Fund.filosofia e sociologia

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FUNDAMENTOS DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIA A perspectiva sociológica

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FUNDAMENTOS DE FILOSOFIA E SOCIOLOGIAA perspectiva sociológica

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1.O QUE É SOCIOLOGIA?

Podemos estabelecer, com bastante tranqüilidade o surgimento da sociologia no século XIX, como decorrência da necessidade dos homens de compreender os inúmeros problemas sociais que estavam aparecendo, em proporções nunca vistas devido à industrialização iniciada no século XVIII. O estudo da sociologia também pode ser compreendido como estudo científico da sociedade e sua influência com o comportamento humano.

Para este estudo os sociólogos utilizam métodos científicos na abordagem dos diversos fenômenos sociais existentes nas diferentes sociedades humanas. Dentro desta perspectiva, um dos principais objetivos é identificar aquilo que não está evidente, que não parece claro, e quais os padrões e as influências do comportamento social ativo. Para aquele que apresenta um pensar sociológico e uma análise do fenômeno social.

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Conceitos dos seguintes tópicos para um melhor entendimento da sociologia:

interação social;estrutura social;grupos e subgrupos sociais; status e papel;mobilidade social, trabalho e desigualdade.

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INTERAÇÃO SOCIAL

Aspecto mais importante da interação social é que ela provoca uma modificação de comportamento nos indivíduos envolvidos, como resultado do contato e da comunicação que se estabelece entre eles. Desse modo, fica claro que o simples contato físico não é suficiente para que haja interação social. Por exemplo, se alguém se senta ao lado de outra pessoa num ônibus, mas ambos não conversam, não está havendo interação social (embora a presença de uma das pessoas influencie, as vezes, um pouco o comportamento da outra).

Os contatos sociais e a interação, constituem, portanto, condições indispensáveis a associação humana. Os indivíduos se socializam através dos contatos e da interação social.A interação social pode ocorrer entre uma pessoa e outra, entre uma pessoa e um grupo ou entre um grupo e outro:pessoa ↔ pessoa pessoa ↔ grupo Grupo ↔ grupo A interação assume formas diferentes. A forma que a interação social assume chama-se relação social. Um professor dando aula tem um tipo de relação social com seus alunos, a relação pedagógica. Da mesma forma, uma pessoa comprando e outro vendendo, estabelecem uma relação econômica. Além dessas, as relações sociais podem ser políticas, religiosas, culturais, familiares e etc.A forma mais típica de interação social, é aquela em que há influência recíproca entre os participantes. Mas alguns autores falam de interação social quando apenas um dos elementos influência o outro. Isso acontece quando um dos polos de interação está representado por um meio de comunicação apenas físico, como a televisão ou o livro. Ocorre, nesse caso, uma interação não recíproca. Neste tipo de interação, apenas um dos lados influência o outro.

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ESTRUTURA SOCIAL

Partindo da constatação de que os membros e os grupos de uma sociedade e praticados entre si, a 'estrutura social' refere-se à colocação e à posição de indivíduos e de grupos dentro desse sistema. Em outras palavras, o agrupamento de indivíduos, de acordo com as posições que resultam dos padrões essenciais de relações de obrigação, constitui a 'estrutura social' de uma sociedade (Cf. Brown e Barnett).A realidade social revela padrões, ou estruturas, que dá a cada um de nós, um sentido para o lugar ao qual pertencemos, o que se espera que façamos, e como nós devemos pensar e agir. Embora a realidade social não tenha a organização de uma colmeia, ela não deixa de ser organizada; se não o fosse, não saberíamos como agir, e constantemente ficaríamos incertos às prováveis reações dos outros. Sem estrutura, o mundo social é o caos. Desde que os homens deixaram a caça e a colheita como modo de subsistência, eles nunca mais alcançaram o mesmo equilíbrio entre a liberdade e a autonomia, por um lado, e a ordem e a estabilidade por outro lado. A vida social é um constante cabo de guerra entre o nosso desejo de ser livre e a nossa necessidade de ser parte da estrutura social. Estrutura social é, definitivamente, composta de status, que é o lugar que ocupamos, em um sistema de posições interligadas.

