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globo.com notícias esportes entretenimento vídeos ASSINE JÁ CENTRAL E-MAIL criar e-mail globomail free globomail pro ENTRAR Economia Negócios 09/04/2013 07h19 - Atualizado em 09/04/2013 12h43 'Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsia e mitos Com 98% das reservas, Brasil não tem política específica para o mineral. Exportações cresceram 110% em 10 anos e somaram US$ 1,8 bi em 2012. Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo T w e e t a r Tweetar 378 387 comentários Um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil, considerado fundamental para a indústria de alta tecnologia e cuja demanda tem aumentado nos últimos anos, tem sido objeto de controvérsia e de uma série de suspeitas e informações desencontradas que se multiplicam na internet – alimentando teorias conspiratórias e mitos sobre a dimensão da sua importância para a economia mundial e do seu potencial para elevar o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Trata-se do nióbio, elemento químico usado como liga na produção de aços especiais e um dos metais mais resistentes à corrosão e a temperaturas extremas. Quando adicionado na proporção de gramas por tonelada de Recomendar 8,7 mil

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09/04/2013 07h19 - Atualizado em 09/04/2013 12h43

'Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiçamundial, controvérsia e mitos

Com 98% das reservas, Brasil não tem política específica para omineral.Exportações cresceram 110% em 10 anos e somaram US$ 1,8 bi em2012.

Darlan Alvarenga Do G1, em São Paulo

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387 comentários

Um metal raro no mundo, mas abundante no Brasil, considerado fundamental para a indústria de alta tecnologia ecuja demanda tem aumentado nos últimos anos, tem sido objeto de controvérsia e de uma série de suspeitas einformações desencontradas que se multiplicam na internet – alimentando teorias conspiratórias e mitos sobre adimensão da sua importância para a economia mundial e do seu potencial para elevar o Produto Interno Bruto(PIB) do país.

Trata-se do nióbio, elemento químico usado como liga na produção de aços especiais e um dos metais maisresistentes à corrosão e a temperaturas extremas. Quando adicionado na proporção de gramas por tonelada de

Recomendar 8,7 mil

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aço, confere maior tenacidade e leveza. O nióbio é atualmente empregado em automóveis, turbinas de avião,gasodutos, em tomógrafos de ressonância magnética, na indústria aeroespacial, bélica e nuclear, além de outrasinúmeras aplicações como lentes óticas, lâmpadas de alta intensidade, bens eletrônicos e até piercings.

Abaixo, o G1 explica a polêmica sobre o mineral, em reportagem produzida por sugestão de leitores (se vocêtambém quer sugerir uma reportagem, entre em contato pela página http://falecomog1.com.br/.)

O mineral existe no solo de diversos países, mas 98% das reservas conhecidas no mundo estão no Brasil. Opaís responde atualmente por mais de 90% do volume do metal comercializado no planeta, seguido pelo Canadáe Austrália. No país, as reservas são da ordem de 842.460.000 toneladas e as maiores jazidas se encontram nosestados de Minas Gerais (75% do total), Amazonas (21%) e em Goiás (3%).

Segundo relatório do Plano Nacional de Mineração 2030, o Brasil explora atualmente 55 substâncias minerais,respondendo por mais de 4% da produção global, e é líder mundial apenas na produção do nióbio. No caso doferro e do manganês, por exemplo, em que o país também ocupa posição de destaque, a participação naprodução global não ultrapassa os 20%.

Tal vantagem competitiva em relação ao nióbio desperta cobiça e preocupação por parte das grandessiderúrgicas e maiores potências econômicas, que costumam incluir o nióbio nas listas de metais com ofertacrítica ou ameaçada. É isso também que alimenta teorias de que o Brasil vende seu nióbio “a preço de banana”;que as reservas nacionais estão sendo “dilapidadas”; e que o país está “perdendo bilhões” ao não controlar opreço do produto.

A chamada “questão do nióbio” não é um assunto novo. Um dos seus porta-vozes mais ilustres foi o deputadofederal Enéas Carneiro, morto em 2007, que alardeava que só a riqueza do mineral seria o suficiente para lastrear

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toda a riqueza do país. O nióbio já chegou a ser relacionado até com o mensalão, após o empresário MarcosValério afirmar na CPI dos Correios, em 2005, que o Banco Rural conversou com José Dirceu sobre aexploração de uma mina de nióbio na Amazônia.

Em 2010, um documento secreto do Departamento de Estado americano, vazado pelo site WikiLeaks, incluiu asminas brasileiras de nióbio na lista de locais cujos recursos e infraestrutura são considerados estratégicos eimprescindíveis aos EUA . Mais recentemente, o nióbio voltou a ganhar os holofotes em razão da vendabilionária de uma fatia da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), maior produtora mundial denióbio, para companhias asiáticas. Em 2011, um grupo de empresas chinesas, japonesas e sul coreana fechou acompra de 30% do capital da mineradora com sede em Araxá (MG) por US$ 4 bilhões.

