pertinente a distribuição espacial da incidência de câncer gástrico por município no
Estado de Rondônia onde prevaleceu a atividade ocupacional agrícola (48%), e os outros 52%
pertencem a talhadores de atividade doméstica, professor, construção civil entre outras
profissões. As causalidades do câncer de estômago para os demais que não tiveram a exposição
direta com os agrotóxicos ao longo da vida, deve-se a outros efeitos como corrobora em alguns
estudos em que não houve qualquer relação determinada entre o câncer esofágico e gástrico, e
pesticidas utilizados na agricultura (YILRIDIM et al. 2014), mas sim uma relação com muitos
outros fatores de risco como idade, sexo (masculino ou feminino), origem étnica, antecedentes
de refluxo gastroesofágico, baixo consumo de frutas e vegetais (EL-SERAG, 2002).
No Brasil, um estudo feito na Região Serrana no Estado do Rio de Janeiro, foi avaliar a
relação das mortes por câncer e outras causas de mortes na área de estudo. Trabalhadores de 30
a 69 anos, cuja ocupação era o trabalho em lavouras de vegetais, frutas e flores, tendo um
contato grande com os pesticidas, foram avaliados. Entre as mortes por câncer, 271 (66,1%)
ocorreram em trabalhadores agrícolas e as causas mais importantes de morte por câncer na
47
região (trabalhadores agrícolas masculinos) foram: câncer de estômago (23,6%); câncer de
esôfago (17,7%); câncer de pulmão (11,1%); câncer de laringe (6,3%); câncer de cavidade oral
(5,4%) (MEYER et al., 2003).
Hagmar et al. (1991) em seu estudo avaliou a associação entre aplicadores de
fertilizantes a exposição ao nitrato para os cânceres de estômago, pulmão, próstata entre outras
doenças. Com 1.028 sujeitos de início do estudo, apontaram para uma não associação. Porém
essa falta de associação deu-se pelo período de latência de dez anos e número amostral para o
câncer de estômago de acordo com o Razão de Mortalidade Padronizada (SMR) = 151, 95%
Intervalo de Confiança (IC) = 99-225. No entanto, de três casos disponíveis para a análise, dois
não foram expostos aos nitratos, apenas um caso, ficando controverso a validação da exposição
entre o nitrato e o câncer de estômago.
Outros estudos como o de Fandrem (1993) e Rafnsson (1990) e colaboradores,
analisaram a exposição ao Nitrato em trabalhadores agrícolas, onde apresentaram um alto nível
de contaminação por exposição (contato, aplicação) (FRANDREM et al., 1993; HAGMAR et
al., 1991), e ingestão (RAFNSSON & GUNNARSDOTTIR et al., 1990), em plantações.
Ao decorrer da RS, foi observado que muitos dos artigos avaliavam a exposição aos
fertilizantes, em sua maioria os compostos n-nitrosos como a amônia (NH3), nitrato (NH3-) e o
nitrito (NH2), e este processo se dá pela mineralização dos compostos nitrogenados, que acabam
liberando íons inôrganicos no solo (MATOS et al., 2004). Dentre as diferentes formas, o
nitrogênio tem sido considerado um dos principais poluentes químicos das águas superficiais e
subterrâneas. O nitrato (NO3-) e o amônio (NH4
+) ocorrem, naturalmente, em solos e águas,
como produtos da mineralização de material orgânico (plantas e animais). Entretanto, grandes
concentrações destes íons podem ocorrer, quando há uma grande quantidade de material
orgânico ou, pela aplicação excessiva de fertilizantes nitrogenados no solo (SANCHEZ, 1976;
MUCHOVEJ & RECHCIGL, 1994).
Os ânions NO3 - não são adsorvidos em solos eletronegativos, pois tendem a ser
carreados com águas de escoamento superficial ou lixiviados no perfil do solo. Esta lixiviação
de nitrato no solo pode alcançar grande magnitude, se este ânion estiver presente em altas
quantidades. Se ocorrer acima da capacidade de absorção pela cultura ou excesso de chuva o
solo não conseguirá absorver (umidade maior que a umidade na capacidade de campo)
(MUCHOVEJ & RECHCIGL, 1994), como ocorre nos solos Amazônicos, pois são
48
considerados pobres em nutrientes, ácidos e com baixa capacidade de troca de cátions (Vieira
& Santos, 1987), assim “facilitando” o processo de lixiviação.
