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0 FACULDADE IMED CURSO DE ODONTOLOGIA GABRIEL RIZZO PREVALÊNCIA DE COMPLICAÇÕES NO POSICIONAMENTO DE IMPLANTES DENTÁRIOS: ESTUDO TRANSVERSAL PASSO FUNDO 2021

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FACULDADE IMED

CURSO DE ODONTOLOGIA

GABRIEL RIZZO

PREVALÊNCIA DE COMPLICAÇÕES NO POSICIONAMENTO DE

IMPLANTES DENTÁRIOS: ESTUDO TRANSVERSAL

PASSO FUNDO

2021

1

GABRIEL RIZZO

PREVALÊNCIA DE COMPLICAÇÕES NO POSICIONAMENTO DE

IMPLANTES DENTÁRIOS: ESTUDO TRANSVERSAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado pelo

acadêmico de Odontologia Gabriel Rizzo, da

Faculdade IMED como requisito indispensável

para a obtenção de grau em Odontologia.

PASSO FUNDO

2021

2

GABRIEL RIZZO

PREVALÊNCIA DE COMPLICAÇÕES NO POSICIONAMENTO DE

IMPLANTES DENTÁRIOS: ESTUDO TRANSVERSAL

Orientadora: Prof. Dra. Lilian Rigo

Co-orientador: Prof. Dr. Leandro Cericato

PASSO FUNDO

2021

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RESUMO

Introdução: O uso de implantes dentários se consolidou como o tratamento reabilitador que

mais fornece benefício para indivíduos edêntulos e parcialmente desdentados, atingindo

elevados índices estéticos e funcionais, porém, mesmo sendo um tratamento previsível e um

procedimento seguro, não está livre de falhas e intercorrências. A tomografia computadorizada

de feixe cônico (TCFC) é uma ótima ferramenta para avaliação dos implantes dentários após a

sua instalação. Objetivos: O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de complicações no

posicionamento de implantes dentários e as regiões bucais mais acometidas em indivíduos que

realizaram diagnóstico em um Centro de Radiologia através de Tomografias Computadorizadas

de Feixe Cônico (Cone Beam). Metodologia: O delineamento do estudo é transversal, cuja

amostra censitária foram as imagens tomográficas e os respectivos laudos de 590 implantes

dentários de 230 indivíduos no período de 2017 a 2020. Os achados de relevância clínica na

área de implantodontia considerados como complicações no posicionamento foram: rosca

exposta, distância mínima entre implante e dente adjacente violada, distância mínima entre dois

implantes adjacentes violada e o contato do implante com as estruturas anatômicas.

Resultados: Dos 230 pacientes registrados no banco de dados, 64,3% (148) eram do sexo

feminino e 35,7% (82) do sexo masculino com média de 57 (DP ± 11,7) anos de idade. Entre

as variáveis analisadas, a complicação mais prevalente foi a exposição da rosca (54,7%),

seguido do contato do implante com as estruturas anatômicas (15,9%) – mais frequente no seio

maxilar (50%) -, distância recomendada entre dois implantes adjacentes violada (15,3%) e

distância recomendada entre implante e dente violada (10,8%). Na comparação entre o

posicionamento dos implantes e as regiões da boca, a maior parte dos implantes mal

posicionados se encontravam instalados na região posterior da maxila, seguida da região

anterior da maxila, região posterior da mandíbula e região anterior da mandíbula. Conclusão:

Os achados deste estudo descrevem a exposição da rosca na região anterior da mandíbula como

a complicação no posicionamento de implante dentário mais prevalente.

Palavras-chave: Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico. Diagnóstico por imagem.

Implantodontia. Odontologia.

