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FUTEBOL CLUBE DO PORTO - Futebol, SAD Sociedade Aberta Capital Social: 75.000.000 Euro Sede: Torre das Antas - Avenida Fernão de Magalhães, 1862 14º Piso 4350-158 Porto Matricula na 1ª Conservatória do Registo Comercial do Porto, n.º 5745 Pessoa Colectiva n.º 504 076 574 Relatório e Contas Consolidado 2003/2004 Índice A. Relatório de Gestão 1. Mensagem do Presidente 2. Órgãos Sociais 3. Evolução dos Negócios da Sociedade 4. Factos Relevantes Ocorridos após o Termo do Exercício 5. Perspectivas Futuras 6. Proposta de Aplicação de Resultados B. Demonstrações Financeiras Consolidadas e Anexos 1. Balanço Consolidado 2. Demonstração Consolidada dos Resultados por Naturezas 3. Demonstração Consolidada dos Resultados por Funções 4. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas 5. Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa 6. Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa 7. Certificação Legal das Contas 8. Relatório de Auditoria 9. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal C. Relatório sobre o Governo das Sociedades 1. Divulgação de Informação 2. Exercício do Direito de Voto e Representação de Accionistas 3. Regras Societárias 4. Órgão de Administração D. Participações Qualificadas

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FUTEBOL CLUBE DO PORTO - Futebol, SAD

Sociedade Aberta Capital Social: 75.000.000 Euro

Sede: Torre das Antas - Avenida Fernão de Magalhães, 1862 14º Piso 4350-158 Porto Matricula na 1ª Conservatória do Registo Comercial do Porto, n.º 5745

Pessoa Colectiva n.º 504 076 574

Relatório e Contas Consolidado 2003/2004

Índice A. Relatório de Gestão

1. Mensagem do Presidente 2. Órgãos Sociais 3. Evolução dos Negócios da Sociedade 4. Factos Relevantes Ocorridos após o Termo do Exercício 5. Perspectivas Futuras 6. Proposta de Aplicação de Resultados

B. Demonstrações Financeiras Consolidadas e Anexos

1. Balanço Consolidado 2. Demonstração Consolidada dos Resultados por Naturezas 3. Demonstração Consolidada dos Resultados por Funções 4. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas 5. Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa 6. Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa 7. Certificação Legal das Contas 8. Relatório de Auditoria 9. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

C. Relatório sobre o Governo das Sociedades

1. Divulgação de Informação 2. Exercício do Direito de Voto e Representação de Accionistas 3. Regras Societárias 4. Órgão de Administração

D. Participações Qualificadas

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A. Relatório de Gestão

1. Mensagem do Presidente

A temporada 2003/04 ficará para sempre na memória dos portistas. A

nossa equipa de futebol alcançou uma projecção planetária ímpar e

venceu uma competição que todos desejam, mas poucos têm qualidade

para discutir.

O triunfo na UEFA Champions League provou que a F.C. Porto – Futebol,

SAD tem assumido as opções correctas, insistindo numa política

desportiva coerente e segura. O mercado de atletas é cada vez mais

exigente e hostil. Os investimentos não podem falhar, as escolhas

devem ser criteriosas e competentes. Cada emblema deve viver dentro

das suas reais possibilidades, sem cometer devaneios nefastos para o

futuro.

A F.C.Porto – Futebol, SAD foi competente na hora de definir estratégias

e projectar as suas capacidades. O resultado do exercício de 24,8

milhões de Euros constitui a garantia inequívoca de que a excelência dos

feitos desportivos teve reflexos claros nos resultados financeiros.

Devemos estar, por conseguinte, duplamente satisfeitos.

O exercício da sociedade gerou um cash-flow operacional próximo dos

44 milhões de Euros. As vitórias sucederam-se, a nossa pujança

empresarial saiu reforçada. A F.C. Porto – Futebol, SAD projectou os

seus activos e concretizou o retorno ambicionado. É com orgulho que

constato, uma vez mais, aquilo que sempre tive como certo: o rumo que

traçámos é correcto e o futuro é auspicioso.

Jorge Nuno Pinto da Costa

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2. Órgãos Sociais

Assembleia Geral Presidente - Fernando Arnaldo Sardoeira Pinto Secretário - Miguel Angelo Abreu Bismarck Conselho de Administração Presidente - Jorge Nuno Lima Pinto da Costa Adelino Sá e Melo Caldeira Fernando Soares Gomes da Silva Reinaldo da Costa Teles Pinheiro Rui Miguel Duarte Alegre Conselho Fiscal Presidente - Domingos José Vieira de Matos Vogal - Ledo, Morgado & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por Jorge Bento Martins Ledo Vogal - Joaquim Manuel Sousa Ribeiro Suplente – Jorge Manuel Felizes Morgado Secretário da Sociedade Daniel Lorenz Rodrigues Pereira Suplente : Urgel Ricardo Santos Brandão Horta Martins Conselho Consultivo Presidente – Alípio Dias Adolfo Roque Álvaro Pinto Álvaro Rola Américo Amorim António Gonçalves António Lobo Xavier Armando Pinho Artur Santos Silva Domingos Matos Fernando Pimenta Fernando Póvoas Ilídio Pinho Ilídio Pinto João Espregueira Mendes João Pinto Jorge Armindo Jorge Nuno Pinto da Costa Ludgero Marques Rui Moreira

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3. Evolução dos Negócios da Sociedade

Futebol

A época 2003/2004 constituía um verdadeiro e exigente desafio, na

procura de manter os altíssimos níveis de qualidade exibidos na

brilhante época de 2002/2003. De facto, a história tinha sido escrita a

azul e branco, nomeadamente o inolvidável episódio de Sevilha, onde

perante um público entusiasta e num espectáculo de emoção e fantasia,

o F.C.Porto conquistou pela primeira vez na sua história a Taça UEFA.

Desta equipa saíram Hélder Postiga, Capucho e Clayton, sendo o grupo

reforçado com as aquisições dos jogadores Benny McCarthy, Pedro

Mendes, José Bosingwa e Ricardo Fernandes. Foi ainda adquirido Bruno

Moraes, jovem promessa do futebol brasileiro, que iniciou a temporada

integrado nos trabalhos da equipa B.

O arranque para a época 2003/2004 deu-se em Marienfeld, Alemanha,

onde decorreu o estágio de pré-temporada. O ambiente de grande

tranquilidade revelou-se ideal para preparar um ano que se antevia

exigente e desgastante, bem como a forma ideal para integrar os novos

jogadores no grupo de trabalho. Durante este período a equipa disputou

três jogos de preparação, com níveis de exigência crescentes, com

adversários como o Paderborn, Fortuna e Hannover. Antes do início das

competições oficiais, o F.C.Porto defrontou em Paris o PSG, na Corunha

o Deportivo e finalmente, já em Portugal, o Groningen. Estes encontros

particulares saldaram-se por cinco vitórias e um empate.

A primeira competição oficial em disputa foi a Supertaça Cândido de

Oliveira, num jogo que opôs o F.C.Porto à União de Leiria, no novo e

belo Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães. Viveu-se um ambiente

fantástico, com os 30.000 espectadores que esgotaram os bilhetes para

o jogo, a testemunhar a conquista de mais uma taça pelo F.C.Porto,

como consequência da vitória por 1-0, golo de Costinha.

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A época começava em grandes palcos. A 29 de Agosto, no Mónaco, a

Supertaça Europeia colocou frente a frente o AC Milan e o F.C.Porto,

vencedores respectivamente da UEFA Champions League e da UEFA

Cup. Num jogo extremamente equilibrado, a vitória sorriu aos italianos

por 1-0, que assim enriqueceram o seu já brilhante palmarés.

Na Superliga Galp Energia, todos viram com admiração a carreira

vitoriosa e personalizada dum F.C.Porto verdadeiramente demolidor. Em

34 jornadas da prova, 25 vitórias, 7 empates e 2 derrotas, 63 golos

marcados e 19 golos sofridos. Fomos a equipa com mais golos marcados

e com menos golos sofridos, com mais vitórias e com menos derrotas;

aliás o número de golos sofridos em toda a competição atesta a

qualidade da estratégia de jogo da equipa e a solidez do seu futebol.

O quadro apresentado ilustra a performance desportiva do F.C. Porto

nas três últimas épocas.

O F.C.Porto dominou claramente o panorama futebolístico nacional

nestes dois inesquecíveis anos mas é oportuno sublinhar que este sector

de actividade hoje tem um líder, líder este que nos últimos 20 anos

ganhou mais títulos que os seus concorrentes no mercado nacional

todos juntos e que conquistou 7 dos últimos 10 campeonatos em

disputa. Isto mesmo é cabalmente ilustrado no gráfico seguinte

Superliga 2001/2002 2002/2003 2003/2004

Classificação 3º 1º 1º

Pontos 68 86 82

Melhor Marcador FCP Deco (13) Postiga (13) McCarthy (20)

Goal-Average 66-34 73 – 26 63 – 19

Europa 2ª Fase CL Vitória UEFA Vitória CL

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Na Taça de Portugal o F.C.Porto disputou a final da competição a 16 de

Maio, num jogo disputado com o Benfica no Estádio Nacional e donde

saiu derrotado por 2-1.

No que respeita às competições europeias, a época 2003/2004 marcou o

regresso do F.C.Porto à UEFA Champions League, e que regresso! O

sorteio para a 1ª fase da prova ditou como adversários o Real Madrid,

Marselha e Partizan. A tarefa adivinhava-se difícil, mas as decisivas

vitórias com o Marselha abriram o caminho dos oitavos de final. Foram

dois jogos de grande intensidade, dramáticos até e disputados por duas

equipas de futebol ofensivo e espectacular, que demonstraram em

campo tudo aquilo que faz da UEFA Champions League a mais

importante competição entre clubes do mundo. Destacou-se ainda o

empate 1-1 conseguido em Santiago Bernabeu perante o Real Madrid,

considerada por muitos a melhor equipa da prova. A sorte ditou que o

adversário nos oitavos de final da competição fosse o Manchester

United, lendário e poderoso clube inglês. Os adeptos de futebol

assistiram a 180 minutos de grande qualidade, muito competitivos e

com emoção até ao apito final. O jogo do Porto ficará na memória

daqueles que se deslocaram ao belo Estádio do Dragão como uma noite

de pura magia. Em Manchester o golo de Costinha na recta final do jogo

sentenciou a eliminatória e colocou o F.C.Porto nos quartos de final da

Campeões últimos 20 anos

13

4

21

Porto Benfica Sporting Boavista

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prova. O sorteio ditou que o próximo adversário fosse o campeão

francês Lyon, um adversário de futebol ofensivo e cativante mas que se

rendeu aos pés dum F.C.Porto demolidor. No Estádio do Dragão uma

vitória por 2-0, num jogo cerebral e terrivelmente eficaz. Golos de Deco

e Ricardo Carvalho puseram a eliminatória a caminho da decisão. Em

Lyon, num jogo de grande qualidade, nova vitória por 3-2 e mais uma

vez, na grande montra do futebol europeu os nossos jogadores

brilhavam intensamente, jogando e fazendo jogar e elevando o

espectáculo até um patamar qualitativo quase inultrapassável.

Nas meias finais, o duelo do norte da Ibéria. Porto e Corunha, duas

cidades em expansão, grandes capitais do futebol nos últimos anos. Um

encontro de povos amigos mas com um objectivo que só uma equipa

poderia concretizar, a presença na final da UEFA Champions League. Um

jogo extremamente rico tacticamente no Porto resultou num empate

sem golos e deixava a decisão para o Riazor. Aí, com o apoio dum

público fantástico que viajou desde Portugal, o F.C.Porto e o regressado

Derlei fizeram história. Um rigor colectivo notável permitiu impedir o

jogo fluido dos galegos e a qualidade de Deco e Derlei nos metros finais,

resolveram uma eliminatória equilibrada e duma riqueza táctica

impressionante. Gelsenkirchen, aí vamos nós.

A final da UEFA Champions League foi disputada na Alemanha, no

Shalke Arena, um estádio moderno e uma referência neste tipo de infra-

estruturas, funcional, cómodo e preparado para receber todo o tipo de

eventos. O palco estava à altura do jogo. F.C. Porto e Mónaco

disputariam uma final inédita e inesperada por muitos no início da

competição. Mas no caso dos franceses, a astúcia do seu treinador e a

qualidade inegável dum grupo de jogadores que incluía Morientes, Giuly,

Prso, Evra e Rothen, levaram esta equipa pela primeira vez na sua

história à final da prova.

O ambiente fora das quatro linhas era festivo e o espectáculo montado

pela organização ajudava. O jogo começou e logo se percebeu que iria

ter qualidade. A velocidade de Giuly inquietava a defesa portuguesa e a

qualidade técnica de Deco e Carlos Alberto não dava sossego aos

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monegascos. Quando o jogo estava equilibrado surgiu a inspiração de

Carlos Alberto a marcar o primeiro golo do jogo e a mandar o F.C. Porto

a ganhar para o intervalo. A festa estava pintada de azul e branco. A

segunda parte veio evidenciar a nossa eficácia. Alenichev entrou,

sentenciou a final e entrou mais uma vez para a história do clube.

Depois do magnífico golo de Sevilha Dimitri Alenichev voltava a ser

decisivo. Houve ainda tempo para mais um golo, um golo muito bonito e

justo para Deco, a culminar um ano sublime do mágico luso.

Estava já na história, o F.C. Porto era o Campeão Europeu e o País

estava em festa. Portugal de lés a lés e muitas regiões do globo

regozijaram e demonstraram a grandeza do clube. Era o fim de uma

etapa, que demonstrou que estivemos sempre certos que este era o

rumo a seguir. A UEFA Champions League é a maior e melhor

competição planetária entre clubes e gera cash-flows fabulosos. Nós

queríamos lá estar e ambicionavamos chegar um dia ao fim em

primeiro. E conseguimos.

Actividade Económica

A análise das contas respeitantes ao exercício fiscal de 2003/2004

comprova que é possível aliar excelentes resultados desportivos à

eficiência económica. Se na vertente desportiva a F.C.Porto-Futebol,SAD

protagonizou a melhor época de sempre, a económica ficou marcada

pela viragem, que se espera definitiva, rumo aos superavites de

exploração.

