Gabriel Vogas · 2018. 12. 10. · Jogo em andamento.....121 10. Prorrogação ... Na sequência...
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REGRAS DO FUTEBOLA história da evolução das regras
do futebol e novas propostas para elas
Gabriel Vogas
ProduçãoIndependente
Gabriel Vogas
REGRAS DO FUTEBOLA história da evolução das regras
do futebol e novas propostas para elasA história da evolução das regras
do futebol e novas propostas para elas
Edição de junho de 20181ª em formato de livro
Árbitros e auxiliares erram em todo
o mundo, principalmente depois que
as câmeras de TV passaram a mostrar
os detalhes em vários ângulos.
Penso que as falhas, somente pelas
imagens da televisão, não são erros.
São limitações humanas,
impossíveis de serem evitadas.
(Tostão, ex-jogador e colunista)
Regras do futebol6
Agradecimentos
Antes de começar
À minha família, por tudo que fizeram por mim, inclusive por me
passarem o amor ao futebol e ao esporte como um todo.
A todos meus companheiros de debate esportivo.
Em especial a Lucas Albani, pelas parcerias em peladas e pesquisas.
A Roberto Baggio, pela alegria que me deu em 1994.
E, principalmente, a Cínthia Ferreira, minha grande incentivadora.
7
INTRODUÇÃO ..............................................................................11
EVOLUÇÃO HISTÓRICA............................................................15
As 14 regras originais de 1863 ...............................................17
A evolução ao longo dos anos ...............................................20
REGRAS ATUAIS .........................................................................27
NOVAS PROPOSTAS...................................................................31
1. Campo de jogo ......................................................................33
1.1. Dimensões .........................................................................35
1.2. Faixas do campo................................................................38
2. Equipe de arbitragem.........................................................41
2.1. Novas funções ...................................................................43
2.2. Sinalização numérica........................................................45
3. Tempo de jogo ......................................................................51
3.1. Cronometragem................................................................53
3.2. Encerramento do jogo ......................................................56
3.3. Intervalo extra ..................................................................58
4. Fora de campo......................................................................61
4.1. Toque no solo ....................................................................63
5. Impedimento .......................................................................67
5.1. Exclusão do goleiro da regra..............................................69
5.2. Nova área do impedimento ...............................................72
5.3. Quando parar a jogada ......................................................75
6. Infrações ...............................................................................79
6.1. Local da falta......................................................................81
6.2. Falta na área defensiva .....................................................83
Regras do futebol
Sumário
8
Sumário
6.3. Reposição de bola do goleiro.............................................85
6.4. Tiro indireto na área ofensiva ...........................................87
6.5. Mão na bola.......................................................................89
6.6. Infração de zona morta .....................................................93
7. Advertências ........................................................................97
7.1. Cartão azul.........................................................................99
7.2. Cartão azul e cartão preto ................................................102
8. Penalidade máxima..........................................................107
8.1. Procedimento do pênalti .................................................109
8.2. Zona do goleiro ................................................................111
9. Substituições ......................................................................115
9.1. Aumento do número ........................................................117
9.2. Substituições na prorrogação..........................................119
9.3. Jogo em andamento ........................................................121
10. Prorrogação .....................................................................125
10.1. Cronometragem.............................................................127
10.2. Morte súbita ..................................................................129
10.3. Gol fora de casa ..............................................................131
10.4. Redução de jogadores....................................................133
11. Uso de tecnologia .............................................................137
11.1. Solicitado pelo árbitro ....................................................139
11.2. Desafio............................................................................141
11.3. Sem solicitação ..............................................................144
CONCLUSÃO ..............................................................................149
SOBRE O AUTOR .......................................................................152
9
INTRODUÇÃO
1
Regras do futebol12
Um esporte em evolução
Há o mito que o futebol é um dos esportes que menos inovou, ou
sequer testou novas regras durante sua história. Bom, se isso não é
completamente verdade (e você vai ver logo no começo da leitura que
as primeiras regras do futebol descreviam um jogo irreconhecível
para os amantes contemporâneos do esporte), de fato em algum
momento (como você também verá logo-logo), o futebol se
acomodou e é praticamente o mesmo nas últimas décadas. Aí está a
verdade do mito.
Se o futebol se acomodou é porque nos proporciona um jogo
fantástico, de fato. Mas será que com algumas mudanças ele não
poderia ser ainda melhor? Para mim, só haveria um jeito de saber:
testando.
Por isso, antes de começar a leitura, fica um pedido na introdução:
não interprete o conjunto de propostas deste livro como um manual
de como fazer o esporte melhorar. O projeto que você tem em mãos
não se propõe a isso. Nem pense que o próprio autor não tem suas
dúvidas sobre a viabilidade disso ou daquilo. Na verdade, todas as
sugestões aqui descritas (e outras que possam aparecer) carecem de
algo básico: testes.
O objetivo é outro, bem mais amplo: mostrar que, como tudo na vida,
o futebol não está na sua versão final. Mudanças seriam possíveis,
desde que se tenha boa vontade de repensar o lugar comum e
coragem para testá-las. Vamos lá?
Introdução 13
evOlUÇÃO
2
HISTÓRICA
Regras do futebol16
Assim começou o futebol
Alguém dá um chutão para frente e começa o jogo. O melhor atleta do
time da casa pega as bolas com as mãos e sai correndo a toda em
direção ao time adversário. Todos seus companheiros seguem atrás
dele para não ficarem impedidos. De repente um adversário passa
uma rasteira em quem conduzia a bola e a roupa, arremessando-a
para um companheiro atrás dele que a chuta. Ele a coloca na direção
entre as traves, e a bola sobe muito, há uns 10 metros de altura. É gol
do time visitante. Os times trocam de campo para recomeçar.
Para alguns, familiarizados com o esporte, a cena descrita parece
rugby (o primo mais próximo do futebol, praticamente criado junto).
Para outros, simplesmente parece estranho. Mas o parágrafo
anterior narra uma partida imaginária, mas completamente
verossímil, de futebol associação. Sim, o bom e velho futebol que é o
esporte mais praticado no mundo e, para os íntimos, já dispensou o
sobrenome há muito tempo.
Esse era o futebol conforme suas primeiras regras, codificadas em
1863 na Inglaterra. Na sequência estão todas elas, retiradas do Blog
do Gaciba (que era mantido pelo ex-árbitro Fifa e atual comentarista
Leonardo Gaciba). Convido você a lê-las, se imaginar numa partida e
a responder duas perguntas: você reconhece algo do futebol de hoje;
você encararia uma pelada dessas?
Evolução histórica 17
Tabela 1: As 14 regras originais de 1863
O comprimento máximo do campo deverá ser de 200 jardas (180 metros) e a largura
máxima de 100 jardas (90 metros); o comprimento e a largura deverão ser separados
com bandeiras, e o gol deverá ser delimitado por dois postes verticais distantes um do
outro 8 jardas (7,32 metros) e não atravessados por nenhuma tira ou barra.
A partida deverá iniciar com um chute de bola parada, do centro do campo, pelo time
que vencer no sorteio por cara ou coroa; o time adversário não deverá aproximar-se
da bola, num raio de 10 jardas (9,15 metros), até que o pontapé inicial seja dado. Após
a marcação de um gol, a equipe perdedora terá direito a dar o pontapé inicial.
Um gol será conquistado quando a bola atravessar o espaço entre os postes do gol (a
qualquer altura), sem ser arremessada, socada ou carregada com as mãos.
Quando a bola estiver fora de campo, o jogador que reiniciar a partida deverá fazê-
lo, chutando ou arremessando a bola, desde o ponto da linha lateral em que deixou o
terreno de jogo, numa direção tal que forme um ângulo reto com a linha lateral.
Um jogador estará impedido quando se colocar à frente da linha da bola. E deverá
retornar após a bola, o mais rápido possível. Se a bola for chutada do seu próprio lado,
passada por um jogador, ele não deverá tocá-la, nem avançar, até que um jogador do
lado adversário a tenha chutado primeiramente, ou um jogador do seu próprio lado
posicionado a sua frente ou no seu mesmo nível, tenha condições de chutá-la.
III
IV
II
I
V
VI
VII
Caso a bola vá para trás da linha de fundo, se um jogador ao qual o gol pertence
tocar a bola primeiramente, um jogador do seu lado terá direito a dar um tiro livre,
da linha de fundo do ponto oposto onde a bola deverá ser tocada. Se um jogador
adversário tocar a bola primeiramente, um jogador do seu lado terá direito a dar um
tiro livre, de um ponto situado a 15 jardas (quase 13,72 metros) fora da linha de
fundo, oposto ao local onde a bola é tocada.
Os dois times deverão trocar de gols, depois que cada gol for marcado.
Regras do futebol18
Se um jogador fizer um fair catch¹, terá direito a um tiro livre, caso o solicite,
fazendo um sinal com o calcanhar, imediatamente; e, para dar tal tiro, poderá
avançar além de sua marca, até que tenha chutado.
1: Fair catch é quando a bola é dominada, após ter tocado o adversário, ou ter sido chutada, socada ou arremessada pelo adversário, e antes de ter tocado o campo ou algum jogador do lado que a esta dominando; contudo, se uma bola for chutada de fora do campo, ou de trás da linha de fundo, um fair catch não poderá ser feito.
