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CRISTÃS COMEMORAM O DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO Mulheres de mais de 170 países se reuniram no dia 2 de março, para celebrar o “Dia Mundial de Oração”. Em Piracicaba, há 20 anos, um grupo significativo de mulheres de várias crenças comemoram a data em culto ecumênico, nos últimos anos realizado na Catedral Meto- dista. Este último, por motivos especiais, realizou-se num prédio, onde reside a sócia Vera Quintanilha Cantoni, uma das organizadoras do evento. Nesse ano, o tema foi: “Que a justiça prevaleça”. O programa foi elaborado pelas mulheres cristãs da Malásia. Compareceram aproximada- mente quarenta pessoas, tendo como preletor o Rev.Tar- císio dos Santos, pastor da Catedral Metodista. ELEITA A NOVA DIRETORIA DA SMM Na reunião do mês de dezembro, foi eleita a nova Diretoria da SMM para 2012-2013, que ficou assim constituída: Presidente: Inayá Ometto; Vice: Priscila B. Segabinazzi; Secretária de Atas: Viviane B. da Silva; Secretária Correspondente: Wilma B. Câmara; Tesou- reira: Silvia Rolim. Nessa reunião, Vera B. Alvim, que dirigiu a SMM por 15 anos, foi surpreendi- da com a homenagem, mui- to merecida, outorgando a ela o título de “Presidente Honorária da SMM”. ENCONTRO “ON LINE” O primeiro “Encontro “On line”, do ano de 2012, será no dia 14 de abril, sábado, iniciando-se às l0h, com o estudo do tema e após almoço da travessinha, continuida- de na parte da tarde. O tema do encontro será “Mulheres atravessando fronteiras”. TEM INÍCIO A CAMPANHA DOS TALENTOS Na reunião mensal de março, será dado início a “Cam- panha dos Talentos”. A Comissão indicada está composta das seguintes sócias: Joana D’Arc Bicudo da Silva, Claudi- néia Silva, Vera Lígia Carvalho, Susana Maia e Clóris Alessi. PASTORES DA IGREJA SERÃO HOMENAGEADOS No dia 22 de abril, “Dia do Pastor”, domingo, em culto de ação de graças, os pastores de nossa Igreja serão homenageados. O Ministério da Liturgia cuidará des- se momento. A presença da comunidade metodista da Catedral é muito importante, não só para cumprimen- tar os queridos Pastores, mas, especialmente, agradecer a Deus pela vida e obra de cada um deles. HOMENAGEM PÓSTUMA A ELIAS BOAVENTURA No dia 17 de março, a UNIMEP prestou comovente homenagem póstuma para reverenciar a memória do Prof. Dr. Elias Boaventura, que faleceu no dia 7 de janeiro, de- pois de ter sofrido um AVC e longo período de internação hospitalar. A devocional, dirigida pela Pastoral Universitá- ria, propiciou o momento para agradecimento a Deus pela vida desse consagrado servo de Deus. A seguir, foram ou- vidos vários depoimentos, que destacaram o seu trabalho como cidadão, educador e servo de Deus. Elias foi reitor da UNIMEP de 1978 a 1986 e se destacou pela sua luta em defesa da justiça, dos direitos humanos, da dig- nidade de vida, sempre ao lado dos excluídos, dando marcante testemunho do Evangelho de Cristo. Nes- sa ocasião, a família do ho- menageado promoveu o lançamento do livro “Desmemórias 2 – A lição que ficou”, obra que ainda estava no prelo, por ocasião de sua morte. Ano 20 Março – Abril / 2012 nº 167

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CRISTÃS COMEMORAM O DIA MUNDIAL DE ORAÇÃOMulheres de mais de 170 países se reuniram no dia

2 de março, para celebrar o “Dia Mundial de Oração”. Em Piracicaba, há 20 anos, um grupo significativo de mulheres de várias crenças comemoram a data em culto ecumênico, nos últimos anos realizado na Catedral Meto-dista. Este último, por motivos especiais, realizou-se num

prédio, onde reside a sócia Vera Quintanilha Cantoni, uma das organizadoras do evento. Nesse ano, o tema foi: “Que a justiça prevaleça”. O programa foi elaborado pelas mulheres cristãs da Malásia. Compareceram aproximada-mente quarenta pessoas, tendo como preletor o Rev.Tar-císio dos Santos, pastor da Catedral Metodista.

ELEITA A NOVA DIRETORIA DA SMM

Na reunião do mês de dezembro, foi eleita a nova Diretoria da SMM para 2012-2013, que ficou assim constituída: Presidente: Inayá Ometto; Vice: Priscila B. Segabinazzi; Secretária de Atas: Viviane B. da Silva; Secretária Correspondente: Wilma B. Câmara; Tesou-reira: Silvia Rolim.

Nessa reunião, Vera B. Alvim, que dirigiu a SMM por 15 anos, foi surpreendi-da com a homenagem, mui-to merecida, outorgando a ela o título de “Presidente Honorária da SMM”.

ENCONTRO “ON LINE”O primeiro “Encontro “On line”, do ano de 2012,

será no dia 14 de abril, sábado, iniciando-se às l0h, com o estudo do tema e após almoço da travessinha, continuida-de na parte da tarde. O tema do encontro será “Mulheres atravessando fronteiras”.