4

ABSTRACT

Introduction: The use of dental implants has established itself as the rehabilitation treatment

that provides the most benefit to edentulous and partially edentulous individuals, reaching high

aesthetic and functional rates, however, even though it is a predictable treatment and a safe

procedure, it is not free from failures and complications. Cone beam computed tomography

(CBCT) is an excellent tool for evaluating the malposition of dental implants after their

installation. Objectives: The aim of this study was to evaluate the prevalence of complications

in the positioning of dental implants and the most affected oral regions in individuals who

underwent diagnosis in a Radiology Center through Cone Beam Computed Tomography (Cone

Beam). Methodology: The study design is cross-sectional, whose census sample consisted of

tomographic images and respective reports of 590 dental implants from 230 individuals in the

period 2017 to 2020. The findings of clinical relevance in the field of implantology considered

as complications in positioning were: exposed thread, minimum distance between implant and

violated adjacent tooth, minimum distance between two adjacent implants violated and implant

contact with anatomical structures. Results: Of the 230 patients registered in the database,

64.3% (148) were female and 35.7% (82) were male with a mean age of 57 (SD ± 11.7) years

old. Among the variables analyzed, the most prevalent complication was the exposure of the

thread (54.7%), followed by the contact of the implant with the anatomical structures (15.9%)

- more frequent in the maxillary sinus (50%) -, recommended distance between two adjacent

implants violated (15.3%) and recommended distance between implant and violated tooth

(10.8%). When comparing the positioning of the implants and the regions of the mouth, most

of the badly positioned implants were installed in the posterior region of the maxilla, followed

by the anterior region of the maxilla, the posterior region of the mandible and the anterior region

of the mandible. Conclusion: The findings of this study describe the exposure of the thread in

the anterior region of the mandible as the most prevalent complication in dental implant

placement.

Key Words: Cone-Beam Computed Tomography. Diagnosis by image. Implantology.

Dentistry.

5

APRESENTAÇÃO

Acadêmico

Nome: Gabriel Rizzo

E-mail: [email protected]

Telefones: Celular:(54) 99128-2844

Área de Concentração: Odontologia.

Linha de Pesquisa: Fatores ambientais, psicossociais, sistêmicos e locais em diferentes

desfechos odontológicos.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................... 7

2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 9

3 METODOLOGIA.................................................................................................. 10

3.1 DELINEAMENTO E AMOSTRA DE ESTUDO ................................................. 10

3.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA DE DADOS.......................................... 10

3.3 VARIÁVEIS EM ESTUDO.................................................................................... 11

3.4 ANÁLISE DOS DADOS........................................................................................ 13

4 RESULTADOS...................................................................................................... 14

5 DISCUSSÃO......................................................................................................... 17

6 CONCLUSÃO...................................................................................................... 21

REFERÊNCIAS...............................................................................................................

22

ANEXO............................................................................................................................. 25

7

1 INTRODUÇÃO

A terapia com implantes dentários se tornou um tratamento odontológico bem

estabelecido, fornecendo benefícios para os indivíduos edêntulos e parcialmente desdentados.

Apesar do edentulismo ter declinado desde 2002, este ainda continua sendo um problema de

saúde pública mundial, afetando adultos e idosos (Romanos et al., 2019). Estudos apontam que

a demanda por tratamentos reabilitadores tende a ser maior, uma vez que há maior expectativa

de vida e assim, um aumento populacional dos idosos (Zavanelli et al., 2011).

Dentre os tratamentos reabilitadores, os implantes dentários conseguem atingir elevados

índices estéticos e funcionais após perdas dentárias, mesmo que a taxa de sobrevivência dos

implantes ainda não se iguala aos dentes naturais (Pjetursson et al., 2018). Contudo, atualmente,

os implantes dentários são procedimentos seguros e consagrados na Odontologia, tendo sua

utilização descrita como uma técnica alternativa previsível, que cada vez mais é utilizada na

substituição dos elementos perdidos, com taxa de sucesso superior a 90%, porém, mesmo sendo

previsível, as complicações decorrentes da instalação são consideradas como um dos maiores

desafios para os cirurgiões dentistas (Raikar et al., 2017).

Falhas e intercorrências no tratamento reabilitador com implantes orais fazem com que

o tempo terapêutico aumente, além de acrescentar custos adicionais, desconforto para o paciente

e constrangimento para o cirurgião dentista. Esses acometimentos podem causar danos graves,

desde a perda do implante devido à falta de osseointegração, até sangramentos e obstrução das

vias aéreas. Porém, a instalação de implantes osseointegráveis é considerado o procedimento

cirúrgico que mais oferece benefício para as pessoas edêntulas (Alves et al., 2017). A presença

de complicações pode não ser percebida logo após a instalação dos implantes, podendo essa ser

classificada como falha precoce ou tardia. Dentre as principais complicações, é possível incluir

a violação da distância mínima recomendada entre dois implantes adjacentes ou entre um

implante e um dente, lesões às estruturas anatômicas, transfixação e/ou exteriorização nas

corticais ósseas e outras (Clark et al., 2017).