Um jogador terá permissão de correr com a bola, em direção ao gol adversário, se
fizer um fair catch, ou dominar a bola no primeiro limite do campo; todavia, em
caso de fair catch, se ele fizer um sinal, então não deverão correr.
VIII
X
IX
Se um jogador correr com a bola, em direção ao gol do adversário, qualquer outro
jogador do lado adversário terá permissão de atacá-lo, segurá-lo, passar uma
rasteira, dar uma canelada ou tirar a bola dele; entretanto, nenhum jogador deverá
ser detido e levar canelada ao mesmo tempo.
N.A.: embora não especificado, imagino que correr com a bola se refira a correr com ela nas mãos.
Nem rasteira nem canelada serão permitidas, e nenhum jogador deverá utilizar as
mãos ou os cotovelos para segurar ou empurrar o adversário, exceto nos casos
prescritos pela Lei nº 10.
Qualquer jogador poderá chargear² um outro, desde que ambos estejam em active
play. Um jogador poderá chargear mesmo que esteja impedido.
2: Chargear é investir contra o adversário, por intermédio do ombro, do peito ou do corpo, sem usar mãos ou pernas.
Um jogador terá permissão de arremessar a bola ou passá-la para outro, se fizer um
fair catch ou dominar a bola no primeiro limite de campo.
Nenhum jogador terá direito a usar pregos, placas e ferro ou gutas-perchas, nas
solas ou nos saltos de suas chuteiras.
XII
XI
XIV
XIII
Fonte: Blog do Gaciba, ‘‘O sesquicentenário das primeiras regras do futebol 1863-2013’’. Postado por Leonardo Gaciba em 24/04/2013, acessado em junho de 2016.
http://sportv.globo.com/platb/blog-do-gaciba/2013/04/24/o-sesquicentenario-das-primeiras-regras-do-futebol-1863-2013/
Evolução histórica 19
Pois é, como falamos o futebol mudou muito. Mas mudou muito logo
no começo. Para ajudar a visualizar o jogo em cada época e o ritmo da
mudança, fizemos um compilado de mudanças com data e grau de
impacto no jogo.
(São todas que tivemos acesso, o que não quer dizer que sejam todas da história)
Tabela 2: As principais mudanças nas regras do futebol ao
longo dos anos
A evolução ao longo dos anos
1865 As traves das balizas passam a ter uma fita entre elas, para delimitar a altura da balizas (a 8
pés do solo, ou 2,44 m).
1866 Os passes para frente foram legalizados, desde que três adversários estivessem entre o
recebedor e o gol no momento que ele recebe a bola (primeira regra do impedimento).
1866 O uso das mãos passa a ser proibido.
1868 Surge o primeiro juiz, um cronometrista que apenas seria consultado caso os capitães não
chegassem a um acordo.
1869 Nasce o tiro de meta. Antes, a bola que saísse pela linha de fundo era do time que a pegasse
primeiro, ganhando uma cobrança de falta.
1871 Apenas um jogador passa a poder pegar a bola com as mãos. Nasce o goleiro.
1872 Os goleiros só podem pegar a bola com as mãos no próprio campo.
1872 Os escanteios são introduzidos.
1872 As medidas da bola são estabelecidas.
1873 A posição de impedimento passa a ser aferida no momento do passe, e não mais no momento
que a bola é recebida.
Impacto na dinâmica do jogo Alto Médio Baixo
Regras do futebol20
1874 Os árbitros passam a existir, um para cada lado do campo, apitando de fora do campo. Antes,
as discussões sobre as jogadas eram feitas pelos capitães.
1874 Os times passam a trocar de campo depois do intervalo, o que acontecia a cada gol.
1875 O travessão fixo substitui as fitas para marcar a altura do gol.
1877 O tempo de jogo é fixado em 90 minutos.
1878 Introduzido o apito para os árbitros.
1882 Os laterais passam a ser cobrados com as duas mãos.
1890 Os gols ganham as redes.
1891 Os pênaltis são introduzidos. Podem ser cobrados de qualquer posição a 12 jardas do gol. A
criação se deu depois que um jogador espalmou uma bola no último minuto de um jogo da
Copa da Inglaterra. A cobrança, dada com o goleiro em cima da bola, foi facilmente defendida.
1891 Um novo árbitro passou a entrar em campo e os dois que já existiam passaram a atuar como
assistentes.
1892 Foram criados os acréscimos, depois que um goleiro chutou a bola para fora do campo, a fim
de evitar a cobrança do pênalti. Quando a bola foi devolvida, o tempo já tinha acabado.
1895 Os laterais passam a ser dos oponentes do time que tocou a bola por último. Antes, eram de
quem pegasse a bola primeiro.
1896 Fixado o número de jogadores em 11.
1898 Proibição de gols marcados diretamente de um lateral.
1902 Demarcação do campo: criação das pequenas e grandes áreas, da linha central e da marca fixa
do pênalti perpendicular ao centro do gol.
1904 A lei da vantagem passa a ser aplicada pelos árbitros.
1907 Um jogador não pode estar impedido em seu próprio campo.
1909 Os goleiros devem vestir uniformes diferentes dos demais jogadores.
1912 Os goleiros têm suas ações com a mão delimitadas à própria área.
1913 A distância mínima de 10 jardas (9,15 m) para o posicionamento dos adversários nas
cobranças de faltas passou a ser prevista nas regras. Antes, era normal o acordo de 6 jardas
entre as equipes.
1914 A distância mínima de 10 jardas (9,15 m) passa a valer também para escanteios.
1920 Em cobrança de lateral, passa a não haver impedimento.
1924 Os gols de escanteio são permitidos. A Argentina anota o primeiro, contra o Uruguai, o então
campeão olímpico. Assim foi batizado o 'gol olímpico'.
Evolução histórica 21
1924 Primeira recomendação de que a equipe visitante use cores distintas (segundo uniforme) caso
seu uniforme seja parecido ao da equipe mandante.
1925 A lei do impedimento passa a ser considerada a partir de dois jogadores entre o receptor do
passe e o gol, não mais três.
1929 O goleiro é obrigado a ficar parado sobre a linha na hora do pênalti (antes ele poderia se
movimentar para os lados).
1931 Os goleiros passam a poder dar quatro passos para repor a bola (regra do sobrepasso). O
acordo anterior era de dois.
1937 Surgiu a meia-lua, que serve para delimitar a distância (as famosas 10 jardas, ou 9,15 m) que
os jogadores (tirando goleiro e cobrador) devem respeitar na hora do pênalti.
1937 Primeira revisão geral da regra, que toma o formato de 17 regras atuais.
1939 Os números na camisa se tornam obrigatórios.
1948 Os adversários devem ficar fora da área na cobrança de tiro de meta.
1951 Obstrução intencional passa a ser falta, com tiro livre indireto.
1958 Uma substituição é permitida, mas só em caso de lesão.
1970 Duas substituições passam a valer, mesmo que por razões táticas.
1970 A partida de pênaltis é adotada como critério de desempate, substituindo o sorteio.
1970 O sistema de cartões são criados, baseados nos semáforos de trânsito.
1978 Tiro livre dentro da área de defesa passa a poder ser cobrado em qualquer ponto da metade da
área em que ocorreu.
1980 Agressões explícitas, como cuspir no adversário, passaram a ser consideradas conduta violenta.
1987 O árbitro recebeu orientação formal para acrescer a cada período de jogo alguns minutos para
compensar paralisações. Antes, acréscimos eram apenas para casos restritos.
1989 A expressão "chuteira" dá lugar a "calçado" na regra.
1990 As caneleiras se tornam obrigatórias.
1990 Um jogador de linha evitar gols com a mão passa a ser punido com cartão vermelho.
1990 Passa a ser obrigatório que os calções térmicos sejam da cor predominante do calção (o uso de
calções térmicos, entretanto, não é obrigatório)
1990 Atacante na mesma linha do penúltimo defensor passa a estar em posição legal.
1992 Os goleiros são proibidos de agarrar bolas recuadas por seus companheiros com os pés.
1992 O gol de ouro (morte súbita) passa a ser opcional nas prorrogações.
Regras do futebol22
1993 É criada a área técnica à beira do campo.
1994 Três substituições são permitidas, sendo uma exclusiva para goleiros.
1994 Mudança de orientação no sistema de pontuação: vitória passa a valer 3 pontos (contra 2
anteriormente) e empates continuam valendo apenas 1 ponto).
1995 Três substituições são permitidas, qualquer posição.
1995 Só será punido o atleta impedido caso ele interfira na jogada.
1996 É permitida a colocação de bolas extras ao redor do campo para agilizar a reposição.
1997 Goleiros passam a poder se movimentar livremente com a bola nas mãos, porém só durante a
tempo de 6 segundos (infração causa tiro livre indireto).
1998 Carrinho por trás passa a ser conduta violenta, punível com cartão vermelho.
1998 A quantidade de acréscimos em cada tempo passa a ser sinalizada pela equipe de arbitragem
para atletas e público.
1999 A simulação para enganar o árbitro passa a ser punida com cartão amarelo.
2000 Nova regra para a partida de pênaltis: ambas as equipes devem possuir número igual de
atletas habilitados para bater pênalti. A equipe que tiver mais atletas ao final do jogo deve
indicar quais atletas serão excluídos das cobranças.
2003 O uso de camisa sem mangas é proibido.
2004 O gol de ouro (morte súbita) volta a ser banido das prorrogações.
2012 A Tecnologia da Linha de Gol é utilizada pela 1a vez em competições oficiais da Fifa.
2016 Nova revisão geral das regras.
2016 A bola pode ser colocada em jogo no início de cada tempo e após os gols para qualquer lado, e
não mais apenas para frente.
