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A Gabriel Giraudon o decano dos músicos de S. Eaulò
Homenagem do ARARA
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ARARA
ANNO II ARARA Num. 82
SÂBBADO, 13 DE SETEMBRO l)R 19f6
EXPEDIENTE PUBIilCA-SE JfOS SABBADOS
ASSIGNATUEAS : Capital, anno, lOSOOO Interior, 15SOOO NUMERO AVULSO, 200 HEIS—NUMERO ATRASADO, 500 RÉIS
RUA DA BOA VISTA, 41 (sobrado) S. IP.A.TTXJO
A recepção do sr. Bernardino de Campos não com- moveu a população da Paulicéa, como também não a commoveu a tão sympathica manitestação que os aca- dêmicos fizeram a Joaquim Nabuco e Assis Brasil.
Comprehende-se que a chegada dó sr. Bernardino de Campos não alvoroçasse a burguezia pacata e egoista: tratava-se dum político. E a população, que ha muito se desinteressou das trocas e baldrocas da Comraissão Central, a Mater Intermerata dos nossos lycurgos, pouco se importa que haja no Estado um político de mais ou de menos.
Mas, em relação a Joaquim Nabuco e Assis Brasil, é que não se explica essa frieza.
Porque, digamol-o com toda a franqueza, se não fosse a Academia, sempre generosa e prompta a accla- mar aquelles que ferem a sua imaginação ardente por agum acto fora do commum, os dois illustres patrícios seriam unicamente recebidos na estação pelos seus ami- gos pessoaes e irianj tranquillamente para o hotel lava- rem-se da poeira da viagem e descançar os membros lassos dos horríveis encontrões e solavancas dos carros da Central.
Ora, Joaquim Nabuco e Assis Brasil são os genuí- nos agitadores das duas maiores correntes de opinião, que convulsionaram o Brasil e produziram respectiva- mente a abolição do braço escravo e o advento da de- mocracia.
Despindo-o da rhetorica balofa e dos logares com- muns do sentimentalismo da Cabana do Pae Thomaz, Joaquim Nabuco collocou o abalicionismo no terreno firme do direito positivo. E a dialética cerrada e a her- menêutica segura, postas a serviço dum talento brilhante, fizeram mais do que a romantisação dos horrores da escravidão e as pieguices em prosa e verso dos escri- vinhadores choramingas. Dahi a victoria de Joaquim Nabuco.
Assis Brasil abandonou também a discurseira in- flammada e ôca dos tribunos improvisados, repudiou as diatribes descabelladas e os insultos grosseiros aos vul-
tos eminentes da nossa nacionalidade, não se deixou offuscar pelos coruscantes lampejos da demogogia ver- melha. Preferiu a lógica inflexível applieada á analyse dos factos, o exame sereno dos direitos do homem em confronto das liberdades monarchicas ; dahi a recons- trucção duma sociedade, moldada na Republica Federa- tiva. E este livro de Assis Brasil fez mais em prol da Republica do que toda a propaganda exaltada e sem rumo de tantos republicanos históricos e prehistoricos.
Seria, pois, natural que S. Paulo, devendo o seu progresso e a sua riqueza ao trabalho do braço livre e á descentralisação da sua vida administrativa e econô- mica, rebesse em delírio estes dois homens que foram os apóstolos da abolição do escravo e da federação re- publicana. E, comtudo, a populagão iicou fria, insensível, na presença de Joaquim Nabuco e Assis Brasil.
Será porque, as olygarchias que transformaram o paiz em vinte feudos dos senhores do Bloco, nos fizeram regressar de novo aos tempos ominosos da escravi- dão e á prepotência do poder central ?
Se assim é, que o povo aproveite a occasião e im- plore dos nossos hospedes illustres que recomecem as suas gloriosas propagandas em favor da liberdade, dá justiga e do direito !
GABRIEL OHIAUBON Finou-se, segunda-feira, nesta capital, o velho maes-
tro Gabriel Giraudon. Tinha mais de setenta e cinco annos e ha cerca de
quarenta viera para o Brasil, como regente de orchestra de uma companhia lyrica.
Em 1850 mudou a risidencia do Rio para S. Paulo. Aqui constituiu família, casando-se com uma filha do velho paulista José Branco de Barros. Deste consórcio houve muitos filhos, dos quaes existem seis.
A arte ganhou muito com a vinda do emérito pro- fessor para S. Paulo. De gerações e gerações saíram discípulos que deram honra e nome ao mestre. Exem- plo : Henrique ^Oswaldo, Alexandre Levy, Antonietta Rudge, para não óitarmos outros nomes.
Educado em Toulon, onde nascera, diplomado em Pariz, onde conquistou, pelos seus estudos no conserva- tório, a consideração dos professores e dos dos discípu- los, Gabriel Giraudon era um mestre querido e de uma austeridade inexcedivel. Os seus processos de ensino obedeciam a um superior critério. O alumno do velho professor saia das aulas para os salões com a consciên- cia de que não fora inútil o tempo gasto nas suas lições.
