Gabarito intérprete de libras

10
Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – Feneis NOME DO CONCURSO PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE AMERICANA NOME DO PROFESSOR VANIA DE AQUINO ALBRES SANTIAGO ÁREA LIBRAS PROVA ELABORADA PARA O CARGO DE: Intérprete de LIBRAS Tema Questões Respostas correta Política de Educação de surdos (2) Questão 1: A comunidade surda tem em mãos uma importante conquista política na qual se baseiam as ações e reivindicações em torno da educação de surdos, o Decreto nº 5626/2005 que regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Assinale a alternativa que apresenta a premissa da legislação apresentada. A) Garantir a inclusão da Libras como disciplina curricular em todos os cursos de bacharelado, para fomentar o seu uso e difusão. B) Garantir que as pessoas ouvintes tenham prioridade nos cursos de formação de professores de Libras. C) Garantir que o ensino de língua portuguesa seja ofertado desde a educação infantil, como primeira língua para surdos e deficientes auditivos. D) Garantir professor de Libras ou instrutor de Libras; tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa; professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas; e professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade linguística manifestada pelos alunos surdos. E) Garantir o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos com o apoio do tradutor e intérprete de Libras a partir do ensino médio. D) Garantir professor de Libras ou instrutor de Libras; tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa; professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas; e professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade linguística manifestada pelos alunos surdos. Fonte: BRASIL, Ministério da Educação. Decreto nº 5626 de 22 de setembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Questão 2: No Art. 21. do decreto nº 5626/2005, infere que a partir de um ano da sua publicação, as instituições federais de ensino da educação básica e da educação superior devem incluir, em seus quadros, em todos os níveis, etapas e modalidades, o tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, para viabilizar o acesso à comunicação, à informação e à educação de alunos surdos. Assinale a alternativa que indica corretamente onde esse profissional deverá atuar: A) Atuar na prevenção e desenvolvimento de programas de saúde auditiva; e tratamento clínico e atendimento especializado, respeitando as especificidades de cada caso; B) Atuar nas salas de aula para viabilizar o acesso dos alunos aos conhecimentos e conteúdos curriculares, em todas as atividades didático- pedagógicas. Fonte: BRASIL, Ministério da Educação. Decreto nº 5626 de 22 de setembro de 2005.

Transcript of Gabarito intérprete de libras

Page 1: Gabarito   intérprete de libras

Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – Feneis

NOME DO CONCURSO PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE AMERICANA

NOME DO PROFESSOR VANIA DE AQUINO ALBRES SANTIAGOÁREA LIBRAS

PROVA ELABORADA PARA O CARGO DE: Intérprete de LIBRAS

Tema Questões Respostas correta

Política de Educação de surdos (2)

Questão 1:

A comunidade surda tem em mãos uma importante conquista política na qual se baseiam as ações e reivindicações em torno da educação de surdos, o Decreto nº 5626/2005 que regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Assinale a alternativa que apresenta a premissa da legislação apresentada.

A) Garantir a inclusão da Libras como disciplina curricular em todos os cursos de bacharelado, para fomentar o seu uso e difusão.

B) Garantir que as pessoas ouvintes tenham prioridade nos cursos de formação de professores de Libras.

C) Garantir que o ensino de língua portuguesa seja ofertado desde a educação infantil, como primeira língua para surdos e deficientes auditivos.

D) Garantir professor de Libras ou instrutor de Libras; tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa; professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas; e professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade linguística manifestada pelos alunos surdos.

E) Garantir o atendimento às necessidades educacionais especiais de alunos surdos com o apoio do tradutor e intérprete de Libras a partir do ensino médio.

D) Garantir professor de Libras ou instrutor de Libras; tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa; professor para o ensino de Língua Portuguesa como segunda língua para pessoas surdas; e professor regente de classe com conhecimento acerca da singularidade linguística manifestada pelos alunos surdos.