Independente do debate muitas vezes ideológico por trás da questão e dos mitos que cercam o mineral (vejaquadro abaixo), o fato é que o quase ‘monopólio’ da oferta ainda não resultou numa política específica para onióbio no Brasil ou programa voltado para o desenvolvimento de uma cadeia industrial que vise agregar valor aeste insumo que praticamente só o país oferece.

FATO: Trata-se de um mineral nobre e encontrado em poucos países, mas o preço está muito distante do valordo ouro. Segundo estatísticas oficiais, a liga ferro-nióbio foi comercializada em 2012 pelo preço médio de US$26.500 a tonelada. Já cotação média da onça do ouro (31,10 gramas) foi de US$ 1.718.

FATO: O Brasil é o maior produtor mundial, respondendo por mais de 90% da oferta, seguido pelo Canadá eAustrália. O país detém mais de 98% das reservas conhecidas de nióbio no mundo, mas o mineral também éencontrado em países como Egito, Congo, Groelândia, Rússia, Finlândia e Estados Unidos.

FATO: Sua utilização garante alta performance em setores relacionados à siderurgia, sobretudo na produção deaços de alta resistência. Hoje, o nióbio já pode ser considerado um insumo essencial para indústria aeroespacial,de óleo e gás, naval e automotiva. Mas não se trata de uma fonte de energia primária ou de alto nível de consumocomo o petróleo.

FATO: O metal possui uma série de vantagens competitivas na produção de aços mais leves e ligas especiais.Quando adicionado na proporção de gramas por tonelada, confere maior resistência ao aço. Hoje é empregadoem automóveis, turbinas de avião, gasodutos, tomógrafos entre outras aplicações. O nióbio possui, entretanto,concorrentes equivalentes como o vanádio, o tântalo e o titânio.

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FATO: O quase monopólio brasileiro da produção desperta a cobiça e a preocupação de outros países, poisninguém gosta de depender de um único fornecedor. Documento do Departamento de Estado americano,vazado em 2010 pelo WikiLeaks, inclui as minas brasileiras na lista de locais considerados estratégicos para asobrevivência dos EUA. Em 2011, um grupo de companhias chinesas, japonesas e sul coreanas adquiriram porUS$ 4 bilhões 30% do capital da brasileira CBMM.

FATO: O preço médio de exportação de ferro-nióbio subiu de US$ 13 o quilo em 2001 para US$ 32 em 2008.Em 2012, a média ficou em US$ 26,5 o quilo. Como os preços não são negociados em bolsas e como asprodutoras possuem subsidiárias em outros países, existem suspeitas não comprovadas de subfaturamento.Segundo as empresas e especialistas, uma grande alta no preço poderia incentivar a substituição do nióbio porprodutos concorrentes e até uma corrida pela abertura de novas minas.

FATO: Somente a CBMM, em Araxá, explora jazidas com durabilidade estimada em mais de 200 anos,considerando a demanda atual. As reservas conhecidas no país são da ordem de 842.460.000 toneladas e,segundo o governo, não existe previsão de início de produção em outras áreas do país com reservas lavráveisconhecidas como Amazonas e Rondônia.

FATO: apesar do nióbio ser encontrado em regiões de fronteira, onde ocorrem pequenos garimpos, em razãodas difíceis condições de produção e transporte para os países consumidores o governo considera infundadasas suspeitas de contrabando.

FATO: O fato de possuir mais de 98% das reservas conhecidas deve garantir ao Brasil por muitos anospraticamente o monopólio da oferta, mas, apesar do crescimento da intensidade de uso do nióbio e das inúmeraspossibilidades de aplicações, a relevância e valorização do mineral ainda não se compara ao ouro ou ao petróleo.

FATO: O governo não prevê qualquer abordagem específica para o nióbio dentro das discussões sobre o novomarco regulatório da mineração. A oferta de nióbio está praticamente toda nas mãos das duas gigantes privadasque operam no país, sem a articulação de uma política de desenvolvimento de um parque industrial nacionalconsumidor de nióbio. Por outro lado, as exportações de ferro-nióbio contribuem para o superávit da balança eo metal é hoje o 3º item mais importante da pauta mineral de exportação.

Governo nega que riqueza seja negligenciadaEmbora seja enquadrado pelo governo federal como um mineral estratégico, o Ministério de Minas e Energia(MME) informa que não há previsão de “uma abordagem específica para o nióbio” dentro das discussões sobreo novo Marco Regulatório da Mineração, que deverá ser encaminhado em breve para o Congresso Nacional.

O Brasil detém praticamente todo o nióbio do planeta, mas este potencial é desaproveitado"

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Monica Bruckmann, professora do Departamento de Ciência Política da UFRJ

“O Brasil detém praticamente todo o nióbio do planeta, mas este potencial é desaproveitado”, afirma apesquisadora Monica Bruckmann, professora do Departamento de Ciência Política da UFRJ e assessoria daSecretaria-Geral da Unasul (União de Nações Sul-Americanas). “O que se esperaria é que o Brasil tivesse umaestratégia muito bem definida por se tratar de uma matéria-prima fundamental para as indústrias de tecnologia deponta e que pode ser vista como uma fortaleza para a produção de energias limpas e para o própriodesenvolvimento industrial do país”, emenda.

