Fundação Bradesco - 60 anos de educação em favor da...

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Fundação Bradesco 60 anos de educação em favor da transformação social

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  • FundaçãoBradesco60 anos de educação em favor

    da transformação social

  • FundaçãoBradesco60 anos de educação em favor

    da transformação social

  • Apresentação

    Em 22 de novembro de 1956, Amador Aguiar – fundador do Banco Bradesco – criou a Fundação São Paulo de Piratininga, Instituição filantrópica que seria renomeada, em 1967, para Fundação Bradesco. Ao longo da vida, o Sr. Aguiar dedicou-se a fazer da entidade seu maior legado para o futuro, incentivan-do outras empresas brasileiras a seguir os mesmos passos. Buscando sempre inovar com propostas pe-dagógicas de excelência e construir modelos sólidos e duradouros de sustentabilidade, que garantissem a perenidade desse trabalho, seu visionário institui-dor converteu a Fundação em referência nacional e internacional de investimento social privado.

    Ao completar seis décadas em 2016, a Fun-dação Bradesco reafirmou seu compromisso com a nobre missão de educar para a inclusão social. Para isso, dedica-se, com carinho e empenho, a formar crianças, jovens e adultos que sejam pro-tagonistas de belas histórias de vida e que multi-pliquem, para o cotidiano de suas comunidades, os conhecimentos construídos em 40 Escolas pró-prias, localizadas em áreas de reconhecida vulne-rabilidade socioeconômica em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal. Por meio deste encarte especial, a Instituição rememora os prin-cipais acontecimentos dessa inspiradora jornada, iluminando as passagens mais marcantes e emo-cionantes de seus 60 anos de educação em favor da transformação social.

  • Semeandosonhos

    (1956-1970)

    Escritura de Instituição da Fundação São Paulo de Piratininga,

    em 22 de novembro de 1956

  • Quais terão sido os pensamentos de Amador Aguiar ao comparecer, em 22 de novembro de 1956, perante o 11º Cartório de Notas da capital paulista? Acompanhado de Laudo Natel, en-tão Diretor do Banco Brasileiro de Descontos S.A. (denominação original do Bradesco) e que chegaria a ocupar o cargo de Gover-nador do Estado de São Paulo nas décadas de 1960 e 1970, o Sr. Aguiar lavrou a Escritura de Instituição da Fundação São Paulo de Piratininga. Com dotação inicial de 100 mil cruzeiros, a entidade era criada para promover assistência social a crianças e jovens vulneráveis, sem qualquer distinção, por meio da oferta educa-cional. Estava plantada a semente do que viria a se transformar na maior iniciativa de investimento social privado do Brasil.

    Ao lado da neta Denise, futura Diretora da Fundação Bradesco, Amador Aguiar participa do Dia Nacional de Ação de Graças,

    na Cidade de Deus, em 1977

    Escritura de Instituição da Fundação São Paulo de Piratininga,

    em 22 de novembro de 1956

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  • Amador Aguiar, ao redorde seus 14 anos

    Naquela quinta-feira de no-vembro, também se comemorava o Dia de Ação de Graças, mo-mento de agradecer pelas boas conquistas do ano. Assim, ne-nhum agradecimento haveria de ser mais generoso do que a cria-ção de uma Instituição dedicada a acolher a população brasileira socioeconomicamente desfavo-recida. Além disso, o gesto ins-pirador do Sr. Aguiar revestia-se de um significado ainda mais simbólico... Autodidata, ele pró-prio havia completado apenas o antigo quarto ano do ensino pri-mário, por não ter tido condições de prosseguir com seus estudos formais. Nascido em 1904, na ci-

    dade de Ribeirão Preto (SP), era filho de um casal de lavra-dores e tinha 12 irmãos, motivos pelos quais começou a trabalhar cedo, para auxiliar no sustento da família.

    Desde então, jamais parou. Sua ascensão profissional meteórica, que combinou inovação, genialidade e simpli-cidade, foi coroada com o início das atividades do Bra-desco em 10 de março de 1943, organização que ele co-mandaria até 1990, poucos meses antes de falecer, no ano seguinte. Ao dar início a seu projeto filantrópico, Amador Aguiar proporcionaria educação gratuita e de qualidade a milhões de crianças, jovens e adultos que, de origem hu-

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  • milde como a dele, dificilmente teriam acesso a um ensino de excelência se não fosse pela Instituição por ele criada.

