FUTEBOL p05 FUTEBOL FC CASTRENSE PREPARA MIÚDO...

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2012.08.10 • semanário regional FUNDADO EM 2006. DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 7 // N: 322 0,70 IVA INCLUÍDO PUB FIM DE SEMANA > VILA DE MESSEJANA HOMENAGEIA MANUEL DE BRITO RUAS DIOGO GONÇALVES MIÚDO DE ALMODÔVAR BRILHA NO BENFICA FUTEBOL >p05 pub. TURISMO > Promotores do complexo turístico, liderados por José Roquette, apresentaram insolvência em Tribunal >OURIQUE ACPA vai construir nova sede A Associação de Criadores de Porco Alen- tejano (ACPA), sediada em Ourique, vai ter uma nova sede durante o ano de 2013. As obras de requalificação do futuro espaço, que fica localizado nas imediações do actual “quartel-general” da ACPA, já arrancaram e custarão cerca de 173 mil euros. >p11 > FERREIRA DO ALENTEJO Canhestros exige médico de regresso A Câmara de Ferreira do Alentejo exigiu a reabertura do Posto Médico de Canhestros. A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo garante que as consultas estão garantidas em Ferreira até terminarem as obras na extensão de saúde. >p03 PRESIDENTE DA CÂMARA OURIQUE REDUZ UM MILHÃO POR ANO NA DÍVIDA Parque Alqueva morreu na praia FC CASTRENSE PREPARA REGRESSO À 3ª DIVISÃO COM EQUIPA REFORÇADA FUTEBOL >p17

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2012.08.10 • semanário regionalFUNDADO EM 2006. DIRECTOR: ANTÓNIO JOSÉ BRITO // ANO: 7 // N: 322

€0,70IVA Incluído

PUB

FIM DE SEMANA > VILA DE MESSEJANA HOMENAGEIA MANUEL DE BRITO RUAS

DIOGO GONÇALVESMIÚDO DE ALMODÔVARBRILHA NO BENFICA

FUTEBOL >p05

pub.

TURISMO > Promotores do complexo turístico, liderados por José Roquette, apresentaram insolvência em Tribunal

>OURIQUE

ACPA vaiconstruirnova sede A Associação de Criadores de Porco Alen-tejano (ACPA), sediada em Ourique, vai ter uma nova sede durante o ano de 2013. As obras de requalificação do futuro espaço, que fica localizado nas imediações do actual “quartel-general” da ACPA, já arrancaram e custarão cerca de 173 mil euros. >p11

> FERREIRA DO ALENTEJO

Canhestrosexige médicode regresso A Câmara de Ferreira do Alentejo exigiu a reabertura do Posto Médico de Canhestros. A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo garante que as consultas estão garantidas em Ferreira até terminarem as obras na extensão de saúde. >p03

PRESIDENTE DA CÂMARA

OURIQUE REDUZ UM MILHÃO POR ANO NA DÍVIDA

Parque Alquevamorreu na praia

FC CASTRENSE PREPARAREGRESSO À 3ª DIVISÃOCOM EQUIPA REFORÇADA

FUTEBOL >p17

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> ZAMBUJEIRA DO MAR. As opiniões não são unânimes, mas há muitas queixas. Comerciantes da Zambujeira do Mar entendem que o Festival Sudoeste TMN deveria realizar-se noutra data para não prejudicar a melhor quinzena de turismo de todo o ano. Outros queixam-se do excesso de trabalho. E há quem considere que... melhor não pode haver!

Empresários e comerciantes da Zambujeira do Mar, na costa alen-tejana, queixam-se de que o Festival Sudoeste TMN veio estragar-lhes a melhor quinzena de negócio que tinham, e gostavam que fosse re-alizado noutra altura do verão. A 16ª edição do evento decorreu na Herdade da Casa Branca entre 1 e 5 de Agosto e teve mais de 100 mil visitantes.

Acúrcio Leal, proprietário do Camping Zambujeira, à entrada da localidade balnear do concelho de Odemira, não hesita em afirmar que, todos os anos, perde “para cima de 35.000 a 40.000 euros” durante a semana em que acontece o certame.

regiÃO >Zambujeira do Mar

A GNR deteve 23 suspeitos de tráfico de estupe-facientes nas imediações do Festival Sudoeste TMN, que terminou domingo, 5, na Zambujeira do Mar,

tendo apreendido haxixe, cannabis, cocaína, heroína e ecstasy. Os 23 suspeitos, todos do sexo masculino, têm idades “entre os 19 e os 30 anos”.

GNR DETEVE 23 SUSPEITOS DE TRÁFICO DE DROGAS NO FESTIVAL SUDOESTE

2 2012.08.10

BAiXOALENTEJO

O empresário explicou à Agência Lusa que, “antes de o festival exis-tir, as famílias esperavam que os gaiatos terminassem a escola” para irem de férias, começando o parque a “trabalhar forte a partir de 20 de Julho”, e ficando “completamente cheio” por volta de 5 de Agosto, até praticamente ao final desse mês.

Depois de se começar a realizar o evento, no final de Julho, “o parque fica sem ninguém, porque as pes-soas vão-se embora, com medo da confusão”, assegurou Acúrcio Leal.

“Quando, às vezes, me telefo-nam a perguntar se ainda temos um lugarzinho, a gente farta-se de rir, porque temos muitos lugarzões”,

> A XXXXXXXXXX> FeSTiVAL MUSiCAL TeM “eFeiTOS SeCUNDÁriOS”

Sudoestecomplica negócios

“Movimento” na Zambujeira aumenta exponencialmente nos dias do Sudoeste TMN. Em muitos casos, isso prejudica o negócio. DR

lamentou, acrescentando que fica “escandalizado” com as notícias que dizem que “a Zambujeira está a abarrotar”.

Na localidade, na frequentada rua Mira Mar, os comerciantes com quem a Lusa falou mostraram-se mais moderados nas críticas, mas foram unânimes em afirmar que a altura escolhida para a realização do evento não foi a melhor.

“Era a melhor quinzena que tí-nhamos, com os melhores clientes e o festival veio baralhar as nossas coisas”, confessou Vítor Duarte, só-cio da marisqueira e cervejaria “I”. Apesar disso, diz que fez negócio, embora à custa de “mais trabalho,

muito stresse e muita confusão”.Leonel Figueirinhas, proprie-

tário da residencial e da maris-queira “Miramar”, assim como do supermercado da marca Frescos & Companhia, confirmou que, nesta altura, “trabalha-se mais um pou-co”.

Se no restaurante e no super-mercado, até faz “mais algum di-nheiro”, no alojamento, o festival “não trouxe grandes vantagens”, pois “havia gente que vinha para fi-car 15 dias e agora já não, por causa da confusão”.

João Duarte, sócio-gerente do restaurante “O Manel”, realçou que, este ano, “dada a crise que estamos

ACúRCIO LEAL Proprietário do Camping Zambujeira

Quando, às vezes, me telefonam a perguntar se ainda temos um lugarzi-nho [no parque de cam-pismo], a gente farta-se de rir, porque temos muitos lugarzões!

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32012.08.10 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

> ULSBA EXPLICA QUE O POSTO MÉDICO NÃO ESTÁ EM CONFORMIDADE

Câmara de Ferreira querconsultas em Canhestros Os habitantes de Canhestros, em Ferreira do Alentejo, “têm con-sultas garantidas” no Centro de Saúde da sede de concelho até ter-minarem as obras na extensão de Saúde local, assegurou a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo.

Num esclarecimento solicitado pela Agência Lusa, a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (UL-SBA) explicou que, após as obras efectuadas pela Câmara Municipal na Extensão de Saúde de Canhes-tros, a sua equipa da Comissão de Controlo da Infecção e de Risco “verificou existirem não conformi-dades”.

“Foi dado conhecimento à Câ-mara de Ferreira do Alentejo, que se disponibilizou para corrigir as não conformidades”, tendo sido designado “um interlocutor, junto da autarquia, para acompanha-mento das correções”, pode ler-se no documento.

Até à conclusão das obras na-quela infra-estrutura, segundo a ULSBA, “os utentes da Extensão de Canhestros têm médico de família e consultas garantidas na sede do Centro de Saúde”.

A Câmara de Ferreira do Alen-tejo exigiu, na segunda-feira, 6, a reabertura do Posto Médico de Canhestros, realçando que a valên-cia está sem clínico há quase ano e meio e acusando a ULSBA de falta de “diálogo”.

Em declarações à Lusa, o pre-sidente do Município, o socialista Aníbal Reis Costa, explicou que, em Abril, a ULSBA garantiu que,

após as obras de requalificação, “o posto voltaria a ter médico”, abrin-do “no final de Maio ou no início de Junho”.

“Mas, não só nada se passou, como houve um completo desliga-mento e silêncio relativamente aos contactos que a Câmara tem vindo a fazer durante estes quase dois meses”, realçou.

No esclarecimento enviado à Lusa, a ULSBA indicou que “a equi-pa médica já foi reforçada” e garan-tiu que, “à data presente, todos os utentes do concelho de Ferreira do Alentejo têm médico de família”.

A entidade, que gere os hospi-tais de Beja e Serpa e os centros de saúde do distrito de Beja, à exce-ção do de Odemira, refutou ainda as críticas de falta de diálogo feitas pelo autarca de Ferreira do Alente-jo.

“Nem sempre é possível reunir, repetidamente, com a mesma au-tarquia antes de terminar o ciclo de reuniões de trabalho que o seu conselho de administração, em funções desde 26 de Janeiro, ini-ciou com todas as autarquias da sua área de influência”, referiu a entidade.

POLÍTICAPS DE ALJUSTRELCONTESTA FECHO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

O PS de Aljustrel promete “um combate responsável e firme” contra o encerramento de serviços públicos nos territórios do interior de baixa densidade, como é o caso dos conce-lhos do Baixo Alentejo.A posição dos socialistas do concelho mineiro surge num comunicado onde criticam algumas das medidas anun-ciadas pelo Governo PSD/ CDS-PP, nomeadamente o processo de extin-ção de freguesias, o encerramento de tribunais, repartições de finanças, conservatórias e delegações de

> E AINDA...

forças de segurança ou a constituição de mega-agrupamentos escolares. “Não contestamos a necessidade de reorganizações e mudanças que aliem eficácia social e rentabilização de recursos. Mas o que está em curso é avulso, descoordenado, apenas tendo em conta a densidade populacional e desertificador de vastos terri-tórios e suas gentes, numa senda persecutória que destruirá qualquer possibilidade de coesão social e territorial”, sublinha o comunicado do PS de Aljustrel, que considera estas medidas como “um ataque feroz” à região.Nesse sentido, os socialistas aljustrelenses

Freguesia de Canhestros continua sem ter o posto médico a funcionar regularmente DR

prometem “um combate responsável e firme que una as pessoas” e as comunidades locais “em torno de processos que nos garantam um desenvolvimento sustentável com qualidade de vida e futuro para os nossos jovens e gerações vindouras”.“Não desistimos da nossa região! Queremos que as nossas ‘gentes’ mantenham e adquiram o que lhes é de direito! Acreditamos que juntos

podemos batalhar e vencer! Estaremos, pois, disponí-

veis e mobilizados para incorporar e activar os necessários movimentos sociais que derrotem estes ‘crimes de lesa pátria’”, conclui o comu-

nicado do PS.

a viver, o Sudoeste veio dar muito jeito”.

Segundo o empresário, o negó-cio tem de se adaptar aos diferen-tes tipos de clientes: “Nesta altura, é muito à base de comida rápida, hambúrgueres e tostas. No resto do ano, é mais peixe e marisco”. Contu-do, considera que, “a longo prazo, o festival estragou o turismo na Zam-bujeira do Mar”.

Já para Francisco de Mello-Brey-ner, administrador do Zmar, parque de campismo localizado a poucos quilómetros da vila alentejana, o Sudoeste TMN “é óptimo”. Realçan-do o “convénio” celebrado com a organização, pelo terceiro ano con-

secutivo, que possibilita a compra de um passe para o evento que in-clui bilhete de entrada e alojamento no Zmar, o gestor considera o festi-val “um activo”.

Joana Godinho, da Música no Coração, que organiza o certame, mostrou compreender as críticas quanto à altura do ano em que é realizado o festival, mas explicou-a com a necessidade de “ter praia e sol”.

A responsável fez também ques-tão de frisar que o “festival traz milhares e milhares de pessoas à Zambujeira do Mar, sendo, obvia-mente, bom também para as loca-lidades”.