Para o pesquisador Roberto Galery, professor da faculdade de engenharia de minas da UFMG, o Brasil deveriausar o nióbio como um trunfo para atrair mais investimentos e transferência de tecnologia. “Se o Brasil parassede produzir ou vender nióbio hoje, isso geraria certamente um caos”, afirma.

O governo rechaça, entretanto, as críticas de que o país estaria negligenciando esta riqueza. “O atual nível deprodução de nióbio no Brasil somente foi viável devido aos investimentos no desenvolvimento de tecnologianacional de produção e na estrutura do mercado para o uso desse metal”, afirmou o MME, em respostaencaminhada ao G1.

“Consideramos que o país tem aproveitado adequadamente o nióbio extraído do seu subsolo, se considerarmosque o minério é convertido em ferro-liga e exportado com um maior valor agregado, por outro lado, na medidaem que o parque siderúrgico brasileiro se desenvolver, a utilização de nióbio para a produção de aço poderáaumentar”, acrescentou o ministério.

Desde a década de 70, não há comercialização do minério bruto ou do concentrado de nióbio (pirocloro) nomercado interno ou externo. O metal é vendido, sobretudo, na forma da liga ferro-nióbio (FeNb STD, com 66%de teor de nióbio e 30% de ferro), obtida a partir de diversas etapas de processamento. Segundo o governo, asexportações de ferro-liga de nióbio atingiram em 2012 aproximadamente 71 mil toneladas, no valor de US$ 1,8bilhões.

Somente dois produtores no BrasilToda a produção brasileira de nióbio está concentrada nas mãos de duas empresas: a CBMM, controlada pelogrupo Moreira Salles – fundadores do Unibanco – e a Mineração Catalão de Goiás, controlada pela britânicaAnglo American.

Vista aérea das instalações da CBMM, em Araxá, eda Anglo American, em Catalão (Foto: Divulgação )

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A CBMM é a empresa líder do mercado de nióbio, respondendo por cerca de 80% da produção mundial. Emseguida, estão a canadense Iamgold, com participação de cerca de 10%, e a Anglo American, com 8%, que sópossui operação de nióbio no Brasil.

O comércio global de nióbio se deve em grande parte aos esforços e pioneirismo destas companhias noprocessamento do mineral. “Com as descobertas de significativas reservas de pirocloro no Brasil e no Canadá, ecom a sua viabilidade técnica, principalmente pelos esforços tecnológicos e comerciais da CBMM, houve umatransformação radical nos aspectos de preços e disponibilidade dessa matéria-prima para a obtenção de nióbio,o que foi fundamental para a conquista do mercado mundial pelo Brasil”, afirma o ministério.

A CBMM informa estar presente hoje em todos os países produtores de aço, com destaque para a China,Japão, Estados Unidos, Coreia, Índia, Alemanha, Rússia e Inglaterra. “O programa de desenvolvimento demercado da CBMM tem 50 anos. Nesse período, a companhia adquiriu legitimidade para desenvolver tecnologiado nióbio com os usuários finais e clientes diretos”, afirmou a empresa em mensagem enviada ao G1.

Em 2012, a companhia informou ter registrado lucro líquido de R$ 1,454 bilhão, uma alta de 18% nacomparação com o ano anterior, segundo balanço publicado em jornais de Minas Gerais. O mercadointernacional foi responsável por 95% do faturamento total da empresa no ano passado, quando o montantechegou a R$ 3,898 bilhões.

Procurada pelo G1, a empresa não atendeu ao pedido de entrevista com um porta-voz e de visita às suasinstalações, se limitando a responder a perguntas encaminhadas por e-mail.

“A CBMM comercializa produtos de nióbio acabados e, portanto, não é exclusivamente mineradora. A etapa demineração é a primeira de 15 etapas em seus processos produtivos que contam com tecnologia própriatotalmente desenvolvida por ela no Brasil. O desenvolvimento tecnológico de processos, produtos e aplicaçõesda CBMM é reconhecido internacionalmente. A empresa possui mais de 100 projetos com clientes e usuáriosfinais", informou a companhia.

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Crescimento da demanda por nióbioSegundo o diretor de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Marcelo Tunes, oaumento da demanda se deve, sobretudo, à conquista de novos clientes no mundo. “Essas empresas sempretiveram um comportamento no sentido de criar mercados e nos últimos 10 anos atuaram fortemente na Europa e

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na China”, afirma o especialista.

Tunes explica que o nióbio possui concorrentes no mercado de insumos para ligas especiais como o tântalo, ovanádio e titânio, e que a farta oferta brasileira é o que vem garantindo a o aumento do consumo e da penetraçãodo nióbio na indústria mundial. “O fato do nióbio ser praticamente um monopólio traz uma limitação demercado, pois ninguém gosta de ficar na mão de um único produtor. Mas o mundo hoje já está mais confianteque tenha suprimento garantido”, afirma.