    Algum tempo depois, em 1962, foi inaugurado o Gru-po Escolar Embaixador Assis Chateaubriand, primeira esco-la da Fundação, na Cidade de Deus, matriz do Banco, loca-lizada em Osasco (SP). No mesmo ano, o município havia conseguido a emancipação da capital paulista, tornando-se uma cidade. Além de departamentos, a sede também abri-gava as residências dos funcionários que ali trabalhavam. Portanto, os prédios administrativos dividiam espaço com uma infraestrutura de serviços para atender aqueles mora-dores, como supermercado, clube recreativo, lanchonete e ambulatório médico. Ao abrir as portas da Escola, a Fun-dação São Paulo de Piratininga passou a acolher os filhos desses funcionários e as crianças que viviam nos arredores da Cidade de Deus, uma vez que ainda não existiam esta-belecimentos de ensino na região.

    Inauguração da Escola da Cidade de Deus, em 1962

  • Com capacidade para até 480 estudantes matriculados, o Grupo Escolar Embaixador Assis Chateaubriand iniciou suas atividades com 289 alunos e sete professores. Nos pe-ríodos da manhã e da tarde, eram oferecidas turmas mas-culinas, femininas e mistas, que abrangiam do 1º ao 4º ano do curso primário. O prédio da Escola contava com as salas da Diretoria e dos professores, biblioteca, depósito de ma-teriais, gabinete para projeção de filmes e seis salas de aula. Além disso, os alunos recebiam alimentação saudável e as-sistência médica e dentária.

    Primeira turma da Escola da Cidade de Deus, década de 1960

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  • Assis Chateaubriand é recepcionado pelos alunos da Fundação Bradesco durante visita à Cidade de Deus, em 1964

    O tempo passou depressa. Em 21 de novembro de 1967, um dia antes de a Fundação completar seu 11º ani-versário, Amador Aguiar compareceu novamente a um ta-belionato de notas de São Paulo (SP). Dessa vez, para alçar voos ainda maiores. Naquela data, foi registrada a Escritu-ra de Alteração de Denominação da Fundação São Paulo de Piratininga, transformada em Fundação Bradesco. Seus objetivos também foram modificados para incluir, entre outros, educação escolar em variados níveis, contribuin-do para o progresso do conhecimento, a valorização do trabalho e a formação de cidadãos. Logo no ano de 1970, teve início o Curso Técnico em Programação de Compu-tadores, primeiro da Educação Profissional e pioneiro na América Latina.

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  • Escritura de Alteração de Denominação para Fundação Bradesco, em 1967

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  • Aula do Curso Técnico em Programação de Computadores, pioneiro na América Latina (imagem da década de 1980)

    Outro ponto de preocupação constante do Sr. Aguiar era a garantia da sustentabilidade econômica da Instituição, so-lidificando as bases necessárias para a manutenção e expan-são de suas iniciativas. No começo, ela dependia das doações das empresas do Grupo Bradesco. Ainda em 1970, foi lançado o Top Club – Turismo, Organização e Previdência, seguro de vida com renda líquida revertida para seus projetos educacionais e assisten-ciais. Com o passar dos anos, a Funda-ção tornou-se acionista controladora do Banco, o que permitiu que todos os recursos por ela investidos fossem pro-venientes de seu próprio patrimônio. Assim, aquela semente pôde germinar, crescer e frutificar, conquistando a tão sonhada abrangência nacional.

    Anúncio do Top Club, 1970

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  • Multiplicando frutos(1971-1991)

    Jarbas Passarinho, Ministro da Educação, e Amador Aguiar inauguram a Escola de Conceição do Araguaia, no Pará, em 1971

  • Inaugurada em 1971, a Unidade Escolar de Conceição do Araguaia foi a primeira Escola a ser instalada fora do Es-tado de São Paulo, impulsionando o processo de ampliação geográfica da Fundação Bradesco para os rincões mais dis-tantes e necessitados do Brasil. Localizada no Pará, oferecia inicialmente o ensino primário. Ainda no começo daquela década, outro estabelecimento foi criado no interior profun-do do País: a Unidade Escolar de Canuanã, no atual Estado do Tocantins (à época, Goiás), abriu suas portas em 1973, en-tre a floresta amazônica e o cerrado. Pelo caráter inóspito e isolado da região, a Escola converteu-se no primeiro interna-to da Fundação.