Mas não era só como professor que Gabriel Girau- don se tornou recommendavel.
Como compositor, as suas producções augmenta- ram-lhe a reputação de mestre e mestre tão erudito como inspirado.
Como chefe de família, então, Gabriel Girau- don era modelo. Todo o seu carinho, todo o seu enthu- siasmo, todas suas legitimas ambições formavam a atmosphera do seu lar e, sem pompas, atravessando os melhores annos da existência ssm ruído, sem espalhafa- to, elle que tinha real valor e podia, por isso mesmo, chamar para o seu nome todas as attentenções, conser- vara-se sempre na sua encantadora modéstia que ás vezes irritava os que gostavam de apparecer e de figurar.
O seu methodo de vida explica esta longevidade a que a morte veiu, segunda-feira, pôr termo. Nunca so- nhando em ser medico, os livros de medicina desafia- vam-lhe as sympathias do espirito. Conhecia os pre- ceitos de Platão sobre as perfeições da existência. A's theorias do sábio grego elle juntava os resultados dos seus estudos experimentaes e o certo era que quem o via, pequenino e perfilado, pisando firme e forte, os olhos brilhantes, o sorriso animado, o espirito moço e uma doce tranquillidade a desprender-se da sua pessoa como se desprendiam as espiraes do seu indefectível, charuto, quem o via, ir assim pela existência fora, com um arcabouço que não condizia com a proximidade dos seus oitenta annos, dizia de si para si que a morte não queria meças com elle.
Afinal, ha poucos dias, o seu espirito mergulhou numa grande tristeza. Veiu o desalento, veiu depois a doença bem desenhada e segunda-feira, ás 10 horas da manhan, o velho, tão estimado e tão querido, fechou os olhos para sempre, rodeado dos que, durante a vida, lhe foram encanto e orgulho.
Ad i9oé tz ^ oc
ARARA
Asteriscos Está de regresso a S. Paulo o sr. Bernardino de
Campos. Os seus amigos e os seus correligionários fize- ram por recebel-o com galas e vivas e cpin a famige- rada illuminação festiva das ruas e mais com grandes passeatas musicaes pelo triângulo central da cidade...
Elle chegou. E, ao passar pelo Rio de Janeiro, rece- bendo um convite do presidente da Republica para des- cer á terra e honrar-se cora um almoço, que lhe era offerecido intimamente, o antigo ministro da fazenda do sr. Prudente de Moraes excusou-se e declinou de accei- tar a gentileza.
Dizem os sábios da Grécia que o sublime e divino varão, como já o chamou o sr. Rubião Júnior, não podia ter outro procedimento para com o presidente da Repu- blica, que se esqueceu dos interesses do seu Estado para unicamente zelar dos da União : Era preciso demonstrar que o illustre viajante não concorda com a política do sr. Rodrigues Alves, e o illustre viajante não encontrou meio mais digno nem mais rude de provar como está de accordo cora a bancada paulista, que abandona o homem de Guaratinguetá, quando elle está prestes a deixar o governo.
E agora, que a familia republicana está congraçada, apesar de continuar nas villas do interior uma verda- deira campanha de ódios, eu, com a ingenuidade que me torna tão simples, desejaria que os directores desta palhaçada me explicassem como se arranjam as coisas : como será que o sr. Adolpho Gordo irá cumpri- mentar o sr. Bernardino e como o sr. Bernardino rece- berá o sr. Antônio Mercado.
Quem vem de viagem de mar e se sente cançado, a ponto de não poder ir almoçar com o presidente da Republica, deve estar de máu humor ao receber/ os seus inimigos rancorosos de hontem.
Mas o mundo tem as suas coisas alegres, não ha negar : Dizem que esta manifestação ruidosa que acaba de ser feita ao sr. Bernardino é uma manifestação de despedida, que é o ultimo preito que os seus admirado- res e amigos lhe rendem para suavisar os seus últimos dias de fausto político.
Pode ser que sim... Mas, senão fôr, eu só quereria que me dissessem como é que se consegue fazer o con- graçamento do homem, que era divino e sublime para uns, com os que o apodavam e cobriam de todos os epitetos e de todos os qualificativos mais ou menos deshonrosos ? * * *
E se não houver quem me queira dar a explicação pedida e desejada, cá ficarei eu neste posto, qual outro Diogenes, com uma lanterna na mão. á procura do ho- mem que possa resolver mais este enigma desta políti- ca sem idéas, sem princípios e sem vergonha...
BALZ-'X.
O governo federal resolveu adquirir pela bagatella de trezentos contos de réis o velho pardieiro conhecido pelo nome de Palácio Episcopal da Conceição, onde se acha installado o arcebispado do Rio de Janeiro.
Esta acquisição foi feita em nome dos interesses do bem publico, quando a verdade núa e crua manda dizer que ella foi um pretexto para auxiliar a construcção do palácio archiepiscopal, na Avenida Central.