A demanda mundial por nióbio tem crescido nos últimos anos a uma taxa de 10% ao ano. O maior salto ocorreua partir de 2004, puxado principalmente pelo aumento do apetite chinês por aço.

As estatísticas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) mostram que o volumede ferro-nióbio exportado cresceu 110% em 10 anos, passando de 33.688 toneladas em 2003 para 70.948 em2012. O maior pico foi registrado em 2008, quando as vendas somaram 72.771 toneladas.

3º mineral mais exportadoSegundo o Ibram, o nióbio respondeu por 4,68% das exportações minerais brasileiras em 2012. O nióbio temsido nos últimos anos o 3º item mais importante da pauta mineral de exportação, ficando atrás apenas do minériode ferro e do ouro, cujas exportações no ano passado somaram, respectivamente, US$ 30,9 bilhões (80,06%) eUS$ 2,3 bilhões (6,06%).

Em 2012, a produção total de nióbio no país foi de 61 mil toneladas – mas em 2007 chegou a quase 82 miltoneladas. O Ibram prevê que até 2015 a produção anual chegará a 100 mil toneladas.

A Anglo American estima um crescimento de 6% ao ano no mercado de nióbio. Já a CBMM afirma que oobjetivo da companhia é aumentar a demanda em 50% até 2020.

Embora o consumo de ferro-nióbio esteja diretamente relacionado ao mercado siderúrgico, a demanda peloproduto tem crescido a um ritmo superior ao da produção de aço. Levantamento do Departamento Nacional deProdução Mineral (DNPM) mostra que entre 2002 e 2007 a taxa média de crescimento do consumo de ferro-nióbio foi de 15% ao ano, ao passo que o crescimento médio da indústria siderúrgica foi de 2% ao ano.

“A intensidade do uso vem crescendo na siderurgia o que faz com que o aumento da demanda por nióbio sejamuito mais pronunciado”, afirma Ruben Fernandes, presidente da unidade de negócios Nióbio e Fosfato daAnglo American.

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Nióbio éextraído a céu aberto na mina da Anglo American em Catalão (GO) (Foto: Divulgação)

Preocupação com a sustentabilidade abre mercadosAs empresas apostam numa maior adesão ao produto no mundo, especialmente devido à demanda por matérias-primas mais eficientes e à preocupação com a sustentabilidade. O ferro-nióbio pode ajudar, por exemplo, aproduzir estruturas e veículos mais leves, que consomem menos energia e combustível.

A indústria chinesa, por exemplo, é um dos setores que ainda usam aço com uma porção pequena de nióbio,diferentemente do que já ocorre em mercados como EUA, Europa e Japão, onde as siderúrgicas costumam fazeradições de 80 a 100 gramas do minério por tonelada de aço. Na China, esse índice de uso é de cerca de 25gramas por tonelada de aço.

“A China e diversos outros países começam a enxergar os benefícios do uso do nióbio em obras deinfraestrutura, para a construção de estruturas mais leves, que não se degradam no tempo e com um impactoambiental menos intenso”, diz o executivo da Anglo American.

Consideramos que o país tem aproveitado adequadamente o nióbio extraído do seu subsolo, se considerarmosque o minério é convertido em ferro-liga e exportado com um maior valor agregado, por outro lado, na medidaem que o parque siderúrgico brasileiro se desenvolver, a utilização de nióbio para a produção de aço poderáaumentar"Ministério de Minas e Energia

As empresas que atuam no Brasil afirmam possuir capacidades instaladas para atender ao atual ritmo decrescimento da demanda mundial. A CBMM avalia que suas reservas em Araxá são suficientes para garantir aprodução de nióbio por mais de 200 anos.

A Anglo estima em 40 anos o tempo de vida útil de suas jazidas e anunciou neste ano que irá investir US$ 325milhões até 2016 na ampliação da capacidade de produção da sua planta em Catalão (GO), com o objetivo deelevar a produção anual do patamar de 4.400 toneladas de nióbio para 6.500 toneladas.

Política de preçosÉ diante desta perspectiva de aumento da demanda mundial e de concentração de mercado que os críticos do

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atual modelo de exploração do nióbio cobram uma maior atuação do governo federal, defendendo o controle dopreço de comercialização do produto e em alguns casos até mesmo a estatização da produção.

“Quem consome nióbio são empresas transnacionais superespecializadas. É de se imaginar, portanto, que existauma enorme pressão de fora para ter um produto que eles precisam a um preço acessível”, avalia o pesquisadorRoberto Galery, professor da faculdade de engenharia de minas da UFMG.

Para Adriano Benayon, economista e autor do livro “Globalização versus Desenvolvimento”, com a produçãorestrita a dois grupos econômicos no Brasil é “evidente” que o interesse é exportar o nióbio do Brasil “ao menorpreço possível”.

Pelos cálculos do pesquisador, autor de vários dos artigos sobre nióbio que circulam na internet, o Brasilpoderia ganhar até 50 vezes mais o que recebe atualmente com as exportações de ferro-nióbio, caso ditasse opreço do produto no mercado mundial e aumentasse o consumo interno do mineral.