2016 Atletas que evitam gols dentro da área fazendo faltas ao tentar disputar a bola passam a receber
o cartão amarelo, e não mais vermelho. Ainda é punido com vermelho usar a mão para evitar
gol, agarrar, puxar ou empurrar o adversário ou conduta violenta no mesmo tipo de jogada.
2016 Autorizado o teste para o uso de auxílio de vídeo para a arbitragem em seis países: Alemanha,
Austrália, Brasil, Estados Unidos, Holanda e Portugal.
2018 Autorizado o uso do árbitro assistente de vídeo (VAR, na sigla em inglês) na Copa do Mundo.
Fonte da tabela estão listadas na página seguinte.
Evolução histórica 23
Fontes da Tabela 2 (As principais mudanças nas regras do futebol ao longo dos anos):
• Trivela, ‘‘Ano a ano, as principais mudanças feitas nas regras do futebol’’. Postado por Leandro Stein em 23/10/2013, acessado em junho de 2016.
http://trivela.uol.com.br/ano-a-ano-as-principais-mudancas-feitas-nas-regras-do-futebol/
• Jornalheiros, ‘‘A evolução das regras do futebol’’. Postado por PC em 27/08/2012, acessado em junho de 2016.
http://jornalheiros.blogspot.com.br/2012/08/a-evolucao-das-regras-do-futebol.html
• Jovem Pan, ‘‘Do pênalti ao cartão, conheça a evolução das regras do futebol’’. Postado pela redação (nome do autor não informado) em 10/06/2014, acessado em junho de 2016.
http://jovempan.uol.com.br/esportes/do-penalti-ao-cartao-conheca-evolucao-das-regras-do-futebol.html
• Arnaldo César Coelho, ‘‘A regra é clara: as histórias de uma carreira e as regras do jogo apresentadas’’. Livro impresso publicado pela Editora Globo em 2002.
Regras do futebol24
Evolução histórica 25
atuais
3
regras
Regras do futebol28
Onde encontrá-las
Por serem muito extensas e pela praticidade de se achar as regras
atualizadas online, elas não serão apresentadas aqui. Como
recomendação, fica o próprio site da CBF, que sempre mantém um
PDF aberto disponível e atualizado com a última versão em
português das regras.
www.cbf.com.br
Se quiser fazer uma pausa para lê-las, a hora é agora, porque a partir
daqui você vai entrar de cabeça em novas propostas para as regras do
nosso bom e velho futebol.
Livro de Regras do
Futebol
Regras atuais 29
novas4
propostas
CAMPODE JOGO
1
Regras do futebol34
1.1. Dimensões
OBJETIVO:
Maior padronização do campo
HOJE:
– Comprimento (mín./máx.): 90/120 m
– Largura (mín./máx.): 45/90 m
– Campo padrão-Copa: 105 x 68 m
PROPOSTA:
– Comprimento (mín./máx.): 92/115 m
– Largura (mín./máx.): 61,5/73 m
– Campo padrão-Copa: 105 x 68 m (idêntico ao atual)
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– A partir da medida mínima (92 x 61,5 m), a cada 0,5 m adicionado
na largura, aumenta-se 1 me no comprimento, conforme tabela 3.
Proposta 1: Campo de jogo 35
Tabela 3: Proposta de medidas oficiais do campo de futebol
COMP. x LARG. COMP. x LARG. COMP. x LARG. COMP. x LARG.
92,0 x 61,5 98,0 x 64,5 104,0 x 67,5 110,0 x 70,5
93,0 x 62,0 99,0 x 65,0 105,0 x 68,0 111,0 x 71,0
94,0 x 62,5 100,0 x 65,5 106,0 x 68,5 112,0 x 71,5
95,0 x 63,0 101,0 x 66,0 107,0 x 69,0 113,0 x 72,0
96,0 x 63,5 102,0 x 66,5 108,0 x 69,5 114,0 x 72,5
97,0 x 64,0 103,0 x 67,0 109,0 x 70,0 115,0 x 73,0
COMENTÁRIOS:
Ter campos de tamanhos variáveis é exclusivo do futebol entre
os esportes de elite. Acontece para facilitar a prática do
esporte, mas a disparidade permitida hoje é enorme, podendo
haver casos bizarros como nos campos na imagem 1 logo na
sequência (em escala). Por incrível que pareça, todos estão
dentro das regras. A vantagem na mudança proposta é os
atletas encontrarem sempre campos mais parecidos.
Regras do futebol36
Imagem 1: Dimensões atuais dos campos de futebol
Imagem 2: Exemplos de dimensões propostas dos campos
de futebol
Proposta 1: Campo de jogo
Mínimo: 90 x 45 m Máximo: 120 x 90 mPadrão: 105 x 68 m
Tripão: 120 x 45 m(comp. máx. x larg. mín.)
Quadrado: 90 x 90 m(comp. mín. x larg. máx.)
Mínimo: 92 x 61,5 m Máximo: 115 x 73 mPadrão: 105 x 68 m
37
OBJETIVO:
Incluir novas marcações no campo para auxiliar na marcação das
regras atuais e de regras propostas em capítulos seguintes.
HOJE:
– Conforme figura 1 (página anterior).
PROPOSTA:
– Zona morta (linhas com raio de 9,15 m partindo das quinas do
campo).
– Criação das zonas de defesa e zona neutra (linhas que dividem o
campo em três terços no seu comprimento).
– Zona do goleiro no pênalti (linha afastada 1,25 m da linha de gol, se
estendendo por mais 1 m de cada lado).
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Zona morta: ver item 6.6.
Regras do futebol
1.2. Faixas do campo
38
– Zonas de defesa e zona neutra: ver itens 5.2, 6.1 e 8.1.
– Zona do goleiro: ver item 8.2.
COMENTÁRIOS:
A zona morta mantém a distância de 9,15 m da área de
cobrança do escanteio. Mas essa e as outras mudanças serão
utilizadas em regras explicadas em outros tópicos.
Imagem 3: Novas marcações e zonas propostas no campo
de futebol
Proposta 1: Campo de jogo
ZONAS MORTASDefesa Ataque
Padrão: 105 x 68 mDefesa Ataque
ZONA NEUTRADefesa Ataque
ZONA DE DEFESA EZONA DE ATAQUE
Defesa Ataque
39
EQUIPE DEARBITRAGEM
2
Regras do futebol42
2.1. Novas funções
OBJETIVO:
Otimizar o uso de árbitros com as propostas de regras que serão feitas
no decorrer deste artigo.
HOJE:
– Há um árbitro central, dois árbitros assistentes (bandeiras), um
quarto árbitro (reserva) e, em algumas competições, dois árbitros de
linha de fundo, totalizando de 4 a 6 árbitros na partida.
PROPOSTA:
– Um árbitro central (ou principal), dois árbitros assistentes
(bandeiras), um quarto árbitro (reserva), um árbitro mesário (ou de
mesa) e um árbitro de vídeo (também na mesa ou em estúdio
próprio), totalizando 6 árbitros na partida.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Quarto árbitro: ver item 9.3.
– Árbitro mesário: ver itens 3.1 e 11.3.
Proposta 2: Equipe de arbitragem 43
– Árbitro de vídeo: ver itens 5.3, 11.1, 11.2 e 11.3.
COMENTÁRIOS:
O futebol tem uma relação baixa em campo de árbitro por
jogador. Na maioria dos casos, são 4 árbitros para 22
jogadores. O aumento para 6 onde possível não é excessivo e,
assim como vários outros esportes, campeonatos com menos
poder aquisitivo e jogos amadores podem continuar existindo
com menos árbitros.
Exemplo: uma partida de final de Grand Slam de tênis pode
ser dirigida por até 10 pessoas entre árbitros e juiz de linha.
Em um torneio profissional menor, esse número cai para 8.
Torneio amadores, podem ser disputados apenas com o
árbitro central.
Regras do futebol44
Proposta 2: Equipe de arbitragem
2.2. Sinalização numérica
OBJETIVO:
Deixar marcações mais claras.
HOJE:
– Ao mostrar um cartão amarelo, não há indicação totalmente clara
para o árbitro assistente e a torcida, especialmente no meio de um
grupo de jogadores.
PROPOSTA:
– Criação de um sistema gestual numérico que cobre números de 0 a
99 com ambas as mãos, para o árbitro indicar com mais clareza
marcações de cartão e qualquer outra adicional.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– O sistema gestual busca mostrar a dezena do número do jogador
com a mão direita e a unidade com a mão esquerda. Ele é baseado nas
seguintes regras:
a) Dedos que não são o polegar: cada dedo aberto é uma unidade;
45
b) Posições diferentes para visão de longe: para não confundir
números próximos, as posições dos dedos foram pensadas para
facilitar a distinção (exemplo: 2 usa dedos nas extremidades
opostas, 3 usa dedos próximos colados e 4 usa os dedos abertos);
c) Polegar: se o polegar estiver aberto, soma-se mais cinco
unidades.
Esclarecimentos e exemplos nas imagens no final do tópico.
COMENTÁRIOS:
Sugestão que não interfere de fato no andamento da partida,
visa apenas dar mais clareza nas marcações do árbitro.