Antes da análise dos resultados consolidados, ou seja, do somatório dos

resultados obtidos por cada uma das empresas do grupo incluídas na

consolidação, líquidas das transacções efectuadas entre elas, aqui fica

um overview dos resultados obtidos por cada uma das empresas

individualmente:

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Como se pode verificar, três das quatro empresas incluídas no perímetro

de consolidação apresentam resultados positivos, o que traduz a

eficiência económica individual de cada empresa, que permite uma

performance consolidada ainda mais consistente.

De novo analisando o resultado consolidado, observe-se a evolução

registada no resultado líquido ao longo das três últimas épocas

desportivas:

Esta evolução positiva do resultado líquido repercute-se também em

termos do EBITDA, o que comprova a eficiência operacional deste

exercício, como se pode verificar no gráfico seguinte.

-16,1 -18,1

24,8

2001/2002 2002/2003 2003/2004

Resultado Líquido

Porto SAD PortoComercial PortoEstádio PortoMultimédiaProveitos Totais 110,04 7,15 3,58 0,39Custos Totais 85,27 6,97 3,55 0,48Resultado Líquido 24,72 0,17 0,03 -0,09Cash-Flow 43,08 0,71 0,17 -0,08EBITDA (CF Oper.) 43,86 0,74 0,25 -0,08

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No que concerne ao Cash-Flow gerado, também aqui se verificou um

crescimento galopante, passando dos 1,8M€ verificados em 2002/2003

para 43,9M€ neste exercício.

A evolução do EBITDA e do Cash-Flow da sociedade revelam a tendência

para uma melhoria da conta de exploração da sociedade.

Os trofeus conquistados ao longo da época, designadamente a brilhante

participação na UEFA Champions League e a qualidade evidenciada

pelos jogadores traduzida nas mais valias com transferências,

possibilitou um aumento exponencial dos proveitos, na ordem dos

EBITDA (Cash-Flow Operacional)

3,4

44,8

-0,9 2001/2002 2002/2003 2003/2004

Cash-Flow

1,6

43,9

1,8

2001/2002 2002/2003 2003/2004

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117%. O maior impacto foi registado ao nível das receitas obtidas nas

provas europeias e pelas transferências realizadas, respectivamente 21

e 44% do total dos proveitos operacionais.

As mais valias realizadas surgem num contexto de estagnação no

mercado de transferências em toda a Europa. No entanto, a aposta no

apetrechamento da equipa com bons valores, que proporcionem

excelentes resultados desportivos, tem também como contrapartida, a

alavancagem da maioria das fontes de receita da sociedade,

particularmente o crescimento das receitas com transferências, factor

essencial ao equilíbrio financeiro da sociedade.

O F.C.Porto obteve o título de campeão europeu, tendo vencido a edição

de 2003/2004 da UEFA Champions League. Esta competição assegura o

pagamento de importantes quantias em função da participação na prova

e também em função da performance evidenciada, das vitórias

alcançadas, da passagem a fases mais avançadas da competição e ainda

decorrente da distribuição dos valores do mercado televisivo, pagos em

proporção das verbas pagas pelo operador de televisão do respectivo

país. A importância desta rubrica está bem demonstrada no gráfico

anterior.

Estrutura de Proveitos

Vendas PC3%

Outros4%

Provas UEFA21%

TV5%

Bilheteira13%

Transferências e Empréstimos

44%

Publicidade e Sponsorização

7%Prov.

Financ.+Extraord.3%

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As receitas de bilheteira que incluem os lugares anuais, os bilhetes

vendidos para cada jogo e as quotas pagas pelos sócios do clube,

representaram 13% do total dos proveitos mas assumem um papel

económico relevante pois são receitas com maior independência face à

performance desportiva.

As restantes rubricas, apesar de terem sofrido um aumento

generalizado, tiveram, esta época, uma participação menor na estrutura

dos proveitos. A rubrica ‘Outros’, inclui as receitas da PortoEstádio e da

PortoMultimédia que não foram anuladas na consolidação.

Analisando cada uma delas particularmente:

As mais valias com transferências foram consequência das vendas dos

direitos desportivo dos jogadores Deco para o Barcelona por 21 milhões

de euros, Paulo Ferreira para o Chelsea por 20 milhões de euros E

Ricardo Carvalho, também para o Chelsea por 30 milhões de euros. A

estes valores deduz-se os custos decorrentes da concretização destas

operações bem como o valor residual contabilístico. Em todos os casos a

F.C.Porto, SAD não detinha cem por cento dos respectivos direitos, fruto

de parcerias estabelecidas com grupos de investidores como por

11,8

1,1

13,9

1,1

49,8

2,1

2001/2002 2002/2003 2003/2004

Transferências e Empréstimos

Transferências Empréstimos

12,915,0

51,9

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exemplo a FP Football Players Fund. Os proveitos decorrentes da venda

dos 11 jogadores que serviram para perfazer o portfolio inicial de

constituição do FP Football Players Fund – Porto estão também aqui

contabilizados. Estes jogadores são:

• Deco

• Ricardo Carvalho

• Paulo Ferreira

• Pedro Mendes

• Hugo Almeida

• Benny McCarthy

• Ricardo Costa

• Bruno Moraes

• Vieirinha

• Ivanildo

• Paulo Machado

As receitas obtidas com o empréstimo de jogadores comprova a sua

qualidade, uma vez que apesar de não terem lugar no plantel do

F.C.Porto são desejados por outras equipas, nacionais e estrangeiras.

9,8 8,8

25,1

2001/2002 2002/2003 2003/2004

Provas UEFA

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No que respeita à participação em provas europeias, a excelente

performance desportiva evidenciada no decorrer desta época permitiu

um encaixe financeiro assinalável, decorrente da vitória na UEFA

Champions League, tendo ainda assegurado, de forma inequívoca, a

disputa da final da Supertaça Europeia, assim como da Taça

Intercontinental. Assim sendo, os proveitos decorrentes da presença

nestas finais, que ascendem a cerca de 4,4M€, estão, de acordo com os

princípios contabilísticos vigentes, inscritas no exercício em análise.

Apesar das receitas decorrentes das parcerias comerciais terem vindo a

crescer de forma sustentada, estas sofreram uma ligeira descida. Este

decréscimo ficou a dever-se exclusivamente à diminuição da receita que

decorre do contrato em vigor com a PortoComercial. Este valor foi

manifestamente menor, uma vez que a PortoComercial se viu privada

das receitas do Corporate Hospitality, conjunto de serviços

comercializados a empresas. O direito exclusivo a estas receitas foi

atribuído ao clube em 2003/04 e nos restantes 14 exercícios à

EuroAntas, ao abrigo do contrato celebrado entre várias empresas do

grupo F.C.Porto, de forma a cumprir com o project finance para a

construção do Estádio do Dragão.

9,1

10,4

8,5

2001/2002 2002/2003 2003/2004

Sponsorship

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Os acordos com os principais parceiros comerciais do F.C.Porto como a

Nike, Revigrés, PT e BES, têm-se revelado uma importante fonte de

receitas, cuja componente variável, em função das vitórias conquistadas

na temporada, teve um incremento assinalável.

A 26 de Novembro de 2003, o F.C.Porto inaugurou o seu novo palco, o

Estádio do Dragão. Com capacidade para cerca de 50.000 espectadores,

esta obra foi a mais importante do clube desde a sua fundação. Uma

referência arquitectónica com a assinatura do Arq. Manuel Salgado, está

desde a sua inauguração a superar as expectativas quanto à sua

performance económica. O rendimento resultante dos jogos de futebol

são receitas da FCP-SAD, como são os casos dos lugares anuais ou

bilheteira e o rendimento que provém da exploração dos espaços

comerciais, parking ou eventos e visitas são receitas operacionais da

PortoEstádio, empresa criada para a gestão de equipamentos

desportivos.

Decorrente do início da utilização do novo Estádio do Dragão, foi

possível obter um aumento de cerca de 65% no total das receitas de

bilheteira. A comercialização dos lugares-anuais no novo estádio foi um

sucesso, permitindo um aumento na ordem dos 95%, em relação a igual

3,0

2,7

2,7

3,8

2,8

2,9

7,0

5,5

3,3

2001/2002 2002/2003 2003/2004

Bilheteira

Bilhetes Bilhete Anual Quotas

8,59,5

15,7

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período do ano passado. Assinale-se que temos cerca de 32.000

detentores de lugares anuais, que representa 65% do estádio vendido

para toda a época. Foi introduzido no final da época, e de forma

experimental, o conceito da revenda pelo detentor do lugar anual, do

direito de assistir a um jogo em particular. Estes testes decorreram de

forma positiva e pretende-se dinamizar este negócio nos próximos

exercícios.

Nesta área em particular, bem como noutras áreas de negócio, a

utilização do Estádio do Dragão teve como consequência, um aumento

considerável do volume de negócios. Os espectáculos proporcionados

aos adeptos subiram de qualidade, às vitórias juntaram-se momentos de

grande espectáculo, emoção e incerteza, e a equipa conseguiu uma

brilhante carreira na UEFA Champions League. Todos estes factores

contribuíram decisivamente a obtenção de 7M€ na venda de bilhetes

individuais por jogo.

Apesar do mercado televisivo ter sofrido um ligeiro arrefecimento, a

FCP-SAD já tinha contratualizado um acordo de cedência dos direitos de

transmissão dos jogos da Superliga, que prevê receitas crescentes ao

longo das épocas. O facto de em 2002/2003 se ter verificado o valor

mais elevado dos últimos 3 anos, justifica-se pelo facto de, nessa época

5,9

6,4

6,2

2001/2002 2002/2003 2003/2004

T.V.

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desportiva o F.C.Porto ter participado na Taça UEFA, cujo modelo

financeiro atribui às equipas a comercialização dos direitos televisivos

dos jogos realizados.

A estrutura de custos revela que os custos com pessoal têm um peso

determinante no orçamento da sociedade. De facto, os salários dos

atletas são o factor que tem maior poder de influência sobre a sua

performance económica. Estes custos representaram, no exercício

2003/2004, um peso específico de 46% face aos respectivos custos

totais. Neste período, os valores inscritos nos custos com pessoal

incluem os prémios pagos pela conquista da UEFA Champions League,

Superliga e SuperTaça Cândido Oliveira, para além dos valores da

rescisão dos contratos de trabalho com vários atletas, nomeadamente,

Quintana e Tiago. A estratégia de rescisão contratual com atletas que

não fazem parte do plantel antecipa custos e potencia melhores

performances financeiras nos exercícios subsequentes.

Além dos custos salariais também aqueles respeitantes às amortizações,

maioritariamente incorpóreas e que reflectem o investimento realizado

Estrutura de Custos

CMV2%

F.S.E' s 14%

Custos com Pessoal46%

Amortizações 20%

Outros Custos14%

Custos Financ.+Extraord.

4%

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18

na aquisição de jogadores, têm um peso específico considerável,

atingindo os 20% em 2003/2004.

Um indicador importante numa sociedade desportiva diz respeito aos

valores do total de proveitos que são absorvidos pelos custos salariais.

Este rácio deverá preferencialmente situar-se abaixo dos 60%. É

evidente o esforço realizado na persecução deste objectivo, que permitiu

que os custos salariais consumissem apenas 37% do total dos proveitos

operacionais obtidos neste período. A estratégia de gestão continua a

apontar no sentido de estabilizar este rácio em valores próximos dos

55%.

Salários vs Proveitos Operacionais

66%

65%

37%

2001/2002

2002/2003

2003/2004

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

19

As amortizações registadas neste exercício diminuíram relativamente ao

ano anterior, o que traduz uma diminuição do investimento realizado em

imobilizado, maioritariamente composto pelos passes dos atletas.

Da análise da estrutura patrimonial da sociedade destaca-se a alteração

da tendência de diminuição dos capitais próprios. A obtenção de

resultados francamente positivos permitiu o aumento dos capitais

próprios em mais de 150%, sendo que estes são, em 30 de Junho de

2004, de 40,9M€. Apesar do crescimento do passivo, o aumento

verificado no activo mais que compensou os anteriores, permitindo o

equilíbrio patrimonial. A principal responsável pelo forte aumento do

activo é rubrica dívidas de clientes, onde se encontram contabilizados os

valores das transferências de jogadores efectuadas, mas que ainda não

foram recebidas em função dos respectivos prazos de pagamento.

17,7

19,2

18,7

2001/2002 2002/2003 2003/2004

Amortizações

30-06-2002 30-06-2003 30-06-2004Activo Líquido 85.606.863 89.985.571 153.992.024Capital Próprio 34.606.346 16.163.833 40.921.441Passivo 51.000.517 73.821.738 113.070.583Autonomia Financeira 40% 18% 27%

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

20

A estrutura qualitativa do passivo da sociedade sofreu alterações

positivas. Apesar do seu aumento significativo, mais de metade refere-

se a passivo de médio e longo prazo. Um dos motivos que justifica esta

tendência assenta no empréstimo obrigacionista contraído neste

semestre no valor de 11,5 milhões de euros. A taxa de juro fixada foi de

5,35% e esta operação financeira foi montada de forma a financiar

despesas correntes, através do recurso a uma fonte de financiamento

alternativa e só possível em função da credibilidade da sociedade junto

dos investidores.

A comprovar a inversão da tendência da estrutura patrimonial da

sociedade está a autonomia financeira. Este rácio indica que os capitais

próprios equivalem, em 30 de Junho de 2004, a 27% do activo da

sociedade. Esta percentagem torna-se merecedora de maior destaque

uma vez que, apesar de o activo ter aumentado cerca de 64M€, o

aumento do capital próprio foi mais imponente, pois permitiu consolidar

a estrutura patrimonial da sociedade.

O valor contabilístico dos atletas sob contrato aumentou ligeiramente

neste exercício. A tendência tem sido para a contenção gradual deste

montante, através da diminuição do número de jogadores sob contrato

e do valor investido em novos jogadores.

PortoComercial

A PortoComercial é a empresa que desenvolve a componente comercial

do futebol nas suas várias áreas, nomeadamente, merchandising,

sponsorização e licenciamento e é detida em 93,5% pela F.C.Porto-

Futebol,SAD.

