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SALVADOR 2007
EDUARDO DOS SANTOS BARATA
GANHOS NA REDUÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS COMO RESULTADO DA APLICAÇÃO
DA TÉCNICA DE CONFIABILIDADE HAZOP
EDUARDO DOS SANTOS BARATA
GANHOS NA PREVENÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS PELA APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE ANÁLISE DE RISCOS DENOMINADA
HAZOP
Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Tecnologias limpas da Universidade Federal da Bahia, como requisito parcial para a obtenção de grau de Especialista em Tecnologias Ambientais no Processo Produtivo. Orientador: Prof. Dr. Silvio Alexandre Beisl Vieira de Melo.
Salvador - Bahia
Outubro de 2007
iii
Dedico este trabalho:
Aos meus pais Antonio dos Santos
Barata e a Nardy dos Santos Barata
pelo incansável apoio e incentivo.
A minha esposa Cleia e minhas filhas
Marla e Fernanda pelo suporte a
atenção
iv
AGRADECIMENTOS
Agradeço:
• Aos meus colegas e amigos, pelas horas de estudo e partilhas,
imprescindíveis ao meu crescimento pessoal e profissional. Através da
realização dos trabalhos dentro e fora da classe, que foi fundamental para
ampliar a visão crítica da problemática ambiental
• Aos meus pais, pelo tanto que generosamente contribuíram para que eu
pudesse concluir com êxito mais esta fase de estudos.
• A todos os meus professores e ao meu orientador, Professor Doutor Silvio
Melo, pelos ensinamentos, firme orientação, lealdade, presença amiga e
paciência.
• E finalmente e a minha filha Marla sem a qual este desafio não teria sido
atendido.
v
Uma cabeça que se abre para uma nova idéia nunca volta para mesmo tamanho Einstein
Método é o que lhe ensinará a ganhar do tempo. Goethe
vi
RESUMO
O presente trabalho propõe a utilização da ferramenta de Análise de Risco HAZOP
(Hazard and Operabilility Study – Estudo de Perigos e Operabilidade) para a
identificação, tratamento e mitigação dos riscos e possíveis impactos ambientais nas
etapas de empreendimentos industriais que se sucedem ao Projeto Conceitual.
Parte-se do pressuposto que os procedimentos atuais de Gestão Ambiental baseiam-
se fundamentalmente em relatórios elaborados para obtenção de licença, utilizando a
técnica de Análise Preliminar de Risco (APR) – considerada elementar, não
contemplando uma análise de etapas que se sucedem no empreendimento.
Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre as normalizações e legislações
mundiais e locais que concernem a gestão ambiental, uma conceituação das
principais ferramentas de análise de risco e das etapas de um empreendimento
industrial e um estudo aprofundado da ferramenta proposta – HAZOP.
Para ilustrar a efetividade da HAZOP, um estudo de caso real feito pelo autor em um
cenário de uma indústria do Pólo Petroquímico de Camaçari foi revisado à luz dos
possíveis impactos e riscos ambientais.
Os resultados desse estudo de caso evidenciaram a validade de HAZOP como uma
ferramenta complementar para compor uma metodologia eficiente de gestão
ambiental ao longo de todas as etapas de um empreendimento.
PALAVRAS-PESQUISA: Hazop, Produção Limpa, Análise de Risco Ambiental,
Impactos Ambientais, Gestão Ambiental.
ÁREAS DE CONHECIMENTO: Engenharia Ambiental, Engenharia de Produção,
Gerenciamento de Projetos, Gestão de Empreendimentos.
vii
ABSTRACT
The present work considers the use of the method of Risk Analysis HAZOP for
identification, treatment and mitigation of risks and possible environmental impacts in
the stages after Conceptual Engineering in a Industry Development. We consider that
the current Environment Managements are based basically on reports elaborated to
obtain legal license, using techniques as Preliminary Risk Analysis (PRA) – that is
elementary and does not include an analysis of further stages of the enterprise. A
bibliographical review was carried out, considering world-wide and local regulatory
requirements and laws that concern about Environment Management. It shows the
concepts of the main Risk Analysis methods and of the stages of an Industry
Development and a deeper study of the suggested method - HAZOP. To illustrate the
effectiveness of the HAZOP, a real analysis made by the author in a scene of an
industry of the Camaçari Petrochemical Complex (Bahia-Brazil) is revised with a
critical look at the possible impacts and environmental risks. The results of this case
evidence the HAZOP validity as a complementary tool to compose an efficient
methodology fo Environment Management throughout all the stages of an Industry
Enterprise.
viii
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS iii
RESUMO v
ABSTRACT vi
SUMARIO vii
LISTA DE FIGURAS E TABELAS viii
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ix
1. INTRODUÇÃO E NORMALIZAÇÕES GESTÃO AMBIENTAL 1
2. RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS 9
3. FERRAMENTAS DE ANÁLISE DE RISCO 12
3.1 - ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS 12
3.2 – FMEA 13
3.3 - WHAT IF 13
3.4 – HAZOP 13
4. A GESTÃO AMBIENTAL E AS ETAPAS DE UM
EMPREENDIMENTO INDUSTRIAL 14
5. ESTUDO DE PERIGO E OPERABILIDADE – HAZOP 17
6. ESTUDO DE CASO 26
6.1- AVALIAÇÃO DOS GANHOS AMBIENTAIS COM
APLICAÇÃO DA HAZOP 29
7. CONCLUSÕES 31
REFERÊNCIAS 32
ix
LISTA DE FIGURAS, GRÁFICOS E TABELAS
Figura - 1) Abrangência da Utilização das Ferramentas de Gestão
Ambiental em Função das Etapas de um Projeto Industrial. 16
Figura - 2) Impactos Ambientais Detectados pelo HAZOP. 30
Tabela - 1) Principio Gerais de Auditoria Ambiental NBR ISO 14010. 7
Tabela - 2) Comparação entre as Principais Ferramentas de Analise de Riscos. 14 Tabela - 3) Lista de Palavras Guias Normalmente Usadas no Hazop. 26
Tabela - 4) Categoria de Severidade adotada no Estudo de Caso. 28
Tabela - 5) Categoria de Freqüência do Estudo de Caso. 29
x
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas
AIA - Avaliação de Impactos Ambientais
AICHE- American Institute of Chemical Engineers – Instituto Americano dos
Engenheiros Químicos
APP- Análise Preliminar de Perigo
BS IEC - British Standards Institution – Instituto de Normas Inglesas
CEPRAM - Conselho Estadual de Meio Ambiente
CMA - Chemical Manufactures Association
CMMAD - Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente
CONSEMA - Conselho Estadual do Meio Ambiente
CRA - Centro de Recursos Ambientais
EIA - Estudos de Impactos Ambientais
EPA - Enviroment Protec Agency – Agencia de Proteção Ambiental
EUA - Estados Unidos da América
FMEA (AMFE) - Analise do Modo de Falha e Efeitos
HAZOP - Análise de Perigo e Operacionabilidade
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
ISO – International Organization for Standardization
NBR- Normas Brasileiras Regulamentadoras
NT - Norma Técnica
OHSAS - Occupational Health and Safety Assessments Series
ONU - Organização das Nações Unidas
PNUMA Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas
APR - Análise Preliminar de Riscos
RIMA - Relatórios de Impactos ao Meio Ambiente
SGI - Sistema de Gestão Integrada
UFBA - Universidade Federal da Bahia
UNEP - United Nations Environment Programme- Programa das Nações Unidas para
o Meio Ambiente
WHAT IF - E Se
1
1 - INTRODUÇÃO
A necessidade de redução dos impactos das ações humanas no meio
ambiente é de conhecimento geral e uma preocupação interdisciplinar há algum
tempo. Entrando no âmbito industrial, a própria lógica de desenvolvimento do ramo e
o acelerado processo de produção de inovações tecnológicas possibilitam um
crescimento das atividades e, consequentemente, dos seus riscos, numa velocidade
superior à capacidade científica e institucional de analisá-los e gerenciá-los. Este
desenvolvimento acelerado se acentuou principalmente a partir da II Guerra Mundial,
com a automação e aumento da complexidade dos processos industriais,
impulsionados pela concorrência, em conjunto com a globalização da economia de
escala, resultante das grandes plantas industriais (Marshall, 1987).
Conforme observa Theys (1987), o tema do risco tecnológico é cada vez mais
importante para se analisar a vulnerabilidade das sociedades contemporâneas, pois
revela diversas características de distúrbio e pane social nas mesmas, tais como:
perda de autonomia dos cidadãos no controle dos riscos; a falta de transparência
sobre os fatos ocorridos em casos de acidentes; a exposição a riscos múltiplos; a
fragilidade da sociedade frente às catástrofes; a dificuldade de gerenciar as situações
críticas; a rígida centralização dos sistemas tecnológicos, gerando efeitos "dominó"
em múltiplas áreas interdependentes para o funcionamento desses sistemas; o
enorme potencial de perdas e danos envolvidos, entre outros.
Desde os anos 70, o crescimento da consciência ecológica e do movimento
ambientalista vem imprimindo uma nova dinâmica social aos riscos tecnológicos
ambientais. Essa mobilização social em torno desses riscos tem sido responsável,
em boa parte, pelo esforço da comunidade científica no desenvolvimento teórico e
aplicação de novas metodologias para estimar e avaliar os riscos de maneira
quantitativa e probabilística (Renn, 1985).
As experiências institucionais e acadêmicas revelam uma tendência à
ampliação espacial, ecológica e social, tanto dos efeitos como da percepção pública
dos riscos decorrentes dos processos produtivos, em particular envolvendo questões
como os desastres industriais, à degradação dos ecossistemas e os problemas de
saúde das populações circunvizinhas aos sítios industriais.
Diante deste contexto, surge uma demanda social por mecanismos que
controlem os impactos ambientais das ações humanas em geral, e em particular dos
2
empreendimentos industriais, por serem estes de grande escala. Pode-se destacar
como principal resultado deste processo a necessidade de obtenção de licença de
um órgão ambiental.
A auditoria ambiental surgiu nos Estados Unidos no final da década de 70,
com o objetivo principal de verificar o cumprimento da legislação. Inicialmente as
empresas consideravam a auditoria ambiental como um meio de minimizar os custos
envolvidos com reparos, reorganizações, saúde e reivindicações. Muitas empresas
utilizavam a auditoria para se prepararem para inspeções da Environmental
Protection Agency – EPA. O papel da EPA com relação às auditorias ambientais tem-
se alterado com o passar do tempo:
• 1980 - requeria a implantação de programas de auditoria ambiental a qualquer
empresa que causasse danos ao meio ambiente;
• 1981 - passou a considerar a auditoria ambiental como de utilização voluntária
por parte das empresas e as incentivava a adotá-la fornecendo em
contrapartida, por exemplo, a agilização de processos de pedidos de licença e
a diminuição no número de visitas de fiscalização;
• 1982 - assumiu o papel de incentivadora de auditorias voluntárias, sem
conceder benefícios, e de fornecedora de assistência a programas de
auditoria ambiental.
Na Europa, a auditoria ambiental começou a ser utilizada na Holanda. É na
Europa, em 1992, no Reino Unido, que surgiu a primeira norma de sistema de gestão
ambiental, a BS 7750 (BSI, 1994), baseada na BS 5770 do Sistema de Gestão da
Qualidade (FREITAS; BRAGA; BITAR, 2001).
No Brasil, a auditoria ambiental surgiu, pela primeira vez, por meio da legislação,
no início da década de 90, quando da publicação de disposições legais sobre o tema,
citados a seguir:
a) Lei no 790, de 5/11/91, do Município de Santos-SP;
b) Lei no 1.898, de 16/11/91, do Estado do Rio de Janeiro;
c) Lei no 10.627, de 16/1/92, do Estado de Minas Gerais;
d) Lei no 4.802, de 2/8/93, do Estado do Espírito Santo;
e) Projeto de Lei Federal no 3.160, de 26/8/92;
f) Anteprojeto de Lei do Estado de São Paulo.
Na Bahia, a Lei Estadual N° 7.799/2001 foi publicada no Diário Oficial do
Estado em 08/02/2001, instituindo a Política Estadual de Administração dos
3
Recursos Ambientais. A Avaliação de Impacto Ambiental – AIA é tratada no Capítulo
I, seção VII. A presente lei atribui aos empreendedores á obrigatoriedade da AIA para
todas as atividades que apresentem potencial ou efetivo impacto ambiental: “Artº 35 -
A avaliação de impacto ambiental dos planos, programas, projetos e políticas
públicas setoriais, bem como a realização de Audiências Públicas para sua
discussão far-se-ão na forma do disposto nas normas regulamentares desta Lei”.
O Decreto Estadual da Bahia, N°7.967/2001, publicado no Diário Oficial do
Estado em 06/06/2001, aprova o Regulamento da Lei N° 7.799, acima exposta. No Título IV no Capítulo I, trata de Avaliação de Impacto Ambiental. Observam-se tais
atribuições no Art.º 160, transcrito a seguir: As obras, atividades e empreendimentos, públicos ou privados, bem como planos, programas, projetos e políticas públicas setoriais suscetíveis de causar impacto no meio ambiente, devem ser objeto de Avaliação de Impacto Ambiental, objetivando a identificação e ao tratamento das conseqüências ambientais e dos efeitos sócio econômicos a eles associados, (BAHIA/2001).
A partir do estudo da Lei e do Decreto, observa-se que ambas as regulações
ambientais, apesar de recentes, não contam com conceitos e mecanismos baseados
na Produção Limpa, enfocando sua abordagem numa postura corretiva e reativa,
induzindo o empreendedor a adotar “Tecnologias de Fim-de-Tubo”. Estas tecnologias
consistem em estratégias reativas, tomadas quando as empresas se limitam a um
atendimento mínimo e relutante da legislação ambiental. Nestes casos, a maior
preocupação está voltada para a incorporação de equipamentos de controle da
poluição na saída dos efluentes para o meio ambiente. A dimensão ambiental é
percebida como um custo a mais, e desta forma representa uma ameaça à
competitividade empresarial). Parágrafo único - Consideram-se Estudos Ambientais todos aqueles apresentados como subsídio para a análise de licença ou autorização requerida, tais como: relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, estudo de impacto ambiental e relatório de impacto ambiental, diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada, (KIPERSTOK et al, 2001).