    Vista aérea da Escola de Canuanã, no atual Tocantins, em 1973

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  • Alunos chegando de barco à Escola de Canuanã, que até hoje funciona em regime de internato (imagem da década de 1980)

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  • Alunos chegando de barco à Escola de Canuanã, que até hoje funciona em regime de internato (imagem da década de 1980)

    Entre essas duas inaugurações, a Instituição não deixou de agradecer por suas inúmeras conquistas. Em novembro de 1972, na Cidade de Deus, iniciaram-se as celebrações anuais do Dia Nacional de Ação de Graças, que se tornaria um evento de grande repercussão, trans-mitido por rádio e televisão para todo o Brasil. Com apre-sentações de alunos da Fundação e de artistas, além da realização de cerimônias ecumênicas, essa festividade de agradecimento prosseguiu ininterruptamente até 1989. Também em 1972, o Bradesco assumiu a Pecplan S.A. – Pecuária Planejada, empresa voltada à inseminação artifi-cial de bovinos e ao melhoramento da pecuária. Dois anos depois, ela passou a ser controlada pela Fundação Bra-desco, atendendo a seus objetivos de profissionalização dos alunos que viviam nas áreas rurais.

    Primeira solenidade do Dia Nacional de Ação de Graças, na Cidade de Deus, em 1972

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  • Atividade de formação técnica da Pecplan

    Em 1975, a Fundação recebeu sua primeira certificação

    pública nacional, sendo reconhecida como Entidade de Fins Filantrópicos pelo antigo Conselho Nacional de Serviço So-cial. Além de suas atividades próprias, a Instituição já apoiava outras iniciativas educacionais, como o Movimento Brasilei-ro de Alfabetização (Mobral), do MEC. No ano seguinte, em parceria com o Bradesco, foi criado o Centro de Treinamen-to e Formação Profissional (Centrefor), núcleo de educação continuada voltado à qualificação de funcionários da Organi-zação. Já em 1977, a Fundação abriu sua primeira Escola na região Nordeste, em Irecê, no Estado da Bahia. Ao todo, na década de 1970, a Instituição inaugurou, além de Conceição do Araguaia (PA), Canuanã (TO) e Irecê (BA), as Escolas de Bagé (RS), Registro (SP), Laguna (SC), Campinas (SP), Parago-minas (PA) e Gravataí (RS). Assim, a Rede alcançou 10 Unida-des Escolares.

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  • Centro de Treinamento e Formação Profissional: Curso de Práticas Bancárias (imagem da década de 1980)

    Os anos de 1980 começaram com acontecimentos im-portantes. Em 1981, a Fundação Bradesco foi declarada En-tidade de Utilidade Pública Federal. Já em 1983, Amador Aguiar foi condecorado com a Ordem Nacional do Mérito Educativo, oferecida em reconhecimento à sua contribui-ção para a educação brasileira. Ao longo da década, o Sr. Aguiar passou a se dedicar ainda mais ao trabalho à frente da Fundação. Sempre que seus compromissos permitiam, visitava as Escolas de todo o País, ocasião em que ganha-va presentes e gestos de carinho dos alunos e das equipes. Além disso, viajava pelo Brasil para divulgar as atividades da Instituição, como forma de sensibilizar outros empresários a investir em iniciativas semelhantes. Também foram muitas as homenagens recebidas, entre elas a Medalha João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras, e a Legião de Honra, do Governo da França.

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  • Homenagens dos alunos a Amador Aguiar, década de 1980

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  • Amador Aguiar recebe a Medalha João Ribeiro, da Academia Brasileira de Letras, em 1985. À esquerda, o escritor Vianna Moog

    Em 1983, para celebrar seu 40º aniversário, o Brades-co realizou na Cidade de Deus uma exposição com objetos doados por clientes, acionistas, funcionários e admiradores de diversas regiões brasileiras. O sucesso dessa iniciativa foi tão grande que aquela mostra temporária transformou-se no Museu Histórico Bradesco. Por seu caráter educativo, o espaço passou a ser gerido pela Fundação, expandindo-se gradualmente em diversas frentes de atuação. Um ano de-pois, a Unidade Escolar de Osasco (SP) recebeu um visitante ilustre: Albert Sabin, cientista que desenvolveu a vacina con-tra a poliomielite, contribuindo para a redução da mortalida-de infantil, conheceu a Escola.