O nitrito (NO2-) derivado do nitrato (NO3
-) pode reagir com substâncias contidas em
alimentos e drogas que acabam dando ascensão para composto N-nitrosos, que em sua maioria
são fortemente carcinogênicos para os animais (MAGEE et al., 1976). A acidez gástrica
favorece a nitrosação particulamente causadas pelas N-d nitrosamidas, e em animais ocasionam
o câncer (MIRVISH,1983; SUGIMURA et al., 1978)
A alta exposição a compostos N-nitrosos como o nitrato (NO3-) e o nitrito (NO2
-) foram
evidenciados no final da década de 80 por Al-Dabbagh (1986) que mediu as concentrações de
nitrito na saliva, e comparou o grupo exposto com o controle (não exposto), evidenciando os
cânceres de estômago, esôfago, intestino, entre outras neoplasias, à exposição por nitrito e
nitrato.
Levantando assim a hipótese de que a água do lençol freático pode estar sendo
contaminada através dos fertilizantes nitrogenados e/ou potencializada por nitrato e nitrito que
ocorrem naturalmente no solo, e contaminando a população do Estado de Rondônia através da
água dos poços artesiano (lençol freático) ou pela água que é captada dos rios e distribuídas
pela Companhia de Águas e Esgotos do Estado de Rondônia (CAERD).
Foi observado também a grande quantidade de produtos químicos como o Glifosato e o
2,4-D que estão sendo comercialização no Estado, porém estão sob supervisão e avaliação para
a retirado do composto químico ou a não comercialização de acordo com o MMA e a ANVISA.
O estudo, sobre as análises da distribuição espacial acompanhada dos dados de atividade
econômica predominante por município está associada ao consumo de nitrato, nitrito e glifosato
que podem estar contaminando o solo e o lençol freático; quanto à revisão sistemática, por meio
de métodos adequados para resumir e sintetizar as evidências atuais sobre o assunto investigado,
apontam para a associação entre câncer gástrico e atividade ocupacional agrícola ou uso de
agroquímicos, pesticidas e agrotóxicos. A partir desse levantamento de dados, novas pesquisas
podem ser conduzidas afim de estudar a possível relação de causa e efeito entre esses fatores.
49
6 CONCLUSÃO
Os resultados apresentados permitem concluir:
Através do levantamento bibliográfico sistemático (Revisão Sistemática) sobre a
associação de câncer gástrico com agroquímicos, pesticidas e agrotóxicos, uma alta taxa
de incidência de câncer gástrico a exposição ao nitrato e nitrato.
O estudo epidemiológico a partir do levantamento dos casos notificados de câncer
gástrico do Hospital de Base Doutor Ary Pinheiro e das atividades ocupacionais
referidas evidenciaram a predominância de a atividade agrícola sendo a mais prevalente
(48%) dentre os pacientes, e referente ao mapa de distribuição da incidência de câncer
gástrico por município, aponta as cidades de Nova União, Teixeirópolis, Mirante da
Serra, Cabixi e Urupá foram as mais incidentes, sendo a cidade de Urupá há mais
alarmante devido o consumo exacerbado de agrotóxico referente ao tamanho da área da
região. Já os dados da IDARON, permitiram apontar e posteriormente sinalizar aos
órgãos competentes, que o glifosato e o 2,4-D consumidos em uma quantidade
alarmante, classificados de acordo com a ANVISA, como extremamente e altamente
tóxicos, e possuem ingredientes ativos que estão sob especulação do MMA para a
retirada dos mesmos de circulação.