30-06-2002 30-06-2003 30-06-2004Valor Contabilístico do Plantel 37.680.483 35.277.163 36.725.210

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

21

Uma análise exclusiva do volume de negócios desta empresa do grupo é

inconclusiva. Na verdade o facto deste valor ter diminuído face aos dois

exercícios anteriores, deve-se ao facto de a comercialização do negócio

Corporate Hospitality ter sido atribuído à EuroAntas (excepcionalmente o

F.C.Porto em 2003/04). Esta alteração está inserida no project finance

desenhado para o financiamento da construção do Estádio do Dragão,

ficando a Euroantas com os respectivos direitos de comercialização,

mandatando a PortoComercial para a efectiva comercialização dos

lugares para empresas, tendo esta direito a uma comissão pela

prestação do serviço.

Tendo em contas as outras áreas de negócio podemos concluir que

apesar de estarmos ainda numa fase de estagnação económica, a

PortoComercial continua a expandir os seus negócios e a aumentar

significativamente a sua facturação.

8,49,3

7,1

2001/2002 2002/2003 2003/2004

Volume de Negócios

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

22

De facto, as receitas inerentes à venda de produtos através dos diversos

canais de distribuição existentes, nomeadamente da rede de Lojas

Azuis, teve um aumento significativo, na ordem dos 28%. Este

crescimento de mais de 0,7M€ face ao período homólogo anterior teve

como principal responsável a abertura de uma nova loja no Estádio do

Dragão. Como o início do funcionamento desta loja deu-se apenas do

segundo semestre deste ano fiscal, prevê-se ainda um aumento

significativo das receitas obtidas com o merchandising para o próximo

período.

2,22,6

3,3

2001/2002 2002/2003 2003/2004

Merchandising

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23

Também as receitas inerentes ao licenciamento de produtos com a

marca registada pelo F.C.Porto têm registado aumentos significativos,

como se pode constatar no gráfico abaixo, que apresenta a evolução das

receitas obtidas com os royalties entre 2001/2002 e 2003/2004 e que

mostra uma taxa de crescimento de 66%.

PortoEstádio

A PortoEstádio é uma sociedade especialmente concebida e orientada

para a gestão e exploração de equipamentos desportivos, equipamentos

que incluem o Centro de Treinos e Formação Desportiva e o novo

Estádio do Dragão e é totalmente detida pela F.C.Porto-Futebol,SAD.

Apesar de ter sido constituída e iniciado actividade em 2000, só neste

exercício económico, com a inauguração do Estádio do Dragão, a

PortoEstádio assumiu verdadeiramente as funções para as quais foi

concebida. No exercício de 2002/2003 houve já alguma actividade

operacional devido ao início da utilização do Centro de Treinos e

Formação Desportiva, mas representou um baixo volume de negócios

perante o potencial assumido para esta sociedade. Assim, não deverão

ser feitas comparações com os exercícios anteriores uma vez que toda a

0,3

0,4

0,5

2001/2002 2002/2003 2003/2004

Royalties

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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estrutura operacional da sociedade foi reformulada, como o comprova o

volume de negócios da sociedade que atingiu este exercício o valor de

3,4M€, sendo que o máximo apresentado nos outros exercícios não

ultrapassou os 0,1M€.

Ao analisarmos a estrutura de proveitos da PortoEstádio do exercício

2003/2004 torna-se evidente o impacto da realização de eventos para o

total dos proveitos da sociedade, que ascende a 2,7M€. Estes, no

entanto, incluem a realização de eventos desportivos, os jogos da

equipa principal do F.C.Porto, mas também as receitas obtidas pela

cedência do Estádio do Dragão para a realização do Campeonato

Europeu de Futebol, o Euro 2004. A realização deste evento ultrapassou

as expectativas da PortoEstádio até porque o Estádio do Dragão obteve

a nota máxima na organização, o que permitiu a obtenção do total do

prémio variável. Com a realização do Euro 2004 a PortoEstádio

conseguiu arrecadar cerca de 1M€.

As receitas obtidas com a cedência de espaço para exploração comercial

e para escritórios são a segunda maior fatia da estrutura de proveitos,

acumulando um total de 0,4M€. Na rubrica de proveitos suplementares

incluem-se as visitas ao estádio e a exclusividade de consumo paga

pelos bares. As visitas ao estádio são um sucesso e permitem potenciar

Estrutura de Proveitos

Financ+Extraord0%

Euro 200430%

Espaços Comerciais+Parking

12%

Eventos44%

Outras Prestações Serviços

6%Espaços Publicitários

3%

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

25

o volume de negócios gerado pela Loja Azul situada no Estádio do

Dragão.

Com menor expressividade no total dos proveitos encontram-se as

receitas obtidas com a publicidade efectuada nos dois painéis

electrónicos que se encontram no interior do estádio, mas que estão

capacitados dum sistema rotativo que possibilita a projecção de imagem

para o exterior, nomeadamente para a Via de Cintura Interna da cidade

do Porto.

A marca Estádio do Dragão já está criada. A sua imagem é de

modernidade, vanguarda e beleza. É uma obra de referência na região e

centro de atenções dos visitantes da cidade. Temos como objectivo

consolidar a sua imagem de marca.

A estrutura de custos, que representa um total de 3,6M€, é quase

exclusivamente composta pelos Fornecimentos e Serviços Externos e

pelos Custos com o Pessoal. Dos Fornecimentos e Serviços

apresentados, mais de metade foram os necessários para a realização

dos eventos no estádio. Os restantes dizem respeito ao funcionamento

diário da sociedade, dos seus colaboradores e infra-estruturas.

Estrutura de Custos

Financ+Extraord2%

Custos com o pessoal24,7%

Amortizações4,1%

FSE's68,4%

Outros Custos Operacionais

0,8%

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26

Neste exercício a PortoEstádio apresentou um volume de negócios de

cerca de 3,4M€, apesar da inauguração do Estádio do Dragão se ter

dado já no decorrer do exercício em análise, em Novembro de 2003, e

um Resultado Líquido do Exercício de aproximadamente 25.000 Euros.

No próximo exercício, o primeiro em que o Estádio do Dragão estará

disponível desde o início do período, prevê-se um aumento do volume

de negócios superior a 50%.

Este aumento de 1,8M€ é principalmente explicado por um maior

período de exploração do Estádio do Dragão, o que permitirá à

PortoEstádio obter maiores receitas com a cedência de espaço para

exploração comercial e escritórios. Apesar de não estar previsto nenhum

evento com a dimensão do Euro 2004, a realização de um maior número

de jogos e de eventos não desportivos no estádio irá permitir um valor

global de serviços em eventos superior ao do exercício em análise.

PortoMultimédia

A actividade da PortoMultimédia consiste na gestão do website do

F.C.Porto na internet (www.fcporto.pt).

3,4

5,2

REAL2003/2004

ORÇ2004/2005

Volume de Negócios

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27

Esta sociedade, participada em 59% pela F.C.Porto-Futebol,SAD,

procura adequar os conteúdos às necessidades comerciais do F.C.Porto

e aos interesses dos adeptos do clube, possibilitando online, para além

da comercialização dos produtos oficiais do F.C.Porto, o serviço de

venda de bilhetes e a renovação e aquisição de Lugares Anuais.

Com a inauguração do Estádio do Dragão, uma infra-estrutura

desportiva moderna e preparada para receber os mais importantes

jogos de futebol, e que proporcionará aos seus visitantes excelentes

condições de hospitalidade e conforto, surgiu uma nova oportunidade de

negócio para a PortoMultimédia. Esta sociedade, prepara o seu

envolvimento na gestão de alguns negócios relacionados directamente

com este palco, designadamente o sistema interno de televisão (CATV).

Este activo permite a gestão de conteúdos, venda de publicidade e

serviços de MMS e SMS.

O F.C. Porto lançou também um conceito inovador para comercializar os

lugares anuais do Estádio do Dragão criando o DragãoNET. Este serviço

vai permitir aos adeptos do F.C. Porto que não são sócios do clube

assistir a todos os jogos da equipa na Superliga e na primeira fase da

UEFA Champions League, participando no espectáculo desportivo que

certamente irá ter lugar no Estádio do Dragão.

A PortoMultimédia desenvolveu o serviço de revenda de lugares anuais,

produto comercializado pela F.C.Porto-Futebol,SAD que permite aos

respectivos titulares o acesso aos jogos disputados pelo F.C.Porto na

qualidade de visitado, durante toda a temporada. Com este serviço

deverá ser possível potenciar maiores assistências nos jogos e ir ao

encontro das expectativas dos adeptos do clube.

Esta sociedade está na fase final da implantação dos serviços online,

através de um acesso directo ás bases de dados da gestão de bilhética e

associados. Estes serviços são a venda de bilhetes, pagamentos de

quotas, inscrição de sócios e consulta da ficha de sócio com

possibilidade de actualização de dados.

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Neste exercício a PortoMultimédia apresentou um volume de negócios

de cerca de 0,4M€, que reflecte a especialização no exercício do

adiantamento recebido pela cedência à Sportinveste Multimédia, em

regime de exclusividade e por um prazo de 10 anos, de um conjunto de

direitos susceptíveis de comércio online. O Resultado Líquido do

Exercício foi de aproximadamente (-90.000 Euros).

4. Factos Relevantes Ocorridos após o Termo do Exercício

Depois do sucesso desportivo dos dois últimos anos, o mercado agitou-

se, tendo os jogadores do F.C. Porto como principal alvo. De facto, as

saídas de jogadores como Deco, Paulo Ferreira e Ricardo Carvalho

(cujas mais valias estão contabilizadas neste exercício) ou de Pedro

Mendes (cujas mais valias apenas aparecerão em 2004/2005, já que

esse acordo foi estabelecido em Julho) mas também de Alenichev,

motivaram a necessidade da aquisição de valores que permitam

trabalhar no sentido de reconquistar o título nacional e defender com

dignidade o título europeu. Foi assim realizado investimento na

aquisição dos passes dos jogadores Seitaridis, Pepe, Diego, Luis

Fabiano, Hélder Postiga e Ricardo Quaresma, entre outros. Aliás assume

relevância a apresentação pública da contratação de Diego e sobretudo

Luís Fabiano, realizada no Estádio do Dragão e perante milhares de fãs,

numa demonstração da grande dinâmica e crença dos adeptos na

qualidade inequívoca destes atletas.

A Supertaça Cândido de Oliveira foi disputada em Coimbra e opôs F.C.

Porto e Benfica. O Campeão Nacional saiu vencedor com um golo do

novo ala direito da equipa, ex-Barcelona, Ricardo Quaresma.

A 27 de Agosto, disputou-se no Mónaco a final da Supertaça Europeia,

num jogo que colocou frente a frente F.C. Porto, campeão europeu e

Valência, vencedor da Taça UEFA. A equipa espanhola saiu vencedora

por 2-1.

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29

Entretanto foram disponibilizados aos adeptos vários produtos como os

lugares anuais para a época 2004/2005, sendo que as expectativas

estão a ser cumpridas com a comercialização de cerca de 32.000

lugares, que corresponde a 64% do estádio vendido para toda a

temporada. Dado que o preço médio por lugar cresceu cerca de 18%, o

cash-flow gerado já é quase 20% superior.

A estrutura patrimonial da sociedade melhorou consideravelmente nos

primeiros meses do exercício 2004/05, em função da diminuição do

passivo decorrente do cash-flow gerado com a campanha na UEFA

Champions League e com as transferências concretizadas.

5. Perspectivas Futuras

A assembleia geral da sociedade reelegeu o Conselho de Administração

para um mandato que terminará em 2007. os accionistas elegeram os

novos corpos sociais por unanimidade.

As projecções financeiras apontam para um exercício equilibrado em

2004/05.

Numa perspectiva mais alargada não podemos deixar de sublinhar o

facto de na edição 2005/06 da UEFA Champions League dois clubes

portugueses terem acesso directo garantido e um terceiro ter direito a

participar numa eliminatória de qualificação. Este facto, concretizado em

consequência da capacidade competitiva do F.C.Porto evidenciada nos

últimos anos na Europa do futebol, faz diminuir o risco financeiro da

nossa actividade.

A estratégia para os próximos exercícios continua a apontar para uma

maior aposta na negociação de contratos com jogadores que privilegiem

a componente variável da remuneração.

A FCP-SAD constituiu um grupo de trabalho que estudou o impacto das

IAS na situação patrimonial e económica da sociedade. Daqui resultou

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um plano de acção que está a começar a ser implementado. A utilização

das IAS é obrigatória, no caso da FCP-SAD, a partir de 1 de Julho de

2005.

Relativamente à questão recorrente do cumprimento do Artº35 do

Código das Sociedades Comerciais, observa-se que a estrutura de

capitais da sociedade melhorou significativamente neste exercício, em

função dos resultados apresentados. No final deste exercício a FC Porto

– Futebol, SAD cumpre esta obrigação, uma vez que o capital próprio da

sociedade é 40,9M€, bem superior a metade do capital social (37,5M€).

6. Proposta de Aplicação de Resultados

No exercício económico de 2003/2004, no que respeita às contas

individuais, a Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD obteve um

Resultado Líquido do Exercício positivo de 24.722.913,64 Euros (vinte e

quatro milhões, setecentos e vinte e dois mil, novecentos e treze euros

e sessenta e quatro cêntimos).