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  • Amador Aguiar inaugura a mostra “Bradesco, 40 anos de Trabalho”, que deu origem ao Museu Histórico Bradesco, em 10 de março de 1983

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  • Acompanhado de Amador Aguiar, Albert Sabin visita aEscola de Osasco (SP), em 1984

    Aliás, a Fundação Bradesco sempre foi referência para estudiosos e personalidades do Brasil e do exterior, interes-sados em saber mais sobre seus projetos. Em 1985, foi a vez da então primeira-dama da França, Danielle Mitterrand, visi-tar as obras da Unidade de Ceilândia (DF). No mesmo ano, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, teve início o Telecurso 2º Grau, destinado à Educação de Jovens e Adul-tos. No âmbito político, o Brasil assistia à transição do regi-me militar para a retomada democrática. Contudo, dias an-tes de assumir o cargo, o Presidente eleito Tancredo Neves faleceu. Em meio à comoção nacional, a Fundação custeou a construção do Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília (DF), projeto de Oscar Niemeyer doado ao patrimônio público em 1986, como um memorial aos per-sonagens e heróis que marcaram a história do Brasil.

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  • Aula do Telecurso 2º Grau, iniciado em 1985

    Amador Aguiar no Panteão da Pátria, doado pela Fundação ao patrimônio nacional, em 1986

    A década de 1980 representou o período de maior ex-pansão da Fundação em número de Unidades Escolares. De Norte a Sul do País, foram abertas 19 Escolas, oferecendo educação gratuita e de qualidade a milhares de brasileiros.

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  • Entre elas, destacou-se a Escola-Fazenda de Bodoquena (MS), instalada no Pantanal Sul-mato-grossense, no ano de 1986, em regime de internato. Em 1990, Amador Aguiar foi agraciado com o título de Presidente Emérito da Fundação Bradesco, em reconhecimento às décadas de dedicação e comprometimento com a Instituição. Pouco depois, em ja-neiro de 1991, o Sr. Aguiar faleceu em São Paulo (SP), aos 86 anos de idade. Sem dúvidas, deixou como maior legado a re-alização dos sonhos e a transformação das vidas de crianças, jovens e adultos de todo o Brasil, para os quais a Fundação significou e ainda significa a oportunidade para a construção de um futuro mais digno.

    Alunos da Escola de Bodoquena (MS), década de 1980

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  • Lázaro de Mello Brandão inaugura a Unidade Escolar de Osasco II (SP), em 1992

    Fincandoraízes

    (1992-2004)

  • Lázaro de Mello Brandão inaugura a Unidade Escolar de Osasco II (SP), em 1992

    Os anos de 1990 foram um período de consolidação e aperfeiçoamento das práticas pedagógicas e de gestão es-colar. À frente da Diretoria da Fundação Bradesco, Denise Aguiar Alvarez, neta de Amador Aguiar, assumiu a missão de prosseguir com o legado de seu avô. Nesse sentido, dedi-cou-se à melhoria da qualidade do ensino e deu continuida-de à expansão da Rede de Escolas.

    Em 1990, com a inauguração da Unidade Escolar de Vila Velha, no Espírito Santo, a Fundação chegou a todos os Esta-dos do Sudeste, que juntos possuem a maior quantidade de alunos beneficiados anualmente. No mesmo ano, ao iniciar as atividades da Escola de Caucaia, no Ceará, a Instituição também alcançou todo o Nordeste, região com mais Esco-las da Fundação Bradesco. Na década, foram inauguradas, ainda, as Unidades de Feira de Santana (BA), Pinheiro (MA), Osasco II (SP) e Marília (SP), além de Cuiabá (MT) e Aparecida de Goiânia (GO), que concretizaram a presença no Centro-Oeste. Dessa maneira, a Rede atingiu a marca de 37 Escolas.

    Em 1994, acompanhada por Lázaro de Mello Brandão, que sucedeu o Sr. Aguiar na Presidência da Fundação Bra-desco e do Conselho de Administração do Bradesco, a Sra. Denise apresentou a Escola de Campinas (SP) à Margaret Thatcher, ex-primeira-ministra do Reino Unido. Durante a vi-sita, em meio à recepção acalorada de alunos e professores, a postura rígida da “Dama de Ferro” cedeu espaço ao en-canto de conhecer o trabalho da Fundação. Outro avanço importante da Instituição naquela época foi a aproximação com movimentos da sociedade civil, multiplicando o poder transformador da educação. No ano de 1997, por exemplo, a Fundação Bradesco associou-se ao Futura, canal de televi-são dedicado a programas educativos.