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GRUPOS E SUBGRUPOS SOCIAIS

A interdependência humana significa basicamente o inter-relacionamento dos indivíduos por meio de suas ações sociais. Existe organização social na medida em que essa ações sejam orientadas por normas, que os indivíduos podem seguir ou desrespeitar. Na primeira hipótese, contribuem para manter a ordem social; na segunda, provocam a desordem.”O último aspecto da interdependência diz respeito ao conceito de grupo social. O que é um grupo social? Para ser um grupo tem que: 1. POSSUIR RELAÇÕES ESTÁVEIS E DURADOURAS.2. DEVEM TER EM CERTO GRAU RELAÇÕES DE COOPERAÇÃO. Pode haver situações de conflito mas é preciso ter um mínimo de cooperação em vistas a certos objetivos. Ex: os detentos podem viver em situação de conflito mas devem manter o mínimo de cooperação para suportar aquela situação. 3. A cooperação diz respeito a existência de normas que orientem as ações dos indivíduos.4. DISTINGUIR OS QUE FAZEM PARTE DELE, DAQUELES QUE NÃO FAZEM PARTE DELE.

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STATOS E PAPEL SOCIAL

Apesar de semelhantes, os conceitos de status e papel social definem duas coisas distintas no campo de estudos da Sociologia. Por isso, precisamos saber qual a utilidade de cada um desses conceitos e que tipo de informação eles nos repassam. Em primeiro lugar, é de suma importância apontar que tais conceitos são necessários para uma análise um tanto mais profunda da pirâmide social que organiza algumas coletividades.

A ideia de status social está ligada às diferentes funções que um sujeito pode ocupar no interior da sociedade em que vive. Se o compreendermos como um sujeito oriundo das classes médias, por exemplo, podemos enxergar quais hábitos, vínculos e funções que podem definir seu status no meio em que vive. Para tanto, avaliamos qual tipo de posto de trabalho ocupado, os locais de lazer frequentados, o partido político ao qual está filiado e sua posição no núcleo familiar.

Para se estabelecer uma definição mais bem acabada sobre os diferentes tipos de status que uma pessoa pode ter, os estudos sociológicos costumam grifar a existência de dois tipos de status: o status atribuído, em que alguém ocupa determinada posição independente de suas próprias ações (como “irmão mais velho” ou “filho de empresário”); e o status adquirido, situação em que a pessoa age em favor de certa condição (como “especialista” ou “criminoso”).

Nesse momento, o conceito de papel social aparece justamente para explicar quais seriam os direitos e deveres que uma pessoa tem ao ocupar um determinado status social. Dessa forma, vemos que o papel social envolve todo o tipo de ação que a própria sociedade espera no momento em que um de seus integrantes ocupa certo status. Exemplificando de forma simples, podemos dizer que o médico deve salvar vidas, a mãe cuidar de seus filhos e o professor repassar conhecimento para os alunos.

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Na compreensão de algumas culturas, a relação entre o status e o papel social pode nos mostrar algumas diferenças bastante interessantes. Realizando um contraponto entre duas sociedades, é possível analisar que indivíduos com status sociais semelhantes são levados a desempenhar diferentes funções. Um exemplo disso pode ser notado quando pensamos em um curandeiro de uma tribo indígena e o médico de alguma sociedade capitalista.

Enquanto o primeiro vive em contato com a comunidade e se utiliza de rituais religiosos para cumprir a função de curar pessoas, esperamos que um médico esteja em um consultório e que domine o uso de uma série de procedimentos científicos para realizar essa mesma tarefa. Assim, vemos que status e papel social são ferramentas teóricas de suma importância para o desenvolvimento de vasto leque de temas e objetos da Sociologia.

Na compreensão de algumas culturas, a relação entre o status e o papel social pode nos mostrar algumas diferenças bastante interessantes. Realizando um contraponto entre duas sociedades, é possível analisar que indivíduos com status sociais semelhantes são levados a desempenhar diferentes funções. Um exemplo disso pode ser notado quando pensamos em um curandeiro de uma tribo indígena e o médico de alguma sociedade capitalista.

Enquanto o primeiro vive em contato com a comunidade e se utiliza de rituais religiosos para cumprir a função de curar pessoas, esperamos que um médico esteja em um consultório e que domine o uso de uma série de procedimentos científicos para realizar essa mesma tarefa. Assim, vemos que status e papel social são ferramentas teóricas de suma importância para o desenvolvimento de vasto leque de temas e objetos da Sociologia.