O uso de Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico (TCFC) além de auxiliar na

detecção do mal posicionamento dos implantes após sua instalação, tem como principal papel

o auxílio no planejamento prévio à instalação dos mesmos (Jacobs et al., 2018). A visualização

em formato 3D das cristas ósseas permite aos cirurgiões dentistas uma fácil identificação das

estruturas anatômicas e suas anomalias. Isso permite que cada caso seja discutido de forma

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individual e possa se gerar um plano de tratamento único, diminuindo drasticamente as chances

de causar alguma lesão às estruturas anatômicas ou posicionar de forma errônea o implante no

momento da instalação (Omami et al., 2019).

Poucos são os estudos científicos que apresentam dados informativos relacionados à

prevalência de complicação no posicionamento dos implantes dentários em TCFC. Deste modo,

o presente estudo tem a intenção de relatar dados de pacientes que frequentaram um Centro de

Radiologia, observando as complicações no posicionamento dos implantes dentários ocorridos

durante o procedimento de instalação, a fim de conhecer os principais problemas e planejar

maneiras para evitar as situações descritas neste estudo.

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2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência de complicações no posicionamento

de implantes dentários em indivíduos que realizaram diagnóstico oral em um Centro de

Radiologia através de Tomografias Computadorizadas de Feixe Cônico (Cone Beam).

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar a prevalência de complicações no posicionamento de implantes dentários: rosca

do implante exposta; distância entre implante e dente adjacente e distância entre dois implantes

adjacentes violada e contato do implante com as estruturas anatômicas.

Avaliar as regiões bucais mais acometidas pelas complicações no posicionamento dos

implantes dentários.

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3 METODOLOGIA

A pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da

Faculdade IMED, sob número de parecer 3.313.622, CAAE 11113119.0.0000.5319, na data de

08/05/2019.

3.1 DELINEAMENTO E AMOSTRA DE ESTUDO

A pesquisa quantitativa tem delineamento transversal, cuja amostra censitária foram

imagens tomográficas e os respectivos laudos do período de 2017 a 2020. Após a análise de

todos os documentos, foram selecionados apenas os que continham implantes dentários,

excluindo todos os que possuíam somente áreas dentadas ou que não permitiam uma

visualização nítida de todo o implante, totalizando 590 implantes dentários de 230 indivíduos

que frequentaram o Centro de Radiologia para fins de diagnóstico.

O estudo foi realizado no Centro de Radiologia Radiolab, localizado na cidade de Passo

Fundo, na região Norte do Rio Grande do Sul, Brasil. A cidade possui 203.275 habitantes de

forma estimada, sendo considerada a maior cidade da região Norte (IBGE, 2019).

As imagens tomográficas dispostas foram realizadas no aparelho

Ortopantomograph™op 3D pro da marca Kavo, e o programa utilizado na visualização das

tomografias foi o DentalSlice 2017G.

3.2 PROCEDIMENTOS PARA A COLETA DE DADOS.

Toda a análise dos exames feitos através da TCFC foi realizada por um único operador

devidamente treinado, tendo como base as imagens dos exames tomográficos e os laudos

descritos por uma Especialista em Radiologia odontológica e imaginologia. A análise se deu

através de cortes tomográficos sagitais, axiais e coronais, onde o plano sagital divide o corpo

em metade esquerda e direita, o plano axial divide o corpo em metade superior e inferior e o

coronal divide o corpo humano em metade anterior e posterior. Para a coleta dos dados desta

pesquisa, um operador foi treinado para analisar as TCFC e registrar em um banco de dados as

variáveis de interesse do estudo.

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Os achados de relevância clínica na área de implantodontia considerados como

complicações no posicionamento foram: rosca exposta, distância mínima entre implante e dente

adjacente violada, distância mínima entre dois implantes adjacentes violada e o contato do

implante com as estruturas anatômicas.

