Futurismo Esboço Final 10/06/2015

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Guilherme Dias, Sandra Cristina, Talyta Silva | Trabalho Bimestral de Artes | Junho de 2015 Futurismo 3º EJA - E.E.M.J.P.

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Futurismo

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Índice

Índice.....................................................................................................................1

O que é o Futurismo?........................................................................................2

O Futurismo e suas características..............................................................3

O Futurismo e seus artistas percursores....................................................4

Giacomo Balla (1871-1958).............................................................................5

Carlo Carrà (1881-1966)..................................................................................6

Retrato de Marinetti, Carlos Carrà, (1912)........................................7

Umberto Boccioni (1882-1916)......................................................................8

Fases do Futurismo.........................................................................................10

Conclusão Final................................................................................................11

Bibliografia.........................................................................................................12

TRABALHO BIMESTRAL DE ARTES – FUTURISMO, PÁGINA 1

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O que é o Futurismo? O Futurismo é um movimento artístico e literário, iniciado na Itália, em fevereiro de 1909, pelo poeta Italiano Filippo Tommaso Marinetti. O primeiro manifesto futurista teve o seguinte slogan: Les mots en liberté ("Liberdade para as palavras")

Em reação violenta contra a tradição, exaltou os aspectos dinâmicos da vida contemporânea: a velocidade e a mecanização. Os Poetas procuravam produzir uma nova escrita, sem as pontuações e as relações sintáticas habituais, eliminando dos textos todos os aspectos da forma e do significado tradicional.

A pintura futurista foi explicitada pelo cubismo e pela abstração, mas o uso de cores vivas e contrastes e a sobreposição das imagens pretendia dar a ideia de dinâmica, deformação e não- materialização por que passam os objetos e o espaço quando ocorre a ação. Para os artistas do futurismo os objetos não se concluem no contorno aparente e os seus aspectos interpenetram-se continuamente a um só tempo. Procura-se neste estilo expressar o movimento atual, registrando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no espaço. O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica a velocidade descrita por ele no espaço.

Na Itália, temos como principais percursores do futurismo o pintor e escultor Umberto Boccioni, o escritor, poeta, editor, ideólogo, jornalista e ativista político italiano Filippo Tommaso Godoy Marinetti.

No Brasil, o futurismo foi influenciado por artistas como Oswald de Andrade e Anita Malfatti, que tiveram contato com o Manifesto Futurista e com Marinetti em viagens à Europa já em 1912. Após uma interrupção forçada pela Grande Guerra, o contato foi retomado. Foi certamente uma das influências da Semana de Arte Moderna de 1922, e seus conceitos de desprezo o passado para criar o futuro e não à cópia e veneração pela originalidade caiu como uma luva no desejo dos jovens artistas de parar de copiar os modelos europeus e criar uma arte brasileira. Oswald, principalmente, percebeu-se que o Brasil e toda a sua diversidade cultural, desde as variadas culturas autóctones dos índios até à cultura negra, representavam uma vantagem e que com elas se podia construir uma identidade e renovar as letras e as artes.

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Os adeptos do movimento rejeitavam o moralismo e o passado, e suas obras baseavam-se fortemente na velocidade e nos desenvolvimentos tecnológicos do final do século XIX. Os primeiros futuristas europeus também exaltavam a guerra e a violência. O Futurismo desenvolveu-se em todas as artes e influenciou diversos artistas que depois fundaram outros movimentos modernistas.

O Futurismo e suas características

Muitas características fizeram o futurismo ter grande destaque entre as outras artes da época, entre elas são:

Dinamicidade; Aspectos mecânicos; Velocidade abstrata; Uso de elementos geométricos; Esquemas sucessivos de representação do objeto pictórico,

como exposição fotográfica múltipla; Movimentos animados pela fragmentação das figuras

representadas, conforme o modernismo. (No final da fase fica próximo ao cubismo);

O grupo pretendia fortalecer a sociedade italiana através de uma pregação patriótica que incluía a aceitação e exaltação da tecnologia - associação com o Fascismo.

Para os futuristas, a palavra chave era o dinamismo, considerado uma força universal e que deveria estar presente em todas as artes, reunindo ao mesmo tempo, os elementos som, luz e movimento.

A expressão plástica que mais os caracteriza é a simultaneidade, ou seja, a multiplicidade de imagens reunidas em uma só obra. Naquele momento, a transgressão das regras alterava a visão da natureza. De fato, os futuristas expressavam a violência e representavam a dinâmica do teatro da nova vida, e, para tanto, distorcem a imagem do espectador, reproduzindo no quadro, imagens sequenciadas como numa fita de cinema.

