Fungos Oportunistas.pptx
-
Upload
danielle-viana -
Category
Documents
-
view
81 -
download
5
Transcript of Fungos Oportunistas.pptx
Microrganismos oportunistas Patol.: Diz-se dos microrganismos que vivem no meio ambiente ou que fazem parte da microbiota do organismo humano, habitualmente não-patogênicos ou pouco patogênicos, mas que podem ser causa de doença grave quando as defesas locais ou sistêmicas do hospedeiro estão diminuídas.
Rey . Dicionário de Termos Técnicos de Medicina e Saúde 2007. p. 491.
AUMENTO DE INDIVÍDUOS IMUNOCOMPROMETIDOS
Klepser. J Clin Care 2010, xx: xxx-xxx.
Sullivan et al. Fungi 2005, Chap 7, p. 171-90.
•Transplantes
•Quimioterapia e Radioterapia
•Infecção pelo HIV/AIDS
•Prematuros e Idosos
•Uso de antibióticos de amplo espectro e corticóides
•Procedimentos Médicos Invasivos Múltiplos (cateter venoso central, sondas vesicais, tubos endotraqueais)
•Queimados
•Cirurgias Extensas
Klepser. J Clin Care 2010, xx: xxx-xxx.
Principais Fungos Oportunistas entre indivíduos submetidos a transplantes de órgãos sólidos e células tronco hematopoiéticas:
•Comensais nos seres humanos
•Coloniza a pele, trato gastrointestinal (TGI), uretra e vagina
•Presente em vários ambientes. Isolada de primatas, animais domésticos, marsupiais e pássaros
•Mais freqüente causa de infecções fúngicas invasivas em todo o mundo
• 4º mais comum agente etiológico de infecções sangüíneas nosocomiais
Steinbach. Clin Microbiol Infect 2010, 16 (9): 321-7.
Solonkim. Fungal Infections in the immunocompromised patient 2005, 10, p. 257-78.
Cannon & Chaffin. Crit Rev Oral Biol Med 1999, 10 (3): 359-83.
•Candidíase Cutâneo-Mucosa (pele, unhas, mucosas orofaríngeas e genitais) (mudanças na hidratação, pH, nutrientes, microbiota)
a) Candidíase intertriginosa = extensão de vulvovaginite ou balanopostite ou origem primária (exsudação excessiva, maceração, obesos, alcóolotras, etc
b) Onicomicose c) Vulvovaginites
d) Balanopostite
Gravidez
Contraceptivo oral
Diabetes mellitus
Corticóide, coito, vestimenta inadequada
Candidíase oral = porta entrada para candidíase orofaringeanas, esofágicas, laringeanas e sistêmicas
Infecção Fúngica mais frequente em paciente HIV-positivo. Pode atingir até 94% dos indivíduos infectados, pelo HIV. A candidíase oral pode ser um marcador da progressão da doença e preditivo para o aumento da imunossupressão
Pseudomembrana
ou “sapinho”
Queilite angular
•Candidíase Sistêmica ou Invasiva
Steinbach, W.J. Clin Microbiol Infect 2010, 16 (9): 321-7.
Sidrim & Rocha. In: Micologia Médica à luz de autores contemporâneos 2004, 25, p. 265-74.
Candidemia
Infecção disseminada: cérebro, rim, coração, globo ocular, fígado, pulmão, entre outros
Infecção localizada em órgão internoMortalidade
33 - 54%
CANDIDÍASE INVASIVA
Eggimann et al The Lancet Infect 2003 (3). Adaptado
72% de todas infecções fúngicas nosocomiais
CANDIDÍASE INVASIVA
Micobiota endógena é a principal fonte de infecção
Epitélio Intestinal: Porta de Entrada para a maior parte das infecções sistêmicas
Casadevall & Pirofski. Journal of Critical Care 2009, 7: s2-s18.
Douglas. Trends in Microbiol 2003, 11(1): 30-6. Adaptado
Cateter Venoso Central
Mãos dos Profissionais de Saúde
Veia central
Cateter Venoso Central
É CIRURGICAMENTE IMPLANTADO E SE COMUNICA DIRETAMENTE A UMA VEIA CENTRAL QUE DESEMBOCA DIRETAMENTE NO CORAÇÃO USADO PARA ADMINISTRAÇÃO DE FLUIDOS E NUTRIÇÃO PARENTERAL, ASSIM COMO MEDICAMENTOS CITOTÓXICOS
CANDIDÍASE INVASIVA
1 – Colonização
2 – Infecção Superficial
3 - Infecção Profunda
4- Infecção Disseminada
Ostrosky-Zeichner. Diagnosis of Fungal Infections 2007, 9: 221-39. (Adaptado)
Nucci & Nouer. Dinâmica das Doenças Infecciosas e Parasitárias 2005, 105: 1247-52.