Fonte:

BRASIL, Ministério da Educação. Decreto nº 5626 de 22 de setembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

Questão 2:

No Art. 21. do decreto nº 5626/2005, infere que a partir de um ano da sua publicação, as instituições federais de ensino da educação básica e da educação superior devem incluir, em seus quadros, em todos os níveis, etapas e modalidades, o tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, para viabilizar o acesso à comunicação, à informação e à educação de alunos surdos. Assinale a alternativa que indica corretamente onde esse profissional deverá atuar:

A) Atuar na prevenção e desenvolvimento de programas de saúde auditiva; e tratamento clínico e atendimento especializado, respeitando as especificidades de cada caso;

B) Atuar nas salas de aula para viabilizar o acesso dos alunos aos conhecimentos e conteúdos curriculares, em todas as atividades didático-pedagógicas.

Fonte:

BRASIL, Ministério da Educação. Decreto nº 5626 de 22 de setembro de 2005.

Page 2: Gabarito   intérprete de libras

B) Atuar nas salas de aula para viabilizar o acesso dos alunos aos conhecimentos e conteúdos curriculares, em todas as atividades didático-pedagógicas.

C) Atuar como instrutor no ensino da libras para a comunidade escolar ouvinte.

D) Atuar como instrutor no ensino da libras como língua materna para surdos e ou deficientes auditivos.

E) Atuar como professor bilíngue no ensino de português como segunda língua para surdos e deficientes auditivos.

Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

Educação bilíngue (2)

Questão 3:

“O bilinguismo é uma proposta de ensino usada por escolas que se propõem a tornar acessível à criança duas línguas no contexto escolar” conforme indica Quadros (1997, p. 27). Assinale a alternativa que complementa corretamente o conceito de bilinguismo:

A) que os conteúdos e o saber escolar devem ser ensinados por meio do português escrito.

B) a língua oral como pressuposto para o ensino da escrita do português.

C) que a língua de sinais é a única língua a ser ensinada para a criança surda.

D) o uso da língua de sinais apenas fora da sala de aula.

E) a língua de sinais como língua natural da criança surda, e parte desse pressuposto para o ensino do português escrito.

E) A língua de sinais como língua natural da criança surda, e parte desse pressuposto para o ensino do português escrito.

Fonte: Bilinguismo - uma proposta para educação de surdos

(QUADROS, 1997, p. 21-33)

Questão 4:

Tendo como premissa considerar a língua de sinais brasileira como primeira língua – L1 e o português escrito como segunda língua - L2 da comunidade surda brasileira. O bilinguismo pode apresentar-se de duas formas na educação de surdos, com base no ensino da L2 quase concomitante ao ensino da L1 ou pelo ensino da L2 somente a partir da aquisição da L1. A partir dessas propostas, assinale a alternativa que pode ser destacada como objetivo da educação bilíngue:

A) Criar um ambiente linguístico apropriado para oportunizar o acesso completo à informação curricular e cultural.

B) Priorizar o ensino da escrita do português em detrimento ao ensino das demais disciplinas escolares.

C) Oportunizar ao aluno surdo conhecimento da língua de sinais suficientemente para comunicar-se com os colegas.

D) Assegurar o desenvolvimento social do aluno surdo por meio do ensino da oralização do português.

E) Ensinar a língua de sinais com o objetivo único de ensinar posteriormente a oralização.

A) Criar um ambiente linguístico apropriado para oportunizar o acesso completo à informação curricular e cultural.

Fonte: Bilinguismo - uma proposta para educação de surdos

(QUADROS, 1997, p. 21-33)

História do

Questão 5:

Na história da profissão de tradutor/ intérprete de Libras sabe-se que há registros da sua atuação em trabalhos religiosos desde a década de 1980. E que nesta mesma década a

A) Na década de 1990 foram estabelecidas unidades de intérpretes ligadas aos escritórios regionais da

Page 3: Gabarito   intérprete de libras

profissional intérprete (2)

Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos – FENEIS foi uma entidade precursora com iniciativas de formação de intérpretes de Libras no Brasil, desta forma é correto afirmar que:

A) Na década de 1990 foram estabelecidas unidades de intérpretes ligadas aos escritórios regionais da FENEIS, passando a recomendar esses profissionais para atuação no mercado de trabalho existente.