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O Futurismo e seus artistas percursores

A pintura futurista foi influenciada pelo cubismo e pelo abstracionismo, mas a utilização de cores vivas (divisionismo), estridentes e violentas, contrastes e a sobreposição das imagens que pretendiam dar a ideia de dinamismo – deformação e desmaterialização por que passam os objetos e o espaço quando ocorre a ação. Para isso recorreram à decomposição geométrica das formas, através de linhas quebradas em ângulo agudo (mais dinâmico), ou linhas sinuosas. Para os futuristas, os objetos não se esgotam no contorno aparente e os seus aspectos interpenetram-se continuamente a um só tempo. Procura-se neste estilo expressar o movimento real, registrando a velocidade descrita pelas figuras em movimento no espaço, obtendo-se uma expressividade dinâmica transmissora de emoções fortes, ação, coragem… O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica a velocidade descrita por ele no espaço.

Os seus primeiros seguidores foram Umberto Boccioni, Carlo Carrá e Luigi Russolo, que lançaram um manifesto no teatro Chiasella em Turim, em 8 de março de 1910.

Dentre eles, existem muitos outros artistas que se destacaram entre essa arte, tais como:

Anitta Malfatti (Pintora, gravadora e desenhista Brasileira);

Luigi Russolo (Pintor e compositor Italiano); Carlos Carrá (Pintor Italiano); Antônio Sant’Elia (Arquiteto Italiano); Giacomo Balla (Pintor e escultor Italiano); Ambrogio Pasati (Pintor Italiano); Fortunato Depero (Pintor Italiano); Vladimir Mayakovsky (Poeta e dramaturgo Russo); Filippo Tommaso Marinetti (Escritor, poeta, editor,

ideólogo, jornalista e ativista político Italiano); Fernando Pessoa (Escritor Português); Émile Verhaeren (Poeta Belga); Jean Salvat Papasseit (Poeta Espanhol) Oswald de Andrade (Escritor e dramaturgo Brasileiro).

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Giacomo Balla (1871-1958)

Na sua obra o pintor italiano tentou endeusar os novos avanços científicos e técnicos por meio de representações totalmente desnaturalizadas, embora sem chegar a uma total abstração. Mesmo assim, mostrou grande preocupação com o dinamismo das formas, com a situação da luz e a integração do espectro cromático. A formação académica de Balla restringiu-se a um curso noturno de desenho, de dois meses de duração, na Academia Albertina de Turim, a sua cidade natal.

Em 1895 o pintor mudou-se para Roma. Cinco anos mais tarde, fez uma viagem a Paris, onde entrou em contato com a obra dos impressionistas e neoimpressionistas e participou em várias exposições. De volta a Roma, conheceu Marinetti, Boccioni e Severini. Um ano mais tarde, juntava-se a eles para assinar o Manifesto Técnico da Pintura Futurista. Apresentou em 1912 o seu primeiro quadro futurista intitulado Cão na Coleira ou Cão Atrelado. Dissolvido o movimento, Balla retornou às suas pinturas realistas e voltou-se para a escultura e a cenografia.

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Velocidade Abstrata – O carro passou, Giacomo Balla, (1913)

Carlo Carrà (1881-1966) Junto com Giorgio De Chirico, ele separa-se e vai, finalmente ao futurismo para se dedicar àquilo que eles próprios dariam o nome de Pintura Metafísica. Enquanto ganhava o seu sustento como pintor-decorador frequentava as aulas de pintura na Academia Brera, em Milão. Em 1900 fez a sua primeira viagem a Paris, contratado para a decoração da Exposição Mundial. De lá mudou-se para Londres. Ao voltar, retomou as aulas na Academia Brera e conheceu Boccioni e o poeta Marinetti. Um ano mais tarde assinou o Primeiro Manifesto Futurista, redigido pelo poeta italiano e publicado no jornal Le Figaro. Nessa época iniciou os seus primeiros estudos e esboços de Ritmo dos Objetos e Comboios, por definição as suas obras mais futuristas.

Numa segunda viagem a Paris entrou em contato com Apollinaire, Modigliani e Picasso. A partir desse momento começaram a aparecer as referências cubistas nas suas obras. Carrà não deixou de comparecer às exposições futuristas de Paris, Londres e Berlim, mas já em 1915 separou-se definitivamente do grupo.  Juntou-se a Giorgio De Chirico e realizou a sua primeira pintura metafísica. Nas suas últimas obras retornou ao cubismo. Publicou vários trabalhos, entre eles La Pittura Metafísica (1919) e La Mia Vita (1943).

Representante do futurismo e mais tarde da pintura metafísica, influenciou a arte do seu país nas décadas de 1920 e 1930.