A Norma do Conselho Estadual de Meio Ambiente da Bahia - CEPRAM 2929, de
18 de janeiro de 2002, dispõe sobre o Processo de Avaliação de Impacto Ambiental,
para empreendimentos e atividades considerados efetiva ou potencialmente
causadoras de significativa degradação do meio ambiente, utilizando o Impacto
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Ambiental como foco principal no sistema de licenciamento ambiental. Esse fato
pode ser percebido pelas inúmeras citações dessa expressão no decorrer da norma: Art. 1º - Aprova a Norma Técnica - NT, que dispõe sobre o processo de AVALIAÇÃO DE IMPACTO AMBIENTAL .... efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio-ambiente, cuja ......; “5.6 – Licença Ambiental: Ato administrativo pelo qual o CRA ou o CEPRAM...., para localizar, instalar, alterar e operar empreendimento ou atividades efetivas ou potencialmente poluidoras. (BAHIA, 2002)
A CEPRAM 2929, como as normas e leis Brasileiras de uma forma em geral, no
que tange aos sistemas produtivos, aborda a questão ambiental com estratégias do
tipo "Comando & Controle", a qual se caracteriza pelo estabelecimento de
dispositivos e exigências legais (comando) e de mecanismos para garantir o seu
cumprimento (controle). Não integra fatores ambientais importantíssimos (ex. água,
ar, solo, fatores bióticos e sociais) e utiliza o Impacto Ambiental como foco principal
do sistema de Licenciamento Ambiental, quando deveria focar a produtividade e a
eco-eficiência no uso dos recursos naturais e a avaliação da curva de evolução
tecnológica dos processos produtivos dos empreendimentos.
Desta forma, grande parte das avaliações de impactos ambientais é realizada
no início do processo de licenciamento ambiental do empreendimento junto ao
CRA/IBAMA. A gestão ambiental do empreendimento industrial costuma realizar o
acompanhamento das questões levantadas justamente neste período, pelo Estudo
de Impactos Ambientais (EIA) e Relatório de Impactos no Meio Ambiente (RIMA)
elaborados na ocasião. A falta de um acompanhamento baseado em uma análise
posterior a este período pode ter como conseqüência o surgimento de outros riscos
que ofereçam grandes impactos ambientais, sem sua avaliação, mitigação,
correção/eliminação ou compensação. CANTER (1984) trata a auditoria como uma ferramenta a ser utilizada no
processo de Avaliação de Impacto Ambiental. O autor argumenta que uma auditoria
realizada após a implantação de um empreendimento permite averiguar se as
medidas de mitigação e monitoramento previstas foram instaladas; se essas medidas
têm desempenho satisfatório; se, e como, os impactos previstos se realizaram; ou
ainda, se ocorreram impactos que não estavam previstos. POLIDO et al. (2004) refere-se à auditoria ambiental na contratação de seguro ambiental para um
empreendimento, ao citar a necessidade da realização, pela empresa seguradora, de
uma inspeção técnica criteriosa das instalações.
5
Internacionalmente, a auditoria ambiental sobre base normalizada começou a
ser discutida em 1991 com a criação do Strategic Advisory Group on Environment –
Sage no âmbito da ISO. A discussão se amplia mundialmente, em 1994, com a
divulgação dos projetos de norma dentro da série ISO 14000. Em 1996, tais projetos
de norma são alçados à categoria de normas Internacionais, sendo adotadas pelos
países participantes da ISO. No Brasil, a Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT) órgão responsável pela normatização para desenvolvimento tecnológico -
apresentou, em dezembro de 1996, as NBR ISO 14010, 14011 e 14012, referentes à
auditoria ambiental. As regras propostas pela ABNT pretendem ajudar a conter os
impactos ambientais provenientes de acidentes em processos produtivos. (FREITAS;
BRAGA; BITAR, 2001 ).
A ISO 14001 é considerada por diversos autores, como Epelbaum (2004), uma
norma que contém o modelo mais consagrado de sistema de gestão ambiental. Em
sua dissertação de mestrado intitulada “A Influencia da Gestão Ambiental na
Competitividade e nos Sucesso Empresarial”, este autor conclui que, de um modo
geral, o investimento em meio ambiente contribui para aumentar o sucesso
empresarial e as vantagens competitivas, sendo a produção limpa capaz de reduzir
os custos nas indústrias. As normas que estabelecem critérios de engenharia para questões
ambientais, como as NBR’s ISO 14001, 14010 e 14011 não definem as metodologias
a serem utilizadas para a identificação e tomada de ações corretivas, somente
determina que estas ações sejam adequadas à magnitude e características do
problema em questão. A norma também orienta que as ações preventivas sejam
implementadas e que exista um acompanhamento sistemático, a fim de assegurar
sua eficácia. (ANDRADE; TURRIONI, 2000).
A NBR ISO 14001 estipula a necessidade da implantação de um sistema de
gestão ambiental em todas as atividades que ofereçam algum nível de risco ao meio
ambiente, responsável por assegurar que os processos decorram com o menor
impacto ambiental possível. No requisito 4.3.1, destaca:
A organização deve estabelecer e manter procedimento(s) para identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços que possam por ela ser controlados e sobre os quais presume-se que ela tenha influência, a fim de determinar aqueles que tenham ou possam ter impacto significativo sobre o meio ambiente (NBR ISO 14001, 2004).
6
Sobre aspectos ambientais, no item “Planejamento de Requisitos do Sistema
de Gestão Ambiental” define: A organização deve estabelecer, implementar e manter procedimento(s) para: a) identificar os aspectos ambientais de suas atividades, produtos e serviços, dentro do escopo definido do seu sistema de gestão ambiental, que a organização possa controlar e aqueles que ela possa influenciar, levando em consideração os desenvolvimentos novos ou planejados, as atividades, produtos e serviços novos ou modificados, b) determinar os aspectos que tenham ou que possam ter impactos significativos sobre o meio ambiente (isto é, aspectos ambientais significativos) c) a organização deve assegurar que os aspectos ambientais significativos sejam levados em consideração no estabelecimento, implementação e manutenção de seu sistema de gestão ambiental. (NBR ISO 14001, 2004).
Em outras palavras, a ABNT estipula normas que pretendem garantir que as
organizações operem baseadas em técnicas reconhecidas como técnicas de
produção limpa ou clean production. A UNEP – United Nations Enviromental Program
– define produção limpa como “a aplicação contínua de uma estratégia ambiental de
forma preventiva e integrada, em processos, produtos e serviços com o objetivo de
aumentar sua eficiência e reduzir riscos ao homem e ao meio ambiente.” (UNEP,
1992).
Como dito anteriormente, as três normas relativas à auditoria ambiental da
ABNT, que consistem em traduções das normas da International Organization for
Standardization – ISSO, são: NBR ISO 14010, NBR ISO 14011 e NBR ISO 14012.
Estas normas visam sistematizar o processo requerido pela ISO 14001, com o
propósito de redução e eliminação de impactos ambientais.
De acordo com a NBR ISO 14010, auditoria ambiental é o processo
sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma
objetiva, evidências de auditoria para determinar se as atividades, eventos, sistema
de gestão e condições ambientais especificados ou as informações relacionadas a
estes estão em conformidade com os critérios de auditoria, e para comunicar os
resultados deste processo ao cliente.
A NBR ISO 14010 recomenda como requisitos para a realização de uma
auditoria ambiental:
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• que o objeto enfocado para ser auditado e os responsáveis por tal objeto
devem estar claramente definidos e documentados;
• que a auditoria só é realizada se o auditor líder estiver convencido da
existência de informações suficientes e apropriadas, de recursos adequados
de apoio ao processo de auditoria e de cooperação ao auditado.
A norma aponta, ainda, os princípios gerais para condução de auditorias que são
apresentados abaixo:
Tabela 1 - Princípios Gerais de Auditoria ambiental (NBR ISO 14010)
Tema Recomendação
Definição dos objetivos e
escopo da auditoria
Os objetivos da auditoria devem ser definidos pelo cliente e o escopo da
auditoria pelo auditor-líder para atender aos objetivos do cliente. Os
objetivos e escopo da auditoria devem ser comunicados ao auditado
antes da realização da auditoria.
Objetividade,
independência e
competência
Os membros da equipe de auditoria devem ser livres de preconceitos e
conflitos de interesse; independentes das atividade por eles auditadas; e
devem ter conhecimento, habilidade e experiência para realizar a
auditoria.
Profissionalismo As relações auditor/cliente devem ser caracterizadas por
confidencialidade e discrição. Salvo quando exigido por lei, é
recomendado que informações, documentos e relatório final da auditoria
não sejam divulgados sem autorização do cliente e, conforme o caso,
sem autorização do auditado.
Procedimentos
sistemáticos
A realização da auditoria deve seguir diretrizes desenvolvidas para o tipo
apropriado de auditoria ambiental. No caso da auditoria de SGA, a
norma remete para a NBR ISO 14011.
Critérios Os critérios de auditoria devem ser definidos entre auditor e cliente, com
posterior comunicação ao auditado; evidências devem ser obtidas a
partir da coleta, análise, interpretação e documentação e constatações
de informações; e as evidências obtidas devem permitir que auditores
ambientais, trabalhando independentemente entre si, cheguem a
constatações similares.
Confiabilidade das
constatações e
conclusões de auditoria
As constatações e conclusões da auditoria devem possuir nível
desejável de confiabilidade, devem ser deixadas claras as
limitações/incertezas de evidências coletadas.
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Relatório de auditoria O relatório de auditoria deve conter itens como: identificações; objetivos
e escopo da auditoria; critérios da auditoria; período e datas; equipe de
auditoria; identificação dos entrevistados na auditoria; resumo do
processo de auditoria, incluindo obstáculos encontrados; conclusões;
declaração de confidencialidade; e identificação das pessoas que
recebem o relatório. É recomendado que o auditor-líder, em acordo com
o cliente, determine quais os itens que constarão do relatório. Em nota, a
norma indica que é responsabilidade do cliente ou do auditado a
determinação de ações corretivas; entretanto, se previamente acordado
com o cliente, o auditor pode apresentar recomendações no relatório.
(FREITAS; BRAGA; BITAR, 2001)
Neste trabalho propomos o uso da ferramenta de Análise de Risco HAZOP
para compor um sistema de auditoria ambiental, ajudando na identificação, registro e
gerenciamento de riscos ambientais, prevenindo assim seus possíveis impactos.
Segundo PORTO e FREITAS, (1997), as discussões que vêm sendo
colocadas no campo da Análise de Riscos para as questões relacionadas aos
sistemas tecnológicos complexos, como o caso das indústrias presentes em um
complexo químico industrial e seus riscos para a saúde e o meio ambiente, servirão
de referência para a Reflexão sobre as possibilidades de desenvolvimento de uma
abordagem teórico-metodológica integradora.
A ferramenta de Análise de Risco selecionada para a realização deste estudo,
HAZOP (Hazard and Operability Study), além de atender aos princípios gerais de
auditoria ambiental apresentados pela NBR ISO 14010, mostra-se capaz de
identificar impactos em etapas posteriores à Avaliação de Impacto Ambiental e,
portanto, mais efetiva para complementar o sistema de gestão ambiental em
empreendimentos industriais.
Parte-se do pressuposto de que a HAZOP pode compor uma metodologia de
auditoria ambiental eficiente e que considere, na gestão ambiental de um
empreendimento industrial, a análise de riscos ambientais detectados a partir do seu
projeto básico. Neste aspecto, a HAZOP pode ajudar a compor um sistema de
auditoria ambiental mais completo, maximizando a eliminação de impactos e
reduzindo os custos com a correção ou compensação destes. Alem desse capitulo inicial, o presente trabalho está organizado em outros 6 capítulos. O segundo capítulo apresenta os conceitos de Riscos e Impactos
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ambientais, fundamentais para relacionar essa proposta com o campo de Engenharia
Ambiental. No terceiro capítulo apresenta-se as ferramentas de Análise de Risco
qualitativa. O quarto capítulo descreve as etapas de um empreendimento industrial
para marcar a abrangência das ferramentas de gestão ambiental atualmente
utilizadas e a proposta neste trabalho. O quinto capítulo descreve mais
profundamente a ferramenta proposta, a HAZOP. O sexto capítulo apresenta um
estudo de caso para confirmar a validade dessa proposta. O sétimo capitulo
apresenta as conclusões sobre a aplicação da ferramenta HAZOP ao estudo de
caso, ressaltando as suas vantagens e desvantagens, restrições e oportunidades de
melhorias.
2 - RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
Segundo Andrade e Turrioni (2000), um risco é a avaliação de um perigo
associando a probabilidade de ocorrência de um evento indesejável (incidente ou
acidente) e a gravidade de suas conseqüências. Em qualquer processo sempre
haverá riscos ambientais, tanto pela natureza do processo, quanto pelos produtos
envolvidos. Por exemplo, o manuseio de óleo lubrificante, tem aspecto ambiental
associado não apenas com a possibilidade de um incêndio, mas a possibilidade de
um derrame acidental que leve a um impacto de contaminação do solo e/ou da água.
Porém, nem todos os riscos ambientais são detectados com facilidade.
O risco está SEMPRE presente ele pode advir tanto do conhecido como do desconhecido. É impossível trazer o risco a zero porque os fatores desconhecidos, por definição, nunca podem ser completamente sabidos, isto é, você nunca pode provar que o risco não existe, como você não pode provar qualquer negação. É crítico visualizar o risco como algo fluido e dinâmico que deve ser gerenciado, não como algo binário “que acontecerá ou não acontecerá”. As companhias devem, logo nos estágios iniciais, adotar uma gestão agressiva de risco, como ela realmente é, uma ferramenta de redução de custos das falhas e possibilidade de rápidas adaptações. Um aspecto contínuo da gerência de risco é que ela sempre estará lá devendo ser gerenciado, (tradução nossa), (NORTON, 2004).
Relacionando-se o impacto ambiental como o resultado da exposição ao risco
ambiental, torna-se necessária a realização de uma análise exaustiva de todos os
riscos. No passado, os riscos eram identificados somente através da experiência e
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conhecimento das pessoas envolvidas. O crescimento da consciência ecológica
despertou a comunidade científica para a necessidade de desenvolver uma série de
técnicas que prevêem a gestão dos riscos dos processos industriais, reduzindo o
impacto à saúde, à segurança e ao meio ambiente, foco deste trabalho.
Um dos grandes marcos desta crescente preocupação com a análise destes
riscos, foi a fundação, em 1980, da Sociedade para Análise de Riscos (PORTO,
1997). O desenvolvimento das técnicas de Análise de Risco constituíram uma
maneira formal e sistemática de explorar, consolidar e documentar tal experiência e
conhecimento, permitindo que os riscos sejam previstos e gerenciados (LAGE,
2006). A Análise de Risco é um conjunto de práticas que permitem aumentar a
confiabilidade dos sistemas técnico e organizacional em indústrias. (PORTO;
FREITAS, 1997)
De acordo com o Manual da Fepam (2001), Análise de Risco constitui-se em
um conjunto de métodos e técnicas que aplicados a uma atividade proposta ou
existente identificam e avaliam qualitativa e/ou quantitativamente os riscos que essa
atividade representa para a população vizinha, ao meio ambiente e à própria
empresa. Os principais resultados de uma análise de riscos são: a identificação de
cenários de acidentes, suas freqüências esperadas de ocorrência e a magnitude das
possíveis conseqüências (MANUAL FEPAM , 2001).