3.3 VARIÁVEIS EM ESTUDO

As variáveis analisadas foram: a idade, o sexo, a região anatômica da boca (anterior da

maxila [incisivos e caninos], posterior da maxila [pré-molares e molares], anterior da mandíbula

[incisivos e caninos], e posterior da mandíbula [pré-molares e molares]), e as complicações no

posicionamento dos implantes dentários presentes em todos os laudos e imagens de TCFC. As

complicações no posicionamento analisadas foram:

1. Rosca exposta: presença de descontinuidade da tábua óssea.

2. Distância mínima entre implante e dente adjacente: a distância considerada ideal foi

≥1,5 mm, sendo considerado espaço violado quando menor que isso.

3. Distância mínima entre dois implantes adjacentes: a distância considerada ideal foi

≥3 mm, sendo considerado espaço violado quando menor que isso.

4. Contato do implante com as estruturas anatômicas:

4.1 Fossa Nasal: transfixação e exteriorização do implante dentário na região.

4.2 Seio Maxilar: transfixação e exteriorização do implante dentário na região.

4.3 Nervo Alveolar Inferior: transfixação do implante dentário no canal mandibular,

em contato com o nervo alveolar inferior (com ou sem rompimento do mesmo).

4.4 Fossa Mandibular: transfixação e exteriorização do implante dentário na região,

rompendo a cortical óssea.

4.5 Canal Nasopalatino: transfixação do implante dentário na região.

A seguir estão apresentadas algumas imagens tomográficas, retiradas da própria amostra

do estudo, demonstrando cada uma das complicações no posicionamento analisadas: rosca

exposta (Figura 1), distância mínima entre implante e dente violada (Figura 2), distância

mínima entre dois implantes adjacentes violada (Figura 3) e contato do implante com

estruturas anatômicas: fossa nasal (Figura 4A), seio maxilar (Figura 4B), nervo alveolar

inferior (Figura 4C), fossa mandibular (Figura 4D) e canal nasopalatino (Figura 4E).

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Figura 1- Rosca exposta- Corte transversal. Implante dentário posicionado na região do elemento

46, onde o mesmo apresenta ausência de recobrimento ósseo no terço cervical e médio na região

vestibular e no terço cervical da região lingual.

Figura 2- Distância mínima entre implante e dente violada- Reconstrução panorâmica. Presença de

implante dentário posicionado na região do elemento 14, onde o mesmo apresenta distância de 0.46

mm entre ele e o elemento 13.

13

Figura 3- Distância mínima entre dois implantes adjacentes violada- Reconstrução panorâmica.

Presença de implantes dentários posicionados na região dos elementos 44 e 45, onde a distância entre

os mesmos é de 1,04 mm.

Figura 4- Contato do implante com as estruturas anatômicas- Corte transversal. A) Implante dentário

posicionado na região do elemento 23, com terço apical no interior da fossa nasal. B) Implante dentário

posicionado na região do elemento 25, com terço apical no interior do seio maxilar. C) Implante dentário

posicionado na região do elemento 36, em contato direto com o nervo alveolar inferior. D) Implante

dentário posicionado na região do elemento 36, rompendo a cortical óssea lingual da fossa mandibular.

E) Implante dentário posicionado na região do elemento 21 em comunicação com o canal nasopalatino.

3.4 ANÁLISE DOS DADOS.

Os dados foram organizados em uma planilha do Excel e exportados para o programa

estatístico IBM SPSS® software (Statistical Package for the Social Sciences), Armonk, New

York. Foram realizadas análises descritivas de todas as variáveis descrevendo as frequências

relativas e absolutas. O teste utilizado para a comparação dos achados conforme as quatro

regiões da boca foi o Teste do Qui-quadrado de Pearson ao nível de significância de α = 5%.

14

4 RESULTADOS

Após a aplicação dos critérios, a amostra final composta por exames tomográficos de

230 pacientes demonstrou que 64,3% (148) eram do sexo feminino e 35,7% (82) do sexo

masculino. A média de idade foi de 57 (DP ± 11,7), com mínimo de 19 e máximo de 86 anos

de idade.