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55
ANEXOS
GOVERNO DO ESTADO DE RONDÔNIA
Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia – GIDSV
Relatório Anual de Embalagens Comercializadas - 2014
21/6/2016 13:27:02
Produto Classe de Uso Classe Toxicológica Total de
embalagens
ZARTAN HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 73.137
ROUNDUP ORIGINAL HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 49.546
TROP HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 41.103
GARLON 480 BR HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 29.133
GLIZMAX HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 28.401
PRECISO HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 24.810
GRAMOCIL HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 23.713
GLIFOSATO
ATANOR 48 HERBICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 20.824
DMA 806 BR HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 20.352
ORTHENE 750 BR
INSETICIDA
/
ACARICIDA
I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 16.454
TOCHA HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 16.010
PARADOX HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 15.332
CRUCIAL HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 14.378
GRAMOXONE 200 HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 13.599
PLENUM HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 13.387
ALLY HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 12.968
TRACTOR HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 12.827
ARTYS HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 12.821
AQUILA INSETICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 12.271
56
EVIDENCE 700 WG INSETICIDA IV - POUCO TÓXICO 11.756
DIMILIN INSETICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 11.722
ROUNDUP WG HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 11.462
PLATINUM NEO INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 10.446
ZAPP QI 620 HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 10.323
NIMBUS ADJUVANTE IV - POUCO TÓXICO 10.269
GLIFOSATO
NORTOX HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 10.230
2,4-D AMINA 72 HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 9.974
DISPARO HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 9.731
SPIDER 840 WG HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 8.537
DECIS 25 EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 8.398
GASTOXIN B 57 INSETICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 8.387
TUCSON HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 8.233
AMINOL 806 HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 8.065
BAZUKA 216 SL INSETICIDA /
ACARICIDA
I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 7.823
JAGUAR HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 7.795
CENTAURO INSETICIDA /
ACARICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 7.656
LORSBAN 480 BR INSETICIDA /
ACARICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 7.506
CAPTUS 750 SP INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 7.458
NORTON HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 7.371
2,4- D NORTOX HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 7.290
AGRAL ESPALHANTE
ADESIVO
I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 6.912
ATERBANE BR ESPALHANTE
ADESIVO IV - POUCO TÓXICO 6.255
PROOF HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 6.226
CLASSIC HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 5.839
FLUMYZIN 500 HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 5.824
57
TRUPER HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 5.801
CONNECT INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 5.799
ENGEO PLENO INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 5.668
PAMPA HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 5.576
ASSIST
INSETICIDA / ACARICIDA
/
ADJUVANTE
IV - POUCO TÓXICO 5.518
NUFURON HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 5.430
LANNATE BR INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 5.355
FOX FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 5.162
GLIFOSATO
NORTOX 480 BR HERBICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 5.000
AUREO ADJUVANTE IV - POUCO TÓXICO 4.867
TRICLON HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 4.816
INTREPID 240 SC INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 4.725
CORAL HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 4.681
FÊNIX INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 4.652
GLIFOSATO 480
AGRIPEC HERBICIDA
I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 4.607
SUMYZIN 500 HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 4.607
BIM 750 BR FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 4.408
MALATHION
1000 EC
CHEMINOVA
INSETICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 4.353
APROACH
PRIMA FUNGICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 4.264
MUSTANG 350
EC INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 4.186
PADRON HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 4.132
CLORIM HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 3.979
CIPERMETRINA
NORTOX 250 EC INSETICIDA
I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 3.959
DOMINUM HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 3.935
58
PRIORI FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 3.894
U 46 BR HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 3.883
TORDON HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 3.823
PRIORI XTRA FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 3.662
LOCKER FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 3.658
ROUNDUP
ULTRA HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 3.463
METHOMEX 215
SL INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 3.386
JOINT OIL ADJUVANTE IV - POUCO TÓXICO 3.375
NOMOLT 150 INSETICIDA IV - POUCO TÓXICO 3.312
IMUNIT INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 3.234
ROUNDUP
ORIGINAL DI HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 3.215
GLYPHOTAL TR HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 3.155
GLIFOSATO
ATAR 48 HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 3.099
REGLONE HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2.974
AMISTAR WG FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 2.950
TALISMAN INSETICIDA /
ACARICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 2.943
NATIVO FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2.896
CEFANOL INSETICIDA /
ACARICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2.843
HERBADOX HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2.833
ROCKS INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2.690
TRUENO HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 2.656