Nos termos do artigo 376º do Código das Sociedades Comerciais, o

Conselho de Administração propõe a seguinte aplicação do lucro

apurado no exercício:

Para Resultados Transitados : 24.722.913,64 Euros

Porto, 1 de Outubro de 2004

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

31

O Conselho de Administração,

________________________________

Jorge Nuno Lima Pinto da Costa

________________________________

Adelino Sá e Melo Caldeira

________________________________

Fernando Soares Gomes da Silva

________________________________

Reinaldo da Costa Teles Pinheiro

________________________________

Rui Miguel Duarte Alegre

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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B. Demonstrações Financeiras Consolidadas e Anexos

1. Balanço Consolidado em 30 de Junho de 2004 e 2003

(montantes expressos em euros)

30.06.03

Notas AB AP AL AL

ACTIVO

Imobilizado:

Imobilizações incorpóreas:

Despesas de instalação 2.999.401 -2.050.546 948.855 763.898

Propriedade industrial e outros direitos 25 2.322.802 -358.117 1.964.685 2.038.892

Valor do plantel 67.497.904 -40.502.365 26.995.539 33.624.083

Imobilizações em curso 24.693.608 - 24.693.608 16.617.017

27 97.513.715 -42.911.028 54.602.687 53.043.890

Imobilizações corpóreas:

Terrenos e recursos naturais 91.882 - 91.882 91.882

Edifícios e outras construções 47 1.188.582 -97.455 1.091.127 467.378

Equipamento básico 2.092.408 -584.608 1.507.800 196.525

Equipamento de transporte 47 1.128.864 -739.291 389.573 457.071

Equipamento administrativo 1.082.034 -773.572 308.462 292.488

Outras imobilizações corpóreas 22.222 -8.333 13.889 16.667

Imobilizações em curso 500.935 - 500.935 309.000

27 6.106.927 -2.203.259 3.903.668 1.831.011

Investimentos financeiros:

Participações em empresas do grupo e associadas 27 12.681 - 12.681 12.681

Circulante

Existências - - - -

Mercadorias 46 1.184.747 -25.000 1.159.747 556.840

1.184.747 -25.000 1.159.747 556.840

Dívidas de terceiros – Médio e longo prazo:

Clientes, c/c 52 2.000.000 - 2.000.000 6.494.850

Clientes – Títulos a receber 52 2.250.000 - 2.250.000 3.150.000

4.250.000 - 4.250.000 9.644.850

Dívidas de terceiros - Curto prazo:

Clientes, c/c 52 43.829.211 - 43.829.211 11.422.054

Clientes – Títulos a receber 89 - 89 53.543

Clientes de cobrança duvidosa 46 998.709 -998.709 -

Estado e outros entes públicos 2.023.075 - 2.023.075 210.109

Outros devedores 1.717.686 - 1.717.686 1.744.325

48.568.770 -998.709 47.570.061 13.430.031

Depósitos bancários e caixa:

Depósitos bancários 2.425.235 2.425.235 286.598

Caixa 45.577 45.577 28.764

2.470.812 2.470.812 315.362

Acréscimos e diferimentos:

Acréscimos de proveitos 50 39.293.711 39.293.711 9.537.386

Custos diferidos 50 728.657 728.657 1.613.521

40.022.368 40.022.368 11.150.907

Total de amortizações -45.114.287

Total de provisões -1.023.709

Total do activo 200.130.020 -46.137.996 153.992.024 89.985.572

Exercícios

30.06.04

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1. Balanço Consolidado em 30 de Junho de 2004 e 2003 (cont.)

(montantes expressos em Euros)

Notas 30.06.04 30.06.03

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital próprio

Capital 54 75.000.000 75.000.000

Acções próprias – valor nominal - -

Acções próprias – descontos e prémios - -

Prestações suplementares - -

Prémios de emissão de acções 259.675 259.675

Diferenças de consolidação 1.131 1.131

Ajustamentos partes de capital em filiais e associadas - -

Reservas:

Reservas legais 15.944 15.944

Outras reservas 239.630 239.630

Resultados transitados -59.443.052 -41.300.468

16.073.328 34.215.912

Resultado consolidado líquido do exercício 24.848.113 -18.052.078

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO 53 40.921.441 16.163.834

INTERESSES MINORITÁRIOS 106.100 131.136

Passivo

Dívidas a terceiros – Médio e longo prazo:

Empréstimos por obrigações 51 11.500.000 -

Dívidas a instituições de crédito 33 e 51 21.052.671 23.201.305

Fornecedores de imobilizado, c/c 47 1.032.875 1.640.878

Fornecedores de imobilizado – Títulos a pagar 1.230.000 719.833

34.815.546 25.562.016

Dívidas a terceiros - Curto prazo:

Dívidas a instituições de crédito 51 12.906.056 9.114.816

Fornecedores, c/c 4.310.965 1.715.675

Fornecedores – Títulos a pagar 173.476 275.989

Fornecedores – Facturas em recepção e conferência 435.445 30.624

Fornecedores de imobilizado, c/c 47 16.621.677 7.949.276

Fornecedores de imobilizado – Títulos a pagar 5.354.806 5.561.726

Estado e outros entes públicos 2.403.059 1.331.133

Outros credores 4.334.279 7.391.287

46.539.762 33.370.526

Acréscimos e diferimentos:

Acréscimos de custos 50 26.481.894 6.671.117

Proveitos diferidos 50 5.127.281 8.086.943

31.609.175 14.758.060

TOTAL DO PASSIVO 113.070.583 73.821.738

TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 153.992.024 89.985.572

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2. Demonstração Consolidada de Resultados por Naturezas em 30 de Junho de 2004 e 2003 (montantes expressos em euros)

Notas 30.06.04 30.06.03

CUSTOS E PERDAS

Custos de mercadorias vendidas 2.012.966 1.626.479Fornecimentos e serviços externos 13.321.279 10.881.810Impostos 244.941 379.425Custos com o pessoal 39 42.269.428 34.936.668Outros custos operacionais 27 e 50 12.205.433 2.360.767Amortizações do exercício 27 18.674.125 19.177.018Provisões do exercício 46 377.250 637.059 A...... 89.105.422 69.999.226

Juros e custos similares 44 4.159.116 2.408.712 C...... 93.264.538 72.407.938

Custos e perdas extraordinários 45 8.234 46.315 E...... 93.272.772 72.454.253

Imposto sobre o rendimento do exercício 50.168 33.063 G...... 93.322.940 72.487.316Interesses minoritários -25.436 -17.189Resultado consolidado líquido do exercício 24.848.113 -18.052.078

118.145.617 54.418.049

PROVEITOS E GANHOS

Vendas mercadorias 3.307.579 2.476.371Prestações de serviços 36 44.323.767 22.792.934Proveitos suplementares 55 63.903.433 25.380.783Subsídios à exploração 3.278.098 2.936.962 B...... 114.812.877 53.587.050

Outros juros e proveitos similares 44 774.217 748.885 D...... 115.587.094 54.335.935

Proveitos e ganhos extraordinários 45 2.558.523 82.113 F...... 118.145.617 54.418.049

Resumo:Resultados operacionais: (B)-(A) = 25.707.455 -16.412.175Resultados financeiros: (D-B)-(C-A) = -3.384.899 -1.659.827Resultados correntes: (D)-(C) = 22.322.556 -18.072.002Resultados antes de impostos: (F)-(E) = 24.872.845 -18.036.204Resultado consolidado com int. minoritários: (F)-(G)= 24.822.677 -18.069.267

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3. Demonstração Consolidada de Resultados por Funções em 30 de Junho de 2004 e 2003 (cont.) (montantes expressos em euros)

30.06.04 30.06.03

Vendas e prestação de serviços 47.631.346 20.767.049

Custo das vendas e prestação de serviços -76.321.545 -67.383.391

Resultados brutos -28.690.199 -46.616.342

Custos de distribuição -63.405 -51.649

Custos administrativos -2.482.995 -2.565.831

Outros proveitos operacionais 59.494.342 32.857.444

Resultados operacionais 28.257.743 -16.376.377

Custo líquido de financiamento -3.384.898 -1.659.826

Ganhos/(perdas) em filiais e associadas - -

Ganhos/(perdas) em outros investimentos - -

Resultados correntes 24.872.845 -18.036.204

Impostos sobre os resultados correntes -50.168 -33.063

Resultados correntes após impostos 24.822.677 -18.069.267

Resultados extraordinários - -

Impostos sobre os resultados extraordinários - -

Resultados consolidados líquidos 24.822.677 -18.069.267

Resultados por acção 1,65 -1,2

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4. Anexo às Demonstrações Financeiras em 30 de Junho de 2004 e

2003

Nota introdutória

A Futebol Clube do Porto – Futebol, S.A.D. (“FCPorto, SAD” ou “Sociedade”), com sede na Av. Fernão Magalhães, 1862, Torre das Antas-14º, 4350-158 Porto, foi constituída em 10 de Julho de 1997. A sua actividade principal consiste na participação na modalidade de futebol em competições desportivas de carácter profissional, promoção e organização de espectáculos desportivos. As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade para a apresentação de demonstrações financeiras consolidadas. As notas cuja numeração é omitida neste anexo não são aplicáveis ao Grupo ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras consolidadas anexas. Bases da consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal e, portanto, de acordo com os princípios contabilísticos e normas de consolidação consignados no Plano Oficial de Contabilidade, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei 238/91, de 2 de Julho, e com as directrizes contabilísticas da CNC. 1. Empresas incluídas na consolidação As empresas incluídas na consolidação, suas sedes sociais e

proporção do capital detido em 30 de Junho de 2004, são as seguintes:

Empresa

Sede social Percentagem capital detido

Futebol Clube do Porto – Futebol, S.A.D. Porto Empresa mãe

PortoComercial, S.A. Porto 93,5%

FCPortoMultimédia, S.A. Porto 59%

PortoEstádio, S.A. Porto 100%

Estas empresas subsidiárias foram incluídas na consolidação, pelo

método de integração global, com base no estabelecido na alínea a) do nº 1 do Artigo 1º do Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho (maioria dos direitos de voto)).

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7. Número médio de pessoal Nos exercícios findos em 30 de Junho de 2004 e 2003, o número

médio de pessoal ao serviço das empresas incluídas na consolidação foi como segue:

30-06-04 30-06-03 Órgãos Sociais (*) 8 6 Administrativos 80 58 Quadro Técnico 8 9 Quadro Técnico Auxiliar 12 12 Atletas 68 63 176 148

(*) Incluem um administrador não executivo.

10. Diferença de consolidação Incluídas no capital próprio

Descrição

Saldo inicial

Movimentos do exercício

Saldo final

PortoComercial, SA 1.131 - 1.131 Os saldos apresentados nesta rubrica foram originados na primeira

consolidação de demonstrações financeiras e correspondem à diferença entre o custo de aquisição das partes de capital detidas e a proporção dos capitais próprios que elas representavam, reportadas a 31 de Julho de 1998. Desta forma, esta rubrica compreende os resultados e reservas das empresas subsidiárias e associadas, acumulados até à data da primeira consolidação.

15. Consistência na aplicação de critérios valorimétricos Os principais critérios valorimétricos utilizados pelo Grupo foram

consistentes entre as empresas incluídas na consolidação e são os descritos na Nota 23.

18. Critérios de contabilização das participações em associadas As empresas englobadas na consolidação que detêm participações

financeiras em associadas, adoptam o critério de as valorizar nas suas demonstrações financeiras individuais pelo custo de aquisição.

Os critérios de contabilização utilizados para a valorização das

participações financeiras em empresas associadas não consolidadas são os expostos na Nota 23.

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23. Bases de apresentação e principais critérios valorimétricos utilizados

Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram

preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 1), mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.

Princípios de consolidação A consolidação das empresas subsidiárias referidas na Nota 1,

efectuou-se pelo método de integração global. As transacções e saldos significativos entre as empresas foram eliminados no processo de consolidação. O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiárias é apresentado no balanço na rubrica de interesses minoritários. As diferenças de consolidação, decorrentes da diferença entre o valor contabilístico das partes de capital e o valor da proporção do capital próprio que elas representam, reportados a 31 de Julho de 1998, foram registados no balanço consolidado no capital próprio.

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital

em empresas participadas em menos de 20%, foram valorizados ao custo de aquisição, ou pelo seu valor estimado de realização, quando este é mais baixo.

Principais critérios valorimétricos Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das

demonstrações financeiras consolidadas, foram os seguintes:

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição, à excepção do valor do plantel, o qual é acrescido do prémio de assinatura do contrato pago aos atletas, nos termos do nº 4 do artigo 3º da Lei nº. 103/97 de 13 de Setembro. O saldo da rubrica “Valor do plantel” inclui os custos associados à aquisição dos direitos de inscrição desportiva dos jogadores. Caso se estime uma perda no valor de realização destes direitos de inscrição desportiva de jogadores, o correspondente efeito é registado nas demonstrações financeiras. As amortizações do imobilizado incorpóreo são calculadas segundo o método das quotas constantes, utilizando-se para o efeito as taxas máximas definidas no Decreto Regulamentar nº 2/90, de 12 de Janeiro, à excepção do valor do plantel, o qual é amortizado em função da duração do contrato celebrado

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entre o jogador e a Sociedade, de acordo com a Lei nº103/97 de 13 de Setembro. Em Janeiro de 2004 a Sociedade celebrou com a First Portuguese Football Players Fund, S.A. (“Fundo”), um contrato de associação de interesses económicos que consubstancia uma parceria estratégica de investimento em direitos desportivos e direitos de imagem de jogadores de futebol, resultando na partilha dos riscos inerentes às aquisições e transferências de jogadores e das mais valias obtidas na proporção do investimento realizado. Dos mecanismos contratuais estabelecidos destacam-se: - A determinação de um período de garantia durante o qual

o jogador não pode ser transferido para um outro clube sem o acordo expresso da Sociedade e do Fundo;

- A determinação de um valor a partir do qual, findo o

período de garantia, a SAD e o Fundo poderão negociar a cedência dos direitos desportivos do jogador, mantendo a SAD o direito de preferência na aquisição dos direitos do Fundo;

- A determinação de uma remuneração do investimento a

receber pelo Fundo como contrapartida pela utilização desportiva do jogador pela SAD e que varia na relação inversa da maior projecção e valorização dos jogadores em função da competição europeia que estiverem a disputar.

Esta parceria assenta num conjunto de direitos relativos a percentagens que variam entre os 2,5% e os 25%, do valor de venda dos direitos desportivos de até 11 jogadores.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição. As amortizações do imobilizado corpóreo são calculadas segundo o método das quotas constantes, utilizando-se para o efeito as taxas máximas definidas no Decreto Regulamentar nº 2/90, de 12 de Janeiro.

c) Locação financeira

Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizadas pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na alínea anterior, são registados

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como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.

d) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros em empresas do grupo e associadas encontram-se registados ao custo de aquisição.

e) Provisão para cobranças duvidosas

A provisão para cobranças duvidosas foi calculada com base na avaliação das perdas estimadas pela não cobrança das contas a receber.

f) Conversão de transacções em moeda estrangeira Todos os activos e passivos em moeda estrangeira encontram-se expressos no balanço do final do exercício ao câmbio em vigor nessa data. As operações com terceiros em moeda estrangeira são registadas ao câmbio da data da factura. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data do seu pagamento, são registadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados do exercício.

g) Especialização de exercícios

As receitas e despesas encontram-se registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, e são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas encontram-se registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos.

h) Renovações contratuais dos jogadores profissionais

Os prémios acordados com os jogadores para a renovação do seu vínculo contratual, são registados em imobilizado incorpóreo e amortizados ao longo do período de duração do contrato.

i) Reconhecimentos de proveitos

Alienação dos direitos de inscrição desportiva dos jogadores

As receitas provenientes da alienação dos direitos de inscrição desportiva dos jogadores (“passe”) são registadas como proveitos suplementares pelo montante total da transacção deduzido do valor líquido contabilístico do respectivo “passe” e

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de outras despesas incorridas. O reconhecimento do rédito é efectuado no período em que se considere estarem substancialmente transferidos os riscos e benefícios dos direitos económicos inerentes aos “passes” dos jogadores.