TEM INÍCIO A CAMPANHA DOS TALENTOSNa reunião mensal de março, será dado início a “Cam-

panha dos Talentos”. A Comissão indicada está composta das seguintes sócias: Joana D’Arc Bicudo da Silva, Claudi-néia Silva, Vera Lígia Carvalho, Susana Maia e Clóris Alessi.

PASTORES DA IGREJA SERÃO HOMENAGEADOSNo dia 22 de abril, “Dia do Pastor”, domingo, em

culto de ação de graças, os pastores de nossa Igreja serão homenageados. O Ministério da Liturgia cuidará des-se momento. A presença da comunidade metodista da Catedral é muito importante, não só para cumprimen-tar os queridos Pastores, mas, especialmente, agradecer a Deus pela vida e obra de cada um deles.

HOMENAGEM PÓSTUMA A ELIAS BOAVENTURANo dia 17 de março, a UNIMEP prestou comovente

homenagem póstuma para reverenciar a memória do Prof. Dr. Elias Boaventura, que faleceu no dia 7 de janeiro, de-pois de ter sofrido um AVC e longo período de internação hospitalar. A devocional, dirigida pela Pastoral Universitá-ria, propiciou o momento para agradecimento a Deus pela vida desse consagrado servo de Deus. A seguir, foram ou-vidos vários depoimentos, que destacaram o seu trabalho como cidadão, educador e servo de Deus. Elias foi reitor da UNIMEP de 1978 a 1986 e se destacou pela sua luta

em defesa da justiça, dos direitos humanos, da dig-nidade de vida, sempre ao lado dos excluídos, dando marcante testemunho do Evangelho de Cristo. Nes-sa ocasião, a família do ho-menageado promoveu o

lançamento do livro “Desmemórias 2 – A lição que ficou”, obra que ainda estava no prelo, por ocasião de sua morte.

Ano 20 Março – Abril / 2012 nº 167

Clóris, Vera, Inayá, Darlene e Rinalva

Corpo Editorial

ExpedienteGAIVOTA é o órgão oficial da Sociedade de Mulheres da Catedral Metodista de Piracicaba.

Redatora:Vera Baggio AlvimCorpo Editorial:Clóris AlessiDarlene Barbosa SchützerInayá OmettoRinalva Cassiano SilvaProdução e Impressão:Equilíbrio Prints - (19) 2532-3535Diagramação: Genival CardosoFotos:Márcia Regina A. C. Nicolau, Rosália Ometto e Viviane BarbosaDistribuição:Wilma B. Câmara e Daniela M. A. de MeloJornalista Responsável:Gustavo Jacques Dias Alvim - MTb 19.492/SP

Diretoria da SMM

Presidente:Inayá Toledo Veiga Ometto

Vice:Priscila Barroso Segabinazzi

Secretária de ata:Viviane Barbosa da Silva

Sec. Correpondentes:Wilma Baggio Câmara da Silva

Tesoureira:Sílvia Novaes Rolim

Agente da Voz Missionária:Cinira Cirillo Cesar

Inayá, Silvia, Wilma, Viviane, Vera e Priscila.

COMEMORADO O DIA MUNDIAL DE ORAÇÃO

O Dia Mundial de Oração foi comemorado no dia 2 de março de 2012, com a presença de aproxima-damente 40 pessoas. A celebração foi conduzida pela Revª. Romilde Sant’Ana, com programa elaborado pe-las mulheres da Malásia. Vários cânticos foram entoa-dos e a Viviane Sant’Ana fez lindo solo. Um breve relato sobre a Malásia foi lido pela Vera Cantoni.

A mensagem, cujo texto proposto era do livro de Habacuque, foi transmitida pelo Revº. Tarcisio dos Santos. Em resumo, disse o pastor:

“Nesse texto, o profeta Habacuque questiona Deus sobre a realidade que seu povo vivia e pergunta: até quando? Até quando a injustiça campeará? Haba-cuque espera pacientemente no Senhor. Ele se lem-brará da fidelidade suprema do Senhor em destruir todo o pecado e maldade.

“Habacuque dialoga com Deus com muita liber-dade. Nós, entretanto, somos tímidos para falar com Deus. Hoje, também, somos chamados a profetizar, bem como questionar nossos governantes e autori-dades quanto à corrupção e abuso de poder. Somos chamados a buscar a justiça e o direito do outro, e a lutar pela moral. Ser profeta hoje é ir ao encontro do necessitado.

“Que Deus nos conduza, em nosso tempo, a profetizar tendo como a justiça”.

Um fraterno momento de confraternização en-cerrou esse evento tão significativo.

Inayá Toledo Veiga Ometto

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PASCOA CRISTÃ, UMA INSPIRAÇÃO!O conceito comum

difundido sobre páscoa relaciona-se à imagem do coelhinho e dos ovos, es-pecialmente para as crian-ças. A verdadeira história, no entanto, deixou de ser contada, e infelizmente, ano após ano, a primeira incidência da chegada da páscoa é o início de acir-rada campanha para a co-mercialização de ovos de chocolates, e mais e mais inovações, transforman-do, o que deveria ser o maior evento cristão, num simples e momentâneo prazer gastronômico. Diante disto proponho uma breve reflexão sobre a páscoa cristã e sua inspiração.