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  • Ao lado de Lázaro de Mello Brandão, Denise Aguiar apresenta a Escola de Campinas (SP) à Margaret Thatcher, em 1994

    Em 1998, reafirmando seu compromisso com a inclusão plena, a Instituição lançou o primeiro Curso de Informática para Pessoas com Deficiência Visual do Brasil, que desde en-tão já formou milhares de alunos e multiplicadores. Por meio do software ledor Virtual Vision, iniciativa do Bradesco reco-nhecida pelo importante Smithsonian Award, tornou-se pos-sível navegar na Internet, editar arquivos de textos e realizar todas as funções dos sistemas operacionais comuns. No ano seguinte, foi criado o Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos, que consolidou a preocupação da Fundação Bra-desco com a educação de todos os públicos.

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  • Smithsonian Award 1999, dado ao Bradesco em reconhecimento ao software Virtual Vision

    Educação de Jovens e Adultos na Escola de Aparecida de Goiânia (GO), década de 1990

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  • A virada para o novo milênio representou mais uma eta-pa de grandes marcos institucionais. Logo no ano 2000, o Professor Bruce Scott visitou as Escolas e utilizou a Fundação como tema de um estudo de caso da Universidade de Har-vard, por vezes considerada a melhor do mundo. Em 2001, foi lançada a Escola Virtual, portal de ensino a distância que ampliou a oferta de cursos de qualificação, posicionando a Instituição na vanguarda do e-learning. Contudo, o aconte-cimento mais importante da primeira década do século XXI ocorreu em 2003, com a inauguração da Unidade Escolar de Boa Vista (RR), concretizando o sonho de Amador Aguiar de levar a Fundação Bradesco para todos os Estados brasileiros e o Distrito Federal. Já em 2004, a Escola do Jardim Concei-ção abriu suas portas em Osasco (SP), finalizando o ciclo de expansão física da Rede, que passou a contar com 40 Unida-des Escolares.

    Ao lado de João Cariello (à direita), Diretor já falecido que dedicou anos de sua vida à Fundação Bradesco, o Prof. Bruce Scott visita a Escola de

    Bodoquena (MS), em 2000 Unidades Escolares de Boa Vista (RR) e do Jardim Conceição, em Osasco (SP)

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  • Unidades Escolares de Boa Vista (RR) e do Jardim Conceição, em Osasco (SP)

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  • Denise Aguiar é eleita a “Educadora do Ano”, em 2005, pela Academia Brasileirade Educação. À direita da primeira foto, Carlos Alberto Serpa de Oliveira

    Trilhando o futuro

    (2005-2016)

  • Denise Aguiar é eleita a “Educadora do Ano”, em 2005, pela Academia Brasileirade Educação. À direita da primeira foto, Carlos Alberto Serpa de Oliveira

    Nos últimos anos, a Fundação Bradesco tem investido na consolidação de sua proposta educacional e na proposição de modelos inovadores que impulsionem os níveis de apren-dizagem e contribuam para a formação de alunos que sejam protagonistas de seus futuros e transformem positivamente a realidade em que vivem. Em 2005, trilhando os passos de seu avô, Denise Aguiar Alvarez foi homenageada com o Prêmio Fernando Azevedo de “Educadora do Ano”, importante reco-nhecimento oferecido pela Academia Brasileira de Educação.

    Um ano depois, as Escolas foram mobilizadas para as comemorações do Cinquentenário da Fundação Bradesco (1956-2006), com festividades e atividades culturais e educa-tivas. Durante esse ciclo comemorativo, a Instituição foi tema de outro estudo de referência da Universidade de Harvard, apresentado a universitários brasileiros, em 2007, pela Profes-sora Christine Letts, da John Kennedy School of Government. Naquele mesmo ano, em parceria com o Banco Bradesco, foi lançado o projeto Educa+Ação, iniciativa para compartilhar as práticas de excelência da Fundação com escolas públicas.

    Comemoração dos 50 anos da Fundação Bradesco, em 2006

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  • Christine Letts, professora da John Kennedy School of Government (Universidade de Harvard), apresenta estudo sobre a Fundação, em 2007

    Na década de 2010, a Instituição dedicou-se a reformas importantes para o ensino, buscando o fortalecimento insti-tucional e a expansão de horizontes aos alunos de todos os cursos. Entre as diversas ações empreendidas no período, destacaram-se a modernização da infraestrutura (que incluiu a ampliação das edificações, para atender às melhorias pro-postas para o Ensino Médio), o aumento do tempo de per-manência dos estudantes nas Escolas, a adoção de metodo-logias e parâmetros inovadores de avaliação e a definição de novas diretrizes curriculares para a Educação Básica.