B) A FENEIS é responsável pelo atendimento dos surdos e deficientes auditivos que procuram seus serviços, porém nunca atuou na formação/ certificação de tradutores/ intérpretes.

C) No Brasil, somente a partir de 2005, depois do decreto nº 5.626 os tradutores/ intérpretes de Libras começaram a atuar.

D) Os intérpretes que fazem trabalho voluntário não podem ser considerados profissionais.

E) Atualmente, somente a FENEIS que certifica o profissional tradutor/ intérprete de Libras para a atuação profissional em âmbito nacional.

FENEIS, passando a recomendar esses profissionais para atuação no mercado de trabalho existente.

Fonte: História do profissional intérprete de língua de sinais

(QUADROS, 2007, p. 13-17)

Questão 6:

“A participação de surdos nas discussões sociais abriu a possibilidade para a profissionalização dos intérpretes e para o reconhecimento da língua de sinais em cada país” (LACERDA, 2009, p.28), neste sentido é correto afirmar que:

A) A medida que a língua de sinais passa a ser reconhecida os surdos ampliam sua garantia de acesso a ela como direito linguístico, e, consequentemente neste cenário a figura do intérprete se consolida.

B) O domínio da Libras é considerado suficiente para atuar como intérprete de Libras.

C) A profissionalização do tradutor/ intérprete de Libras só pode acontecer quando este tiver cursos e formação em graduação específica.

D) Com o passar do tempo, mesmo com maior envolvimento da comunidade surda em atividades políticas, não é exigido do tradutor/ intérprete maior nível de qualificação.

E) O desenvolvimento da profissão de tradutor/ intérprete de libras independe da mobilização e protagonismo da comunidade surda na reivindicação de acessibilidade e educação.

A) À medida que a língua de sinais passa a ser reconhecida os surdos ampliam sua garantia de acesso a ela como direito linguístico, e, consequentemente neste cenário a figura do intérprete se consolida.

Fonte: Intérprete de língua de sinais no Brasil

(LACERDA, 2009, p.27-30)

Relações entre profissionais na escola (2)

Questão 7:

Pensando na educação inclusiva em uma perspectiva bilíngue, neste caso o ambiente escolar só se tornará bilíngue se nele interagirem diferentes pessoas usuárias das duas línguas - Libras e português (LACERDA, 2009, p. 42). O tradutor/ intérprete de Libras se vê em meio a uma série de relações na escola que interferem no processo de inclusão do aluno surdo, sendo assim, assinale a alternativa que apresenta atitude correta:

A) O intérprete decidir o layout da sala e em caso de trabalho

E) O intérprete de Libras deve ser capaz de intermediar as relações em sala de aula para além da interpretação dos conteúdos, a fim de possibilitar uma efetiva participação do alunado surdo nas atividades e na comunidade escolar, proporcionando seu desenvolvimento e autonomia.

Page 4: Gabarito   intérprete de libras

em grupo, ele sempre decidir em qual grupo o aluno deve participar da atividade.

B) Um único aluno surdo incluído, em uma escola regular em que a comunidade escolar não sabe Libras, deve relacionar-se apenas com o intérprete de Libras.

C) Na sala de aula o intérprete de Libras não pode intervir com o professor na construção de estratégias para tornar a aula mais dinâmica e visual para os surdos.

D) Ao atuar na sala de aula, o intérprete por ser o único que sabe a língua de sinais, explica o conteúdo abordado pelo professor segundo seus conhecimentos, sem envolver o professor regente de sala.

E) O intérprete de Libras deve ser capaz de intermediar as relações em sala de aula para além da interpretação dos conteúdos, a fim de possibilitar uma efetiva participação do alunado surdo nas atividades e na comunidade escolar, proporcionando seu desenvolvimento e autonomia.

Fonte: Escola e intérpretes

(LACERDA, 2009, p.41-45)

Questão 8:

Sobre a atuação do intérprete de Libras nas atividades didáticas desenvolvidas em sala de aula inclusiva no Ensino Fundamental, é correto dizer que:

A) O intérprete deve esperar que o professor decida como a atividade será aplicada para o aluno surdo, independente da condição linguística desse aluno.