A comemoração do livramento da escravidão do Egito, realizado de forma extraordinária por Deus, era uma festa anualmente celebrada, a chamada festa da Páscoa. Festa esta que Jesus desejou muito celebrar com seus amigos e amigas como escreve o evangelista Lucas: “E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça; porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus” (Lc 22:15-16).

Ao dizer “desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça”, o Senhor manifesta a sua disposição em cumprir a missão que a Ele foi confiada, dispondo--se ir até a morte. Ao expressar o desejo de participar daquele momento, Jesus convida-nos a uma reflexão so-bre sua vida, sua paixão, morte e ressurreição. Reflexão que nos inspira a...

... ter vida e aceitar a paixão de Cristo

A experiência de partilhar o alimento, trazendo à memória Jesus como o pão da vida, deve ser vivenciada constantemente por todos/as os/as cristãos/ãs, e isso so-mente pode ser experimentado se for adotado o Senhor Jesus como modelo.

Jesus veio ao nosso encontro como homem para iniciar o maravilhoso projeto salvífico de Deus. Em vida, o Senhor Jesus cumpriu cuidadosamente a sua missão. Como discípulos/as de Jesus devemos continu-ar a partilhar do pão da vida: “... aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai” (Jo 14:12).

A afirmação de fé do/a cristão/ã lhe permite dizer que não há vida fora do Evangelho de Cristo e a vida que vive deve cumprir o propósito de Deus segundo a

orientação de Jesus: “Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós” (Jo 13:34).

O desejo em par-ticipar da ceia inspira a pensar no sofrimento que Jesus experimentou para que se cumprisse o projeto salvífico de Deus: “eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo 10:10).

Ao nos conformar-mos com uma vida medí-

ocre, uma vida de dor, tristeza, escravidão, negamos o sofrimento pelo qual Jesus passou em favor da humani-dade, e isso é a não aceitação de que “pelas suas pisaduras fomos sarados” (Is 53:5c).

Aceitar a paixão de Cristo é aceitar a vida, é ex-perimentar o cuidado do Pai: “Trazei depressa a melhor roupa; e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão, e alparcas nos pés” (Lc 15:22).

...reconhecer a cruz

A última ceia é marcada pela afirmação do sofri-mento e da morte: “antes que padeça”. Jesus tinha co-nhecimento do que estava por vir e na mesa Ele mani-festou a alegria do convívio, mas também a angústia do que deveria experimentar. Este encontro remete à cruz! Em torno da mesa o Senhor se faz corpo e sangue.

Trazer à memória a imagem da cruz é lembrar o momento em que o Senhor Jesus esteve só, era o cum-primento do ministério que somente Ele poderia expe-rimentar “Eli, Eli, Iamá sabactâni; isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mt 27:46).

...dar louvores. Jesus ressuscitou!

Ao dizer que “...até que ela se cumpra no reino de Deus” (Lc 22:16), o Senhor motiva a participação como Ele, ardentemente, da Páscoa. Experimentar os elemen-tos da Ceia na certeza da ressurreição é viver a alegria do Reino, tendo na lembrança a bendita paixão, morte e ressurreição de Cristo Jesus. Esta é a Páscoa Cristã que inspira ainda hoje toda humanidade. O Reino de Deus chegou! Agora não há mais dor, não há mais tristeza, não há mais sofrimento, Jesus ressuscitou, a morte foi vencida, aleluia!

Rev. Tarcísio dos SantosPastor da Catedral Metodista de Piracicaba

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“Minha prioridade é servir a Deus e a comunidade”Entrevista de Clóris Alessi

O Rev. Tarcísio dos Santos é o novo pastor titular da Ca-tedral Metodista de Piracicaba. Natural de Belo Horizonte, 44 anos, casado com Maria Apare-cida e pai de Gustavo e Anna Flávia. Graduado em filosofia e teologia, pós graduado em Éti-ca e Filosofia Política e Mestre

em Ciências da Religião, linha de pesquisa Religião e Dependência Química. Ele foi procurado pela repor-tagem da Gaivota e, muito gentilmente, aceitou falar de si mesmo, de suas expectativas e seus planos. Muito preciso e seguro em suas respostas e opiniões, o pastor respondeu todas as perguntas:

Desde quando é metodista?Fui recebido na Igreja Metodista no ano de 1986 na

cidade de Santa Luzia – MG, de lá para tenho servido a Deus e à Igreja em diferentes áreas.

Onde estudou teologia?Na UMESP – Universidade Metodista de São Paulo.

Durante o último Concílio, quando foi indica-do para a Catedral de Piracicaba, quais eram as suas expectativas?

Nomeação é uma prerrogativa episcopal e o bis-po presidente da Região Eclesiástica tem a função de nomear, e, como Superintendente Distrital tive a oportunidade de participar no processo de nomeação assessorando-o.

Numa conversa informal com Revmo Bispo Ado-nias fui desafiado a servir a Deus e à Igreja na cidade de Piracicaba, e, conhecedor do momento em que vive o metodismo nesta região geográfica coloquei-me pronta-mente a disposição. Desde o início, do momento em que me comprometi a vir para Piracicaba, minha expecta-tiva maior é cumprir meus anseios em servir a Deus, à igreja, pastorear o rebanho do Senhor com muita dedi-cação e amor.