    Em 2016, ao completar 60 anos de história, a Fundação Bra-desco reforçou seu comprometimento irrestrito com o futuro do Brasil. Ao longo dessas seis décadas de trajetória, a Instituição manteve-se alinhada aos princípios visionários de seu instituidor, que continua a inspirar a transformação de vidas, guiando os ca-minhos daqueles que se dedicam a ampliar seu legado.

    “Todos, em plena paz, são os anônimos artífices desta obra que é só nossa, exclusivamente nossa, com a marca da Fundação Bradesco”.

    Amador Aguiar

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  • Emoção e lembranças marcaram os 60 anos da Fundação

    Evento na Cidade de Deus para celebrar os 60 anos da FundaçãoBradesco, em 2016: na primeira foto, Denise Aguiar Alvarez, Lázaro

    de Mello Brandão e Luiz Carlos Trabuco Cappi festejam o aniversário em meio aos alunos; acima e à direita, Regina Devitte, antiga Diretora

    da Escola de Osasco (SP), emociona-se ao lembrar sua trajetória na Fundação; abaixo, momento de homenagem a Amador Aguiar

  • Em 22 de novembro de 2016, a Cidade de Deus foi palco de um evento marcado por momentos de muita emoção e lem-branças, em comemoração aos 60 anos da Fundação Bradesco. Estiveram presentes alunos, professores, inspetores e gestores das Escolas de Osasco I e II e do Jardim Conceição (SP), que re-presentaram toda a Rede. A solenidade também foi abrilhantada pela presença do Conselho de Administração do Bradesco, da Diretoria da Fundação e do Banco Bradesco, dos seis profes-sores há mais tempo na Instituição, de funcionários do Centro Educacional, de ex-alunos e de antigos colaboradores.

    A cerimônia teve início com a execução do Hino Na-cional pela orquestra do Jardim Conceição. Na sequência, Lázaro de Mello Brandão – Presidente do Conselho de Ad-ministração do Bradesco e da Mesa Regedora da Fundação Bradesco – fez um inesquecível pronunciamento sobre a im-portância da educação para o desenvolvimento do Brasil. Em seguida, Luiz Carlos Trabuco Cappi – Diretor-Presidente do Bradesco e Vice-Presidente da Mesa Regedora da Fundação – valorizou o trabalho de todos aqueles que contribuem dia-riamente para essa jornada de transformação de vidas.

    A solenidade continuou com uma bela homenagem à memória de Amador Aguiar, reverenciada com a exibição de um mosaico de fotos e de vídeos inéditos, que permitiram aos presentes aproximarem-se ainda mais do visionário instituidor da Fundação Bradesco e fundador do Banco. Esse momen-to emocionante foi coroado pelas palavras de Denise Aguiar Alvarez – Diretora da Fundação e membro do Conselho de Administração –, que destacou o legado de seu avô e o papel exercido pela Instituição no presente e no futuro do País.

    O evento prosseguiu com apresentações da orquestra e dos corais das Escolas de Osasco (SP), exibições de imagens his-tóricas de todas as Unidades Escolares e homenagens aos alu-

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  • nos egressos, aos professores e aos antigos colaboradores que participaram desses 60 anos. Em meio a discursos emocionantes e inspiradores, todos puderam reafirmar os laços indissolúveis entre a Fundação e suas vidas. Contando com momentos de muita diversão, protagonizados por artistas circenses que encan-taram crianças e adultos, a cerimônia foi encerrada pelas milha-res de vozes que entoaram o “Parabéns para você”. Ao cortarem o bolo e entregarem o primeiro pedaço a uma jovem aluna, o Sr. Brandão, a Sra. Denise e o Sr. Trabuco simbolizaram a passagem desse legado inigualável para as próximas gerações, perpetuan-do a continuidade da nobre missão da Fundação Bradesco.

    Além disso, atividades comemorativas foram realizadas pelas demais Unidades Escolares. Entre elas, o resgate da memória fotográfica das Escolas, apresentações artísticas e culturais e celebrações conjuntas envolvendo todos os mem-bros da comunidade escolar, que fortaleceram os sentimen-tos de pertencimento e identidade. Cápsulas do tempo, com registros históricos do presente e os desejos e sonhos dos alunos para o futuro, também foram lacradas e serão abertas em 2026, quando a Fundação completará 70 anos.