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Correio Alentejo n.º 322 de 10/08/2012 Única Publicação

CONTRATAÇÃO DE DOCENTES PARA DESENVOL-VIMENTO DAS ATIVIDADES DE ENRIQUECIMENTO CURRICULAR NAS ÁREAS DE ENSINO DE INGLÊS E ENSINO DA MÚSICA

1. Para efeitos no disposto no artigo 6º do Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro, faz-se público que, por meu despacho datado de 07 de agosto de 2012, encontra-se aberto, nos 3 dias seguintes à data da divulgação da pre-sente oferta no sítio da Internet deste Município em www.cm-almodovar.pt, procedimento concursal para recruta-mento de 3 técnicos habilitados para a realização das ati-vidades de enriquecimento curricular (AEC), para o ano letivo 2012/2013, no âmbito do Programa das, aprovado pelo Despacho n.º 14460/2008, de 26 de maio, alterado e republicado pelo Despacho n.º 8683/2011, de 28 de junho, na modalidade de contrato de trabalho em funções públi-cas a termo resolutivo certo, a tempo parcial.

2. O contrato de trabalho rege-se pelo disposto na Lei n.º 12-A/2008, de 27 de fevereiro e no RCTFP, aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro, com as especificida-des previstas no Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de se-tembro.

3. Número de horários disponíveis:Área

DisciplinarN.º de

ProcessoN.º de Horas

Semanais Localidades

Inglês 2

A – 16 Horas

A - Almodôvar, Aldeia dos Fernandes (2 x por semana), Telhada (3 x por semana) e Rosário (3 x por semana) perfazendo, em média 198 Km por semana.

B – 18 Horas

B – Almodôvar, Rosário (2 x por semana), Santa Clara-a-Nova (3 x por semana), perfazendo, em média, 148 Km por semana.

Música 1 11 Horas Almodôvar

4. Pressuposto da contratação: O presente processo de seleção destina-se à execução de tarefa ocasional ou a serviço determinado precisamente definido e não dura-douro, ao abrigo do disposto na alínea f), do n.º 1, do ar-tigo 93º do Regime, aprovado pela Lei n.º 59/2008, de 11 de setembro.

5. Local de trabalho: as funções inerentes aos lugares a ocupar serão exercidas nos Estabelecimentos de Educa-ção e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico do Concelho de Almodôvar.

6. Duração dos contratos: o período de duração do con-trato é o compreendido entre 14 de setembro de 2012 e 30 de junho de 2013.

7. Caracterização dos postos de trabalho: Os candida-tos deverão lecionar Inglês e Música aos quatro anos de escolaridade do 1º Ciclo do Ensino Básico, nos termos do Programa das Atividades de Enriquecimento Curricular, aprovado pelo Despacho n.º 14460/2008, de 26 de maio, alterado e republicado pelo Despacho n.º 8683/2011, de 28 de junho.

8. Requisitos gerais de admissão: a. Ter nacionalidade portuguesa, quando não dispen-

sada pela Constituição, convenção internacional ou lei especial;

b. Ter 18 anos de idade completos;c. Não estar inibido do exercício de funções públicas

ou interdito para o exercício daquelas que se propõe desempenhar;

d. Possuir a robustez física e o perfil psíquico indispen-sáveis ao exercício das funções;

MUNICÍPIO DE ALMODÔVARCÂMARA MUNICIPAL

AVISOe. Ter cumprido as leis de vacinação obrigatória.

9. Nível habilitacional exigido e área de formação aca-démica ou profissional: As adequadas aos distintos postos de trabalho, constantes no anexo ao Despacho n.º 14460/2008, de 26 de maio, alterado e republicado pelo Despacho n.º 8683/2011, de 28 de junho, designadamen-te: Professor de Inglês – art.º 9 e Professor de Ensino da Música – artigo 16º.

10. Critérios de seleção: A seleção e ordenação dos can-didatos serão efetuadas pela aplicação sucessiva dos se-guintes critérios:

a. Candidato desempregado;b. Tempo de experiência na docência de AEC no 1.º

Ciclo do Ensino Básico, convertido em dias até 30 de junho de 2012, devendo ser indicado separada-mente o tempo de serviço prestado neste Município e fora do Município;

c. Tempo de serviço na docência como professor na área de atividade a que se candidata, convertido em dias até 30 de junho de 2012;

d. Ações de formação e aperfeiçoamento profissional diretamente relacionadas com a área a que se can-didata (horas de formação);

e. Classificação Profissional/Final de curso.

11. Formalização das candidaturas: As candidaturas de-verão ser formalizadas nos termos do artigo 7º do Decreto-Lei n.º 201/2009, de 3 de setembro, mediante o preenchi-mento obrigatório do formulário eletrónico, disponível no site www.dgrhe.min-edu.pt nos 3 dias seguintes à data da divulgação da presente oferta no sítio da Internet deste Município em www.cm-almodovar.pt.

11.1. Simultaneamente, os candidatos deverão entregar a documentação comprovativa, abaixo discriminada, no Serviço de Recursos Humanos da Câmara, em suporte de papel, pessoalmente ou através de correio, para o ende-reço postal (Câmara Municipal de Almodôvar, Rua Serpa Pinto, 10 – 7700-081 Almodôvar), até à data limite:- Curriculum Vitae detalhado, datado e assinado;- Fotocópias do Cartão de Cidadão ou do Bilhete de Identi-dade, número de contribuinte fiscal (NIF) e NISS;- Certificado de habilitações literárias na área a que se candidatam ou comprovativo das habilitações constantes do Despacho n.º 14460/2008, de 26 de maio, alterado e republicado pelo Despacho n.º 8683/2011, de 28 de junho;- Comprovativo do tempo de serviço na lecionação das atividades de enriquecimento curricular;- Comprovativos das ações de formação profissional rela-cionadas com a área a que se candidata, com indicação das respetivas horas de formação;- Comprovativo da sua situação de desemprego.

12. Listas de Ordenação e aceitação da colocação: será elaborada uma lista de ordenação contendo os can-didatos que cumpram os requisitos e perfil exigidos, sendo notificados os candidatos selecionados, os quais deverão aceitar a colocação, por via, eletrónica, nos 2 dias úteis se-guintes ao da comunicação da colocação. Na ausência da aceitação da colocação pelo candidato dentro do referido prazo, procede-se de imediato, à comunicação da colo-cação ao candidato que se encontre posicionado imedia-tamente a seguir, que deverá aceitar a colocação, por via eletrónica, também no decurso de 2 dias úteis seguintes ao da comunicação.

13. Após a colocação dos trabalhadores ser-lhes-ão con-cedidos 10 dias úteis para apresentação dos documentos previstos no artigo 9º do Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro.

14. A não apresentação dos documentos a que se referem os números anteriores, ou a apresentação de documentos

inadequados, falsos ou inválidos que não comprovem as declarações prestadas no âmbito do processo de seleção, ou as condições necessárias para a constituição da re-lação jurídica de emprego público, determina a exclusão, ou dada sem efeito a aceitação da colocação pelo traba-lhador, consoante o caso, comunicando-se, neste último caso, ao candidato que se encontre imediatamente posi-cionado na lista de ordenação, a sua colocação.

15. Critérios em caso de igualdade de graduação: 1. Candidato com mais tempo de serviço prestado nas

AEC no Município de Almodôvar;2. Maior proximidade local da área geográfica de ensi-

no da AEC;3. Nível habilitacional mais elevado, nos termos do dis-

posto no art.º 9º do Despacho n.º 14460/2008 de 26 de Maio, alterado e republicado pelo Despacho n.º 8683/2011, de 28 de Junho;

4. Média final de Curso;5. Candidato com maior número de horas de formação

relacionadas com a área objeto de concurso;6. Data de Nascimento, tendo prioridade os candida-

tos mais velhos.

16. Composição do júri (Ensino do Inglês)Presidente – Telma Sofia Guerreiro Mestre Domingos, Técnica Superior.Vogais efetivos – Paula Cristina Soares Parruca Espírito Santo e Helena Camacho Gonçalves Guerreiro, Técnicas Superiores.Vogais suplentes – Clara Isabel Missa Gonçalves e Cris-tina Isabel Balbina Bota Libânio, Técnicas Superiores. O primeiro vogal efetivo substituirá o presidente do Júri nas suas faltas e impedimentos.

17. Composição do júri (Ensino da Música)Presidente – Rui Jorge Ramos e Barros Santana, Chefe do Gabinete de Apoio Pessoal do Presidente da Câmara. Vogais efetivos – Manuel da Silva Campos e Helena Ca-macho Gonçalves Guerreiro, Técnicos Superiores.Vogais suplentes – Clara Isabel Missa Gonçalves e Cris-tina Isabel Balbina Bota Libânio, Técnicas Superiores.

18. Publicidade: no sítio da Internet do Município, em jornal de expansão Nacional e Regional, nos termos do n.º 5 do artigo 6º do Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro.

19. Quota de emprego para candidatos com deficiên-cia – para cumprimento do disposto no nº 3 do artigo 3º do Decreto-Lei n.º 29/2001, de 03 de fevereiro, os candidatos com grau de incapacidade ou deficiência igual ou superior a 60% têm preferência em igualdade de classificação, a qual prevalece sobre qualquer outra preferência legal.

20. Em cumprimento da alínea H) do artigo 9º da Cons-tituição, a Administração Pública, enquanto entidade em-pregadora, promove ativamente uma política de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no acesso ao emprego e na progressão profissional, providenciando es-crupulosamente no sentido de evitar toda e qualquer for-ma de discriminação.

21. Prazo de validade: O presente procedimento concur-sal é válido para os postos de trabalho em referência e para os efeitos do disposto no n.º 3 do art.º 7º do Decreto-Lei n.º 212/2009, de 3 de setembro – reserva de recruta-mento até ao final do respetivo ano escolar.

Município de Almodôvar, 07 de agosto de 2012O Presidente da Câmara,

(assinatura ilegível)- António José Messias do Rosário Sebastião –

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52012.08.10 BAIXO ALENTEJOREGIÃO

> JOvEm nAtuRAl dE AlmOdôvAR é umA dAs mAIOREs EspERAnçAs dO futEBOl pORtuGuês

Menino goleador!carlos pinTo TExTO

Ao longo da última época, a Benfica TV foi seguramente um dos canais mais vistos em Almo-dôvar e Castro Verde aos sábados de tarde ou nos domingos de ma-nhã. Nesses dias, eram muitos os almodovarenses e castrenses que se “colavam” ao canal da águia para ver em directo os jogos da equipa de iniciados. Tudo por “culpa” do número 7 dos encarnados: Diogo Gonçalves, menino da terra e um verdadeiro “terror” para as balizas adversárias!

Aos 15 anos, Diogo está a cami-nho do “Olimpo” da bola. Para já, foi uma das figuras da equipa do Benfica que em 2011-2012 se sa-grou campeã nacional de iniciados e já chegou à Selecção Nacional da categoria. Mas Diogo quer mais, muito mais!

“O meu principal objectivo é ser futebolista profissional. Sei que não é fácil, mas vou fazer de tudo para lá chegar”, confessa o jovem avançado encarnado ao “CA”, num discurso que em nada surpreende todos aqueles que o viram crescer com a bola colada aos pés, sempre atrás do pai e revelando ainda qua-se a gatinhar um talento nato que tem tudo para se afirmar no difícil universo do futebol ao mais alto nível.

Diogo, o futebolistaO futebol surgiu de forma natural na vida de Diogo António Cupi-do Gonçalves, quase como se o “bichinho da bola” já lhe viesse entranhado nos genes. Filho do antigo futebolista Vítor Jacob, Dio-go nasceu em 1997 e em 2003, com apenas seis anos, já alinhava com a camisola do Almodôvar.

“O meu pai na altura também jogava futebol e mais tarde passou a treinador. E eu vivia aquilo de uma forma diferente, pois acom-panhava muito de perto o mundo do futebol”, lembra o jovem, que pouco depois despertou a atenção do Benfica, onde chegou após dois anos de “tirocínio” no Ferreiras, fi-lial algarvia dos encarnados. A par-tir daí, nunca mais a sua vida foi a mesma!

> Diogo goNÇalVes. Nasceu em Almodôvar há 15 anos e é hoje uma das maiores esperanças do futebol nacional. Campeão nacional de iniciados em 2011-2012 pelo Benfica, Diogo sonha em chegar ao nível do ídolo Cristiano Ronaldo.

“Chegar ao Benfica era um objectivo que tinha desde muito novo, um sonho que partilhava com o meu pai. O Benfica é o meu clube de coração e foi com muita alegria que vesti pela primeira vez a camisola. Senti que ‘pesava’ mais que as outras, que havia outra res-ponsabilidade e outros objectivos”, afiança Diogo.