B) O intérprete auxilia o aluno surdo a fazer as atividades onde há a necessidade da escrita do português, mas não questiona o professor sobre as questões linguísticas que envolvem a produção escrita dos surdos.

C) O intérprete deve considerar seu papel de intermediador não apenas dos conteúdos, mas de intermediar a efetiva participação dos surdos nas atividades didático-pedagógicas, levando em consideração as diferenças linguísticas e culturais entre alunos surdos e alunos ouvintes, alunos surdos e professores que não sabem libras.

D) Em sala de aula em que há mais de um surdo incluído, o intérprete deve privilegiar aquele aluno que apresenta melhor nível de língua de sinais em detrimento aos demais, pois estes vão acompanhando os melhores durante a escolarização.

E) Em caso de prova escrita o intérprete de Libras não deve ficar na sala de aula, pois o aluno surdo tem que dominar os conteúdos dados independentemente de sua condição linguística.

C) O intérprete deve considerar seu papel de intermediador não apenas dos conteúdos, mas de intermediar a efetiva participação dos surdos nas atividades didático-pedagógicas, levando em consideração as diferenças linguísticas e culturais entre alunos surdos e alunos ouvintes, alunos surdos e professores que não sabem libras.

Fonte: Escola e intérpretes

(LACERDA, 2009, p.41-45)

Aspecto léxico-semântico no processo e interpretação (2)

Questão 9:

A atuação do tradutor/ intérprete de Libras não pode ser vista como um trabalho estritamente linguístico, entretanto este profissional deve deter alguns conhecimentos específicos sobre as línguas envolvidas no processo de interpretação, portanto assinale a alternativa correta:

A) A Libras, apesar de ser uma língua natural, se adapta com o tempo às regras da Língua Portuguesa porque não possui escrita.

C) A língua representa um sistema de signos compartilhado por uma comunidade linguística comum, esse sistema deve ser de conhecimento dos intérpretes ser constante objeto de estudo.

Fonte: Discussões sobre as

Page 5: Gabarito   intérprete de libras

B) A Libras é como as outras línguas de sinais, e em breve os surdos serão universalizados.

C) A língua representa um sistema de signos compartilhado por uma comunidade linguística comum, esse sistema deve ser de conhecimento dos intérpretes ser constante objeto de estudo.

D) As línguas de sinais derivam da comunicação gestual espontânea dos ouvintes.

E) Há uma falha na organização gramatical da língua de sinais, sendo ela um pidgin de outras línguas e subordinada às línguas orais.

línguas de sinais

(QUADROS, 1997, p. 45-50)

Questão 10:

No estudo das línguas de sinais a concordância verbal é um tema bastante específico e requer a observação não apenas de um sinal, mas da organização sintática e semântica da enunciação. Segundo Quadros (1997) é correto afirmar que:

A) Todos os verbos na Libras são flexionais ou direcionais.

B) Nas línguas de sinais os verbos com concordância variam de acordo com o movimento do sinal e pressupõe a incorporação de pronomes.

C) A concordância verbal nas línguas de sinais acontece somente quando há a indicação de referentes presentes.

D) A concordância verbal nas línguas de sinais não envolve marcação de pessoa e de número.

E) As relações gramaticais das sentenças em línguas de sinais independem da direção do movimento dos verbos.

B) Nas línguas de sinais os verbos com concordância variam de acordo com o movimento do sinal e pressupõe a incorporação de pronomes.

Fonte: Estudos sobre concordância verbal em línguas de sinais (QUADROS, 1997, p. 59-61)

Ética e situação problema na educação (4)

Questão 11:

No atendimento as necessidades enunciativas na intermediação da comunicação entre pessoas surdas e ouvintes os tradutores/ intérpretes de Libras devem, a partir de uma postura ética:

A) Privilegiar a informação para o cliente surdo, pois ele é quem mais necessita de informação.

B) Interpretar somente do português para a Libras, porque os ouvintes podem aprender a Libras.

C) Considerar os diversos níveis da Língua Brasileira de Sinais bem como da Língua Portuguesa que os usuários da interpretação possam apresentar durante a comunicação.

D) Manter sempre uma fala formal e rebuscada, independente das pessoas envolvidas na interpretação e do seu nível de entendimento das línguas.