Empréstimos de jogadores Os jogadores emprestados pela Sociedade a clubes terceiros, mantêm-se registados na rubrica de imobilizado incorpóreo e continuam a ser amortizados de acordo com o número de anos do contrato. Caso se estime uma perda no valor de realização dos direitos de inscrição desportiva de jogadores emprestados até ao término do respectivo período do contrato, é registado o correspondente efeito nas demonstrações financeiras. Prémios de participação em competições europeias Os prémios relativos à participação na UEFA Champions League, na Supertaça Europeia e na Taça Intercontinental são registados no exercício em que o direito de acesso é garantido, os quais são independentes da performance desportiva nessas competições (Nota 50). Proveitos diversos

Os proveitos relativos a direitos de transmissões, publicidade e patrocínios são reconhecidos na demonstração dos resultados de acordo com o período de duração dos respectivos contratos. Os proveitos relativos aos jogos são registados no período em que estes se realizam.

j) Impostos diferidos

A Sociedade não registou nas suas demonstrações financeiras impostos diferidos, por não existirem diferenças temporais materialmente relevantes entre o reconhecimento de despesas e receitas para fins contabilísticos e de tributação, excepto para os activos por impostos diferidos relativos a prejuízos fiscais reportáveis que, numa base de prudência, não foram registados. Em 30 de Junho de 2004, os prejuízos fiscais reportáveis ascendiam a aproximadamente 41.635.000 Euros.

24. Cotações utilizadas para conversão em Euros Foram utilizadas as seguintes taxas de câmbio para converter para

Euros os activos e passivos expressos em moeda estrangeira:

30-06-04 30-06-03

Dólar Americano 0,8277 EUR 0,8746 EUR

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25. Despesas de instalação e propriedade industrial

O valor registado na rubrica de propriedade industrial respeita ao direito de utilização da marca FCP por um período de 99 anos.

27. Movimento do activo imobilizado

Os movimentos ocorridos nas rubricas de imobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas e investimentos financeiros, no exercício, bem como nas respectivas amortizações acumuladas foram os seguintes:

ACTIVO BRUTO

Saldo

inicial

Aumentos

Alienaçõe

s

Transf e

abates

Saldo

final

Imobilizações incorpóreas:

Despesas de instalação 2.478.454 565.885 - (44.938) 2.999.401 Propriedade ind. e outros direitos 2.322.802 - - - 2.322.802

Valor do plantel 72.451.123 21.411.020 17.356.403 (9.007.836) 67.497.904 Imobilizações em curso 16.617.017 9.729.671 - (1.653.080) 24.693.608

93.869.396 31.706.576 17.356.403 (10.705.854) 97.513.715 Imobilizações corpóreas: Terrenos e recursos naturais 91.882 - - - 91.882 Edifícios e outras construções 527.157 661.425 - - 1.188.582 Equipamento básico 607.906 1.175.502 - 309.000 2.092.408 Equipamento de transporte 1.009.493 173.004 53.633 - 1.128.864 Equipamento administrativo 952.450 129.584 - - 1.082.034 Outras imobilizações corpóreas 22.222 - - - 22.222 Imobilizações em curso 309.000 500.935 - (309.000) 500.935

3.520.110 2.640.450 53.633 - 6.106.927

Investimentos financeiros: Títulos e out. Particip. Financ. 12.681 - - - 12.681

97.402.187 34.347.026 17.410.036 (10.705.854) 103.633.323

O aumento referido na rubrica “Valor do plantel” respeita à aquisição dos direitos de inscrição desportiva de jogadores, acrescidos dos encargos inerentes à operação de compra. Neste exercício, foram alienados direitos de inscrição desportiva relativos a diversos jogadores, alguns dos quais no âmbito do contrato celebrado com o Fundo mencionado em 23.a) acima, tendo estas transacções gerado proveitos de montante significativo (Nota 55). Os movimentos registados em “Transf. e Abates” incluem transferências de “passes” de jogadores de imobilizado em curso para o valor do plantel (1.653.080 Euros) e abates de “passes” de jogadores no montante líquido de aproximadamente 3.520.280 Euros, registado na demonstração dos resultados na rubrica de “Outros custos operacionais”.

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O saldo de imobilizações em curso, em imobilizado incorpóreo, inclui o montante de 14.963.937 Euros relativo à aquisição do direito de utilização semi-exclusiva do “Estádio do Dragão” por um período de 15 anos, a partir de 2018. Adicionalmente, inclui o montante de 9.729.671 Euros relativo à aquisição de direitos de inscrição desportiva de jogadores, a utilizar a partir da época desportiva 2004/2005.

AMORTIZAÇÕES E REINTEGRAÇÕES

Saldo

inicial

Reforços

Alienações

Transf e

abates

Saldo

final

Imobilizações Incorpóreas

Despesas de instalação 1.714.556 335.990 - - 2.050.546

Propriedade ind.e outros direitos

283.910 74.207 - - 358.117

Valor do plantel 38.827.040 17.696.135 8.880.176 (7.140.634) 40.502.365

40.825.506 18.106.332 8.880.176 (7.140.634) 42.911.028 Imobilizações corpóreas

Edifícios e outras construções 59.779 37.676 - - 97.455

Equipamento básico 411.381 173.227 - - 584.608

Equipamento de transporte 552.422 240.502 53.633 - 739.291

Equipamento administrativo 659.962 113.610 - - 773.572

Outras imobilizações corpóreas 5.555 2.778 - - 8.333

1.689.099 567.793 53.633 - 2.203.259

42.514.605 18.674.125 8.933.809 (7.140.634) 45.114.287

33. Dívidas a terceiros há mais de cinco anos

Em 30 de Junho de 2004, existia um empréstimo obtido junto de instituições financeiras, no montante total de 23.046.305 Euros, com reembolsos anuais entre 30 de Agosto de 2004 e 30 de Agosto de 2009. A parcela com vencimento num período superior a cinco anos ascende a aproximadamente 3.712.000 Euros.

34. Dívidas a terceiros cobertas por garantias reais Dos 33.958.727 Euros registados em dívidas bancárias, 23.046.305

Euros têm como garantia prestada a restrição de contas bancárias específicas para movimentação dos montantes referentes a bilhetes época, bilheteira e quotas FCP; 2.992.220 Euros têm como garantia prestada valores futuros a receber registados em contas de clientes; 1.900.000 Euros têm como garantia o valor dos “passes” de atletas; e 980.713 Euros têm como garantia prestada valores futuros a receber relativos à presença na Champions League.

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36. Vendas e prestações de serviços por actividade e mercados geográficos

O saldo da rubrica de “prestações de serviços” inclui essencialmente receitas desportivas relativas a vendas de bilhetes, lugares cativos e prémios de participação e de performance das várias competições em que a equipa participou a nível nacional e europeu. Daquele saldo, 25.104.432 Euros respeita à participação em competições europeias.

39. Remuneração dos membros dos órgãos sociais As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais nos

exercícios findos em 30 de Junho de 2004 e 2003, foram respectivamente:

30.06.04 30.06.03 Conselho de Administração 807.691 959.445 43. Contas não comparáveis com o exercício anterior

As demonstrações financeiras são comparáveis com as do exercício anterior, dado não terem ocorrido, nomeadamente, alterações de políticas contabilísticas ou do perímetro de consolidação.

44. Demonstração consolidada dos resultados financeiros Os resultados financeiros, têm a seguinte composição:

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45. Demonstração consolidada dos resultados extraordinários Os resultados extraordinários, têm a seguinte composição:

A rubrica de outros proveitos e ganhos extraordinários inclui o

montante de 423.634 Euros referente a reembolso de sinistros e 2.000.000 Euros referentes à compensação pela rescisão contratual com o treinador José Mourinho.

30.06.04 30.06.03Custos e perdas:Juros suportados 2.967.045 2.107.633Diferenças de câmbio desfavoráveis 520.517 193.306Descontos de pronto pagamento concedidos 466.505 -Outros custos e perdas financeiras 205.049 107.773

-------------- -------------4.159.116 2.408.712

Resultados financeiros -3.384.899 -1.659.827-------------- -------------

774.217 748.885======== =======

Proveitos e ganhos: Juros obtidos 2.718 41.105Diferenças de câmbio favoráveis 747.503 702.500Descontos de pronto pagamento obtidos 23.750 -Outros proveitos e ganhos financeiros 246 5.280

------------ -------------774.217 748.885

======= ========

30.06.04 30.06.03Custos e perdas:Dívidas incobráveis 2.527 18.701Perdas em existências - 16.494Multas e penalidades 4.369 9.352Correcções relativas a exercícios anteriores 615 1.000Outros custos e perdas extraordinários 723 768

------------ ---------8.234 46.315

Resultados extraordinários 2.550.289 35.798------------ ---------2.558.523 82.113

======= =====Proveitos e ganhos:Ganhos em existências - 657Ganhos em imobilizações 26.800 65.952Correcções relativas a exercícios anteriores 75.426 698Outros proveitos e ganhos extraordinários 2.456.297 14.806

------------ -------------2.558.523 82.113

======= =======

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46. Movimento ocorrido nas provisões Durante o exercício realizaram-se os seguintes movimentos nas

contas de provisões: Saldo

inicial

Aumento

Utilização /

reposição

Saldo

final

Provisões para cobranças duvidosas

731.134 339.649 72.074 998.709

Provisões para depreciação de existências

- 37.601 12.601 25.000

731.134 377.250 84.675 1.023.709 47. Locação financeira Em 30 de Junho de 2004, o Grupo mantém os seguintes bens em

regime de locação financeira: Valor

bruto

Amortizações

acumuladas

Valor

Líquido

PortoComercial

Contrato nº 104169 Imóvel 275.645 27.564 248.081 Contrato nº 9816437 Viatura 19.952 14.964 4.988 Contrato nº 9816438 Viatura 19.703 14.777 4.926 Contrato nº 14203 Viatura 39.500 19.750 19.750 354.800 77.055 277.745 Futebol Clube do Porto – Futebol, S.A.D Contrato nº 103941 Imóvel 144.999 31.900 113.099 Contrato n.º 200043859

Viatura 20.880 20.880 -

Contrato n.º 9812284 Viatura 129.687 129.687 - Contrato n.º 98133335 Viatura 69.084 51.813 17.271 Contrato n.º 9815107 Viatura 53.870 40.403 13.467 Contrato n.º 9814781 Viatura 57.362 43.021 14.341 Contrato n.º 9815559 Viatura 30.620 22.965 7.655 Contrato n.º 10200432 Viatura 23.833 17.874 5.959 Contrato n.º 200203459

Viatura 22.518 16.888 5.630

Contrato n.º 67233 Viatura 44.415 12.029 32.386 Contrato n.º 200307016

Viatura 44.415 12.029 32.386

Contrato n.º 32409 Viatura 22.500 6.562 15.938 Contrato n.º 51967 Viatura 32.384 10.120 22.264 Contrato nº. 2001119 Viatura 28.753 3.594 25.159 Contrato nº. 2001240 Viatura 16.670 2.084 14.586 741.990 421.849 320.141 PortoEstádio

Contrato nº 400000786 Equip. inform. 1.030.000 64.375 965.625 Contrato nº 200309666 Viatura 55.764 12.779 42.985 Contrato nº 200310424 Viatura 71.815 16.458 55.357 Contrato nº 200212850 Viatura 22.598 9.416 13.182 1.180.177 103.028 1.077.149

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Conforme indicado na Nota 23.c) o Grupo regista os seus bens pelo método financeiro. O passivo associado a estes contratos ascende a 1.259.553 Euros, do qual 619.036 Euros tem um vencimento no médio e longo prazo .

48. Dívidas tituladas O valor total das dívidas tituladas ascende em 30 de Junho de 2004

a 7.437.266 Euros. 49. Informação por segmentos

Em termos operacionais, o Grupo encontra-se organizado em dois segmentos principais: Segmento A: actividade relacionada com a participação na

modalidade de futebol em competições desportivas de carácter profissional, promoção e organização de espectáculos desportivos

Segmento B: actividade relacionada com a comercialização de

direitos de imagem, sponsorização, merchandising e licenciamento de produtos

O segmento de outros serviços engloba as actividades das subsidiárias FCPorto Multimédia, S.A. e PortoEstádio, S.A..