Estar longe de casa não é “pêra-doce” para ninguém, muito menos para uma criança de 12 anos, que pouco a pouco teve de se habituar à rotina do Centro de Estágios do Benfica, no Seixal. “A minha adap-tação não foi muito difícil, pois já sabia para o que estava guardado. A minha família deu-me imensos conselhos e avisos. E por outro lado, ia com dois colegas do Algar-ve, o que facilitou a adaptação”, re-corda o jovem almodovarense, não escondendo que, apesar de tudo, são sempre muitas as saudades da família. “Mas os meus pais fazem um esforço para me ver todos os fins-de-semana”, nota.

Hoje, a rotina de Diogo no Seixal é quase sempre a mesma: “levantar e despachar-me, ir para a escola, regressar a meio da tarde para os treinos – quer no ginásio quer no campo – e depois jantar, estudar um pouco e, o mais importante, descansar”. Pelo meio, o petiz avan-çado tem também oportunidade de confraternizar com os craques do

principal plantel do Benfica, que a maioria só vê na TV. “É verdade, te-nho essa sorte… Já pedi autógrafos e até já me deram várias chuteiras e camisolas”, admite.

Diogo, o goleaDorNo Seixal, são muitos os que já tra-tam Diogo pela alcunha de “Diji”. Mas na hora de entrar em campo, todos o conhecem por Diogo Gon-çalves, o temível avançado que só no último ano marcou 37 golos no campeonato nacional de iniciados A, alguns dos quais ao eterno rival de Alvalade.

“O mais especial desses golos foi aquele que marquei quando ganhamos 1-0 em Alcochete [na Academia do Sporting], ainda na primeira fase do campeonato”, confessa Diogo, satisfeito com a temporada realizada de águia ao peito. “Foi uma época que é impos-sível esquecer, pois obtive os meus objectivos pessoais e colectivos. Conquistei o título nacional e fui o melhor marcador da equipa. E as duas internacionalizações que ob-tive foi o coroar de um ano de mui-to esforço e trabalho”, sublinha.

pai, amigo... e conselheiro Antes de Diogo Gonçalves nascer, já o seu pai era um dos mais

respeitados avançados do futebol distrital. Ao longo de quase duas décadas, Vítor Jacob representou, entre outros, emble-mas como o FC Castrense, Almodôvar e Entradense, clubes onde acumulou a experiência que hoje tenta verter em pa-lavras sábias ao filho. “O meu pai fala-me de tudo o que tem a ver com o futebol. Quando jogo bem é o primeiro a dizê-lo, mas quando jogo mal também o diz! E não tenho que ficar chateado, pois ele só faz isso para o meu bem”, conta Diogo, sem dúvidas em apontar o melhor conselho dado pelo pro-genitor: “Acima de tudo, que tenho de ter muita humildade e

respeito para com os outros”. O pai corrobora! “Sou a pessoa que mais lhe dá na cabeça e todos os dias lhe digo que se hoje

trabalhou bem, amanhã vai ter de trabalhar mais. Mas estou bastante orgulhoso com tudo o que ele tem feito e com o trajec-to até agora conseguido”, reconhece Vítor Jacob.

Em 2011-2012 Diogo foi campeão nacional pelo Benfica e melhor marcador da equipa. DR

Diogo, o soNhaDorAos 15 anos, Diogo está na idade de todos os sonhos. E os do jovem avançado natural de Almodôvar são bem simples: “O meu principal objectivo é chegar à equipa prin-cipal do Benfica e à Selecção Na-cional. O que vier depois será por acréscimo”, confidencia, garantin-do nunca ter imaginado uma alter-nativa de vida ao futebol, apesar de até ser bom aluno.

Amante da bola, Diogo tem como grande referência Cristiano Ronaldo. Talvez por isso sonhe em chegar ao nível do craque do Real Madrid e, quem sabe, partilhar com ele a experiência de jogar por Portugal. “Se continuar a trabalhar com muita humildade, acho que tenho possibilidades de um dia lá chegar”, assevera de sorriso aberto e sonhos no olhar.

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OURIQUESUPLEMENTO INTEGRANTE DA EDIÇÃO NÚMERO 322 DO CORREIO ALENTEJO | SEXTA-FEIRA | 2012.08.10

Concelho consolidaestratégia de futuro

pub.

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OURIQUE_2012 2012.08.10

> FREgUEsIa dO cOncElhO dE OURIQUE cOm FUtURO IndEFInIdO

Conceição luta contra a extinção da freguesia

A pequena freguesia da Conceição, no concelho de Ourique, vai lutar com todas as suas forças para evitar a extinção pro-posta pelo Governo. A garantia é dada pelo jovem presidente da Junta de Freguesia local, para quem a reforma do mapa ad-ministrativo autárquico não vai beneficiar as populações ou sequer poupar euros ao erário público.

“Quem mais vai sofrer é a população! E não se vai poupar dinheiro nenhum, mui-to pelo contrário, pois a Junta de Freguesia onde a nossa for agregada ainda ficará com uma responsabilidade maior”, argumenta Ângelo Nobre, de 30 anos, lembrando que em Conceição é a Junta de Freguesia quem “dá resposta à maior parte das necessida-des das pessoas”.

“É lá que se recebem reformas ou se fa-zem pagamentos de água e telefone, é lá que se envia correio ou até que se faz um desabafo… E somos nós [Junta de Fregue-sia] que fazemos o transporte das crianças para a escola da freguesia mais próxima, que é Panóias, ou que levamos os uten-tes às consultas a Beja, a Grândola ou até a Lisboa. As pessoas vão, efectivamente, sentir falta deste apoio”, afiança o jovem autarca, prometendo não baixar os bra-ços. “Ainda não sabemos a freguesia em que vamos ser agregados e estamos um bocadinho com a ‘luz’ apagada, mas a

> CONCEIÇÃO. Presidente Ângelo Nobre considera que o seu segundo mandato tem sido “mui-to positivo”, apesar de algumas restrições financeiras.

âNgElO NObrEPresidente da JF da Conceição

[Com a extinção] Quem mais vai sofrer é a população! E não se vai poupar dinheiro nenhum, muito pelo contrário, pois a Junta de Freguesia onde nossa for agregada ainda ficará com uma responsa-bilidade maior.„

nossa luta continua”, vinca.Eleito pelo PS desde 2005 e a um ano de

cumprir o seu segundo mandato na presi-dência da Junta de Freguesia da Conceição, Ângelo Nobre considera que o balanço do trabalho desenvolvido até ao momento é “claramente positivo”, apesar das “restri-ções” impostas pelo actual momento fi-nanceiro do país.

Condicionalismos que levaram o seu executivo a dar primazia na sua actuação “às políticas de apoio social”, sobretudo “aos mais carenciados, aos jovens e aos ido-sos”. “E também tentamos dar resposta a todas as pessoas que estão desempregadas e pretendem, de alguma forma, contribuir trabalhando para a Junta, que tem 10 pesso-as a trabalhar para si e é já a maior entidade empregadora” da freguesia, afiança.

Neste seu segundo mandato, Ângelo Nobre destaca ainda a melhoria e manu-tenção de alguns dos espaços públicos da freguesia, assim como a construção da casa mortuária em Conceição, o arranjo da capela (incluindo a construção de casas de banho) em Alcarias e o lançamento do programa de voluntariado para caiar esta aldeia. Até 2013 o jovem autarca espera ainda avançar com mais melhoramentos nas ruas da Conceição.

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92012.08.10 OURIQUE_2012

> a xxxxxxxxxx> FREGUESIa aPRESENTa OBRa FEITa

Garvão declaraacções sociaiscomo prioridade

> PROGRaMa CUMPRIDO EM CERCa DE 80%

Com “uma situação financeira muito li-mitada”, a Junta de Freguesia de Garvão tem procurado desenvolver “um trabalho de proximidade em diversas áreas, de apoio constante às actividades locais e de desen-volvimento”.

Neste enquadramento, o presidente da autarquia, José António Nunes, desta-ca o empenho posto na requalificação da igreja de Funcheira, nos arruamentos, na instalação e funcionamento da Unidade de Cuidados Continuados de Garvão, na requalificação e dinamização da praça de touros, nas limpezas da ribeira, na requali-ficação do espaço da feira de Garvão e num apoio muito significativo nas áreas da edu-cação e da solidariedade. Além disso, sa-lienta a acção “em parceria com a Câmara na defesa dos interesses das pessoas preju-dicadas pela instalação da TDT em condi-ções deficientes”.

Até ao final do mandato, José António Nunes, que foi eleito pelo PS, pretende “reforçar os apoios sociais, a que acorrem cada vez mais pessoas” e, por outro lado, “continuar os projectos de requalificação e melhoramento” de ruas, largos e jardins da vila.

“A Junta tem uma situação financeira muito limitada. Todos os recursos são apli-cados nos projectos e nos apoios sociais. E cada vez o dinheiro é menos. Mas a nossa obrigação é gerir com rigor e servir as pes-

> GARVÃO. Presidente José An-tónio Nunes assegura que não vão faltar apoios sociais para acudir às pessoas que estejam a passar por dificuldades.

soas e os interesses da freguesia com o que temos à nossa disposição”, assinala o autar-ca.

No plano social, José António Nunes re-vela que tem sido possível prestar “apoios constantes” porque, assinala, essa é “uma prioridade” na governação da freguesia.

“Fazemo-lo no limite das nossas capaci-dades, por iniciativa própria ou em parceria com a Câmara Municipal. Preocupa-nos o facto de estarem a aumentar o número de pessoas com dificuldades, ou por desem-prego ou por diminuição dos seus rendi-mentos. Estamos atentos e disponíveis para apoiar o melhor possível”, revela.

JOSÉ ANTÓNIO NUNESPresidente da JF de Garvão

Preocupa-nos o facto de estarem a aumentar o número de pessoas com dificuldades, ou por desem-prego ou por diminuição dos seus rendimentos. Estamos atentos e disponíveis para apoiar o melhor possível.„

Ourique assumeapoio permanenteàs populações

Confiante que tem sido possível desenvol-ver “políticas sociais e de proximidade, tra-balhando sempre com as pessoas e para as pessoas”, o presidente da Junta de Freguesia de Ourique, António Barros, garante que o programa apresentado no início do mandato tem sido cumprido “escrupulosamente”.

“Temos 80% dos projectos concluídos”, assegura, referindo-se a medidas como a aquisição de viatura para transportes sociais, caiações nas habitações de idosos e pessoas desfavorecidas, apoios a todas as associa-ções e clubes, a construção do Parque In-fantil da Aldeia de Palheiros ou a criação de três pólos da Junta em Grandaços, Favela e Aldeia de Palheiros. A par disto, a autarquia adquiriu um autocarro de 27 lugares e uma carrinha de nove lugares em parceria com a Câmara Municipal.

Mesmo com obra feita, o quadro finan-ceiro da Junta é “saudável” e António Barros orgulha-se de liderar uma freguesia que vive “sem dívidas e paga na hora”. “Para isso é necessário fazer uma gestão rigorosa, trans-parente e verdadeira, nunca gastando mais do que recebemos e aproveitando todos os fundos comunitários”, explica.

Até ao final do mandato, o autarca do PS assume que “falta cumprir uma parte” do programa, nomeadamente a construção de parques infantis em Grandaços e Favela, uma casa mortuária na Favela e um cam-po de futebol de cinco em Grandaços.

BANDEIRA SOCIAL

Notoriamente satisfeito com o balanço do trabalho fei-to, António Barros assinala que as políticas sociais são a principal bandeira da Junta de Freguesia de Ourique. E justifica-o com a criação de medidas que, conside-ra, “vão ao encontro das necessidades dos mais idosos e desfavorecidos”. Entre elas está a mobili-zação de desempregados junto do IEFP.

“Vivemos numa fre-guesia onde o desem-prego é grande, o que nos preocupa. Dentro do limite das nossas possibilidades,

> OURIQUE. Presidente da Junta de Freguesia manifesta forte sen-sibilidade e preocupação com a área social, sobretudo os idosos e os mais desfavorecidos.

ANTÓNIO BARROSPresidente da JF de Ourique

Dentro do limite das nossas possi-bilidades, recrutamos junto do IEFP pessoas que se encontram com algumas dificuldades. Temos actu-almente 25 colaboradores nessa situação.

recrutamos junto do IEFP pessoas que se encontram com algumas dificuldades. Te-mos actualmente 25 colaboradores nessa situação”, revela.