A média de implantes dentários foi de 2,6 implantes por paciente, totalizando 590

implantes dentários analisados. Destes, 74,4% (439) apresentavam mal posicionamento e

25,6% (151) estavam bem posicionados.

Na comparação entre o posicionamento dos implantes e as regiões da boca, a maior parte

dos implantes mal posicionados se encontravam instalados na região posterior da maxila (177,

40,3%), seguida da região anterior da maxila, região posterior da mandíbula e região anterior

da mandíbula. Os resultados encontram-se na Tabela 1.

Tabela 1- Posicionamento dos implantes dentários (bem e mal posicionado), conforme as

regiões da boca (n=590 implantes dentários).

Região da boca

Posicionamentos

Total

Bem

posicionados

Mal

posicionados

Anterior maxilar 32(21,2%) 146(33,3%) 178(54,5%)

Anterior mandibular

9(6,0%) 31(7,1%) 40(13,1%)

Posterior maxilar

66(43,7%) 177(40,3%) 243(84,0%)

Posterior mandibular

44(29,1%) 85(19,4%) 129(48,5%)

Entre as variáveis analisadas, a complicação com maior prevalência encontrada em

todas as imagens foi a rosca exposta, com 54,7% (323), seguido do contato do implante com as

estruturas anatômicas, distância recomendada entre dois implantes adjacentes violada e

distância recomendada entre implante e dente violada. Os resultados estão dispostos na Tabela

2.

15

Tabela 2 - Distribuição das variáveis descritivas encontradas nas Tomografias

Computadorizadas de Feixe Cônico disponíveis na base de dados (n=590).

VARIÁVEIS

N

%

Rosca exposta

Sim 323 54,7

Não 267 45,3

Contato do Imp. com as estruturas

Sim 94 15,9

Não 496 84,1

Dist. Entre dois Implantes adjacentes

Violada 90 15,3

Não Violada 500 84,7

Dist. Entre Implante e Dente

Violada 64 10,8

Não Violada 526 89,2

Em relação a rosca exposta, a maior frequência foi na região anterior da mandíbula,

quando comparado com as regiões posteriores e a região anterior da maxila (70%). A região de

maior prevalência da distância recomendada entre implante e dente violada foi a anterior

maxilar (14%). Da mesma forma, ao analisar a distância violada entre dois implantes

adjacentes, a maior frequência foi na região anterior da maxila (24,7%). Em relação ao contato

dos implantes com as estruturas anatômicas, a região mais acometida foi a posterior da maxila

(22,6%). Os resultados apresentam-se na Tabela 3.

Tabela 3 – Comparação entre as complicações no posicionamento dos implantes dentários

analisados no estudo, segundo as regiões da boca (n=439 implantes dentários).

1.Anterior

Maxilar

N (%)

3. Posterior

Maxilar

N (%)

4. Anterior

Mandibular

N (%)

2.Posterior

Mandibular

N (%)

Total

*P

Rosca exposta

103 (57,9)

118(48,6)

28(70)

74(57,4)

323 (54,7)

0,036

Distância entre

implante e

dente violada

25(14)

30(12,3)

1(2,5)

8(6,2)

64(10,8)

0,042

Distância entre

implantes

violada

44(24,7)

32(13,2)

8(2,5)

6(4,7)

90(15,3)

<0,001

Contato

implante e

estruturas

26 (14,6)

55(22,6)

2(5)

11(8,5)

94(15,9)

0,001

Teste do Qui-quadrado de Pearson

*P<0,05 – Estatisticamente significativo.

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Dentre os locais das estruturas anatômicas observados que estavam em contato com os

implantes dentários, a maior prevalência foi no seio maxilar (n=47; 50%), seguido pela fossa

nasal (n=30; 31,9%), conforme Tabela 4.

Tabela 4 – Descrição das frequências das estruturas anatômicas violadas pelos implantes

dentários (n=94 implantes dentários).