    Alunos e funcionários da Escola de Manaus (AM) preparam sua cápsula do tempo

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  • Linha do tempo (1956-2016)

    1956

    Fundação São Paulode PiratiningaIdealizada por Amador Aguiar, foi

    criada a Fundação São Paulo de

    Piratininga, Instituição filantrópica

    renomeada para Fundação

    Bradesco nos anos seguintes.

    1962Primeira EscolaO Grupo Escolar Embaixador Assis

    Chateaubriand, primeira Escola

    da Fundação, foi inaugurado na

    Cidade de Deus, para atender

    filhos de funcionários e crianças

    que viviam na vizinhança da matriz

    do Banco. Na época, a região de

    Osasco (SP), recém-emancipada

    da capital paulista, ainda era muito

    deficitária na oferta de serviços

    para a população.

    1967Nova denominaçãoA Fundação São Paulo de

    Piratininga passou a ser

    denominada Fundação Bradesco,

    inaugurando um novo ciclo de

    expansão e crescimento.

    1970 Top ClubLançamento do Top Club Bradesco,

    seguro com renda destinada à

    Fundação Bradesco.

    1970Formação profissionalA Fundação Bradesco passou

    a oferecer o Curso Técnico em

    Programação de Computadores,

    seu primeiro curso de formação

    profissional e pioneiro do gênero

    na América Latina.

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  • 1972PecplanEm 1972, o Banco adquiriu a

    Pecplan S.A. – Pecuária Planejada,

    incorporada como divisão da

    Fundação Bradesco no ano de 1974.

    Dedicava-se ao desenvolvimento

    da pecuária nacional, por meio da

    inseminação artificial e de cursos

    pioneiros de formação na área.

    1975Entidade de Fins FilantrópicosA Fundação Bradesco foi

    reconhecida como Entidade de Fins

    Filantrópicos pelo antigo Conselho

    Nacional de Serviço Social.

    1976CentreforCriado o Centro de Treinamento e

    Formação Profissional – Centrefor,

    mantido pela Fundação e voltado

    à qualificação dos funcionários da

    Organização Bradesco.

    1971Expansão nacionalCom a inauguração da Unidade

    Escolar de Conceição do Araguaia

    (PA), teve início a expansão da

    Fundação Bradesco para todo o

    Brasil.

    1972Dia Nacional de Ação de GraçasPor iniciativa de Amador Aguiar,

    foi comemorado em novembro

    o primeiro Dia Nacional de Ação

    de Graças na Cidade de Deus,

    com a participação dos alunos da

    Fundação Bradesco.

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  • 1981Entidade de Utilidade Pública FederalA Fundação Bradesco foi declarada

    Entidade de Utilidade Pública

    Federal.

    1983Museu Histórico BradescoNas comemorações dos 40 anos do

    Banco, o Museu Histórico Bradesco

    foi inaugurado na Cidade de

    Deus, com a missão de preservar e

    difundir a memória da Organização.

    1985TelecursoInício do Telecurso 2º Grau na rede de Escolas, via teleducação.

    1986Panteão da PátriaInauguração do Panteão da Pátria

    Tancredo Neves em Brasília (DF),

    projetado por Oscar Niemeyer e

    doado ao patrimônio nacional pela

    Fundação Bradesco.

    1997

    Canal FuturaA Fundação Bradesco associou-se

    ao Projeto Futura, o Canal do

    Conhecimento.

    1998Inclusão de Deficientes VisuaisInício do primeiro Curso de

    Informática para Pessoas com

    Deficiência Visual do Brasil,

    utilizando o software Virtual Vision,

    distribuído gratuitamente pelo

    Bradesco.

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  • 2003Em todos os EstadosCom a inauguração da Unidade

    Escolar de Boa Vista (RR), a

    Fundação Bradesco passou a atuar

    em todos os Estados do Brasil e no

    Distrito Federal.

    2003VoluntariadoPrimeira edição do Dia Nacional

    de Ação Voluntária, que envolveu

    4 mil voluntários em todo o

    Brasil e realizou mais de 100 mil

    atendimentos.