A par desta política de emprego, a Jun-ta de Freguesia de Ourique presta também apoios no transporte às consultas, em pe-quenos arranjos domésticos, pinturas ou limpeza nas casas dos mais idosos.

três pólos da Junta em Grandaços, Favela e Aldeia de Palheiros. A par disto, a autarquia adquiriu um autocarro de 27 lugares e uma carrinha de nove lugares em parceria com a

Mesmo com obra feita, o quadro finan-ceiro da Junta é “saudável” e António Barros orgulha-se de liderar uma freguesia que vive “sem dívidas e paga na hora”. “Para isso é necessário fazer uma gestão rigorosa, trans-parente e verdadeira, nunca gastando mais do que recebemos e aproveitando todos os fundos comunitários”, explica.

Até ao final do mandato, o autarca do PS assume que “falta cumprir uma parte” do programa, nomeadamente a construção de parques infantis em Grandaços e Favela, uma casa mortuária na Favela e um cam-po de futebol de cinco em Grandaços.

Notoriamente satisfeito com o balanço do trabalho fei-to, António Barros assinala que as políticas sociais são a principal bandeira da Junta de Freguesia de Ourique. E justifica-o com a criação

-prego é grande, o que nos preocupa. Dentro do limite das nossas possibilidades,

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OURIQUE_201210 2012.08.10

> a xxxxxxxxxx> PREsIdEntE da JUnta dE FREgUEsIa cOm gRandE “dOR dE cabEça”

Desemprego é preocupante na vila de Panóias

> PaUlO ascEnsãO Faz balançO POsItIvO dO tRabalhO REalIzadO

Em tempo de crise os números nacionais do desemprego dispararam e Panóias não é excepção. Na pequena vila do concelho de Ourique são cada vez mais as famílias com um ou mais elementos sem trabalho certo, o que causa uma enorme “dor de cabeça” ao presidente da Junta de Freguesia local.

“Isto está muito difícil, há muito desem-prego e as pessoas têm algumas dificulda-des. E isso é uma grande preocupação para mim”, afirma ao “CA” Luís Martins, de 50 anos, afiançando que o esforço da edilidade em garantir, juntamente com o Centro de Emprego de Ourique, alguns estágios para os mais novos não tem conseguido atenuar o problema.

“O Alentejo tem sido sempre abandona-do por todos os governos e cada vez mais nós alentejanos sofremos isso na pele”, acrescenta o autarca eleito pelo PSD.

Outra preocupação que aflige Luís Mar-tins é o possível encerramento da escola básica do primeiro ciclo de Panóias, actu-almente frequentada por cerca de duas de-zenas de alunos. O estabelecimento foi colocada pelo Ministério da Educação na lista de escolas que não abrirão portas em 2012-2013, mas o presidente da Junta de Freguesia promete “lutar conjuntamente com o povo de Panóias, nomeadamente os pais dos alunos, para que evitar esse desfe-cho”. “Não deixaremos que fechem a escola primária”, assegura.

> PANÓIAS. Presidente Luís Martins lamenta dificuldades económicas, que o têm impedido fazer mais obra no seu mandato de “despedida”.

Todos estes problemas são agudizados pela cada vez menor capacidade financeira da Junta de Freguesia de Panóias. Uma re-alidade que Luís Martins lamenta e com a qual justifica a pouca obra feita neste últi-mo mandato, iniciado em 2009.

“Temos feitos algumas coisas, mas tudo coisitas pequenas. Arranjámos alguns lancis e fizemos alguns passeios. Temos também tentado manter todos os equipamentos da Junta de Freguesia, de modo a que estes não se degradem. E ainda fizemos a restauração da igreja, que custou entre oito a dez mil eu-ros”, revela.

A pouco mais de um ano de dizer “adeus” à presidência da Junta de Freguesia de Pa-nóias, Luís Martins não esconde que este tem sido um mandato “muito complicado”, porventura o mais exigente desde que foi eleito pela primeira vez. Ainda assim, ga-rante que vai sair de consciência tranquila e com a sensação de “dever cumprido”.

LuíS mArtINSPresidente da JF de Panóias

Há muito desemprego e as pessoas têm algumas dificuldades. E isso é uma grande preocupação para mim.„

Caminhos rurais prioritários em Santana da Serra

Desde que chegou à presidência da Jun-ta de Santana da Serra, em 2009, Paulo As-cenção não tem tido mãos a medir. Médico de profissão, o autarca estava familiarizado com a realidade da freguesia e os proble-mas da sua população, mas a “empreitada” tem sido bem mais exigente do que espe-rava.

“Servir a população através da Junta de Freguesia foi para mim um desafio gran-de que abracei com muito gosto. E aquilo com que me deparei foi, penso, o mesmo com que todos os presidentes de junta se deparam: algumas limitações de meios e sentir que aquilo que às vezes idealizamos fazer é-nos impossibilitado pela realidade. Mas vamos tentando, com os meios de que dispomos, fazer o melhor em prol das po-pulações”, revela ao “CA” o autarca eleito pelo PS.

Desde que ganhou as eleições de 2009, Ascenção e a sua equipa têm dado “priori-dade” ao arranjo de caminhos rurais. “Ape-sar de não ser uma obra que se mostre e inaugure, continuo a achar que os arranjos dos caminhos rurais são a grande batalha de todos os dias. Porque quem anda todos os dias por aqueles caminhos vê realmente as dificuldades por que as pessoas passam para poderem chegar às suas casas”, justifi-ca o presidente da Junta de Freguesia.

Paralelamente, outra preocupação re-corrente do autarca de Santana é a elec-trificação de alguns montes e habitações disseminados pela serra que divide o Baixo Alentejo e Algarve, intervenção que tem sido realizada pela Junta de Freguesia em parceria com a Câmara Municipal de Ou-rique.

Outra obra que Paulo Ascenção destaca é a requalificação da ribeira de Santana da Serra, avaliada em pouco mais de 216 mil euros e que conta com comparticipação comunitária. A empreitada arrancou durante o passado mês de Julho e deve estar concluída no final do Verão.

“Trata-se de uma obra den-tro do perímetro da aldeia que já estava projectada há mais de 20 anos, com percal-ços e dívidas a quem fez o projecto, além de erros no projecto que foi preciso

> SANtANA DA SErrA. Pre-sidente da Junta de Freguesia garante que não trabalha a pen-sar nas eleições autárquicas do próximo ano.

PAuLo ASCENçãoPresidente da JF de Santana da Serra

Aquilo que me move e à equipa que tenho comigo aquilo não são seguramente as próximas eleições. O que nos move é dar resposta àquilo que as populações precisam, dentro das nossas possibilidades.

emendar. Mas agora está em curso e é uma obra que vai embelezar bastante aquela zona, criando um espaço de convívio e la-zer que pode juntar as pessoas em volta da sua terra”, adianta.

O trabalho tem sido mais que muito na Junta de Freguesia de Santana da Serra e talvez por isso Paulo Ascensão ainda não tenha decidido se vai (ou não) recandi-datar-se ao cargo, apesar de faltar pouco mais de um ano para as próximas eleições autárquicas.

“Como já alguém disse, para guarda-redes do Benfica de certeza que não vou, mas mais que isso não sei. As circunstân-cias o dirão, mas aquilo que me move e à equipa que tenho comigo aquilo não são seguramente as próximas eleições. O que nos move é dar resposta àquilo que as po-pulações precisam, dentro das nossas pos-sibilidades”, conclui o autarca socialista.

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> InvestImento de 173.761 euros já arrancou

ACPA inaugura nova sede em 2013

A Associação de Criadores de Porco Alen-tejano (ACPA), sediada em Ourique, vai ter uma nova sede durante o ano de 2013. As obras de requalificação do futuro espaço, que fica localizado nas imediações do ac-tual “quartel-general” da ACPA, mesmo no centro da vila, já arrancaram e significam uma nova etapa na vida da instituição.

“A ACPA estava com toda a necessidade de fazer crescer as suas instalações devido ao facto da actual sede não ter sido conce-bida para o número de técnicos com que estamos a trabalhar e para o movimento que temos actualmente. Portanto, havia ne-cessidade de termos um espaço físico maior e também uma orgânica interna diferente”, adianta ao “CA” o presidente da associação, José Cândido Nobre.

Situada num edifício cedido pela Câma-ra de Ourique, a futura sede da ACPA repre-senta um investimento total de 173.761,85 euros, sendo que cerca de 74 mil euros são co-financiados pela União Europeia através do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder). O restante montante (perto de 100 mil euros) é assumido pela própria associa-ção, que com a nova sede ambiciona refor-çar a qualidade dos serviços prestados aos seus associados e, paralelamente, contri-buir para o desenvolvimento de políticas de preservação e promoção do mundo rural.

“A ACPA é uma associação envolvida em inúmeros processos no Baixo Alentejo, des-de o livro genealógico do porco alentejano às denominações de origem. Esta é uma ati-tude que vamos continuar a desenvolver e a intensificar, pois julgo que é muito impor-tante entender que este tipo de associações fazem a ponte – hoje cada vez mais neces-sária – entre a agricultura, a burocracia e a modernidade que a situação agrícola exige”, esclarece José Cândido Nobre.

Com a nova sede, cujas obras devem es-tar concluídas até ao próximo Verão, a As-sociação de Criadores de Porco Alentejano poderá igualmente alargar a sua estrutura técnica, que actualmente conta com sete elementos a tempo inteiro. “A ACPA tem conseguido crescer ao longo dos anos e acredito que vamos continuar a crescer”, admite o presidente, apesar de lembrar o presente “momento de crise” e “de retrac-ção da economia”.

“Mas é precisamente contra isso que estamos a lutar. E é para evitar isso e re-mar contra essa tendência que associações como a ACPA existem e têm de ter força e vontade. Tudo para conseguir coisas que não são fáceis, mas também que não são de

> PROJECTO. Presidente da ACPA, José Cândido Nobre, ga-rante que novo espaço irá permi-tir à associação melhorar o apoio prestado aos criadores.

todo impossíveis”, esclarece José Cândido Nobre.

MEnOs PROduTOREs

O investimento na nova sede surge no mo-mento em que o número de produtores de porco alentejano associados na ACPA é cada vez menor. Depois do aumento verificado nos últimos anos, que levou a associação a registar perto de 360 criadores, hoje não são mais de 170 os agricultores que se dedicam à criação desta raça autóctone.

“Este sector não ficou inócuo à crise nem passar por ela sem ter alguns rombos. Há de facto um decréscimo de animais, tam-bém um decréscimo de animais em livro e alguns problemas… Isso manifesta-se na nossa actividade, mas não nos devemos re-signar e não podemos aceitar isto! Porque eu vim do tempo em que esta actividade era praticamente residual”, afiança José Cândi-do Nobre, que ainda assim não espera me-lhorias significativas nos tempos próximos.

“As minhas expectativas no curto-prazo é de que ainda possa haver alguma con-tracção” no número de produtores, afirma o presidente da ACPA, considerando que tudo isto “são vicissitudes das épocas e dos sectores”. “Esta foi uma área que cresceu exponencialmente” e agora “a crise obriga a estes ajustes”, conclui.

2012.08.10 ourIQue_2012

JOsé CândidO nObREPresidente da ACPA

Havia necessidade de termos um espaço físico maior e também uma orgânica interna diferente.

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OURIQUE_201212 2012.08.10

ANTÓNIO JOSÉ BRITO texto

Que reflexos sociais têm provocado a actual conjuntura de crise na população do concelho de Ourique? A actual conjun-tura tem agravado a situação de famílias e empresas e, no concelho de Ourique, esse agravamento tem um peso ainda maior em toda a sua dimensão. É uma situação que nos preocupa e que nos mobiliza na cria-ção de respostas para as necessidades das pessoas. Mas como se sabe, a capacidade de intervenção da autarquia está limitada por imposições governamentais, competindo ao Governo entender e agir com maior sen-sibilidade para o impacto das suas decisões junto das pessoas.

As “ferramentas” criadas pela Câ-mara têm minorado o problema? Que números são possível conhecer neste âmbito? Nos últimos sete anos temos vin-do a implementar várias medidas de apoio social que abrangem todas as situações de necessidade. A maturidade desses projectos tem permitido corresponder às dificuldades apresentadas pelos cidadãos. Mas é verda-de que para executar estas medidas – e no caso trata-se de as alargar a mais pessoas necessitadas – é preciso dinheiro. Infeliz-mente impõem-nos cada vez maiores res-ponsabilidades e retiram-nos cada vez mais receitas, o que dificulta a nossa acção. Ain-da assim, a determinação e o compromisso de governar para as pessoas mantém-se e têm apresentado resultados positivos, ou se quiser, não tão negativos na actual con-juntura de crise. Repare, há pessoas sem dinheiro para medicamentos e transportes a consultas médicas. Mas a Câmara de Ou-rique comparticipa os medicamentos e o transporte. Há pessoas sem dinheiro para alimentar as suas famílias e a autarquia pro-videncia mensalmente cabazes alimenta-res. Há famílias com dificuldades em man-

PEDRO MIGUEL RAPOSO PRAZERES DO CARMOPRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OURIQUE

IDADE: 41 ANOSNATuRAlIDADE: OuRIQuE

> ENTREVISTA PeDRo Do CARMoCortes no financiamento da autarquia estão a criar mais dificuldades mas a Câmara de Ourique está a manter a linha de rumo dos últimos sete anos: corte na dívida atinge cerca de um milhão de euros por ano!