TOGAR TB HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2.594
HAITEN ESPALHANTE ADESIVO I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2.532
LOGIN (não usar) INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2.525
VERDICT - R HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2.495
TWISTER HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2.494
DIMAX 480 SC INSETICIDA /
ACARICIDA IV - POUCO TÓXICO 2.413
NUTRIFIX ESPALHANTE ADESIVO IV - POUCO TÓXICO 2.392
FLEX HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2.390
59
FUSILADE 250 EW HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2.366
MANNEJO HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2.263
DITHANE NT FUNGICIDA /
ACARICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2.237
BELT INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2.181
SCEPTER HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 2.177
FURY 400 EC INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 2.129
TARGA 50 EC HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2.104
NUFOS 480 EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2.098
BRILHANTE BR INSETICIDA /
ACARICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2.093
ADESIL ADJUVANTE I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2.081
KARATE ZEON 50
CS INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2.027
ELATUS FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1.971
GLIFOSATO
NORTOX 480 SL HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.971
TURUNA HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1.963
ABAMECTIN
NORTOX
INSETICIDA /
ACARICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.948
EMERALD FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1.916
LARVIN 800 WG INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1.916
ORKESTRA SC FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.732
AMPLIGO INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1.722
OPERA FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1.702
IMPESSIVE 250 WP INSETICIDA /
ACARICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1.696
ROUNDUP
TRANSORB HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1.680
ACTARA 250 WG INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.675
RECOP BACTERICIDA /
FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 1.672
KLORPAN 480 CE INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1.663
ALTO 100 FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.613
ORBIT HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1.563
PREMIO INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.503
CYPTRIN 250 CE INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1.501
TURBO INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1.478
PRIMO FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.471
KASUMIN BACTERICIDA /
FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.431
60
PIRATE INSETICIDA /
ACARICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.343
CERTERO INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1.339
PRIMOLEO HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 1.297
DIPEL INSETICIDA
BIOLÓGICO IV - POUCO TÓXICO 1.297
GLIFOSATO
ATANOR HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.266
CLINCHER HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1.266
CERCOBIN 700 WP FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 1.243
DIFLUCHEM 240 SC INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.221
AMINAMAR HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1.216
TRINCA INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1.198
AKITO INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.150
ÓLEO VEGETAL DU
FOL ADJUVANTE IV - POUCO TÓXICO 1.143
QUIMIÓLEO INSETICIDA /
ADJUVANTE IV - POUCO TÓXICO 1.108
ACLAMADOBR HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1.104
TROPERO HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1.079
POQUER HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1.046
AGRIS ADJUVANTE IV - POUCO TÓXICO 1.036
CURYOM 550 EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1.025
TROP NA HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 1.025
PALACE HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1.006
TRINCA CAPS INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1.000
SCORE FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 993
FASTAC 100 INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 988
ATRAZINA
ATANOR 50 SC HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 982
FOLICUR 200 EC FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 973
CRUISER 350 FS INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 953
DANADO HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 952
VEGET'OIL ESPALHANTE ADESIVO IV - POUCO TÓXICO 936
PERITO 970 SG INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 930
ACCURATE HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 910
BRATT HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 905
GALILEO
EXCELL FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 902
ATABRON 50 EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 885
NAJA HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 885
BROWSER HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 872
61
VITAVAX-
THIRAM 200 SC FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 862
FASTAC DUO INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 834
HELMOXONE HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 822
LOOP HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 811
IMIDACLOPRID
NORTOX INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 808
CROPSTAR INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 796
SUMISOYA HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 792
IMIDAGOLD 700
WG INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 787
RIVAL 200 EC FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 778
MANZATE 800 FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 777
LIMPIDU HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 763
KARATE ZEON 250
CS INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 755
GALEÃO INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 742
DIURON NORTOX 500
SC HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 740
COMET FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 728
SANSON 40 SC HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 723
GLI OURO HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 713
NICOSULFURON
NORTOX 40 SC HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 707
TOUCHDOWN HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 705
ALIETTE FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 704