Regras do futebol46
Proposta 2: Equipe de arbitragem
Imagem 4: Algarismos do sistema numérico sugerido
0 5(0 + 5)
1 6(1 + 5)
2 7(2 + 5)
3 8(3 + 5)
4 9(4 + 5)
47
Imagem 5: Exemplos de números com os algarismos do
sistema sugerido
Regras do futebol
DIREITA ESQUERDA
00
05
18
23
27
31
DIREITA ESQUERDA
42
59
64
76
80
99
48
Proposta 2: Equipe de arbitragem 49
TEMPODE JOGO
3
Regras do futebol52
3.1. Cronometragem
OBJETIVO:
Deixar o jogo mais dinâmico; aumentar a visibilidade do público
quanto ao tempo de jogo; evitar cera; auxiliar na aplicação de
tecnologia no futebol.
HOJE:
– 45 minutos diretos com desconto.
– Cronômetro com o juiz central do jogo.
– Uso em algumas competições do árbitro de linha de fundo.
PROPOSTA:
– 40 minutos com tempo parando de acordo com o comando do
árbitro nos primeiros 85 minutos de jogo e com paralisação constante
nos últimos 5 minutos (referência: futsal).
– Cronômetro principal fica sob responsabilidade do árbitro mesário
(ver capítulo 2; referência: futsal, basquete e handebol).
– Uso de cronômetro visível para o público sempre que possível
(referência: futsal, basquete, handebol, futebol americano etc.).
Proposta 3: Tempo de jogo 53
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Quando o árbitro deve comandar a pausa do cronômetro: pênalti,
gol, atendimento médico, substituição, revisão de tecnologia (ver
capítulo 11), intervalos extras (ver item 3.3), qualquer anormalidade
que faça o jogo ficar parado muito tempo (árbitro repreendendo
jogadores/técnicos, reclamação de alguém, cera para cobrar um tiro
de meta…).
– Quando o árbitro mesário deve parar o cronômetro só nos últimos 5
minutos de jogo: tiro de meta, escanteio, lateral, falta, impedimento,
aplicação de cartão.
COMENTÁRIOS:
Outra exclusividade do futebol é o tempo corrido e com o
desconto a critério do juiz. Ter o tempo parando seria uma
vantagem para o uso da tecnologia e, pode parecer
contraditório, mas contribuiria para a agilidade do jogo, pois
não haveria mais motivo para cera se o cronômetro parasse
sempre que o jogo demorasse a ser reiniciado.
A paralisação nos últimos momentos do jogo contribui para a
emoção nos momentos decisivos e é feita com sucesso no futsal
(cronômetro parado nos últimos dois minutos).
Ressalva: a FIFA defende que o ideal de bola rolando é de 60
minutos por jogo. A proposta é de 40 minutos porque o
cronômetro não seria pausado a todo instante. Os 40 minutos
sugeridos são sujeitos a estudo mais abrangente de como as
Regras do futebol54
Proposta 3: Tempo de jogo
pausas no cronômetro afetariam o andamento do jogo. O ideal é que
o tempo médio total de um jogo sem prorrogação seja, do apito
inicial ao apito final, aproximadamente 2 horas.
Usando-se tecnologia no futebol, os árbitros atrás do gol
seriam mais úteis na mesa, onde ficaria o acesso a replays e
também o cronômetro oficial. E cronômetros visíveis a todos,
assim como no futsal, seriam bem-vindos. Vale lembrar que
nem toda partida de futsal tem um cronômetro visível, mas
isso não impede que os jogos ocorram.
55
OBJETIVO:
Deixar o encerramento do jogo menos subjetivo.
HOJE:
– Encerramento do jogo a qualquer momento (exceto se houver uma
marcação de pênalti) de acordo com o critério do árbitro.
PROPOSTA:
– Encerramento do jogo na próxima vez que a bola sair de campo
após o encerramento do tempo (exceto em escanteio) ou em caso de
gol (referência: futebol americano).
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Ao final do tempo regulamentar, a mesa emitirá um aviso sonoro. O
árbitro encerra a partida assim que a bola sair de campo (exceto em
escanteio) ou em caso de gol.
Regras do futebol
3.2. Encerramento do jogo
56
COMENTÁRIOS:
Deixar acabar a jogada no último lance da partida é um
método usado com sucesso no futebol americano e evita que o
jogo acabe subitamente em um momento de perigo (alô, gol do
Zico contra a Suécia anulado na Copa de 1978, porque o juiz
acabou o jogo no meio do cruzamento para a área).
Acabar a partida quando a bola cruzar as linhas de lado, de
fundo ou de gol evita que um dos times tente encerrar o jogo
fazendo uma falta, por exemplo. A exceção do escanteio é para
dar vantagem a um time que esteja pressionando no final.
Proposta 3: Tempo de jogo 57
OBJETIVO:
Dar descanso extra aos atletas em jogos disputados em forte calor e
na altitude.
HOJE:
– Em jogos sob forte calor, há um intervalo de 2 minutos após a
primeira pausa a partir dos 20 minutos de jogo em cada tempo. Não
há intervalo extra previsto para altitudes.
PROPOSTA:
– Manter o intervalo de 2 minutos após a primeira pausa a partir dos
20 minutos de jogo em cada tempo para partidas sob forte calor.
– Criação de intervalo de 5 minutos após a primeira pausa a partir dos
20 minutos de jogo em cada tempo para partidas em altitude superior
a 2.000 m.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Conforme descrito acima.
Regras do futebol
3.3. Intervalo extra
58
COMENTÁRIOS:
Calor e altitude desgastam o atleta, daí a necessidade de
intervalos extras em partidas jogadas nessas circunstâncias.
Vale ressaltar que o autor não é contrário à pratica de futebol
nessas circunstâncias. Proibir jogos oficiais dessa forma é
prejudicial a milhões de pessoas que moram em cidades acima
de 2.000 metros de altitude ou que registram facilmente calor
acima de 30º C.
Proposta 3: Tempo de jogo 59
FORA DECAMPO
4
Regras do futebol62
4.1. Toque no solo
OBJETIVO:
Deixar a saída de bola mais clara.
HOJE:
– A bola sai ao sua circunferência ultrapassar completamente, em
qualquer altura, as linhas de fundo ou laterais.
PROPOSTA:
– A bola sai ao tocar o solo com sua circunferência tendo ultrapassado
completamente as linhas de fundo ou laterais, toque as redes dos gols
pelo lado externo, ou se for tocada por um jogador que:
a) esteja com uma parte do corpo tocando fora do campo;
b) esteja no ar, mas que no momento do seu último contato com o
solo, estivesse com alguma parte do corpo tocando fora do campo.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Esse procedimento não vale para marcação de gol.
Proposta 4: Fora de campo 63
– Para marcação de gol continuaria valendo a regra atual:
a) Para ser gol, a bola pode cruzar a linha de gol a qualquer altura,
sem precisar ter que tocar o solo;
b) A área delimitada pelo lado interno das redes e a linha de gol é
área válida de jogo (exemplo: se um jogador tem um pé dentro do
gol e toca a bola antes dela entrar no gol, não é gol).
COMENTÁRIOS:
Bolas que saem de campo no ar, em pleno cruzamento, são
difíceis de precisar até mesmo com câmeras (perspectiva),
criando situações polêmicas desnecessárias.
Imagem 6: Detalhe da área válida de jogo, destacando que o
jogador não estará fora de campo se estiver dentro do gol
Regras do futebol
Verde claro: fora de campoVerde escuro: área de jogo (detalhe do gol)
64
Proposta 4: Fora de campo 65
IMPEDIMENTO
5
Regras do futebol68
5.1. Exclusão do goleiro da regra
OBJETIVO:
Evitar polêmicas em lances de exceção, quando o atacante se
encontra à frente do goleiro.
HOJE:
– Um jogador está em posição de impedimento se entre ele e a linha
de fundo houver menos de 2 jogadores adversários quaisquer,
incluindo o goleiro adversário.
PROPOSTA:
– Um jogador está em posição de impedimento se entre ele e a linha
de fundo houver menos de 1 jogador adversário (ou seja, nenhum)
excluindo o goleiro adversário.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Ver imagem 7 na sequência.
Proposta 5: Impedimento 69
Imagem 7: Exemplo da alteração proposta da exclusão do
goleiro da linha de impedimento
Linha de impedimento em destaque em amarelo. Vermelho ataca e azul defende
(preto é goleiro do azul). Detalhe da área, considerar que não há outros jogadores
pelas laterais. Linha pontilhada branca representa trajetória da bola.
Na situação 1, vermelho 9 está após a linha do goleiro; por estar antes
da linha de um defensor na hora do passe, estaria impedido nas
regras atuais (linha do impedimento no penúltimo defensor que, no
caso, é o goleiro) e não estaria na regra proposta (linha do
impedimento no último defensor excluindo o goleiro, que seria o
jogador azul 2).
Regras do futebol
Regra atual Regra proposta
Regra atual Regra proposta
SITUAÇÃO 1
SITUAÇÃO 2
70
Proposta 5: Impedimento
Na situação 2, muito mais comum, vermelho 9 está antes da linha do
goleiro; dessa forma, a linha do impedimento é idêntica na regra
atual e na regra proposta e, em nenhum dos casos, estaria impedido.
COMENTÁRIOS:
A regra do impedimento é bem ajustada, sua aplicação
correta que é difícil por limitação humana (que seria resolvida
com o uso da tecnologia; ver capítulo 11). A alteração de não se
considerar o goleiro facilita a vida do bandeirinha em lances
raros em que o atacante está à frente do goleiro.