Por occasião do paiz receber a grande honra de ser o primeiro da America do Sul a ter um cardeal, vaticina- mos que essa suprema distincção ia custar gordas quan- tias, desviadas daquellas com que o povo contribue para gáudio dos congressistas pan-americanos e oifms cositas más.
A primeira sangria ê de trezentos contos. Para ter um cardeal, havemos de confessar que é um bocadinho caro. Quanto mais que possuímos na nossa tão variada orninthologia pássaros de muito mais bella plumagem e que comem muito e muito menos painço.
COXCEKTO BE"«rSAr»B
A tempestade que, hontem, ás 8 horas da noite, desabou sobre a cidade, impediu que o concerto dos dois distinctos can- tores tivesse a concorrência que merecia.
No emtanto, para a noite agreste e desagradável que es- tava, a assistência era mais do que regular, notando-se grande numero de senhoras.
O programma teve excellente execução. A sra. d. Julia de Fano Bensaude, cuja voz é extensa, de timbre agradável e educada em boa escola, cantou com muila expressão en- tre outros trechos, a encantadora romança de Grieg, Pri- mieza e a valsa de Ardito, Ilbaceio.
O sr. Maurício Bensaude confirmou plenamente o alto con- ceito em que o tinliamos, e o suecesso que tem alcançado nos prineipaes theatros da Europa e nos salões de concerto da America do Norte.
Phraseia na perfeição, imprime á musica toda a expressão que ella exige, e a sua voz malleavel, volumosa e quente, egual em todos os registos, possue o verdadeiro timbre do barytono, hoje, infelizmente, tão raro. E' um artista com- pleto, em que a belleza da voz rivalisa com a excellente esco- la em que a educou. Não devíamos destacar trecho algum do programma, nem mesmo a lindíssima romança Porque fo- ges, de Neuparth, que foi bisada: em todos o sr. Maurício Bensaude se mostrou um artista consummado.
Mas não resistimos ao prazer de registar a maneira al- tamente artística como elle cantou o prólogo da opera Pa- lhaços, de Leoncavallo, que hontem ouvimos cantar pela primeira vez, por um verdadeiro barytono.
A sra. d. Alice Sorva executou com a habitual maestria duas composições de Stojowski e a Dança macabra, de Saint- Saens.
E' de esperar que o sr. Mauricio Bensaude e sua esposa se façam ouvir uma outra vez. Seria uma crueldade privar grande numero dos nossos dilettantes, que hontem não pu- deram ir ao salão Stelnway, do prazer de ouvir estes dois artistas de íanto merecimento.
I»OL,YTHEA;WA
Ainda não está inaugurado o jardim de verão, mas » publico não deixa o velho theatro das margens do tradi- cional valle do Acú, onde, em outras eras, os contempo- râneos do sr. Joaquim Nabuco iam comer jaboticabas ou fazer pic-nics do oús-cús de lombo de porco e de guarús- guarús.
Tudo porque agora o programma está enriquecido, com números novos, entre os quaes figuram os Portu- ny, que são uma copia que agrada e que sabe um pouca ao gosto antigo, porque não nos faz escandalisar.
Além disso, ha a Gauthier, que hoje é o numero fa- vorito da platéa, que não lhe regatea applausos.
MOUMSÍ ROUGB
Ha reforços no elenco, ha novos equilibristas, ha bai- larinos, mas o que continua a ser o numero de resistência e a Pérsico, que caiu no goto do publico, que se não cança de applaudil-a ruidosamente todas as noites.
E como não ser assim, se o publico de São Paulo não supporta nada serio, se não quer ir ao theatro para ouvir tragédias e sempre tem uma barbara tendência para ouvir coigas bregeiras ?
E é por igfeo, que a Pérsico ha de se perpetuar no programma do'Moulin... A não ser que o Segretotome a resolução de mandar buscar uma outra cançonetista civetta e impudente, que a possa substituir.
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Revista da Semana ARARA
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M VÉIl, HÉÉMi Q ̂ v " x^;
TEM PACIÊNCIA, PERPETUA...
— Ah ! Constantino... Constantino! Nunca julguei de ti semelhante coisa!
—Mas que te fiz eu, Perpetua ? Tu estás-me abi com umas coisas, que lobos me comam se eu as en- tendo !
—Não te faças de novas, Constantino... Tu bem sabes que uma pessoa deve ter um bocado de consciência e que um homem deve honrar as barbas que tem na cara !
—Isso já se não usa, Perpetua!... ; —Já se não usa o aue,^ Constantino ? —Já se não uãa um noníem honrar as barbas... Agora '
o que se usa é cada qual rapar as barbas que tem. —Tu levas a coisa em mangação, Constantino, mas
olha que o caso. é muito sério...rauito! , ■ - —Pudera não ser sério! Negocio em que entra na-
valha... —Navalha ! De que navalha falas tu, Constantino ?