Luz do trato gastrointestinal
Neonato adquire candida pela transmissão vaginal no parto ou na gestação
Imunocomprometimento
Quimioterapia = lesão na mucosa
↑ colonização = antibióticos
Esse processo infeccioso envolve diversos fatores de virulencia de Candida como adesinas, enzimas hidrolíticas, formação de hifas
•Fatores de Virulência
capacidade de crescer a 37ºC
Formação hifas e pseudo-hifas
Metabólitos = manifestações alérgicas
Produção de mananas = depressão da imunidade celular
Lipase, proteinase
Aderência (mananoproteínas)
1 – U.F. Santa Maria
2 – U.F. Paraná
3 – U.F. São Paulo
4 – Hospital Servidor Público
5 – Unicamp
6 – USP- Ribeirão Preto
7 – F.M.S. J Rio Preto
8 – UFRJ
9 – Hospital Lagoa
10 – Vitória
11 - Brasília
Março/2003 a Dezembro/2004
712 candidemias
Karkowska-Kuleta et al. Acta Biochim Pol 2009, 56(2): 211-24.
Berman. Curr Opin Microbiol 2006, 9 p. 595-601.
As diferentes morfologias contribuem para a
sobrevivência em diferentes habitats
I - Demonstração do fungo no
material clínico
KOH 10-40%
Gram
Estruturas globosas em brotamento (blastoconídios) + Pseudo-hifas e hifas verdadeiras (C.albicans)
DIAGNÓSTICO
II – Isolamento em Cultura
•Meios micológicos de rotina, Sabouraud (S), S + cloranfenicol (c), S + c + cicloheximida à 25-30ºC, 24-72 hs.
Colônias glabrosas, cerebriformes branco-amarelada a laranja
Conídios distribuídos a grandes distâncias pelas correntes de ar
Ar -1 a 100/m3
Rotineiramente inalados
Penetram no trato respiratório inferior
Osherov. In: New Insights in Medical Mycology 2007, Chap 8: 185-212.
Sullivan et al. In: Fungi: Biology and Applications 2005, v. 7, p. 171-90.
Ubíquos
Saprófitas
Aspergillus spp.
•Das 250 espécies aproximadamente 40 podem causar infecção no homem:
•A. fumigatus (90%), A. niger, A. terreus, A. flavus e A. nidulands
Abad et al. Rev Iberoam Micol 2010, 27(4): 155-82..
Osherov. New Insights in Med Mycol 2007, Chap. 8: 185-212.
Intenso competidor da microbiota do soloPapel vital na riciclagem do C e N, suportando condições adversas de
temperatura, pH e nutrientes
Aspergillus fumigatus adapta-se bem a uma ampla variedade de condições climáticas e ambientais. O conídio do fungo pode ser isolado desde os ventos do Sahara até na neve da Antártica
Aspergillus spp. é o agente mais freqüente das infecções invasivas por fungos filamentosos (IIFF)
75% das IIFF em pacientes com neoplasias hematológicas
Askew. Curr Opin Microbiol 2008, 11: 331-7.
Steinbach et al. Fungal Infections in the immunocompromised patient. 2005, 10, p. 257-78.
Sullivan, et al. Fungi: Biology and Applications. 1ª ed. Ireland: Kavanagh. 2005, 7, p. 171-90.
Pacientes sob Risco de Aspergilose Invasiva
Neutropenia profunda
↓ 100 células/mm3
(1800 a 7500 células/mm3) e prolongada (↑ 14 dias)
Terapia imunossupressiva para transplantes
de órgãos
Altas doses de corticóides
Terapia citotóxica antineoplásica
Mortalidade ↑ 85%
Cornel et al. Clin Microbiol Infec 2003; 9(12): 1224-7.
Corte histológico de pulmão de um paciente com aspergilose invasiva fulminante primária no pulmão com disseminação para outros órgãos
•Aspergilose Cutânea
Inoculação primária (indivíduos queimados) ou disseminação hematogênica
•Onicomicose Não são queratinofílicos, Unhas que sofrem traumatismos, lesões eczematosas, psoríase = resíduos orgânicos
•Otomicose Aspergilar Lesões eczematosas: uso de antimicrobianos e corticóides. Prurido, desconforto e corrimento
•Aspergilose broncopulmonar alérgica, Alveolite alérgica, asma e sinusite aspergilar alérgica
Reações de hipersensibilidade imune a antígenos de Aspergillus
Sherif & Segal. Current Opin Pulm Med 2010, 16: 242-50.
Osherov. New Insights in Med Mycol 2007, Chap. 8: 185-212.
Greenberger. J Allergic Clin Immunol 2002; 110: 685-92.
FORMAS CLÍNICAS
Aspergilose cutânea em paciente neonato Onicomicose
Aspergillus fumigatus
Aspergilose cutânea em paciente queimado Sinusite alérgica
Aspergiloma Crescimento fúngico em cavidades pulmonares ou no seio nasal pré-existentes (tuberculose, sarcoidose,
entre outros)
Aspergilose Invasiva Neoplasias hematológicas, transplantados de células tronco hematopoiéticas e de órgãos sólidos
Pulmões e Seios Nasais (90% dos casos)
Sherif & Segal. Current Opin Pulm Med 2010, 16: 242-50.