    2004Centro de Inclusão DigitalInaugurado o primeiro Centro de

    Inclusão Digital (CID) do Brasil,

    em Cacoal (RO), com o objetivo

    de promover a inclusão digital de

    comunidades.

    1999Alfabetização de Jovense AdultosImplantado o Programa de

    Alfabetização de Jovens e Adultos.

    2000Case na HarvardBusiness SchoolApós a visita do Prof. Bruce Scott,

    a Fundação Bradesco foi tema de

    case na Harvard Business School,

    universidade dos Estados Unidos.

    2001Escola VirtualLançamento da Escola Virtual, o

    portal de ensino a distância da

    Fundação Bradesco.

    39

  • 200650 anosA Fundação Bradesco comemorou

    50 anos de atuação.

    2007Educa+AçãoInício do projeto Educa+Ação,

    iniciativa lançada pelo Bradesco e

    pela Fundação Bradesco para elevar

    o desempenho educacional de

    alunos da rede pública de ensino.

    2007John Kennedy Schoolof GovernmentA Fundação Bradesco foi tema de

    estudo da John Kennedy School

    of Government, da Universidade

    de Harvard. O trabalho foi

    apresentado no Brasil pela Prof.ª

    Christine Letts, durante o ciclo

    comemorativo dos 50 anos.

    2012Fortalecimento institucionalA Fundação consolidou reformas

    importantes para a continuidade

    de seu ensino de excelência, o

    fortalecimento institucional e a

    ampliação de horizontes e de

    realizações para alunos de todos os

    cursos.

    201660 anosAo comemorar 60 anos, a

    Fundação Bradesco reafirmou o

    compromisso com a inovação, a

    ética e a qualidade de seu projeto

    educacional inclusivo.

    40

  • Inaugurações das Escolas

    1962Escola de Osasco I (SP)

    1971Escola de Conceição do

    Araguaia (PA)

    1973Escola de Canuanã (TO)

    1974Escola de Bagé (RS)

    Escola de Registro (SP)

    Escola de Laguna (SC)

    1975Escola de Campinas (SP)

    1977 Escola de Paragominas (PA)

    Escola de Irecê (BA)

    1979Escola de Gravataí (RS)

    1982Escola de Teresina (PI)

    Escola de Rosário do Sul (RS)

    41

  • 1983Escola de Jaboatão (PE)

    Escola de Itajubá (MG)

    Escola de Cacoal (RO)

    1984Escola de São Luís (MA)

    1985Escola de Macapá (AP)

    Escola de São João del-Rei (MG)

    Escola de Salvador (BA)

    Escola de Manaus (AM)

    1986Escola de Bodoquena (MS)

    Escola de Ceilândia (DF)

    1987Escola de Paranavaí (PR)

    Escola do Rio de Janeiro (RJ)

    Escola de Propriá (SE)

    1988Escola de Garanhuns (PE)

    1989Escola de Maceió (AL)

    Escola de Natal (RN)

    Escola de João Pessoa (PB)

    42

  • 1990Escola de Vila Velha (ES)

    Escola de Feira de Santana (BA)

    Escola de Pinheiro (MA)

    Escola de Caucaia (CE)

    1992Escola de Osasco II (SP)

    1994Escola de Marília (SP)

    1995Escola de Cuiabá (MT)

    1999Escola de Aparecidade Goiânia (GO)

    2001Escola de Rio Branco (AC)

    2003Escola de Boa Vista (RR)

    2004Escola do Jardim Conceição,

    Osasco (SP)

    43

  • Além das Escolas acima, que permanecem em funcio-namento, a Fundação Bradesco manteve estabelecimentos rurais que foram descontinuados, em virtude do reposicio-namento de sua atuação e da abertura de outras Unidades Escolares:

    1971 Escola Rural de Capra (PA)1975 Escola Rural de Uberaba (MG)1979 Escola Rural Rio Capim (PA)1979 Escola Rural do Sul da Bahia, Una (BA)1981 Escola Rural de Rio Dourado (PA)1981 Escola Rural Vale do Gurupi (PA)1984 Escola Rural Pagrisa (PA)

    44

  • CréditosRealização

    Fundação Bradesco | Museu Histórico Bradesco

    ImagensAcervo do Museu Histórico Bradesco

    Acervo do Banco Bradesco

    Projeto gráficoFundação Bradesco | Rel. Institucionais | Prod. Editorial

    Museu Histórico BradescoCidade de Deus s/n.º – Osasco (SP)

    +55 (11) [email protected]