E) Complementar a fala do cliente surdo ou responder por ele, para ajudar na comunicação quando ele não souber responder algo.

C) Considerar os diversos níveis da Língua Brasileira de Sinais bem como da Língua Portuguesa que os usuários da interpretação possam apresentar durante a comunicação.

Fonte: Código de Ética

(QUADROS – MEC/SEESP, 2007, p. 31-40)

Questão 12:

Durante o transcurso da interpretação o tradutor/ intérprete de língua de sinais deve ser profissional e manter uma conduta adequada para cada espaço de interpretação, portanto é correto dizer que:

A) Deve manter atitude imparcial, evitando interferências e opiniões próprias, a menos que seja requerido pelo grupo a fazê-lo.

Page 6: Gabarito   intérprete de libras

A) O intérprete deve manter atitude imparcial, evitando interferências e opiniões próprias, a menos que seja requerido pelo grupo a fazê-lo.

B) O intérprete deve encorajar pessoas surdas a buscarem decisões legais ou outras em seu favor.

C) O intérprete pode aceitar qualquer tarefa de interpretação se for convidado, independentemente do seu nível de competência linguística para assumir determinados trabalhos.

D) O intérprete deve interpretar somente de forma literal, evitando assim desvios e infidelidade na interpretação.

E) Não é adequado ao intérprete pedir assistência de outros intérpretes em palestra técnicas, ele deve trabalhar sozinho e deve superar suas próprias dificuldades.

Fonte: Código de Ética

(QUADROS – MEC/SEESP, 2007, p. 31-40)

Questão 13:

Na interpretação educacional nos primeiros anos do ensino fundamental, o intérprete percebe que o aluno não compreendeu um conceito que foi transmitido, isso se dá em decorrência desses alunos quase sempre estarem em fase de aquisição de língua e/ou pela divergência de experiências culturais e conhecimento de mundo, neste caso o intérprete, adotando uma postura ética, assinale a alternativa que indica qual conduta o intérprete deve manter:

A) O intérprete continua interpretando acompanhando os conteúdos independentemente do grau de dificuldade e de entendimento dos alunos sobre os conceitos mais importantes da aula.

B) O intérprete para a interpretação e conversa com o aluno e pede para ele copiar, já que aquele ele não vai entender mesmo.

C) O intérprete continua interpretando tentando criar enunciações que façam sentido de acordo com o nível de língua, linguagem e conhecimento de mundo do aluno surdo, caso não seja suficiente, interrompe a aula e pede ajuda ao professor, solicita que ele explique novamente o conceito.

D) Explica do seu jeito, dá exemplos, enquanto a aula corre paralelamente com outros conteúdos, pois se o aluno não aprender aquele conceito não vai aprender mais nada.

E) O intérprete reclama com o professor que está difícil de fazer o seu trabalho, pois o aluno não sabe língua de sinais e tem pouco conhecimento de mundo.

C) O intérprete continua interpretando tentando criar enunciações que façam sentido de acordo com o nível de língua, linguagem e conhecimento de mundo do aluno surdo, caso não seja suficiente, interrompe a aula e pede ajuda ao professor, solicita que ele explique novamente o conceito.

Fonte:

O intérprete de língua de sinais no ensino fundamental

(LACERDA, 2009, p.61-79)

Questão 14:

“A atuação do Intérprete de Língua de Sinais, tanto na educação infantil quanto na etapa inicial do ensino fundamental, se mostra muito complexa” (LACERDA, 2009, p.84). Assinale a alternativa pertinente a esta situação

A) É comum o professor delegar ao intérprete a responsabilidade de assumir o ensino dos conteúdos para os alunos surdos, o intérprete deve fazê-lo incondicionalmente.

B) As crianças em fase de aquisição de linguagem conseguem assimilar e construir todos os conceitos interpretados nas aulas, isso torna o trabalho do intérprete educacional uma

E) Existem especificidade na atuação do intérprete educacional nos diferentes níveis de ensino, necessidade de conhecimentos pontuais, uso de diferentes estratégias de acesso e de fornecer a informação a criança, participação do planejamento escolar, entre outras.