Qual foi a sua reação quando soube para onde iria?

Como respondi anteriormente, a minha reação foi de gratidão e submissão a Deus. Estou certo de que Ele é quem chama, prepara e envia.

Que idéia fazia desta nova Igreja?Eu já conhecia a Catedral Metodista de Piracica-

ba, uma vez que estou no distrito desde 2006, partici-

pando de diversos eventos, encontros, tanto com os pas-tores quanto com muitos membros desta comunidade. No entanto, também é verdade que muitos membros eu ainda não conhecia, mas confesso que encontrei pes-soas maravilhosas, receptivas, como é característico do povo metodista.

Que planos tem para dirigir uma Igreja conhe-cida como tradicional?

Antes de qualquer coisa, deixo claro que, como todo metodista, sou tradicional. A nossa Igreja tem história, tem valores construídos ao longo dos anos. Temos uma base sólida mantida por documentos que norteiam as nossas ações, conservamos as tradições wesleyanas, e prin-cipalmente, considerando que a Bíblia Sagrada é nossa base de fé e prática.

A Igreja Metodista é tradicional e isto faz dela uma Igreja plural, onde é possível pensar e deixar pen-sar. Existem características específicas na vida das co-munidades, que as tornam especiais, no entanto, o es-sencial, que é servir a Deus, vivendo e priorizando o Santo Evangelho de Jesus não muda e nem pode mudar de igreja para igreja.

Como presbítero metodista minha prioridade é servir a Deus e à comunidade, fazendo a vontade de Deus e per-mitindo que a Sua glória seja manifestada em minha vida e através da minha vida, e, são estes os meus planos.

O Sr. é da linha Pentecostal?A Igreja de Jesus Cristo na terra é pentecostal, isto

porque o próprio Senhor após sua ressurreição disse aos Seus discípulos: “Mas recebereis a virtude do Espírito San-to, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (Atos 1:8). Tendo aguardado a promessa do Senhor unidos “... foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (Atos 2:4).

Somos todos pentecostais quando nos dispomos a dei-xar o Senhor agir em nós e através de nós para abençoar e salvar vidas.

Como pretende conciliar essas tendências?Como disse anteriormente somos todos pentecostais e

o importante e que juntos caminhemos sob a graça do Se-nhor olhando apenas para o autor e consumador da nossa fé, e, cheios do Espírito Santo podermos abençoar, libertar, confortar, ensinar, curar, e principalmente AMAR uns aos outros como Jesus nos ensinou. Esta é a melhor forma de vivermos em harmonia!

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CATEDRAL TEM NOVO PASTORBelíssima e expressiva programação mar-

cou a posse do Rev. Tarcísio dos Santos, na Ca-tedral Metodista de Piracicaba, no dia 5 de feve-reiro. Foi um culto magnífico, com a presença e posse também dos pastores coadjutores Luis de Sousa Cardoso, Júnior Tavernard, Luiz Ferraz dos Santos e José Carlos Barbosa. Também no púlpito estavam nossos irmãos Gustavo Alvim,

a quem coube fazer a acolhida, e Ri-nalva Cassiano da Silva, que condu-ziu o momento de confissão. Coube ao Rev. Tavernard apresentar o novo pastor e seus familiares. Além dos hi-nos, tivemos, ao final, após a Santa Ceia, belo solo apresentado pela irmã Jucimara, da Igreja Assembleia de Deus, acompanhada por Mateus, seu esposo, ao piano.

A mensagem do pastor Tarcísio teve o seguinte tema: “Desafios para o nosso Tempo”. Ele iniciou lem-

brando o dia em que o Senhor o encontrou e da sua opção de caminhar no amor de Deus, por intermé-dio da fé em Jesus Cristo, seu Salvador. Recordou-se também da música: “Primeiro Amor”, de Carlinhos Félix, que marcou sua vida, e fez da música um con-vite para todos voltarem ao primeiro amor, ao Senhor de nossas vidas. Sua mensagem profunda e marcante

baseou-se nos textos de Lucas 24: 44-51 e Atos 1: 8-15. Com base neles, o pregador nos falou que Jesus, após sua ressurreição, apareceu aos discípulos e lhes lembrou tudo o que havia de acontecer e lhes diz que dessas coi-sas eles eram testemunhas. E haveriam de receber o Es-pírito Santo para serem suas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, até os confins da terra. E no final da mensagem destacou alguns tópicos escritos por João Wesley, ao falar do caráter do metodista no texto

“Explicação Clara da Perfeição Cristã”. Salientou a pes-soa do cristão metodista, que vive moldado por Deus e preocupado em fazer a vontade do Pai Criador. E esse é o desafio para todos nós: viver o amor de Cristo tão intensamente que aquele que estiver ao nosso lado sinta ser Jesus o seu Senhor, Salvador de toda a humanidade.

Ester Siqueira Bezerra

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Num dia ensolarado de verão, quando os termôme-tros registraram temperaturas elevadas, chegando a 34º. graus, a Diretoria da SMM e suas Assessoras se reuniram na Chácara de Inayá Ometto, sob a presidência desta, para planejar as atividades da Sociedade para 2012.