71
OBJETIVO:
Facilitar a marcação do impedimento ao limitar a área em que ele
ocorre.
HOJE:
– Não há impedimento se um jogador parte da sua metade defensiva
do campo.
PROPOSTA:
– Não há impedimento se um jogador parte da zona neutra (ver item
1.2) ou recebe a bola dentro da mesma.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Ver imagem 8 na sequência.
Regras do futebol
5.2. Nova área do impedimento
72
Imagem 8: Exemplo da alteração proposta da nova área de
impedimento
Linha de impedimento em destaque em amarelo. Vermelho ataca para a direita.
Linha pontilhada branca representa trajetória da bola. Linha pontilhada vermelha
representa trajetória do jogador vermelho.
Proposta 5: Impedimento
Defesa Ataque
Defesa Ataque
Situação 1
Situação 2
73
Na situação 1, exemplo em que vermelho 7 estaria impedido na regra
atual e não estaria na proposta, pois mesmo estando mais avançado
que o último defensor (excluindo o goleiro, conforme item 5.1), parte
da zona neutra na hora do passe.
Na situação 2, exemplo em que vermelho 9 estaria impedido na regra
atual e não estaria na proposta, pois, apesar de partir de posição de
impedimento, volta para receber a bola dentro da zona neutra.
COMENTÁRIOS:
Os lances mais difíceis para marcar um impedimento são os
de lançamentos longos, pois há uma distância muito grande
entre o passador e o recebedor para o bandeirinha cobrir. A
proposta o ajudaria e a dinâmica do jogo de duas formas.
Primeiro, com a limitação do impedimento a um espaço
menor (com a exclusão da zona neutra), o bandeirinha tem
que cobrir uma faixa menor do campo, mas ainda com 35
metros de distância para o gol (campo padrão Copa do
Mundo), evitando que os atacantes fiquem plantados na área.
Segundo, ao não haver impedimento de um jogador que
receba a bola na zona neutra, um jogador que parte da
posição de impedimento (zona de ataque) em um lançamento
e volta para receber a bola na zona neutra não estaria
impedido, facil itando a marcação em jogadas de
profundidade (dificilmente um lance capital em um jogo, já
que o atacante está correndo no sentido contrário do gol).
Regras do futebol74
Proposta 5: Impedimento
5.3. Quando parar a jogada
OBJETIVO:
Facilitar a justiça no esporte com o uso da tecnologia.
HOJE:
– Para-se a jogada no momento da infração.
PROPOSTA:
– Assinalado o impedimento pelo bandeirinha, assim que o árbitro
vir tal marcação ele deixa o jogo seguir por mais cinco segundos e só
para a jogada se, após esse tempo, o atacante não estiver em clara
situação de gol.
– Se após os cinco segundos ele estiver em clara situação de gol,
espera-se o desfecho da jogada, havendo as seguintes opções:
a) não é gol e a bola fica em posse da defesa: não se marca o
impedimento;
b) não é gol e a bola fica com o ataque: marca-se o impedimento;
c) é gol: marca-se o impedimento e solicita-se revisão pelo árbitro
de vídeo.
75
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Ao juiz ver que o bandeirinha assinalou impedimento, levanta a
mão com os dedos abertos e vai fechando um a um, até fechar a mão
após cinco segundos.
COMENTÁRIOS:
O objetivo dos cinco segundos de espera e das situações
descritas caso o atacante esteja em clara situação de gol é
manter a justiça do jogo sob o pretexto de evitar dano não
ressarcível.
Explica-se: um gol marcado impedido pode ser anulado
depois com o auxílio da tecnologia; agora um impedimento
mal marcado pode tirar uma chance de gol que não tem como
ser voltada.
Regras do futebol76
Proposta 5: Impedimento 77
INFRAÇÕES
6
Regras do futebol80
6.1. Local da falta
OBJETIVO:
Agilizar o jogo em faltas que não envolvam situação clara de gol.
HOJE:
– Uma falta deve ser cobrada no local onde aconteceu ou, se ocorreu
dentro da grande área defensiva, em qualquer lugar da mesma.
PROPOSTA:
– Uma falta na zona de defesa (ou seja, excluída a zona de ataque e a
zona neutra; ver item 1.2) pode ser cobrada em qualquer lugar da
grande área defensiva e a até 9,15 m do local onde aconteceu, desde
que não adentre a zona neutra.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Ver imagem 9 na sequência.
Proposta 6: Infrações 81
Imagem 9: Exemplo da alteração proposta para local da
falta
Os “x” amarelos marcam o local que a falta ocorreu e as áreas verdes escuras onde
elas poderiam ser cobradas.
COMENTÁRIOS:
Uma proposta simples, para agilizar o jogo e evitar situações
que irritam os atletas e a torcida quando o juiz manda voltar
uma cobrança porque a bola estava fora da posição em uma
falta que não envolve nenhum perigo de gol.
Regras do futebol
Defesa Ataque
82
Proposta 6: Infrações
6.2. Falta na área defensiva
OBJETIVO:
Agilizar o jogo em faltas que não envolvam situação clara de gol.
HOJE:
– Após a cobrança de uma infração dentro da grande área defensiva,
outro jogador só pode tocar a bola fora da mesma.
PROPOSTA:
– Após a cobrança de uma infração dentro da grande área defensiva, a
bola imediatamente está em jogo, com os jogadores adversários
respeitando a distância de 9,15 m da bola.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Tal aplicação não vale para tiro de meta, que mantém a prerrogativa
atual: deve ser cobrado na pequena área e o jogador seguinte a tocar a
bola deve estar fora da grande área.
83
COMENTÁRIOS:
Mais uma proposta que mexe apenas com lances de exceção do
jogo. Já me deparei com entendidos do esporte, inclusive
profissionais da área, que não sabiam que a restrição do tiro
de meta de que não se pode receber a bola dentro da área vale,
na verdade, para qualquer tiro livre na área de defesa.
A proposta visa, apenas, acabar com esses lances de exceção
que mais retardam a partida do que tem algum impacto de
fato no jogo.
Regras do futebol84
Proposta 6: Infrações
6.3. Reposição de bola do goleiro
OBJETIVO:
Agilizar o jogo e tornar a regra de fato efetiva.
HOJE:
– O goleiro não pode segurar a bola mais de 6 segundos a partir do
momento que esteja livre para repô-la em jogo.
PROPOSTA:
– O goleiro não pode segurar a bola mais de 10 segundos a partir do
momento que esteja livre para repô-la em jogo.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Quando a bola estiver com o goleiro, o árbitro deverá levantar o
braço com os cinco dedos abertos. Após passar cinco segundos,
começa a fechar os dedos, marcando a infração quando tiver fechado
a mão. Todavia, a movimentação do goleiro não deve ser atrapalhada
pelos adversários.
85
COMENTÁRIOS:
A regra dos 6 segundos serve para agilizar o jogo, porém não é
quase nunca usada com o rigor que a lei dita. Então, propõe-se
mais tempo para o goleiro (10 segundos), só que com um
procedimento que obrigue a aplicação efetiva da regra. Ter
um cronômetro em campo (ver item 3.1) também ajuda a
pressionar árbitros e goleiros a cumprirem a regra à risca.
Regras do futebol86
Proposta 6: Infrações
OBJETIVO:
Agilizar o jogo e fornecer maior vantagem ao time que recebeu a
infração.
HOJE:
– Uma infração passível de punição com tiro livre indireto, quando
recebida dentro da grande área ofensiva, deve ser cobrada onde
aconteceu e em dois lances.
PROPOSTA:
– Uma infração passível de punição com tiro livre indireto, quando
recebida dentro da grande área ofensiva, automaticamente vira um
tiro livre direto a ser cobrado em qualquer lugar na meia lua ofensiva.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Anotada a infração, o juiz pede para o cobrador posicionar a bola
onde quiser na meia lua e adota todos os procedimentos normais de
uma falta em tiro livre direto.
6.4. Tiro indireto na área ofensiva
87
COMENTÁRIOS:
Tiros livres indiretos dentro da grande área ofensiva são
raros, mas quando acontecem são confusos. Ninguém
respeita a distância, o árbitro demora muito tempo para
ajeitar tudo e, no final, quanto mais perto do gol, mais difícil
para o ataque (pois a barreira fica muito próxima da
cobrança).
A sugestão da batida de uma falta na meia lua seria para dar
uma vantagem maior ao ataque.
Imagem 10: Conversão de tiro livre indireto dentro da área
em tiro livre direto na meia lua
Regras do futebol
Verde escuro: área para escolher local para tiro livre direto quando marcado tiro livre indireto dentro da área (detalhe do ataque)
88
Proposta 6: Infrações
OBJETIVO:
Maior clareza e menos subjetividade na infração.
HOJE:
– O determinante na marcação de mão é a intenção do jogador,
porém conta-se movimento dos braços, posição dos braços e até a
distância da bola até o braço.