Quererás tu dizer com isso que sou mulher de navalha na liga ? Se julgas isso, enganas-te, Constantino!...
—Não, Perpetua, eu não disse isso. Eu disse que este negocio de rapar as barbas em vez de as honrar, é um negocio muito sério, em que entra a navalha...e sabão. .
—Ah! Constantino, Constantino, que muitas contas, tens que dar a Deuè!
—Antes a Deus do que ao diabo, Perpetua... —E não te treme a alma, Constantino, de me faze-
res uma traição assim? —Uma traição!?-Tu estás a brincar, Perpetua? !
—Oxalá que eu brincasse, traidor! Tu ainda cuidas que me engrampas com o teu ar de innocente, mas olha que eu já sei tudo! -
—Oh, Perpetua! Mas diz-me o que é. que sabes ? —Sei tudo o que tu fazes, a maneira como me en-
ganas e a mulher por quem me queres trocar. —Eu?! —Tu, sim ! Não negues, que é excusado, eu sei tudo! —Quem foi que t'o disse? —Disse-m'o quem o sabia. . -Isso são intrugices de quem me quer mal... Não
te fies. Perpetua! —Fio, que quem m'o disse não mentia —Pois, mentiu. Perpetua, mentiu! E has de me dizer
quem foi essa pessoa que te armou essa peta, porque quero ir ao pé delia e quebrar-lhe a cara.
—Não és capaz disso! —Sou! Palavra de honra que vou! Quem foi? —Para que o queres saber, sé eu sei que não és
capaz de fazer o que dizes ? —Já te disse que sou capaz de lhe quebrar a cara e
hei de quebrar! s —Seja a quem fôr ? —Seja a quem fôr! -^-Bem! Pois então vem commigo a casa de Leonor
Tennnha... —A Leonor Tenrinha...Tu conhece-a? —Até hoje de manhan não a conhecia. Mas aeora
conheço-a, porque fui procural-a a casa, falei com ella e foi ella mesma que me disse que era tua noiva e aue estava para casar comtigo...Então! Tu descoras « Anda vae quebrar-lhe a cara! ' A"ua*"
—Não posso! A** ™^tS<í' BemP™ é certo-' Mentiroso,traidor e cobar- Sóde?! qUe ^^avas a cara e agora não
««olí.'? r,!lpOSSO' p?.rque antes de te Prometter a ti
4Hantos para preangasi
Í 0 s>. li-íi-pi, sua esposa e seu filho s ' ''■ . -'■ ^ •; \'' ' _: ■ ■'. ' ■ '
; Depois de se haverem despedido'da srá. Cereja, em cuja casa tinham jantado arroz cpra mel, cigarras fritas e pasteis de nenuphares, tudo isto regado com chá quen- te e perfumado, o sr. Li-ki-ri e sua esposa, a sra. d. Flor-de Maio, viram que era multo tarde.
Já a lua mostrava no céu a sua face redonda, e era preciso fazer ainda um longo caminho por detraz dos arrozaes para chegar á casa de bambu que o Sr. Li-ki- ri habitava nas proximidades de Pekim. Isto não era nada para as longas pernas do bom chinez e a sra.; d. Flor-de-Maio, também, se bem que um pouco fatigada, chegaria breve a sua casa; mas seu filho, o joven Jo-i-á, estava, extenuado.
Successivamente, sua mãe, e depois seu pae, leVa- ram-no nos braços. Mas fazia um calor suffocante, e não ha nada que faça a gentô mais pesada do que ter comi- do muitas ciganas fritas. Li-ki-ri, pois, enxugou a testa e pousõíi nó chão o pequeno Jo i-á, apesar do olhar de censura da sra. d. Flor-de-Maio que previa gritos e la- grimas.' ■ >" —
O- pequeno, com effeito, desatou a chorar. Durante algum tempo trotou o melhor que pôde atraz dos pães, a gemer, quando, de súbito, vendo agitar-se deante dos seus olhos/tas pontas dos rabichos que se lhes balan- ceavam! nas costas, teve uma idéa extraordinária : leve* mente, atou as duas trancas uma á outra, e disse com- sigo que sentando-se no trapezio assim formado, gosa- ria dum assento dos mais commodosi
Edeu^ parte da idéa a suas paternidades. Li-ki-ri poçou a testa. Li-ki-ri ficou muito embara-
çado. A fim de casar com d. Flor-de-Maio, que era mui- to rica/fctizera^Ihe acreditar que era mandarim de Botão de Coríd',., intendente das Macieiras em floç, cavalleiro da Ordfem do Peixe-d'Qui-a E para possuir tão honro- sos titulos, não se tornava preciso ser de illustre ori- gem ? Ora a nobreza dum chinez não se marca pelo comprimento e pela solidez do seu rabicho ? Comprido ? O rabicho de Li-ki-ri era comprido ; mas solido ? ah! não, porque era na sua maior parte feito de crina en- trançada. ;. . »
—Emfim, concluiu elle, depois de reflectir, a minha esposa d. Flor-de-Maio, essa é què é bem de nascimento illustre, e a sua cabelleirà é a toda a prova. Paço com que o pequeno pese mais para o lado delia, e podere- mos assim chegar a casa sem novidade.