Segundo Epelbaum (2004) a empresa deve identificar e avaliar os aspectos e
impactos ambientais decorrentes de suas atividades, produtos e serviços,
contemplando as situações emergenciais. Dentre as ferramentas que compõem
“boas práticas de um sistema de gestão ambiental”, o mesmo autor aponta a Análise
de Risco como uma das mais eficientes, em paralelo a outras como auditorias,
indicadores ambientais, indicadores de desempenho, avaliação de impacto
ambiental, gestão ambiental de fornecedores e educação ambiental.
Atualmente vem ocorrendo uma tendência de ruptura das abordagens
disciplinares clássicas que analisam os riscos e seus efeitos sobre a saúde e o meio
ambiente através do paradigma científico da compartimentação disciplinar, que
fragmenta as análises em função dos corpos (Ciências Biomédicas) e mentes
afetadas (Psicologia), do ambiente interno à fábrica (Engenharia, Administração e
demais disciplinas envolvidas no projeto e gestão dos processos produtivos) e do
ambiente externo, incluindo a esfera social (Geografia, Sociologia, Antropologia,
Economia e Ecologia).
11
O avanço na análise e no gerenciamento de riscos torna necessária a integração das
diversas perspectivas que integram o campo da Análise de Riscos, na busca de uma
abordagem mais abrangente do fenômeno dos riscos tecnológicos ambientais.
(PORTO; FREITAS, 1997).
Para o caso dos problemas ambientais, esta complexidade é acentuada, tanto
pela biodiversidade, como pela grande variabilidade genética encontrada entre os
seres vivos de uma mesma espécie, além das diferenças entre as composições
químicas dos solos, águas e atmosferas, o que muitas vezes é agravado pelas
condições sociais em que se encontram as populações e o meio ambiente.
Segundo Cooper (2005), para se proceder uma analise de riscos, é preciso
haver um dos seguintes motivos:
• Há uma exigência regulamentada. Em muitas jurisdições as leis requerem estudos formais e relatórios do impacto ambiental, para assegurar que riscos ambientais foram identificados e as medidas adequadas do tratamento e mitigação foram incluídas no projeto. Frequentemente, as medidas de mitigação transformam-se numa condição para a aprovação e licenciamento do projeto. As atividades mitigadoras devem se estender sobre todas as fases de um projeto e a vida inteira do empreendimento criado pelo projeto, do projeto e construção passando pela operação e desativação/fechamento e reaproveitamento.
• Há uma exigência ética. Muitas companhias têm códigos de éticas e de
conduta ambiental que requerem prioridade para a minimização dos danos ambientais. Este é o papel “de boa cidadania” das companhias. O desempenho ambiental pode também ser incluído no plano de metas, no balanço da organização e seus relatórios de monitoração.
• Há uma razão econômica. Identificar riscos ambientais e mitigá-los na fase
inicial de um projeto é geralmente mais fácil e mais barato do que corrigir ou tratar impactos no ambiente. Existem também benefícios financeiros indiretos – evitando problemas ambientais se reduz a quantidade de tempo da gerência em tratar, reduzir problemas nas operações e, no caso extremo, evita penalidades legais e processos litigiosos caros.
• Há razões sociais e da comunidade para tanto. A maioria dos projetos tem muitas partes interessadas em seus efeitos mais amplos. A gerência de risco ambiental deve promover uma comunicação melhor com as partes interessadas, compreensão melhor da comunidade dos custos ambientais e benefícios e uma transparência maior do processo.
• Em algumas localidades existe a exigência explícita da comunidade pela
participação formal de um consultor e em muitos projetos a sua participação é recomendada. A gerência de risco pode fazer contribuições importantes à gerência de projeto em todas as suas fases, da inicial conceitual à operação da planta e comercialização dos seus produtos, (tradução nossa).
12
3 - FERRAMENTAS DE ANÁLISE DE RISCO
Atualmente há um bom número de ferramentas utilizadas para a identificação
de riscos em diversas etapas de um empreendimento industrial. Por se aplicarem em
momentos distintos, algumas delas podem ser combinadas para uma avaliação
completa. A princípio, as ferramentas de Análise de Risco permitem identificar e
avaliar riscos, mas a maioria dos modelos existentes também possibilita, como
conseqüência dessas análises, definir as ações para eliminar ou controlar os riscos
identificados. (LAGE, 2006).
Segundo a UNEP (1992), os resultados do uso das ferramentas de análise de
risco servem para decidir sobre: (a) a localização geográfica dos processos e
operações industriais perigosas; (b) os investimentos nos equipamentos voltados à
prevenção de acidentes e limitação de suas conseqüências; (c) os projetos
tecnológicos de processos de fabricação e sistemas de controle; (d) a criação de
rotinas operacionais e de manutenção; (e) a elaboração de documentos de
segurança para a organização. De acordo com Brown (1998), as mais importantes técnicas de identificação
de perigos ou Análise Qualitativa de Risco são: APP, HAZOP, WHAT-IF, FMEA –
“devido ao seu caráter bem estruturado e sistemático, essas técnicas são capazes de
serem altamente eficazes na detecção de potenciais de risco”.
Para que se tenha uma visão geral do campo de Análise de Risco, faz-se a
seguir uma breve conceituação das ferramentas referenciadas. Como para este
estudo interessa particularmente a ferramenta HAZOP (Hazard and Operability
Studies), a mesma será mais extensamente explanada adiante.
3.1 – ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS A APR (Análise Preliminar de Riscos ou Perigos) é uma técnica qualitativa que,
fundamentalmente, analisa os riscos globais de uma Planta. Quando realizada por
um grupo, propicia uma considerável reflexão sobre o projeto e a operação da
instalação, mesmo para os técnicos mais experientes, podendo também servir como
um eficiente instrumento de treinamento. Ela permite a análise dos riscos globais
identificando as causas potenciais e as conseqüências de vazamentos de matéria
e/ou energia por perda de contenção dos componentes da instalação. Contempla
dispositivos de proteção, detecções existentes, equipamentos, instrumentação,
13
utilidades, ações humanas e fatores externos que possam afetar o processo
(ESTEVES, 2004).
3.2 - FMEA “Failure Mode & Effect Analysis” ou AMFE (Análise de Modos de Falhas e
Efeitos) permite analisar o modo de falha, ou seja, como podem falhar os
componentes de um equipamento ou sistema, estimar as taxas de falhas,
determinar os efeitos que poderão advir e, consequentemente, estabelecer
mudanças a serem realizadas para aumentar a probabilidade do sistema ou do
equipamento, para funcionar realmente de maneira satisfatória e segura
(PALADY, 1997). . Os seus principais objetivos são:
• revisar sistematicamente os modos de falhas de componentes para
garantir danos mínimos ao sistema;
• determinar os efeitos dessas falhas em outros componentes do sistema;
• determinar a probabilidade de falha com efeito crítico na operação do sistema;
• apresentar medidas que promovam a redução dessas probabilidades, através do uso de componentes mais confiáveis, redundâncias, etc. (BROWN, 1998)
3.3 - WHAT IF A técnica “What-If” é um procedimento de revisão de riscos de processos que
se desenvolve através de reuniões de questionamento de procedimentos,
instalações, etc. de um processo, gerando também soluções para os problemas
levantados. Seu principal objetivo é a identificação de potenciais riscos que
passaram despercebidos em outras fases do estudo de segurança. O conceito é
conduzir um exame sistemático de uma operação ou processo através de perguntas
como “O que aconteceria se...” e, com isto, permitir a troca de idéias entre os
participantes das reuniões, favorecendo e estimulando a reflexão e a associação
dessas idéias. (LUIS; RICARDO; IVAN, 2003)
3.4 - HAZOP O estudo de operabilidade e riscos foi desenvolvido para o exame eficiente e
detalhado das variáveis de um processo. Através da HAZOP, sistematicamente se
identificam os caminhos pelos quais os equipamentos do processo podem falhar ou
14
ser inadequadamente operados. A técnica é desenvolvida por uma equipe
multidisciplinar, sendo guiada pela aplicação de palavras específicas - palavras-guia -
a cada variável do processo, gerando os desvios dos padrões operacionais, os quais
são analisados em relação às suas causas e conseqüências (SOUZA, 1995).
Segundo Arendt (1993), por ser completa, sistemática e relativamente fácil de ser
aplicada, a HAZOP é uma das técnicas de Análise de Riscos mais populares. A
descrição detalhada desta ferramenta é apresentada no próximo capítulo.
Tabela 2 - Comparação entre as principais ferramentas de Análise de Riscos Técnicas Vantagens Desvantagens
APP ou APR necessidade de análise prévia;
classificação do risco. muito preliminar.
“WHAT - IF” fácil aplicação e geral; qualitativa, uso
em projeto ou operações.
vários “check lists”, consumo de tempo.
FMEA fácil aplicação; modelo padronizado;
classificação de risco; analisa
subsistemas.
examina falhas não perigosas;
demorada; não considera falhas de
modo comum ou combinação de falhas.
HAZOP fácil aplicação; muito aceito e
padronizado; sem modelo matemático consumo de tempo; equipe
multidisciplinar treinada; conhecimento
do processo; uso de fluxogramas (P&I’s).
(BROWN, 1998)
4 - A GESTÃO AMBIENTAL E AS ETAPAS DE UM EMPREENDIMENTO INDUSTRIAL
A importância desse estudo se deve ao fato da gestão ambiental ser usualmente
baseada na Avaliação de Impacto Ambiental, nos Relatórios EIA e RIMA, elaborados
para licenciamento de um empreendimento industrial. Por serem elaborados em uma
etapa preliminar do empreendimento, possuem grande probabilidade de excluir a
avaliação de riscos ambientais que se evidenciam ao longo das demais etapas. Na maioria de países tornou-se mandatória a Avaliação dos Impacto Ambientais (EIA) seja feita antes da execução de um projeto que tenha grande escala de conseqüências ambientais. Um Planejamento de Gestão Ambiental (EMP) apropriado deve estar implantado antes do inicio da operação da unidade, (tradução nossa), (NAIR, s/d.).
15
Para compreender a abrangência da Avaliação de Impacto Ambiental – base para
os atuais planejamentos de gestão ambiental - é necessário conhecer o processo de
implementação de um empreendimento industrial. NIERO (2004) define as principais
etapas que se seguem para implantação de um projeto industrial como:
Engenharia conceitual (ou pré-engenharia), em que se definem as linhas gerais
que o projeto deverá adotar, como tipo de produto a ser fabricado, capacidade de
produção, tipo do processo a ser utilizado, macro-localização do empreendimento,
etc.
Engenharia básica, em que se consolidam a rota tecnológica a ser adotada, os
critérios de projeto, o dimensionamento básico (capacidade dos principais
departamentos da planta, bem como dos equipamentos principais), fluxogramas e
lay-outs;
Engenharia de detalhamento, na qual as especificações dos equipamentos,
materiais e padrões de instalação são definidos em seus detalhes, gerando
informações para a compra dos equipamentos e materiais, bem como para
elaboração dos desenhos que serão utilizados para construção e montagem;
Construção, em que se executam todas as obras de construção civil como
terraplanagem, fundações, estrutura de concreto e metálicas, fechamentos das
edificações, coberturas, sistemas hidráulicos, infra-estrutura (sistemas subterrâneos,
pontes de tubulações, arruamentos, calçadas, portaria, cercas, paisagismo, etc).
Montagem eletromecânica na qual são executados as montagens de
equipamentos, tubulações, equipamentos e materiais elétricos, automação (sistema
digital de controle distribuído, instrumentos, válvulas de controle e materiais de
instalação), pintura, isolamento térmico.
Comissionamento, testes, pré-operação e partida: nessas etapas é realizado o
comissionamento, o que significa verificar se os equipamentos e instalações foram
corretamente montadas; a seguir os equipamentos e departamentos de processo e
auxiliares são testados; após os testes passam-se a operar partes da planta até que
ela possa ser totalmente operada produzindo dentro das especificações pré-
estabelecidas; e finalmente a planta parte para operação comercial.
16
Para que todas essas etapas possam ocorrer de forma harmônica, o projeto
deve ser cuidadosamente planejado, os custos devem ser rigorosamente
controlados, os equipamentos, materiais e serviços devem ser comprados e
transportados para a obra, as atividades de obra (construção e montagem) também
devem ser cuidadosamente planejadas para que se atinjam os objetivos de prazo,
custo e qualidade estabelecidos na tomada de decisão de implantação do
empreendimento. Todas essas atividades fazem parte do gerenciamento do
empreendimento.
Pode-se adicionar ainda duas etapas citadas, mas não descritas por NIERO:
Operação Comercial e Desativação. A etapa de Operação Comercial consiste na
produção em larga escala para comercialização dos produtos dentro das
especificações pré-estabelecidas. Aqui pode-se considerar ainda as ações embutidas
na comercialização: divisão, acondicionamento, transporte e entrega do produto, etc.
A Desativação consiste no desmonte da planta e descarte dos equipamentos e
materiais remanescentes de forma adequada.
A Gestão Ambiental, como parte efetiva do gerenciamento de uma indústria,
também deve acompanhar todas as etapas do empreendimento industrial. Acredita-
se que a ferramenta de Análise de Risco HAZOP é capaz de identificar os riscos em
etapas que sucedem à Avaliação de Impacto Ambiental, complementando e
minimizando a possibilidade e potencialidades dos riscos ambientais.
Figura 1
17
A ferramenta de Análise de Risco selecionada para a realização deste estudo,
HAZOP, além de atender aos princípios gerais de auditoria ambiental apresentados
pela NBR ISO 14010, mostra-se capaz de identificar impactos em etapas posteriores
à Avaliação de Impacto Ambiental e, portanto, mais efetiva para complementar o
sistema de gestão ambiental em empreendimentos industriais. 5 - ESTUDO DE PERIGO E OPERABILIDADE – HAZOP
A revisão da literatura sobre analise de riscos revela a utilização de várias
técnicas consagradas na engenharia de segurança. Contudo observa-se que não
existe uma sistematização ou mesmo uma proposição clara para o uso da HAZOP na
avaliação dos possíveis impactos ambientais a partir do projeto básico e todas as
demais etapas do projeto e ciclo de vida do produto.
Por isso propõe-se nesse trabalho testar a aplicação da HAZOP na fase do
projeto básico, para a detecção e tratamento dos perigos potencialmente causadores
de impactos ambientais, propondo alterações no projeto de forma a eliminar,
controlar, mitigar os riscos nas unidades industriais. Pretende-se aplicar essa técnica
independente dos riscos estarem associados à segurança da instalação ou poderem
causar perda de continuidade operacional da instalação, vazamentos, emissões,
gastos desnecessários de insumos ou matérias primas, ou perda de especificação
do produto. Os conseqüentes impactos ambientais podem ser desde a necessidade
de extração de novas matérias primas até a contaminação do meio ambiente.