“Redução da divida atinge um milhão de euros por ano”

Pedro do Carmo considera que a sua re-candidatura em 2013 a um terceiro e último mandato é absolutamente natural. Eleito

pela primeira vez em 2005, o jovem autarca do PS já havia anunciado a recandidatura há cerca de três meses.

RECANDIDATURA A UM TERCEIRO E ÚLTIMO MANDATO AVANÇA

ter os seus filhos a estudar e o Município promove alimentação gratuita, transportes escolares e bolsas de estudo a alunos do en-sino superior. Há pessoas com necessidade de emprego e a autarquia está impedida de contratar. Fazemos o que nos compete e muito do que compete a outras entidades!

Ainda neste domínio, na área da educação, estão a preparar medidas para atenuar eventuais problemas de crianças e jovens estudantes? Esta-mos a promover apoios importantes no que respeita à alimentação dos alu-nos, às necessidades de transporte e vamos implementar um projecto de apoio aos livros escolares. Como se sabe, estamos a fazer um grande investimento na área da educa-ção desde 2005. Construímos um novo jardim-de-infância, estamos a construir um novo centro escolar e requalifi-cámos nos últimos anos as escolas básicas com novos equipamentos e meios tecnológicos, bem como com a promoção de ac-tividades extra-c u r r i c u l a r e s . Sabemos que o progresso da nossa terra não está dissociado da oferta e da qua-lidade na educação e na formação. É uma aposta que que-remos deixar como legado para o futuro.

Em que medida o actual contexto eco-nómico do país afectou a gestão munici-pal? Afecta em muito, todos os dias e em todas as decisões que temos que tomar. Se

é conhecida por todos a situação finan-ceira do Município em 2005, que ainda estamos a pagar, maiores são as dificul-dades actuais com mais cortes nas re-ceitas, com maiores obrigações e cada vez mais solicitação por parte dos

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132012.08.10 OURIQUE_2012

“Faz sentido que seja de novo candidato”

Estamos a pouco mais de um ano das eleições. Que metas concretas pretende atingir nesta recta final do mandato? A ambição é sempre a de cum-prir todos os objectivos. Há coisas que se alteraram por força das circunstâncias, mas o essencial está cumprido ou em vias de ser cumprido. O meu grande desígnio é que os nossos alicerces para o futuro se consoli-dem. Dou comigo a pensar muitas vezes que o trabalho que estamos a desenvolver, nas circunstâncias de endividamento herdadas, é quase como começar de novo, partir do menos zero. Orgulha-me saber que já há resultados positivos da nossa ac-ção em todos os domínios da sociedade e que num futuro próximo o impacto dessas medidas será ainda mais profícuo.

Já anunciou a recandidatura. Por que é que decidiu fazê-lo? Porque a polí-tica para mim é um acto nobre e honrado. Quando decidi candidatar-me a presidente da Federação do PS no Baixo Alentejo en-tendi que deveria justificar a minha dispo-nibilidade de sempre para servir a minha terra e os meus concidadãos. Comigo não há tabus nem meias palavras, as coisas são como têm de ser: sempre com frontalidade e transparência. Faz sentido que seja de novo candidato. Com a responsabilidade ética e política de assumir as minhas obri-gações junto de quem me elegeu e em mim confiou para liderar o futuro do concelho de Ourique.

Acumular a presidência da Câmara com a liderança distrital do PS não o obriga a dispersar energias? Ambos os cargos são compatíveis e não interferem na acção e na energia com que me entrego aos projectos. De outra forma não existiria a minha disponibilidade. Tenho a trabalhar comigo equipas de grande valor humano e técnico, quer na Câmara quer na Federa-ção. Nada é resultado de um homem só. Faço questão de delegar competências e de promover a descentralização, envolvendo as pessoas e motivando as suas ideias e capacidades.

“Conjuntura financeira não permite festas diferentes”

A nossa gestão é rigorosa. Estamos a cumprir os objectivos de redução da divida em cerca de um milhão de euros por ano e a cumprir os acordos de pagamento com forne-cedores. Para que tudo resulte, na limitação da nossa tesouraria, prio-rizamos pagamentos e procuramos cumprir com todos os fornecedores.

Há pessoas sem dinheiro para ali-mentar as suas famílias e a autarquia providencia mensalmente cabazes alimentares. Há famílias com difi-culdades em manter os seus filhos a estudar e o Município promove alimentação gratuita, transportes es-colares e bolsas de estudo a alunos do ensino superior.

cidadãos carenciados. E as novas imposi-ções legais, como a Lei dos Compromissos, vêm agravar ainda mais a nossa acção e al-guma margem que tínhamos para ir dando respostas às exigências e às ambições do Município.

Foram retardadas obras, por exem-plo? Sim, claro. Muitas das obras e planos que tínhamos foram suspensos por indefini-ções nos fundos comunitários e por impos-sibilidade financeira. Por exemplo, a cons-trução das piscinas descobertas e de dois campos de ténis e zonas de apoio vão ter de aguardar por melhores oportunidades. A nossa prioridade de projectos e de obras está limitada às oportunidades dos fundos comunitários. De outra forma é impossível a Câmara de Ourique promover projectos e obras por sua conta. Perdemos mais de um milhão de euros em ano e meio… É muito dinheiro para uma autarquia como a nossa, são mais de dois mil euros por dia!

Foi necessário estabelecer priori-dades para conseguir acudir ao paga-mento das facturas? A nossa gestão é ri-gorosa. Estamos a cumprir os objectivos de redução da divida em cerca de um milhão de euros por ano e a cumprir os acordos de pagamento com fornecedores. Para que tudo resulte, na limitação da nossa tesoura-ria, priorizamos pagamentos e procuramos cumprir com todos os fornecedores.

Há quem defenda a necessidade de “refundar” as Festas de Santa Maria. Concorda com isso? É evidente que é pos-sível fazer mais e melhor. Em 2005 demos uma nova dinâmica às Festas de Santa Ma-ria, mas a actual conjuntura financeira não permite despender muito dinheiro. Respei-tamos e escutamos todas as opiniões e con-

cordamos com todas as intenções de fazer mais e melhor, mas é preciso avaliar vários factores que se sobrepõem à nossa vontade e ao nosso desejo.

Tem alguma leitura particular para o declínio destes festejos? Há com certeza várias razões. As dificuldades financeiras

de quem organiza e dos espectadores, a multiplicidade de festas a decorrerem em períodos iguais e a alteração significativa e evidente dos hábitos e das disponibilidades das pessoas. Ourique não é excepção, pas-sa-se o mesmo em praticamente todas as localidades. É uma questão sociológica que merece reflexão.

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> iniciativa

Arranca este sábado, 11, a FACES – Feira das Acti-vidades Culturais e Económicas de Sabóia. O certame prolonga-se até quarta-feira, 15, e assume-se como

“representante” das diferentes “faces” do interior do concelho de Odemira, dando provas do dinamismo da freguesia de Sabóia e limítrofes.

FEIRA EM SABÓIA MOSTRA O MELHOR DO INTERIOR DO CONCELHO DE ODEMIRA

FIMSEMANADE

TEMPO LIVRECULTURAESPECTÁCULOSCINEMA e TVAGENDA E SERVIÇOSPESSOAS

Messejana lembraManuel de Brito Ruas> HOMENAGEM. Antigo prove-dor da Misericórdia e presidente da Junta de Freguesia de Messeja-na faleceu em Agosto de 2011.

> VILA DO CONCELHO DE ALJUSTREL VAI ESTAR EM FESTA ATé qUARTA-FEIRA, 15 DE AgOSTO

A vila de Messejana vai prestar na pró-xima quarta-feira, dia 15 de Agosto, uma sentida homenagem ao antigo provedor da Misericórdia e presidente da Junta de Fre-guesia local, Manuel de Brito Ruas.

A cerimónia decorrerá no âmbito das festas de Santa Maria que, a partir desta sex-ta-feira, 10, terão um programa repleto de memórias e espectáculos. Com organização da Câmara Municipal e da Junta de Fregue-sia, a iniciativa “Messejana Real” é o grande momento das festas e, já nesta sexta-feira, haverá animação com uma “Noite Jovem” depois de inauguradas as exposições “Arte Sacra, Trajes e Aventais”.

No sábado, 11, será feita a recriação his-tórica da chegada de D. Sebastião a Messe-

152012.08.10

jana (18h00) e, durante a noite, o rei jantará com os nobres da vila, haverá folguedo e a apresentação de planos inéditos do filme “Al Fachada”.

No domingo, 12, D. Sebastião assisti-rá à missa na Igreja Matriz de Messejana, estando agendada para o fim da tarde um demostração de falcoaria e armas. O serão está reservado para um julgamento público no pelourinho e uma comunicação de D. Sebastião ao povo messejanense.

Na segunda-feira, 13, está programado um concerto com a banda Sound Makers e, na terça-feira, a imagem de Nossa Senho-ra da Assunção é “levada para o campo”. Ao fim da tarde há um cortejo automóvel a animar o regresso da padroeira e, durante a noite, um baile com o popular artista Ruben Baião.

No último dia das festas (15 de Agosto), decorrerá a procissão e, cerca das 19h00, a cerimónia de homenagem a Manuel de Bri-to Ruas, destacado cidadão daquela vila que faleceu em 24 de Agosto de 2011, na altura

com 70 anos de idade.Manuel de Brito Ruas foi líder da Santa

Casa da Misericórdia de Messejana durante 20 anos, depois de ter sido o principal res-ponsável pela sua restauração, em 1989. Ao mesmo tempo, foi vários anos presidente da Junta de Freguesia de Messejana. Na ce-rimónia de homenagem que decorrerá na sua terra natal será descerrada uma placa que perpetuará o seu nome na fachada do edifício da Santa Casa.

Refira-se que, na noite de 15 de Agosto, decorrerá a tradicional corrida de toiros de Messejana, onde Manuel de Brito Ruas tam-bém será recordado. Ele que foi, como se sabe, um dos mais destacados aficionados da região e figura muito popular nos meios tauromáquicos.

A corrida começa às 22h30 e contará com os cavaleiros Luís Rouxinol, Filipe Gonçalves e João Telles Jr. para lidarem toi-ros da ganadaria Lampreia. As pegas esta-rão a cargo dos forcados de Alcochete e de Cascais.

Homenagem a Manuel de Brito Ruas será realizada na quarta-feira, 15, às 19h00. dr

> CORREIO TAURINO

por VÍTOR BESUgOPRAÇASCAVALEIROSfORCADOSAGENDA

BEJA EspErAgrAndE nOITE

A empresa Gestoiro leva por diante esta sexta-feira, 10, à noite, a partir das 22 horas, a tradicional corrida de toiros

em honra de São Lourenço. Depois de al-guns anos a mudar de dia, este ano a corrida volta a ser realizada na sua data tradicional, o que esperamos que volte a acontecer nos

próximos anos. Frente a um imponente curro de toiros

da ganadaria Ernesto de Castro [na foto] vão estar em praça os cavaleiros Rui Sal-vador, Sónia Matias, Tito Semedo, António Maria Brito Paes, João Moura Caetano e João Maria Branco.

Os grupos de forcados que vão enfrentar este curro são os Amadores de São Manços, de Moura e de Cascais.

Os bilhetes podem ser adquiridos nos locais habituais, com preços a partir de ape-nas 15 euros.

sAnTAnA cOm cOrrIdA dIA 17 Santana da Serra, no concelho de Ouri-que, recebe no próximo dia 17 de Agosto uma corrida de toiros, onde actuam os cavaleiros Joaquim Bastinhas, Tito Semedo (a “jogar” em casa), Marcos Bastinhas e o praticante Mateus Prieto. As pegas esta-rão a cargo dos Amadores de Moura e da Tertúlia do Montijo, perante um imponente curro da Herdade de Pégoras.

mAnO-A-mAnO AnImA mOITA O matador Pedrito de Portugal vai parti-cipar num “mano-a-mano” com o espanhol Enrique Ponce a 16 de Setembro, durante a tradicional Feira da Moita.