Depois dum momento de hesitação, d. Flor-de-Maio conservava a cabeça alta, e parecia inquieta. Passa* do um instante, levou a mão á cabeça com um grito horrível. Li-ki-ri, de sua banda soltou um grito agudo. Ao mesmo tempo sentiu o rabicho despegar-se-lhe da cabeça e o pequeno foi bater no chão, levando nas mãos... os dois rabichos postiços dos seus pães consternados.
Li-ki-ri estava furioso e... com pena. D. Flor-de-Maio estava pesarosa e escamada. —Era então esse, perguntou ella amargamente ao
esposo, o rabicho que lhe transmittiram os seus avós ? , Visto isso não é filho de mandarins, senhor ?
—Ah! não, respondeu Li-ki-ri. Meu pae guardava perus. Mas a senhora também, que rabicho era o seu ? E eu que a julgava da mais pura origem ?
—Minha mãe guardava carneiros, respondeu por sua vez d. Flor-de-Maio, baixando a cabeça
Ah ! como eram ambos castigados do seu orgulho ! Mas julgues que se corrigiram com essa aventura ?
Não. A scena tivera logar sem testemunhas. Não era mais
simples que os dois esposos, depois de se haverem mu- tuamente enganado, se pozessem de accordo ? Foioqne disseram e o ^ue fizeram.
—O essencial, observou Li-ki-ri, é que o nosso filho seja um dia nobre senhor, e que todos continuem a to-
i mar-nos pelo que parecemos ser. Arranjemos os nossos rabichos e não digamos palavra desta aventura.
De modo que quando o sr. Li-ki-ri, sua esposa a sra d. Flor-de-Maio, e seu filho, o menino Jo-i-á, chega- ram próximo da sua casa de bambu, os vizinhos que ainda não estavam recolhidos e tomavam a fresca ã porta, inclinaram-se profundamente á sua passagem, admirando os longos rabichos que continuavam a ba- lanoear-se nas costas daqoelles nobres chinezes.
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ARARÁ
A Tribuna, de S. Carlos, tem por chefe de redacção «m sr. capitão Affonso de Carvalho.
Ora este sr. Affonso teve, ha poucos dias, uma in- disposição qualquer e logo o seu jornal veiu acclamal-o a primeira eerebração brasileira, pois trabalhava tanto e tanto intellectualmente que até teve o ataque.
Corremos logo a vêr no Times, de São Carlos, quan- tas columnas o capitão poderia ter produzido e vimos com surpreza, que não chegava a duas... tudo com entre- linha.
Descontando a immensidade das asneiras, a produ- eção ainda diminue mais.
Pelo que se infere que este capitão a produzir um período leva pelo menos doze horas e tem na moleira aquellas fulgurantes dores que as filhas de Eva tem na hora do parto !
Vão vêr : a Tribuna daqui a pouco passa a publi- cação annual.
Tenho uma dor fulgurante no cérebro. Conheço-a. Quando me assalta já sei : não tenho duas idéas para vestir esta secção.
Por via de regra, as idéas onde menos param é no cérebro.
A gente encontra-as mais a miúdo nas redacções dos jornaes, nos cafés, nos theatros e, uma vez por ou- tra, nas tribunas do congresso. Succede também ás vezes que, em vez de idéas, encontramos, com esse no- me, disparates.
Os disparates são, na minha exclusiva opinião, fi- lhos espúrios das idéas. Deviam ser, no mundo, em numero deprimente. Mas dá-se o contrario : o numero delles é cada vez mais crescente e alguns conseguem o respeito e a veneração da christandade.
Ainda ante-hontem, lendo o panegyrico do sr. Ber- nardino de Campos, feito pela bocca do sr. Duarte de Azevedo, olhei muito attento para os olhos serenos da minha cachorra e disse-lhe com toda a lealdade : Não sei que philosopho proclamou ao mundo esta suprema verdade : os da tua raça são, entre todos os animaes do mundo, os verdadeiros philosophos. E como ella pare- cesse não me haver comprehendido, falei-lhe como se fala a um verdadeiro amigo confidencial :
—Vê tu em que deu a eerebração do Duarte de Azevedo, no banquete do Bernardino. Todos iamos acreditar em que elle nos falaria da folha de serviços á Republica por esse apregoado político, e, em vez disso, agüentamos com a pathologia descriptiva de um cora- ção, ou melhor, dos corações, pois, Duarte, o imaginoso, tanto falou do coração bom como do coração máu. Se era para se desviar de compromissos, o orador bem po- dia falar também dos corações péssimos, não echas tu ? Corações péssimos formam a cauda mais comprida da maldade humana e, em todo o caso, não sei por que fa- tal aberração, os políticos nunca a elles alludiram em seus discursos. Ora, falando de corações, o devoto se- nador também devia falar do pé e da mão. Neste re- gimen desvirtuado, os que galgam o poder devem as suas posições ao pé e á mão, pois que sendo a política mais sagaz uma espécie de capoeiragem, o que primeiro trepa é o que dá o ponta-pé mais firme e a bofetada mais em- cheio.