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Retrato de Marinetti, Carlos Carrà, (1912)

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Umberto Boccioni (1882-1916)

A sua obra manteve-se sob a influência do cubismo, mas incorporando os conceitos de dinamismo e simultaneidade: formas e espaços que se movem ao mesmo tempo e em direções contrárias. Nascido em Reggio di Calábria, Boccioni mudou-se ainda muito jovem para Roma, onde estudou em diferentes academias. Conheceu os pintores Balla e Severini. No início, mostrou-se interessado na pintura impressionista, e principalmente na obra de Cézanne. Fez então algumas viagens a Paris, São Petersburgo e Milão. Ao voltar, entrou em contato com Carrà e Marinetti e um ano depois encontrava-se entre os autores do Manifesto Futurista de Pintura, do qual foi um dos principais teóricos. Foi com a intenção de procurar as bases dessa nova estética que ele viajou a Paris, onde se encontrou com Picasso e Braque.

Ao retornar, publicou o Manifesto Técnico da Pintura Futurista, no qual foram registrados os princípios teóricos da arte futurista: condenação do passado, desprezo pela representação naturalista, indiferença em relação aos críticos de arte e rejeição dos conceitos de harmonia e bom gosto aplicados à pintura.

Em 1912, participou da primeira exposição futurista. Um ano mais tarde, com sua obra Dinamismo de um Jogador de Futebol, Boccioni conseguiu finalmente fazer a representação do movimento por meio de cores e planos desordenados, como num pseudofotograma. Durante a Primeira Guerra Mundial, o pintor alistou-se como voluntário e ao voltar publicou o livro Pittura, Scultura Futurista, Dinâmico Plástico (Pintura, Escultura Futurista, Dinamismo Plástico). Morreu dois anos depois, em 1916, na cidade de Verona.

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A carga dos lanceiros, Umberto Boccioni, (1915)

A cidade se levanta, Umberto Boccioni, (1910)

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Fases do Futurismo Ano de 1909 e a Primeira Grande Guerra: Formação e

definição do movimento em Itália, e divulgação pela Europa, nomeadamente na Rússia (Futurismo Russo e Raionismo), e Inglaterra (Vorticismo);

Entre as Grandes Guerras (1918-1944): Alargamento do Futurismo a outras modalidades plásticas, como o design industrial, o estilismo e o cinema. Mussolini aproveitou os ideais dinâmicos e revolucionários para propagar o regime;

Anos 1947 a 1950: Restringiu-se à França onde houve um a breve tentativa de restabelecimento desta corrente.

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Conclusão Final Conclui-se que o futurismo foi mais um movimento ideológico com defenestração de ideias, do que com diretrizes e técnicas. O movimento era revolucionário, com uma nova forma de ver mundo, e acima disso de querer mudá-lo, representa-lo, um desejo pelo novo, pelo dinâmico, pela percepção do movimento, por sentir esse movimento, e expressar essa sensação. O movimento nasce de uma era em transformação, a era da máquina, ou a era do detergente ou ainda a segunda revolução industrial.A primeira revolução traz a tecnologia para fábrica e está, a era do detergente, para dentro do lar, a representação disso são os aparelhos domésticos, o barbeador elétrico, radio, telefone, televisão. O acesso a fontes de energia é quase ilimitada e é contrabalançado pela possibilidade de tornar inabitável o planeta. Aqui os objetos passam ser “descartáveis” e são criados muitos produtos sintéticos como o detergente. O automóvel, antes era um símbolo do poder e poucos tinham o controle, entretanto com o advento dos carros mais facilmente compráveis, tornou se possível e moda, para as classes possuir e controlar pessoalmente suas unidades. É nesse contexto de revolução que explica-se o ideal futurista, o ideal do movimento que agora poderia ser sentido, do novo, da máquina, agora presente no cotidiano de todos. A forma de ver a guerra compreende-se pela época conturbada que precede a primeira guerra mundial e pela fase da Itália nacionalista. O futurismo foi agressivo e radical, mas de certa forma também foi muito audacioso. Nos termos de Banham “ Marinetti foi capaz de dar a um sentimento muito difundido de desgosto pelo velho e desejo do novo, uma orientação positiva e um ponto de ligação no mundo de fato: Marinetti mandou sua geração para as ruas, com seus manifestos, a fim de revolucionar sua cultura, da mesma forma como os Manifestos políticos dos quais ele tomou a forma literalmente haviam ordenado que os homens saíssem às ruas a fim de revolucionar sua política. ”

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Bibliografia

pt.wikipedia.org/wiki/Futurismo, Wikipédia, 20/05/2015

pt.wikipedia.org/wiki/Pintura_do_futurismo, Wikipédia, 21/05/2015

www.infoescola.com/artes/futurismo/, InfoEscola, 25/05//2015

www.brasilescola.com/artes/futurismo.htm, BrasilEscola, 25/05/2015

www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo1/construtivismo/cubismo/futurismo/index.html, MacUsp, 27/05/2015

pt.slideshare.net/secret/7DQMTYbUn68656, Slideshare, 29/05/2015

www.unknown.nu/futurism/, Futurism: Manifestos and Other Resources, 01/06/2015

www.guggenheim.org/new-york/exhibitions/past/exhibit/5354, Guggehein Museum, 01/06/2015

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