Criativa, competente, sem ser perfeccionista, à se-melhança de Vera Baggio Alvim – ex-Presidente e ago-ra Presidente Honorária da SMM –, Inayá, munida de uma sugestão para o roteiro das atividades e projetos para 2012, para a qual foi valiosa a avaliação de 2011, fez uma reunião rápida e produtiva, nomeando Comis-sões, aprovando as propostas, que foram enriquecidas com as interessantes sugestões das sócias presentes, pra-ticamente esgotando a pauta prevista para a primeira etapa daquele dia.

Ao lado de Inayá, estava a Secretária de Atas, fun-ção que nunca aparece, pois lhe cabe tão somente regis-trar as decisões tomadas na reunião. Entretanto, Vivia-ne Barbosa da Silva, novata na função, dava a impressão

de estar muito à vontade e feliz de poder realizar sua solitária tarefa.

Bem humorada como sempre, Inayá anunciou um “break” para o almoço, que transcorreu, num ambien-te de descontração, quando as mulheres saborearam as delícias que trouxeram para compartilhar umas com as outras. Mas antes disso acontecer, Vera, “secretária do-méstica” de Inayá, recebeu ordem de sua “chefe” para fritar quantos ovos fossem solicitados, agradando quem aprecia tal prato. Quase no final do almoço, a Presiden-te mostrou seus dotes, oferecendo, na sobremesa, doces de goiaba e mamão, e para acompanhar tais guloseimas vieram o queijo, coalhada e bolo, este oferecido pelas sócia Naly Lopes Guimarães, acrescentando, assim, algo mais ao saboroso cardápio. Para completar o almoço, foi servido, pela dona da casa, delicioso suco de maracujá.

Estiveram presentes durante o dia todo, o Rev. Tarcísio dos Santos, novo pastor da Catedral, e sua es-posa Cidinha. Com sua palavra inspiradora, simples e

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acolhedora, falou às mulheres, baseando sua reflexão no texto de Lucas l: 26-30, com ênfase no versículo que diz: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra”.

Na segunda etapa da reunião, depois do almoço, o planejamento foi completado, per-correndo-se os meses de junho, julho e agosto, com as últimas programa-ções, uma vez que haviam sido traba-lhados os meses de fevereiro a maio.

Foi dada, então, oportunidade à Joana D’Arc Bicudo da Silva, res-ponsável pela Comissão de Visita-ção, que relatou as atividades de seu grupo. Em seu preâmbulo, muito comovente, comentou sobre as pes-soas que foram visitadas e, no final, fez um apelo para que outras sócias se engajassem para poder ampliar o as atividades da Comissão.

Das atividades programadas, ressaltam duas delas, que merecem destaque por serem novidades: no mês de maio, será introduzida a “Visita Surpresa” que a Socieda-des do Distrito realizarão, fazendo e também recebendo visitas. A ideia foi da Secretária Distrital Keila Nicolau

Arruda Valente. A outra programação será um piquenique, com lanche na cesta e toalha na grama, na Chácara de Inayá. Esse passeio será no mês de ju-lho. A devocional, nessa ocasião, estará a cargo de Cidinha, esposa do Pastor. Atentem agora para o detalhe: o convite é extensivo às crianças e juvenis.

Encerrou-se a reunião com um gostoso passeio pela Chácara e, em se-guida, aos poucos, o pessoal foi deixan-do aquele ambiente agradável em dire-

ção aos seus lares, com a certeza do dever cumprido.Clóris Alessi

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DEUS É SURPREENDENTEGustavo Jacques Dias Alvim

Em janeiro de 1985, eclodiu no Instituto Educa-cional Piracicabano (IEP)/ Universidade Metodista de Piracicaba (UNIMEP), uma séria crise, motivada por uma decisão arbitrária, intempestiva e descabida do seu Conselho Diretor que, sob a alegação de desmandos ad-ministrativos da Direção Geral da Instituição, demitiu o reitor e o vice-reitor, na calada da noite, em pleno mês de férias. Na realidade, a deliberação tinha motiva-ção ideológica e causou um grande estrago na imagem institucional. A notícia desse ato correu célere e pronta reação da comunidade unimepiana e piracicabana não se fez por esperar. Em poucas horas. o campus Centro, onde estavam sediadas a direção geral e a reitoria, foi ocupado por docentes, funcionários, estudantes e pes-soas da própria cidade. À medida que o tempo passava, cresciam os sentimentos de indignação com o ocorrido e de solidariedade aos demitidos, por parte de parla-mentos, entidades de direitos humanos, igrejas, autori-dades governamentais e educacionais, numa proporção inimaginável, ganhando a crise grandes espaços na mí-dia, inclusive nacional.

Evidentemente, a Igreja Metodista Nacional, Re-gional e Local também foram atingidas negativamente, criando conflito e desarmonia entre seus membros, que tomavam um ou outro lado da questão. Houve mo-mentos de excessos, que deixaram mágoas em muitas pessoas. Como não podia deixar de ser, a Igreja Central de Piracicaba foi a mais atingida , pois seus membros, muitos deles ligados às Instituições, tomaram partidos opostos, gerando questões complicadas na igreja local. Infelizmente, ao pastor da época faltou habilidade para minimizar as consequências, criando dificuldades ainda maiores ao deixar transparecer sua simpatia ao grupo que defendia a medida do Conselho Diretor.