O papel de Intérprete de língua

Page 7: Gabarito   intérprete de libras

tarefa fácil.

C) Os alunos da educação infantil sabem distinguir perfeitamente o papel do professor e do intérprete na sala de aula, portanto o intérprete não precisa se preocupar com isso.

D) O intérprete não necessita de formação específica para atuar no espaço educacional, a situação de sala de aula é correspondente às demais áreas de interpretação.

E) Existem especificidades na atuação do intérprete educacional nos diferentes níveis de ensino, necessidade de conhecimentos pontuais, uso de diferentes estratégias de acesso e de fornecer a informação a criança, participação do planejamento escolar, entre outras.

de sinais na educação infantil e no ensino fundamental.

(LACERDA, 2009, p.82-85).

Processos de tradução/interpretação (6)

Questão 15:

Na interpretação educacional, o tradutor se depara com diferentes gêneros discursivos, explicação de conteúdo, explicação de enunciados e orientações de atividades, chamada de atenção aos alunos, orientações para avaliação, etc. Na perspectiva de que os alunos surdos devem ter acesso aos conteúdos escolares e também a construção de conhecimento de mundo na escola é correto afirmar que:

A) Além das questões linguísticas envolvidas nos discursos, o intérprete deve estar atento ás realidade extralinguística do discurso, portanto deve interpretar qualquer tipo de discurso na sala de aula, considerando o nível de relevância e de dificuldade da informação dada.

B) Em uma situação de interpretação da explicação de atividade o intérprete educacional deve optar pela interpretação uma única vez, sem reiteração, pois o aluno deve estar atento, e depois ele pode ler o enunciado da atividade em seu material.

C) Na interpretação da explicação de conteúdo o intérprete deve ater-se à fala do professor, sem interpretar perguntas e dúvidas dos alunos ouvintes.

D) Quando o professor chama a atenção dos alunos da sala, o intérprete somente interpreta se a mensagem for direcionada para o aluno surdo.

E) O intérprete educacional deve ater-se na informação linguística e nos procedimentos de interpretação, portanto dedica-se exclusivamente ao estudo das línguas a nível lexical.

A) Além das questões linguísticas envolvidas nos discursos, o intérprete deve estar atento ás realidade extralinguística do discurso, portanto deve interpretar qualquer tipo de discurso na sala de aula, considerando o nível de relevância e de dificuldade da informação dada.

Os gêneros discursivos em livro didático Para surdos: análise dos procedimentos Tradutórios aplicados de português para Libras.

(SANTOS In: ALBRES; SANTIAGO, 2012, p. 30-50)

Questão 16:

“Qualquer ato de interpretação e de tradução implica uma participação ativa no evento discursivo pelo tradutor-intérprete, que, por esse motivo, não pode ser considerado simples intermediário imparcial do processo discursivo, permanecendo na fronteira entre duas línguas em diálogo” (ALMEIDA; LODI, 2010, p.100), mediante ao exposto é correto afirmar que:

A) No processo de tradução/ interpretação decisões devem ser tomadas pelos tradutores/ intérpretes para garantir a transmissão da completude da mensagem com foco no sentido e também com o objetivo de manter o tipo de discurso

A) No processo de tradução/ interpretação decisões devem ser tomadas pelos tradutores/ intérpretes para garantir a transmissão da completude da mensagem com foco no sentido e também com o objetivo de manter o tipo de discurso do locutor.

Gêneros discursivos da esfera acadêmica e prática de tradução-interpretação Libras-

Page 8: Gabarito   intérprete de libras

do locutor.

B) O processo de tradução/ interpretação exige essencialmente do intérprete conhecimento lexical do assunto a ser interpretado.

C) O tradutor/ intérprete deve ser fiel à mensagem original, mantendo sempre metáforas e estilo da língua de partida para a língua alvo.

D) O tradutor/intérprete é um simples intermediário do processo discursivo transmitido da língua de partida para a língua alvo

E) Para o processo de tradução/ interpretação, faz-se necessário especificamente o conhecimento de diferentes línguas e linguagens, mas a construção de sentido não depende do tradutor/ intérprete, pois ele deve ser estritamente imparcial.