Segundo HOJDA (1997), “o levantamento de aspectos ambientais pode ser
realizado por uma equipe multidisciplinar, através da análise de riscos ambientais,
entrevistas, inspeções diretas ou qualquer outra técnica que permita à empresa
conhecer como é sua interação com o meio ambiente” – o que está intrinsecamente
alinhado com a técnica e metodologia da HAZOP.
A ferramenta ou técnica HAZOP (HAZARD AND OPERABILITY STUDIES) foi
criada pela Imperial Chemical Industries, Ltd. (ICI) na década de 60. Esta indústria
química britânica buscava desenvolver um método de analisar os perigos em um
processo a partir das condições básicas de operação, efetuando modificações destes
parâmetros e observação das conseqüências destas mudanças (NOLAN, 1994).
O foco desta ferramenta está tanto nos problemas de segurança – para a qual
objetiva identificar os perigos que possam colocar em risco os operadores e os
18
equipamentos da instalação, quanto nos problemas de operabilidade que podem
ocasionar perdas de produção ou afetar a qualidade do produto ou a eficiência do
processo. A sua metodologia é baseada em um procedimento que gera perguntas de
maneira estruturada e sistemática, através do uso apropriado de um conjunto de
palavras guias aplicadas a pontos críticos do sistema em estudo. Na HAZOP se
estudam as conseqüências da combinação de palavras-guias com as variáveis do
processo, resultando no desvio a ser analisado, propondo-se recomendações de
segurança e melhorias no processo de forma a mitigar suas conseqüências ou
reduzir a sua probabilidade de ocorrência.
De acordo com LAWLEY (1974) os principais objetivos da HAZOP são
identificar todos os desvios operacionais possíveis do processo e também identificar
todos os perigos e/ou riscos associados a esses desvios operacionais.
Um estudo de HAZOP é um processo detalhado de identificação dos riscos e problemas de operação, realizado por uma equipe. HAZOP trata da identificação de desvios potenciais de intenções do projeto, do exame das suas causas possíveis e da avaliação de suas conseqüências, (tradução nossa), (BS IEC, 2001).
O principal objetivo de um Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP) é
investigar de forma minuciosa e metódica cada segmento de um processo –
focalizando os pontos específicos do projeto (nós - um de cada vez), visando
descobrir todos os possíveis desvios das condições normais de operação,
identificando as causas responsáveis por tais desvios e as respectivas
conseqüências. Uma vez verificadas as causas e as conseqüências de cada tipo de
desvio e avaliado a aceitabilidade do mesmo através de uma matriz de aceitabilidade
previamente acordada, procuram-se propor medidas para eliminar ou controlar o
perigo ou para sanar o problema de operabilidade da instalação.
De acordo com Kletz (1992), no HAZOP "a operabilidade é tão importante
quanto a identificação de perigos". Geralmente neste tipo de estudo são detectados
mais problemas operacionais do que identificados perigos, aumentando sua
importância, pois a diminuição dos riscos está diretamente ligada à eliminação de
problemas operacionais. A eliminação dos problemas operacionais recai na
diminuição do erro humano, decrescendo assim o nível de risco e dos conseqüentes
impactos ambientais.
19
A necessidade de manter um ambiente seguro do trabalho para empregados e a comunidade vizinha é bem reconhecida. Para tanto, a extensiva analise dos perigos e dos riscos usando técnicas tais como os Estudos dos Perigos de Operacionabilidade (HAZOP) e Avaliações Quantitativas de Risco (QRA) são conduzidos baseando quais sistemas seguros, práticas de trabalho e medidas de redução do risco são adotadas. Os planos de gerenciamento ambiental das unidades de produção são capazes de mitigar o risco da maioria das situações de crise previstas, exceto aquelas dos incidentes de pesadelo, tais como terremotos, sabotagem, etc., (tradução nossa), (NAIR, s/d.).
HAZOP é uma técnica qualitativa fundamental para a análise dos problemas
de operabilidade de processos, permitindo, por si só, a tomada de decisão para
ações corretivas. Todo processo de HAZOP envolve o mapeamento e documentação
dos processos objetos de análise, o adequado gerenciamento de modificações e
equipes de trabalho participativas, e com conhecimento do projeto, processo,
operação, manutenção, segurança e meio ambiente, entre outros. Neste processo
são identificadas as oportunidades para a melhoria operacional, além de outras para
redução dos perigos e riscos de operação. Por ser uma metodologia estruturada para
identificar desvios operacionais, pode ser usada na fase de projeto de novos
sistemas/unidades de processo quando já se dispõe dos fluxogramas preliminares
de engenharia e de processo da instalação ou em modificações ou ampliações de
sistemas/unidades de processo em operação.
O método HAZOP é principalmente indicado quando da implantação de novos
processos na fase de projeto ou na modificação de processos já existentes. O ideal
na realização do HAZOP é que o estudo seja desenvolvido antes da fase de
detalhamento e construção do projeto, evitando com isso que modificações tenham
que ser feitas, quer no detalhamento ou pior ainda nas instalações. Vale ressaltar
que a HAZOP é conveniente para projetos e modificações tanto grandes como
pequenas. A HAZOP pode também ser usada como revisão geral de unidades de
processos já em operação. Portanto, esta técnica pode ser utilizada em qualquer
estágio da vida de uma instalação/processo.
A aplicação da técnica de HAZOP é recomendada também em todas as fases
seguintes, visto que a mesma, pela sua sistematicidade, flexibilidade e abrangência
para identificação de perigos e problemas operacionais, pode antecipar problemas de
instalação, processo ou equipamento que além de provocar desvios no processo,
podem acarretam quebras e, na maioria dos casos, impactos ao meio ambiente.
“Embora um estudo de HAZOP seja sem dúvida dispendiosos, freqüentemente evita
20
uma despesa muito maior do que quando a planta tem que ser modificada por causa
de algum problema que poderia ser identificado por um estudo de HAZOP.” (KING,
1988).
A análise por HAZOP foi desenvolvida originalmente para ser aplicada a
processos de operação contínua. Entretanto, com pequenas modificações, esta
técnica pode ser empregada para processos que operam por bateladas. Deve-se
executar HAZOP de uma planta na fase inicial do projeto, a fim de que as possíveis
modificações oriundas da análise possam ser incorporadas sem maiores custos. No
caso de HAZOP de uma planta existente, é imperativo que se proceda a uma
verificação prévia dos documentos quanto a sua atualização, de forma a não
comprometer o resultado do trabalho. “Quando o pior evento as circunstâncias que
poderiam provocá-lo são consideradas, pode-se elaborar os planos para a sua
prevenção, controle ou minimização” (Flixborough Report HMSO, 1975).
Segundo CARVALHO (1998), no contexto deste requisito é importante
compreender que a norma NBR ISO 14001, explicitamente prescreve que o processo
de avaliação para determinar a significância dos aspectos ambientais deve conter
quatro etapas mínimas:
1. Identificação dos aspectos ambientais por atividade, produto ou serviço
(ou grupos ou famílias destes).
2. Identificação dos impactos ambientais por aspecto identificado.
3. Avaliação da significância dos impactos identificados.
4. Atribuição da significância do aspecto em função da avaliação do (s)
impacto (s) associado(s).
Apesar de Carvalho priorizar o uso de FMEA, ponderamos que a HAZOP
atende de forma mais abrangente as etapas mínimas estabelecidas pelo mesmo,
enquanto a FMEA foca mais objetivamente os produtos, não se atendo aos
processos de produção, onde os resultados das análises produzem resultados mais
alinhados com a produção limpa e a redução dos impactos ambientais.
Para a execução do HAZOP, além da participação de especialistas experientes,
informações precisas, detalhadas e atualizadas a respeito do empreendimento,
projeto e operação da instalação a ser analisada, é necessário dispor-se de
informações sobre o processo, a instrumentação e a operação da instalação. Estas
informações podem ser obtidas através de documentação, tais como especificações
21
técnicas, procedimentos de operação e de manutenção ou por pessoas com
qualificação técnica e experiência. Abaixo se encontra listada a documentação
recomendada para execução do HAZOP:
1. Fluxogramas de engenharia (P&ID's).
2. Fluxogramas de processo e balanço de materiais.
3. Folhas de dados de todos os equipamentos.
4. Especificações e padrões dos materiais das tubulações.
5. Memoriais descritivos, incluindo a filosofia de projeto.
6. Diagrama lógico de intertravamento e sua descrição.
7. Tabelas de causa e efeito.
8. Dados de projeto de instrumentos, válvulas de controle, etc.
9. Dados de projeto e setpoints de todas as válvulas de alívio, discos de
ruptura, etc.
10. Diagrama unifilar elétrico.
11. Especificações das utilidades, tais como vapor, água de refrigeração, ar
comprimido, etc.
12. Desenhos mostrando interfaces e conexões com outros equipamentos
na fronteira da unidade/sistema analisados.
13. Matriz de aceitabilidade acordada com a alta direção do Projeto.
O HAZOP pressupõe que a interação de pessoas com diferentes experiências
estimula a criatividade e gera novas idéias. “A técnica de HAZOP é implementada
por uma equipe multidisciplinar coordenada por um líder que guia as reuniões de
análise.”(CAGNO, 2002). A aplicação da HAZOP por uma equipe multidisciplinar de
especialistas com diferentes experiências e informações interagindo de uma forma
criativa e sistemática torna possível identificar mais problemas do que se cada um
trabalhasse individualmente e seus resultados fossem combinados. Assim, estimula-
se a livre defesa de pontos de vistas, evitando críticas que inibam a participação ativa
e a criatividade dos integrantes da equipe, para que se avaliem as causas e os
efeitos de possíveis desvios operacionais, de forma que o grupo chegue a um
consenso e proponha soluções para o problema. Um ponto importante na seleção da
equipe é recrutar membros com larga experiência em projetos e processos
semelhantes ao que será analisado.
22
A composição básica de uma equipe de HAZOP, sugerida pela BS IEC (2001),
inclui:
• Líder de HAZOP: perito na técnica HAZOP e, preferencialmente,
independente da planta ou projeto que está sendo analisado. Sua função é
garantir que o grupo siga os procedimentos do método HAZOP e que se
preocupe mais em identificar riscos e problemas operacionais do que resolvê-
los. Esta pessoa deve ter como principal característica prestar atenção
meticulosa aos detalhes da análise.
• Coordenador do Empreendimento: responsável por manter os custos do
projeto dentro do orçamento. Ele deve ter consciência de que quanto mais
cedo forem descobertos riscos ou problemas operacionais, menor será o custo
para contorná-los.
• Engenheiro de processos: normalmente um dos técnicos que participou da
elaboração dos fluxogramas do processo, É necessário que o mesmo domine
o processo em avaliação.
• Engenheiro de controle/automação: sua participação é recomendável
mesmo nos casos em que a instalação em análise não tenha automatização,
posto que a sua contribuição pode ser decisiva na proposição de dispositivos
de monitoração e controle para os perigos detectados.
• Engenheiro eletricista: necessário sempre que o projeto envolver aspectos
de uso/fornecimento de energia, particularmente em processos contínuos.
Em estudo de plantas já existentes em funcionamento, que estiverem sendo
modificadas ou ampliadas, o grupo deve complementado por:
• Chefe da unidade ou engenheiro de produção: responsável pela operação
da planta.
• Supervisor: conhecedor do que de fato acontece na planta, e não apenas do
que deveria acontecer.
• Engenheiro de manutenção: responsável pela manutenção da unidade.
• Responsável pela instrumentação: pessoa responsável pela manutenção
dos instrumentos do processo.
23
• Engenheiro de pesquisa e desenvolvimento: responsável pela investigação
dos problemas técnicos.
Além das pessoas recomendadas acima, pode ser necessário o auxílio de
especialistas em aspectos operacionais específicos ou do projeto, como controle de
processos, incêndios, computação, etc.
Embora os membros da equipe tenham objetivos comuns – obter uma
instalação ao menor custo, segura, fácil de operar, menos impactantes quanto
possível ao meio ambiente – as limitações impostas a cada um dos participantes são
diferentes, pois cabe a cada um dar maior ênfase à sua área de atuação. Este
aparente conflito de interesses ajuda a fazer com que os prós e os contras de cada
alteração sejam exaustivamente examinados antes de se tomar uma decisão final.
Este processo caracteriza a natureza de questionamento aberto apresentada
pela técnica HAZOP. Para garantir a liberdade de expressão, o líder da equipe deve
procurar evitar desequilíbrios, não permitindo que pessoas com personalidade mais
forte inibam a participação de outros membros do grupo, o que geraria uma análise
tendenciosa dos riscos. O HAZOP é uma técnica que permite aos peritos em um
processo utilizarem seus conhecimentos e experiências de maneira sistemática, de
modo que os problemas tenham menor probabilidade de serem omitidos. As reuniões da equipe de HAZOP devem ser suficientemente freqüentes para
se manter a motivação e em geral durar cerca de três horas no máximo. É
recomendável um intervalo de dois ou três dias entre reuniões subseqüentes, a fim
de permitir aos participantes coletarem as informações necessárias.
Quando se descreve a técnica de HAZOP, uma das preocupações dos ouvintes se refere ao tempo gasto na análise, em razão do exame exaustivo de todas as linhas de processo. Verifica-se que o homem-hora utilizado representa 2,5 % do dispensado na elaboração do projeto básico. Considera-se que este número é baixo, em relação aos benefícios obtidos; situa-se na ordem de grandeza do utilizado na análise de um único acidente de proporções relativamente sérias que venha a ocorrer na instalação (CARDELLA, 1989).
Segundo SOUZA (1995), os principais resultados fornecidos pelo HAZOP são: • Identificação de todos os desvios acreditáveis que possam conduzir a
eventos perigosos ou a problemas operacionais;
• Avaliação das conseqüências (efeitos) destes desvios sobre o
processo;
24
• Freqüência esperada da ocorrência de cada um dos desvios e dos
meios disponíveis para se detectar e corrigir ou mitigar os efeitos de
tais desvios.
Mesmo que o objetivo mais geral seja a identificação de riscos e problemas
operacionais, se faz necessária a definição de quais pontos devem ser abordados
pelo grupo de estudo, ou seja, a razão pela qual se está desenvolvendo uma análise
desta natureza. Dentre as diversas razões que conduzem à realização de um
HAZOP pode-se citar as seguintes:
• checar os itens de segurança de um projeto;
• melhorar a segurança de uma planta existente;
• checar a segurança dos procedimentos de operação de um processo;
• verificar o funcionamento da instrumentação de segurança;
• decidir sobre o local onde pode ser construída uma unidade industrial;
• desenvolver uma lista de questões (Checklist) a serem apresentadas ao
fornecedor de uma determinada tecnologia.