Contato do Imp. com as estruturas anatômicas N %

Seio Maxilar

Fossa Nasal

47

30

50

31,9

Nervo Alveolar Inferior 4 4,3

Fossa Mandibular

Canal Nasopalatino

9

4

9,6

4,3

Total 94 100,0

17

5 DISCUSSÃO

Os resultados da análise deste estudo que avaliou a prevalência de complicação no

posicionamento dos implantes dentários utilizando TCFC mostraram que dos 590 implantes,

74,4% estavam instalados de forma insatisfatória, tendo sido a exposição da rosca do implante

dentário responsável por mais da metade dos achados (54,7%), seguido pelo contato do

implante com as estruturas anatômicas (15,9%), distância mínima entre dois implantes

adjacentes violada (15,3%) e por fim, a distância mínima entre implante e dente violada

(10,8%). Contudo, é importante destacar que os pacientes que procuraram o centro de radiologia

estavam em busca de diagnóstico, onde o mal posicionamento pode ter sido a causa do exame,

o que não se assemelha a resultados populacionais.

A prevalência de complicação no posicionamento verificada neste estudo foi semelhante

ao estudo de Ribas et al. (2020), o qual se propôs a analisar os erros de posição dos implantes

dentários associados às estruturas adjacentes e variações anatômicas de 584 implantes dentários

através de TCFC, cujos resultados evidenciaram uma prevalência de 82,9%, sendo que o

principal achado foi a violação da distância mínima entre o implante e os dentes/implantes

adjacentes.

Nesta pesquisa analisamos as regiões da boca, e observamos que a região posterior da

maxila apresentou maior frequência de casos totais de complicações no posicionamento

(40,3%). Muitos desses problemas no posicionamento dos implantes podem estar ligados à

reabsorção óssea que ocorre após a perda dos elementos dentários, uma vez que os molares

costumam ser os dentes que apresentam maior índice de perca precoce (Alrajhi et al., 2020). A

ausência do elemento dentário permite o processo de pneumatização do seio maxilar, fazendo

com que implantodontistas encontrem um desafio no momento da instalação de implantes nessa

região, devido ao pouco remanescente ósseo disponível (Cavalcanti et al., 2018). Nesta

pesquisa, 50% dos casos de implantes dentários em contato com as estruturas anatômicas

encontrados no presente estudo apresentavam-se transfixados no seio maxilar.

A presença de rosca exposta foi verificada em mais da metade dos implantes analisados

nesta pesquisa (54,7%). Compton et al. (2017) avaliaram 1256 implantes de pacientes que

frequentaram uma clínica odontológica cuja prevalência de casos de exposição de rosca foi de

23,3%.

Apesar do número elevado de casos de pacientes com a rosca do implante dentário

exposta, pode não ter sido decorrente apenas do mal posicionamento do implante. Renvert et

al. (2018) apontaram que doenças peri-implantares decorrentes do acúmulo de biofilme, como

18

a peri-implantite, fazem com que o tecido ósseo que recobria o implante venha a se perder e dar

origem à rosca exposta. Além disso, o trauma ocasionado por próteses implanto-suportadas

também pode levar ao aparecimento das roscas do implante no local traumatizado. Chung et al.

(2006) relatam que a exposição dos implantes está comumente interligada às áreas que

apresentam mucosa fina e pouco queratinizada nas situações onde a profundidade do implante

instalado se encontra insatisfatória e destacam que a mucosa queratinizada está interligada à

redução da inflamação gengival e ao acúmulo de placa, uma vez que ela promove uma vedação

biológica ao redor do implante, reduzindo o desconforto e a irritação dos pacientes. Dessa

forma, a presença de roscas expostas na região peri-implantar está sujeita a infecções que

podem causar dor ao paciente, reabsorções ósseas e abscessos no local (Chung et al., 2006,

Wang et al., 2017, Figuro et al., 2014). Além disso, a presença de recessões da mucosa do

implante com exposição das roscas pode afetar significativamente a estética e a satisfação do

paciente (Chackartchi et al., 2019).

Em relação à prevalência de implantes adjacentes violando a distância mínima

recomendada, 15,3% estavam presentes nos casos analisados. A região que apresentava maior

frequência de casos foi a região anterior maxilar, com 24,7% do total. Dessa forma, em áreas

anteriores onde se faz necessária a utilização de vários implantes, é sugerido a utilização de

implantes que possuem diâmetro menor (Froum et al., 2016).