A ininha cachorra parecia concordar com a minha philosophia, por espirito scientifico e pelo regalo de dormitar. Isto me desvanecia tanto mais, quanto ava- liava da alteza dos pensamentos do homthoracio, quan- do dormitava. E todo o meu desejo seria escrever uma
carta ao senador dizendo-lhe que o seu discurso fora um fiasco. A minha cachorra, porém, com os seus olhos supplices, parecia dizer-me :
—Pois você ainda cáe na asneira do acreditar que haja sinceridade em política ? Visionário ! Ha, ao con- trario, a mais refinada hypocrisia, vestida com as roupa- gens que os diplomatas empregam nas oceasiões de so- lennidade. Os políticos têm ardis de cuja autoria que o próprio diabo se dedigna. E fazem as coisas de tal modo, dão-lhe um coracter tão accentuadamente bifiante, que têm sempre uma apparencia para salvar.
Véja-se o caso da Argentina. A Argentina não per- doa ao Brasil a sua supremacia e insulta-o. A Argenti- na ouviu pasma as declarações do sr. Root e jurou vin- gar-se. Primeiramente, correu-o a pedradas, á passa- gem dó trem. Depois, quando irnma hora solenne o ministro americano falava, em vez de lhe atirar lyrios e rosas, adivinhem com que é que lhe atirou ? Com um gato vivo á cabeça, por não encontrarem um, morto, a geito, como manda o código da revanche !...
0 sr. Antônio Piccarollo e mais os adeptos de polpa que o cercam têm revolucionado a organisação do tra- balho e concorrido para umas tantas regalias das clas- ses trabalhadoras.
Vemos, porém, que do terreno das reivindicações se está passando ao abuso inquallificavel.
As costureiras, por exemplo, não querem dar mais o seu ponto, depois das seis da tarde. Ganharam ódio á agulha e declaram que jamais lhe pegarão, caso não lhes restrinjam as horas de trabalho.
Os pharmaceuticos também andam fartos de assimi- lar xaropes de Gibert e visicatorios para velhos e, por- tanto, fecham as portas ás nove horas da noite.
Se isto continua neste caminho de conquistas, daqui a pouco é o padeiro, o alfaiate, o sapateiro a declararem que não trabalham senão das nove ás três, como os empregados públicos.
E o que se hade fazer, se sob a roda do sol o mun- do anda e desanda, gira e rebolla ?
SPORT TUTEtaj1
Jockey Club Fluminense
O nosso collega do Correio da Manhan assim áesereve a nona corrida do Jockey Club Fluminense, de domingo passado :
«Andava por alli uma meia dúzia de más linguas a apregoar que o povo freqüentador de corridas não consentiria mais que as yictorias dos azares fossem tornadas laeto.
Nada disso. A opinião dos pessimistas foi hontem favora- velmente desmentida com a victoria do cavallo Ferramenta, no grande prêmio Jockéy-Club. O valente filho de Yioliu, que era o maior azar do pareô, não temeu que os apostadores do grande favorito Prince lhe dessem assuadas eguaes á que alve- jou Perendonga na ultima corrida doDerby-Club e que, pare- ce, foi de encommenda.
Outra coisa não se pode suppor, tendo em vista os demo- rados applausos que estouraram hontem, nos últimos momento* do grande prêmio, vietoriando o rush final do seu vencedor.
E não eram só os costumeiros freqüentadores dos nossos prados que applaudiam essa empolgante victoria; também nas tribunas viam-se mãos minúsculas e delicadas que ba- tiam palmas frenéticas ao vencedor do dia.
De ha muito havíamos banido das nossas columnas a des- crípção detalhada das corridas, mas hoje abrimos uma excepção. para relatar, detalhadamente, todas as peripécias desse pareô emocionante, o ciem, póde-se assegurar, da presente temporada sportiva.
Dizemos o elou porque, a não ser o Grande Prêmio Pan- Americano, nãe se realisou ainda este anno corrida alguma que,, como esta, alliasse uma concorrência notável pelonumero e pela qualidade a um resultada tão satisfactoriocomo a de domingo.
Todas as carreiras foram dísputadíssimas, resultando disso chegadas extremamente renhidas, como o foram as dos segun- do, quarto e quinto pareôs, de que saíram vencedores Arehíduc, Hercules e Sterlina. O primeiro desses animaes foi habilmente pilotado por Marcolino Macedo, que fez uma chegada bellis- simí», passando de rush entre Perendonga e Heroe, que pa- reciam jâ índerrotaveis.