Além dos objetivos do estudo se faz também necessária a determinação de quais fatores, ou pessoas, serão afetados pelo desenvolvimento do mesmo, assim como:
• a segurança dos empregados (na planta em estudo ou nos arredores
da mesma);
• os danos aos equipamentos ou à planta;
• a perda de produção;
• a segurança pública;
• os impactos ambientais;
• etc.
A análise a partir da HAZOP pode gerar ainda mudanças no projeto e
estabelecimentos ou mudança nos procedimentos de operação, testes e
manutenções. Ressalta-se que os resultados obtidos são puramente qualitativos, não
fornecendo, portanto, estimativas numéricas (ALBERTON, 1996). A base de HAZOP é um “exame através de palavras guias” em uma busca deliberada dos desvios das condições de projeto. Para facilitar o exame, o sistema é dividido em partes de maneira que a condição de projeto para cada parte pode ser adequadamente definida. O tamanho de cada parte depende da complexidade do sistema e da severidade do perigo, (tradução nossa), (BS IEC, 2001).
25
HAZOP é essencialmente um procedimento indutivo qualitativo, no qual um
grupo examina um processo, gerando, de uma maneira sistemática, perguntas sobre
o mesmo. As perguntas, embora instigadas por uma lista de palavras-guia (Tabela
3), surgem naturalmente através da interação entre os membros da equipe. Portanto,
esta técnica de identificação de perigos consiste, fundamentalmente, em uma busca
estruturada das causas de possíveis desvios em variáveis de processo, ou seja, na
temperatura, pressão, vazão e composição, em diferentes pontos (denominados nós)
do sistema, durante a operação do mesmo. A busca dos desvios é feita através da
aplicação sistemática de uma lista formada pelas "palavras-guias" para cada modo
do sistema. De acordo com a BS IEC (2001) o procedimento para execução do
HAZOP pode ser sintetizado nos seguintes passos:
1. Divisão da unidade/sistema em subsistemas a fim de facilitar a realização do
HAZOP.
2. Escolha dos pontos de um dos subsistemas a ser analisado, chamado nó.
3. Aplicação das “palavras-guias”, verificando quais os desvios que são possíveis
de ocorrer naquele nó. Para cada desvio, investigam-se as causas possíveis
de provocá-lo, procurando-se levantar todas as causas e a
probabilidade/freqüência da sua ocorrência. Para cada uma das causas,
verificam-se quais são os meios disponíveis na unidade/sistema para
detecção desta causa e quais seriam as suas possíveis conseqüências. Em
seguida, através de uma matriz de aceitabilidade previamente estabelecida,
verifica-se se o cenário é aceito ou não. Procura-se então verificar o que pode
ser feito para eliminar a causa do desvio ou para minimizar as suas
conseqüências ou freqüência esperadas. As dúvidas ou pendências devem
ser anotadas para tratamento posterior. Finalmente, é estabelecido quem
ficará responsável pela implementação de cada recomendação. Uma vez
analisados todos os desvios, procede-se à escolha do próximo nó,
prosseguindo com a análise.
26
Tabela 3 - Lista de Palavras Guias normalmente usadas em HAZOP Palavras-Guia Comentário Exemplo
NÃO, NENHUM Negação do propósito do projeto nenhum fluxo
MENOS Decréscimo quantitativo menos temperatura
MAIS, MAIOR Acréscimo quantitativo mais pressão
TAMBÉM, BEM COMO Acréscimo qualitativo também
PARTE DE Decréscimo qualitativo parte de concentração
OUTRO QUE SENÃO Substituição completa outro que ar
REVERSO Oposição lógica do propósito do
projeto
fluxo
Fonte BS IEC, 2001 (Adaptado)
A correta utilização das palavras de orientação e a determinação de todos os
pontos críticos são de máxima importância para assegurar que o sistema seja
totalmente avaliado, resultando na identificação dos perigos do processo no sistema
em função dos parâmetros de processo: temperatura, vazão, concentração, etc.
O processo de execução de um estudo de HAZOP é estruturado e sistemático.
Portanto, se faz necessário o entendimento de alguns termos específicos que são
utilizados no desenvolvimento do mesmo (Anexo I).
De acordo com a HAZOP, os cenários de acidente devem ser classificados em
categorias de severidade, as quais fornecem uma indicação qualitativa do grau de
severidade das conseqüências dos cenários identificados. A determinação qualitativa
do risco é efetuada através da combinação de pares ordenados formados pela
categorização da severidade do evento e da freqüência (expectativa de ocorrência
do acidente). Da combinação/cruzamento da severidade com a freqüência esperada
obtém-se a matriz de riscos, a qual fornece uma indicação qualitativa do nível de
risco: aceitável, não aceitável justificar e, em casos especiais, a quantificar.
27
6 - ESTUDO DE CASO O estudo de caso aqui apresentado consiste em uma análise de risco usando
a técnica HAZOP, visando avaliar os cenários, riscos, causas, severidade e
freqüências da substituição dos acionadores (turbinas) de duas bombas de processo
na unidade UTE Brasil da empresa Brasil Ltda1. O estudo foi realizado numa situação
real, a título de consultoria terceirizada, tendo como líder de Hazop o autor do
presente trabalho. Para explicitar a possibilidade de uso da HAZOP na identificação
de riscos ambientais – como ferramenta de uma gestão ambiental mais eficiente – o
estudo de caso foi revisto, e suas recomendações, observações e sugestões
avaliadas com foco na identificação de riscos ambientais.
Como resultado, tem-se uma análise de risco direcionaa para a prevenção de
possíveis impactos ambientais. Com o estudo de caso, pretende-se ilustrar a
aplicabilidade da técnica escolhida neste trabalho, e mostrar os ganhos na
identificação dos riscos e impactos associados ao cenário em etapas que sucedem à
engenharia conceitual de um empreendimento industrial.
As categorias de severidade utilizadas no presente trabalho estão
apresentadas na Tabela 4 (a seguir), onde houve uma preocupação de explicitar as
questões relativas aos impactos ao meio ambiente. As perdas relativas as matérias-
primas e equipamentos que causam impactos ambientais quer seja pela necessidade
de se extrair matéria prima adicional da natureza, reprocessamento da produção não
conforme ou mesmo de contaminar o ambiente pela criação de rejeitos e/ou sucata,
que por estarem associadas a perdas financeiras, são também detectadas.
1 Os nomes da empresa e membros da equipe, com exceção do autor deste trabalho, foram alterados para preservar a privacidade dos mesmos.
28
Tabela 4 - Categoria de Severidade do Estudo de Caso
Categoria Descrição
Baixa
• Acidente sem afastamento ou desconforto em decorrência de
evento no processo da área local; ou
• Pequeno efeito contornável na operação ou serviço ou
• Pequena ocorrência ambiental; ou
• Ocorrência ambiental sobre meio forte e resistente.
Moderada
• Acidente com afastamento em decorrência de evento no
processo (lesões crônicas ou agudas); ou
• Evasão de funcionários para local próximo; ou
• Perdas até R$100.000,00; ou
• Parada prolongada do serviço; ou
• Ocorrência ambiental sobre meio frágil ou sensível.
Crítica
• Vítimas com lesões incapacitantes permanentes, ou Vítimas
fatais; ou
• Evasão para ponto de apanha ; ou
• Perdas entre R$100.000,00 e R$2.000.000,00; ou
• Impacto que paralisa o tratamento dos Efluentes; ou
• Grande ocorrência ambiental em meio frágil ou comunidade
sensível.
Catastrófica
• Várias vítimas fatais; ou
• Perdas acima de R$2.000.000,00; ou
• Grande ocorrência ambiental provocando danos em vasta
região (frágeis e sensíveis).
29
As Categorias de Freqüência usadas neste trabalho foram as Seguintes:
Tabela 5 - Categorias de Freqüência do Estudo de Caso
Categoria Descrição ou condição para a ocorrência:
Freqüente
• Esperada muitas ocorrências a cada ano; ou
• Erro Humano por inexistência de treinamento; ou
• Procedimento e condições de trabalho adversas
Provável
• Esperada uma ou mais vezes na vida útil do sistema; ou
• Erro Humano por inexistência de treinamento; ou
• Inexistência de procedimento e condições de trabalho
adequadas
Ocasional
• Falha única de componente; ou
• Erro humano em uma ação eventual; ou
• Descumprimento de procedimento ou treinamento recebido
Remoto
• Falha 2 componentes; ou
• Erros humanos em ações independentes e eventuais; ou
• Falha de equipamento estático sujeito a inspeção; ou
• Falha de componente eletrônico
Improvável
• Falha mecânica de vasos de pressão; ou
• Falhas múltiplas de sistema de proteção
Para fins de sistematização do trabalho, a matriz de aceitabilidade da análise
para o estudo de caso está no Anexo II.
Os cenários de acidentes localizados na área hachurada da matriz de
aceitabilidade (não aceito), devem ser submetidos a uma avaliação da equipe de
HAZOP, buscando a implementação de modificações nas instalações, processo ou
equipamentos, quer para minimizar a severidade (conseqüências, desdobramentos,
etc.) da sua ocorrência, quer para reduzir a freqüência (possibilidade, expectativa,
etc.) que é esperada que a mesma ocorra ate que o Risco associado ao cenário em
analise seja movido para fora da área hachurada. A planilha que detalha a análise a partir da ferramenta HAZOP está
apresentada no Anexo III. Para explicitar os dados e facilitar as análises a partir da
30
planilha originalmente elaborada, foi criada uma coluna auxiliar, denominada
“Aspectos Ambientais Associados”. Esta coluna indica os impactos ambientais
associados a cada um dos cenários avaliados. A avaliação inicial foi realizada tendo
como foco os impactos aos equipamentos e perdas de processo. Re-analisando a
situação com um olhar crítico e focado em prevenção de riscos ambientais,
observou-se que em quase a totalidade dos cenários que oferece algum risco – quer
relativo a segurança pessoal e dos equipamentos ou os associados à confiabilidade
do processo – há a presença de impactos ao meio ambiente.
6.1 - AVALIAÇÃO DOS GANHOS AMBIENTAIS COM APLICAÇÃO DA HAZOP
Limitando-se à avaliação somente aos cenários considerados como “não
aceitos” ou a “justificar” (23 cenários), que representam aqueles que envolvem
severidades altas e baixas probabilidades de ocorrência, ou freqüência alta com
baixa severidade das conseqüências (com base na matriz de aceitabilidade eleita -
Anexo II), detectaram-se 51 impactos ambientais, sendo que todos os cenários estão
associados a pelo menos um impacto ambiental e vários cenários a dois e até três
impactos ambientais, o que vem a corroborar a nossa premissa.
Listagem dos Impactos Ambientais detectados no estudo de caso através da técnica HAZOP: a) Perda de vapor para a atmosfera implicando no consumo adicional de água.
b) Descarga de energia para a atmosfera implicando no consumo adicional de
combustível fóssil.
c) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos, e
conseqüente reprocessamento do material inutilizado e gastos de matérias primas e
insumos na fabricação, transporte e substituição por um novo.
d) Perdas de matérias primas e produtos diversos em todas as unidades de processo
em decorrência da especificação do vapor.
e) Perda de óleo lubrificante, insumo não renovável.
f) Contaminação da água com óleo lubrificante.
g) Contaminação do piso / solo com óleo lubrificante.
31
Quantidade de cenários nos quais é esperada a ocorrência dos impactos acima relacionados
• 10 cenários que levam a um consumo desnecessário de água.
• 03 cenários que levam a um consumo desnecessário de combustível.
• 25 cenários que levam à quebra de materiais ou equipamento o que implicaria
na sua substituição ou reparo e todos os impactos decorrentes desta
demanda.
• 01 cenário que leva à perda de matérias primas e produtos diversos em todas
as unidades de processo em decorrência da perda de especificação do vapor.
• 04 cenários que levam à perda de óleo lubrificante, insumo não renovável.
• 01 cenário que leva à contaminação da água com óleo lubrificante.
• 07 cenários que levam à contaminação do piso/solo com óleo lubrificante.
Figura 2
Impactos Ambientais Detectados pelo HAZOP(TOTAL 51)
10
3
25
1 4
1 7
Consumo desnecessário de água Consumo desnecessário de combustível Quebra de materiais ou equipamento
Perdas de matérias primas e produtos Perdas de óleo lubrificante Contaminação da água com óleo lubrificante.
Contaminação do piso / solo com óleo lubrificante
32
7 - CONCLUSÕES
Pelo exposto pode-se concluir que a técnica HAZOP – mesmo sem ter focado
os impactos ambientais quando da realização do estudo inicial – sob um olhar
direcionado é altamente eficaz no diagnóstico, tratamento e mitigação dos riscos
ambientais nas etapas do empreendimento em que foi aplicada: engenharia básica,
engenharia de detalhamento, construção, montagem eletromecânica,
comissionamento, testes de pré-operação e operação comercial.
No que concerne à etapa de engenharia conceitual, conforme esperado,
faltam bases para a aplicação do HAZOP, não havendo a possibilidade de seu uso.
Com relação à etapa de desativação e suas decorrências, apesar de não ter sido
contemplada no cenário do estudo de caso, acredita-se poder ter seus riscos e
possíveis impactos ambientais identificados pela HAZOP. Desta forma, fica como
possível desdobramento do tema em trabalhos futuros a aplicação da ferramenta
proposta contemplando também esta etapa.
Por ser executada por uma equipe multidisciplinar, a aplicação da técnica de
HAZOP gera um trabalho que contempla visões e análises diversificadas de um
mesmo cenário, e portanto, de grande abrangência. A desvantagem da equipe
multidisciplinar, no entanto, é o seu custo e o tempo gasto na aplicação da técnica
por profissionais que pensam sob lógicas diferentes.
A HAZOP dispõe de uma metodologia clara e simples – palavras-guia – o que
garante a eficácia e fácil sistematização do trabalho. Além de analisar os perigos e
conseqüentes desdobramentos ambientais de uma instalação, a HAZOP é a melhor
metodologia para avaliar o processo – meio e forma de produção – e não o produto
final. Sob este aspecto, é ideal para detecção dos desvios das intenções de
processo, que geram perda de especificação do produto ou corrente de produção.
Estes desvios implicariam no meio ambiente de diverças formas tais como:
reprocessamento (consumo de energia adicional), descarte do material no meio-
ambiente (e possível contaminação) além de demandar extração de matéria prima
adicional para repor perdas.
Contudo, por só poder ser aplicada a partir do momento em que se dispõe dos
fluxogramas de processo, a técnica HAZOP não é capaz de evitar eventuais gastos
da etapa de engenharia conceitual. Desta forma, é importante ressaltar que a
HAZOP não é a única técninca que pode ser aplicada, mas sim uma ferramenta
33
complementar eficiente para abranger as etapas que sucedem a engenharia
conceitual no processo de gestão ambiental.
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37
ANEXO I
Glossário de termos específicos empregados pela HAZOP
38
Nós-de-estudo : são os pontos do processo, estabelecidos através das P&D da planta, que
serão analisados quanto à ocorrência dos desvios.