PROPOSTA:
– O determinante na marcação de mão é a posição do braço,
considerando-se o ganho de vantagem para quem toca a bola com a
mão.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
Considera-se ganho de vantagem com o toque de mão, devendo ser
marcada a falta (e suas devidas advertências):
a) Uso deliberado das mãos e braços, com tapa, domínio,
condução da bola ou pular de braços abertos com o objetivo de
6.5. Mão na bola
89
bloquear uma jogada adversária (passível de cartão amarelo ou
vermelho em caso de evitar situação clara de gol);
b) Prender a bola entre o braço e o corpo ou entre o braço e o campo
de maneira não deliberada (não passível de cartão);
c) Aumento da área do corpo, ou seja, braço não colado ao corpo,
de maneira não deliberada (não passível de cartão).
– O uso de mão deliberada para proteger o corpo, sem aumento da
sua área (exemplo: colocar a mão em frente ao rosto para protegê-lo)
não é infração.
Imagem 11: Exemplos de mão que são faltas na regra
proposta
A: braço afastado do corpo, aumento de área corporal;
B: bola presa, intencionalmente ou não, entre o braço e o corpo;
C: braços abertos em posição de bloqueio.
Regras do futebol
A B C
90
Proposta 6: Infrações
Em todos os lances, a falta deve ser marcada; nos lances A e B, o
cartão amarelo só deve ser aplicado caso haja intenção, e no C deve-se
aplicar o cartão amarelo de qualquer forma (em todos eles, vermelho
se evitar clara chance de gol).
Imagem 12: Exemplos de mão que não são faltas na regra
proposta
A: braço junto ao corpo (sem haver tapa ou domínio), sem
aumento da área corporal;
B e C: proteção ao corpo, ainda que o jogador leve a mão de
maneira intencional na direção da bola (desde que não a soque,
agarre, dê um tapa ou que ela fique presa ao corpo do jogador).
Em todos os lances, não há falta para ser marcada e o jogo deve seguir
normalmente.
A B C
91
COMENTÁRIOS:
A proposta visa a deixar a infração de mão mais clara,
tirando o foco da intenção do jogador (subjetivo) para o
ganho de vantagem (objetivo). A intenção continuaria sendo
determinante para a punição do jogador com cartão.
Regras do futebol92
Proposta 6: Infrações
OBJETIVO:
Agilizar o jogo, evitando que a equipe beneficiada pelo resultado
prenda a bola nas quinas do campo.
HOJE:
– Não existe nenhuma limitação quanto a isso.
PROPOSTA:
– Um jogador não pode ficar com a bola mais de 10 segundos na zona
morta (ver item 1.2). Antes disso, deve passar a bola ou deve tirá-la da
zona morta.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Idêntico aos 10 segundos do goleiro (ver item 6.3). O árbitro deverá
levantar o braço com os cinco dedos abertos. Após passar cinco
segundos, começa a fechar os dedos, marcando a infração quando
tiver fechado a mão.
6.6. Infração de zona morta
93
COMENTÁRIOS:
O objetivo dessa proposta é aumentar a emoção no final do
jogo, evitando que grande parte dos últimos instantes se
passem com alguém prendendo a bola no canto do campo.
Regras do futebol94
Proposta 6: Infrações 95
ADVERTÊNCIAS
7
Regras do futebol98
7.1. Cartão azul
OBJETIVO:
Criar uma punição intermediária para atletas que não cometeram
violações graves.
HOJE:
– Sistema de dois cartões: amarelo para infrações leves (continua no
jogo), vermelho para violações graves ou para acúmulo de dois
amarelos (expulsão permanente do jogo).
PROPOSTA:
– Sistema de três cartões:
a) amarelo para infrações leves (continua no jogo);
b) azul para acúmulo de dois amarelos (exclusão por dez minutos
do jogo);
c) vermelho para violações graves ou para acúmulo de três
amarelos, ou seja, outro amarelo após ter tomado o cartão azul
(expulsão permanente do jogo).
Proposta 7: Advertências
(seu uso excluiria a proposta do item 7.2)
99
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Um cartão azul nunca seria aplicado direto, apenas pelo acúmulo de
dois amarelos.
– O jogador que recebeu o cartão azul deverá deixar o campo sem
poder ser substituído por 10 minutos, voltando ao término desse
tempo quando autorizado pelo quarto árbitro.
– Caso um time fique com menos de 7 jogadores em campo por conta
de um cartão azul, o jogo é dado como encerrado do mesmo jeito, com
vitória para o adversário.
– Caso um goleiro receba um cartão azul, o técnico pode optar por
substituí-lo (se ainda puder fazer substituições) e indicar ao quarto
árbitro outro atleta de linha para cumprir os 10 minutos de exclusão
(o cartão e seus pontos disciplinares continuam sendo do goleiro).
– Em torneios, os cartões seguem ao seguinte sistema de pontuação
disciplinar: 1 ponto para amarelo, 2 para azul, 3 para vermelho (se
direto, soma-se aos pontos de cartões anteriores). Suspensão
automática para quem recebe o vermelho, mais suspensão para quem
acumula X pontos (a critério da organização do torneio).
COMENTÁRIOS:
Hoje, um jogador que comete duas infrações leves tem a
mesma punição de alguém que agride o adversário. A
implantação do cartão intermediário (azul) visa relativizar
punições de acordo com a gravidade das infrações.
Regras do futebol100
Imagem 13: Sistema de três cartões proposto
Proposta 7: Advertências
2x
3x
expulsão permanente(+3 pts)=
expulsãopermanente(3 pts)
= =
= =
exclusãopor 10 min(2 pts)
=advertência(1 pt)
101
OBJETIVO:
Criar uma punição intermediária para atletas que não cometeram
violações graves.
HOJE:
– Sistema de dois cartões: amarelo para infrações leves (continua no
jogo), vermelho para violações graves ou para acúmulo de dois
amarelos (expulsão permanente do jogo).
PROPOSTA:
– Sistema de quatro cartões:
a) amarelo para infrações leves (continua no jogo);
b) azul para acúmulo de dois amarelos (exclusão por dez minutos
do jogo);
c) vermelho para acúmulo de três amarelos ou aplicação direta
para faltas que evitem clara situação de gol sem uso de conduta
violenta (exclusão por vinte minutos do jogo + substituição
compulsória do atleta ao final do tempo de exclusão).
Regras do futebol
7.2. Cartão azul e cartão preto(seu uso excluiria a proposta do item 7.1)
102
d) preto para condutas violentas ou desqualificante (expulsão
permanente do jogo sem possibilidade de substituição).
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Um cartão azul nunca seria aplicado direto, apenas pelo acúmulo de
dois amarelos.
– O cartão preto só pode ser aplicado direto, sempre por conduta
violenta ou desqualificante.
– O jogador que recebeu o cartão azul deverá deixar o campo sem
poder ser substituído por 10 minutos, voltando ao término desse
tempo quando autorizado pelo quarto árbitro.
– O jogador que recebeu o cartão vermelho deverá deixar o campo por
20 minutos; ao término desse tempo, não poderá voltar, mas poderá
ser substituído se o time ainda puder fazer substituições.
– Caso um time fique com menos de 7 jogadores em campo por conta
de cartão azul ou vermelho, o jogo é dado como encerrado do mesmo
jeito, com vitória para o adversário.
– Caso um goleiro receba um cartão azul ou vermelho, o técnico pode
optar por substituí-lo imediatamente (se ainda puder fazer
substituições) e indicar ao quarto árbitro outro atleta de linha para
cumprir os 10 ou 20 minutos de exclusão, que poderá voltar ao
término do tempo (o cartão e seus pontos disciplinares continuam
valendo para o goleiro).
Proposta 7: Advertências 103
– Em torneios, os cartões obedecem ao seguinte sistema de
pontuação disciplinar: 1 ponto para amarelo, 2 para azul, 4 para
vermelho (se direto, soma-se aos pontos de cartões anteriores), 8
para preto (soma-se aos pontos de cartões anteriores). Suspensão
automática para quem recebe o preto, mais suspensão para quem
acumula X pontos (a critério da organização do torneio).
COMENTÁRIOS:
Hoje, um jogador que comete duas infrações leves tem a
mesma punição de alguém que agride o adversário. A
implementação do cartão intermediário (azul) e do extremo
(preto) visa relativizar punições de acordo com a gravidade
das infrações.
Regras do futebol104
Imagem 14: Sistema de quatro cartões proposto
Proposta 7: Advertências
2x
3x
exclusão por 20 min +substituição compulsória (+4 pts)
para faltas sem conduta violenta que evitem chance clara de gol
=
exclusão por 20 min +substituição compulsória(4 pts)
= =
= =
exclusãopor 10 min(2 pts)
=advertência(1 pt)
=expulsão permanente (+8 pts)
apenas para conduta violenta
105
PENALIDADEMÁXIMA
8
Regras do futebol108
8.1. Procedimento do pênalti
OBJETIVO:
Evitar situações polêmicas de invasão à área e rebote.
HOJE:
– Após a cobrança do pênalti, a bola está em jogo, com rebote.
– Excetuando-se o batedor e o goleiro, os demais jogadores devem
estar fora da grande área e da meia lua na hora que o cobrador toca a
bola.
PROPOSTA:
– O procedimento do pênalti deve ser igual ao de uma partida de
pênalti, sem rebote.
– Excetuando-se o batedor e o goleiro, os demais jogadores devem
aguardar na zona neutra ou zona de defesa do batedor (ver item 1.2).
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– O pênalti será executado com o cronômetro parado (ver item 3.1).
Proposta 8: Penalidade máxima 109
– Caso não seja convertido, a saída será em tiro de meta para a defesa.