“A nacionalização impõe-se, porque ao Brasil importa valorizar o produto externamente e investir, com osrecursos da exportação valorizada, em empresas para produzir com crescente incorporação de tecnologia ecrescente valor agregado bens que elevem a qualidade dos empregos e o quantum da renda nacional”, argumentaBenayon.

'Não há uma diretriz política para estatização, diz ministérioQuestionado pelo G1 sobre o tema, o MME afirmou que “não há uma diretriz política para estatização de minasde qualquer bem mineral”.

Metal retirado do solo e é comercializado na formade liga ferro-nióbio (Foto: CBMM/Divulgação)

“Quanto às vendas de reservas, considerado aqui como futuras aquisições, as mesmas são estabelecidas entreempresas privadas, sem a intervenção direta do governo federal”, acrescentou o ministério.

As estatísticas oficiais apontam para uma relativa estabilidade nos preços do nióbio nos últimos anos. O últimogrande salto ocorreu em 2007, quando o preço médio de exportação da liga ferro-nióbio subiu de US$ 13 paraUS$ 22 o quilo, chegando a US$ 33 em 2008, devido, principalmente, ao aumento da demanda. Em 2012, opreço médio ficou em cerca de US$ 27 o quilo, segundo dados do MDIC.

Como os preços são negociados diretamente entre o comprador e o vendedor, e não em bolsas, os valores decada venda acabam sendo confidenciais, o que costuma levantar suspeitas de subfaturamento.

“Para saber o preço efetivo e os ganhos reais das empresas que controlam o mercado, precisar-se-ia confrontarnão os preços de importação, mas sim os preços de venda no mercado desses países [compradores],praticados pelas empresas importadoras do mesmo grupo das exportadoras”, diz Benayon.

Segundo as empresas, tais suspeitas não têm fundamento. “Nossa carteira de pedidos vai diretamente para ocliente final. Não vendemos para nenhuma das subsidiárias da Anglo, vendemos para as siderúrgicas que aplicamo nióbio nos seus aços. Não temos nenhuma operação de venda de nióbio fora do Brasil”, afirma Fernandes, daAnglo American. “Apesar de não estar listado em bolsa, o preço do nióbio obedece a clássica lei de oferta e

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demanda”, emenda.

Margem de lucro altaOs números e valores da receita da comercialização de nióbio informados nos balanços da Anglo American e daIamgold – ambas de capital aberto – apontam que o preço médio do quilo de ferro-nióbio chegou a US$ 40 em2012.

Não há nada insubstituível no mundo, o que há é economicidade no processo. Se o preço do nióbio brasileirofor elevado, outras jazidas no mundo todo entrarão em produção. Foi isso o que aconteceu recentemente comas terras raras na China"Elmer Salomão, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM)

Segundo a Anglo American, a divisão de nióbio respondeu por uma receita de US$ 173 milhões em 2012 e geroupara a companhia um lucro operacional de US$ 81 milhões. Embora a exploração de nióbio tenha gerado umamargem de lucro superior a 40%, o mineral respondeu por apenas uma fração dos ganhos totais da companhia,que possui um amplo portifólio e registrou lucro global de US$ 6,2 bilhões no ano passado.

Já a canadense Iamgold reportou ter obtido em 2012 uma receita de US$ 190,5 milhões com a exploração denióbio e uma margem de lucro de US$ 15 por quilo de nióbio vendido.

“O nióbio é bem competitivo, está bem posicionado, mas a rentabilidade depende muito do teor de nióbiocontido no concentrado que é retirado da mina. O teor do nosso concorrente é muito maior. Já o dos novosprojetos que estão sendo estudados no mundo tem teor muito menor”, explica o executivo da Anglo.

Atualmente estão sendo desenvolvidos novos projetos de exploração de nióbio no Canadá, no Quênia e emNebrasca, nos Estados Unidos, que hoje importa 100% do nióbio que consome.

No Brasil, embora existam reservas conhecidas na região de fronteira e em áreas de reservas indígenas noAmazonas e em Roraima, o governo informa que não existe previsão de produção em novas minas ou novasconcessões. “O nióbio de São Gabriel da Cachoeira (AM) carece ainda de tecnologia para permitir a suaextração com viabilidade econômica”, informou o ministério.

Consequências de uma eventual intervenção O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral (ABPM), Elmer Prata Salomão, alertaque uma eventual intervenção governamental na oferta ou no preço do nióbio representaria um grande tiro pelaculatra.

Segundo Salomão, o fator determinante para o 'monopólio' brasileiro no nióbio é o custo de produção"praticamente imbatível". "Não há nada insubstituível no mundo, o que há é economicidade no processo. Se opreço do nióbio brasileiro for elevado, outras jazidas no mundo todo entrarão em produção. Foi isso o queaconteceu recentemente com as terras raras na China”, diz o especialista.