Desvios: os desvios são afastamentos dos parâmetros de operação da planta, mais
especificamente nos nós-de-estudo, que são evidenciados pela aplicação sistemática das
palavras-guia aos nós-de-estudo (p. ex., mais vazão)
Causas: são os motivos pelos quais os desvios ocorrem. As causas dos desvios podem ser
provocadas por falhas do sistema, erro humano, um estado de operação do processo não
previsto (p. ex., mudança de composição de um gás), distúrbios externos (p. ex., perda de
potência devido à queda de energia elétrica), etc.
Conseqüências: são os resultados esperados da ocorrência de um desvio em um
determinado nó-de-estudo (p. ex., liberação de material tóxico para o meio ambiente).
Parâmetros de processo: são as variáveis físicas do processo (p. ex., vazão, pressão,
temperatura) e os procedimentos operacionais (p. ex., operação, transferência).
Palavras-guia ou Palavras-chave: são palavras (Tabela 3), utilizadas para qualificar os
desvios da intenção de operação e para guiar e estimular o grupo de estudo. As palavras-
guia são aplicadas aos parâmetros de processo que permanecem dentro dos padrões
aceitáveis de operação. Aplicando as palavras-guia aos parâmetros de processo, em cada
nó de estudo da planta em análise, procura-se descobrir os desvios passíveis de ocorrência.
Assim, as palavras-guia são utilizadas para levantar questões como, por exemplo: "O que
ocorreria se houvesse mais vazão?" ou "O que aconteceria se ocorresse menos
temperatura?".
Fonte: SOUZA, 1995
39
ANEXO II
Matriz de Aceitabilidade do Estudo de Caso
40
Matriz de Aceitabilidade
F R E Q U Ê N C I A FREQÜENTE PROVÁVEL OCASIONAL REMOTO IMPROVÁVEL
Esperada muitas ocorrências a cada ano; ou
Erro Humano por inexistência de treinamento ou
procedimento e condições de trab. adversa
Esperada uma ou mais vezes na vida útil do sistema; ou
Erro Humano por inexistência de treinamento
ou procedimento e condições de trabalho
adequada
A ocorrência depende de falha única de
componente; ou
Erro humano em uma ação eventual (descumprimento
de procedimento ou treinamento recebido)
A ocorrência depende de : -Falha 2 componentes; ou - Erros humanos em ações independentes e eventuais - Falhas de equipamento estático sujeito a inspeção - Falha de componente eletrônico
A ocorrência depende de :
Falha mecânica de vasos de pressão.
Falhas múltiplas de sistema de proteção
Tempo médio entre falhas ( anos ) = < 1 ano 1 a 100 102 a 104 104 a 106 > 106
S E V E R I D A D E
BAIXA Acidente sem afastamento ou desconforto em
decorrência de evento no processo da área local. Pequena ocorrência ambiental; ou
Ocorrência ambiental sobre meio forte e resistente Pequeno efeito contornável na operação ou serviço
Justificar
Aceito
MODERADA Acidente com afastamento em decorrência de evento no
processo (lesões crônicas ou agudas); ou Ocorrência ambiental sobre meio frágil ou sensível; ou
Evasão de funcionários para local próximo Perdas até R$100.000,00. Parada prolongada do serviço
Justificar
CRÍTICA Vítimas com lesões incapacitantes permanentes, ou
Vítimas fatais; ou Evasão para ponto de apanha (PCP) ou (PCD); ou
Impacto que paralisa o tratamento dos Efluentes; ou Grande ocorrência ambiental em meio frágil ou
comunidade sensível Perdas entre R$100.000,00 e R$2.000.000,00
Não Aceito
Justificar
Elaborar APP para os Serviços.
Análise Quantitativa de Riscos ou Recomendar
Aceito Nos cenários de vazamentos de substâncias inflamáveis ou tóxicas, realizar análise de vulnerabilidade para confirmar que a severidade não é Catastrófica. .
CATASTRÓFICA Várias vítimas fatais; ou
Grande ocorrência ambiental provocando danos em vasta região (frágeis e sensíveis)
Perdas acima de R$2.000.000,00
Não Aceito, Quantificar
Confirmar o risco: 1. Após Medidas da APP 2. Após A. Vulnerabilidade
Se permanecer: O Cenário só poderá ser aceito se previamente demonstrado por uma Análise Quantificada de Risco
Justificar
Elaborar APP para os Serviços. Análise Quantitativa de Riscos ou Recomendar
OBS.: -- A Análise Quantificada de Riscos AQR abordará os Riscos Sociais da área de ocorrência do cenário
41
DESVIOS TÍPICOS HAZOP POSSÍVEIS CAUSAS POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS
PROCESSO: Fluxo, Nenhum ou Reverso Fluxo, Menos ou Mais Pressão, Menos ou Mais Temperatura, Menos ou Mais Temperatura baixa ou alta Nível Baixo ou Alto Viscosidade Menos ou Mais Viscosidade Baixa ou Alta Reação Nenhuma ou Reversa Reação Menos ou Mais Reação Nenhuma ou S secundária Reação incompleta ou Descontrolada
ELETRICIDADE:
Mais Tensão
Menos Tensão Mais Corrente
Menos Corrente Mais Freqüência. Menos Freqüência ESPECIAIS: Mais Ruído Mais Vibração
Contaminação
GERENCIAIS: Seleção indevida dos executantes
Reter informações Não planejar adequadamente Não disponibilizar recursos Não acompanhar os Serviços
LIGADAS AO PROCESSO: Vazamento em ... Ruptura de ... Desprendimento de ...
PESSOAIS: Omissão de Ação
Não seguir o Procedimento Pânico Ação imprópria / Indevida Não seguir Legislação Doenças / Uso de medicamentos
EQUIPAMENTOS ou FERRAMENTAS: Manutenção Vencida Inspeção Vencida Degradação Inesperada /Acelerada Falha de Projeto / Fabricação Sistema de segurança Desativado
Contaminação Atmosférica Contaminação do Subsolo
Contaminação de Mananciais
Explosão Incêndio em Poça Incêndio em Nuvem Incêndio em Tanque / Dique Jato de Fogo Perdas Materiais estimadas em ... Indisposição, Mal estar,
Exposição de pessoas a gases tóxicos Lesão (moderada; severa) Incapacitação (temporária; permanente) Morte (uma, algumas, muitas) Parada (parcial; prolongada) das atividades Parada (parcial; total) do processo Multas e outras punições Legais
42
ANEXO III
Estudo de Caso
43
HAZOP
Troca das Turbinas de Acionamento das Bombas - Água de Alimentação
Empresa: Brasil Ltda
Instalação: Troca das Turbinas TB 1102 A e B
Unidade: UTE Brasil Seção: Geração de Energia
Sistema de Vapor e Energia da UTE Brasil
Descrição do sistema: Sistema de bombeio de água de alimentação de caldeira constituído de 4 bombas que operam em paralelo sendo duas acionadas por motores elétricos e duas acionadas por turbinas de 55.000 Hp acionadas a vapor de 100 Kg/cm2, estas turbinas tem uma extração de vapor em 20 Kg/cm2 e a exaustão em 10 Kg/cm2 para atender as demandas de vapor da Usina, As bombas operam em paralelo bombeando água a 150 Kg/cm2 para a alimentação de caldeiras aquatubulares de 125Kg/cm2, tiragem forcada a óleo combustível e/ou gás natural.
O motivo da troca das turbinas foi a obsolescência e a ineficiência das existentes.
Equipe de HAZOP:
Pela Brasil Ltda.: Eduard Barata – Engenheiro Eletricista (Líder de HAZOP), Pedro – Engenheiro Mecânico (Chefe da unidade), Paulo – Engenheiro Mecânico (Engenheiro de Manutenção), José – Engenheiro Químico (Engenheiro de Processos), João – Engenheiro Químico (Engenheiro de Pesquisa e Desenvolvimento), Evaldo – Engenheiro Eletrônico (Engenheiro de controle/automação) e Maria – Engenheira de Segurança (Saúde Meio Ambiente e Segurança). Pelo Fornecedor: Carlos - Técnico de Operação (Supervisor), Marcus – Engenheiro de Produção (Eng. Projeto) e Heraldo – Engenheiro Mecânico (Coordenador do Empreendimento)
Secretária: Andrea Revisão: 01 Período: 01 a 12/10/2004
Observações: Como o Hazop foi efetuado em diversos subsistemas, os participantes contribuíram de forma parcial, considerando suas especialidades. Para o case acústico foi utilizado o Draft fornecido pelo Fornecedor. Para o sistema de drenagem foi utilizado o Croquis fornecido pelo Fornecedor. Para o sistema de óleo lubrificante e óleo de controle foi utilizados os desenhos ZZL 1438.981Rev. 1
44
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por Eduardo Barata Referência: Nó 1 (Vapor de Admissão da Turbina, entre a MS 1003 e as Gargantas da Turbina - Maquina Parada)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior Trip da Turbina Abertura das SV’s BX PR AC
Modulação de carga da Turbina Abertura das SV’s BX FR JU O1) Os valores sob repressão esperados na linha de vapor de admissão da turbina devem ser compatíveis com os valores de projeto.
A) Perda de vapor para a atmosfera implicando no consumo adicional de água.
B) Descarga de energia para a atmosfera implicando no consumo adicional de combustível fóssil .
Pressão menor
Fechamento indevido dos bloqueios
Parada da maquina MO OC AC
Vazamento de vapor entre a MS e a válvula garganta
Ruído MO OC AC
Acidentes pessoais MO OC AC
Fluxo maior Não Aplicável
Fluxo menor Não Aplicável
Fluxo inverso Não Aplicável
Temperatura maior
Não Aplicável
Temperatura menor
Linha mau condicionada Dano a linha e acessórios MO OC AC
Nível menor Não Aplicável
45
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por:Eduardo Barata Referência: Nó 1 (Vapor de Admissão da Turbina, entre a MS 1003 e as Gargantas da Turbina - Maquina Parada)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Mais ruído Vazamento de vapor Danos pessoais MO OC AC
Mais Vibração
Falha na Suportação
Fadiga das linhas levando a trinca
MO OC AC
Fadiga das linhas levando a ruptura
CR RE JU S1) Cumprir o plano de manutenção preventiva e o plano de inspeções dos suportes das linhas de vapor da MB 1102 A e B
A) Perda de vapor para a atmosfera implicando no consumo adicional de água.
B) Perda de energia para a atmosfera implicando no consumo adicional de combustível fóssil .
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Esforço nos bocais da turbina MO OC AC
Vibração na turbina, bases e acessórios
MO RE AC
Mal condicionamento das linhas Fadiga das linhas levando a trinca
MO RE AC S2) Elaborar procedimento de acompanhamento do aquecimento da linha de vapor de admissão das MB 1102 A e B
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Falha no controle da turbina Vibração na turbina, bases e acessórios
MO OC AC
46
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por:Eduardo Barata Referência: Nó 2 (Vapor de Admissão da Turbina, entre a MS 1003 e as Gargantas da Turbina - Maquina em Aquecimento)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior Não Aplicável
Pressão menor Não Aplicável
Fluxo maior Não Aplicável
Fluxo menor Não Aplicável
Temperatura menor
Mal funcionamento das válvulas de bypass de drenagem
Falha na medição de pressão
Falha no TMR
Falha do Operador
Empeno de linha MO OC AC S3) Abortar automaticamente a seqüência de aquecimento das linhas de vapor para a turbina 1102 A e B - Fornecedor
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.. Aumento do esforço nos bocais
da turbina.
MO
OC
AC
S4) Elaborar procedimento especifico das linhas de vapor para turbina 1102 A e B – Brasil Ltda.
Inexistência de medição de temperatura
Empeno da linha
Aumento do esforço nos bocais da turbina.
MO
FR
NA
R1) Instalar medição remota de temperatura para acompanhamento do aquecimento das linhas de admissão das turbinas 1102 A e B- Fornecedor
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos
47
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 2 (Vapor de Admissão da Turbina, entre a MS 1003 e as Gargantas da Turbina - Maquina em Aquecimento)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Temperatura maior
Mau funcionamento das válvulas de by pass e drenagem.
Falha na medição de pressão
Falha no TMR
Falha do operador
Perda de produção MO OC AC
Fluxo reverso Abertura indevida das
parcializadoras Turbina rodar em sentido contrario
CR RE JU R2) O fornecedor deverá prever interrupção automática de seqüência de aquecimento caso ocorra desengate do turneguear e/ou rotação inversa da turbina 1102 A e B - Fornecedor
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos
Choque térmico no bloco de válvulas
MO OC AC
`
48
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 3 (Escape de Vapor na extração da Turbina – Maquina operando)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior
Fechamento indevido da Stop Check de extração.
Escape de vapor pela junção carcaça da turbina.
CR RE JU R3)Implementar limitador de pressão de extração da maquina ( sugestão tipo por alta pressão de extração) – Fornecedor.
R4) Reavaliar os set’s de abertura das SV”s da linha de extração Fornecedor.
A) Perda de vapor para a atmosfera implicando no consumo adicional de água.
B) Perda de energia para a atmosfera implicando no consumo adicional de combustível fóssil .
Rompimento da tubulação da turbina.
CR RE JU S5) Avaliar o intertravamento de parada da turbina em caso de atuação do micro switch instalado na válvula de extração, contra atuação espúria(sugestão vincular o mesmo com sinal de pressão ) -Fornecedor
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Rompimento do flange de extração.
CR RE JU O2) Informar valor máximo que é atingido quando do fechamento intempestivo da Stopcheck na condição d máxima extração- Fornecedor.
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Fechamento indevido da válvula de extração (válvula entre os corpos da turbina).
Fechamento indevido da válvula manual.
Pequena elevação de pressão na extração da maquina com abertura da SV’s.
MO OC AC 03) Identificar no campo as válvulas das linhas de vapor de turbina - Brasil Ltda
A) Perda de vapor para a atmosfera implicando no consumo adicional de água.
Pressão menor Não Aplicável
Fluxo menor Fechamento indevido válvula de extração (válvulas entre os corpos da turbina
Pequena oscilação de pressão BX RE AC
Fluxo menor Não Aplicável
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 3 (Escape de Vapor na extração da Turbina – Maquina operando)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Temperatura maior
Operação da maquina com baixa vazao
Não aplicável, màquina projetada para esta condição de operação.
Temperatura menor
Não Aplicável
Fluxo reverso
Falha na Stopcheck estando a máquina parada
Dano geral a maquina CR RE NA R5) Deverá ser confirmado pela Fornecedor a Severidade e\ou a Freqüência deste cenário e dado o tratamento adequado - Fornecedor
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 4 (Linha de Vapor de Extração da Turbina antes do Dessuper – Sistema em aquecimento)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Temperatura maior
Mau funcionamento da válvulas de by pass e drenagem
Falha na medição de temperatura e de pressão
Falha no TMR
Falha Humana
Empeno da linha MO OC AC
Aumento dos esforços nos bocais da turbina
MO OC AC O4) Criar condição na lógica de controle que abortar a seqüência de aquecimento caso os LVDTs da turbina indiquem qualquer anormalidade - Fornecedor
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos..