BArrAncOs Já fEchOu cArTEl

Já são conhecidos os cartéis das tradicio-nais corridas de touros de morte que anual-mente se realizam no final do mês de Agosto em Barrancos. A 29 de Agosto (quarta-feira) os touros de Couto de Fornilhos serão lidados por Tiago Santos e Fernando Rey, enquanto que no dia seguinte serão José Maria Lázaro e Manuel Ponce a enfrentar mais um lote da mesma ganadaria. A 31 de Agosto (sexta-fei-ra), haverá mais touros de Couto de Fornilhos para Raul Palancar.

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futebol e modalidades

desPoRto

>futebol

RicaRdo catchana continua no chipRe O avançado Ricardo Catchana, natural de Almo-dôvar, vai continuar a jogar no Chipre, depois de assinal pelo Ayia Napa, da 1ª divisão daquele país.

>futebol

aBelha tReina messejanense em 2012-13 Abelha, que nos últimos dois anos trabalhou na formação do Portimonense, vai ser o treinador do Messejanense em 2012-2013.

16 2012.08.10

> técnico bejense inicia teRceiRa éPoca no PRinciPal camPeonato do futebol PoRtuguês

caixinha com muita ambição> futeBol. A pouco mais de uma semana do arranque, o técnico bejense Pedro Caixinha não esconde o objectivo de devolver os madeirenses do Nacional às competições euro-peias. Sempre com Beja no pensamento...

Acabaram-se as férias (pelo me-nos para alguns)! Depois de quase três meses de “repouso”, o principal campeonato do futebol português regressa no próximo fim-de-sema-na, dias 18 e 19, e tem um bejense em destaque: o técnico Pedro Cai-xinha, que assume de peito aberto a vontade de devolver os madei-renses do Nacional às competições europeias.

“Há vários aspectos que se combinam para traçar essa meta. Primeiro, nos últimos oito anos o Nacional sempre se tem assumido como candidato à Liga Europa. De-pois, existe a ambição da estrutura do clube, que já criou bases sólidas para que isso aconteça. E há ainda as nossas ideias de trabalho – e foi para isso que nos contrataram! – e a qualidade do plantel”, justifica ao “CA” o técnico nascido em Beja há 41 anos.

Pedro Caixinha fala com deter-minação e muita confiança. E so-brepõe os objectivos colectivos às ambições individuais, nem queren-do ouvir falar da futebolisticamente tradicional “época de afirmação”. “Não gosto de falar nesses pontos. Acredito muito em mim, na minha competência e naqueles que traba-lham comigo. E achamos que jun-tos, também com a competência do grupo de jogadores e da estrutura do Nacional, somos capazes de ex-pressar mais este potencial que te-mos”, riposta.

onde anda a ousadia?Em pouco mais de oito anos Pedro Caixinha passou dos campos do

Aos 41 anos, bejense Pedro Caixinha confia numa grande época ao serviço do Nacional. DR

campeonato distrital para a prin-cipal liga nacional, com passagens como adjunto pelo Sporting, Pa-nathinaikos (Grécia) e selecções da Arábia Saudita. Um percurso sem-pre ascendente que, admite, o faz ser actualmente o principal “mode-lo de referência” para grande parte dos treinadores da região.

“Posso sê-lo, tal como na minha altura de estudante o eram o José Romão – que só conheci pessoal-mente quando estive a estudar em Vila Real – ou o ‘Chico Papa’ [Fran-cisco Agatão, antigo adjunto de Car-los Manuel e actualmente treinador dos açorianos do Operário]”, vinca.

A falta de tempo impede Caixi-nha de acompanhar mais de perto as incidências do futebol distrital. Daí a surpresa ao saber que em-blemas como o Despertar ou o Fer-reirense acabaram de suspender o futebol sénior, situação que o técni-co “justifica” com as características típicas de uma região onde arriscar não é a regra.

“Vê-se que houve um cresci-mento e desenvolvimento em ter-mos de instalações desportivas, que por si já levariam ao aumento da-quilo que é a qualidade do jogo que se pratica nessas infra-estruturas. Mas parece-me que a qualidade dos jogadores não seguiu este aumento de qualidade do jogo. Temos ins-talações, mas se calhar não temos pessoas para poder potenciar essas instalações. Fruto daquilo que so-mos como alentejanos, com muita resistência à mudança, pensando por vezes que sabemos tudo e ten-do medo de arriscar”, conclui. ”

pedRo caixinhaTreinador de futebol

No distrito de Beja temos instalações, mas se calhar não temos pessoas para poder potenciar essas instalações.

> 3ª divisão nacional

alentejanos já conhecem calendário de 2012-2013 Moura AC-Sesimbra, Monte Trigo-Mineiro Aljustrelense e o “dérbi” FC Castrense-Vasco da Gama são os jogos que marcam a primeira jornada da Série F da 3ª divisão nacional em 2012-2013, que arranca no próximo dia 2 de Setembro. O sorteio dos calendários rea-lizou-se na última quinta-feira, 2 de Agosto, na sede da Federa-ção Portuguesa de Futebol, com a “sorte” a ditar desde logo um confronto entre dois emblemas baixo-alentejanos na jornada inaugural da competição. Depois, à passagem da quar-ta jornada (a 7 de Outubro) o Moura AC recebe o FC Castren-se e à sétima ronda (no dia 4 de Dezembro) será a vez do Vasco da Gama da Vidigueira visitar o Mineiro Aljustrelense. A 9 de Dezembro, na 10ª jorna-da, o Moura AC recebe o Mineiro Aljustrelense e na última jorna-da da primeira volta, agendada para 16 de Dezembro, terão lu-gar mais dois “dérbis” do distrito de Beja: Vasco da Gama-Moura AC e Mineiro Aljustrelense-FC Castrense. Quanto à Taça de Portugal, o sorteio da primeira eliminatória, que se realiza já no próximo dia 26 de Agosto, ditou os jogos Mi-neiro Aljustrelense-At. Reguen-gos, Barreiro (Açores)-Moura AC, Vasco da Gama-Caçadores das Taipas e FC Castrense-Eléc-trico de Ponte de Sôr.

> 3ª divisão >Série FjoRnada 1 | 2 de setembRoJuventude – At. ReguengosLagoa – Esperança de LagosMonte Trigo – Mineiro AljustrelenseFC Castrense – Vasco da Gama da VidigueiraMoura AC – SesimbraU. Montemor – Lusitano VRSA

joRnada 2 | 23 de setembRoAt. Reguengos – U. MontemorEsp. Lagos – JuventudeMineiro Aljustrelense – LagoaVasco da Gama da Vidigueira – Monte TrigoSesimbra – FC CastrenseLusitano VRSA – Moura AC

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172012.08.10 DESPORTOFUTEBOL E MODALIDADES

> EqUIPA DE CASTRO VERDE AInDA TEM DUAS VAgAS nO PLAnTEL PARA 2012-2013

FC Castrense realista

A contabilidade é simples de fa-zer: em 2012-2013 a Série F da 3ª divisão nacional vai promover duas equipas e as restantes 10 vão ter de regressar aos distritais! É com estas contas na cabeça que o FC Castrense já prepara a nova temporada, onde o realismo e a cautela se sobrepõem a qualquer tipo de objectivos mais ambiciosos.

“Queremos fazer boa figura e mostrar que temos qualidade, valor e ambição. O nosso campeonato vai

> Futebol. Técnico Francisco Fernandes pro-mete equipa empenhada em honrar o clube.

ser jogo a jogo e em cada jogo que-reremos somar o maior número de pontos possível. Por isso digo: cada jogo vai ser uma final”, sublinha ao “CA” o técnico Francisco Fernandes, que ainda tem duas vagas em aberto na equipa [ver caixa].

“Não conseguimos fechar o plan-tel com jogadores da região e agora andamos à procura de encontrar um defesa central e um jogador que faça o corredor esquerdo”, adianta.

A equipa de Castro Verde vai ini-ciar o campeonato em casa, diante do Vasco da Gama. Antes, o FC Cas-trense realiza jogos de preparação com Quarteirense (sábado, 11, no Algarve) e Farense (18 de Agosto, em partida que servirá de apresentação da equipa aos associados).

pub.

cinco reforços São cinco os reforços do FC Cas-trense em 2012-2013: o guarda-re-des Eduardo, o defesa Igor, o médio Hugo Páscoa e o avançado Ricardo Amaro (todos ex-Despertar), além do ponta-de-lança José Manuel (ex-Vasco da Gama). À experiência na equipa estão o central Ludovic (ex-Aliados do Lordelo) e o esquerdino Valter Ferreira (ex-Caniçal), sendo que da última época transitam João Candeias (guarda-redes), Vítor Ro-lim, Tiago Torres e Velhinho (defe-sas), José Luís Araque, Nelson Horta e Pedro Lança (médios), Telmo Fa-caia, Rui Pepe, Jorginho, Damázio e Pázinho (avançados).

FC Castrense enfrenta nova época com realismo... e muita ambição! DR

> Panóias desiste do “Distritalão” 2012-2013

Está confirmado: o Panóias não vai participar no próximo campeonato distrital da 1ª divisão. “É contra a minha vontade, mas não há nada a fazer”, sublinha o presidente Luís Martins. Entretanto, segundo apurou o “CA”, o FC São Marcos já inscreveu a equipa sénior e uma de benjamins.

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Correio Alentejo n.º 322 de 10/08/2012 Segunda Publicação

A Autoridade Florestal Nacional faz público que, nos termos do art.º 6.º do Regulamento da Lei n.º 2097, de 6 de Junho de 1959, aprova-do pelo Decreto n.º 44623, de 10 de Outubro de 1962, O CLUBE DE CAÇA E PESCA DE SANTA CLARA DO LOUREDO requereu, pelo prazo de 10 anos, uma concessão de pesca na albufeira da Misericór-dia, Herdade da Misericórdia, freguesia de Santa Clara de Louredo, concelho de Beja.Todas as pessoas singulares ou colectivas que se julguem prejudica-das nos seus direitos devem apresentar a sua reclamação por escrito devidamente justificada, na Unidade de Gestão Florestal do Baixo Alentejo – Antiga Estrada de Évora – Rua de S. Sebastião – Apartado 6121, 7801-908 Beja no prazo de 30 dias a contar da data de divulga-ção deste Edital.Para consulta dos interessados encontra-se nos referidos serviços o projecto de Regulamento, proposto pela entidade requerente para vi-gorar na área a concessionar.

Fonte: Carta MIlitar 531 IgeoEÉvora, 27 de Março de 2012

O Director Regional(assinatura ilegível)

(Carlos de Sá Ramalho)

EDITAL

Agradecimento

ÉLIO JOSÉ REIS MENDES12.05.1977 | 07.07.2012

Pais, esposa e filha participam a todas as pes-soas das suas relações e amizade o falecimento do seu ente querido ocorrido no dia 7 de Julho de 2012. Agradecem ainda reconhecidamente aos seus colegas de trabalho e amigos, pelo modo fraterno e muito amigo como apoiaram toda a nossa família neste momento de profunda dor.Agradecem também a todos os que se digna-ram acompanhá-lo à sua última morada ou que de qualquer outra forma lhe manifestaram o seu pesar.

PÓVOA DE S. MIGUEL / MOURA

BERINGEL BEJA BEJA / TRINDADE

BEJA

†. Faleceu a Exma. Senhora D. LUZIA

MARIA VIDINHA, de 94 Anos, natural de Vila de Frades – Vidigueira, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 04, de Igreja Paroquial do

Carmo, para o cemitério de Beja.

†. Faleceu a Exma. Se-nhora D. MARIA JOSÉ

ROSA, de 90 Anos, natural de Beringel – Beja, viúva. O funeral

a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 04, de Casa Mortu-ária de Beringel, para o

cemitério local.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. AMÉLIA

DO SACRAMENTO, de 91 Anos, natural de São Matias – Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se

no passado dia 05, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério

desta cidade.

†. Faleceu a Exma. Se-nhora D. MARIA JOSÉ

DA SILVA MESTRE, de 77 Anos, natural de

Alcaria Ruiva – Mértola, casada com Exmo. Sr. Manuel Luís. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 05, das Casas Mor-tuárias de Beja, para o cemitério da Trindade.

†. Faleceu o Exmo. Senhor MANUEL

GUERREIRO AMARO, de 87 Anos, natural de Entradas – Castro Ver-de, casado com Exma. Sra. D. Vitória Francis-ca Leonardo. O funeral a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 05, da Igreja Paro-quial do Carmo, para o

cemitério de Beja.

†. Faleceu a Exma. Senhora D. ILDA DA PIEDADE AGATÃO,

de 92 Anos, natural de Santa Maria da Feira – Beja, viúva. O funeral

a cargo desta Agência, realizou-se no passado dia 08, das Casas Mor-tuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.