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Anglo anunciou investimentos de US$ 325 milhõespara ampliar produção em Catalão(Foto: Divulgação)

Ele lembra que o gigante asiático anunciou em 2011 uma redução de mais de 10% no volume de exportação deterras raras com o objetivo de atrair mais indústrias de tecnologia como fabricantes de tela de LCD para o país.“A China resolveu contingenciar e elevar o preço de terras raras e o que acontece é que já existem quase 50projetos na área em fase de pesquisa e desenvolvimento no mundo”, afirma.

O diretor do Ibram também acredita que a elevação do preço do nióbio estimularia a busca por produtossubstitutos. “A ambição de ganhar mais acaba sempre facilitando a entrada de concorrentes”, afirma Tunes. Eleexplica que o nióbio apresenta hoje melhor vantagem em relação aos outros elementos químicos não apenas porsuas propriedades, mas também por ser um metal com oferta abundante.

Nióbio gerou R$ 5,29 milhões em royalties em 2012Segundo o governo, o controle da produção e venda de nióbio é feito atualmente pelo DNPM. O governoinforma, entretanto, que o órgão não possui a competência de fiscalizar a produção e comercialização do ferro-liga de nióbio.

Segundo o DNPM, a exploração de nióbio garantiu em 2012 um recolhimento de CFEM (CompensaçãoFinanceira sobre a Exploração Mineral) de R$ 5,29 milhões – valor que foi distribuído entre União e estados emunicípios produtores.

Pela legislação atual, a CFEM varia de 0,2% até 3% e incide sobre o valor do faturamento líquido obtido porocasião da venda do produto mineral. No caso de minerais como o nióbio a alíquota é de 2%. O DNPM explicaque como no caso do nióbio não ocorre a venda do mineral bruto, é considerado como valor para efeito docálculo da CFEM a soma das despesas diretas e indiretas ocorridas antes da transformação da matéria-prima emferro-nióbio. Ou seja, o valor arrecadado com a CFEM pouco reflete a valorização do ferro-nióbio no mercadomundial.

A China e diversos outros países começam a enxergar os benefícios do uso do nióbio em obras deinfraestrutura, para a construção de estruturas mais leves, que não se degradam no tempo e com um impactoambiental menos intenso"Ruben Fernandes, Anglo American Brasil

A revisão das alíquotas dos royalties da mineração está entre os pontos que devem ser abordados pelo novo

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Código de Mineração, em discussão no governo. Está prevista a criação da Agência Nacional de Mineração,substituindo o DNPM, e Conselho Nacional de Política Mineral (CNPM), de forma a regulamentar os leilões deáreas públicas, nos mesmo moldes utilizados para o petróleo.

Embora não esteja prevista uma abordagem específica para o nióbio no novo marco regulatório, o MMEreconhece que a legislação mineral vigente ainda “não possui instrumentos necessários para uma abordagemespecífica para minerais estratégicos”.

“O governo federal avalia que o país já possui a tecnologia necessária para a produção de ferro-nióbio, porém, énecessário que se avalie a capacidade de o parque industrial brasileiro possuir os demais fatores necessários paratransferência de tecnologia de produção de manufaturados que contenham nióbio”, acrescentou o ministério.

Para Salomão, da ABPM, o setor mineral tem contribuído para os investimentos no país e para o superávit dabalança comercial e não deve utilizado como combustível ideológico para políticas intervencionistas.

“Se o Brasil não está aproveitando hoje suas riquezas minerais como deveria é porque não tem uma políticaindustrial nesse sentido”, afirma. “O que não podemos fazer é guardar toneladas de minério sem saber se nofuturo isso será tecnologicamente utilizado ou não. Somos obrigados a aproveitar os nossos recursos mineraisjustamente devido à revolução tecnológica. A idade da pedra não acabou por causa da pedra, mas porque apedra foi substituída por outra coisa”, conclui.

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Edith 1 semana atrás

Doutor Eneas ja falava do Niobio a mais de 20 anos atras e nos achavamos ele um louco !

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Igor Oliveira 1 semana atrás

O problema do brasileiro é que o normal é ser burro, quando alguém é inteligente demais é chamadode doido. O problema é a nossa péssima educação e a nossa cultura de coitadinhos, de terceiromundo colonizado e explorado até hoje por todos os lados. Brasileiro foi tristemente acostumado aser explorado e a não ter alto nível educacional.

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Silvia Greche 3 semanas atrás

sugestão de pauta de Luis Fernando Duarte, Físico.

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Rafael Azulay 4 semanas atrás

Phierdecarlo, essa foi uma pergunta retórica! Eu sei do artigo 20 da Constituiçao. Inclusive, fala sobreextração em alto mar, que também faz parte, no caso do território fluminense! Ou seja, não tem que dividirnada! Você leu, mas não entendeu nada!

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Gordo Bola 4 semanas atrás

Extração de minérios gera os mesmos royalties que a de petróleo. A mesma parte da constituição queatrela os pagamentos dos royalties do petróleo as regiões produtoras trata dos royalties da mineração.Quando isso aí começar a ser extraído em grande escala em minas gerais vão querer assaltar minastambém? Minas que hoje aceita esse assalto a RJ, ES e SP vai achar legal quando for com eles?