– Em disputas de pênaltis, os jogadores devem esperar na linha da
zona neutra mais próxima do gol onde ela ocorre (ver item 1.2), e não
mais no meio de campo, agilizando a disputa.
COMENTÁRIOS:
O fato de a bola estar em jogo gera uma série de infrações de
invasão em quase toda cobrança; infração na maioria das
vezes ignorada pelos árbitros. Fazer o procedimento como em
uma partida de pênalti evita isso, e não afeta tanto o
andamento do jogo (visto como é raro um rebote produtivo de
pênalti).
Regras do futebol110
8.2. Zona do goleiro
OBJETIVO:
Dar área para impulso do goleiro e efetivar a infração de
adiantamento.
HOJE:
– Antes da cobrança do pênalti, o goleiro só pode se movimentar
sobre a linha do gol.
PROPOSTA:
– Cria-se uma linha afastada 1,25 m da linha do gol, demarcando uma
área dentro da qual o goleiro pode se movimentar (zona do goleiro no
pênalti, ver item 1.2). Caso o goleiro saia dela e o pênalti não seja
convertido, deve-se sempre repetir a cobrança.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Enquanto o bandeirinha se posiciona sobre a linha de fundo para
ficar atento se a bola ultrapassou ou não a linha do gol, o árbitro
principal deve se posicionar na reta da linha que demarca a zona do
goleiro para verificar com precisão se ele se adiantou.
Proposta 8: Penalidade máxima 111
COMENTÁRIOS:
Outra infração que quase toda cobrança tem é o goleiro que se
adianta. Porém, é preciso reconhecer que é difícil ganhar
impulso sem dar ao menos um passo para frente. A linha de
1,25 m cria esse espaço para a movimentação do goleiro, sem
atrapalhar muito o atacante. Agora, se ainda assim o goleiro
se adiantar, o árbitro deve mandar repetir a cobrança se já
não tiver saído o gol.
Imagem 15: Destaque da zona do goleiro no pênalti
Regras do futebol
Verde escuro: área do goleiro no pênalti
112
Proposta 8: Penalidade máxima 113
SUBSTITUIÇÕES
9
Regras do futebol116
9.1. Aumento do número
OBJETIVO:
Dar mais opções táticas a técnicos, preservar jogadores com desgaste
físico e preservar goleiros.
HOJE:
– Até 12 jogadores no banco, com direito a 3 substituições quaisquer.
PROPOSTA:
– Até 12 jogadores no banco, com direito a 5 substituições, sendo 1
exclusiva para goleiro e 4 livres (jogadores de linha ou substituir
novamente o goleiro).
– Continua a regra de que um jogador substituído não pode voltar
mais a campo.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Continua o mesmo procedimento de substituições, apenas
aumentando seu número (proposta para procedimento diferente: ver
item 9.3).
Proposta 9: Substituições 117
COMENTÁRIOS:
O futebol ficou mais físico. Aumentar o número de
substituições ajuda a jogadores não saírem extenuados de
campo.
Por que não substituições ilimitadas? Porque aí veríamos
aparecer jogadores especialistas demais (um cara que
entraria só para bater falta, por exemplo). Veja o futebol
americano: com 11 jogadores em campo, há quase 40 no
banco.
Já a substituição exclusiva de goleiro deixa o técnico seguro de
que não precisará guardar uma alteração para ele.
Regras do futebol118
9.2. Substituições na prorrogação
OBJETIVO:
Dinamizar a prorrogação com mais atletas descansados e evitar que
técnicos guardem substituições para a prorrogação.
HOJE:
– Quando o jogo vai para a prorrogação, o técnico deve respeitar o
número de substituições gerais do jogo (que hoje são até 3).
PROPOSTA:
– Quando o jogo vai para a prorrogação, o técnico tem direito a mais 2
substituições livres além das que ele tinha direito no começo do jogo
(proposta do item 9.1 de 1 de goleiro e 4 livres).
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Mesmo nas substituições extras, jogadores que deixaram o campo
continuariam sem poder entrar de volta.
– Mesmo procedimento de substituições, apenas aumentando seu
número (proposta para procedimento diferente: ver item 9.3).
Proposta 9: Substituições 119
COMENTÁRIOS:
Substituições extras têm o objetivo de melhorar o nível da
prorrogação, que é jogada por atletas já desgastados.
Regras do futebol120
9.3. Jogo em andamento
OBJETIVO:
Agilizar o jogo, evitando cera na hora da substituição.
HOJE:
– O jogo é parado para que a substituição seja efetuada e ela só
acontece com autorização do árbitro central.
PROPOSTA:
– Na primeira paralisação do jogo, o árbitro central indica que uma
substituição foi solicitada para que os atletas olhem para a placa.
Após isso, o árbitro reinicia o jogo e a substituição ocorrerá sem parar
a partida, com o processo sendo supervisionado pelo quarto árbitro.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Para controle do quarto árbitro, a substituição continua sendo
efetivada no centro do campo.
– A substituição será efetivada com o jogo parado em caso de
contusão ou substituição do goleiro.
Proposta 9: Substituições 121
– Caso a proposta do item 3.1 entre em vigor, as substituições com o
jogo parado serão efetuadas com o cronômetro também parado.
COMENTÁRIOS:
Substituições são usadas para esfriar o jogo e perder tempo.
Isso aumentaria ainda mais com as propostas dos itens 9.1 e
9.2, que sugerem substituições extras. A proposta atual, junto
com a já citada proposta do item 3.1 de parar o cronômetro,
visa minar essa perda de tempo.
Regras do futebol122
Proposta 9: Substituições 123
PRORROGAÇÃO
10
Regras do futebol126
10.1. Cronometragem
OBJETIVO:
Adaptar à cronometragem proposta.
HOJE:
– Após dois tempos de 45 minutos diretos com desconto, a
prorrogação são dois tempos de 15 minutos também diretos e com
desconto.
PROPOSTA:
– Após dois tempos de 40 minutos com o tempo parando e sem
desconto, a prorrogação serão dois tempos de 10 minutos também
com o tempo parando e sem desconto, com tempo parando como na
proposta de cronometragem, além de sendo parado sempre também
nos cinco minutos finais do segundo tempo (ver item 3.1).
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Cronometragem: idêntica ao item 3.1.
– Encerramento do jogo: idêntico ao item 3.2.
Proposta 10: Prorrogação 127
COMENTÁRIOS:
Aqui vale a mesma ressalva do item 3.1: considerando que a
FIFA defende que o ideal de bola rolando é de 60 minutos dos
90 corridos, pela proporção seria de 2:3, o tempo de bola
rolando na prorrogação deveria ser de 20 minutos dos atuais
30 corridos. A proposta aqui de 20 minutos com cronômetro
pausado carece de estudo mais abrangente de como as pausas
no cronômetro afetariam o andamento do jogo.
Regras do futebol128
10.2. Morte súbita
OBJETIVO:
Facilitar o desempate sem precisar de pênaltis.
HOJE:
– Joga-se os dois tempos de maneira integral, independente se sair
gol.
PROPOSTA:
– Morte súbita: o jogo termina após o primeiro gol marcado na
prorrogação.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Todas as regras vigentes da prorrogação continuam válidas, sejam
elas as atuais ou com alguma das alterações que estão sendo
propostas aqui.
Proposta 10: Prorrogação 129
COMENTÁRIOS:
Se o objetivo da prorrogação é desempatar um confronto, por
que dar a chance de um novo empate se sair um gol? Como no
futebol não há vantagem exagerada para o time que sai com a
bola, a morte súbita pode ser considerada imparcial (ao
contrário do basquete, por exemplo, onde o time que sai a bola
tem uma chance consideravelmente maior de fazer a primeira
cesta).
Regras do futebol130
10.3. Gol fora de casa
OBJETIVO:
Tornar o regulamento de competições com o gol fora de casa justo.
HOJE:
– Na maior parte das competições (campeonatos FIFA, inclusive), o
gol da prorrogação também conta como desempate na regra do gol
fora de casa.
PROPOSTA:
– O gol da prorrogação não deve contar para desempate na regra do
gol fora de casa.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Exatamente como nas competições Concacaf onde há gol fora de
casa como critério de desempate (ver comentários deste item na
sequência).
– Em competições sem esse critério de desempate, desconsiderar
este item.
Proposta 10: Prorrogação 131
COMENTÁRIOS:
A regra do gol fora de casa é passível de uma série de críticas.
Este autor, particularmente, é contra a mesma, pois não vê
sentido em um time ser eliminado tendo marcado exatamente
a mesma quantidade de gols que o adversário (até nos
malfadados pênaltis alguém marca mais gols que o outro;
sim, considero mais justo).
Mas o objetivo aqui não é avaliá-la propriamente, é apenas
fazer uma sugestão para eliminar uma anomalia do padrão
FIFA da mesma: é injusto que o gol marcado na prorrogação
conte como gol fora de casa, pois o time que for visitante no
segundo jogo terá jogado, nos padrões de hoje, 120 minutos
como visitante, contra 90 do adversário.
O padrão proposto foi usado com sucesso durante anos na
Liga dos Campeões da Concacaf até 2017: ao final dos 180
minutos regulamentares (90 no jogo de ida, 90 no de volta),
eis o que acontece se o placar agregado estiver empatado:
caso um time esteja na frente no critério de gols fora de casa,
ele avança sem prorrogação; caso haja empate também no
critério de gols fora de casa, começa a prorrogação e este
mesmo critério está automaticamente desconsiderado.