DIMILIN 80 WG INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 700
MANZATE WG FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 693
OPERA ULTRA FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 690
OBERON INSETICIDA /
ACARICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 677
BELURE INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 671
SOBERAN HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 671
MOSPILAN INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 669
AMISTAR TOP FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 667
SPHERE MAX FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 655
BRIGADE 25 CE INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 654
TALSTAR 100 EC INSETICIDA /
ACARICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 653
STREAK 500 SC FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 652
U46-D-FLUID 2,4-D HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 650
62
AURORA 400 EC HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 646
KOCIDE WDG
BIOACTIVE
BACTERICIDA /
FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 646
TRULY MAX INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 645
CAMP-D HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 626
VEZIR HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 599
TEXAS HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 587
PRIMESTRA GOLD HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 583
CARBENDAZIM
NORTOX FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 583
PYRINEX 480 EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 575
PROVADO 200 SC INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 573
AUTHORITY FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 572
ZAPHIR HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 557
IMPACT 125 SC FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 552
CAPATAZ BR INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 530
ACEHERO INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 530
REGENT 20 GR INSETICIDA IV - POUCO TÓXICO 522
SELECT 240 EC HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 516
NEXIDE INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 502
OMITE 720 EC ACARICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 494
LABRADOR HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 492
STANDAK TOP FUNGICIDA /
INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 482
DACONIL BR FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 480
IHAROL
INSETICIDA /
ACARICIDA /
ADJUVANTE
III - MEDIANAMENTE TÓXICO 476
TEBUFORT FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 474
GLI UP 480 SL HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 474
GALIL SC INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 472
HERBADOX 400 EC HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 468
ATRAZINA NORTOX
500 SC HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 461
PLANADOR HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 454
ALTEZA 30 SL HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 448
CARTAP BR 500 FUNGICIDA /
INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 445
TRIGARD 750 WP INSETICIDA IV - POUCO TÓXICO 441
CARBOMAX 500 SC FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 439
MADEMATO HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 429
AMISTAR 500 WG FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 411
63
BLITZ FORMICIDA IV - POUCO TÓXICO 409
PORTERO FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 404
PODIUM EW HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 393
LOGIN INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 391
TRACER INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 380
ACCENT HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 373
EXPLORER 500 SC HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 370
BORAL 500 SC HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 370
MAXIM XL FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 368
FACCA HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 367
GRANT HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 367
ABAMEX INSETICIDA /
ACARICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 364
FURADAN 350 SC INSETICIDA /
NEMATICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 362
BASAGRAN 600 HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 355
MUCH 600 FS INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 351
BENDAZOL FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 347
BAC-CONTROL WP INSETICIDA BIOLÓGICO IV - POUCO TÓXICO 338
GRAZON BR HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 335
SUMILEX 500 WP FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 333
BRIO FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 331
COBRE ATAR BR BACTERICIDA /
FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 322
KAISO 250 CS INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 317
PREND-D 806 HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 316
RAPEL INSETICIDA /
ACARICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 314
ÓLEO VEGETAL
NORTOX
INSETICIDA / ANTI-
EVAPORANTE /
ADJUVANTE
IV - POUCO TÓXICO 312
GLIFOXIN HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 300
HEAT HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 295
DANIMEN 300 EC INSETICIDA /
ACARICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 291
PICUS INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 290
TOPGAN HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 282
ENVIDOR ACARICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 281
TOCO HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 274
GOAL BR HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 271
KRAFT 36 EC INSETICIDA /
ACARICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 264
64
CERCONIL WP FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 264
NUPRID 700 WG INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 262
KESHET 25 EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 252
FIPRONIL NORTOX 800
WG
INSETICIDA /
CUPINICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 251
RIMON SUPRA INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 247
ETHREL REGULADOR DE
CRESCIMENTO II - ALTAMENTE TÓXICO 242
GARBOR HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 240
UNIZEB GOLD FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 237
CABRIO TOP FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 236
INFINITO FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 236
GALLANT R HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 236
TRIFLURALINA
NORTOX GOLD HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 224
ANCOSAR 720 HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 219