Tarnow et al. (2000) destacam que a distância entre dois implantes adjacentes influencia

o nível de perda óssea, onde há em média uma perda de 1,34 mm na porção mesial dos implantes

e de 1,40 mm na distal. Além disso, a média de perda de altura da crista óssea foi de 0,45 mm

quando os implantes estavam posicionados com 3 mm de distância e de 1,04 mm quando

estavam com distância inferior a 3 mm. Ainda concluem que a distância mínima e segura entre

dois implantes é de no mínimo 3 mm, contribuindo para a criação de uma papila interimplantar

(Tarnow et al., 2000). Em estudo que avaliou de forma histomorfométrica o efeito da distância

entre dois implantes adjacentes na altura da crista óssea, os autores observaram que a perda

óssea mensurada entre a borda da plataforma do implante até a crista óssea não apresentou

diferença significativa em implantes instalados a 2 ou 3 mm de distância entre si (Elian et al.,

2011).

Neste estudo, a violação da distância mínima recomendada entre implante e dente teve

maior frequência na região anterior da maxila (14%), corroborando com o estudo realizado por

Ribas et al. (2020) o qual, a região anterior da maxila também foi a região com maior

frequência. Uma das possibilidades de correção, é a alteração do diâmetro do implante a ser

instalado nessa região, uma vez que há no mercado implantes com diâmetro que variam entre

19

2,9 até 6,0 mm (Yang et al., 2020). Lops et al. (2011) correlacionaram a presença/ausência da

papila interproximal com a distância presente entre implante e dente, e concluíram que quando

a distância foi menor do que 2,5 mm houve ausência da papila em 70% dos casos, concluindo

que a distância horizontal recomendada entre um implante e o dente adjacente deve estar entre

2,5 a 4 mm. Contudo, Wang et al. (2019) não verificaram relação significativa entre a distância

implante-dente e alterações do osso crestal, relatando fatores como procedimento cirúrgico,

manejo protético, escolha do implante e qualidade da coroa como contribuintes para a

modificação dos tecidos moles e duros ao redor dos implantes.

Quando analisadas as estruturas anatômicas violadas, o seio maxilar foi mais prevalente

(50%), seguido pela fossa nasal (31,9%), fossa mandibular (9,3%), nervo alveolar inferior e

canal nasopalatino (ambos com 4,3%). A instalação de implantes dentários na maxila pode

apresentar desafios, uma vez que a penetração dos implantes em estruturas anatômicas

presentes na maxila tem se mostrado alta (Ragucci et al., 2019). Quanto maior for o diâmetro

do canal nasopalatino, maior a incidência de perfuração dele, o que pode levar à ocorrência de

danos no nervo nasopalatino e a perda sensorial da região (Mello et al., 2017).

Implantes deslocados ou com transfixação no interior do seio maxilar e fossa nasal são

interpretados como corpos estranhos, favorecendo o surgimento de complicações como

sinusites, fístula oroantral e até levar a morte (Ahmed et al, 2011, Parvini et al., 2019). Além

disso, o implante também pode se deslocar para outros seios, sendo obrigatória sua remoção,

mesmo que estejam assintomáticos, evitando agravos futuros que podem lesionar estruturas

vitais próximas (Scarano et al., 2011). A falta do planejamento adequado, a inexperiência

cirúrgica ou por se tratar de uma região com baixa densidade óssea parecem colaborar para a

causa de acidentes nessa região (Garcia et al., 2017).

A instalação de implantes dentários é também capaz de gerar compressão ou laceração

do nervo alveolar inferior, sendo um dos acontecimentos mais frequentes na clínica

odontológica (Juodzbalys et al., 2013). Esse tipo de acidente gera transtornos na qualidade de

vida do paciente, influenciando nas atividades orofaciais diárias, como falar, comer e beber,

bem como perda sensorial persistente, dor crônica e até depressão (Leung, 2019). A prevenção

sempre deve ser realizada, onde o operador deve ter conhecimento pleno da anatomia envolvida

na região, saber interpretar os recursos de diagnóstico, além de ter destreza na execução das

técnicas (Dodo et al., 2015).

A detecção de complicações no posicionamento dos implantes dentários se torna uma

tarefa difícil quando utilizado somente a radiografia odontológica convencional, uma vez que

essa apresenta limitações através da projeção bidimensional de uma estrutura tridimensional.