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ARARA
O vencedor do pareô de honra, o eavallo argentino Fer- ramenta, hoje de propriedade do sr, José Labanca, foi impor- tado pelo sr. Carlos Coutinho, sendo esse o único parelheiro de importação deste spotrman que figurava na grande prova. Ferramenta tem 5 annos, é zaino, filho de Violin e Soldiers, Daugther e foi dirigido optimamente por Miguel Torterolli.
Outra victoria que merece ser registada á parte é a do nacional Ouvidor, no «Clássico Estrada de Ferro Central do Brasil» também corrido hontem, o que ha três annos segui- dos é vencido por elle.
A» apostas attingiram â bonita somma de 72:907.^000 réis, e o resultado das corridas, bom grado dos azaristas que apanharam Om fartão de taeadas foi este :
1». pareô—«Conde de Hertzeberg»—1.200 metros—1:000S000 de réis e 150S000 réis.
Joubert (A. Fernandez) em primeiro 208100 réis dupla com Rio Grande (H. Barbosa) 41§000 réis. Tempo 81 Ii2."
Movimento do pareô, 7:954$000 réis. Segundo pareô—«Major Suckow;»—1.609 metros—1:0OOS0O0
de réis e 150§000 réis. Archiduc — (Marcellino) em primeiro, 55$700 réis ; dupla
com Heroe (Zalazar) 1226800 réis. Tempo 110 ". Movimento do parco, 11:431$000 réis. Terceiro pareô — «Henrique Possollo»—1.609 metros—
1:0008000 de réis e 1508000 réis. Espadilha (L. Júnior) em primeiro, 298400 réis; dupla,
com Teniente (B. Cruz) 1398900 réis. Tempo 111 ". Movimento do pareô, 15:2968000 réis. Quarto pareô — «Dr. Paula César»—1.700 metros— •
1:2008000 réis e 1808000 réis. Hercules (Zalazar) em primeiro, 178000 réis; dupla com
Sterlina (A. Fernandez) 24$100 réis. Tempo 115 1/2 ". Movimento do pareô, 14:0428000 réis.
Quinto pareô—GRANDE PRêMIO JOCKEY-CLUB—3.200 me- tros—10:0008000 de réis e 1:5008000 réis — FERRAMENTA, argen- tino, 5 annos, por Violin e Soldiers Daugther, do sr. José La- banca, jockey Miguel Torterolli, primeiro ; Prince, Alexandre Fernandes, segundo; Root, A. Zalazar, terceiro; Jucá Tigre, Marcellino, quarto e Cambuscan, D. Diaz, quinto. Tempo, 226".
Não correram Tejo e Scarpia. Rateios : de Ferramenta, em primeiro, 858200 róis; dupla
26 com Prince, 418500. Movimento do pareô, 19:8478000 réis. Sexto pareô—Clássico Estrada de Fgrro Central do Brasil
—2.000 metros—2:0008000 de réis e 3008000 réis. Ouvidor (George), em primeiro, 168900 réis; dupla 14,
com Moltke (Abel) 138600 réis. Tempo : 137". Movimento -do pareô 6:3288000 réis.
A grande prova clássica de 3.200 metros e 10:0008000 de réis que o Jockey-Club fez disputar pela nona vez, na sua corrida de domingo próximo, foi instituída em 1875 e tem tido os seguintes vencedores : 1875—Mobilisée, por Fitz Gladiator (M. Marino); 2." Miss
Jane Leaf e 3.» Douro. lS76—Figaro, por Vermouth (Rufino); 2.» Gipsy Girle 3.» Douro- ÍWll—Incógnito, (M. Marino) ; 2.° Singular e 3.» Ernest. 1878—Osnian, por Optimist (Th. Brown); 2." Ernest e 3.» Corneille. 1S79—Ernest, por Monitor (Friéderick); 2.° Osman e 3.° Brown
Doe. 1880—6'ams Pareil, por Speculum (Friéderick) ; 2.» Brown
Doe e 3.» Ernest. 1881—Sans Pareil, por Speculum (James Luff); 2." Brown
Doe e 3.° Pulicy. 1882—Corneille, por Cônsul (James Luff) ; 2.» Triumphante e
3." Atalanta. 1883—Melpoma, por Mae-Gregor (A. Toon), 2.° Bolívar e 3.»
Pachola 1884—yltotoite, porMac-Gregor (J. Hinds); 2." Curubaiá e S."
Bolívar. 1885—.Damieíía, por Kisber (James Luff); 2.° Taillefér o 3.» Cu-
rubaiá. ISSG—Phrynèa, por Cambaio (Williams); 2.° Satan e 3.» Com-
tesse d'01onne. 1887—Salvat.iis, por Salvator (L. Aleoba); 2.° Satan e 3." Phrynéa. 1888~Satan, por Milan II (Litherland); 2." Salvatus e 3.0 Scot- tsh Tristtle. 1889—Sottéa, por Le Destrier (L. Aleoba); 2.» Claretto e 3.»