ORTHOCIDE 500 FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 219
KYRON 40 SC HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 217
CIGARAL INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 213
TENAZ 250 SC FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 212
PREMIER PLUS FUNGICIDA /
INSETICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 212
ALTEZA HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 205
CLORIMUROM
NORTOX HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 202
SENCOR 480 HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 191
SIMBOLL 125 SC FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 189
HOROS FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 187
PIQUE 240 SL HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 187
PACTO HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 183
DASH HC ADJUVANTE II - ALTAMENTE TÓXICO 180
SCORE FLEXI FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 179
IMAZETAPIR PLUS
NORTOX HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 178
ENTRUST INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 177
65
POMME 700 FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 174
STARANE 200 HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 172
GLISTER HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 171
CLOMOM HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 171
EFORIA INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 170
MAJESTY INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 166
DRIBLE HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 166
CORAGEN INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 165
MATCH EC INSETICIDA IV - POUCO TÓXICO 163
SHELTER INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 163
VERDADERO 600 WG FUNGICIDA /
INSETICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 163
GESAPRIM GrDA HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 150
KLAP INSETICIDA /
FORMICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 147
IHARAGUEN-S ESPALHANTE ADESIVO II - ALTAMENTE TÓXICO 147
AGRITOATO 400 INSETICIDA /
ACARICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 144
KUMULUS DF FUNGICIDA /
ACARICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 136
CALLISTO HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 136
EPINGLE 100 INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 134
TIGER 100 EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 132
GESAPRIM 500 CIBA
GEIGY HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 131
TOCO HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 130
SUMÔ HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 126
NAVAJO HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 125
AGEFIX ADJUVANTE III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 124
AMULET INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 123
DOMARK EXCELL FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 123
GLIFOSATO 480
HELM HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 119
DEZ HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 115
POMME FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 115
66
RIDOMIL GOLD
BRAVO FUNGICIDA
I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 114
GAMIT HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 114
HOEFIX ESPALHANTE ADESIVO I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 108
AURORA HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 105
BRAVONIL ULTREX FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 103
PROTREAT FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 102
PIVOT 100 SL HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 100
CAMPEON HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 99
SILWET L-77 AG ESPALHANTE ADESIVO I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 98
BATTLE FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 95
AGREE INSETICIDA BIOLÓGICO III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 95
VERTIMEC 18 EC INSETICIDA /
ACARICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 94
LANZAR ADJUVANTE II - ALTAMENTE TÓXICO 91
PROFIT HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 91
IMIDACLOPRID 600
FS INSETICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 90
RIDOMIL GOLD MZ FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 90
SUPPORT FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 86
METAFÓS INSETICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 86
DUAL GOLD HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 83
AZIMUT FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 80
PRAMILHO HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 79
PANZER 250 WDG HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 78
FORUM PLUS FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 78
IMIDACLOPRID 700
WG HELM INSETICIDA
I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 77
ROUNDUP TRANSORB
R HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 76
CREDIT HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 72
U 46 PRIME HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 71
67
CLORPIRIFÓS
SABERO 480 EC INSETICIDA
I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 70
DIURON NORTOX HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 68
MOFOTIL FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 67
SILVERADO HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 65
IMAZAQUIM ULTRA
NORTOX HERBICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 64
DORMEX REGULADOR DE
CRESCIMENTO
I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 64
SOLIST 430 SC FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 63
ENERGIC ESPALHANTE ADESIVO IV - POUCO TÓXICO 62
REGENT 800 WG INSETICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 62
KOHINOR 200 SC INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 58
TIODICARBE 350 SC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 57
SHAKE FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 56
BRASÃO INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 55
MIRZA 480 SC INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 54
POAST HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 53
BASAGRAN 480 HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 52
COMBINE 500 SC HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 51
RUGBY 200 CS INSETICIDA /
NEMATICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 50
ROVRAL SC FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 49
PRATICO FUNGICIDA /
INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 48
PRI-MORDIAL HERBICIDA I - EXTREMAMENTE
TÓXICO 48
SIALEX 500 FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 47
ORTUS 50 SC ACARICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 44