Resolvida a crise, depois de 45 dias, por meio de medida judicial, que repôs os demitidos em seus car-gos, sabia-se que sobrara ao Bispo da Região um grande problema: substituir, ao final daquele ano, o pastor, que não tinha a mínima condição para permanecer no cargo de pastor titular da hoje Catedral.

Foi quando Deus surpreendeu a todos. Estava che-gando o fim de 1985, quando recebo uma ligação dos Estados Unidos. Era do casal Marshlea e Cyrus Dawsey, com os quais Vera, minha esposa e eu, falávamos de vez em quando. Ele havia sido pastor da Igreja Central

por oito anos, fazendo, nesse tempo um grande tra-balho e deixando uma saudade imensa ao se despedir. Ele se aposentara em 1979 e regressara o seu país na-tal. Levei um susto quando ouvi dele o seguinte: “Eu estou querendo voltar ao Brasil, para passar aí o ano próximo, mas gostaria de ter uma igreja pequena para pastorear, uma casa para morar, em qualquer cidade que esteja precisando, nada mais. Você o que pensa disso? Será que o Bispo Messias aceita-me?” Muito alegre res-pondi: “Deixa comigo. Comprometo-me a falar com o Bispo”. No dia seguinte, liguei para o Bispo e contei--lhe o episódio, mas me atrevi a trocar a igreja pequena pelar Igreja Central. Ele foi rápido na resposta: “Será que ele aceita? Estou com dificuldades para fazer a no-meação para Piracicaba. O sim dele, para mim, é uma resposta às minhas orações. Consulte-o. Se for positiva a resposta, peça-lhe para me telefonar”. Quando contei ao Rev. Cyrus o que eu tinha feito, ele deu aquela garga-lhada inconfundível e gostosa, antes de me dizer: “Não precisava tanto, mas me sentirei feliz pastoreando mais um ano a minha querida Igreja em Piracicaba.“

E ele veio com a esposa. Aqui ficou um ano, como desejava. Com sua habilidade, seu relacionamento fácil, seu abraço afetuoso, suas palavras de amor e carinho, foi costurando aqui e ali, e, em pouco tempo a comunida-de estava toda recomposta e unida outra vez. Ele conse-guiu sarar as feridas abertas pela crise. Deus é mesmo surpreendente!

.MEMÓRIA.

8 GAIVOTA • Março/Abril • 2012

A ESPERANÇA ANUNCIA: “PAZ SEJA CONVOSCO”“...Estando as portas trancadas, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco!”

(Jo 20.26b)

Num clima de angústia, medo, abandono, perda e derrota os discípulos se escondem. Estão reunidos, com as portas trancadas, mas aquele que vence distâncias, es-paço, tempo, lutas e dores, o Cristo vivo e ressurreto vence a porta trancada e se coloca no meio deles, ofere-cendo o que seus corações necessitavam: a paz.

1. O Deus que nunca nos abandona.Após a Páscoa, a vida vai retomando sua normali-

dade, entram em cena novamente os problemas, os sofri-mentos, os lutos e as angústias. Todos aqueles seguidores carregam esta dor no olhar, na postura, e na própria ausência, como é o caso de Tomé. Cristo toma a iniciativa de colocar-se no meio, de apresentar-se, de revelar--se, de aproximar-se, de oferecer--se, de encontrar seus discípulos e a comunidade em sua realidade existencial. A realidade dos discí-pulos ainda é de sexta-feira da paixão, apesar das palavras de Maria Madalena. Esta é, muitas vezes, a nossa realidade: nossos medos, inseguranças, resistências e falta de fé levam-nos a trancar-nos atrás de nossas portas e reforçamos cada vez mais as trancas. Ao colocar-se no meio, Jesus revela que não desistiu e nem abandonou seus discípulos, mas também revela que Deus vem ao nosso encontro para destrancar as portas dos nossos corações.

2. A presença de Jesus traz alegria - O reconheci-mento da presença do Cristo vivo e ressurreto provoca ale-gria. Não uma alegria alienante e passageira, como aquela alegria que as drogas e baladas possuem, mas uma alegria plena da esperança que a presença de Cristo transforma situações. Essa alegria não pode ser vivida em portas fecha-das, ela transborda, contagia e multiplica-se. A partir da paz ofertada e da dádiva do Espírito Santo ocorre o envio para perdoar pecados. Perdão de pecados indica pacificação da vida, um novo tempo, a “nova chance”. Quem se sen-te reconciliado por Cristo também reconcilia no mundo. Quem acolheu a paz de Cristo faz dela fonte de vida e ale-gria, independentemente das circunstâncias da vida.

3. O Deus que não desiste. Tomé não estava presen-te no momento em que o grupo encontrou Jesus. Mas a comunidade o acolhe e dá a notícia: vimos o Senhor! Não houve recriminação e nem cobrança. Apenas uma consta-tação: vimos o Senhor. Tomé coloca sua incredulidade, afinal o sofrimento também gera incredulidade. Mas, Je-sus não desiste de Tomé e volta para Tomé, para trazer paz ao seu coração cheio de dúvidas, incertezas e solidão.