Nota: a partir de 2018, a Concacaf eliminou a prorrogação,
decidindo confrontos empatados no placar agregado e no
critério de gols fora de casa diretamente nos pênaltis (padrão
da Libertadores da América).
Regras do futebol132
10.4. Redução de jogadores
OBJETIVO:
Facilitar que saia um gol durante a prorrogação para diminuir a
quantidade de partidas de pênalti.
HOJE:
– A prorrogação é jogada com o mesmo número de jogadores em
campo que terminaram o tempo normal.
PROPOSTA:
– Redução de até 2 jogadores por equipe no início da prorrogação
(referência: hóquei no gelo).
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– A redução se limita a que o time com menos jogadores em campo
não fiquem com número inferior a sete. Ou seja:
a) Caso um time tenha só 8 jogadores em campo, a redução será de
1 jogador de cada equipe;
Proposta 10: Prorrogação 133
b) Caso um time tenha só 7 jogadores em campo, não haverá
redução alguma.
– Caso um time tenha ficado com 7 jogadores em campo por causa da
redução (e não em decorrência de expulsões) e algum jogador desse
time venha a ser expulso, um dos jogadores de cada time que
deixaram o campo por causa da redução será autorizado a voltar até
que não se exceda 4 expulsões (na quinta o time seria eliminado,
como também ocorre no tempo normal).
COMENTÁRIOS:
A redução de jogadores é uma proposta que deve ser estudada
com cautela (envolve parte física e tática), mas é usada com
sucesso no hóquei no gelo para facilitar que saia um gol. Vale
ressaltar que se mantém um piso para que nenhum time jogue
com menos de 7 jogadores.
Regras do futebol134
Proposta 10: Prorrogação 135
USO DETECNOLOGIA
11
Regras do futebol138
11.1. Solicitado pelo árbitro
OBJETIVO:
Tornar o esporte mais justo.
HOJE:
– A FIFA autorizou o uso na Copa de 2018 e a International Board deu
aval à regulamentação do árbitro de vídeo no esporte também em
2018.
PROPOSTA:
– Uso do vídeo em lances que envolvam gols, pênaltis e expulsões,
através de solicitação do árbitro central quando houver dúvida.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Uso de imagens de vídeo para auxílio constante do árbitro com a
figura do árbitro de vídeo (ver capítulo 2), que pode ficar em um
estúdio próprio na promotora do campeonato (referência: basquete
da NBA).
– Solicitação livre pelo próprio árbitro principal.
Proposta 11: Uso de tecnologia
(seu uso excluiria a proposta do item 11.2)
139
– Sempre que solicitado o vídeo, o cronômetro para (ver item 3.1).
– Em locais sem a possibilidade de uso da tecnologia, o procedimento
seria como hoje, com a palavra definitiva apenas do árbitro
(referência: tênis).
COMENTÁRIOS:
Imagine você trabalhar um ano inteiro (até quatro, no caso da
Copa), e ver tudo ser posto a perder por um erro de
arbitragem em um lance que o mundo todo viu o que de fato
aconteceu menos de 30 segundos depois do ocorrido (até o
torcedor na arquibancada, pelo celular); o mundo todo exceto
o árbitro, pois justamente a pessoa que toma a decisão é
impedida de ter qualquer ajuda para tomar uma decisão mais
justa. E ainda vai ter gente que vai dizer para você que o erro
faz parte da beleza do esporte.
O erro não faz parte da beleza de nada, meu amigo. Além
disso, várias regras do futebol são interpretativas, o fato de
usar tecnologia não tiraria a discussão, só deixaria tudo mais
justo.
O formato de pedido do próprio árbitro mantém a soberania
de decisão do mesmo, mas pode gerar insatisfação se uma
decisão controversa não for revista.
Regras do futebol140
Proposta 11: Uso de tecnologia
11.2. Desafio
OBJETIVO:
Tornar o esporte mais justo.
HOJE:
– A FIFA autorizou o uso na Copa de 2018 e a International Board deu
aval à regulamentação do árbitro de vídeo no esporte também em
2018.
PROPOSTA:
– Uso do vídeo em qualquer lance mediante desafio do técnico ou
capitão do time (referência: futebol americano).
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– Cada time tem dois desafios, para pedir à equipe de arbitragem em
qualquer lance.
– A revisão é feita pelo árbitro de vídeo (ver capítulo 2) com o
cronômetro parado (ver item 3.1).
(seu uso excluiria a proposta do item 11.1)
141
– O desafio deve obrigatoriamente ser feito antes de iniciado o lance
seguinte (exemplo: se o técnico desconfia que um escanteio foi tiro de
meta, não pode desafiar depois que o escanteio já foi cobrado).
– Caso a equipe que desafiou esteja certa (e a arbitragem errada), a
marcação é corrigida e o número de desafios que a equipe pode fazer
permanece inalterado.
– Caso a equipe que desafiou esteja errada (e a arbitragem certa), a
marcação é confirmada, a equipe perde o direito a um desafio e a
equipe fica com um cartão amarelo coletivo.
– Caso a equipe perca dois desafios e acumule dois amarelos coletivos
(convertido em um cartão azul coletivo), o técnico escolherá um
jogador para ficar dez minutos fora do campo, sem poder ser
substituído (ver capítulo 7).
– A punição de cartão azul coletivo não tem qualquer aplicação
individual sobre o jogador escolhido (exemplo: se ele levou um
amarelo durante o jogo, quando voltar do tempo fora de campo pelo
cartão azul coletivo, voltará como um jogador que levou apenas
amarelo durante o jogo; ver capítulo 7).
– Em locais sem a possibilidade de uso da tecnologia, o procedimento
seria como hoje, com a palavra definitiva apenas do árbitro
(referência: tênis).
Regras do futebol142
Proposta 11: Uso de tecnologia
COMENTÁRIOS:
O formato de desafio (com punição para quem errar) é bom
para a dinâmica do jogo, pois o árbitro só seria desafiado em
lances capitais. E a tecnologia moderna não demora a
mostrar essas imagens.
143
OBJETIVO:
Tornar o esporte mais justo.
HOJE:
– A FIFA autorizou o uso na Copa de 2018 e a International Board deu
aval à regulamentação do árbitro de vídeo no esporte também em
2018.
PROPOSTA:
– Em lances de expulsão (exemplo: agressão), o árbitro de vídeo (ver
capítulo 2) pode avisar o árbitro a qualquer momento, independente
de ser solicitado ou se o jogo já foi reiniciado.
APLICAÇÃO DA PROPOSTA:
– O árbitro de vídeo entra em contato com o árbitro mesário (ver
capítulo 2), que se dirige até o árbitro principal para relatar a
infração.
Regras do futebol
11.3. Sem solicitação(seu uso é simultâneo à proposta do item 11.1 ou à do item 11.2)
144
– Se a infração for relatada antes do reinicio do jogo, além da
advertência disciplinar (cartão), a falta em questão deve ser
assinalada.
– Se a infração for relatada após o reinicio do jogo, apenas a
advertência disciplinar (cartão) será aplicada.
COMENTÁRIOS:
A interferência em lance de expulsão, mesmo sem o pedido do
árbitro, seria para inibir agressões a adversários em jogos e
punir infratores que por acaso acabem passando
despercebidos no momento da jogada, sem interferir no
andamento do jogo que já teve sequência.
Proposta 11: Uso de tecnologia 145
conclusão
5
Regras do futebol150
O que você mudaria?
Chegamos à conclusão e, se você chegou até aqui sem pular nenhuma
página, eu espero que você tenha feito dois exercícios: o primeiro, se
imaginado em uma partida de futebol do passado, o segundo pensar
no que você mudaria no futebol.
Se você fez esses exercícios, o dever deste livro foi cumprido. O
primeiro, de mostrar que o futebol evoluiu sim desde sua criação, e
muito. O segundo, de que ele pode continuar evoluindo, não importa
se com as regras aqui propostas, outras que você imaginou ou ainda a
serem imaginadas.
Porque a história nos ensina que só resiste à passagem do tempo
quem não para na história. E o futebol não pode parar.
Conclusão 151
SOBREO AUTORGabriel Vogas mora em Vila Velha, ES, é publicitário
formado pela Universidade Federal do Espírito Santo e
estudioso de futebol. Trabalha com publicidade e,
esporadicamente, com transmissões do futebol capixaba
pelo canal Torcida ES, onde já atuou como comentarista.
Sua monografia, apresentada em 2008 e escrita em
parceria com Lucas Albani e Vinicius Massini, foi
intitulada “Futebol: Esporte, Cultura e Negócios –
Planejamento de Marketing Esportivo para o Rio Branco
Atlético Clube.”
Dessa monografia, nasceu com Lucas Albani o blog
Cultura FC, que analisa a parte cultural do esporte. O blog
existiu de 2008 a 2011 e, após longo hiato, foi retomado
em 2018.
Desse blog, nasceu o projeto atual, que tomou sua
primeira forma em 2013 e foi revista em 2016 e
novamente agora em 2018 para virar este livro. Uma
adição à última revisão o deixou especialmente satisfeito:
a recém-anunciada liberação da regulamentação do
árbitro de vídeo no esporte.
REGRAS DO FUTEBOLA história da evolução das regras
do futebol e novas propostas para elas
Edição de junho de 20181ª em formato de livro
Conheça o Cultura F.C. emculturafc.wordpress.com.br