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212012.08.10 opinião>análise

Não saber do que se fala não impede que se opine. E a opinião de cada um tem o valor

que tem, mais o que os outros lhe queiram dar, e por aí se fica. Mas os responsáveis de institui-ções, e os jornais de grandes tiragens e de dis-tribuição nacional, estão obrigados a saberem do que falam. Nesta linha está o folclore que se fez à volta do bosão de Higgs, com os jornais a darem voz a padres católicos para opinarem sobre o que não diz respeito à Igreja.

Em linhas gerais e poucas palavras, pode-mos dizer que o cientista britânico Peter Hi-ggs, trabalhando sobre umas ideias de Philip Anderson, interrogou-se, num documento publicado em 1964, sobre a possível existên-cia de um bosão (partícula com determina-das características) que explicaria a razão de a matéria possuir massa.

Mas só agora — meio século depois — foi possível conseguir as condições técnicas para o desenvolvimento de experiências a propó-sito, com a construção, em 2008, do Grande Colisor de Hádrons (LHC), um laboratório localizado num túnel com 27 Km de circun-ferência, construído a 175 metros abaixo do nível do solo, na fronteira franco-suiça, pró-ximo de Genebra. Um dos objectivos do LHC é explicar a origem da massa das partículas elementares e encontrar outras dimensões do espaço.

A 4 de Julho de 2012, cientistas do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN), anun-ciaram que na sequência dos seus trabalhos no LHC, descobriram uma partícula nova que pode ser o tal bosão de que Higgs previu a existência.

Entretanto, no início dos anos de 1990, o físico Leon Lederman, que ganhou o Prémio Nobel em 1988, escreveu um livro com a inten-ção de explicar ao público não especializado em ciência a teoria sobre o bosão de Higgs. O autor escolheu o título The Goddam Particle (A Partícula Maldita) para falar sobre o tal elemento difícil de descobrir e que ocupava todo o tempo a Higgs. Mas como o editor es-tava mais interessado em vender do que, sim-plesmente, publicar, num golpe de marketing, trocou o termo “Goddam” por “God”, e o livro The God Particle (A Partícula de Deus) foi um êxito de vendas! O nome pegou e não tardou que a imprensa apelidasse o bosão que Higgs procurava como sendo a “partícula de Deus”! O termo Deus é conhecido de todos, e bosão… ninguém sabe o que seja…

O meu espanto foi ver e ouvir, em Julho de 2012, as televisões e os jornais a entrevistarem religiosos sobre a partícula de Deus (como que se a Igreja tivesse algo a ver com as desco-bertas científicas!), talvez convictos de que a ciência acabara de encontrar a prova da exis-tência real e concreta de Deus!…

A RTP procurou o padre e jornalista José Tolentino de Mendonça, na qualidade de di-rector do Secretariado Nacional da Pastoral

> opinião

da Cultura da Igreja Católica, para que falas-se sobre o bosão e ele disse que “tudo o que é a procura da verdade interessa muito aos crentes e à Igreja” (!?), que mais poderia ele dizer?!…

O jornal do Vaticano, “L’Osservatore Ro-mano”, atingiu o paradigma de (…não sei que palavra usar!…) com a manchete “Comoção e entusiasmo” para se referir ao anúncio da

descoberta do bosão de Higgs (!?). Deve estar tudo doido!…

O cientista Carlos Fiolhais teve a frase mais correcta e honesta: “Se existe Deus, todas as partículas são de Deus, ou, se não existe Deus, nenhuma partícula será de Deus”. Tão sim-ples!

“Partícula de Deus” é apenas um nome. Um título para um livro, que foi encontrado

com o interesse de vender, e o nome do livro não vale mais do que isso. Imagine que você, em 1990, encontrava um livro com o título Bosão de Higgs. Comprava-o?… E se fosse Partícula de Deus?…

Há termos que atingem a sensibilidade das pessoas e que, por isso, podem, mais fa-cilmente, ser aceites ou repudiados. É o caso das “células-mãe”. Em inglês recebem outro nome. Não são referidas por “mother-cells”, mas por “stem [tronco, raíz] cells”.

A palavra “mãe” desperta paixões! Mãe há só uma. E tu não tocas na minha mãe, porque para mim ela é sagrada! Daí ser mal vista a ma-nipulação das células-mãe! Já manipular as células-raíz… é outra coisa, mais permissível, o milho transgénico é isso mesmo. E aqueles que se preocupam com o termo “mãe” estão-se nas tintas para as manipulações do milho!

Já que falo em raíz, é curioso notar que os países de raíz católica são os que, estatística-mente, têm uma pior opinião da ciência. Por-que será?!…

O BOSÃO DE HIGGS

Já que falo em raíz, é curioso notar que os países de raíz católica são os que, estatísticamente, têm uma pior opinião da ciência. Porque será?!…

ONOFRE VARELACartunista/Jornalista

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22 2012.08.10opinião>palavras

“>palavras

CAMILO LOURENÇO> “Jornal de Negócios” 08.08.2012

“nem espanha nem ItálIa têm o consenso polítIco e socIal que portugal conse-guIu em torno do programa de ajustamento.”

CARLOS CARREIRAS> “I” 08.08.2012

“os líderes polítIcos, de pé na areIa, recuperam forças e ganham fôlego para o que aí vem. e o que aí vem não é pouca coIsa: muIto provavelmente a maIs dura ‘rentrée’ de que há memó-rIa nas socIedades europeIas.”

PAULO BALDAIA> “DN” 07.08.2012

“cá vamos nós cantando e rIndo, num país em que uma parte sIgnIfIcatIva dos cIdadãos mer-gulhou na mIsérIa, num país em que os polítIcos passam a vIda a falar de reformas estruturaIs mas em que nunca muda nada na justIça.”

> Editorial

A TRISTEZA DO“DISTRITALINHO”a expressão foi feliz e inventada nos anos Oitenta, quando o futebol ainda

não reflectia a dura crise demográfica que se acercou do Baixo Alentejo. Nessa época, havia uma dinâmica grande nos clubes e, apesar das debilida-des económicas, o espírito era outro. As equipas eram povoadas por jogado-res da terra, os “ordenados” eram fracos, os clubes tinham gente dinâmica, que trabalhava noite e dia para assegurar receitas.

Com a fortuna enganadora dos anos Noventa, os emblemas da nossa re-gião aburguesaram-se. Em muitos concelhos, as câmaras começaram a pagar tudo e mais alguma coisa. Isso, pois claro, enfraqueceu o associativismo e o voluntariado! O resto veio por acréscimo, com este perigoso individualismo que está matar as sociedades.

Chegamos agora a um ponto de profundo drama e acentuada tristeza. Por erros, incapaci-dades, falta de apoios e pobreza aprofundada, há emblemas que estão a desistir do futebol sénior e outros a reequacionar seriamente todo o mode-lo em que o fizeram assentar. O “Distritalão” de outros tempos, como se adivinhava há muito, vai redundar num caricato “Distritalinho”...

Naturalmente que há muitas responsabilida-des repartidas. Mas, neste tempo de recomeçar quase tudo, parece ser muito oportuno fazer uma revisão séria do que somos e do que queremos ser nesta modalidade que ainda apaixona muita gente. A Associação de Futebol de Beja tem a responsabilidade de agendar uma dis-cussão séria sobre o assunto. E os clubes, particularmente aqueles que são mais relevantes e influentes, estão obrigados a participar com responsabili-dade nesse desafio onde assenta muito do futuro do futebol distrital no Baixo Alentejo. Caso contrário, não vamos ficar por aqui!

O “Distritalão” de outros tempos, como se adi-vinhava há muito, vai redundar num caricato “Distritalinho”...

Jornal regional semanário editado em BejaDirector: António José Brito Editor: Carlos Pinto. Redacção: Manuela Pina, José Tomé Máximo (fotografia). Paginação: Pedro Moreira. Infografia: I+G - www.imaisg.com . Secretariado: Ruben Figueira RamosColaboradores Permanentes: Napoleão Mira e Vítor Besugo. Colunistas: Alberto Matos, Ana Ademar, António Sebastião, Jorge Pulido Valente, José Filipe Murteira, Luís Dargent, Margarida Janeiro, Mário Simões, Miguel Madeira, Paulo Arsénio, Teresa Chaves e Vítor Encarnação.Projecto Gráfico: Sérgio Braga – Atelier I+GDepartamento Comercial: [email protected]ão: Empresa Gráfica Funchalense. Distribuição: Jota CBSISSN 1647-1334

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RESGATE QUE FAZ REFÉNS

o Governo PSD/CDS, animado pela convic-ção liberal de exigir mais aos portugue-

ses que a própria “troika”, continua a sua saga preocupado em exclusivo com a consolidação orçamental, sem atender à necessidade do cres-cimento da economia e, sobretudo, do emprego das pessoas.

Não satisfeito com o ataque sem preceden-tes às empresas, às famílias e aos trabalhadores, de-cidiu inviabilizar o fun-cionamento normal de praticamente todas as câ-maras com a aprovação da Lei dos Compromissos e dos Pagamentos em Atraso (Lei n.º 8/2012, de 21 Fev.).

Com a sua visão econo-micista e redutora, o Go-verno PSD/CDS, para além de aniquilar as instâncias do Poder Local, respon-sáveis pelo apoio de pro-ximidade às populações, com a extinção de cente-nas de freguesias (Lei n.º 22/2012), em total desres-peito pelos autarcas que as representam, decide agora com a aplicação da Lei dos Compromissos impossibi-litar o funcionamento da esmagadora maioria das câmaras municipais em Portugal.

Da intransigência do Governo, que tudo sacrifica à sua convicção financeira e orçamental, resulta um plano designado de apoio à economia local (PAEL) que supostamente disponibilizará dinheiro às câmaras municipais que se encontrem endividadas.

Este plano é, nem mais nem menos, a única alternativa que oferecem entre a paralisação das câmaras e o empobrecimento dos seus muníci-pes, em face das condições draconianas exigi-das para o acesso ao mesmo.

Para além de injusto, desproporcionado e

JOSÉ NICOLAUdirigente do PS

> opinião

inaceitável – porque trata todas as câmaras por igual, sem distinguir as que herdaram dívidas incomportáveis e que ainda assim estão a fazer um enorme esforço na redução dessa dívida – a imposição do Governo, sem quaisquer hipóte-ses de negociação, exige a subida inaceitável dos impostos e taxas municipais para os escalões máximos, a pagar pelos cidadãos, pelas famílias e pelas empresas.

Em suma, este é um plano de resgate que faz reféns, que agrava as condições em vez de as so-lucionar. E reféns são também todas as câmaras que sejam obrigadas a recorrer ao PAEL, como única possibilidade de pagamento de salários dos seus funcionários, de prestação de serviços às populações, de obras de conservação e de apoios sociais.

Para o Governo PSD/CDS impõe-se a filosofia de que os municípios estão endividados porque se habituaram a viver acima das suas possibilida-des e que quem deve pagar são os seus muníci-

pes. Custe o que custar, a quem custar.Mas o presente, que é de grande exigên-

cia e tenacidade, demonstrará que o futuro se construirá com soluções alternativas, cen-tradas nas pessoas e nas suas expectativas e a favor de um modelo de desenvolvimento de responsabilidade, equilibrado e mobilizador da sociedade para vencer as dificuldades e honrar os compromissos.

Para o Governo PSD/CDS impõe-se a filosofia de que os municípios estão endividados porque se habitu-aram a viver acima das suas possibilidades e que quem deve pagar são os seus munícipes. Custe o que custar, a quem custar.

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232012.08.10 opinião>análise

A OpOsiçãO

Em setembro de 2013 estará no terreno a campanha elei-toral para as eleições autárquicas. Significa isso que está

decorrido praticamente 75% do tempo de legislatura autár-quica. Entra-se na reta final para um “sprint” que se prevê apertado em muitos concelhos do nosso distrito.

O PSD poderá pagar, sobretudo nos concelhos de média e de grande dimensão, os custos de uma política que tem vindo a empobrecer significativamente os portugueses. Partido de grande tradição autárquica, julgo que o PSD a nível nacional poderá conhecer dissabores vários.

No nosso distrito, contudo, o PSD tem um peso residual, só fortalecido em Almodôvar, em Ourique – onde tem vindo a perder muito no plano autárquico –, e em Alvito e Beja, onde, por vezes, se afirma como fiel da balança nas respetivas vereações.

Quer isto dizer que no distrito de Beja a questão nacional deverá ter um impacto reduzido, uma vez que as grandes decisões serão travados sobretudo entre o Partido So-cialista e os comunistas aliados aos verdes.