Hoje, é preciso crer antes de ver, pois é a fé que abre nossos olhos à presença de Jesus e sua graça. Dostoiévski

afirmava que e “existe no ser hu-mano um vazio do tamanho de Deus.” Portanto, ver Jesus é o anseio mais profundo do cora-ção humano, mesmo sem o saber. Esta é a nossa missão como corpo de Cristo: ajudar as pessoas a se aproximarem de Jesus e a terem com Ele um encontro pessoal.

Não podemos conformar--nos com o mundo em que vi-vemos, onde domina a morte, o medo, o individualismo, a guer-

ra, a fome, a miséria. Devemos lutar para abrir as portas, como Jesus, colocando-nos em meio a estas situações, levando paz e alegria. Pregar e viver como se os sinais de morte tivessem seus dias contados, declarando que Jesus está vivo e a vida vence a morte. Um judeu italiano que sobreviveu ao extermínio nazista em Auschwitz relatou um caso de enforcamento naquele campo de concentra-ção. Cada preso de guerra era forçado a assistir à morte dos companheiros. Naquele dia, a vítima respondia por um “crime” diferente: havia explodido um forno de cre-mação em Birkenau. Segundos antes de ser enforcado por esse “crime”, aquele judeu se virou e gritou: “com-panheiros, eu sou o último!”. Esta frase anunciava uma esperança: a libertação que viria, embora ele não a pu-desse experimentar. O mundo carece de esperança e paz. A esperança não deixa de anunciar: “Paz seja convosco”.

Amélia Tavares C. NevesRedatora Voz Missionária,

pastora na 3ª RE

GAIVOTA • Março/Abril • 2012 9

A O R A Ç Ã O QUE PARECE NÃO TER SIDO OUVIDA

Um poema virou história e conta o seguinte: uma professora de Escola Dominical convidou seus alunos e suas alunas para irem a um piquenique no fim de se-mana e adiantou: “Se não chover vamos todos passar o dia no campo. Vai ser muito bom, vamos levar bastante lanche e brincar muito”. A turma de alunos era forma-da por animados pré--adolescentes. Assim, todos ficaram muito animados aguardando a chegada do sábado, para irem ao campo e desfrutarem do deseja-do piquenique.

Um dos alunos, uma menina de apro-ximadamente 12 anos, orou cada noite que antecedeu o fim de semana, pedindo ao Pai do Céu para que não chovesse no dia do passeio programado.

Finalmente, o sá-bado chegou e, para sua decepção, cho-via torrencialmente. Da vidraça da janela de sua casa, a garota olhava, a cada instan-te, as teimosas gotas de chuva caírem, para certificar-se se aquela incômoda “visita” iria logo embora.

O mal tempo continuava, e ela, ven-do que a ousadia da chuva era mais forte que seu desejo, desis-tiu de olhar o aguaceiro e passou o dia muito triste e acabrunhada. A família tentava ajudá-la dizendo que outros dias viriam e outro piquenique seria agenda-do. Chegando a noite, a garota foi dormir. Entretanto antes de adormecer, apanhou seu diário e escreveu a seguinte frase: HOJE O SENHOR DISSE NÃO.

Que importante lição! A oração da menina não foi atendida tal como ela esperava, mas foi ouvida e respondida de acordo com os propósitos de Deus, que sempre nos oferece o melhor.

Em Marcos 14.36, Jesus Cristo pede ao Pai que afaste dele aquele cálice. A oração de Jesus teve

como resposta um longo e doloroso si-lêncio. Será que sua prece não foi ouvi-da? Com certeza foi, mas Deus tinha um propósito: vida eter-na a todos os seus filhos. Assim, Jesus Cristo, inocente, foi imolado por nós, os pecadores.

O apóstolo Paulo sofria com um espinho na carne e rogou muitas vezes ao Pai para que re-tirasse o espinho e a resposta foi “a mi-nha graça te basta”. Não foi a resposta esperada por Paulo, mas foi a resposta que Deus lhe deu. Assim como acon-teceu com Paulo, pode acontecer com cada um de nós. En-tretanto lembremo--noss, Deus sempre nos concederá o me-lhor.

Será que com-preendemos quando

Deus nos responde com um não? Será que não é hora de deixar que Ele conduza a nossa caminhada? Pense nisso e verá que, por trás de um não, haverá sempre um sim. Deus te abençoe!

Rinalva Cassiano da Silva

10 GAIVOTA • Março/Abril • 2012

O Genival Cardoso tem sido um grande colabo-rador da SMM. Primeiro, ajudando na elaboração das edições da Gaivota, do livro de Receitas, publicado no final do ano e agora com o novo Cancioneiro. Traba-lho primoroso, digno do profissional que ele é. Muito obrigada Genival!

O novo Cancioneiro, que foi todo revisado e ampliado, já saiu e está maravilhoso. Foi um trabalho de muito fôlego em que Maria Leny Alessi, Clóris Alessi e Vera Alvim se debruçaram com afinco e de-dicação. Parabéns pelo excelente resultado!

As sócias Mirce Lavoura e Rinalva C. Silva rece-beram o título de “Sócia Benfeitora da AMAS”, no do-mingo dia 4 de março. Foi uma homenagem justa e bastante merecida. Parabéns a ambas!

O domingo da posse do Rev. Tarcísio e dos pas-tores coadjutores foi bastante festivo. A igreja estava repleta, com muitos visitantes. Um grande grupo da Igreja de Capivari veio prestigiar a posse e aproveitou para amenizar a saudade. A seguir, houve um ani-mado almoço da travessinha, oportunidade em que pudemos conhecer mais de perto o novo pastor e sua simpática família.