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Segmento

A

Segmento

B

Outros

serviços

Eliminaçõe

s

Consolidad

o

Réditos

Proveitos operacionais externos

104.774.767 6.070.333 3.967.777 - 114.812.877

Proveitos operacionais inter-segmentais

1.874.770 1.075.759 - (2.950.529) -

Réditos totais 106.649.537 7.146.092 3.967.777 (2.950.529) 114.812.877

Resultados Resultados segmentais/operacionais

25.502.007 196.207 9.240 - 25.707.454

Custos financeiros 4.069.470 21.899 67.746 4.159.115 Proveitos financeiros 771.845 1.541 832 774.218 Parte de resultados líquidos de associadas

(9.153) - - 9.153 -

Impostos sobre os lucros (39.954) (4.909) (5.305) - (50.168) Resultados de actividades ordinárias

22.155.275 170.940 (62.979) 9.153 22.272.389

Resultados extraordinários 2.567.639 (2.473) (628) (14.248) 2.550.290 Interesses minoritários 25.436 25.436 Resultado líquido 24.848.113 Activos líquidos do segmento 146.766.379 4.749.356 6.802.031 (4.338.423) 153.979.343 Investimento em associadas 262.134 50.110 5.000 (304.563) 12.681 Activos líquidos totais consolidados

153.992.024

Passivos do segmento 106.090.545 4.775.294 6.147.160 (3.942.416) 113.070.583 Passivos totais consolidados 113.070.583 Investimento em imobilizado 23.703.464 220.456 1.947.414 25.871.334 Amortizações do exercício 18.354.097 168.251 151.777 18.674.125

50. Acréscimos e diferimentos Em 30 de Junho de 2004, os saldos destas rubricas tinham a

seguinte composição:

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A rubrica de acréscimos de proveitos “Prémios” inclui os montantes relativos aos prémios de participação na Supertaça Europeia (1.307.617 Euros), na Liga dos Campeões 2004/2005 (3.595.946 Euros) e na Taça Intercontinental (2.942.138 Euros). A diminuição do saldo do acréscimo de proveito (registada na rubrica da demonstração dos resultados “Outros custos operacionais”) referente ao pedido de indemnização relativo ao jogador “Feher”, justifica-se pelo facto de em Janeiro de 2004 a Comissão Arbitral ter emitido uma decisão pela qual o valor a ser

30-06-2004 30-06-2003Acréscimos de proveitos: Valores a facturar - 22.511Prémios 7.845.701 5.477.465

Alienação do “passe” do Ricardo Carvalho 30.000.000 -Indemnização “Feher” 600.000 4.000.000Outros 848.010 37.410

------------ ------------39.293.711 9.537.386

======== =======Custos diferidos:Custos relacionados com publicidade 87.371 206.056Seguros 21.302 477.270Outros 619.984 930.195

---------- ------------ 728.657 1.613.521

====== =======Acréscimos de custos:Seguros a liquidar 101.208 329.880Remunerações a liquidar 434.507 475.410Custos associados à alienação dejogadores 8.977.258 902.084Custos associados a abates de “passes” dejogadores 5.009.315 0Prémios a pagar 5.846.528 4.047.907Outros 6.113.078 915.836

------------- ------------26.481.894 6.671.117

======== =======Proveitos diferidos:Direitos de transmissões 1.425.000 1.583.503Reservas de lugares anuais 153.861 2.418.509

Cedência de direitos de comercialização 1.523.895 1.786.504Publicidade 875.386 1.301.040Outros 1.149.139 997.387

------------ ------------5.127.281 8.086.943

======= =======

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pago pelo Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD ascende a 600.000 Euros, acrescido de juros desde aquela data. Ambas as sociedades recorreram da decisão por não estarem de acordo com a mesma. O saldo da rubrica “Custos associados a abates de “passes” de jogadores” (registado na demonstração dos resultados na rubrica de “Outros custos operacionais”) respeita às perdas estimadas no valor de realização do valor líquido contabilístico dos direitos de inscrição desportiva de jogadores que à data da preparação das demonstrações financeiras se encontram emprestados até ao término do respectivo período do contrato ou que rescindiram contratualmente. A rubrica de “Outros acréscimos de custos” inclui o montante de 3.170.000 Euros relativo ao mecanismo de solidariedade contemplado no regulamento da FIFA e associado à alienação de direitos de inscrição desportiva de jogadores.

51. Empréstimos obtidos Em 30 de Junho de 2004, o detalhe dos empréstimos obtidos era o

seguinte:

Em Dezembro de 2003 foi concluída a Oferta Pública de Subscrição

de 2.300.000 obrigações representativas do empréstimo obrigacionista "F.C.Porto - Futebol, SAD”, no montante global de 11.500.000 Euros. Os juros das obrigações vencem-se semestral e postecipadamente, com pagamento a 9 de Junho e 9 de Dezembro de cada ano de vida das obrigações, tendo ocorrido o primeiro pagamento a 9 de Junho de 2004. A taxa de juro das obrigações é fixa e igual a 5,35 % ao ano, e os juros são calculados tendo por base meses de 30 dias cada, num ano de 360 dias. O empréstimo tem a duração de três anos, sendo o reembolso efectuado ao valor nominal, de uma só vez, em 9 de Dezembro de 2006.

Curto Médio ePrazo Longo Prazo

Empréstimos externos:

Empréstimos bancários 9.700.901 21.052.671

Contas caucionadas 2.493.989 -

Descobertos bancários 711.166 -

-------------- -------------

12.906.056 21.052.671======== ========

Empréstimos por obrigações:Não convertíveis - 11.500.000

======== ========

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52. Dívidas de terceiros – clientes

Em 30 de Junho de 2004, esta rubrica apresenta a seguinte

composição:

Valor Clientes, c/c – Curto prazo: Clientes – Operações correntes 5.639.450 Clientes – Vendas de jogadores 38.189.761 43.829.211 Clientes, c/c – Médio e longo prazo: Clientes – Vendas de jogadores 2.000.000 Clientes – Títulos a receber – Médio e longo prazo: Clientes – Vendas de jogadores 2.250.000

53. Variação nas rubricas de capital próprio

O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio, durante o exercício findo em 30 de Junho de 2004, foi como segue:

Saldo inicial

Aumentos

Diminuições

Transferências

Saldo final

Capital 75.000.000 - - - 75.000.000 Diferenças de consolidação

1.131 - - - 1.131

Prémios emissão acções

259.675 - - - 259.675

Reservas legais 15.944 - - - 15.944 Reservas livres 239.630 - - - 239.630 Resultados transitados

(41.300.468) - 90.506 (18.052.078) (59.443.052)

Resultados líquidos (18.052.078) 24.848.113 - 18.052.078 24.848.113 16.163.834 24.848.113 90.506 - 40.921.441

Reserva legal: A legislação comercial estabelece que, pelo menos, 5% do resultado líquido anual tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente pelo menos 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital.

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54. Identificação de pessoas colectivas com mais de 20% do

capital

Em 30 de Junho de 2004 as pessoas colectivas com uma participação superior a 20 % do capital subscrito eram as seguintes:

Nº de

Acções Percentagem

Futebol Clube do Porto 6.000.000 40%

Sportinvest – SGPS, SA 3.242.871 22%

Amorim Investimentos e Participações, SGPS, SA

2.718.185 18%

55. Proveitos suplementares

Em 30 de Junho de 2004 e 2003 esta rubrica apresentava a seguinte composição:

30.06.04 30.06.03 Actividades comerciais Royalties 48.754 63.535 Publicidade 3.252.216 3.696.760 Direitos de transmissões 5.833.676 6.228.857 Actividades comerciais 63.563 65.367 9.198.209 10.054.519 Outros proveitos suplementares Empréstimos de jogadores 2.066.770 1.088.867 Publicidade 1.983.831 - Transferências 49.813.773 9.867.271 Indemnização “Feher” - 4.000.000 Outros proveitos suplementares 840.850 370.126 54.705.224 15.326.264 63.903.433 25.380.783

O saldo da rubrica “Transferências” inclui os proveitos líquidos resultantes de cedências de direitos de inscrição de jogadores, do qual aproximadamente 46.044.000 Euros respeitam aos jogadores Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira e Deco. Relativamente ao jogador Ricardo Carvalho, cujo proveito líquido ascendeu a aproximadamente 21.680.000 Euros, a transferência definitiva dos direitos de inscrição desportiva apenas ocorreu em 26 de Julho com a celebração de um acordo junto do Chelsea Football Club Limited, conforme difundido ao mercado em 27 de Julho. Contudo, a FCPorto, SAD considera, para efeitos de reconhecimento contabilístico do rédito e dos competentes gastos associados à transferência deste jogador, a data de 22 de Junho de 2004 em virtude de ter celebrado nesta data um acordo com

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entidade terceira que no entendimento da sociedade (confirmado pela CMVM que analisou este acordo) garantiu a cedência, em termos substanciais, dos riscos e benefícios dos direitos económicos inerentes àquele jogador, mesmo se posteriormente a cedência dos direitos de inscrição desportiva não se viesse a concretizar.

56. Eventos subsequentes

Subsequentemente à data das demonstrações financeiras ocorreram diversos factos que, pela sua relevância, são apresentados de seguida:

i) Aquisição no início de Julho de 2004 dos direitos de inscrição desportiva (“passe”) do jogador Hélder Postiga ao Tottenham Hotspur Football Club pelo valor de 7,5 milhões de Euros, tendo celebrado com o referido atleta um contrato com a duração de cinco épocas desportivas.

ii) Aquisição no final de Julho de 2004 do “passe” do jogador Diego

pelo valor de 7 milhões de Euros, tendo celebrado com o referido atleta um contrato com a duração de cinco épocas desportivas.

iii) Aquisição dos direitos de inscrição desportiva do jogador Luís

Fabiano ao São Paulo F.C., tendo celebrado com o referido atleta um contrato com a duração de cinco épocas desportivas. Nesta operação a Sociedade investiu 1.875.000 Euros correspondentes a 25% do “passe” do jogador, sendo os restantes 75% detidos pela Global Soccer Investments.

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5. Demonstração dos Fluxos de Caixa

(montantes expressos em euros)

30.06.04 30.06.03ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de clientes 48.189.339 35.830.360Pagamentos a fornecedores -6.467.599 -14.697.731Pagamentos ao pessoal -40.361.773 -25.524.039

Fluxo gerado pelas operações 1.359.967 -4.391.410Pagamento/recebimento do imposto sobre o -132.605 -77.282Outros recebimentos/pagamentos relacionados 2.703.708 1.945.843Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 3.931.071 -2.522.849Recebimentos relacionados com rubricas 2.108.089 15.500Pagamentos relacionados com rubricas -8.234 -11.117

Fluxos das actividades operacionais 6.030.926 -2.518.466

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Recebimentos provenientes de:Investimentos financeiros - 5.000Imobilizações corpóreas 26.800 65.952Imobilizações incorpóreas e em curso 16.517.750 12.636.135Juros e proveitos similares 2.964 46.366

Sub-total 16.547.514 12.753.453Pagamentos respeitantes a:Investimentos financeiros - -30.000Imobilizações corpóreas -1.831.716 -263.308Imobilizações incorpóreas e em curso -29.666.510 -21.944.525

Sub-total -31.498.226 -22.237.832Fluxos das actividades de investimento -14.950.712 -9.484.380

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos provenientes de:Aumento de capital, prestações suplementares e - -Empréstimos 26.987.263 26.081.663

Sub-total 26.987.263 26.081.663Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos -13.983.161 -12.367.695Juros e custos similares -2.067.369 -2.265.771Accionistas - -

Sub-total -16.050.530 -14.633.466Fluxos das actividades de financiamento 10.936.733 11.448.197

Variação de caixa e seus equivalentes 2.016.947 -554.649Efeito das diferenças de câmbioCaixa e seus equivalentes no início do período -257.301 297.348Caixa e seus equivalentes no fim do período 1.759.646 -257.301

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6. Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa

(montantes expressos em euros)

NOTA INTRODUTÓRIA

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no

Plano Oficial de Contabilidade. As notas cuja numeração se encontra

ausente deste documento não são aplicáveis à Sociedade.

2. Discriminação dos componentes de caixa e seus

equivalentes

30.06.04 30.06.03

Numerário 45.577 28.764 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis

2.425.235 286.597

Outros depósitos - - Descobertos bancários (711.166) (572.663) Caixa e seus equivalentes 1.759.646 (257.301)

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7. Certificação Legal de Contas

Introdução 1. Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal

das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada contida no Relatório de Gestão e as demonstrações financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 30 de Junho de 2004 da Futebol Clube do Porto – Futebol , S.A.D. e subsidiárias (“Sociedade” ou “Grupo”), as quais compreendem o Balanço consolidado em 30 de Junho de 2004 que evidencia um total de 153.992.024 Euros e capitais próprios de 40.921.441 Euros, incluindo um resultado líquido de 24.848.113 Euros, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções, a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades 2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Futebol Clube

do Porto – Futebol, S.A.D.; (i) a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; (iv) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou os seus resultados.

3. A nossa responsabilidade consiste em examinar a informação

financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, incluindo a verificação se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame.

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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Âmbito 4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas

Técnicas e as Directrizes de Revisão / Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Este exame incluiu, igualmente, a verificação das operações de consolidação e de terem sido apropriadamente examinadas as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações, a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas, e a apreciação, para os aspectos materialmente relevantes, se a informação financeira é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do Relatório de Gestão com os restantes documentos de prestação de contas consolidadas. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Reserva 5. A Sociedade registou na demonstração dos resultados do exercício

findo em 30 de Junho de 2004 custos respeitantes a exercícios anteriores, no montante líquido de aproximadamente 13.300.000 Euros, relativos à regularização de um conjunto de activos reflectidos no balanço em 30 de Junho de 2003 por valores não integralmente realizáveis, os quais foram objecto de reservas no nosso relatório datado de 1 de Outubro de 2003 sobre as demonstrações financeiras da Sociedade referidas a 30 de Junho de 2003. Caso aqueles custos tivessem sido reconhecidos nos exercícios aos quais respeitavam, o resultado líquido do exercício findo em 30 de Junho de 2004 viria aumentado em cerca de 13.300.000 Euros e o saldo negativo da rubrica do capital próprio “Resultados transitados” viria aumentado de igual montante.

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Opinião 6. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos do assunto descrito no

parágrafo 5 acima, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima, apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Futebol Clube do Porto – Futebol, S.A.D. e suas subsidiárias em 30 de Junho de 2004, o resultado consolidado das suas operações e os seus fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a informação financeira nelas constante é, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 4 acima, completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Porto, 14 de Outubro de 2004 ___________________________________________ LEDO, MORGADO & ASSOCIADOS - SROC, S.A. Representada por Jorge Bento Martins Ledo

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8. Relatório de Auditoria

Aos Accionistas e ao Conselho de Administração da Futebol Clube do Porto – Futebol, S.A.D. 1. Auditámos as demonstrações financeiras consolidadas anexas da

Futebol Clube do Porto – Futebol, S.A.D. (“Sociedade”), as quais compreendem o Balanço consolidado em 30 de Junho de 2004, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos. Estas demonstrações financeiras consolidadas são da responsabilidade do Conselho de Administração da Sociedade. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada na nossa auditoria daquelas demonstrações financeiras consolidadas.