Thessalia. 1890—Theresopolis, por Mourle (Ed. Beale); 2.° Bread Winner
e 3 0 Xanthos. 1891—The Money, por Strathsmore (George Luff); 2.» Odeon
e 3.° Brilhante. 1892—Maracanã, por Star (Ed. Estrada); 2.° Heaume o 3.«
Aventureiro 1893—Aventureiro, por Humphrey (George Luff); 2." Beckee-
per e 3." D'Artagnan. 1894—Aventureiro, por,Humphrey (F. Luiz); 2.° Magdalena e
3.° Kean. 1895—Jugurtha, por Edward the Confessòr (L. Rodrigues);
2.° Aventureiro e 3. J^ Pense. 1896—Philippei'ille, por Fontaineblau (D. Silva); 2." York e 3.°
Springfield. 1897 — Havanera, por Chalêt (George Luff); 2.» Cyaxare e 3.°
Mortonis Pride.
1898—Gayarre, por Gloriation (D. Diaz); 2.° Danois e 3.° Rana- valo.
1899—Não se realisou. 1900—Não se realisou. 1901—Cyaxare, por Cambyse (Lourenço Júnior); 2.» Multico-
lor e 3.° Albion. 1902—Albion, por Chillington (E. Gonçalves); 2." Napoleão G
3.» Piquet. Í903-~MoUke, por Stiletto (G. Routhledge) ; 2.» Barba Azul ô
3.'' Dumont. 1901—Lord, por Esperanza (L. Hess). 2.° Descrente e 3.° Seceion. 1905 — Illimani, por Gay Hermit (k. Fernandez); 2.» Oder e
3.» Lord. O Clássico Estrada de Ferro Central do Brasil, outra im-
portante prova da grande corrida de domingo, tem sido ganho pelos seguintes concorrentes : 1903 — Solica, por Gaüifiet (E. Gonçalves); 2." Cambyse e 3*
Gravatahy. 1904—OMOTíior, por Josephus (J. de Souza); 2.° Urano e 3.° Medéa. 1905 — Ouvidcr, por Josephus (E. Gonçalves); 2." Chileno e 3.' ,
Juea Tigre.
■^ooTr-aeA.íi^c
Vigésimo primeiro iiiateh <lo campeonato
Realisou-se domingo ultimo, o vigésimo primeiro match do campeonato deste Estado, sendo contendores os primeiros e segundos tearas da A. A. do Mackenzie College e do S. C. Internacional.
No match dos segundos teams saiu vencedor o Ma- ckenzie por quatro goals a zero.
No match dos primeiros teams, porém, a sorte não lhe foi tão propicia, pois que foi derrotado por três goals a zero.
A's quatro horas em ponto foi dado o kick-off. Nos primeiros quinze minutos de jogo o match não
correspondeu á espectativa. O jogo foi frouxo, indeciso, parecendo que nenhum
dos teams sé tinha preparado sufficientemente para a luta.
Do lado do Mackenzie faltava aquella combinação de jogo que lhe é tão peculiar ; do lado do Internacio- nal não se notava certa energia cora que o vemos sem- pre disputar os seus raatches.
No final do ultimo half, porém, o Internacional co- meçou a revelar certa superioridade sobre o seu adver- sário. Leo, Mario e Aquino trabalharam com vigor, de modo que, em dado momento, Leo, apossando-se da bola levou-a pela linha de touch até quasi o corner, de onde fez um esplendido passe que Mario aproveitou magnificamente marcando o primeiro goal para o seu team, sob estrondosos applausos.
E nestas condições terminou a primeira phase do jogo.
A segunda phase do match foi iniciada com. violen- to ataque do Mackenzie, tendo-o, entretanto, recebido o Internacional com bastante firmeza.
Dahi o poderem os seus forwards atacar tranquilla- mente o seu adversário, ataque este que teve bons re- sultados.
Mais dois goals foram feitos pelo Internacional, ambos conseqüentes do esforço enérgico de Leo.
O primeiro foi shotado por Aquino depois de ter a bola batido na barra transversal e nas mãos do goal- keeper, em conseqüência de um shot de Leo.
O segundo também foi feito por Leo, tendo a bola, depois de rebatida pelo goal-keeper, entrado vertigino- samente até á rede.
Assim venceu o Internacional por três goals a zero.
O Germania visitou, nos três últimos dias feriados, o Rio Cricket and Athletic Association.
Disputou no Rio dois matches : o primeiro com a associação acima resultando um empate : no segundo foi vencido por dois goals a zero.
O Athletic e o Palmeiras deveriam disputar, ama- nhan, a vigésima quarta prova do campeonato.
O primeiro destes clubs, porém, retirou-se da Liga, não se realisando, portanto, este encontro.
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—Aqui é o meu togar... por pouco tempo!
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