O livro “Receitas de Talentos” saiu com agrade-cimentos a várias pessoas e, por um lapso, o nome da Rinalva foi omitido. Foi dela a ideia da 1ª edição e tam-bém foi a grande incentivadora para que fosse reeditado o novo caderno. Fica, pois, registrada a nossa falha e o agradecimento pelo apoio recebido durante a elaboração do mesmo. Temos tido retorno de pessoas que testaram e aprovaram ali as receitas publicadas.

SÓCIA DA SMM: não se esqueça de procurar a tesoureira Silvia Rolim para acertar a mensalidade de R$ 7.00 mensais. Esta é uma das obrigações de todas as sócias e esperamos que o façam com alegria no coração.

LEITOR/A DE GAIVOTA: A distribuição deste jornal é gratuita, no entanto, tem um custo que não é pequeno. Se você deseja colaborar, o pre-ço por exemplar é de R$ 4,00. Agradecemos ante-cipadamente.

É com grande pesar que registramos o falecimento de duas grandes amigas: Carlota Machado, no final do ano passado, e Eunicia Silvestre no início deste ano.

CARLOTA foi muito laboriosa nos trabalhos da sociedade, em es-pecial na cozinha, fazendo deliciosas roscas para a Cam-panha dos Talen-tos. Estava sempre pronta para ajudar no que fosse preciso.

EUNICIA, só-cia antiga, até quando pode, cantou no coral da igreja. Fazia lindos trabalhos em crochê e ex-punha alegre-mente no bazar de Natal. Era bonito vê-la na Escola Dominical, cercada pelos netos que ela fazia questão de trazer à Igreja.

Foram duas grandes perdas lembradas com muita saudade. Desejamos que Deus conforte e console os fa-miliares neste momento de grande pesar.

UMAS e OUTRAS GAIVOTA • Março/Abril • 2012 11

PassagemDesde a infância apren-

demos que a Páscoa é uma pra-zerosa festa cristã. Os ovos de chocolate que ano a ano são aper-feiçoados em sabores, recheios e enfeites, colorem e adocicam esse momento especial de nossa reli-giosidade. Particularmente, trago lembranças deliciosas das Páscoas do inverno paranaense, celebra-das em nossa pequena igreja num café comunitário, onde os dotes culinários de irmãs e irmãos nos aqueciam a alma com seus cho-colates, bolos e roscas. Momen-tos de partilhar a vida festejada na ressurreição de Cristo.

Contudo, a Páscoa, ao longo do tempo, ganhou outros signi-ficados. Num mundo atribulado como o nosso, esses dias são celebrados também pelo feriado e a oportunidade de descanso que propiciam. Tempo de viajar, rever amigos, parentes, ou somente buscar momentos de tranquilidade e recreação. Desta maneira, o turismo ganha espaço importante. O co-mércio, as promoções, tomam sentido na cultura e no calendário. Assim à Páscoa se incorporam significados diversos, relacionados aos interesses e as conveniências de cada pessoa e família.

Mas Páscoa vai além destas alegorias e nos remete a uma tradicional festa judaica que comemora a liberta-ção do povo judeu da escravidão e se estende do décimo quarto ao vigésimo dia do mês Nisã (Abril), quando os israelitas tem o costume de matar e comer o “cordeiro pascal” – um cordeiro assado – em memória do dia no qual seus pais, preparando-se para sair do Egito, foram ordenados por Deus a matar e comer um cordeiro e as-pergir as ombreiras de suas portas com seu sangue, para que o anjo destruidor, vendo este sangue, não deixasse que os filhos primogênitos fossem mortos, conforme re-lata o Êxodo. Cristo foi crucificado na sexta-feira desta festa e é comparado ao cordeiro pascal imolado, que morreu por nós, livrou-nos da morte e da escravidão do pecado por seu sangue e, segundo o relato bíblico, ressurreto no domingo pascal.

A etimologia da palavra mostra que pasca ou pascha (pasça), do grego, ou pecach (xop) do he-braico, se refere a “passagem”, numa alusão àquela que o povo fez da escravidão para a liberdade, e que no Novo Testamento é fortalecida e ampliada por Cristo na superação da morte pela vida. No entan-to, se buscássemos um sentido mais contextualiza-do, talvez fosse possível vislumbrar algo prático e assumir, com sinceridade e clareza, outras transições requeridas pelo cristianismo, como a passagem da tristeza para a alegria, do pecado para santificação, da omissão para a ação, da mentira para a verdade, da hipocrisia para a sinceridade, da arrogância para o arrependimento, da indiferença para o compro-metimento.

Assim, quem sabe, na lembrança dos significados deste evento, possamos evocar uma Páscoa que reavi-ve, de fato, a vida, transformando intensamente nossas ações, reações, intenções, interesses e relacionamentos, deixando esta data calar mais fundo em nós e, por nosso testemunho e mudança, inspirar a renovação de outros e outras também.

Feliz Páscoa, Feliz Passagem!

Rev. Nilson da Silva JúniorPastoral Universitária da UNIMEP

12 GAIVOTA • Março/Abril • 2012