STANDAK INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 43
GLADIUM HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 42
KARMEX HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 42
DEROSAL PLUS FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 41
68
FURADAN 50 GR INSETICIDA /
NEMATICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 41
METRIMEX 500 SC HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 40
RAPSODE HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 40
JUWEL SC FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 37
DITHANE NT WG FUNGICIDA /
ACARICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 36
SUMIRODY 300 INSETICIDA /
ACARICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 36
TRIONA
ADJUVANTE /
ESPALHANTE
ADESIVO
IV - POUCO TÓXICO 35
BATTUS INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 34
AUGE FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 34
DEROSAL 500 SC FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 33
SUPPORT WG FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 33
DOMARK 100 EC FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 33
DIPEL WP INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 33
WARRANT 700 WG INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 32
FERSOIL INSETICIDA /
ADJUVANTE IV - POUCO TÓXICO 32
URGE 750 SP INSETICIDA /
ACARICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 32
POLARIS HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 31
GALBEN M FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 30
EMZEB 800 WP FUNGICIDA /
ACARICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 29
SAURUS INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 29
GLYPHOTAL HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 29
PRIMAGRAM GOLD HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 28
TRINITY 250 SC FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 28
CUPROGARB 500 FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 28
CELEIRO FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 26
CERCOBIN 500 SC FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 26
HEXAZINONA NORTOX HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 26
DECIS 200 SC INSETICIDA IV - POUCO TÓXICO 26
TRIFLURALINA
MILENIA HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 25
DOBLE HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 25
69
FASON HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 25
ARAMO 200 HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 24
ACTARA 10 GR INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 24
MIREX-S MAX FORMICIDA IV - POUCO TÓXICO 24
ACTELLIC 500 EC INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 24
DIPEL WG INSETICIDA
BIOLÓGICO II - ALTAMENTE TÓXICO 23
TAIREL PLUS FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 22
FROWNCIDE 500 SC FUNGICIDA /
ACARICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 21
GRASSATO 480 SL HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 21
NUFOSATE BR HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 21
DIFFER HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 20
IMPACT 1,5 G FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 20
TAIREL M FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 20
DACONIL WG FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 20
MALATHION 500 EC
CHEMINOVA INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 20
ALTERNE FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 20
BREAK THRU ESPALHANTE ADESIVO III - MEDIANAMENTE TÓXICO 20
ATENTO FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 19
HEXAZINONA-D
NORTOX HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 19
GLIZ 480 SL HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 19
GLI OVER HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 18
LACTOFEN AGP 240
EC HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 18
FIANCO SC FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 17
ABAMECTIN DVA 18
EC
INSETICIDA /
NEMATICIDA /
ACARICIDA
I - EXTREMAMENTE TÓXICO 16
DACOBRE WP FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 15
RIZA 200 EC FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 15
GALOP M HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 15
SABRE INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 14
CENSOR FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 14
MANCOZEB SIPCAM FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 13
DACONIL 500 FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 13
DIFERE FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 13
MANFIL 800 WP FUNGICIDA /
ACARICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 13
SUMIDAN 25 EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 13
70
CIPERTRIN INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 13
MAGISTER HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 13
TRIFLURALINA
NORTOX HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 12
RIMON 100 EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 12
CONSENTO FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 12
VEXTER INSETICIDA / ACARICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 12
ESPALHANTE
ADESIVO DUFOL ESPALHANTE ADESIVO
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 11
OPERA SE FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 11
CARBEN 500 SC FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 11
CURACRON 500 INSETICIDA / ACARICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 11
ARRIVO 200 EC INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 11
K-OBIOL 2P INSETICIDA IV - POUCO TÓXICO 11
BUNEMA 330 CS INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 11
K-OBIOL 25 EC INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 11
ALIKA INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 11
PLATEAU HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 11
PREMERLIN 600 EC HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 11
ROMETSOL 600 WG HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 11
KROMO 250 WG HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 10
STALLION 150 CS INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 10
PRIORI TOP FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 10
MANAGE 150 FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 10
SHAR-CONAZOL FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 10
DITHANE WG NT FUNGICIDA / ACARICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 9
ETHREL PA REGULADOR DE
CRESCIMENTO I - EXTREMAMENTE TÓXICO 9
IMPACT PLUS FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 9
SADLER 350 SC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 9
ACRONIS FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 8