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Robson Silva 4 semanas atrás

Page 17: G1 - 'Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsia e mitos - notícias em Negócios

até que enfim esse lixo de globo esse lixo de g1 publicou algo de valor!

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Sérgio Castro 4 semanas atrás

Não estou entendendo por que o grupo Moreira Sallaes não deixa o trem andar.

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Elizabet Santos 4 semanas atrás

Nessa matéria falaram de controversias e mitos... mas cadê a VERDADE sobre o NIOBIO. Que o Brasiltem 98% ndo niobio do planeta, isso já estamos cansados de saber. Queremos saber é onde está o $ ,quem está se beneficiando desse $, onde está sendo empregado esse $ - Queremos aTRANSPARÊNCIA.

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Al Cruz 1 mês atrás

A Arábia Saudita é o maior produtor de petróleo do mundo. O país é rico, por que? Porque elescontrolam o valor do produto. Claro que o aumento do preço do nióbio não vai forçar os paísesdependentes do produto procurarem alternativas porque até eles encontrarem outra fonte que substitua onióbio levará anos de pesquisas. E os setores onde o nióbio é essencial não podem ficar paradosaguardando anos de estudos. A CBMM, a Anglo American e o nosso governo medíocre não vão admitirde forma alguma que favem vista grossa com esse mineral estratégico. Pergunte a um preso se ele éculpado ou inocente

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Keydison Samuel 1 mês atrás

sacanagem ... nao esperava isso do G1

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Diego Juraski 1 mês atrás

Um matéria decente no G1, como não via a muito tempo.

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Diego Juraski 1 mês atrás

Lagreca Merdacontece ih mané, nem sabe com quem ta falando. E vem se aparecer. tsc tsc

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Lagreca Merdacontece 1 mês atrás

Vai Marionete... Corte estas cordas...

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Daltro Junior 1 mês atrás

Excelente reportagem! Parabéns!

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Gabriel Rosado 1 mês atrás

Na época do julgamento do mensalão o Marcos Valério disse: ´´O dinheiro do mensalão não é nada, ogrosso mesmo vem do contrabando de nióbio´´.

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Johnny Walker 1 mês atrás

"Nióbio gerou R$ 5,29 milhões em royalties em 2012". QUE VERGONHA!!! Temos um mineral único nomundo e o que o governo arrecada é esse cocô? Não entendo como pode haver concessão do governoem áreas que efetivamente geram BILHÕES de reais de lucro anuais. E ainda vendem 30% pra china. Paíssem vergonha mesmo. E povinho que nunca soube votar dá nisso.

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Hyago Luan 1 mês atrás

Nao adianta o brasileiro esta cada vez mais burro vai votar errado o arrecadamento vai ser embilhoes, bilhoes que vao ser roubado em quando o burro do brasileiro so pensa em carnaval efutebol

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Robson Silva 1 mês atrás

cara muitas pessoas e inclusive vc acham que isso e porque as pessoas não sabem votar,mas e aique esta o problema não existem politicos corretos para se votarem eu não estou generalizando mase a realidade infelizmente!

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Eduardo Martins 1 mês atrás

No site americano que fala sobre sobre importação de minerais. Tem documentos que provam que estaarrecadação divulgada é falsa. É só pesquisar! Lá, eles informam quanto (em percentuais) foi importadode cada país produtor e os valores pagos. Aqui no Brasil tem muito é ladrão!

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Daniel Struck 1 mês atrás

o cara viu o vídeo do Pirulla25 no youtube e transcreveu.....pelo menos a referência é ótima.

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Davi Fiamenenghi 1 mês atrás

Ótima matéria. Uma PENA QUE o Niobio brasileiro não SEJA revertido em beneficios, a exemploCOPIADO dos royalities do petróleo. Pelo que eu entendi, o Brasil é o principal fornecedor de niobio DOmundo e deveria ser criado um CANAL para exportação justa. Pois ao meu ver esse bem é DO povo.Ouvi falar que no Canadá (províncias de Quebéc e ONTÁRIO) também existe uma pequena reserva destemineral. SEM CITAR que estas FONTES um dia irão acabar. UM GRANDE DESRESPEITO!

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Walter Perroni 1 mês atrás

1) Não há o menor comentário sobre a expropriação do nióbio durante 1974 a 1994, quando era levadocomo lastro de navio detectado pelo exército brasileiro atendendo a denúncias... Nestes 20 anos o nióbiosaiu daqui sem nem sequer ser sub-faturado, como acontece a partir de 94. 1.a) porque a China comprouparte da CBMN? Porque a gente nao compra a CBMN se temos a matéria prima...???? Vai dizer que nãotemos o dinheiro? Com o gasto de tres estádios da copa da fifa, comprava o que a matéria chama de 30%da CBMN.

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Antonio Gondim 1 mês atrás

Excelente reportagem, pois embora seja algo de domínio no meio geológico brasileiro é assuntodesconhecido pela maioria da população. É importante que se construa uma política para gerar maiorvalor agregado a este importantíssimo produto, o Nióbio, o qual praticamente só existe de formaconcentrada no Brasil.