Importa também salientar que ainda está por decidir se as eleições de 2013 se disputa-rão já com uma nova lei eleitoral autárquica, pela qual me bato há muitos anos e que pre-vê fundamentalmente que o presidente da Câmara seja o elemento mais votado da lista para a Assembleia Municipal, ou pelas regras que têm vindo a vigorar há quase quarenta anos e que não fazem qualquer sentido.

Contudo, e quaisquer que sejam as regras, as “batalhas políticas” maiores confrontarão as duas maiores forças de esquerda – mas de esquerdas bem diferentes, da nossa região.

Olhemos resumidamente para a capital de distrito, Beja.

Quem governou o Município durante 35 largos anos sabe que a melhor possibilidade que tem é recuperar a capital de distrito logo na eleição seguinte. Politicamente pode ser muito complicada a vida da CDU em Beja se sofrer segunda derrota consecutiva. Pode dar-se o mesmo que se deu em tantos concelhos onde sucedeu, que, perden-do uma primeira vez e não recuperando logo de seguida, se cristalize o PS no poder durante um período de tempo maior. Foi assim em Évora, em Grândola, em Ferreira do Alentejo e em Odemira, por exemplo. Locais tradicionais de domínio vermelho durante muitos anos, mas em que, pese a persis-tência típica dos comunistas, não se afigura fácil sair da som-bra e reconquistar as autarquias.

Já noutros concelhos, como Vidigueira ou Barrancos, na nossa zona, ou noutros na margem sul do Tejo, como Barrei-ro ou Alcochete, por exemplo, a CDU conseguiu recuperar o poder ao PS logo na eleição seguinte e cimentar-se nas legis-laturas autárquicas seguintes.

Ora esse é o desafio que se coloca em Beja. É quase uma questão de tudo ou nada. Quem vencer as próximas eleições no concelho de Beja poderá eventualmente fazer um ciclo maior no futuro. São por isso eleições verdadeiramente ali-

> linhas direitas

Citius, Altius, FOrtius

Só pelo título já se pode augurar o pior – pretensiosismo de citações em latim ficam sempre bem em qualquer

artigo –, o que não se podia prever era o reaccionarismo que segue num tema aparentemente inócuo como os Jogos Olímpicos. Fica feito o aviso às almas mais impressionáveis.

O título do artigo é o lema da atrás citada manifestação desportiva: “Mais Longe, Mais Alto, Mais Forte”. E poderá haver mensagem mais reaccionária que esta? “Incomo-dar as pessoas para quê? Com que fins obscuros é que se pode exigir a um comum mortal esta trabalheira? E onde é que se quer chegar? Qual é o limite? E a remuneração? É igual para todos, espero”. São estas as preocupações que, imagino eu, passarão pela cabeça de um inefável persona-gem de esquerda tipo Arménio Carlos ou Francisco Louçã, para não falar no anafado Vasco Lourenço comentando em nome da sua não menos anafada associação. Tirando aquele período da Guerra Fria, em que se tinham que es-fregar as medalhas nas fronhas dos malvados capitalistas para provar a supremacia dos povos socialistas ou da raça branca, como quis fazer o outro do socialismo esquisito (como se houvesse socialismos que não o tenham sido), não vale a pena o esforço.

A mim o que me impressiona neste espectáculo, muito para além da tradicional e admirável cerimónia de abertu-ra ou de encerramento, é a capacidade de superação dos atletas, ou pelo menos a sua tentativa. Os dois momentos que mais me emocionaram desde que me lembro (e des-de Munique que sigo com maior ou menor intensidade os JO) estiveram sempre mais perto do estrondoso fracasso do que de vitórias imortais. Sim, mais do que a vitória do Carlos Lopes e da Rosa Mota na maratona e todas as ou-tras medalhas a que assisti com indisfarçável orgulho e emoção, os dois momentos que mais me marcaram en-volveram uma atleta suíça e um nadador da Guiné Equa-torial. Respectivamente Gabrielle Andersen-Shiess e Eric Moussanbani, que me deram verdadeiras imagens do que é o verdadeiro espírito olímpico e, sobretudo, dois actos de heroísmo, na minha sempre pouco modesta opinião. Ela acabou os últimos 400 metros da maratona de uma forma alucinante, cambaleando e ultrapassando todos os limites, correndo sério risco de vida, demorando na maior exaustão cinco minutos e 44 segundos a fazer o que em circunstâncias normais demoraria bastante menos de um metro, no maior sofrimento e agonia, com treinadores, di-rectores de prova e médicos a gritar para que desistisse e um estádio inteiro a aplaudi-la de pé creio que até hoje. Já o nadador tinha aprendido a nadar seis meses antes na piscina dum hotel, porque no seu país não havia piscinas olímpicas, e nadou os 100 metros livres sozinho (os outros dois concorrentes foram eliminados por falsas partidas). O desgraçado demorou quase dois minutos a concluir a pro-va, num estilo nada livre, tendo o vencedor feito bastante menos de um minuto. Também neste caso o que come-çou por ser uma paródia para o público terminou numa tremenda ovação, tendo o nadador ganho o respeito de todos, comovendo milhões em todo o mundo.

E tudo isto porquê? Porque sim… Sic gloria transit mundi.

LUÍS DARGENTdirigente do CDS

> sUl sUaVe

PAULo ARSÉNIoeleito na Assembleia Municipal de Beja

ciantes aquelas que se aproximam. Creio que disputadas de forma renhida e apertada em que ninguém tem a certeza de ganhar. O concelho de Beja, fruto de um conjunto de fre-guesias rurais com forte carga histórica, é sociologicamente comunista sem margem para dúvida. Porém, o PS tem vindo a ter sucessivamente excelentes resultados no concelho, so-bretudo na malha urbana e numa ou noutra freguesia rural, nas eleições europeias e, acima de tudo, nas legislativas, cul-minando essa sequência com a vitória de Jorge Pulido Valente em outubro de 2009.

Nestes quase três anos de mandato decorridos podemos fazer vários balanços intermédios, quer à atividade da Câma-ra, quer à ação das oposições. E um das análises que temos de fazer reside em conhecer as propostas alternativas apresenta-das pelas oposições à esquerda do PS ao longo destes quase três anos ao atual executivo.

Lembra-se de alguma caro leitor? Recorda-se de um só mo-tivo – só lhe peço um – pelo qual em dezembro último Bloco de Esquerda e a coligação liderada pelos comunistas votaram contra o orçamento municipal de Beja? Pense numa proposta forte, alternativa, que tenha vindo a conhecimento público e que fosse exequível no atual quadro orçamental. Está difícil, não está? É normal. Não se assuste. O problema não é seu. É que olhar para as propostas alternativas da oposição ao exe-cutivo da Câmara de Beja é como abrir uma arca frigorifica vazia e ficar desolado a olhar lá para dentro. Não deixa de ser enigmático que quem esteve na Câmara durante mais de três

décadas, e que ambiciona legitimamente reconquistar a mes-ma, não tenha dito nada sobre assunto nenhum.

Três anos de vazio absoluto.

Uma palavra extra nesta crónica para destacar a ação notá-vel e heróica das corporações de bombeiros do nosso país, ao longo das últimas semanas, acorrendo a um sem número de incêndios e evitando males muitas vezes maiores. Uma pala-vra de profunda e de sentida solidariedade para aquelas cor-porações que perderam homens e mulheres no combate às chamas ou em acidentes de viação quando se dirigiam para as ocorrências, bem como para os nossos concidadãos que tudo perderam fruto do fogo, vendo por vezes vidas inteiras de trabalho serem consumidas em escassos minutos. Para es-ses admito que uma palavra de ânimo não baste.

Por vontade do autor, o exto está escrito segundo o novo acor-do ortográfico

Politicamente pode ser muito complicada a vida da CDU em Beja se sofrer segunda derrota consecutiva. Pode dar-se o mesmo que se deu em tantos concelhos onde sucedeu, que, perdendo uma primeira vez e não recuperando logo de segui-da, se cristalize o PS no poder durante um período de tempo maior.

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sexta. 2012.08.10

Céu limpo. Pequena subida das temperaturas. Vento em geral fraco, soprando temporariamente moderado. Neblina ou nevoeiro matinal.

TEMPO > previsão para sexta

ÚLTIMAS24

Os promotores do maior complexo tu-rístico para o Alqueva, liderados por José Roquette, garantiram esta semana que o processo de insolvência apresentado em tribunal implica o fim do projecto e a perda de 500 postos de trabalho.

“A paragem do projecto implica a perda de cerca de 200 empregos directos e 300 indirectos, que seriam criados só nesta pri-meira fase [das obras], e o fim do projeto-âncora do destino turístico Alqueva”, frisou a Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações (SAIP).

Em informação enviada à Agência Lusa, a SAIP revelou que as suas empresas ligadas ao projeto turístico Roncão d’El Rei – antigo Parque Alqueva –, no concelho de Reguen-gos de Monsaraz, “apresentaram-se, na terça-feira, 7, a Processo Especial de Insol-vência”.

“A empresa viu-se forçada a apresentar o pedido de insolvência em resultado da falta de acordo quanto ao modelo de financia-mento do projecto, que foi comunicada, de forma definitiva, pelo grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD), no final do mês de Julho”, adiantou a SAIP.

O Roncão d’El Rei, num investimento de quase mil milhões de euros, a concretizar em várias décadas, é o único do sector turís-tico classificado pelo actual Governo como Projecto de Interesse Estratégico Nacional.

Até ao momento, era o único empreen-dimento, do lote de projectos turísticos pre-vistos para a zona do Alqueva, que já tinha avançado para obras, com a construção do campo de golfe. Em Maio, em declarações à Lusa, José Roquette tinha alertado que o projecto poderia “cair” devido à falta de financiamento bancário, alegando já ter investido “mais de 50 milhões de euros”, sendo “insustentável continuar a suportar os enormes custos” provocados pelo “im-passe” com a banca.

Nos esclarecimentos prestados à Lusa, a SAIP frisou não compreender, “do ponto de vista estratégico, como pode um país sair do círculo vicioso da recessão sem investir em novos projectos”.

“Sobretudo” num investimento “como este, considerado de ‘Interesse Estratégico

Parque Alquevanão vai avançar

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> INVESTIMENTO TURÍSTICO DE JOSÉ ROQUETTE

CANTE ALENTEJANOASSOCIAÇÃO “MODA”ELEGE NOVOS DIRIGENTES

Reforçar o trabalho com os grupos corais, criar um Conselho Consultivo, colaborar activamente na candidatura do cante alentejano a Património Imaterial da Unesco e reabrir o sítio da associa-ção na Internet são alguns dos objectivos dos novos órgãos sociais da MODA – Associação do Cante Alentejano, eleita no último domingo, 5, em assembleia geral extraordinária realizada em Cuba. Francisco Teixeira é agora o novo presidente da MODA, tendo como vice-presidente José Roque, do Grupo Coral “Os Ceifeiros de Cuba”. José Freire Colaço, do Grupo Coral “Estrelas do Guadiana-Tires-Cascais” é o novo secretário e José Jesus, do Grupo Coral “COOP de Grândola”, o tesoureiro. Para presidente da mesa da Assembleia Geral foi eleito José Francisco Colaço Guerreiro, ligado à Cortiçol – Cooperativa de Castro Verde.

> E AINDA...

Nacional’ e que, recebendo o apoio do Es-tado, através do Ministério da Economia, da AICEP e da Câmara Municipal de Reguen-gos de Monsaraz, acaba por não seguir em frente por não ser financiável para a CGD”, disse.

Aldeamentos turísticos, hotéis, cam-pos de golfe e de férias, unidades de saúde, agricultura biológica e centros equestre, de conferências e de desportos náuticos eram algumas das valências contempladas no Roncão d’El Rei, que previa gerar, ao longo de várias décadas, mais de 2.100 postos de trabalho directos e cerca de 3.000 indirectos.

Tal como aconteceu nos últimos seis anos, o “Correio Alentejo” não será edi-tado nas últimas três semanas de Agos-to. Como os nossos leitores bem sabem, neste jornal trabalha uma pequena equi-pa que, como toda a gente, tem direito a gozar as suas férias. Essa é a razão prin-cipal que nos leva a suspender a edição do “CA” durante este período. Por isso, nos dias 17, 24 e 31 de Agosto o jornal não estará nas bancas nem chegará a casa dos nossos assinantes. Agradecemos a boa compreensão, particularmente dos nos-sos assinantes que fazem questão de pa-gar o serviço que lhe prestamos a tempo e horas e, também, dos anunciantes que continuam a acreditar no “CA”. A todos desejamos boas férias!

“CA” cumprea tradição!