VANTIGO FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 8
CAPTAN 500 WP FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 8
71
PERMETRINA FERSOL
384 EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 7
EVIDENCE INSETICIDA IV - POUCO TÓXICO 7
VELPAR-K WG HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 7
FERA HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 7
RADAR WG HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 7
ENGEO INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 6
KALONTRA INSETICIDA IV - POUCO TÓXICO 6
COBOX DF FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 6
BION 500 WG ATIVADOR DE PLANTAS III - MEDIANAMENTE TÓXICO 6
METILTIOFAN FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 5
CRESCENDO HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 5
AFALON 450 SC HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 5
FINALE HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 5
GLIZMAX PRIME HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 5
POOPER HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 4
HERBURON 500 BR HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 4
FIELD HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 4
VOLT HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 4
CATCHER 480 EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 4
ADAGE 350 FS INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 4
ARENA HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 4
GESAPAX 500 CIBA-
GEIGY HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 4
COBRA HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 4
FUSIFLEX HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 4
HERBURON WG HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 4
TAMARON BR INSETICIDA /
ACARICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 4
AGREE (não usar) INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 3
CAPTAN 750 TS FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 3
LAMBDA CIALOTRINA
CCAB 50 EC INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 3
FOLIO GOLD FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 3
MONCEREN 250 SC FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 3
OPPA-BR-EC INSETICIDA /
ADJUVANTE IV - POUCO TÓXICO 3
ETHREL 720 REGULADOR DE
CRESCIMENTO II - ALTAMENTE TÓXICO 3
CENTURION HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 3
XENTARI INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 3
72
DIOX HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 3
STINGER HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 3
LORD HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2
DIRECT HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2
GALGOPER INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2
PRIMAIZ GOLD HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2
CENTION SC HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2
RADAR HERBICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2
GRASSATO HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 2
PROVENCE 750 WG HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2
STIMULATE REGULADOR DE
CRESCIMENTO IV - POUCO TÓXICO 2
ORIX INSETICIDA /
ADJUVANTE IV - POUCO TÓXICO 2
SUPERA FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2
ALANTO INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 2
DURIVO INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 2
PHOSTEK INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2
DECIS ULTRA 100 EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2
HOSTATHION 400 BR INSETICIDA /
ACARICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 2
SUMIDAN 150 SC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 2
ATTACH ADJUVANTE IV - POUCO TÓXICO 1
DIMETOATO 500 EC
NORTOX
INSETICIDA /
ACARICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
ABAMECTIN PRENTISS INSETICIDA /
ACARICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
MAXIM XL
PROFESSIONAL FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1
CERTEZA FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
CALYPSO INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1
CORDIAL 100 INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
BRUTUS INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1
DERMACOR INSETICIDA IV - POUCO TÓXICO 1
CRUISER 700 WS INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1
ALTACOR INSETICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1
PIREPHOS EC INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
PIREDAN INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1
DEGESCH FUMICEL INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
FLARE FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
FUNGITOL AZUL FUNGICIDA IV - POUCO TÓXICO 1
PROSPECT FUNGICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1
73
IMPACT DUO FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1
FORE NT FUNGICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
CUPROZEB FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE TÓXICO 1
BROMETILA
INSETICIDA/FUNGICI
DA/ACARI CIDA
FUMIGANTE
I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
APRON RFC FUNGICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 1
KUMULUS DF AG FUNGICIDA / ACARICIDA IV - POUCO TÓXICO 1
FURACARB 100 GR INSETICIDA / NEMATICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 1
DIAFURAN 50 INSETICIDA / NEMATICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
MIREX-S MAX N.A. FORMICIDA IV - POUCO TÓXICO 1
STRADA 50 WG HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
SINERGE EC HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1
ZETHAPYR 106 SL HERBICIDA IV - POUCO TÓXICO 1
GLIZ PLUS HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1
TENACE HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1
DIMEXION INSETICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
PREMIER INSETICIDA IV - POUCO TÓXICO 1
KARATE 50 EC INSETICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1
LAKREE FOGGING INSETICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 1
IMIDACLOPRID
NUFARM 700 WG INSETICIDA
III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 1
PANTHER 120 EC HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
ARROW HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
AMPLO HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
TRICLOPYR 480
VOLAGRO HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
DIURON 500 SC
MILENIA HERBICIDA II - ALTAMENTE TÓXICO 1
ATRANEX WG HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
LIBERTY BCS HERBICIDA I - EXTREMAMENTE TÓXICO 1
LEOPARD HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 1
NICO HERBICIDA III - MEDIANAMENTE
TÓXICO 1
Total Anual de Embalagens 1.043.048