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Pablo Fachinelli 1 mês atrás

Tem que ser valorizado como foi feito com o petróleo na decada de 70!

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Fernando Wagner 1 mês atrás

Para Adriano Benayon,com a produção restrita a dois grupos econômicos no Brasil é “evidente” que ointeresse é exportar o nióbio do Brasil “ao menor preço possível”. economista e autor do livro“Globalização versus Desenvolvimento”O pesquisador, autor de vários dos artigos sobre nióbio quecirculam na internet, o Brasil poderia ganhar até 50 vezes mais o que recebe atualmente com asexportações de ferro-nióbio, caso ditasse o preço do produto no mercado mundial e aumentasse oconsumo interno do mineral.RESUMINDO: 1,8X50=90-1,8= 88,2 BILHÕES DE DÓLARES É O PREJUANUAL ! ACORDA BRASILLLLLLLL!!!

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Paulo Aguiar 1 mês atrás

Multiplique o preço do nióbio por 50 e ninguém mais compra nióbio e passa a utilizar o vanádio, omolibdênio e o titânio. Além disso quem vai gostar é o Canadá e a Austrália, pois vai viabilizar aprodução deles que venderam a um preço menor que o do Brasil. Realmente vocês sãomuuuuiiiitttttoooo inteligentes. Senhores a lei que impera aí não é a lei do nacionalismo, mas sim alei de mercado, quer vocês queiram ou não. Façam isso e o nosso nióbio vai ficar debaixo da terra.

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Paulo Aguiar 1 mês atrás

O Brasil tinha sim que desenvolver aços ao nióbio e ofertar a um preço menor que o produzidonesses países aí teríamos um produto com maior valor agregado e dominaríamos parte domercado. Mas para isso é necessário investir em pesquisa e desenvolvimento de tecnologia coisapara qual o governo não põe dinheiro e é aí que entram empresas estrangeiras que fazem odesenvolvimento de novas tecnologias de processo e produto e ganham com isso. Ou seja, utilizamnossa matéria prima para ganhar dinheiro com seus produtos mais caros.

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John Doe 1 mês atrás

Do Cambuci o palhaco,

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Tomás Jalowitzki 1 mês atrás

Já começo rechaçando a primeira proposição. O nióbio é um mineral tão raro e precioso quanto o Ouro Atonelada do aço puro ta custando: $ 560,00 na china "mercado mais caro" Em contra partida a Toneladada liga Aço-Nióbio custa $ 26.500,00. Isto é: diferença de $ 25,940,00 entre um e o outro. Daí tu lê nareportagem que a liga Aço-Nióbio é nas seguintes proporções. Linhas 2 e 3 do segundo paragrafo."Quando adicionado na proporção de gramas por tonelada de aço". Ou a tecnologia para fazer a liga Aço-Nióbio é muito cara, ou quem criou e respondeu essas proposições não fez o dever de casa.

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Rogério Duarte 1 mês atrás

eles nunca fazem, compram feito (ou vendem...)

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William Paz 1 mês atrás

@G1 Colocaram o preço do nióbio em toneladas e do ouro em outra unidade de medida, pq não colocamo do ouro em tonelada tbm? Nessa parte não dá pra saber se o nióbio é mais caro ou mais barato que oouro.

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Johnny Silva 1 mês atrás

Michel Florencio Ou Seja 1 tonelada de Ouro custa 55.419.354,84 de dólares... 55 bilhões dedólares amigos. Em outras palavras com 1 KILO de ouro dá pra comprar 2,2 toneladas de nióbio.

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Rogério Duarte 1 mês atrás

o que vocês esqueceram de notar é que o nióbio é usado em liga, gramas de nióbio por tonelada deaço, coloca aí o preço de uma liga de ouro e chumbo com 99,9% de chumbo pra valer acomparação, e outra, acusa-se justamente a prática de preços subfaturados, portanto... também nãoficou claro se a liga que vendemos (com alto teor de nióbio) é a mesma cotada, ou se é a liga usada

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industrialmente onde o nióbio entra quase como elemento traço (grama por tonelada). Além disso,alguém perguntou o preço de uma turbina ou outro produto intensivo em tecnologia, possívelapenas com o uso do nióbio?

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João Javert 1 mês atrás

Ao contrário do nióbio, o petróleo do pré-sal está na plataforma continental. A plataforma continentalpertence à União, e não aos Estados. Por isso não tem que dividir.

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Leandro Scarpatti 1 mês atrás

Não importa onde esteja o petróleo, os royalties são uma compensação à extração e os males queela traz...como vazamentos, poluição gerada pelo grande números de navios nas baías, o grandenúmero de caminhões destroem ruas de pequenas cidades, entre muitas outras...Eu sei que trazbenefícios, mas traz problemas também.

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Robert Silva 1 mês atrás

Agora vms dividir o lucro com os estados não produtores, que tal ? e os não produtores devem ganharmais, ok ?

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