Osherov. New Insights in Med Mycol 2007, Chap. 8: 185-212.
Greenberger. J Allergic Clin Immunol 2002; 110: 685-92.
FORMAS CLÍNICAS
Figure 1 – Left axial proptosis and restricted ocular motility.
Figure 2 – Magnetic resonance of the brain showing a hypointense lesion involving the left orbit and invading the cavernous sinus and the left internal carotid artery.
HIV+CD4+ = 39 céls/µL(800-1500)
Perda da acuidade visual e sinusite crônica
Mulher 51 anos com massa pulmonar e nódulos
subcutâneosAgricultora dos 11-18 anos
Trigo, cevada, arroz
DIAGNÓSTICO
Hifas hialinas, regulares, septadas, mostrando dicotomia com ângulo
agudo
Exame direto a fresco de amostras biológicas: pus, escarro, raspado de lesões, lavado brônquico1 gota KOH 10% sobrepondo uma lamínula
Conidióforo liso, com vesícula hemiesférica e uma só série de fiálides localizada nos ¾ superiores da vesícula. Conídios globosos
Isolamento em Cultura
Sabouraud, Sabouraud + cloranfenicol , Sabouraud + cloranfenicol + cicloheximida
25-30°C características macro e micromorfológicas
Aspergillus fumigatus
(a) Inicialmente as colônias são brancas e algodonosas. Após alguns dias tomam coloração cinza-esverdeada e se tornam mais veludosas.
(b) Reverso incolor, amarelo ou preto
a b
Exame Histopatológico
Hifas hialinas, regulares, septadas,
mostrando dicotomia com ângulo agudo
Cabeças aspergilares em lesões aeradas como aspergilomas, lesões
superficiais em grandes queimados, otomicoses
•Levedura globosa ou ovalada com brotamento único
ou múltiplo
•Cápsula polissacarídica: glucuronoxilomanana (GXM) e galactoxilomanana (GalXM)
•Antes da epidemia HIV/aids era pouco comum: neoplasias hematológicas, transplantes e uso de corticóide
•Início da epidemia 12% dos indivíduos com AIDS
•Após terapia antiretroviral (TARV): menor incidência nos países desenvolvidos
Nguyen et al. J Infect 2010, xx, 1-8.Zaragoza et al. Adv Apppl Microbiol 2009, 68: 133-216.
Fatores de Virulência
•Termotolerância a 37ºC
•Síntese de melanina
•Presença de cápsula = inibem a fagocitose, consomem complemento, neutralizam opsoninas
Cápsula Principal fator de virulência
•Resistencia a condições de stress (desidratação)
•interação com o ambiente
• propriedades imunomodulatórias
• evasão imune
•sobrevivência dentro do hospedeiro
Guidelines in criptococosis – 2008. Rev Soc Bras Med Trop 2008, 41(5): 524:44.
Lazera et al. Dinâmica das Doenças Infecciosas e Parasitárias. 2005, 103, p.1223-35.
Cryptococcus neoformans
Cosmopolita: Brasil (S e SE) - distribuição urbana
Excretas secas de aves
Ocos de árvores (madeira em decomposição): fícus, cássia rosa, amarela, cacaueiro
habitats de pombos em ambientes urbanos pois as excretas secas oferecem ao fungo uréia e creatinina.
Inalação de leveduras desidratadas 5 µm alcançando os alvéolos
Regressão
Infecção com eliminação do fungo
Focos granulomatosos latentes que podem ser reativados anos após
devido a um imunocomprometimento
Regressão
Infecção com eliminação do fungo
Disseminação Hemática
Meningite Criptococócica
Guidelines in criptococosis – 2008. Rev Soc Bras Med Trop 2008, 41(5): 524:44.
Criptococose cerebral: sulcos de córtex cerebral distendidos por material gelatinoso
Criptococose cerebral: espessamento de leptomeninge
Criptococose cerebral: cistos de conteúdo gelatinoso repleto de fungos
Cryptococcus neoformans apresenta neurotropismo
que pode estar associado a capacidade de converter
catecolaminas em melanina protegendo o
fungo do stress oxidativo
Mortes causadas por micoses sistêmicas no
Brasil 1996-20063.583
SP e RJ apresentaram as maiores concentrações de morte associadas
à criptococose
Líquor, escarro
LBA ou biópsia
I - Demonstração do fungo no
material clínico
1 gota fluido + 1 gota de tinta da China diluída 1:1 (nanquim ou nigrosina)= Lâmina + Lamínula
Esfregaço, imprints, corte histológico HE, PAS ou Municarmim
Halo claro em torno da levedura ressaltada contra o fundo negro do corante