Temperatura menor
Mau funcionamento das válvulas de by pass e drenagem medição de temperatura e de pressão
Falha no TMR
Falha Humana
Vide analise acima
05) Efetuar procedimento especifico para acompanhamento da manobra de aquecimento da linha de vapor da turbina , mesmo quando a mesma for executada em automático - Brasil Ltda
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Falha no sistema de desuper Perda de produção
Trinca nas linhas
MO RE AC
Falha de medição de temperatura
Trinca nas linhas MO FR NA R6)Providenciar a instalação de medição de temperatura próximo a injeção de água de dessuper da linha de extração da turbina 1102 A e B
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 4 (Linha de Vapor de Extração da Turbina antes do Dessuper – Sistema em aquecimento)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Fluxo menor Não Aplicável
Fluxo maior Não Aplicável
Fluxo reverso Passagem excessiva de vapor pelo by pás da drenagem
Não Aplicável
Pressão maior Não Aplicável
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 5 (Linha de Vapor de Extração da Turbina após o Dessuper – Sistema em aquecimento)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior Fechamento indevido da MS Abertura da SV com possível dano a mesma devido a presença de liquido no trecho
MO OC AC 06) Estabelecer rotina de manter o bloqueio de água de dessuper fechado durante a parada das turbinas B C - Brasil Ltda
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Pressão menor Não Aplicável
Temperatura maior
Falha no dessuper Descontrole de processo MO OC AC
Dano a linha por degradação metalúrgica levando a trinca
MO OC AC
Dano a linha levando ao rompimento
CR RE JU S6) Assegurar o cumprimento do plano de inspeção das linhas de vapor da turbina 5301 B e D afim de prevenir colapso das linhas por progressão das trinca - Brasil Ltda
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Temperatura menor
Falha no sistema de controle de temperatura
Falha no aquecimento da linha
Descontrole de temperatura de rompimento
MO OC AC
Danos a linhas e acessórios MO RE AC
Fluxo maior Não Aplicável
Fluxo menor Não Aplicável
Fluxo reverso Não Aplicável
53
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 6 (Escape de exausto da Turbina - Turbina Operando)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior Fechamento indevido válvulas de exaustão
Abertura das SV”s MO OC AC
Pressão menor Rompimento linha de extração da maquina
Perda de potencia da maquina
Ruído
MO IM AC
Fluxo maior Não Aplicável
Fluxo menor Não Aplicável
Fluxo reverso Não Aplicável
Temperatura menor
Não Aplicável
Temperatura maior
Não Aplicável
Nível menor Não Aplicável
Nível maior
Não Aplicável
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 6 (Escape de exausto da Turbina - Turbina em Aquecimento)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Temperatura maior
Mau funcionamento da válvula de by pass ou de drenagem
Empeno e deformação da carcaça
CR RE JU R7) Avaliar e implementar condição para quem caso de falha no TMR as válvulas de drenagem e da aquecimento fechem automaticamente – Fornecedor
R8) Criar na MMI curva dinâmica para acompanhamento da maquina e das linhas de vapor – Fornecedor
R9) Estabelecer procedimento especifico para acompanhamento pelo operador da curva de aquecimento da maquina e das linhas Brasil Ltda
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Temperatura menor
Mal funcionamento da válvula de by pass ou de drenagem
Falha na medição de temperatura ou de pressão
Falha no TMR
Faha do operador
Perda de produção MO RE AC
Falta de medição de temperatura na região do dessupor
Trinca da linha MO FR NA R10) Instalar malha de temperatura com alarme junto a drenagem da linha de vapor de exaustão . - Fornecedor
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Pressão maior Não Aplicável
Pressão menor Não Aplicável
Fluxo menor
Não Aplicável
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 6 (Escape de exausto da Turbina - Turbina em Aquecimento)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Fluxo maior Não Aplicável
Fluxo reverso Passagem excessiva de vapor
pela drenagem Possibilidade da turbina rodar no sentido contrario
CR RE JU R11) Prever na seqüência de proteção interrupção automática do aquecimento no caso de desacoplamento do Tune guear e \ ou falha no motor do giro lento no caso do mesmo estar operando - Fornecedor.
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
56
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 7 (Linha de escape de exausto da Turbina - Turbina Operando, para ou em aquecimento)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior Fechamento da MS 001 Abrir SV MO OC AC
Falha do dessuper Pressurizar a maquina com água, caso a MS de exaustão esteja fechada
CR OC JU R12) Prever alarme de temperatura baixa na linha de escape de exausto da turbina de forma e alertar o operador de possível falha no sistema de dessuper . – Fornecedor
R13) Avaliar a implementação de intertravamento que provoca a abertura da drenagem quando da parada da turbina B e D. - Fornecedor
A) Perda de vapor para a atmosfera implicando no consumo adicional de água.
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Pressão menor Não Aplicável
Temperatura maior
Falta no dessuper Dano na linha levando ao rompimento
MO OC AC
Descontrole de processo CR RE JU R14) Verificar o impacto da flexibilidade das linha da falha do sistema de dessuper de vapor de exaustão na condição de mínima exaustão da maquina . - Fornecedor
D) Perdas de matérias primas e produtos diversos em todas as unidades de processo em decorrência da especificação do vapor
Descontrole de processo MO OC AC
Temperatura menor
Falha no dessuper Descontrole de processo
Martelo na linha
MO OC AC
Mal condicionamento da linha Descontrole de processo
Martelo na linha
MO RE AC
Fluxo maior Não Aplicável
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 7 (Linha de escape de exausto da Turbina - Turbina Operando, para ou em aquecimento)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Fluxo menor Fechamento parcial da MOV Dano na válvula MO RE AC
Rompimento de linha Trip da turbina MO IP AC
Abertura indevida das SV’s Perda de produção MO OC AC
Fluxo reverso Não Aplicável
Nível maior Vide mais pressão
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 8 (Linha de fuga entre o coletor de Vapor de baixa e o Tie in da MB 1102 C)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior Aumento de pressão no coletor Aumento na vasao de vapor de selagem
MO OC AC
Pressão menor Não Aplicável
Temperatura maior
Falha no labirinto Dano na linha MO PR JU R15) Instalar TI de campo na linha de vapor de fuga entre o coletor de V3.5 Kg e o Tie in das turbinas B e D Fornecedor.
R16) Estabelecer sistemática de acompanhamento da temperatura de vapor de fuga através da vazão de TI de campo – Brasil Ltda.
A) Perda de vapor para a atmosfera implicando no consumo adicional de água.
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos...
Temperatura menor
Não Aplicável
Fluxo maior Dano no labirinto Menor eficiência da turbina MO PR JU R17) Estabelecer alarme de alta vazão de vapor de fuga - Fornecedor
A) Perda de vapor para a atmosfera implicando no consumo adicional de água.
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Fluxo menor Válvula de bloqueio fechada
Falha na retenção
Válvula de vente aberta indevidamente
Menor eficiência da turbina
Perda de produção
MO OC AC S7) Implementar alarme de alta e baixa vazão de vapor de fuga. - Fornecedor.
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 8 (Linha de fuga entre o coletor de Vapor de baixa e o Tie in da MB 1102 C)
Fluxo reverso Falha na retenção estando a turbina parada e o sistema alinhado
Perda de produção MO RE AC
Ruído Abertura no Vent Danos as pessoas BX OC AC
60
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 9 (Linha de condensado de vapor de fuga entre o condensador e a linha de condensado de saída dos aquecedores da caldeira)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior Fechamento indevido da válvula de bloqueio
Falha na retenção
Dano no feixe do trocador MO FR NA R18) Compatibilizar a pressão de Shut off das bombas de AGD e condensado com a do feixe do condensador de vapor de fuga. - Fornecedor
R19) Prever a instalação de válvula de segurança na linha de saída condensado do condensador do vapor de fuga. - Fornecedor
A) Perda de vapor para a atmosfera implicando no consumo adicional de água.
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Pressão menor Furo no feixe Perda de AGD por vazamento MO OC AC
Falha no controlador
Parada das bombas
Fechamento das válvulas de bloqueio
Vazamento do vapor de selagem para atmosfera
MO OC AC 07) Direcionar o ladrão da drenagem do condensador de vapor de fuga par local seguro. - Fornecedor.
A) Perda de vapor para a atmosfera implicando no consumo adicional de água.
Fechamento da válvula de sucção das bombas
Danificar as bombas MO OC AC
Fluxo menor
Fechamento indevido das válvulas de bloqueio
Vide pressão mais
Falha no controlador de temperatura
Martelo nas linhas MO OC AC
Parada das bombas Vide pressão mais
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 9 (Linha de condensado de vapor de fuga entre o condensador e a linha de condensado de saída dos aquecedores da caldeira)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Ruptura do feixe tubular do condensador
Dano na selagem da turbina CR RE JU R20) Instalar alarme de nível alto no condensador do vapor de fuga das turbinas – B e D - Fornecedor
A) Perda de vapor para a atmosfera implicando no consumo adicional de água.
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Fluxo maior Falha no Sistema de controle Redução na temperatura interferência no processo
BX RE AC
Fluxo reverso Não Aplicável
Temperatura maior
Falha no Sistema de controle Dano a tubulação MO OC AC O8) Avaliar a máxima temperatura e pressão que poderá se submetido o trecho da linha entre o condensador e a linha de saída dos aquecedores na condição de falha total do sistema de resfriamento de condensado - Fornecedor
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Parada das bombas Dano a tubulação MO OC AC
Dano nos labirintos Dano a tubulação MO RE AC
Temperatura menor Não Aplicável
62
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 10 (Dentro do Condensador de vapor de fuga)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior
Falha no ejetor
Pequeno vazamento pela selagem da turbina
BX OC AC
Contaminação do óleo com vapor/água
BX RE AC
Dano ao labirinto de selagem BX OC AC
Obstrução da drenagem de condensado
Grande vazamento pela a selagem
MO RE AC
Falha no sistema de AGD Grande vazamento pela a selagem
MO RE AC
Pressão menor Falha no sistema de controle aumentando a vazão de AGD
Não Aplicável
Fluxo menor
Falta no sistema de AGD Vide mais pressão BX OC AC
Fechamento válvula de entrada do condensador
Vazamento na selagem MO OC AC
Abertura válvula de vente do vapor de selagem
Perda de eficiência MO OC AC
Obstrução do dreno Vazamento MO OC AC
Fluxo maior Aumento vazamento pelos
labirintos dos geradores Perda de eficiência MO OC AC
63
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de Vapor e Energia da Brasil Ltda. Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 10 (Dentro do Condensador de vapor de fuga)
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Fluxo maior Furo no feixe Perda de AGD por vazamento MO OC AC
Fluxo reverso Não Aplicável
Temperatura maior
Falha no sistema de controle Vide mais pressão
Temperatura menor
Falha no sistema de controle aumentando a vazão de AGD
Dano no ejetor devido a operação com água
MO OC AC
Vazamento pela selagem MO OC AC
Nível maior Furo no feixe tubular Dano no ejetor devido a operação com água
MO OC AC
Vazamento pela selagem MO OC AC
Obstrução no feixe tubular Vazamento pela selagem MO OC AC
Nível menor Não Aplicável
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de óleo de controle Data: 12/10/2004
Elaborado por:Eduardo Barata Referência: Nó 11 (Alimentação de óleo de Controle “ Z “ )
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão menor Vazamento de óleo Trip da maquina MO RE AC
Partida da bomba reserva BX OC AC
Contaminação do meio ambiente MO OC AC
Obstrução nos filtros Oscilação de carga da turbina MO RE AC
Partida da bomba reserva BX OC AC
Falha na válvula de retenção V-1345
Perda de carga MO OC AC O9) Incluir na recomendação de sobressalentes uma válvula retenção de cada tipo.- Brasil Ltda.
Parada da maquina MO OC AC
Fechamento indevido de válvula Partida da Bomba BX OC AC
Aumento da temperatura do óleo BX OC AC
Falha no dispositivo hidráulico 346
Perda de carga MO OC AC
Parada da maquina MO OC AC
Falha das bombas Trip da maquina MO OC AC O10) Analisar a separação das fontes de alimentação elétrica das bombas para barras diferentes - Fornecedor
Falha de uma das bombas Partida da bomba reserva BX OC AC
65
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de óleo de controle Data: 12/10/2004
Elaborado por:Eduardo Barata Referência: Nó 11 (Alimentação de óleo de Controle “ Z “ )
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior
Falta de óleo no Tanque Alarme de nível baixo no tanque BX RE AC O11) Analisar a colocação de válvula de bloqueio no LG local do tanque de óleo - Fornecedor.
Abertura da válvula de dreno V-118 ou 123
Partida da bomba reserva BX OC AC
Trip de maquina MO OC AC
Falha na válvula de alivio V-116 Partida da bomba reserva MO OC AC
Pressão maior Falha na válvula de regulagem de pressão em 160 Kg/cm2
Abertura da válvula de alivio BX OC AC
Temperatura maior
Falha no sistema de resfriamento
Alarme de alta temperatura de óleo
BX OC AC
Dano no sistema de vedação MO OC AC
Aumento da recirculação do óleo
Partida do sistema de resfriamento BX OC AC
Fonte externa de calor Partida do sistema de resfriamento BX OC AC
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de óleo de controle Data: 12/10/2004
Elaborado por:Eduardo Barata Referência: Nó 11 (Alimentação de óleo de Controle “ Z “ )
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Temperatura menor
Temperatura ambiente baixa Impedimento de partida da turbina MO IM AC
Falha na medição de temperatura
Impedimento de partida da turbina MO OC AC O12)Avaliar a possibilidade de transformar o impedimento de partida em apenas um alarme. - Fornecedor
Fluxo maior
Rompimento de linha Vide menos pressão
Todas as causas de mais pressão
Vide Mais Pressão
Rompimento de selagem de pistão.
Redução de carga da maquina MO OC AC O13) Prever sobressalente para a selagem dos pistões. - Brasil Ltda.
G) Contaminação do piso / solo com óleo lubrificante.
Fluxo menor
Vide menos Pressão
Restrição na linha de retorno Lentidão na resposta do sistema de controle
MO RE AC
67
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de óleo de controle Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 12 (Alimentação de óleo hidráulico na válvula de extração " P2 " )
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão menor Falha no modulo de redução de pressão (073/074)
Fechamento da válvula de extração
MO OC AC R21) Confirmar a atuação da válvula se no caso da falta de óleo se esta realmente fecha .- Fornecedor.