2. A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as normas de auditoria

geralmente aceites em Portugal, as quais exigem que a mesma seja planeada e executada com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Esta auditoria incluiu a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras consolidadas e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração da Sociedade, utilizadas na sua preparação. Esta auditoria incluiu igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas. Entendemos que a auditoria efectuada proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

3. A Sociedade registou na demonstração dos resultados do exercício

findo em 30 de Junho de 2004 custos respeitantes a exercícios anteriores, no montante líquido de aproximadamente 13.300.000 Euros, relativos à regularização de um conjunto de activos reflectidos no balanço em 30 de Junho de 2003 por valores não integralmente realizáveis, os quais foram objecto de reservas no nosso relatório datado de 1 de Outubro de 2003 sobre as demonstrações financeiras da Sociedade referidas a 30 de Junho de 2003. Caso aqueles custos tivessem sido reconhecidos nos exercícios aos quais respeitavam, o resultado líquido do exercício findo em 30 de Junho de 2004 viria aumentado em cerca de 13.300.000 Euros e o saldo negativo da rubrica do capital próprio “Resultados transitados” viria aumentado de igual montante.

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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4. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos do assunto descrito no

parágrafo 3 acima, as demonstrações financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Futebol Clube do Porto – Futebol, S.A.D., em 30 de Junho de 2004, bem como o resultado consolidado das suas operações no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

Porto, 14 de Outubro de 2004 DELOITTE

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9. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal

Aos Accionistas da Futebol Clube do Porto – Futebol, S.A.D.

Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi conferido, vimos submeter à vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas consolidadas da Futebol Clube do Porto – Futebol, S.A.D. (“Sociedade”), relativos ao exercício findo em 30 de Junho de 2004, os quais são da responsabilidade do Conselho de Administração.

Acompanhámos a evolução da actividade e os negócios da Sociedade, bem como das principais empresas englobadas na consolidação, a regularidade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento dos normativos legal e estatutário em vigor, tendo recebido do Conselho de Administração e dos diversos serviços da Sociedade e das principais empresas englobadas na consolidação todas as informações e esclarecimentos solicitados.

No âmbito das nossas funções, examinámos o Balanço consolidado em 30 de Junho de 2004, as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções, a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data e os respectivos Anexos. Adicionalmente, procedemos a uma revisão do Relatório de Gestão do exercício findo em 30 de Junho de 2004 preparado pelo Conselho de Administração, e analisámos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre as contas consolidadas, elaborada pelo Revisor Oficial de Contas nesta data, vogal deste Conselho, a qual inclui no seu parágrafo 5 uma reserva, e que mereceu o nosso acordo.

Face ao exposto somos da opinião que, excepto para os efeitos do assunto descrito no parágrafo 5 da Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria, as demonstrações financeiras consolidadas supra referidas e o Relatório de Gestão, estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Accionistas.

Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços da Sociedade o nosso apreço pela colaboração que nos prestaram. Porto, 14 de Outubro de 2004

____________________________________________ Dr. Domingos José Vieira de Matos

____________________________________________

LEDO, MORGADO & ASSOCIADOS - SROC, S.A. Representada por Dr. Jorge Bento Martins Ledo

____________________________________________

Dr. Joaquim Manuel Sousa Ribeiro

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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C. Relatório sobre o Governo das Sociedades

Capítulo 0 - Declaração de Cumprimento

A Futebol Clube do Porto – Futebol SAD elaborou este relatório de

acordo com as normas constantes do Regulamento da CMVM

n.º11/2003.

A sociedade cumpre as seguintes recomendações da CMVM sobre o

governo das sociedades cotadas:

• A sociedade tem um sistema de controlo interno para detecção

eficaz de riscos ligados à actividade da empresa;

• A sociedade não tem qualquer medida adoptada no sentido de

impedir ofertas públicas de aquisição que desrespeitem os

interesses da sociedade e dos accionistas;

• O órgão de administração é composto por uma pluralidade de

membros que exercem uma orientação efectiva em relação à

gestão da sociedade e dos seus responsáveis;

• O órgão de administração inclui membros que não estão

associados a grupos de interesses específicos, maximizando

desta forma a prossecução dos interesses da sociedade;

• A sociedade possui uma estrutura permanente de controlo

interno com responsabilidades na avaliação da estrutura e

governo societários;

• Os membros da comissão de vencimentos são independentes

relativamente aos membros do órgão de administração;

• A sociedade não tem definidos quaisquer planos de atribuição de

acções;

A sociedade não cumpre com as seguintes recomendações:

• Não existe na sociedade um gabinete de apoio ao investidor. No

entanto, as responsabilidades inerentes a esta função são

garantidas pelo representante para as relações com o mercado

de capitais.

• Está imposta uma antecedência de bloqueio das acções para

participação em assembleia superior a cinco dias úteis (oito

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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dias), situação esta que será corrigida pela sociedade já a partir

da próxima assembleia.

• A remuneração dos membros do órgão de administração não é

objecto de divulgação em termos individuais, pelo facto da

sociedade considerar que a apresentação desta informação de

forma agregada é suficiente.

Capítulo 1 - Divulgação de Informação

1. Organigrama da Sociedade

Neste capítulo identifica-se a repartição de funções entre os vários

departamentos da sociedade através do organigrama funcional da FCP-

SAD.

2. Não existem quaisquer comissões específicas na sociedade em

relação a temáticas como a ética, avaliação de estrutura e governo

societários.

Gab. Prospecção

Relações Públicas Contabilidade Informática Tesouraria Pessoal Equipa A Equipa B Juniores A Juniores B

Conselho Administração

Direcção Geral

Dep.Administ. Financeiro

Org. Eventos Aprovisionamento

Dep. Relações Externas

Gab.Controle de Gestão

Coord. Fut. Juvenil

Gab. Jurídico

Dep. Futebol

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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3. O sistema de controle de riscos implementado na sociedade

consiste fundamentalmente na análise periódica e exaustiva de rácios e

mapas de controle financeiro.

4. Evolução da cotação das acções da F.C.Porto - Futebol, SAD

O comportamento dos títulos da sociedade pode-se considerar positivo

até Abril em função de vários factores nomeadamente o comportamento

sensacional da equipa nos palcos nacionais e internacionais. Numa

conjuntura de crescimento do principal índice de referência do mercado

nacional, a cotação atingiu um máximo de fecho de 3,49€ a 18 de

Março, tendo a cotação mínima de fecho sido concretizada no início do

exercício nos 2,76€. A partir desse momento a realização de mais valias

foi preponderante na evolução do seu preço e as oscilações verificadas

foram várias. Estes momentos reflectem igualmente uma grande

volatilidade dos mercados e um arrefecimento das expectativas da

maioria dos agentes económicos.

5. Política de Distribuição de Dividendos

A FCP-SAD não tem definidos os termos da sua política de distribuição

de dividendos e, desde a sua constituição, nunca distribuiu dividendos.

Evolução da Cotação FCP-SAD

2

2,5

3

3,5

4

4,5

(Eur)

FCP-SAD PSI-20 DJ Stoxx Football

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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6. Planos de Atribuição de Acções e Opções de Aquisição de Acções

Não existe qualquer plano de atribuição, quer de acções, quer de opções

de aquisição de acções.

7. Não existem quaisquer negócios significativos em termos

económicos para qualquer das partes envolvidas realizados entre a

sociedade e os membros dos órgãos de administração, fiscalização,

titulares de participações qualificadas ou sociedades que se encontrem

em relação de domínio ou de grupo, excepto no que respeita aos

negócios ou operações que, cumulativamente, sejam realizados em

condições normais de mercado para operações similares e façam parte

da actividade corrente da sociedade.

8. A FCP-SAD não dispõe actualmente de um Gabinete de Apoio ao

Investidor, cabendo ao Representante para as Relações com o Mercado

de Capitais a disponibilização de informação aos accionistas e

investidores.

Nos termos e para o efeito do n.º4 do art.º 205º do CVM, o

representante da FCP-SAD para as relações com o mercado é o Dr.

Fernando Soares Gomes da Silva, membro do Conselho de

Administração.

Para os efeitos decorrentes do exercício das respectivas funções, a

morada, o número de telefone e de telefax e o endereço de e-mail do

representante para as relações com o mercado são os seguintes:

Endereço : Torre das Antas - Avenida Fernão de Magalhães,

1862, 14º Piso 4350 - 158 PORTO

Telefone : 22.5070500

Telefax : 22.5506931

E-Mail : [email protected]

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9. Comissão de Vencimentos

A Comissão de Vencimentos da FCP-SAD tem por finalidade fixar a

remuneração dos titulares dos Órgãos Sociais da sociedade e definir a

política de remunerações a aplicar aos membros do Conselho de

Administração da FCP-SAD. Esta comissão é actualmente composta pelo

Dr. Domingos Matos, Dr. Jorge Armindo e Dr. Alípio Dias.

10. A remuneração anual paga ao auditor pelas sociedades que

pertencem ao perímetro de consolidação da FCP-SAD é a seguinte:

a) Serviço de revisão legal de contas: 30.950 Euros

b) Outros serviços de garantia de fiabilidade: 12.600 Euros

Capítulo 2 - Exercício do Direito de Voto e Representação de

Accionistas

1. Não existem quaisquer regras estatutárias que afastem o direito de

voto por correspondência

2. É admitido, nos termos do disposto no artigo 22º do Código dos

Valores Mobiliários, o voto por correspondência.

3. Não é possível o exercício do direito de voto por meios electrónicos

4. Só poderão participar na Assembleia Geral Ordinária os Accionistas

que tenham demonstrado a sua qualidade de Accionista, através de

carta emitida por intermediário financeiro, que dê entrada na sociedade

no prazo de oito dias antes da data de realização da Assembleia. Nos

termos do disposto no n.º 2 do artigo 20.º dos Estatutos da sociedade,

os Accionistas só poderão comparecer na Assembleia se comunicarem

essa intenção ao Presidente da Assembleia Geral, por escrito, até três

dias antes da data da sua realização.

Os Accionistas que sejam pessoas singulares poderão fazer-se

representar nas reuniões da Assembleia Geral por cônjuge, ascendente

ou descendente, administrador ou outro Accionista, mediante carta

dirigida ao Presidente da Mesa que indique o nome, domicílio do

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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representante e lugar, dia e ordem de trabalhos da Assembleia. As

pessoas colectivas far-se-ão representar pela pessoa que para o efeito

designarem através de carta cuja autenticidade será apreciada pelo

Presidente da Mesa.

5. As declarações de voto por correspondência, endereçadas ao

Presidente da Mesa da Assembleia Geral, deverão dar entrada na

Sociedade até às 18 horas do 5º dia útil anterior ao dia designado para

a Assembleia Geral, em envelope lacrado, devendo as assinaturas dos

Accionistas estar reconhecidas notarialmente ou certificadas pela

sociedade.

6. Para efeito do exercício do direito de voto, a cada acção corresponde

um voto.

Capítulo 3 - Regras Societárias

1. A FCP-SAD tem um código de conduta que rege matérias de natureza

ética, sigilo e de conflito de interesses, possuindo também um

regulamento interno, específico para os seus jogadores de futebol

profissional, onde se determinam um conjunto de regras às quais deve

obedecer o seu desempenho profissional.

2. A FCP-SAD não possui unidades orgânicas especificamente dedicadas

à auditoria interna existindo, no entanto um Gabinete de Controle de

Gestão que tem implementado procedimentos (como o controle

orçamental trimestral, a análise periódica de diversos indicadores de

gestão e dos sistemas de informação) que permitem o controlo do risco

da actividade da sociedade.

3. Não existem limites ao exercício do direito de voto para além das

regras descritas no Ponto 2 deste relatório. O F.C.Porto, principal

accionista da sociedade, tem direitos especiais, conforme os estatutos

da sociedade. As acções detidas por esta instituição conferem sempre

direito de veto das deliberações da assembleia geral que tenham por

objecto a fusão, cisão, transformação ou dissolução da sociedade e

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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alteração dos seus estatutos, o aumento e a redução do capital social e

a mudança da localização da sede. Não existe qualquer acordo

parassocial com a natureza dos mencionados no Art.º 19 do Código dos

Valores Mobiliários relativamente ao exercício de direitos sociais, ou à

transmissibilidade de acções da FCP-SAD. Não existe, nomeadamente,

qualquer sindicato de voto ou acordo de defesa contra ofertas públicas

de aquisição (OPA).

Capítulo 4 - Órgão de Administração

1a. Repartição de competências entre administradores

Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD

Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa Presidente do Conselho de Administração

Reinaldo da Costa Teles Pinheiro Área do Futebol

Fernando Soares Gomes da Silva Área Administrativa e Financeira, Mercado de Capitais

Adelino Sá e Melo Caldeira Área Jurídica, Marketing e Relações Públicas

Rui Miguel Duarte Alegre Administrador Não Executivo

Os membros do Conselho de Administração são todos independentes.