20

Nesse aspecto, a introdução da TCFC (Cone Beam) na Odontologia se tornou uma importante

aliada para os cirurgiões-dentistas. A sua utilização proporciona na implantodontia um melhor

planejamento, reproduzindo medidas como altura, largura e qualidade óssea mais precisas.

Através dessa, conseguimos evitar previamente vários tipos de falhas, bem como a capacidade

de identificar iatrogenias. (Nogueira et al., 2012).

Quando comparada ao raio-x convencional, esta apresenta três vantagens básicas: a

primeira é que as informações tridimensionais se apresentam na forma de diversos cortes finos

da estrutura interna da parte estudada. A segunda vantagem se dá na facilidade da diferenciação

dos tipos de tecidos analisados, auxiliando no delineamento e estudo das estruturas. Como

terceira vantagem, está a manipulação das imagens de forma digital após a completa varredura,

tal como ajuste do brilho e contraste (Rodrigues, 2007).

Uma das limitações do presente estudo foi o fato dos dados serem obtidos através de

imagens tomográficas e seus respectivos laudos, impossibilitando a avaliação os dados clínicos

dos pacientes, fazendo com que dados fundamentais para a formação definitiva de um

diagnóstico não fossem apresentados. Além disso, a qualidade das imagens dispostas pelo

aparelho tomográfico limitou determinadas análises tomográficas, não sendo possível observar

todas as variáveis necessárias para a inclusão dos dados no estudo, levando as mesmas à

exclusão. No entanto, os resultados e dados descritivos de prevalência obtidos neste trabalho

podem ser utilizados em futuros estudos para testar hipóteses e responder a perguntas.

As complicações no posicionamento apresentadas neste estudo destacam a necessidade

do aperfeiçoamento clínico dos cirurgiões dentistas, visto que esse tipo de falha na

implantodontia pode acarretar, em sua maioria, no insucesso do tratamento com a perda do

implante dentário. É possível também que implantodontistas lancem mão do uso de técnicas

previsíveis, como o planejamento reverso associado à cirurgia guiada, uma vez que essas

proporcionam segurança e precisão no momento da instalação dos implantes.

Outro fato relevante é a necessidade da substituição das radiografias convencionais

(panorâmica e periapicais) pela Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico nas etapas de

planejamento e diagnóstico. Assim, um bom diagnóstico sobre as complicações no

posicionamento mais frequentes e o insucesso no tratamento reabilitador com implantes

dentários pode auxiliar na melhoria das técnicas e dos métodos de instalação dos implantes

dentários, aumentando os índices de sucesso clínico.

21

6 CONCLUSÕES

A partir das imagens dos implantes dentários avaliadas pelas TCFC (Cone Beam) foi

possível verificar achados relevantes para a prática clínica odontológica:

➢ dentre as complicações no posicionamento dos implantes dentários, as que apresentaram

maior prevalência foram a exposição da rosca do implante, seguido do contato do

implante com as estruturas anatômicas, distância mínima entre dois implantes

adjacentes violada e distância mínima entre implante e dente adjacente violada,

respectivamente;

➢ na comparação entre o posicionamento dos implantes pelas regiões da boca, a maior

parte dos implantes mal posicionados se encontravam instalados na região posterior da

maxila, seguida da região anterior da maxila, região posterior da mandíbula e região

anterior da mandíbula;

➢ rosca exposta do implante foi mais frequente na região anterior da mandíbula; violação

da distância mínima entre dente e implante e entre dois implantes adjacentes ocorreu

mais na região anterior da maxila; e contato dos implantes com as estruturas anatômicas

na região posterior da maxila;

➢ dentre os locais das estruturas anatômicas em contato com os implantes dentários, a

maior prevalência foi no seio maxilar, seguido pela fossa nasal, nervo alveolar inferior,

fossa mandibular e canal nasopalatino.

22

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Fatores locais e sistêmicos relacionados aos pacientes que podem afetar a osseointegração.

Rev Gaúcha Odontol. 2011 Jan-Jun;59(0):133-146.

25

ANEXO

Aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade IMED

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