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Mobilidade SocialA mobilidade social é um campo de estudo da sociologia bastante usado para a compreensão das formas pelas quais os diferentes grupos humanos diferenciam os integrantes de uma mesma cultura. De forma mais específica, a mobilidade tem a importante função de pensar as vias e possibilidades de troca, ascensão ou rebaixamento que um determinado indivíduo possui no meio em que estabelece suas relações.Em algumas sociedades a questão da mobilidade é tida como inexistente, principalmente naqueles casos em que a posição de um indivíduo é preservada ao longo de toda a sua existência. Na ausência de mobilidade, alguns estudiosos costumam classificar uma sociedade como estratificada. Um dos mais reconhecidos exemplos utilizados para esse tipo de situação é observado no interior da sociedade feudal, onde clérigos, nobres e servos dispunham de uma mesma posição ao longo da existência.

DESIGUALDADE SOCIAL

A chamada classe social nada mais é que a divisão de pessoas feita a partir do seu status social e de outros fatores ligados a ele. É resultado da forma com que as pessoas viviam desde o período da Idade Média quando havia os estamentos, formação de camadas sociais, onde os senhores feudais e o clero eram “os indivíduos da classe alta", os servos “os indivíduos da classe baixa”, porém adaptadas à situação do seu momento histórico.

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Sociologia da Educação Ana Maria F. Almeida; Heloísa Helena T. de Souza Martins

A sociologia da educação é uma disciplina que estuda os processos sociais do ensino e da aprendizagem. Tanto os processos institucionais e organizacionais nos quais a sociedade se baseia para prover educação a seus integrantes, como as relações sociais que marcam o desenvolvimento dos indivíduos neste processo são analisados por esta disciplina.A Sociologia da Educação é a vertente da sociologia que estuda a realidade socioeducacional e os processos educacionais de socialização. Tem como fundadores ÉMILLE DURKHEIM, KARL MARX e MAX WEBER. Durkheim é o primeiro a ter uma Sociologia da Educação sistematizada em obras como Educação e Sociologia, A Evolução Pedagógica na França e Educação Moral.A Sociologia da Educação oportuniza aos seus pesquisadores e estudiosos compreender que a educação se dá no contexto de uma sociedade que, por sua vez, é também resultante da educação. Também oportuniza compreender e caracterizar a inter-relação ser humano/sociedade/educação à luz de diferentes teorias sociológicas.A Associação Internacional de Sociologia possui o Comitê de Pesquisas em Sociologia de Educação desde 1971.No Brasil, um dos pioneiros na Sociologia da Educação foi Fernando Azevedo, signatário do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova em 1932, responsável pela Reforma do Ensino no então Distrito Federal (1927). Foi ainda um dos intelectuais responsáveis pela fundação da Universidade de São Paulo - USP em 1934.

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O estudo de sociedades culturalmente diferentes oferece ferramentas importantes nesta análise. O conhecimento de como diferentes culturas se reproduzem e educam seus indivíduos permite uma aproximação dos processos mais estruturais que compõem a educação de uma forma mais ampla. A sociologia da educação é a extensão da sociologia que estuda a realidade socioeducacional. Oportuniza aos pesquisadores compreender que a educação se dá no contexto da sociedade, e não apenas na sala de aula, caracterizando a relação que há entre ser humano, sociedade e educação através de diferentes teorias sociológicas.Segundo Durkheim, a sociologia da educação serveria para os futuros professores para uma nova moral laica e racionalista, sem influência religiosa.A sociologia da educação começou a se consolidar por Marx e Engels, como o pensamento sobre as sociedades de seu tempo, criando uma relação de educação e produção. As concepções deles têm como início a revolução industrial, criando a educação politécnica, que combina a instituição escolar com o trabalho produtivo, acreditando que dessa relação nasceria um dos mais poderosos meios de transformação social.Em suma, a sociologia foi criada pela necessidade do sistema capitalista, fazendo a junção do conhecimento ao trabalho para assim ter uma obtenção maior de lucro no trabalho e na produção.A importância da Sociologia para os futuros docentes está,especialmente, em fornecer-lhes instrumentos para a análise da sociedade, ajudá-los a pensar o lugar da educação na ordem social e a compreender as vinculações da educação com outras instituições (família, comunidade, igrejas, dentre outras). Isso significa tornar mais claros os horizontes de sua prática profissional e sua relação com a sociedade histórica e contemporânea.