1b. Outros Cargos Desempenhados pelos Membros do Conselho de

Administração

Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa

Presidente da Direcção do FCPorto

Presidente do Conselho de Administração da "InvestiAntas, SGPS, SA"

Presidente do Conselho de Administração da "EuroAntas, Promoção e Gestão de

Empreendimentos Imobiliários, SA"

Presidente do Conselho de Administração da "PortoEstádio, Gestão e Exploração

de Equipamentos Desportivos, SA"

Presidente do Conselho de Administração da "Fundação PortoGaia para o

Desenvolvimento Desportivo"

Presidente do Conselho de Administração da "FCPortoMultimédia - Edições

Multimédia, SA"

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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Adelino Sá e Melo Caldeira

Vice-Presidente da Direcção do FCPorto

Vogal do Conselho de Administração da "Investiantas, SGPS, SA"

Vogal do Conselho de Administração da "EuroAntas, Promoção e Gestão de

Empreendimentos Imobiliários, SA"

Vogal do Conselho de Administração da "PortoEstádio, Gestão e Exploração de

Equipamentos Desportivos, SA"

Vogal do Conselho de Administração da "FCPortoMultimédia - Edições Multimédia,

SA"

Vogal do Conselho de Administração da "PortoComercial, Soc.Comercialização,

Licenciamento e Sponsorização, SA"

Reinaldo Teles da Costa Pinheiro

Vice-Presidente da Direcção do FCPorto

Fernando Soares Gomes da Silva

Vice-Presidente da Direcção do FCPorto

Vogal do Conselho de Administração da "EuroAntas, Promoção e Gestão de

Empreendimentos Imobiliários, SA"

Vogal do Conselho de Administração da "FCPortoMultimédia - Edições Multimédia,

SA"

Vogal do Conselho de Administração da "PortoComercial, Soc. Comercialização,

Licenciamento e Sponsorização, SA"

Rui Miguel Duarte Alegre

- Amorim Broking – Investimentos e Participações Financeiras, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Amorim Broking, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Amorim Capital, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Amorim.Com, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Amorim Desenvolvimento, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Amorim - Enternainment e Gaming International, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Amorim Financial, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Amorim Hotéis e Serviços, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Amorim & Irmãos, SA (Vogal da Comissão de Vencimento)

- Amorim Imobiliária, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Amorim – Investimentos e Participações, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Amorim Projectos, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Amorim - Serviços e Gestão, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Amorim Têxtil, SGPS, SA (Vice-Presidente do Conselho de Administração)

- Amorim Trading – Comércio de Importação e Exportação, SA (Vogal do Conselho de Administração)

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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- Amorim Turismo, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Amorim - Viagens e Turismo, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Aplicação Urbana, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Aplicação Urbana II – Investimento Imobiliário, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Aplicação Urbana III – Investimento Imobiliário, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Aplicação Urbana V – Investimento Imobiliário, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Aplicação Urbana VI – Investimento Imobiliário, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Aplicação VII – Investimento Imobiliário, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Aplicação Urbana VIII – Investimento Imobiliário, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Aplicação Urbana IX – Investimento Imobiliário, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Chardon – Serviços de Consultadoria, Lda (Gerente)

- CMTP – Companhia de Tecnologias Multimédia de Portugal, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Drayana – Trading e Marketing, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- E.Stations – Indústria Metalomecânica, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Ebanus – Investimentos Imobiliários e Turísticos, SA (Vogal de Conselho de Administração)

- ECCE – Estabelecimento de Comissões, Consignações e Empreendimentos, Lda (Gerente)

- Em Comunidade – Serviços de Telemática, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Empresa Mixta Granmar, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Encostarrábida – Investimento Imobiliário, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Escritórios da Arrábida – Investimento Imobiliário, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Espaço Urbano – Investimentos Imobiliários, SA (Vice-Presidente do Conselho de Administração)

- ESPE – Empresa de Serviços de Engenharia Electrotécnica, Lda (Gerente)

- Estabelecimentos Hoteleiros da Arrábida – Investimento Imobiliário, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Estoril – Sol, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Estúdios Imobiliária – Gestão e Investimento, SA (Vice-Presidente do Conselho de Administração)

- Fibra Comercial Lusitana, Lda (Gerente)

- Fozpatrimónio - Sociedade Imobiliária e Turistica, SA.

- Fun Comytel Portugal – Redes de Multimédia e telefonia, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Gierlings Velpor – Veludo Português, SA (Vice-Presidente do Conselho de Administração)

- Gilberts & Cia, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Goldtur – Hotéis e Turismo, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Gran Tourism Holding, Gmbh (Presidente do Conselho de Administração)

- Gran Tourism & Resorts Service AG (Presidente do Conselho de Administração)

- Grande Hotel da Batalha, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Habimoselos - Sociedade de Construções, Lda (Gerente)

- Heath Lambert & Amorim RE, Sociedade Corretora de Resseguros, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Highgrove – Clubes Residenciais, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Highgrove Arrábida – Club Residencial, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Highgrove Inglesinhos – Club Residencial, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Highgrove – Investimentos e Participações, SGPS, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Hotel Turismo, SARL (Presidente do Conselho de Administração)

- Hotsun – Sociedade de Investimentos Hoteleiros, SA (Vogal do Conselho de Administração)

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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- Imediata – Sistemas Multimédia, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Imediata Webssentials – Soluções Integradas de Comunicação, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Imediata, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Imofoz – Investimentos Imobiliários, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Imolisboa – Projectos Imobiliários, SA (Vice-Presidente do Conselho de Administração)

- Imovalor – Sociedade de Investimentos Imobiliários, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Inogi – Inovação e Gestão de Investimentos Imobiliários, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Intelnor, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Interfamília I, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Interfamília II, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Interfamília III, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- J.W.Burmester & Cia, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Lagoa da Vela – Empreendimentos Imobiliários e Turísticos Desportivos, SA (Vogal do Conselho de

Administração)

- LSA – Sociedade de Gestão Imobiliária, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Mobis – Hotéis de Moçambique, SARL (Presidente do Conselho de Administração)

- Morate – Investimentos Imobiliários, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Morus – Sociedade de Gestão Imobiliária, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- MPM – Mandala Promoções e Marketing, Lda (Gerente)

- Notel – Empreendimentos Turísticos, SARL (Presidente do Conselho de Administração)

- OSI – Organização e Sistemas Informáticos, Lda (Gerente)

- Paisagem Verde – Investimento Imobiliário, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Portal das Flores – Serviços e Comércio, Lda (Gerente)

- Portis – Hotéis Portugueses, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Portotel – Sociedade de Investimento e Gestão de Hotéis, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Postya – Serviços de Consultadoria, Lda (Gerente)

- Quinta Nova de Nª Srª do Carmo – Sociedade Agrícola e Comercial, Lda (Gerente)

- Recato da Madeira – Investimentos Financeiros e Gestão, SA (Vogal do Conselho de Administração)

-Royspa – Serviços de Consultadoria, Lda (Gerente)

- SGGH – Serviços Gerais de Gestão Hoteleira, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- SGGHM – Sociedade Geral de Gestão de Hotéis de Moçambique, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Skystation – Comunicações Estratosféricas de Portugal, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Sociedade Agrícola de Cortiças Flocor, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Sociedade Agrícola do Peral, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Sociedade Agro-Florestal Sabachão, Lda (Gerente)

- Sociedade Figueira Praia, SA (Vice – Presidente do Conselho de Administração)

- Sonho Urbano – Investimento Imobiliário, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- SPIGH – Sociedade Portuguesa de Investimentos e Gestão Hoteleira, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Sporsforum – Desenvolvimento Imobiliário, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Suncaribe – Gestão e Investimentos Hoteleiros, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Turyleader, SGPS, SA (Vice-Presidente do Conselho de Administração)

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- Unibroker – Corretores de Seguros, SA (Presidente do Conselho de Administração em representação da

Amorim Broking, SGPS, SA)

- Unibroker Moçambique – Corretores de Seguros, SARL (Vice-Presidente do Conselho de Administração)

- Vatrya – Serviços de Consultadoria, Lda (Gerente)

- Veldec Têxteis, SA (Presidente do Conselho de Administração)

- Vertente Financeira, SGPS, SA (Vogal do Conselho de Administração)

- Viscopor – Amorim Têxtil II, SA (Presidente do Conselho de Administração)

2. A FCP-SAD não tem qualquer comissão executiva.

3. O Conselho de Administração é o Órgão Social ao qual compete gerir

os negócios da sociedade. Actualmente este órgão é composto por 5

membros, 4 dos quais executivos e um membro não executivo. Na

prossecução dos interesses gerais da FCP-SAD, compete ao Conselho de

Administração da FCP-SAD:

• Elaborar o planeamento estratégico da sua actividade e o

respectivo orçamento de exploração

• Tutelar o funcionamento de todos os Departamentos da

sociedade

• Preparar os documentos de prestação de contas e a proposta de

aplicação de resultados a apresentar à Assembleia Geral

• Propor à Assembleia Geral eventuais alterações aos estatutos e

propostas de aumento de capital

As matérias discutidas neste órgão são de natureza sigilosa e os seus

membros devem obedecer a tal princípio.

Neste exercício o Conselho de Administração reuniu-se por 13 vezes.

4. O Presidente do Conselho de Administração e os restantes

administradores da sociedade têm direito a auferir, respectivamente,

2% e 1% dos lucros apresentados no final de cada exercício económico.

As remunerações dos titulares do órgão de administração não está

dependente da evolução da cotação das acções emitidas.

5. As remunerações atribuídas durante o exercício, aos órgãos sociais da

sociedade, nomeadamente aos elementos do Conselho de

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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Administração, ascenderam a 807.691 euros (em 30 de Junho de 2003,

959.445 euros). Esta remuneração auferida no exercício em causa pelo

conjunto dos membros do órgão de administração, respeita

exclusivamente aos administradores executivos e unicamente à

componente fixa da remuneração.

Serviços aos accionistas e investidores

Toda a informação pública sobre a FCP-SAD está disponível nas

instalações da sociedade e poderá ser solicitada através dos seguintes

contactos:

F.C.Porto - Futebol, SAD Torre das Antas - Avenida Fernão de Magalhães, 1862 - 14º 4350 - 158 Porto Telefone : 22.5070500 Fax : 22.5070550 E-mail : [email protected]

Informações sobre as acções da FCP-SAD

Actualmente o Capital Social da FCP-SAD é representado por

15.000.000 de acções ordinárias, nominativas e escriturais, com o valor

nominal de 5 Euros cada. A capitalização bolsista ronda, na data de

elaboração deste relatório, os 4,2 milhões de euros.

Ticker Bloomberg: FCP PL

Ticker Reuters: FCPP.LS

D. Lista dos titulares de participações qualificadas

Conforme estipula o artigo 16º do Código dos Valores Mobiliários, as

sociedades que atinjam, ultrapassem ou reduzam a sua participação de

2%, 5%, 10%, 20%, um terço, dois terços, e 90% dos direitos de voto

correspondentes ao capital social de uma sociedade aberta devem

informar a CMVM, a sociedade participada e as entidades gestoras de

mercados regulamentados Apresentamos a lista de participações

qualificadas, com indicação do número de acções detidas e a

percentagem de direitos de voto correspondentes, calculada nos termos

do artigo 20º do mesmo Código, que são do conhecimento da F.C.Porto

– Futebol, SAD.

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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Futebol Clube do Porto N.º de Acções % Direitos de voto

Directamente 6.000.000 40%

Sportinveste – SGPS, SA N.º de Acções % Direitos de voto

Directamente 3.242.871 22%

Amorim – Investimentos e Participações, SGPS, SA N.º de Acções % Direitos de voto

Através da sociedade Aplicação Urbana II –

Investimento Imobiliário, SA

2.718.185 18%

Nota: A sociedade APICAÇÃO URBANA II - INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, S.A. é detida a

50% pela AMORIM IMOBILIÁRIA, S.G.P.S., S.A. A sociedade AMORIM IMOBILIÁRIA,

S.G.P.S., S.A., é detida indirectamente pela AMORIM INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES,

S.G.P.S., S.A.

Participações detidas pelos membros do Conselho de

Administração e Conselho Fiscal

Conselho de Administração

Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa

Detinha a 30 de Junho de 2003 68.994 acções. Neste período, não

adquiriu acções e alienou 3.700 acções, detendo em 30 de Junho de

2003 65.294 acções. De acordo com o Art. 6.º do Regulamento 24/2000

da CMVM informamos das operações realizadas entre 1 de Julho e 31 de

Dezembro:

O Futebol Clube do Porto do qual é Presidente da Direcção, detinha em

30 de Junho de 2003, 6.000.000 acções.

Fernando Soares Gomes da Silva

Detinha a 30 de Junho de 2003 960 acções. Não adquiriu nem alienou

no decorrer deste período quaisquer acções, detendo em 30 de Junho de

2004, 960 acções. O Futebol Clube do Porto do qual é Vice-Presidente

da Direcção, detinha em 30 de Junho de 2003, 6.000.000 acções.

Data Operação Qtd. Cotação Preço Montante (EURO01-08-2003 Venda 77 3,95 3,36 25921-08-2003 Venda 23 4,00 3,42 7922-08-2003 Venda 3600 3,93 3,45 12420

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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Adelino Sá e Melo Caldeira

Não tem acções. O Futebol Clube do Porto do qual é Vice-Presidente da

Direcção, detinha em 30 de Junho de 2004, 6.000.000 acções.

Reinaldo da Costa Teles Pinheiro

Detinha a 30 de Junho de 2003 9.850 acções. Não adquiriu nem alienou

no decorrer deste período quaisquer acções, detendo em 30 de Junho de

2004, 9.850 acções. O Futebol Clube do Porto do qual é Vice-Presidente

da Direcção, detinha em 30 de Junho de 2004, 6.000.000 acções.

Rui Miguel Duarte Alegre

Não tem acções

Conselho Fiscal

Domingos José Vieira Matos

Detinha a 30 de Junho de 2003 14.500 acções. Não adquiriu nem

alienou no decorrer deste período quaisquer acções, detendo em 30 de

Junho de 2004, 14.500 acções.

Joaquim Manuel Sousa Ribeiro

Detinha a 30 de Junho de 2003 100 acções. Não adquiriu nem alienou

no decorrer deste período quaisquer acções, detendo em 30 de Junho de

2004, 100 acções.

Jorge Manuel Felizes Morgado

Não tem acções

Jorge Bento Martins Ledo

Não tem acções

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Relatório e Contas Consolidado da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD 2003/2004

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Extracto da acta de aprovação de contas:

(...) Em seguida, com o apoio da projecção de diversos mapas e gráficos

financeiros, o Senhor Dr. Fernando Gomes procedeu a uma exposição

clara e detalhada sobre a actividade desenvolvida pela sociedade neste

exercício, nomeadamente sobre a estrutura de proveitos e de custos, a

estrutura patrimonial da sociedade e ainda sobre a respectiva execução

orçamental.

(...) Postos à votação foram os mesmos relatórios aprovados por

unanimidade.

(...) ser proposta do Conselho de Administração que os resultados

líquidos verificados no exercício transitem para “Resultados

Transitados”: Euros 24.722.913,64 (vinte e quatro milhões, setecentos e

vinte e dois mil, novecentos e treze euros e sessenta e quatro

cêntimos). A mesma proposta foi levada a votação, tendo sido aprovada

por unanimidade.

Nota:

“ A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ao abrigo do disposto

no nº3 da art.250º do Código dos Valores Mobiliários, dispensou a

publicação das contas individuais.

Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontram-

se disponíveis para consulta, juntamente com os restantes, na sede

desta Sociedade, de acordo com o estabelecido pelo Código das

Sociedades Comerciais”.