Português: reflexões. (ALMEIDA; LODI, 2010, p. 89-103)

Questão 17:

“A tradução/ interpretação do português para a Libras ou vice-versa, aproximadas duas línguas de modalidades distintas. A diferença de estrutura e de produção-percepção entre as essas línguas acarreta aos seus “falantes” condições de conhecimento de mundo ainda mais diverso e singular, que refletem no contexto que influencia a materialidade da tradução” (SANTIAGO, 2012, p. 32), portanto é correto afirmar que:

A) O português é uma língua de modalidade oral-auditiva e a Libras uma língua de modalidade gestual-visual, mas isso não implica em nada no resultado da interpretação.

B) O português é uma língua de modalidade oral-visual e a Libras uma língua de modalidade gestual-visual.

C) A tradução/ interpretação deve considerar as condições linguísticas e extralinguísticas em que as línguas e seus falantes estão envolvidos.

D) A diferença de modalidade de língua existe nas mais diversas situações de interpretação, o português é oral-auditivo e a Libras é oral-visual.

E) A Libras e o português são de mesma modalidade, pois são usadas no mesmo país, o Brasil.

C) A tradução/ interpretação deve considerar as condições linguísticas e extralinguísticas em que as línguas e seus falantes estão envolvidos.

Português e libras em diálogo: Os procedimentos de tradução e o campo do Sentido.

(SANTIAGO In: ALBRES; SANTIAGO, 2012, p. 30-50)

Questão 18:

Na tradução/ interpretação que envolve línguas orais e línguas de sinais, o procedimento técnico de reconstrução de períodos é muito comum. Assinale a alternativa correta:

A) Esta prática permite melhorar falhas na organização de uma língua para outra, da Libras para o português ou vice-versa.

B) Este procedimento só acontece na interpretação de línguas de sinais para línguas orais e vice-versa.

C) A reconstrução de períodos só pode ser usada em discursos informais, portanto não sendo uma prática na interpretação educacional.

D) A reconstrução de períodos é um procedimento muito

E) Este procedimento consiste em redividir e reagrupar períodos e orações do texto original para a língua alvo, comumente na Libras vemos o uso da pergunta retórica como aparato para esse procedimento.

Português e libras em diálogo: Os procedimentos de tradução e o campo do Sentido.

(SANTIAGO In: ALBRES; SANTIAGO, 2012, p. 30-50)

Page 9: Gabarito   intérprete de libras

complexo e exige muito do tradutor-intérprete, por isso não é muito utilizada.

E) Este procedimento consiste em redividir e reagrupar períodos e orações do texto original para a língua alvo, comumente na Libras vemos o uso da pergunta retórica como aparato para esse procedimento.

Questão 19:

Uma possibilidade no processo de interpretação educacional/ acadêmica é a utilização do procedimento de Transferência com Explicação tentando atender a necessidade do aluno surdo de ter acesso a terminologia específica em português e ao mesmo tempo construir um conceito a partir da interpretação em língua de sinais. Assinale a alternativa correta a partir do conceito apresentado.

A) A transferência parte da língua alvo para a língua de partida, aproveitando os sinais específicos das disciplinas.

B) Este procedimento pode ser utilizado, mas não representa na interpretação uma escolha mediante a condição bilíngue em que o aluno surdo está inserido.

C) A transferência consiste em criar sinais para as palavras específicas de cada conteúdo ou disciplina.

D) O procedimento de transferência com Explicação consiste na soletração manual da palavra da língua alvo e em seguida uma breve explicação do termo em língua de sinais.

E) A transferência deve ser feita sempre que o tradutor/ intérprete não conhecer um sinal para os termos específicos de cada disciplina.

D) O procedimento de transferência consiste na soletração manual da palavra da língua alvo e em seguida uma breve explicação do termo em língua de sinais.

Português e libras em diálogo: Os procedimentos de tradução e o campo do Sentido.

(SANTIAGO In: ALBRES; SANTIAGO, 2012, p. 30-50)

Questão 20:

A interpretação educacional ou acadêmica pode fazer uso de duas principais modalidades de interpretação, a consecutiva e/ ou a simultânea. Segundo (LACERDA, 2009) é correto firmar que:

A) A modalidade consecutiva não é mais utilizada, somente serve de exercício para formação de novos intérpretes.