Vide menos pressão na analise do ponto 1
Pressão maior
Falha no sistema de controle
Dano na válvula V - 1074 MO OC AC
Rompimento de linha no ponto mais fraco
CR RE JU S8) Instalar alarme de pressão alta apos a válvula no PT193529 A e B. - Fornecedor.
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
Mais Temperatura
Vide Ponto 1
Menos Temperatura
Vide Ponto 1
Mais / Menos Nível
Não aplicável
Contaminação Óleo com água
Falha da selagem de vapor das válvulas parcializadoras
Formação de borra MO OC AC
Corrosão do sistema MO PR JU O14) Elevar o nível do suspiro do carter de óleo. - Fornecedor.
E) Perda de óleo lubrificante, insumo não renovável.
Contaminação por fonte externa Idem acima MO PR JU O15) Verificar e eliminar possíveis pontos de entrada de água. - Fornecedor.
E) Perda de óleo lubrificante, insumo não renovável
68
Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de óleo de controle Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 12 (Alimentação de óleo hidráulico na válvula de extração " P2 " )
Contaminação de água com óleo
Furo no resfriadores Redução do nível de óleo e aumento de temperatura
MO PR JU R22) Todo s acessórias e linhas do sistema de óleo que tenha contato com o óleo de controle e/ou lubrificante deverão se de aço Inox . (Condição de projeto) Fornecedor
E) Perda de óleo lubrificante, insumo não renovável
F) Contaminação da água com óleo lubrificante
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de óleo Lubrificante Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 13 (Chegada de óleo lubrificante no mancal )
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão menor Obstrução no "OR" Aumento de temperatura no mancal
MO OC AC
Rompimento de linha Dano no mancal CR IM AC
Incêndio MO IM AC
Contaminação ambiental MO IM Ac
Falha na reguladora de pressão
Trip da maquina MO OC AC
Obstrução dos filtros Alarme de pressão alta no filtro BX PR AC
Falha nas válvulas de alinhamento dos filtros
Trip da maquina MO OC AC
Falha na bomba auxiliar de óleo
Trip da maquina MO OC AC
Falha nas retenções Rompimento linha de descarga MO IM AC
Trip da maquina MO OC AC
Falha no alivio Entrada bomba auxiliar BX OC AC
Trip da maquina MO RE AC
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de óleo Lubrificante Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 13 (Chegada de óleo lubrificante no mancal )
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Menos Pressão Falha na bomba principal Entrada da bomba auxiliar de óleo BX OC AC
Falta de óleo no tanque Trip da maquina, Contaminação do MA
CR RE JU R23) Prever no drenos do sistema de óleo plugue.- Fornecedor
E) Perda de óleo lubrificante, insumo não renovável.
G) Contaminação do piso / solo com óleo lubrificante.
Danificação das bombas de óleo MO RE AC
Contaminação do Ambiente MO RE AC
Abertura indevida da válvula de retorno
Entrada bomba auxiliar BX OC AC
Pressão menor Falha na válvula redutora de pressão
Vazamento de óleo pelos mancais MO RE AC
Desgaste do OR Vazamento de óleo pelos mancais MO RE AC
Temperatura maior Falha no trocador Parada da maquina MO OC AC
Operação indevida das bombas de óleo
Aumento do consumo de AGR BX OC AC
Mal desaeração do óleo BX OC AC
Fonte de calor externo Trip da maquina MO OC AC
Problema na maquina Trip da maquina MO OC AC
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de óleo Lubrificante Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência Nó 13 (Chegada de óleo lubrificante no mancal )
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Temperatura maior Falha no controle de temperatura
Trip da maquina MO OC AC
Temperatura menor Não Aplicável
Fluxo menor Vide mais pressão
Desgaste do "OR" Vazamento de óleo MO OC AC
Desgaste no mancal Vazamento de óleo MO OC AC
Aumento da folga dos mancais
Aumento da circulação de óleo MO OC AC
Fluxo maior Vide menos pressão
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de óleo de levantamento do eixo Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 14 (Chegada de óleo de levantamento do eixo no mancal )
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior Falha na válvula reguladora Não aplicável
Falha na FVC 193560 Não aplicável
Pressão menor Falha na válvula reguladora de pressão
Dano nos mancais MO OC AC
Falha na FVC 193560 Desarme do giro lento MO OC AC
Obstrução no filtro Desarme do giro lento Dano aos mancais
MO OC AC
Falha na válvula de bloqueio
Desarme do giro lento Dano aos mancais
MO OC AC
Vazamento Desarme do giro lento Dano aos mancais
MO OC AC
Falha na bomba Desarme do giro lento Dano aos mancais
MO OC AC
Temperatura maior Fonte externa Dano nos mancais MO OC AC
Alta temperatura no tanque Não aplicável
Temperatura menor Não aplicável
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de óleo de levantamento do eixo Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 14 (Chegada de óleo de levantamento do eixo no mancal )
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Fluxo menor Idem a menos pressão
Fluxo menor Idem a mais pressão
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Sistema de selagem com Ar de Instrumento Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 15 (Sistema de selagem com AI )
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior Falha na filtro reguladora Ruído BX OC AC
Pressão menor Falha na filtro reguladora Vazamento de óleo MO PR JU S9)Incluir no plano de manutenção a troca periódica das válvulas reguladoras de pressão de ar de instrumento.- Brasil Ltda.
G) Contaminação do piso / solo com óleo lubrificante.
Falta de suprimento Vazamento de óleo MO OC AC
Mais vazão Não aplicável
Menos vazão Não aplicável
Mais temperatura Não aplicável
Temperatura menor Não aplicável
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Case Acústico das Turbinas A e B Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 16 (Ponto interno ao case da turbina )
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Pressão maior Vazamento de vapor Abertura das portas BX RE AC O16) Colocar portas no case da turbina sem trancas com trava tipo bloquete. - Fornecedor
Parada dos ventiladores de exaustão
Aumento de temperatura BX OC AC O17) Estabelecer instrução operacional para que as portas do case sejam abertas no caso de parada dos ventiladores de exaustão do case.- Brasil Ltda.
Injeção de vapor Abertura das portas BX RE AC O18) Estabelecer alarme de parada dos ventiladores do case acústico da turbina e gerador.- Fornecedor
Pressão menor Parada dos ventiladores de insuflamento
Não aplicável , case dimensionado para esta condição
Temperatura maior Incêndio Dano material as instalações MO OC AC
Perda de produção MO OC AC
Fonte externa Danos a componentes e equipamentos internos ao case
MO OC AC
Parada do sistema de ventilação
Vide mais pressão
Falha no isolamento térmico da turbina
Danos a componentes e equipamentos internos ao case
MO OC AC
Temperatura menor Não aplicável
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Estudo de Perigos e Operabilidade (HAZOP)
Empresa: Brasil Ltda. Sistema: Case Acústico das Turbinas A e B Data: 12/10/2004
Elaborado por: Eduardo Barata Referência: Nó 16 (Ponto interno ao case da turbina )
Desvio Possíveis Causas Possíveis Efeitos Cat Sev
Cat Freq
Cat Risco
Ações / Questões / Recomendações Aspectos Ambientais Associados
Contaminação Vazamento de N2 para o interior do case
Asfixia CR FR NA R24) Substituir o N2 por ar de instrumento para fazer a selagem dos mancais da turbina e gerador.- Fornecedor.
Morte CR FR NA R25) Instalar placas de alerta nas portas de forma a alertar o operador sobre os riscos.- Brasil Ltda.
Presença de amônia no ar Degradação dos materiais e equipamentos
MO PR JU R26) Evitar a utilização de materiais sensíveis a amônia no case acústico da turbina e acessórias do mesmo. Fornecedor
C) Dano a materiais e equipamentos implicando na substituição dos mesmos.
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Relatório de Recomendações Sugestões e Observações
# Recomendações
R1 Instalar medição remota de temperatura para acompanhamento do aquecimento das linhas de admissão das turbinas 1102 A e B – Fornecedor.
R2 O fornecedor deverá prever interrupção automática de seqüência de aquecimento caso ocorra desengate do turne guear e/ou rotação inversa da turbina 1102 A e B – Fornecedor.
R3 Implementar limitador de pressão de extração da maquina ( sugestão tipo por alta pressão de extração) – Fornecedor.
R4 Reavaliar os set’s de abertura das SV”s da linha de extração - Fornecedor.
R5 Deverá ser confirmado pelo Fornecedor a Severidade e\ou a Freqüência deste cenário e dado o tratamento adequado – Fornecedor.
R6 Providenciar a instalação de medição de temperatura próximo a injeção de água de dessuper da linha de extração da turbina 1102 A e B.
R7 Avaliar e implementar condição para quem caso de falha no TMR as válvulas de drenagem e da aquecimento fechem automaticamente – Fornecedor .
R8 Criar na MMI curva dinâmica para acompanhamento da maquina e das linhas de vapor – Fornecedor.
R9 Estabelecer procedimento especifico para acompanhamento pelo operador da curva de aquecimento da maquina e das linhas Brasil Ltda.
R10 Instalar malha de temperatura com alarme junto a drenagem da linha de vapor de exaustão. – Fornecedor.
R11 Prever na seqüência de proteção interrupção automática do aquecimento no caso de desacoplado do Tune guear e \ ou falha no motor do giro lento no caso do mesmo estar operando – Fornecedor.
R12 Prever alarme de temperatura baixa na linha de escape de exausto da turbina de forma e alertar o operador de possível falha no sistema de dessuper . – Fornecedor.
R13 Avaliar a implementação de intertravamento que provoca a abertura da drenagem quando da parada da turbina B e D. – Fornecedor.
R14 Verificar o impacto da flexibilidade das linha da falha do sistema de dessuper de vapor de exaustão na condição de mínima exaustão da maquina . - Fornecedor
R15 Instalar TI de campo na linha de vapor de fuga entre o coletor de V10,0 Kg/cm2 e o Tie in das turbinas A e B - Fornecedor.
R16 Estabelecer sistemática de acompanhamento da temperatura de vapor de fuga através da vazão de TI de campo – Brasil Ltda l.
R17 Estabelecer alarme de alta vazão de vapor de fuga – Fornecedor.
R18 Compatibilizar a pressão de Shut off das bombas de AGD e condensado com a do feixe do condensador de vapor de fuga. – Fornecedor.
R19 Prever a instalação de válvula de segurança na linha de saída condensado do condensador do vapor de fuga. - Fornecedor.
R20 Instalar alarme de nível alto no condensador do vapor de fuga das turbinas – B e D - Fornecedor.
R21 Confirmar a atuação da válvula se no caso da falta de óleo se esta realmente fecha .- Fornecedor.
R22 Todo s acessórios e linhas do sistema de óleo que tenha contato com o óleo de controle e/ou lubrificante deverão se de aço Inox . (Condição de projeto) - Fornecedor
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R23 Prever nos drenos do sistema de óleo plugue.- Fornecedor .
R24 Substituir o N2 por ar de instrumento para fazer a selagem dos mancais da turbina e gerador.- Fornecedor.
R25 Instalar placas de alerta nas portas de forma a alertar o operador sobre os riscos.- Brasil Ltda .
R26 Evitar a utilização de materiais sensíveis a amônia no case acústico da turbina e acessórios do mesmo. Fornecedor.
# Sugestões
S1 Cumprir o plano de manutenção preventiva e o plano de inspeções dos suportes das linhas de vapor da MB 1102 A e B.
S2 Elaborar procedimento de acompanhamento do aquecimento da linha de vapor de admissão das MB 1102 A e B .
S3 Abortar automaticamente a seqüência de aquecimento das linhas de vapor para a turbina 1102 A e B – Fornecedor.
S4 Elaborar procedimento especifico das linhas de vapor para turbina 1102 A e B – Brasil Ltda
S5 Avaliar o intertravamento de parada da turbina em caso de atuação do micro switch instalado na válvula de extração, contra atuação espúria(sugestão vincular o mesmo com sinal de pressão ) – Fornecedor.
S6 Assegurar o cumprimento do plano de inspeção das linha de vapor da turbina 5301 B e D afim de prevenir colapso das linhas por progressão das trinca - Brasil Ltda l.
S7 Implementar alarme de alta e baixa vazão de vapor de fuga. – Fornecedor.
S8 Instalar alarme de pressão alta apos a válvula no PT 193529 A e B. - Fornecedor.
S9 Incluir no plano de manutenção a troca periódica das válvulas reguladoras de pressão de ar de instrumento.- Brasil Ltda .
# Observações
O1 Os valores sob repressão esperados na linha de vapor de admissão da turbina devem serem compatíveis com os valores de projeto.
O2 Informar valor máximo que é atingido quando do fechamento intempestivo da Stopcheck na condição d máxima extração - Fornecedor.
O3 Identificar no campo as válvulas das linhas de vapor de turbina - Brasil Ltda l.
O4 Criar condição na lógica de controle que abortar a seqüência de aquecimento caso os LVDTs da turbina indiquem qualquer anormalidade - Fornecedor.
O5 Efetuar procedimento especifico para acompanhamento da manobra de aquecimento da linha de vapor da turbina , mesmo quando a mesma for executada em automático - Brasil Ltda l.
O6 Estabelecer rotina de manter o bloqueio de água de dessuper fechado durante a parada das turbinas B C - Brasil Ltda l
O7 Direcionar o ladrão da drenagem do condensador de vapor de fuga par local seguro. - Fornecedor.
O8 Avaliar a máxima temperatura e pressão que poderá se submetido o trecho da linha entre o condensador e a linha de saída dos aquecedores na condição de falha total do sistema de resfriamento de condensado – Fornecedor.
O9 Incluir na recomendação de sobressalentes uma válvula retenção de cada tipo.- Brasil Ltda .
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O10 Analisar a separação das fontes de alimentação elétrica das bombas para barras diferentes - Fornecedor .
O11 Analisar a colocação de válvula de bloqueio no LG local do tanque de óleo - Fornecedor.
O12 Avaliar a possibilidade de transformar o impedimento de partida em apenas um alarme. - Fornecedor .
O13 Prever sobressalente para a selagem dos pistões. - Brasil Ltda .
O14 Elevar o nível do suspiro do carter de óleo. - Fornecedor.
O15 Verificar e eliminar possíveis pontos de entrada de água. - Fornecedor.
O16 Colocar portas no case da turbina sem trancas com trava tipo bloquete. - Fornecedor .
O17 Estabelecer instrução operacional para que as portas do case sejam abertas no caso de parada dos ventiladores de exaustão do case.- Brasil Ltda .
O18 Estabelecer alarme de parada dos ventiladores do case acústico da turbina e bomba.- Fornecedor .
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UFBA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
ESCOLA POLITÉCNICA
DEPTº DE ENGENHARIA AMBIENTAL - DEA
ESPECIALIZAÇÃO EM GERENCIAMENTO E TECNOLOGIAS AMBIENTAIS NO PROCESSO PRODUTIVO
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