B) A modalidade consecutiva é aquela em que o intérprete escuta um longo trecho do discurso, toma notas, e após a conclusão significativa do trecho toma a palavra e repete todo o discurso. Esta é a modalidade que leva menos tempo e, portanto, a mais usada em palestras.

C) A modalidade simultânea só é utilizada na interpretação entre línguas orais, por exemplo, a interpretação do português para o inglês.

D) A modalidade simultânea é mais comumente observa da em grandes eventos e conferências e em sala de aula, pois ela quase nada interfere no tempo de apresentação dos locutores.

E) A interpretação simultânea só é possível se houver cabines com equipamento de recepção do som e microfones.

D) A modalidade simultânea é mais comumente observa da em grandes eventos e conferências e em sala de aula, pois ela quase nada interfere no tempo de apresentação dos locutores.

Interpretação/ tradução: história, limites e possibilidades.

(LACERDA, 2009, p.11-21).

Bibliografia

ALBRES, Neiva de Aquino. Surdos & Inclusão Educacional. Petrópolis, RJ: Editora Arara Azul, 2010.

Page 10: Gabarito   intérprete de libras

ALBRES, Neiva de Aquino. Mesclagem de voz e tipos de discursos no processo de interpretação da língua de sinais para o português oral. In: QUADROS, Ronice Müller (org.). Cadernos de Tradução. Volume Especial: Tradução e Interpretação de Línguas de Sinais, 2010. Disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/2175-7968.2010v2n26p291

ALBRES, Neiva de Aquino. Processos de produção e legitimação de saberes para o currículo de pós em libras na formação de intérpretes. para uma especialização? In: Anais do Congresso de Tradutores intérpretes de Língua de sinais – UFSC. Novembro de 2010. http://www.congressotils.cce.ufsc.br/pdf/Neiva%20de%20Aquino%20Albres.pdf

ALBRES, Neiva de Aquino e SANTIAGO, Vânia de Aquino Albres Santiago (organizadoras). Libras em estudo: tradução/interpretação. São Paulo: FENEIS, 2012. 219 p. (Série Pesquisas). Disponível em: http://www.feneissp.org.br/index.php?ps=e-book

BRASIL, Ministério da Educação. Decreto nº 5626 de 22 de setembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

BRASIL, Ministério da Educação. Lei nº 10436 de 24de abril de 2009. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento elaborado pelo Grupo de Trabalho nomeado pela Portaria Ministerial nº 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela Portaria nº 948, de 09 de outubro de 2007.

CAPOVILLA, F. C. e RAPHAEL, W. D. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilíngue da Língua de Sinais Brasileira, Vol. I e II: Sinais de A à Z. Ilustração: Silvana Marques. São Paulo:Editora da Universidade de São Paulo, 2001.

FARIA, Sandra Patrícia. Metáfora na LSB: por debaixo dos panos ou a um palmo de nosso nariz?. ETD. Educação Temática Digital, http://143.106.58.55/revista/v, v. 07, n. 02, 2006. Disponível em: http://www.fae.unicamp.br/revista/index.php/etd/article/view/1641

LACERDA, Cristina B.F. de. Um pouco da história das diferentes abordagens na educação dos surdos. Cad. CEDES [online]. 1998, vol.19, n.46 [citado 2012-02-15], pp. 68-80 . Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32621998000300007&lng=pt&nrm=iso

LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. Intérprete de libras em atuação na educação infantil e no ensino fundamental. Porto Alegre: Editoria Mediação, 2009.

LODI, Ana Claudia Balieiro; ALMEIDA, Elomena Barbosa de. Gêneros discursivos da esfera acadêmica e prática de tradução-interpretação Libras-Português: reflexões. Tradução e Comunicação (Cessou em 1986), v. 20, p. 89-103, 2010. http://sare.unianhanguera.edu.br/index.php/rtcom/article/view/1965

QUADROS, Ronice Müller de. Educação de Surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 2010.